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CAPÍTULO 61- HELMINTOS INTESTINAIS

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!! ALGUMAS ESPÉCIES FORAM OMITIDAS POR FALTA DE RELEVÂNCIA NA PROVA DA ESSEX. CASO HAJA INTERESSE, CONSULTAR HENRY PÁGINA 1311
HELMINTOS INTESTINAIS
HELMINTOS INTESTINAIS NEMATÓDEOS, CESTÓDEOS E TREMATÓDEOS 
Quando adultos, habitam o trato gastrintestinal ou outros locais (fígado, pulmões ou sangue) e produzem ovos que são eliminados do corpo humano pelo trato intestinal. 
O tamanho dos helmintos adultos varia de 1 mm a mais de 10 metros de comprimento; o tamanho dos ovos varia de 25 a 150 μm
MECANISMO DE CONTÁGIO: 
ENTEROBIUS E HIMENOLEPIS NANA Os estágios infectantes são transmitidos de forma direta (pessoa-pessoa).
TRICHIURUS, ASCARIS E TRICHOSTRONGYLUS É necessário período adicional de maturação fora do hospedeiro antes do ovo ou da larva do parasita se tornar infectante. 						 A ingestão de estágios infectantes também pode ocorrer incidentalmente junto com vetores do parasita (DIPYLIDIUM, HYMENOLEPIS), plantas (FASCIOLOPSIS, FASCIOLA) ou tecidos animais (TRICHINELLA, TAENIA, DIPHYLLOBOTHRIUM, CLONORCHIS, OPISTHORCHIS, PARAGONIMUS, HETEROPHYES, METAGONIMUS E NANOPHYETUS). 
ANCILOSTOMÍDEOS, STRONGYLOIDES E ESQUITOSSOMAS Estágios larvais do parasita podem penetrar diretamente a pele.
 Nematódeos
ENTEROBIUS VERMICULARIS A VERME ALFINETE GERA COCEIRA NO CU
OQUE É? A ENTEROBÍASE, OU OXIURÍASE, é a infecção helmíntica em crianças jovens. Os estágios infectantes são transmitidos de forma direta (pessoa-pessoa).
ONDE OS VERMES SE LOCALIZAM? Vermes machos e fêmeas habitam primariamente o ceco e as áreas adjacentes. As fêmeas medem até 13 mm de comprimento e apresentam uma extremidade posterior pontiaguda que dá origem ao seu nome popular em inglês (pinworm, verme alfinete). Ambos os sexos possuem asas laterais proeminentes que são observadas em cortes cruzados e bulbo esofágico proeminente. Embora os machos sejam raramente observados, as fêmeas podem ser encontradas na superfície de amostras de fezes ou na pele perianal, em especial à noite, quando os ovos são depositados. 
 Os ovos são incolores, ovoides com um lado achatado, POSSUEM ASPECTO DE LETRA D- e medem entre 20 e 40 μm de largura e entre 50 e 60 μm de comprimento. Eles se tornam infectantes em horas e, quando ingeridos, completam o desenvolvimento até o estágio adulto grávido em 1 mês (período pré-detecção).
SINTOMAS: Embora a infecção possa ser assintomática, as crianças em geral apresentam prurido anal, irritabilidade e perda de sono. Caso a criança faça xixi a noite (enurese) a ENTEROBIOSE deverá ser descartada.
PREPARAÇÕES PARA AVALIAÇÃO LABORATORIAL Técnica de fita de celulose para Enterobius: A fêmea do Enterobius vermicularis migra do ceco para a pele perianal, na qual ela deposita ovos típicos que são totalmente embrionados. Os ovos ou, às vezes, os vermes adultos podem ser detectados pelo exame da fita de celofane adesiva transparente ou pelos kits de coleta comerciais que são pressionados sobre a pele perianal. Ovos ou vermes adultos raramente são observados nas fezes, as quais são consideradas amostras inadequadas para a detecção desse parasita. Amostras devem ser coletadas tarde da noite quando os vermes são mais ativos ou deve ser a primeira coisa a ser realizada pela manhã, antes do banho ou da evacuação. Várias amostras coletadas em diferentes dias devem ser examinadas antes de infecção ser descartada
TRICHURIS TRICHIURA- OVOS COM FORMA DE TAMPA DE BARRIL
OQUE É? A triquiuríase é comum em regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo. 
ONDE OS VERMES SE LOCALIZAM? Os vermes adultos são encontrados no intestino grosso, especialmente no ceco. Contudo, em infecções maciças, eles podem ser encontrados em todo o cólon e no reto. Os machos e as fêmeas medem
até 50 mm de comprimento e permanecem fixados na mucosa intestinal pela extremidade anterior longa e fina, enquanto a extremidade posterior mais larga permanece pendendo livre na luz. As fêmeas apresentam uma forma alongada, enquanto que os machos apresentam uma cauda espiralada. O Trichuris apresenta um ciclo de vida direto, no qual os ovos não embrionados são eliminados nas fezes e exigem várias semanas em condições de solo adequadas para amadurecerem até o estágio infectante. Quando ovos embrionados são ingeridos, as larvas são liberadas e amadurecem até a forma adulta no
cólon, no qual elas se fixam e sobrevivem por até 10 anos.
Infecções leves em geral são assintomáticas, mas quando uma grande quantidade, a diarreia ou os sintomas de disenteria podem ocorrer em associação com a desidratação e a anemia. O prolapso retal, uma complicação potencialmente letal, pode ocorrer em crianças com infecção maciça.
PREPARAÇÕES PARA AVALIAÇÃO LABORATORIAL: O diagnóstico é estabelecido pela observação de ovos típicos no exame a fresco de fezes ou pelas técnicas de concentração. Os ovos apresentam uma forma de barril com tampões refrativos em ambas as extremidades e, em geral, medem entre 50 e 55 μm de comprimento e entre 22 e 24 μm de largura. Ocasionalmente, humanos podem ser infectados pelo Trichuris vulpis (triquiuríase canina) que possui ovos maiores, mais largos e com forma mais semelhante a um barril que os do Trichuris trichiura.
ASCARIS LUMBRICOIDES- VERMES MADUROS E IMATUROS POSSUEM 3 LÁBIOS e os OVOS SÃO MAMILADOS
OQUE É? É O MAIOR NEMATÓDEO QUE INFECTA O TRATO INTESTINAL DOS HUMANOS
ONDE OS VERMES SE LOCALIZAM? O Ascaris adulto vive principalmente no duodeno e na porção proximal do jejuno. As fêmeas medem até 35 cm de comprimento e 6 mm de diâmetro. O macho é um pouco menor e apresenta uma cauda curvada ventralmente, ao contrário da fêmea. Tanto os vermes adultos quanto os imaturos podem ser identificados pela presença de três lábios proeminentes na extremidade anterior.
