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1 Números Quânticos e tabela periódica Prof. Fernanda Anjos Aula 3 Universidade Federal do Vale do São Francisco Mecânica quântica e orbitais atômicos • Orbitais e números quânticos • Se resolvermos a equação de Schrödinger, teremos as funções de onda (Y) e as energias para as funções de onda. • O Y2 é a probabilidade de encontrar um elétron numa estreita região específica do espaço. • Chamamos as funções de onda de orbitais. • A equação de Schrödinger necessita de três números quânticos: – Número quântico principal, n. Este é o mesmo n de Bohr. À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo mais distante do núcleo. Mecânica quântica e orbitais atômicos 2. O número quântico azimuthal, l. Esse número quântico depende do valor de n. Os valores de l começam de 0 e aumentam até n -1. Normalmente utilizamos letras para l (s, p, d e f para l = 0, 1, 2, e 3). Geralmente nos referimos aos orbitais s, p, d e f. Define a forma do orbital. 3. O número quântico magnético, ml. Esse número quântico depende de l. O número quântico magnético tem valores inteiros entre -l e +l. Fornecem a orientação do orbital no espaço. 4. Número quântico SPIN, ms. Especifica o spin do elétron e possui um valor de +1/2 ou -1/2. Mecânica quântica e orbitais atômicos Para um determinado valor de l existe 2l+1valores permitidos de ml variando de –l a +l Mecânica quântica e orbitais atômicos 2 Orbitais s • Todos os orbitais s são esféricos. • À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. • À medida que n aumenta, aumenta o número de nós. • Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero. (Nó esférico e nó esférico no infinito) • Em um nó, Ψ2 = 0 • Para um orbital s, o número de nós é n-1 e mais um nó esférico no infinito. Representações orbitais Representações orbitais • Existem três orbitais p, px, py, e pz. • Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de um sistema cartesiano. • As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e +1. • Os orbitais têm a forma de halteres. • À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. • Todos os orbitais p têm um nó no núcleo. (nó angular) Representações orbitais - Orbitais p No plano xy No plano yz No plano xz Representações orbitais - Orbitais 2p Representações orbitais – 3p O orbital 3p possui um nó esférico adicional 3 • Existem cinco orbitais d e sete orbitais f. • Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos x-, y- e z. • Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y- e z. • Quatro dos orbitais 3d têm quatro lóbulos cada. Tendo dois nós angulares e um nó esférico no infinito. • O orbital dz2 tem dois lóbulos e um anel. Tendo 2 nós angulares. • Os orbitais 4d são semelhantes aos 3d exceto por terem um nó esférico adicional. Representações orbitais - Orbitais d e f Representações orbitais Orbitais e suas energias • Repulsão elétron-elétron • Orbitais de mesma energia são conhecidos como degenerados. • Para n ≥ 2, os orbitais s e p não são mais degenerados porque os elétrons interagem entre si. Átomos polieletrônicos Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli • O espectro de linhas de átomos polieletrônicos mostra cada linha como um par de linhas minimamente espaçado. • Stern e Gerlach planejaram um experimento para determinar o porquê. • Um feixe de átomos passou através de uma fenda e por um campo magnético e os átomos foram então detectados. • Duas marcas foram encontradas: uma com os elétrons girando em um sentido e uma com os elétrons girando no sentido oposto. Átomos polieletrônicos Experimento de Stern-Gerlach Espectro de linhas – átomos polieletrônicos George Uhlenbeck e Samuel Goudsmit (1925) postularam que os elétrons tinham uma propriedade intrínseca, chamada Spin eletrônico. 