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CAPÍTULO 61- PROTOZOÁRIOS

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PROTOZOÁRIOS ( amebas, flagelados, ciliados, coccídeos, microsporídeos) INTESTINAIS E UROGENITAIS
 AMEBAS 
Gêneros de amebas que habitam o intestino humano
 ENTAMOEBA
ENDOLIMAX,
 IODAMOEBA
MECANISMO DE INFECÇÃO COMUM NAS AMEBAS: Os CISTOS são ingeridos e desencistam dentro do intestino delgado, dando origem à TROFOZOÍTOS. Os trofozoítos proliferam no cólon e podem sair nas fezes, juntamente aos cistos. Apenas os cistos maduros são espécies infectantes (PROVA). 
ASPECTOS PARTICULARES DAS AMEBAS
Gênero Entamoeba- ÚNICO GÊNERO PATOGÊNICO
Morfologia: Possui cromatina na membrana nuclear 
Compreende: 
E. histolytica (é a única ameba capaz de invadir tecidos e causar doenças). É UM ORGANISMO MONOXÊMICO, ISTO É, O SEU CICLO DE VIDA É APENAS EM UM ORGANISMO (HOMEM) (PROVA). E. hartmanni, Entamoeba coli espécies comensais. 
 E díspar espécie não patogênica que é morfologicamente igual às espécies acima.
ENTAMOEBA HISTOLITICA Seu contágio ocorre através de água/alimentos contaminados. A infecção pode causar AMEBÍASE, dissenteria amebiana, abscesso hepático, colite amebiana. Apenas algumas cepas de H. histolitica são patogênicas, sendo as demais cepas não patogênicas ( Entamoeba dispar). PROVA
Os cistos ingeridos desencistam no intestino delgado dando origem à trofozoitos. Os trofozoítos resultantes proliferam por divisão binária na luz do cólon. Tanto os cistos quanto os trofozoítos podem ser eliminados nas fezes, mas somente os cistos maduros são infectantes. 
A amebíase intestinal causada por H. histolitica gera invasão da mucosa intestinal, produzindo ulceração que pode gerar perfuração e peritonite. 
A amebíase extra-intestinal mais comum é o abscesso extra-hepático. A hepatite amebiana é caracterizada por hepatomegalia, raramente há formação de abscessos em outros órgãos (p.ex:pulmões, cérebro).
AMEBOMAS: são massas de tecido granulomatoso que são formadas em resposta à presença de amebas no intestino. Tais amebas podem gerar uma lesão intestinal do tipo “ anel de guardanapo”.
DIAGNÓSTICO DA E. HISTOLITICA:
 Avaliação do exame de fezes. A ingestão de antibióticos ou exame com contrate pode conduzir à resultado falso negativo São encontrados TROFOZOITOS (1 NÚCLEO) E CISTOS (4 NÚCLEOS) EM exame de fezes à fresco. (PROVA).
A conservação de Trofozoitos em exame de fezes à fresco é feita com o uso de solução contendo: ACETATO DE SÓDIO-ÁCIDO ACÉTICO-FORMALDEÍDO (SOLUÇÃO SAF) PROVA
Aspirado de abscesso hepático. Avaliação via m.o DIRETA pode identificar TROFOZÓITOS. PROVA 
Tecidos. Cortes teciduais podem revelar organismos corados com corante PAS (COLORAÇÃO ÁCIDO PERIÓDICO DE SCHIFF- USADO PARA AVALIAR GLICOGÊNIO EM TECIDO)
Culturas. Não são comumente usadas em diagnóstico pois não diferenciam as espécies do complexo E. histolytica/E. díspar. Método de PCR e sondas de DNA são úteis nessa diferenciação.
Infecções extra-intestinais: Detectadas por meio de exames sorológicos. Os títulos podem persistir mesmo depois da cura.
Aspecto dos Trofozoitos de H. histolitica: Trofozoítos de E. hístolytica variam de 1O a 60 μm de diâmetro, com as formas comensais apresentando geralmente um diâmetro aproximado de 15 a 20 μm e as formas invasivas apresentado uma dimensão máxima superior a 20 μm. No exame a fresco, os trofozotítos podem apresentar uma motilidade progressiva.
Na doença invasiva, alguns trofozoítos podem conter eritrócitos ingeridos, uma característica diagnóstica da infecção por E. hístolytica. (PROVA) Assim, a única característica patognomônica da E. hístolytica é a fagocitose de eritrócitos, a qual ocorre com pouca frequência com outras espécies.
 Em preparações coradas, a cromatina nuclear periférica é homogeneamente distribuída ao longo da membrana nuclear como pequenos grânulos. O cariossoma é pequeno e, com frequência, de localização central, com fibrilas finas, as quais, em geral, não são visíveis, ligadas à membrana nuclear. Ocorrem variações na estrutura nuclear, com alguns cariossomas
localizados fora do centro e a cromatina periférica distribuída irregularmente. 	 
Os cistos de E. histolytica são esféricos e medem entre 10 e 20 μm de diâmetro, possuindo 4 núcleos (PROVA) Os núcleos do cisto assemelham-se aos dos trofozoítos, mas seu tamanho é menor, o que os torna menos úteis como uma característica diferenciadora.