As fêmeas produzem aproximadamente 200.000 ovos por dia, os quais não são embrionados quando eliminados e necessitam de 4 a 6 semanas em um ambiente satisfatório para se tornarem infectantes.
Após a ingestão, os ovos eclodem no intestino e as larvas penetram na mucosa para ter acesso à corrente sanguínea. Eles são transportados para os pulmões e amadurecem brevemente no leito capilar alveolar antes de entrarem nos alvéolos. Os mecanismos de limpeza respiratória movem as larvas para a epiglote, na qual elas são deglutidas e crescem até a forma adulta no intestino delgado. O desenvolvimento do ovo embrionado até a forma adulta leva aproximadamente 2 meses.
SINTOMAS DA INFECÇÃO: Os sintomas da ascaridíase variam de uma infecção assintomática até uma doença grave. A migração de uma grande quantidade de larvas através dos pulmões pode causar pneumonite por Ascaris ou síndrome de Lõffler, caracterizada por infiltrado pulmonar moteado difuso e bronquite leve associada à eosinofilia periférica. A síndrome é rara e, em geral, ocorre em indivíduos que foram expostos previamente a antígenos do Ascaris.
Mesmo um pequeno número de vermes é motivo de preocupação por causa de sua capacidade de invadir sítios ectópicos (p. ex., ducto biliar comum, fígado, apêndice e estômago). A febre ou a terapia medicamentosa pode estimular a migração.
PROVAA infecção é diagnosticada pela identificação de ovos nas fezes ou pela recuperação de um verme adulto eliminado nas fezes ou no vômito.
O grande número de ovos produzidos diariamente torna a detecção de um único verme provável. PROVAUma contagem inferior a 20 ovos por lâmina (2 mg de fezes) indica infecção leve e uma contagem superior a 100 ovos por lâmina indica infecção maciça.
(PROVA) ASPECTO DOS OVOS: Ovos férteis de Ascaris são redondos a levemente ovais com uma carapaça espessa e uma camada externa amarelo-acastanhada, irregular e mamilada. Os ovos que perderam a camada mamilada são denominados descorticados e podem se assemelhar superficialmente a ovos de ancilostomídeos. Eles são eliminados não embrionados e medem cerca de 55 a 75 μm de comprimento e 35a 50 μm de largura. 							 Uma fêmea que não acasalou pode produzir ovos não fertilizados, os quais são grandes e mais alongados (até 90 μm de comprimento) e com uma carapaça mais fina com formações mamilares irregulares. Esses ovos são cheios de glóbulos de gordura de tamanho variado.
TRICHOSTRONGYLUS SPP.
OQUE É? infecção zoonótica no qual os parasitas infectam principalmente grandes herbívoros (p. ex., ovinos, bovinos e caprinos). Várias espécies podem infectar humanos, incluindo Trichostrongylus colubriformis,Trichostrongylus orientalis, Trichostrongylus axei e Trichostrongylus brevis.
MECANISMO DE INFECÇÃO: Os vermes adultos habitam o intestino delgado e produzem ovos que amadurecem fora do corpo. As larvas emergem e rastejam no solo e nas plantas, tornando-se disponíveis para serem ingeridas pelos hospedeiros
definitivos. Ao contrário dos ancilostomídeos, eles não invadem a pele diretamente e o seu ciclo de vida não envolve uma fase migratória através dos pulmões. De modo geral, as infecções são leves e assintomáticas, mas infecções maciças podem causar dor abdominal e diarreia, usualmente com eosinofilia. Os ovos assemelham-se aos do ancilostomídeos, mas são mais longos e mais estreitos, medindo entre 79 e 98 μm de comprimento e entre 40 e 50 μm de largura, sendo levemente coniformes em uma extremidade.
ANCILOSTOMÍDEOS-MACHOS TEM BOLSA COPULADORA EM FORMA DE LEQUE
Os ancilostomídeos, os quais estão entre os helmintos mais comuns que infectam os humanos, ocorrem em regiões tropicais e subtropicais e em algumas áreas temperadas. São exemplos o Necator americanus e o Ancylostoma duodenale. 
ASPECTO DO VERMES: As fêmeas adultas da espécie medem até 12 mm de comprimento e os machos um pouco menos. Os machos são mais prontamente identificados pela sua bolsa copuladora em forma de leque na extremidade posterior.
A extremidade anterior dos ancilostomídeos é modificada em uma cápsula bucal que contém dentes ou placas cortantes. Ambos os sexos fixam-se à mucosa do intestino delgado, na qual eles podem permanecer por até 18 anos.
Os ovos são eliminados nas fezes e desenvolvem-se rapidamente, dependendo das condições prevalentes. Larvas rabditiformes são liberadas e desenvolvem-se até o estágio filariforme infectante em cerca de 7 dias. Em contato com um hospedeiro apropriado, as larvas penetram a pele, conseguem entrar na circulação do hospedeiro, vão até os pulmões e movem-se até a árvore traqueobrônquica para serem deglutidas. Na maturação no intestino delgado, a postura de ovos começa. Embora o ciclo de vida de ambas as espécies seja similar, o Ancilostoma pode amadurecer diretamente para o estágio adulto no intestino quando larvas infectantes são ingeridas.
Os ancilostomídeos podem produzir doença na pele, no local da penetração das larvas. Essa condição é caracterizada por inflamação, hiperemia e formação de vesículas, junto com um prurido intenso. A migração de uma grande quantidade de larvas através dos pulmões pode produzir a síndrome de Lõffler,.
Dependendo da carga de vermes, a infecção intestinal pode causar gastroenterite com dor abdominal, diarreia e náusea. (PROVA) Contudo, os ancilostomídeos são mais conhecidos por sua capacidade de produzir perda sanguínea crônica com anemia ferropriva secundária. Cada Ancilostoma duodenale adulto pode causar a perda de 0,15 a 0,25 mL de sangue por dia, em comparação com 0,03 mL para cada N. americanos.
 A perda sanguínea e o número de ancilostomídeos presente estão correlacionados com o número de ovos por grama de fezes.
