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Análise do poema Evocação do Recife de Manuel Bandeira

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Análise do poema Evocação do Recife de Manuel Bandeira
O poema “Evocação do Recife” traz a ideia de evocação do passado, mais especificamente da infância. Nos primeiros versos, o autor faz referência ao Recife do presente, o qual passou por muitas mudanças devido a intervenções externas: “Não a Veneza americana / Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais / Não o Recife dos Mascates / Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois”. No verso “Recife da minha infância”, o autor se refere à boas lembranças que tem da sua terra natal, algo bom para ele. No entanto o autor valoriza os aspectos culturais, cotidianos que fizeram parte de sua infância, muito comum no Movimento Modernista que buscava valorizar os aspectos nacionais, do qual Bandeira fez parte.
O autor relembra os momentos bons e agradáveis que teve no passado, recordando com um tom melancólico e saudosista. Ele descreve como era sua infância, valorizando a simplicidade daquele tempo, juntamente com as pessoas que fizeram parte disso. A partir da descrição de fatos do cotidiano percebe-se que apesar de toda simplicidade, ele era muito feliz e realizado com o que tinha: “Como eram lindos os montes das ruas da minha infância”.
No poema, segundo o autor, as pessoas não tinham acesso a muitas fontes de informação, por isso a linguagem era singela, sem os rebuscamentos da linguagem formal, no entanto, a comunicação era feita por meio do diálogo, utilizando-se os recursos que tinham: “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros / Vinha da boca do povo na língua errada do povo”. Porém, para o autor a beleza encontrava-se nessa simplicidade, pois o conhecimento da linguagem culta, que era uma das imposições do academicismo, fazia com que o rebuscamento fosse exagerado, sendo que essa linguagem culta era a usada em Portugal: “O que fazemos/ É macaquear/ A sintaxe lusíada” e não próprio do Brasil.
Um dos propósitos do Movimento Modernista era a implantação de uma linguagem própria do Brasil, por isso começaram a introduzir uma linguagem mais coloquial, mais próxima do falar brasileiro: “Língua certa do povo / Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil.”.
Bibliografia: Xerox do poema A Evocação do Recife de Manuel Bandeira cedido pela professora.

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