1921 Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli Átomos polieletrônicos Novo número quântico – ms Magnético de spin 4 Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli • Já que o spin eletrônico é quantizado, definimos ms = número quântico de rotação = ± ½. • O princípio da exclusão de Pauli: dois elétrons não podem ter a mesma série de 4 números quânticos. Portanto, dois elétrons no mesmo orbital devem ter spins opostos. Átomos polieletrônicos Regra de Hund • As configurações eletrônicas nos dizem em quais orbitais os elétrons de um elemento estão localizados. • Três regras: - Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de energia. - Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital (Pauli). - Para os orbitais degenerados, os elétrons preenchem cada orbital isoladamente antes de qualquer orbital receber um segundo elétron (regra de Hund). Configurações eletrônicas Configurações eletrônica condensadas • O neônio tem o subnível 2p completo. • O sódio marca o início de um novo período. • Logo, escrevemos a configuração eletrônica condensada para o sódio como Na: [Ne] 3s1 • [Ne] representa a configuração eletrônica do neônio. • Elétrons mais internos: os elétrons no [Gás Nobre]. • Elétrons de valência: os elétrons fora do [Gás Nobre]. Configurações eletrônicas Metais de transição • Depois de Ar, os orbitais d começam a ser preenchidos. • Depois que os orbitais 3d estiverem preenchidos, os orbitais 4p começam a ser preenchidos. • Metais de transição: são os elementos nos quais os elétrons d são os elétrons de valência. Configurações eletrônicas Lantanídeos e actinídeos • Do Ce em diante, os orbitais 4f começam a ser preenchidos. Observe: La: [Kr]6s25d14f1 • Os elementos Ce -Lu têm os orbitais 4f preenchidos e são chamados lantanídeos ou elementos terras raras. • Os elementos Th -Lr têm os orbitais 5f preenchidos e são chamados actinídeos. • A maior parte dos actinídeos não é encontrada na natureza. Configurações eletrônicas • A tabela periódica pode ser utilizada como um guia para as configurações eletrônicas. • O número do período é o valor de n. • Os grupos 1A e 2A têm o orbital s preenchido. • Os grupos 3A -8A têm o orbital p preenchido. • Os grupos 3B -2B têm o orbital d preenchido. • Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchido. Configurações eletrônicas e tabela periódica 5 Configurações eletrônicas e tabela periódica Classificação dos elementos De acordo com algumas propriedades, podemos classificar os elementos químicos em metais, não-metais e gases nobres: •1- Os metais são bons condutores de eletricidade e calor. São sólidos nas condições ambientes – com exceção do mercúrio – maleáveis e dúcteis. •2- Os não-metais são maus condutores de calor e de eletricidade, com exceção do carbono na forma de grafite, que é um bom condutor elétrico. São sólidos, líquidos ou gasosos nas condições ambientes. •3- Os gases nobres apresentam reatividade muito pequena, sendo considerados, até pouco tempo, inertes. H He Li Be B C N 0 F Ne Na Mg Al Si P S Cl Ar K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru~ Rh~ Pd~ Ag Cd In Sn Sb Te I Xe Cs Ba La Hf Tu W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po Al Rn Fr Ru Ac* Ce Pr Nd Pm Sm Eu Cd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu Th* Pa* U* Np* Pu Am Cm* Bk Cf Es Fm Md No Lr Os estados físicos dos elementos A tabela periódica • Ordenar os elementos de modo que reflita as tendências nas propriedades químicas e físicas. • A primeira tentativa (Mendeleev e Meyer) ordenou os elementos em ordem crescente de massa atômica. • Faltaram alguns elementos nesse esquema. • Exemplo: em 1871, Mendeleev observou que a posição mais adequada para o As seria abaixo do P, e não do Si, o que deixou um elemento faltando abaixo do Si. Ele previu umnúmero de propriedades para este elemento. Em 1886 o Ge foi descoberto. As propriedades do Ge se equiparam bem à previsão de Mendeleev. • A tabela periódica moderna: organiza os elementos em ordem crescente de número atômico. Periódicas Os valores crescem e decrescem sucessivamente à medida que aumenta o número atômico. Aperiódicas Os valores crescem ou decrescem à medida que aumenta o número atômico. Raio atômico; Energia de ionização; Afinidade eletrônica; Eletronegatividade... Massa atômica; Calor específico. Carga nuclear efetiva (CNE) e o efeito de blindagem (B): Carga Nuclear Efetiva BCNTCNE • É a carga sofrida por um elétron em um átomo polieletrônico. • Os elétrons estão presos ao núcleo, mas são repelidos pelos elétrons que os protegem da carga nuclear. • A carga nuclear sofrida por um elétron depende da sua distância do núcleo e do número de elétrons mais internos. 