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Licenciatura em Ciências da Natureza MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI Janeiro de 2021 Estrutura atômica Professora: Anna Luiza Bizerra de Brito Disciplina: Química Geral Tabela Periódica; Ligações químicas; Forças intermoleculares; Polaridades das ligações. 2 IMPORTÂNCIA Leucipo: Idéia de Átomo; Demócrito: usou a palavra átomo para designar a partícula indivisível da matéria; Platão e Aristóteles: opuseram-se a idéia da existência do átomo. 3 ASPECTOS HISTÓRICOS DALTON: Em 1803, propôs o primeiro modelo atômico que ficou conhecido como “bola de bilhar”. Toda matéria seria formada de partículas maciças, indivisíveis e indestrutíveis que, ao se combinarem, provocavam as reações químicas. O modelo não levava em consideração a existência de cargas nos átomos. 4 Modelos Atômicos POSTULADOS DE DALTON: 1) Toda matéria é constituída de átomos, indivisíveis e indestrutíveis; 2) Os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos em massa e em todas as outras propriedades; 3) Os compostos se formam pela combinação de duas ou mais espécies diferentes de átomos. Esta combinação ocorre na razão de números inteiros e pequenos; 4) Os átomos são unidades de transformações químicas. Uma reação química envolve apenas combinação, separação e rearranjo de átomos. 5 Modelos Atômicos 6 1887: Thomson fez uma série de experimentos usando as ampolas de crookes: gases sob baixíssimas pressões (0,01 atm) e com diferença de potencial de 20.000 volts. Os raios catódicos possuem as seguintes propriedades principais: 1) Propagam-se em linha reta; 2) Possuem massa; 3) Possuem carga elétrica negativa. Modelos Atômicos THOMSON: Estudos com eletricidade, que se desenvolveram ao longo do século 19, puseram em xeque a proposta de Dalton. Até que em 1897, Joseph Thomson propôs o modelo atômico conhecido como “pudim de passas”. Segundo ele, o átomo seria uma esfera uniforme de carga positiva repleta de pequenas partículas negativas. A interação entre essas cargas garantia o caráter neutro do átomo. 7 Modelos Atômicos Descoberta do Próton: (1886) Goldstein descobriu os raios canais ou raios anódicos. 8 Modelos Atômicos 9 RUTHERFORD: Foi o primeiro a propor uma visão não maciça do átomo (1910), constituído por um núcleo formado por prótons, de carga positiva, e uma espécie de nuvem de elétrons (negativos) ao redor desse núcleo. Chadwick Modelos Atômicos 10 Rutherford 11 RUTHERFORD: O átomo contém imensos espaços vazios; No centro do átomo existe um núcleo muito pequeno e denso; O núcleo do átomo possui uma carga positiva; Para equilibrar a carga positiva existem elétrons ao redor do núcleo na região denominada de eletrosfera; O raio do núcleo é cerca de 10.000 a 100.000 vezes menor do que o raio do átomo. Modelos Atômicos BOHR: Explicação do átomo baseado na luz emitida por alguns elementos quando aquecidos e depois quando voltam ao seu estado fundamental. 12 Modelos Atômicos • As cores de gases excitados surgem devido ao movimento dos elétrons entre os estados de energia no átomo. BOHR: O átomo é formado por um núcleo e níveis de energia quantizada (onde estão os elétrons). 14 Modelos Atômicos 15 BOHR 16 BOHR Utilizando os conceitos desenvolvidos por Planck e Einstein de que a luz consistia de quantidade de energia, Bohr propôs que os elétrons também possuíam quantidades fixas de energia localizadas em posições fixas ao redor do núcleo atômico – as órbitas. O elétron move-se em órbitas circulares em torno do núcleo do átomo; Quando o elétron passa de uma órbita para outra, emite ou absorve uma quantidade de energia, definidas quantum de energia; Os átomos possuem regiões (órbitas) específicas disponíveis para acomodar seus elétrons – as chamadas camadas eletrônicas Química Geral 17 BOHR 18 19 Falhas do modelo Considera que os elétrons possuíam órbitas bem definidas ao redor do núcleo Seu modelo aplicava-se apenas ao átomo de hidrogênio Não considerou efeitos como a repulsão eletrônica 20 21 •O princípio da incerteza de Heisenberg: na escala de massa de partículas atômicas, não podemos determinar exatamente a posição, a direção do movimento e