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Contabilidade Aplicada ao Setor Público

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Prévia do material em texto

CiÊNCIAS CONTÁBEIS 
CONTABILIDADE PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
Professor Tarcísio Cláudio Teles Passos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fevereiro de 2018 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Esta apostila foi elaborada com objetivo de oferecer aos alunos da disciplina de 
Contabilidade Pública um material complementar para pesquisa, elaborada por pesquisa 
bibliográfica, tendo como fonte leis, decretos, instruções normativas, resoluções, portarias, 
livros e demais trabalhos publicados e ainda na experiência profissional de seu 
organizador, o professor Emmanuel Nogueira, com revisão e adaptação do professor 
Tarcísio Cláudio Teles Passos. Colocada a disposição dos alunos de forma gratuita com a 
impressão e encadernação por conta de cada interessado na sua leitura e não tendo nenhum 
interesse comercial ou financeiro pelo elaborador. 
 
O ensino da Contabilidade Pública passa por uma grande mudança que requer até 
alteração no título da disciplina que deve passar a ser chamada de Contabilidade Aplicada 
ao Setor Público, esta é a nomenclatura dada pelas novas Normas Contábeis Aplicadas ao 
Setor Público. 
 
É uma grande transformação que procura tirar a Contabilidade Pública da visão 
orçamentária passando a adotar uma visão patrimonialista, adotando-se os conceitos da 
Ciência Contábil em sua plenitude, para que isto seja alcançado foram editadas as novas 
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP – que entre as 
modificações sugeridas surgem novas demonstrações contábeis e um novo plano de contas. 
 
Estas novas práticas contábeis para o Setor Público são orientadas pelo Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público que é editado pela Secretária do Tesouro 
Nacional. 
 
Importante ressaltar que o conteúdo desta apostila não encerra o assunto apenas 
complementa a leitura que deve ser mais detalhada diretamente nas obras dos diversos 
autores, em Leis, Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade e da Secretaria do 
Tesouro Nacional e demais órgãos legisladores. 
 
 
 
 
 
UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE CONTABILIDADE APLICADA 
AO SETOR PÚLICO 
Ramo da contabilidade que estuda, orienta, registra e interpreta todos os atos da 
gestão governamental que afetam o patrimônio das entidades de direito público, ou seja, 
União, Estados, Distrito Federal, Municípios, os órgãos da administração indireta, os 
fundos municipais e todos os demais entes que arrecadem e/ou apliquem recursos públicos 
ou que sejam responsáveis por bens e valores públicos. 
 
A seguir são retirados alguns conceitos constantes das Normas Brasileiras de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
> Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que 
aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as 
normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor 
público. 
 
> O OBJETIVO da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários 
informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, 
econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas 
mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de 
contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. 
 
Quadro 1: Objetivos da contabilidade pública 
 Objetivo 1: os resultados alcançados e os aspectos de 
Natureza orçamentária, econômica, financeira e física do 
patrimônio da entidade do setor público e suas 
mutações em apoio ao processo de tomada de 
decisão. 
 
Fornecer aos 
usuários 
informações 
sobre Objetivo 2: A adequada prestação de contas. 
 Objetivo3: o necessário suporte para a instrumentalização do 
 controle social 
3
. 
 Fonte: Giovanni Pacelli (2016) 
 
> O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o PATRIMÔNIO 
PUBLICO. 
 
 
1.1 – CAMPO DE APLICAÇÃO 
A Contabilidade Aplicada ao Setor público é aplicada em toda esfera que 
compreende os domínios públicos, em todos os níveis hierárquicos da federação, ou seja, 
União, Estados e Municípios, em todos os poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, no 
Ministério Público, em todos os órgãos da administração direta e indireta, autarquias, 
fundos, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista que 
participam do Orçamento Fiscal e de Seguridade Social e ainda em qualquer ente que 
arrecade ou aplique recursos públicos ou mantenha sob sua responsabilidade bens e 
valores públicos. 
A grande questão é, quais destas entidades devem aplicar a contabilidade pública de 
forma integral (Lei 4.320/64) ou parcial? 
As entidades que devem aplicar a contabilidade pública de forma integral são as 
elencadas abaixo e as estatais dependentes: 
Resumindo das entidades que devem aplicar integralmente a contabilidade pública, 
ou seja, deve se submeter à Lei 4.320/64: 
ENTIDADES QUE APLICAM INTEGRALMENTE A CONTABILIDADE PÚBLICA 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA 
 PODER EXECUTIVO 
 Presidência da República e suas secretárias 
 Ministérios Civis e Militares 
 PODER JUDICIÁRIO 
 Todos os seus Tribunais 
 PODER LEGISLATIVO 
 Câmara dos Deputados 
 Senado Federal 
 MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
 Autarquias 
 Fundações Públicas 
 Empresas Públicas* 
 Sociedades de Economia Mista* 
 
CONSELHOS REGIONAIS 
CRC, CRA, etc. 
 