DIAGNÓSTICO: É estabelecido pela observação dos ovos com carapaça fina, característicos nas fezes. Os ovos são parcialmente embrionados quando eliminados e medem entre 58 e 76 μm de comprimento e entre 36 e 40 μm de largura. Ovos embrionados ou larvas rabditiformes livres podem ser encontradas em amostras não preservadas que não são examinadas imediatamente. Ancilostomídeos rabditiformes podem ser diferenciados do S. stercoralis porque os primeiros apresentam uma câmara bucal mais longa e um primórdio genital imperceptível. A maturação contínua das larvas resulta no surgimento de larvas filariformes infectantes, as quais apresentam uma extremidade posterior pontiaguda e um esôfago que mede cerca de um quarto do comprimento da larva. Pode ser necessário diferenciar ovos de ancilostomídeos de ovos de Trichostrongylus spp. (os quais são mais longos e mais pontiagudos) e de ovos de nematódeos parasitas de plantas, em especial o Heterodera spp. (os quais são mais longos, possuem extremidades arredondadas e são com frequência assimétricos).
(PROVA) Embora os ancilostomídeos adultos possam ser diferenciados baseando- se na sua parte bucal e na bursa copuladora em machos, os ovos dos ancilostomídeos humanos são indiferenciáveis.
(PROVA) No exame a fresco, a contagem de ovos inferior a cinco ovos por lamínula indica infecção leve que pouco provavel causar anemia, enquanto que mais de 25 ovos indicam infecção maciça que pode estar associada a sintomas.
STRONGYLOIDES STERCORALIS
ASPECTO DOS VERMES: As fêmeas adultas possuem um comprimento de 2 a 3 mm e vivem enterradas na mucosa do duodeno, no qual elas reproduzem por partenogênese.Os parasitas machos não ocorrem na fase vertebrada
do ciclo. Os ovos eclodem principalmente no intestino delgado, liberando o primeiro estágio ou larvas rabditoides, as quais são então eliminadas nas fezes (ovos quase nunca são encontrados). 
Nesse ciclo direto, as larvas rabditoides metamorfoseiam-se em larvas filariformes infectantes do terceiro estágio no solo. Essas larvas infectantes penetram imediatamente a pele de indivíduos expostos e migram pelo sistema circulatório para os pulmões e, a seguir, movem-se até a árvore brônquica e são deglutidas. O desenvolvimento até o estágio adulto é então completado no intestino delgado. Em condições de solo adequadas de alta umidade, um ciclo indireto pode surgir transitoriamente. Nele, as larvas recém-depositadas evoluem para uma geração livre, consistindo em machos e fêmeas reprodutores. Ovos produzidos por essa geração transformam-se em larvas filariformes que mais uma vez são infectantes para humanos. Uma terceira variação do ciclo de vida do Strongyloides envolve a autoinfecção, na qual a maturação para o estágio filariforme é completada no trato intestinal, com subsequente invasão da mucosa intestinal ou da pele perianal.
SINTOMAS: A migração inicial de larvas filariformes pode produzir irritação, hiperemia e prurido no local de entrada, enquanto a migração tardia através dos pulmões pode produzir a síndrome de Lõffler.
 O indivíduo afetado pode apresentar sintomas de úlcera péptica, dor abdominal e diarreia. 
Em pacientes saudáveis, a autoinfecção pode produzir a larva currens (lesões urticariformes lineares). 
A pneumonia grave é, com frequência, uma manifestação inicial da hiperinfecção, seguida por diarreia intensa, enterite
e septicemia
DIAGNÓSTICO: é estabelecido pela recuperação e pela identificação de larvas rabditiformes em amostras de fezes, embora o exame de ovos e parasitas nem sempre revele a sua presença. 
Larvas rabditiformes de Strongyloides devem ser diferenciadas das larvas de ancilostomídeos e são caracterizadas pela presença de uma cavidade bucal curta e um primórdio genital proeminente. Larvas filariformes de Strongyloides apresentam uma cauda entalhada e um esôfago com um comprimento que equivale aproximadamente à metade do comprimento do corpo.
 PROVA Cada estágio das larvas é logo observado em exame a fresco com soro fisiológico, com magnificação de menor aumento. 
Quando larvasfilariformes infectantes são detectadas em uma amostra recém-eliminada, o diagnóstico de superinfecção é garantido. O exame de aspirados duodenais ou de amostras do teste da corda pode ser útil em casos suspeitos nos quais os exames de fezes de rotina não são positivos. 
O método de concentração com funil de Baermann ou uma das técnicas de coprocultura também podem demonstrar a infecção.
Larvas podem ser encontradas no escarro ou em outras amostras pulmonares, especialmente na síndrome de hiperinfecção. EXAMES INDIRETOS (ISTO É, BASEADO NA IMUNOLOGIA) COMO Exames sorológicos são úteis quando a infecção é suspeitada, mas não pode ser demonstrada por outros métodos. O imunoensaio enzimático e outros testes apresentam uma boa sensibilidade e especificidade, embora possam ocorrer reações cruzadas com a filaríase e algumas outras infecções por nematódeos. De modo geral, esses testes não fazem a diferenciação entre uma infecção passada e uma infecção atual, mas podem ser úteis na monitoração da terapia.
TÉCNICAS PARA DIFERENCIAÇÃO DE NEMATÓDEOS:
Várias técnicas de cultura (coprocultura) auxiliam a detecção e a identificação de determinadas infecções por nematódeos, incluindo a cultura em tira de papel filtro de Harada-Mori, cultura em papel filtro/ inclinada e cultura em carvão.
A diferenciação de ancilostomatídeos e estrongiloides com base na morfologia é difícil, enquanto as larvas em estágio infectante são mais prontamente identificadas. Essas técnicas de cultura podem se revelar úteis na recuperação de larvas de Strongyloides, as quais podem estar presentes em pequena quantidade, e para diferenciá-las dos ancilostomídeos. 
Em todos os métodos de cultura, as fezes são incubadas em um ambiente úmido para estimular a eclosão dos ovos. Nas técnicas de cultura de Harada-Mori e de papel filtro/inclinada, as larvas migram das fezes para a fase aquosa, onde podem ser detectadas de imediato. Na cultura em carvão, as larvas migram primeiramente para uma gaze umedecida que, então, é colocada na água para permitir a precipitação das larvas .
A técnica do funil de Baermann é um método sensível e confiável para a recuperação de Strongyloides e outras larvas de nematódeos a partir de uma amostra de fezes. Nesse exame, as fezes são colocadas em várias camadas de gaze no alto de uma malha metálica que é suspensa em um funil. A base do funil é pinçada e adiciona-se água até o nível da gaze. As larvas migram ativamente através da gaze e precipitam na base do funil, onde podem ser coletadas para exame. A recuperação de larvas pode ser melhor do que nas técnicas de cultura, pelo fato de uma maior quantidade de fezes ser examinada. Na infecção latente por Strongyloides, na qual poucas larvas são eliminadas, vários exames ao longo de uma semana podem ser necessários para possibilitar a identificação da infecção.