a velocidade simultaneamente. •Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua posição simultaneamente. •Quanto mais aumentarmos a precisão acerca da posição de um elétron, mais diminuimos a certeza acerca da velocidade (momento) e vice versa. O princípio da incerteza • A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a interação da radiação com a matéria. • A radiação eletromagnética se movimenta através do vácuo com uma velocidade de 3,00 x 108 m/s. • Por exemplo: a radiação visível tem comprimentos de onda entre 400 nm (violeta) e 750 nm (vermelho). Natureza ondulatória da luz Espectro eletromagnético 24 CARGA MASSA P + 1 1 u N 0 1 u é - 1 1/1836 u Número atômico (Z): quantidade de prótons. Z = P = é Número de massa (A): a soma das partículas que constitui o átomo. A = Z + N + é A = Z + N Características das partículas 25 REPRESENTAÇÃO DE UM ÁTOMO: ÍONS: São átomos que ganharam ou perderam elétrons. Características das partículas 26 ISÓTOPOS: mesmo número de prótons. ISÓBAROS: mesmo número de massa. ISÓTONOS: mesmo número de nêutrons. ISOELETRÔNICOS: mesmo número de elétrons. Características das partículas • TRÊS números quânticos: 1. Número quântico principal, n. Este é o mesmo n de Bohr. À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo mais distante do núcleo. 2. O número quântico azimuthal, l. Esse número quântico depende do valor de n. Os valores de l começam de 0 e aumentam até n -1. Normalmente utilizamos letras para l (s, p, d e f para l = 0, 1, 2, e 3). Geralmente nos referimos aos orbitais s, p, d e f. 3. O número quântico magnético, ml. Esse número quântico depende de l. O número quântico magnético tem valores inteiros entre -l e +l. Fornecem a orientação do orbital no espaço. Orbitais e Números Quânticos Números Quânticos Códigos matemáticos associados à energia do elétron Caracterização do elétron Principal = tamanho Secundário = forma Magnético=orientação Spin = direção do elétron no espaço Princípio da exclusão de Pauli: no mesmo átomo, não existem 2 elétrons com os mesmos números quânticos Indica a energia do elétron K n= 1 núcleo L M N n= 2 n= 3 n= 4 n= 1, 2, 3, ....7 Número Quântico principal (n) Indica a energia do orbital Núcleo n= 1, 2, 3, ....7 ➔Quanto maior o valor do n maior é a energia do orbital Número máximo de elétrons Equação de Rydberg X= 2n2 Onde X= número máximo de elétrons n = número quântico principal Exemplo: para o nível 3, temos: N = 2.(n)2→ N = 2.(3)2 → N= 2.9 = 18 Então, para o nível de n=3, comporta no máximo 18 elétrons K 2 L 8 M 18 N 32 O 32 P 18 Q 8 Número Quântico principal (n) Número Quântico secundário (l) ou azimutal ➔Cada nível de energia é constituído por um ou mais subníveis ➔Designação dos subníveis: s, p, d, f ➔Número quântico secundário (l) pode assumir qualquer valor inteiro entre 0 e (n-1) ➔Quando n = 1, há apenas um valor possível para l: (0)zero. ➔No primeiro nível de energia, só existe um subnível: o subnível s ➔Quando n = 2, há dois valores possíveis para l: 0 e 1 ➔Então, no segundo nível de energia existem dois subníveis s e p. Generalizando para os outros valores de l, temos: ➔Uma observação experimental → subníveis do mesmo nível têm energias diferentes. Ou seja, Seus subníveis sempre aumentam de energia s < p < d < f Orbitais e suas energias Para um número quântico principal n, teremos n subníveis possíveis. Generalizando para outros valores de n, temos: Número Quântico secundário (l) Número Quântico secundário (l) ➔Número máximo de elétronsem cada subnível Nelétrons=2(2l + 1) ➔Por exemplo, para o subnível s, onde l = 0, temos: 2. (2l + 1) = 2 ➔Portanto, 2 elétrons são permitidos para o subnível s. Número Quântico magnético (m ou ml) ➔Indica a orientação dos orbitais no espaço ➔Para cada orbital, temos um determinado número quântico magnético m = -l, .....0......+l Número Quântico magnético (m ou ml) 3 Número Quântico spin (s ou ms) ➔Diferencia os elétrons de um mesmo orbital de acordo com sua rotação s +1/ 2 -1/2 • Os orbitais podem ser classificados em termos de energia para produzir um diagrama de Aufbau. • Observe que o seguinte diagrama de Aufbau é para um sistema de um só elétron. • À medida que n aumenta, o espaçamento entre os níveis de energia torna-se menor. 