Os trofozoítos de E. histolytica possui 1 núcleo que não é visível nas preparações coradas(PROVA)
AMEBAS NÃO PATOGÊNICAS
Entamoeba hartmanni Suas características morfológicas são semelhantes à E. histolitica, exceto que seus trofozoitos possuem diâmetro máximo de 12 micrômetro e os cistos de 10 micrômetros, além de possuírem apenas 1 núcleo.
Entamoeba coli A Entamoeba colí, uma ameba comum que habita o intestino humano.
O citoplasma cora um pouco mais fortemente do que o citoplasma da E. histolytica e é mais vacuolado, contendo numerosas bactérias, leveduras e outros materiais ingeridos. 
Cistos maduros de E. colí contêm oito núcleos, embora cistos ocasionais possam conter 16 ou mais. Cistos imaturos, os quais não são comuns, contêm quatro núcleos maiores que os núcleos da E. hístolytíca e podem conter glicogênio. A distribuição da cromatina periférica e dos cariossomas não deve ser enfatizada na identificação
de cistos de Entamoeba. 
Quando presentes, corpúsculos cromatoides apresentam uma forma irregular com extremidades pontiagudas e não extremidades arredondadas como observadas na E. histolytica. (PROVA)
Endolimax nana É a menor ameba a infectar humanos. (PROVA)
Os trofozoitos apresentam núcleos atípicos com massa de cromatina triangular, uma faixa de cromatina através do núcleo ou duas massas discretas de cromatina em lados opostos da membrana nuclear.
Cistos de Endolimax em geral contêm quatro núcelos, embora uma quantidade menor possa ser observada.
Quando presente, o glicogênio apresenta uma distribuição difusa no citoplasma em vez de uma massa discreta. Cistos são facilmente diferenciados dos cistos de outras amebas, mas podem ser confundidos com Blastocystis hominis No entanto, os núcleos do B. hominis não apresentam os halos que são tipicamente observados nos cistos de E. nana.
Iodamoeba butschii Os núcleos de trofozoítos e cistos de I. bütschlii apresentam um cariossoma grande e localizado centralmente, com frequência circundado por grânulos acromáticos que podem não ser distintos, mas aparecem apenas como um espaço de cariolinfa lamacento ou um halo. Em alguns núcleos, o halo é transparente, sem evidência de grânulos acromáticos, tornando o organismo indiferenciável da E. nana. 
Cistos de I. bütschlii contêm um único núcleo, no qual o cariossoma é geralmente excêntrico com uma crescente vizinha de
grânulos acromáticos. O cisto é caracterizado por um vacúolo de glicogênio proeminente que cora de marrom avermelhado no exame a fresco corado com iodo. Essa é a razão do nome do organismo.
 O glicogênio é dissolvido por fixadores aquosos e pode não ser demonstrável em material que foi armazenado.
FLAGELADOS
GIARDIA LAMBLIA
Contágio: Água contaminada (protozoário não é morto por cloro)
Trofozoítos da G. lamblia multiplicam-se no intestino delgado e fixam-se à mucosa por meio de um disco de sucção côncavo ventral.
A infecção pode ser assintomática ou pode causar doença, variando de uma diarreia leve até uma síndrome de má absorção com diarreia grave. 
DIAGNÓSTICOS: Trofozoitos ou cistos são encontrados em amostras de fezes. (fezes diarreicas trofozoitos). (fezes duras cistos).Embora os cistos não sejam eliminados de forma contínua.
Exame a fresco ou coloração permanente são adequados para avaliação de Trofozoitos com motilidade de folha em queda (exame a fresco) e também cistos. A solução de conserva para manutenção de Trofozoitos nas fezes diarreicas é composto de: acetato de sódio-ácido acético-formaldeído(SOLUÇÃO SAF) !!!PROVA. Adicionalmente, o uso de substâncias fixadoras, como o formol a 10%, preserva a estrutura de trofozoítos que perecem rapidamente. Teste de corda Permite visualizar cistos e trofozoítos em amostras de fezes e aspirados do intestino.
Aspecto dos Trofozoitos “ Fantasma sorridente” São piriformes com extremidade posterior cônica, possuem 2 núcleos, apresentam 1 disco de sucção na região ventral, além de flagelos ( não são evidentes em exame a fresco ou preparações coradas).
Aspecto dos Cistos Ovais com 4 núcleos. Abaixo dos núcleos encontram-se corpúsculos corados fortemente que cruzam fibrilas longitudinais. 
!!!PROVA FLAGELADOS INTESTINAIS NÃO PATOGÊNICOS: Chilomatix mesnili e Pentatrichomonas hominis 
TRICHOMONAS VAGINALIS VAGINITE (VIA SEXUAL)
CILIADOS- Balantidium colli Pode causar síndrome de desinteria com ulcerações colônicas, mas sem abscesso hepático. É O MAIOR PROTOZOÁRIO A INFECTAR HUMANOS. !!!PROVA
COCCÍDEOS: São parasitos que possuem um estágio sexuado em animais vertebrados ou invertebrados.
MICROSPORÍDEOS: São protozoários intracelulares obrigatórios, produtores de esporos. Causam diarreia em pacientes imunocomprometidos.

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