CESTÓDEOS
CARACTERÍSTICAS DA ESPÉCIE: Os cestódeos são platelmintos tipo fita que, quando adultos, habitam o trato intestinal de vertebrados e, quando larvas, habitam os tecidos ou as cavidades corporais de vários hospedeiros intermediários.
Eles fixam-se à mucosa intestinal por meio de um escólex, ou órgão de fixação, na extremidade anterior, que pode apresentar ventosas, sulcos (bótrios) ou um rostelo com ganchos, dependendo da espécie. 
O corpo do verme é constituído por um pescoço que cresce ativamente e uma série de proglotes que sofrem desenvolvimento sequencial pelos estágios imaturo, maduro e, por último, grávido na extremidade posterior. Cada proglote apresenta um conjunto completo de gônadas masculinas e femininas e é capaz de produzir ovos férteis. Os ovos da maioria dos cestódeos que infectam humanos (o Diphyllobothrium é uma exceção) podem ser logo diferenciados dos ovos de outros helmintos pela presença de um embrião com seis ganchos em cada ovo.
Dependendo da espécie, os ovos são liberados diretamente na corrente fecal ou eliminados nas proglotes intactas. Em algumas espécies, não é incomum que grandes porções do corpo sejam eliminadas ou que proglotes migrem ativamente para fora do ânus. As grandes espécies de Taenia e Diphyllobothrium podem crescer até um comprimento de 7 ,5 metros ou mais e podem viver até 20 anos.
Larvas de cestódeos evoluem para o estágio infectante em hospedeiros invertebrados ou vertebrados, dependendo da espécie, e completam o seu ciclo de vida quando ingeridas por um hospedeiro definitivo.
Larvas de várias espécies podem infectar humanos, causando CISTICERCOSE, HIDATIDOSE, ESPARGANOSE E CENUROSE.
TAENIA SAGINATA- VACA
OS HUMANOS SÃO OS ÚNICOS HOSPEDEIROS DEFINITIVOS DA TAENIA SAGINATA, A TÊNIA BOVINA.
 Embora ele ocorra no mundo inteiro, o verme é especialmente comum no Oriente Médio, na África, na Europa, na Ásia e na América Latina.
Cisticercos larvais ( Cysticercus bovis) desenvolvem-se nos tecidos de bovinos que pastam em terra contaminada de dejetos humanos. Quando humanos ingerem carne bovina crua ou incompletamente cozida, o cisticerco transforma-se em um adulto reprodutor no intestino delgado em 2 ou 3 meses. Os sintomas são raros, mas podem incluir desconforto abdominal e diarreia. (PROVA) contrário da T. solium, os ovos da T. saginata não são infectantes para humanos e sua ingestão não causa cisticercose.
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é estabelecido pela detecção de ovos nas fezes, utilizando técnicas diretas ou de concentração, ou nas pregas perianais, utilizando a técnica da fita de celofane. Os ovos são esféricos e medem entre 31e 43 μm de diâmetro. 
A carapaça é espessa, estriada radialmente e contém um embrião com seis ganchos. PROVA Ovos de todas as espécies de Taenia são indiferenciáveis e devem ser relatados apenas como ovos de Taenia.
A identificação da espécie pode ser feita pela recuperação das proglotes ou, mais raramente, do escólex. As proglotes de tênias apresentam uma protrusão lateral característica conhecida como poro genital. A injeção cuidadosa de nanquim pelo poro genital, utilizando uma agulha e uma seringa de injeção de tuberculina, pode acarretar o delineamento do útero. O útero grávido da T. saginata apresenta de 15 a 20 ramos laterais, enquanto que o da T. solium apresenta de 7 a 13 ramos laterais.
TAENIA SOLIUM-PORCO
A Taenia solium, tênia do porco, é mais comum na Europa, em especial na Europa Oriental, na América Latina, na China, no Paquistão e na lndia. 
COMO OCORRE A INFECÇÃO? A infecção pela tênia adulta é adquirida pela ingestão de carne de porco crua ou incompletamente cozida, contendo cisticercos. Quando presentes, os sintomas são idênticos aos da infecção por T. saginata. 
A ingestão acidental de ovos de T. solium, seja de uma tênia adulta ou de alimentos contaminados, pode causar cisticercose. 
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico de infecção intestinal por T. solium são indênticos aos utilizados para infecções por T. saginata. O escólex da T. solium apresenta quatro ventosas e, ao contrário da T. saginata, possui um rostelo armado de duas filas de ganchos. Proglotes grávidas possuem de 7 a 13 ramos uterinos laterais.
PROVA DIFERENCIAÇÃO TENIA SOLIUM X TENIA SAGINATA
ATENÇÃO!!! PROVA CISTICERCOSE: INFECÇÃO HUMANA CAUSADA PELO ESTÁGIO LARVAL DA TÊNIA DO PORCO, T. SOLIUM, e ocorre após a ingestão não intencional de ovos de uma tênia adulta. Os ovos podem ser ingeridos por acidente com alimentos ou água contaminados e, posteriormente, eclodemno trato gastrintestinal. Embriões penetram na mucosa intestinal e disseminam-se pela corrente sanguínea para locais distantes, em especial a musculatura esquelética e também o coração, o cérebro ou os olhos, nos quais os sintomas de infecção e inflamação podem se tornar aparentes. Crises convulsivas são uma complicação comum.
DIAGNÓSTICO: O uso da tomografia computadorizada é muito útil. Radiografias são úteis no reconhecimento da presença de cistos calcificados, mas não no reconhecimento de infecções recentes. 
A recuperação de um cisticerco intacto na cirurgia confirma o diagnóstico. O cisticerco é um saco oval, cheio de líquido, que contém um único escólex invertido, que mede 5 μm ou mais de diâmetro.
Entre os ensaios sorológicos, o ensaio de immunoblot para glicoproteína apresenta uma alta sensibilidade e especificidade. 
Infelizmente, esses ensaios não distinguem infecções ativas de infecções inativas e, por consequência, não são úteis na monitoração da resposta terapêutica.
Hymenolepis nana- A MENOR TÊNIA A INFECTAR SERES HUMANOS.
A H. nana, conhecida como tênia anã, apresenta uma distribuição mundial. Trata-se de um parasita comum no camundongo e é o menor dentre os que infectam o ser humano, medindo até 4 cm de comprimento. O escólex possui um rostelo armado e as proglotes apresentam poros genitais localizados no mesmo lado do corpo. O ciclo de vida pode ser direto, pela ingestão de ovos infectantes, ou indireto, pela ingestão de hospedeiros intermediários, em geral besouros de cereais ("carunchos") que contêm larvas cisticercoides. 
