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CURSO: NUTRIÇÃO DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA DOCENTE: JULITA MARIA e BRUNA MATOS Discentes: Alcione Frankline Aline Ribeiro Bianca Azevedo Dayana Rebouças Thayane Barreto Thainá Vieira Feira de Santana 2019 1 MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS NO BRASIL Um estudo ecológico no período 2000-2002 Feira de Santana 2019 O objetivo desse estudo é investigar a associação entre indicadores socioeconômicos e de serviços, investimentos em saúde e a mortalidade infantil por causas evitáveis nos municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes. OBJETIVO INTRODUÇÃO A redução dos óbitos entre os < de 1 ano tornou-se umas das principais metas na área de saúde. No Brasil o coeficiente de mortalidade infantil permanece alto. Em estudos o Brasil foi apontado como detentor da maior desigualdade social na mortalidade infantil. INTRODUÇÃO A maioria dos óbitos são por causas consideradas evitáveis. Os conhecimentos e tecnologias já existentes podem evitar que os casos evoluam para o óbito. METODOLOGIA Foi feito um estudo ecológico com 296 municípios brasileiros que no ano de 2000 apresentou população superior a 80 mil habitantes. Foram selecionados 8 indicadores para fazer este estudo. METODOLOGIA -Variável dependente: Coeficiente de Mortalidade infantil (CMI) por causas evitáveis: redutíveis por imunoprevenção; por adequado controle na gravidez; por adequada atenção ao parto; por ações de prevenção; Por diagnóstico e tratamento precoce; e por intermédio de parcerias com outros setores. -Variáveis independentes: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) – educação, longevidade e renda. Coeficiente de Gini (C.Gini) – desigualdade na distribuição de renda. Produto Interno Bruto (PIB) per capita; Soma de bens e serviços/população METODOLOGIA METODOLOGIA Acesso a serviços básicos; Estabelecimentos de saúde por 10 mil habitantes; Despesa total com saúde por habitante; Médicos por mil habitantes. População Estudada Crianças menores de 1 ano Tipo de Estudo Estudo ecológico - refere-se a grupos de pessoas e não a indivíduos. LOCALIDADE DO ESTUDO Foram analisadas 296 municípios brasileiros, com população superior a 80 mil habitantes. Foram excluídos os municípios de menor porte. Os óbitos foram obtidos junto ao SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade); O número de nascidos vivos no SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos); Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. PIB (Produto Interno Bruto) referente ao ano 2000. . INSTRUMENTO UTILIZADO NA COLETA DE DADOS IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2002); SIOPS (Sistema de Informação sobre Orçamentos Públicos em Saúde, 2002); Programa Stata 9 (Stata Corp., College Station, Estados Unidos). INSTRUMENTO UTILIZADO NA COLETA DE DADOS VARIÁVEIS ESTUDADAS Variável Dependente: CMI (Coeficiente de Mortalidade Infantil) -Quantitativa Discreta Variável Independente: Estabelecimentos de Saúde por 10.000 habitantes. -Quantitativa Discreta MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO A associação entre indicadores socioeconômicos e de serviços e investimentos em saúde e a mortalidade infantil por causas evitáveis nos municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes. Foram calculados os coeficientes de correlação de Pearson e de Spearman para testar as associações entre todas as variáveis. Ocorreram 63.265 óbitos por causas evitáveis em crianças menores de um ano nos municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes. Os valores foram declinantes, passando de 13,05 óbitos a cada mil nascidos vivos em 2000, para 11,28 em 2002. RESULTADO RESULTADO A Tabela 1 apresenta a estatística descritiva de todas as variáveis. Apenas o CMI, o coeficiente de Gini, o PIB per capita e o número de estabelecimentos de saúde por 10 mil habitantes apresentaram distribuição normal. Com relação ao desfecho, houve acentuada variação entre o valor máximo e o valor mínimo em uma diferença de quase oito vezes. RESULTADO A Tabela 2 indica a existência de correlação negativa estatisticamente significante da mortalidade infantil por causas evitáveis com o IDHM, o PIB per capita, a proporção de pessoas que vivem domicílios com banheiro e água encanada, a despesa total com saúde por habitante e o número de médicos por mil habitantes. Percebe-se também alta correlação positiva entre PIB per capita do município e o número de médicos por mil habitantes e PIB per capita e IDHM. A distribuição das variáveis independentes segundo os quartis de mortalidade pode ser observada na Tabela 3. Os municípios que compuseram os quartis com maior mortalidade infantil por causas evitáveis apresentaram também menor IDHM (p < 0,001). RESULTADO Os municípios que compuseram os quartis com maior mortalidade infantil por causas evitáveis apresentaram também menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, Produto Interno Bruto per capita, pessoas que vivem em domicílios com banheiro e água encanada, despesa com saúde por habitante e médicos por mil habitantes e maior coeficiente de Gini. CONCLUSÃO O estudo ecológico foi escolhido corretamente para responder ao objetivo pois, foi feito entre grupos com dados já existentes; Esse estudo é útil para testar novas hipóteses. É um estudo de baixo custo e execução rápida, devido às fontes de dados secundárias disponíveis. REFERÊNCIAS SAÚDE PÚBLICA, Mortalidade infantil por causas evitáveis no Brasil: um estudo ecológico no período 2000-2002, 2008, Rio de Janeiro. Disponível em: < >. Acesso em: 06 de maio de 2019.