40 Números quânticos Vejamos alguns exemplos de distribuição com a atribuição dos quatro números quânticos ao elétron de maior energia: 41 → orbital é esférico →mais baixa energia Suporta no máximo 2 elétrons Orbital s • Todos os orbitais s são esféricos. • À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. • À medida que n aumenta, aumenta o número de nós. • Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero. • Em um nó, 2 = 0 • Para um orbital s, o número de nós é n-1. Orbital s • Existem três orbitais p, px, py, e pz. • Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de um sistema cartesiano. • As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e +1. • Os orbitais têm a forma de halteres. • À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. • Todos os orbitais p têm um nó no núcleo. Orbital p Suporta no máximo 6 elétrons Orbital p Orbital p • Existem cinco orbitais d e sete orbitais f. • Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos x-, y- e z. • Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y- e z. • Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada. • Um orbital d tem dois lóbulos e um anel. Orbital d e f • Já que o spin eletrônico é quantizado, definimos ms = número quântico de rotação +-½. • O princípio da exclusão de Pauli: dois elétrons não podem ter a mesma série de 4 números quânticos. Portanto, dois elétrons no mesmo orbital devem ter spins opostos. Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli Proposta por Linus Pauling- químico quântico Número quântico principal Número quântico secundário Relação Níveis de Energia → Subníveis de Energia (n) (l) Representação esquemática da distribuição dos elétrons de um átomo de um determinado elemento Distribuição eletrônica Relação Direta entre níveis e subníveis Por exemplo: 2p Nível Subnível Distribuição eletrônica Pauling também estabeleceu que: ➔Energia de cada subnível é dada pela soma do número quântico principal (n) com o número quântico secundário (l) E = n + l Distribuição eletrônica Subnível 3d mais energético que 4s Distribuição eletrônica ➔Efetuando a soma de E = n+l para todos os subníveis conhecidos, temos a ordem energética: 1s<2s<2p<3s<3p<4s<3d<4p<5s<4d<5p<6s<4f<5d<6p<7s<5f<6d Distribuição eletrônica ➔Pode-se, então, fazer a distribuição eletrônica a partir do número atômico do elemento: n sxnível subnível s Número de elétrons existentes no subnível Exemplo: Átomo de Hidrogênio 1H → 1s 1 Nível 1 subnível s Apenas 1 elétron Distribuição eletrônica ➔Íons são formados de átomos por ganho ou perda de elétrons. (Ocorre sempre na camada de valência) ➔Cátions ou íons positivos Formado pela perda de elétrons Exemplo: 11Na Config. Eletrônica (CE): 1s2 2s2 2p6 3s1 Perda de 1 elétron (Na+) Config. Eletrônica: 1s2 2s2 2p6 Distribuição eletrônica de íons ➔Ânions ou íons negativos Formado pelo ganho de elétrons Exemplo: 16S CE: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 Ganho de 2 elétrons (S2-) CE: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 Distribuição eletrônica de íons De acordo com o princípio da Incerteza de Heisemberg, não se pode afirmar que exista uma órbita definida para o elétron. O mais adequado é considerar que existam regiões, denominadas orbitais, em torno do núcleo. Relembrando.... Região de maior probabilidade de se encontrar o elétron no átomo Distribuição eletrônica de íons 59 1°) Em um determinado estado, os três números quânticos do elétron de um átomo de hidrogênio são n = 4, l = 2 e ml = –1. Em que tipo de orbital esse elétron está localizado? 2°) Em um determinado estado, os três números quânticos do elétron de um átomo de hidrogênio são n = 3, l = 1 e ml = –1. Em que tipo de orbital esse elétron está localizado? ➢ BROWN, T. L., LEMAY, H., Eugene, JR., Bruce. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. ➢ KOTZ, J. C., TREICHEL, P. Química e reações Químicas. 6 ed. Rio de Janeiro: Pioneiro Thomson Learnin, vol. 1, 2005. ➢ RUSSEL, J. B. Química Geral. 2 ed. São Paulo: Makron Books, vol. 1, 1994. 60 Referências
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