Os ovos eclodem no intestino e os embriões penetram na mucosa, na qual eles se transformam em larvas cisticercoides. Posteriormente, eles emergem e fixam-se na parede intestinal para completar o seu desenvolvimento até se transformarem em tênias adultas em 2 ou 3 semanas.
TREMATÓDEOS
OQUE É? Os trematódeos são helmintos achatados (platelmintos) que incluem tanto formas hermafroditas (trematódeos intestinais, hepáticos e pulmonares) quanto sexuadas diferenciadas (trematódeos sanguíneos ou esquistossomas). Todas as espécies que infectam os humanos são caracterizadas pela presença de uma ventosa oral, por meio da qual se abre o
trato digestivo, e uma ventosa ventral utilizada para fixação. 
Os adultos apresentam um comprimento que varia de 1 mm (Metagonimus) a 70 mm (Fasciola gigantica).
Os ovos atingem o meio ambiente ao serem eliminados nas fezes, no escarro ou na urina, dependendo da espécie.
 Os trematódeos hermafroditas produzem ovos operculados, os quais não são embrionados (excetuando-se o Clonorchis e o Opisthorcis). 
Os ovos do esquistossoma não são operculados e cada um contém uma larva madura ao ser eliminado.
As larvas dos trematódeos, ou miracídios, são ciliadas e capazes de penetrar nos tecidos de um molusco hospedeiro. Cada espécie de trematódeo utiliza uma espécie particular de caramujo como primeiro
hospedeiro intermediário. Um processo complexo de multiplicação assexuada no interior do caramujo resulta na produção de numerosas larvas que se movem livremente na água, denominadas cercárias. 
As cercárias do esquistossoma são capazes de penetrar diretamente a pele humana e causar a doença denominada esquistossomose. 
As larvas dos trematódeos hermafroditas encistam na vegetação aquática ou invadem os tecidos dos segundos hospedeiros intermediários (p. ex., peixes ou caranguejos), dependendo da espécie. A ingestão dessas larvas encistadas,conhecidas como metacercárias, resulta em infecção humana.
DIAGNÓSTICO: a infecção por trematódeo é estabelecida pela recuperação e pela identificação de ovos característicos nas fezes, no escarro e, ocasionalmente, nos tecidos. Exames a fresco e métodos de
concentração com formalina-acetato de etila são os mais úteis para a recuperação desses ovos, enquanto que métodos de flutuação com sulfato de zinco são menos satisfatórios.
FASCIOLOPSIS BUSKI- É A MAIOR ESPÉCIE DE TREMATÓDEO INTESTINAL QUE INFECTA HUMANOS.
Ocorre em muitas partes da China, sudeste asiático e Índia e é frequentemente encontrado em porcos,(reservatório natural). A infecção é adquirida pela ingestão de metacercárias infectantes presentes em plantas aquáticas comestíveis. 
Os vermes fixam-se à parede do duodeno e do jejuno, na qual eles amadurecem e atingem a forma adulta. Podem ocorrer sintomas, incluindo diarreia, dor epigástrica e náusea, quando a quantidade de vermes é suficiente para produzir ulceração da mucosa superficial. 
A eosinofilia pode estar presente, mesmo em indivíduos assintomáticos.
DIAGNÓSTICO: detecção de ovos grandes ( 130 a 140 μm por 80 a 85 μm), marrons, ovais e com carapaça fina.
O opérculo pode ser imperceptível e os ovos são eliminados não embrionados. A diferenciação dos ovos de Fasciola em geral não é possível. Ovos de trematódeos equinostomas, que ocasionalmente infectam seres humanos, são semelhantes, porém menores.
FASCIOLA HEPATICA
OQUE É? Bovinos, ovinos e caprinos em muitas partes do mundo são infectados pelo trematódeo hepático Fasciola hepatica e, menos comumente, pela espécie Fasciola giganti.ca. Parasitas adultos habitam a árvore biliar
e produzem ovos que são eliminados nas fezes. Cercárias que são eliminadas pelo caramujo que serve de hospedeiro intermediário encistam na vegetação aquática, na qual metacercárias infectantes se tornam, então, disponíveis para hospedeiros herbívoros. Em geral, os humanos adquirem a infecção ao consumir agrião. Após serem ingeridas, as larvas
penetram a parede intestinal e migram pela cavidade peritoneal até o figado.
Elas escavam através da cápsula e do parênquima, indo residir no interior dos duetos biliares, nos quais a postura de ovos é iniciada em cerca de 2 meses. A migração das larvas através do fígado provoca uma reação inflamatória dolorosa do tecido e, posteriormente, dos duetos biliares, os quais acabam fibrosando. As manifestações clínicas incluem cólica, icterícia obstrutiva, dor abdominal, colelitíase e eosinofilia.
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é estabelecido pela detecção de ovos nas fezes. Os ovos não embrionados, operculados, de coloração marrom amarelada e medindo de 130 a 150 μm por 63 a 90 μm não podem ser facilmente diferenciado dos ovos de Fasciolopsis (VIDE ITEM ANTERIOR).
SCHISTOSOMA SPP --> CAUSA ESQUISTOSSOMOSE, OU BILHARZIOSE, 
Trematódeos adultos (machos e fêmeas) habitam as veias do mesentério ou da bexiga. 
As espécies mais importantes que afetam os humanos são Schistosoma mansoni, Schistosoma japonicum, Schistosoma mekongi, Schistosoma haematobium e Schistosoma intercalatum.
MECANISMO DE INFECÇÃO: 
Esquistossomas fêmeas adultas são finas, medindo até 26 mm por 0,5 mm. O macho, mais curto, envolve a fêmea, utilizando as margens laterais do corpo (canal ginecóforo) para ajudar na transferência do esperma. Os trematódeos sanguíneos provocam pouca ou nenhuma reação inflamatória.
Os ovos são depositados nas vênulas menores que conseguem acomodar a fêmea, nas quais eles provocam uma forte resposta granulomatosa, que resulta na extrusão do ovo para o interior da luz intestinal ou da bexiga. Os ovos são totalmente embrionados quando eliminados e logo eclodem quando depositados em água fresca. Ocorre a liberação dos miracídios que penetram em uma espécie apropriada de caramujo que serve de hospedeiro, nos quais eles sofrem transformação e ampla multiplicação assexuada. Após cerca de 4 semanas, um grande número de cercárias com cauda em forma de garfo emerge do molusco. As cercárias nadam ativamente por horas e logo penetram a pele dos hospedeiros suscetíveis, incluindo os humanos (HOSPEDEIRO DEFINITIVO). Após a penetração, as cercárias, agora denominadas esquistossômulos,entram na circulação e passam pelos pulmões antes de atingir os vasos mesentéricos e portais.