6 • Os elétrons estão presos ao núcleo, mas são repelidos pelos elétrons que os protegem da carga nuclear. • A carga nuclear sofrida por um elétron depende da sua distância do núcleo e do número de elétrons mais internos. • Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (B), a carga nuclear efetiva (CNE) diminui. • Quando aumenta a distância do núcleo, B aumenta e CNE diminui. • Ao longo do período a carga nuclear efetiva aumenta. • Ao longo da família a carga nuclear efetiva tem um aumento menor do que no período. Carga nuclear efetiva Raio atômico As nuvens de elétrons não tem limites bem definido, ou seja, não é possível medir o raio exato de um átomo; Quando os átomos estão organizados como sólidos e moléculas, seus centros encontram-se em distâncias definidas uns dos outros. Raio atômico – É a metade da distância entre os núcleos de átomos vizinhos. Raio atômico corresponde a metade dessa distância: r = / 2 Unidades: 1 Å = 10-8 cm = 10-10 m 1 nm = 10-9 m 1 pm = 10-12 m • Se o elemento for um metal – o raio atômico é a metade da distância entre os centros de átomos vizinhos numa amostra sólida; • Se o elemento for um ametal – o raio será a distância entre os núcleos de átomos unidos por uma ligação química – raio covalente • Se o elemento é um gás nobre – raio de van der Waals; • Se temos um sólido iônico – distância entre os íons vizinho na rede. Tendências periódicas nos raios atômicos • Como uma consequência do ordenamento na tabela periódica, as propriedades dos elementos variam periodicamente. • O tamanho atômico varia consistentemente através da tabela periódica. • Ao descermos em um grupo, os átomos aumentam. • Ao longo dos períodos da tabela periódica, os átomos tornam-se menores. Existem dois fatores agindo: • Número quântico principal, n, e • a carga nuclear efetiva, Zef. Tamanho dos átomos e dos íons Tamanho dos átomos e dos íons Tamanho dos átomos e dos íons • À medida que o número quântico principal aumenta (ex., descemos em um grupo), a distância do elétron mais externo ao núcleo aumenta. Consequentemente, o raio atômico aumenta. • Ao longo de um período na tabela periódica, o número de elétrons mais internos mantém-se constante. Entretanto, a carga nuclear aumenta. Conseqüentemente, aumenta a atração entre o núcleo e os elétrons mais externos. Essa atração faz com que o raio atômico diminua. 7 Tendências nos tamanhos dos íons • O tamanho do íon é a distância entre os íons em um composto iônico. • O tamanho do íon também depende da carga nuclear, do número de elétrons e dos orbitais que contenham os elétrons de valência. • Os cátions deixam vago o orbital mais volumoso e são menores do que os átomos que lhes dão origem. • Os ânions adicionam elétrons ao orbital mais volumoso e são maiores do que os átomos que lhe dão origem. Tendências nos tamanhos dos íons Energia de Ionização (EI) Energia de ionização: é a energia necessária para retirar um elétron de um átomo no estado gasoso. 2ª Energia de Ionização: energia necessária para retirar um elétron de um cátion no estado gasoso - maior que a 1ª Energia de Ionização. eNaEINa gg )()(0 eMgEIMg gg )(2)( ª2 eMgEIMg gg )()(0 ª1 Energia de Ionização e a Tabela PeriódicaGases nobres Metais alcalinos Energia de ionização 7N e 8O 4Be e 5B Afinidade Eletrônica (AE) É a energia liberada quando um átomo isolado, no estado gasoso, recebe um elétron. AECleCl gg )()( Li – Li- = -57 kJ mol-1 C – C- = -121 kJ mol-1 F – F- = -333 kJ mol-1 O – O- = -142 kJ mol-1 O – O-2 = +702 kJ mol-1 Repulsão da carga negativa já existente. 8 Eletronegatividade É a tendência relativa de um átomo em atrair o par de elétrons de uma ligação química; Eletronegatividade
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