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NEUROCIÊNCIAS Profa. Fabiana Harumi Shimabukuro Psicóloga Clínica Especialista em Terapia Comportamental – IP/USP Aprimoramento em Terapia Cognitivo-Comportamental em Saúde Mental – AMBAN – IPq/FMUSP E-mail de contato: fabi_fhs@hotmail.com SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • O cérebro é a porção mais maciça e o principal órgão do Sistema Nervoso. • É responsável por comandar ações motoras, estímulos sensoriais e atividades neurológicas como a memória, a aprendizagem, o pensamento e a fala. • Ele é formado por duas metades, os hemisférios direito e esquerdo separados por uma fissura longitudinal. Tecido nervoso O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos celulares: os neurônios e as células gliais ou neuroglia. O neurônio é a sua unidade fundamental, com a função básica de receber, processar e enviar informações. A neuroglia compreende células que ocupam os espaços entre os neurônios, com funções de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa. Os neurônios dos vertebrados não se dividem, ou seja, após o nascimento geralmente não são produzidos novos neurônios. Aqueles que morrem como resultado de programação natural ou por efeito de toxinas, doenças ou traumatismos jamais serão substituídos*. A neuroglia conserva a capacidade de mitose (processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula dá origem a duas outras células). ⃰ exceção os neurônios denominados grânulos, localizados no cerebelo e no bulbo olfatório, que podem aumentar durante a infância como parte do crescimento normal. NEURÔNIOS • São células eletricamente ativas, com especializações estruturais de dendritos, axônios e terminais sinápticos. • As funções básicas de um neurônio são recepção, integração e transferência de informação. NEURÔNIO • Um neurônio típico tem quatro componentes: 1. Dendritos (do grego, déndron = árvore) 2. Axônio (do grego áxon = eixo). 3. Terminal pré-sináptico 4. Soma ou corpo celular. • Os dendritos são especializados em receber estímulos • O corpo celular é o centro metabólico do neurônio. Responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais, e pela maioria da degradação e renovação dos constituintes celulares. • Os axônios são especializados em conduzir estímulos NEURÔNIOS • As cargas elétricas dentro e fora da célula são responsáveis pelo estabelecimento de um potencial elétrico de membrana. • Na maioria dos neurônios, o potencial de membrana em repouso está em torno de -60 a -70mV, com excesso de cargas negativas dentro da célula. Movimento de íons através da membrana permitem alterações deste potencial. • Potencial de repouso é a diferença de potencial elétrico que as faces internas e externas na membrana de um neurônio que não está transmitindo impulsos nervosos. • O sinal negativo indica que o interior da célula é negativo em relação ao exterior. • Potencial de ação são alterações do potencial elétrico muito maiores. CORPO CELULAR OU SOMA • O Corpo Celular: é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de neurônio. DENDRITOS • Geralmente são curtos (de alguns micrômetros a alguns milímetros de comprimento) e ramificam-se profusamente, à maneira de galhos de uma árvore, em ângulos agudos, originando dendritos de menor diâmetro. • Os dendritos recebem estímulos, traduzindo-os em alterações do potencial de repouso da membrana. AXÔNIO O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dendritos, cuja função é transmitir para as outras células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular. TERMINAL PRÉ-SINÁPTICO • O terminal pré-sináptico possui vesículas transmissora que serão liberadas na fenda sináptica. • Sinapse é a região localizada entre neurônios onde agem os neurotransmissores, transmitindo o impulso nervoso de um neurônio a outro, ou de um neurônio para uma célula muscular ou glandular. NEUROGLIA OU GLIA. • São células de sustentação • Originalmente a glia era considerada como sendo simplesmente uma substancia semelhante à cola, responsável pela determinação da forma do sistema nervoso. • O termo glia deriva da palavra grega para cola. • Estudos recentes mostraram que a glia faz mais do que proporcionar a estrutura para o sistema nervoso; essas células de fato transmitem de fato, informações. NEUROGLIA • As células da glia são: • Astrócito: São as maiores células da neuroglia e estão associadas a sustentação e a nutrição dos neurônios. • Oligodendrócitos: Devem exercer papéis importantes na manutenção dos neurônios, uma vez que, sem eles, os neurônios não sobrevivem em meio de cultura. No SNC – Sistema Nervoso Central, são as células responsáveis pela formação da bainha de mielina. • Micróglia: É constituída por células fagocitárias, análogas aos macrófagos e que participam da defesa do SNC. • Células de Schwanm: São células da glia que formam a bainha de mielina no SNP – Sistema Nervoso Periférico. NEUROGLIA • As células gliais podem estar ativamente envolvida na patogênese de varias doenças, incluindo a doença de Alzheimer, com seus distúrbios cognitivos e de memoria, e os transtornos associados à esclerose múltipla. APLICAÇÃO CLÍNICA • Para os terapeutas, o principal objetivo do estudo do sistema nervoso é conhecer os efeitos das lesões do sistema nervoso. Uma lesão é uma área de dano ou disfunção. Os sinais e sintoma após uma lesão do sistema nervoso dependem da localização da lesão. • A destruição completa de uma área especifica do córtex cerebral, por exemplo, interfere gravemente na função da mão. A causa do dano pode ser uma interrupção do suprimento sanguíneo, um tumor ou uma inflamação local, mas dependendo da causa, o dano a essa área do córtex cerebral compromete a destreza da mão. Referência • MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2000. Cap. 3.