Os sintomas da esquistossomose são decorrentes principalmente da penetração de cercárias (dermatite cercaria), do início da postura de ovos (esquistossomose aguda ou febre de Katayama) e da complicação do estágio final da proliferação e da reparação tissular (esquistossomose crônica).
Em questão de horas após a penetração cercaria, um rash papular associado ao prurido pode ocorrer. 
A forma mais grave de dermatite ocorre em indivíduos que são expostos várias vezes a cercárias de esquistossomas não humanos (principalmente aviários). 
A infecção crônica resulta na deposição contínua de ovos, os granulomas produzidos em torno desses ovos no intestino e na bexiga são gradualmente substituídos por colágeno, resultando na fibrose e na formação de cicatrizes. Os ovos retidos no fígado podem induzir fibrose pipestem (em forma de cachimbo), com obstrução do fluxo sanguíneo portal. Às vezes, ovos são depositados em outros locais, como a medula espinal, os pulmões ou o encéfalo.
DIAGNÓSTICO: é estabelecido pela demonstração da presença de ovos nas fezes ou na urina pelo exame a fresco ou por métodos de concentração com formalina-acetato de etila. A concentração com sulfato de zinco não é satisfatória para a recuperação dos ovos pesados de esquistossoma.
Ovos também podem ser detectados em biópsias retais, vesicais e, às vezes, hepáticas, por meio de preparações por esmagamento ou de cortes histológicos.
(PROVA) O exame mais usado para diagnóstico (RECOMENDADO PELA OMS) é o exame parasitológico de fezes, preferencialmente utilizando-se o método quantitativo (Kato-Katz), ou pelo qualitativo (método de Lutz, também denominado de Hoffman, Pons e Janer), colhendo-se 3 (três) amostras consecutivas com o intervalo máximo de 10 dias entre a primeira e a última coleta.
MÉTODOS LABORATORIAL PARA ECLOSÃO: Fezes misturadas com água destilada são colocadas em um frasco que é coberto com papel alumínio para proteger contra a luz, apenas com a porção superior do frasco exposta a uma luz intensa. Os miracídios, quando presentes, nadam ativamente em direção à luz e podem ser detectados com o auxílio de uma lupa. Testes sorológicos podem ser úteis para monitorar a infecção ou a resposta terapêutica. 
SCHISTOSOMA MANSONI
O S. mansoni adulto vive principalmente na veia porta e na distribuição da veia mesentérica inferior. 
A postura inicial de ovo no intestino grosso pode produzir dor abdominal e disenteria, com presença abundante de
sangue e muco nas fezes. Nesse momento, ovos podem ser detectados nas fezes. 
A infecção crônica pode acarretar fibrose hepática e hipertensão porta, dependendo da quantidade de vermes presentes. Durante esse estágio, pode ser mais difícil encontrar ovos nas fezes.
ASPECTO DOS VERMES: Os ovos, medindo de 116 a 180 mm por 45 a 58 mm, são ovais, com uma espícula lateral grande característica que emerge da sua lateral, próxima a uma das extremidades. 
O movimento do miracídio no interior do ovo pode ser evidente no material não fixado quando a larva é viável. Técnicas de concentração podem ser necessárias para detectar ovos porque indivíduos com exposição limitada ou com infecção crônica podem eliminar poucos deles.
SCHISTOSOMA JAPONICUM
OS. japonicum, que ocorre na China, no sudeste asiático e nas Filipinas, pode causar uma doença clinicamente similar à causada pelo S. mansoni, mas que é com frequência mais grave porque mais (até 10 vezes) ovos são produzidos pelo S. japonicum. 
Vermes adultos vivem principalmente na distribuição da veia mesentérica superior e os ovos logo atingem o fígado, induzindo a fibrose e a hipertensão porta como uma complicação comum da infecção crônica. O menor tamanho dos ovos predispõe os mesmos à disseminação, em especial para o cérebro e a medula espinal. Os ovos são bem ovais, medindo de 75 a 90 μm por 60 a 68 μm e apresentam uma espícula lateral imperceptível, a qual pode ser difícil de ser demonstrada.
SCHISTOSOMA HAEMATOBIUM: A ESQUISTOSSOMOSE URINÁRIA ocorre em muitas partes da África,. O parasita migra através das veias hemorroidárias para os plexos venosos da bexiga, da próstata, do útero e da vagina. Um dos sintomas mais precoces e comuns de infecção é a hematúria, especialmente no final da micção. 
Ovos (alongados e possuem uma espícula terminal) são recuperados da urina por meio do exame do sedimento centrifugado.
 Helmintos tissulares
Nematódeos
FILARIA
OQUE É? A FILARIOSE É CAUSADA POR UM HELMINTO TISSULAR- Nematódeos filariásicos. TAIS ORGANISMOS são parasitas comuns de animais vertebrados transmitidos por artrópodes (MOSQUITOS). Vermes adultos (machos e fêmeas) são longos e finos, habitam vários tecidos, incluindo tecidos subcutâneos,linfáticos, vasos sanguíneos, cavidades peritoneal e pleural, coração e encéfalo. Todas as espécies produzem larvas denominadas microfilárias,as quais podem ser recuperadas do sangue ou da pele, dependendo das espécies. As microfilárias de algumas espécies circulam no sangue com uma periodicidade bem definida (diurna ou noturna), enquanto outras espécies não. As microfilárias prosseguem seu desenvolvimento apenas no vetor artrópode adequado, em geral um mosquito ou uma mosca, no qual elas amadurecem até o estágio infectante.
Essas larvas são, então, depositadas nos tecidos de um hospedeiro definitivo quando o vetor suga o sangue novamente.
DIAGNÓSTICO: é estabelecido pela identificação de microfilárias no sangue ou na pele, porque as formas adultas
são com frequência sequestradas nos tecidos.
 O uso de esfregaços espessos de sangue periférico corados pelo método de Giemsa ou de hematoxilina é rotina. Procedimentos mais sensíveis, como filtro de membrana, concentração de Knott ou lise por saponina, também possam ser necessários.
Microfilárias em movimento podem ser observadas em exame a fresco de sangue ou de líquido tissular.
As principais características que são utilizadas para identificaçãode microfilárias incluem a presença ou a ausência de uma bainha e as suas características de coloração, a forma da cauda, a distribuição dos núcleos celulares, o tamanho do espaço cefálico e o aspecto de sua coluna nuclear. Como microfilárias de Wuchereria e Brugia geralmente apresentam uma periodicidade noturna, o sangue de pacientes suspeitos de estarem infectados por essas filárias deve ser coletado entre as 10 e as 14 horas. PROVA
O Loa loa apresenta periodicidade diurna, de modo que o sangue deve ser coletado de preferência em torno das 12h.
A Mansonella ozzardi e a Mansonella perstans são caracteristicamente não periódicas. Microfilárias da Mansonella streptocerca e da Onchocerca volvulus estão presentes na pele e são detectadas ao exame de biópsia de fragmento de pele ou de biópsia obtida por punção. 
WUCHERERIA BANCROFTI CAUSA a filaríase bancroftiana, é a que mais comumente infecta humanos. 
Vermes adultos habitam o sistema linfático, no qual a infecção crônica e a reinfecção causam linfadenopatia e linfangite, podendo evoluir para o linfedema e a fibrose obstrutiva. O envolvimento severo das extremidades inferiores e da genitália pode causar elefantíase.
Na maioria das áreas, microfilárias circulam no sangue periférico com uma periodicidade noturna que corresponde às atividades alimentares dos vetores usuais, os mosquitos Culex, Aedes e Anopheles. 
ASPECTO DOS PARASITOS: As microfiláriassão embainhadas, embora isso possa nem sempre ser evidente
na coloração de Giemsa. A cauda é pontiaguda e não apresenta núcleos na ponta. O espaço cefálico não é mais largo do que longo e os núcleos na coluna nuclear são distintos. Procedimentos de concentração podem ser necessários para a recuperação
porque microfilárias podem estar presentes em pequena quantidade.
BRUGIA MALAYI: Essa espécie produz uma doença similar à causada pela W. bancrofti., embora ela, em geral, seja mais leve e, com mais frequência, envolva os linfáticos das extremidades superiores. 
As microfilárias circulam no sangue e são primariamente periódicas.
A bainha da microfilária da Brugia malayi cora bem com o corante de Giemsa. A cauda apresenta um aumento de volume na ponta e possui dois núcleos solitários localizados além da extremidade da coluna nuclear (denominados núcleos subterminais e terminais
 
LOA LOA VERME OCULAR AFRICANO
ASPECTO DOS PARASITOS: o Loa loa vive em tecidos subcutâneos. Os nematódeos migram continuamente, produzindo
reações inflamatórias locais transitórias (entre 2 e 3 dias), conhecidas como Calabar ou edema fugaz. Seu surgimento ocasional na conjuntiva permite que eles sejam removidos cirurgicamente. 
LARVA MIGRANS
A larva migrans é causada pelo movimento errante prolongado de
larvas de certas espécies de ancilostomídeos, ascarídeos e Strongyloides,
os quais normalmente infectam animais selvagens e doméstico~, por meio de tecidos corporais. 
A síndrome varia conforme a espécie envolvida, a quantidade de vermes e os tecidos parasitados .
A larva migrans cutânea é produzida por vermes do gato ou do cão do gênero Ancylostoma que se movimentam de forma errante na pele, os quais a penetram, mas não conseguem amadurecer segundo o padrão normal. Trilhas serpiginosas, eritematosas e pruriginosas são aparentes na pele em áreas que entraram em contato com o solo. 
A larva migrans visceral é produzida pela movimentação aleatória da Toxocara canis (ascarídeo canino) e, em um menor grau, pela Toxocara cati do gato doméstico. Crianças geralmente são contaminadas após ingestão acidental ou intencional de terra contaminada por fezes de cão ou gato. Após a eclosão, as larvas são incapazes de completar seu ciclo
usual e, em vez disso, começam uma migração prolongada pelos vários tecidos e órgãos. 
O diagnóstico de larva migrans visceral é, em geral, estabelecido com base na clínica, pois o parasita nem sempre
é recuperado. Testes sorológicos podem ser úteis na confirmação de um diagnóstico presuntivo e o procedimento atualmente recomendado é um imunoensaio enzimático que utiliza antígenos excretórios-secretórios do estágio larval.
METODOLOGIAS DE DETECÇÃO DE LARVAS
• Amostras fecais
São examinadas devido a presença de protozoários e larvas de helmintos ou ovos. 
Os estágios de protozoários encontrados em fezes são trofozoítas e cistos.
Os estágios de helmintos normalmente encontrados em fezes são ovos e larvas, ainda que possam ser vistos vermes adultos ou segmentos de vermes. 
Vermes adultos ou segmentos de tênia são normalmente visíveis a olho nu, mais ovos larvas, trofozoitas, e cistos podem ser vistos somente com microscópio.
• Identificação de parasitas em esfregaços corados: Em esfregaços corados, amebas, trofozoítas e cistos de amebas, e flagelados serão vistos. O citoplasma corara verde-azulado ou verde; o núcleo, inclusões, com células vermelhas ou bactérias corpos cromatoides e cistos de ameba e fibrilas em flagelados coração de vermelho ou púrpura. O glicogênio é dissolvido durante o processo de coloração e não é visível em preparações coradas.
• Swab anal para oxiúros: É usado para detectar a presença de oxiúros (enterobios vermiculares). Ovos de oxiúros são normalmente encontrados em dobras da pele ao redor do anus. Eles raramente aparecem nas fezes.
• Esfregaço fecal espesso em celofane para diagnosticas esquistossomoses intestinais (técnica de Kato-Katz): É uma AVALIAÇÃO QUANTITATIVA de ovos de SCHISTOSSOMA MANSONI e helmintos intestinais. A técnica não é conveniente para examinar larvas, cistos ou ovos de certos parasitas intestinas. .No entanto, possui a desvantagem de em baixa carga parasitária diminuir o número de ovos nas fezes. 
• Método direto: No método direto as fezes são examinadas ao microscópio, entre lamina e lamínula. Fezes preservadas são úteis para a detenção de cistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos, mas a pesquisa de trofozoítos deve ser feita, pelo método direto, com fezes frescas, não preservadas.
•Métodos de concentração de fezes: 
Eles facilitam o encontro de parasitas diminuindo as matérias fecais na preparação a ser observada ao microscópio. 
Os três métodos envolvem: 
- Sedimentação, com os parasitos sendo concentradas no sedimento obtido por gravidade ou centrifugação; - Flutuação, onde os parasitos flutuam ou são condensados num sedimento por meio de uma solução de densidade diferente da sua; 											 - Migração, onde certas larvas vivas migram para fora do material fecal e são coletadas no fundo de um funil.
MÉTODO GERAL SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA Técnica de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz – MÉTODO QUALITATIVO
Princípio: DETECÇÃO DE LARVAS E OVOS PESADOS DE NEMATÓIDES E TREMATÓIDES GASTROINTESTINAIS, ALÉM DE DETECÇÃO DE OOCISTOS DE PROTOZOÁRIOS. 
Utilização: inquéritos epidemiológicos, principalmente em áreas esquistossomóticas. 
A técnica de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz ou método de sedimentação espontânea consiste basicamente na mistura das fezes com água, sua filtração por uma gaze cirúrgica e repouso, formando uma consistente sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice. Uma alíquota do sedimento é pipetada sobre lâmina, é feito um esfregaço e observado em microscópio. Este método detecta a presença de ovos nas fezes, principalmente os pesados, após coloração com lugol. Após 24 horas de sedimentação, cistos de protozoários e larvas de helmintos também podem ser encontradas com maior facilidade. Essa é a técnica mais utilizada rotineiramente em laboratórios clínicos.
 Método de concentração por flutuação: Os métodos de flutuação se utilizam da centrifugação para a lavagem do material fecal, seguida da suspensão desse material em liquido de densidade determinada, cuja constituição e modo de uso dependem do método empregado.
São encontrados Schistosoma, larvas de Strongyloides, assim como cistos de protozoários,
Técnica de Willis -Princípio: flutuação de ovos de helmintos e cistos de protozoários em uma solução saturada de NaCl em água a 30%.
 Fundamento: Flutuação espontânea
Substância enriquecedora: Solução saturada de Cloreto de sódio 
A técnica de Willis baseia-se em duas características dos ovos a serem analisados. A primeira é a densidade, pois corpos menos densos tendem a flutuar sobre uma solução salina densa. Sendo assim, quanto menos densos os ovos, melhor sua separação por meio dessa técnica, que utiliza uma solução saturada de cloreto de sódio de densidade alta para induzir a flutuação dos ovos até a superfície. Os ovos na superfície entrarão em contato com a face inferior de uma lâmina de vidro, devido a outra característica desses ovos, o tigmotropismo. Corpos com esta propriedade tendem a aderir a superfícies sólidas após um contato físico com elas. Juntando essas duas características a técnica de Willis permite fixar ovos pouco densos de uma amostra fecal em uma lâmina, por meio de sua flutuação sobre uma solução muito densa. Esses ovos são então observados microscopicamente. É um método de grande eficiência, que por conta da purificação facilita a observação ao microscópio. Pode ser utilizado para observar qualquer estrutura pouco densa, podendo-se fazer modificações no método de forma a deixar a solução mais ou menos densa,para que ele se torne mais específico ou abrangente. 					 !!! É um método ainda usado, mas devido à alta possibilidade de contaminar todo o local de trabalho, deve ser abandonado. Deveria ser imediatamente proibido em hospitais, mesmo se forem empregadas fezes preservadas. É substituído em grandes vantagens, pelos outros métodos de rotina (sedimentação e Ritchie).
 Indicado para identificação de Ancilostomídeos, NECATOR AMERICANUS, Enterobius vermiculares e Trichuris trichiura
Método de Ritchie: Tem como atributo principal a concentração que realiza de cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos. Útil para coccídios. Esta técnica é também referida como processo pelo formol-éter
 MIF: Centrífugo-sedimentação em um sistema éter-mertiolate. É indicado na pesquisa de larvas, ovos de helmintos e cistos de protozoários.
 Método de Faust (MODIFICAÇÃO DE WILLS): a solução saturada de cloreto de sódio foi substituída pela solução de sulfato de zinco. Fundamenta-se na propriedade que apresentam certos ovos de Helmintos de flutuarem na superfície de uma solução de densidade elevada e de aderirem ao vidro. Este procedimento simples e eficiente está indicado para pesquisa de ovos com densidade especifica baixa como os de Ancilostomídeos.
Foram descritas várias modificações e hoje serve tanto para fezes frescas como conservados em MIF ou em formalina.
Métodos de concentração por migração: Usado para a pesquisa de Strongyloides stercoralis em fezes humanas. A larva desse helminto, com grande avidez à água morna, migra através do material fecal até atingir a água e aí, não tendo sustentação, sedimenta no fundo do recipiente.
 Método de Baermann-Moraes em coprologia é um método de análise parasitológica de fezes. É um método que detecta larvas vivas, através de hidrotropismo e termotropismo positivo.
Usualmente utilizado para detectar principalmente larvas de Strongyloides stercoralis, podendo observar larvas de ancilostomídeos. Para diferenciar as larvas pode-se utilizar coloração pelo lugol. Quando coradas, é possível observar em lavas de Strongyloides o vestíbulo bucal curto na região anterior e o primórdio genital na região posterior do corpo do parasito. Larvas de ancilostomídeos possuem vestíbulo bucal comprido e não possuem primórdio genital visível.
O aparelho de Baermann consiste em um funil de vidro suspenso por uma haste. Um tubo de borracha, acoplado à parte inferior do funil, é obstruído com um grampo. Uma peneira (abertura de 250 μm), ou duas camadas de gaze, são colocados na parte mais larga do funil, que foi parcialmente preenchido com água, e duas camadas de gaze são colocadas sobre a peneira.
 Método de Rugai (Baerman simplicado):. Indicado para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercorales e de Ancilostomideos.
Método do esfregaço de espesso de celofane: Esse método usa um pedaço de celofane substitui a lamínula de vidro. É recomendado para pesquisa de ovos de helmintos.
Preparações salinas: preparações sem coloração são pesquisadas a presença de cistos, ovos e lavas, e a motilidade dos trofozoítas, quando presentes. Entretanto, não é possível estabelecer um diagnostico especifico, no caso de formas trofozoíticas, na base de um exame direto a fresco e temporário. Este tem somente um valor de orientação. Nesse caso as fezes deverão ser fixadas e um esfregaço fecal corado deverá ser preparado. Para pesquisa de ovos, o exame direto a fresco sem coloração oferece bons resultados, mas para o de cistos e de larvas é necessário preparar um esfregaço corado, com vistas ao estudo das características morfológicas das diferentes espécies. O primeiro exame das amostras fecais deve ser através de esfregaços salinos. Nunca deve ser usada a água corrente ou destilada, pois os trofozoítas são distorcidos podendo ser deformados e rompidos.
 Método da eclosão: As técnicas de eclosão são reconhecidas como das mais sensíveis para o diagnóstico parasitológico da esquitossomíase. Elas são indispensáveis para a avaliação da cura após tratamento, nos estudos clínicos.
Preparações perianais: As preparações perianais são muito úteis para a detecção de infecções por Enterobius vermiicularis, podendo ser também úteis no diagnóstico de infecções por Taenia.

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