SISTEMA “S” 
SESC, SENAI, SENAT, ETC. 
* Somente aquelas sujeitas ao Orçamento Fiscal e da Seguridade Social – Empresas 
Estatais Dependentes 
 
EMPRESAS ESTATAIS DEPENDENTES: é a empresa controlada por ente da 
federação que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de 
despesas com pessoal ou de custeio em geral, ou de capital (exceto aumento de 
participação acionária). 
 
ATENÇAO: Aporte de capital do ente controlador para despesas de capital, 
na forma de aumento de participação NÃO faz com que se considere dependente uma 
entidade. 
 
Estatal dependente: 
 
- Lei 4.320/64 e a Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
Estatal não dependente (independente): 
 
 - Lei 4.320/64 e nem à Lei de Responsabilidade 
Fiscal. 
 
Estrutura da Administração Pública 
 
Entende-se por Administração Pública o conjunto que envolve os três poderes 
(Legislativo, Judiciário e Executivo) e as esferas de governo (União, Distrito Federal, 
Estados e Municípios), norteados pelos princípios constitucionais da LEGALIDADE, 
IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE, e EFICIÊNCIA (art. 37, CF/88). 
A Administração Pública tem sua estrutura político-administrativa, em qualquer das 
esferas, ou seja, União, Estados, Municípios e Distrito Federal, composta de órgãos 
compreendidos como: Administração Direta ou Centralizada e Administração Indireta ou 
Descentralizada. 
a) Administração Direta 
A Administração Direta compreende os serviços integrados à Presidência e Vice-
presidência da República, Secretarias do Governo Federal e Ministérios, Advocacia Geral 
da União, Senado Federal e Câmara dos Deputados, Tribunal de Contas, Tribunais 
Superiores e Ministério Público Federal, obedecendo, no âmbito Estadual ou Municipal, a 
estrutura semelhante, ou seja, serviços pertinentes ao governo Estadual ou Municipal e 
 
respectivas Secretarias, Tribunais de Justiça e Ministério Público, Assembléias 
Legislativas e Câmaras de Vereadores. Ressalte-se que no âmbito Municipal não há Poder 
Judiciário. 
Quadro 2 – Resumo da Administração Pública Direta 
EXECUTIVO LEGISLATIVO JUDICIÁRIO FUNÇÕES 
ESSENCIAIS À 
JUSTIÇA 
- Presidência da 
República- Governadores 
- Prefeitos 
- Ministros de Estados 
- Secretários 
- Câmara dos Deputados 
- Senado Federal 
-Assembléias Legislativas 
- Câmaras Municipais 
- Câmaras Distritais 
- Tribunais e conselhos de 
contas 
- STF 
- STJ 
- Tribunais Regionais 
Federais 
- Tribunal Superior do 
Trabalho 
- Tribuna Superior Eleitoral 
- Superior Tribunal Militar 
- Tribunais de Justiça 
- Ministério Público 
- Advocacia Pública 
- Defensoria Pública 
Fonte: Adaptado de SILVA, Valmir Leôncio, p.6, 2014 
 
b) Administração Indireta 
A Administração Indireta compreende os serviços de interesse público deslocados 
do Estado para uma entidade por Ele criada ou autorizada. É formada por pessoas jurídicas 
de direito público ou privado, que são as Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de 
Economia Mista e Fundações Públicas. 
 
b.1. Autarquias 
As Autarquias são entidades autônomas, criadas por lei, com personalidade jurídica 
de Direito Público e patrimônio próprio, para executar atividades típicas da Administração 
Pública que requeiram para seu melhor funcionamento gestão administrativa e financeira 
descentralizada. Executam atividades que necessitam de especialização. 
 
b.2. Empresas Públicas 
As Empresas Públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de Direito 
Privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo do Estado, criadas por lei para a 
exploração de atividade econômica na qual seja necessária a intervenção do Estado, para 
fins de regulação ou desenvolvimento. Constituem-se na forma de Sociedade Anônima, 
cujo capital pertence exclusivamente à União, Estado ou Município. Em geral, são criadas 
 
quando não há interesse da iniciativa privada devido ao elevado investimento e demora no 
retorno desse investimento. 
 
b.3. Sociedades de Economia Mista 
As sociedades de Economia Mista são entidades dotadas de personalidade jurídica 
de Direito Privado, com patrimônio próprio, criadas por lei, para explorar atividade 
econômica, com participação do Poder Público e de particulares em seu capital e 
administração. Têm a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto 
pertencem em sua maioria à União. 
 
b.4 Agências Reguladoras 
 ANTT, ANAEL, ANATEL, ANVISA, ANS 
 
b.5. Serviços Sociais Autônomos 
Os Serviços Sociais Autônomos são entidades que possuem personalidade de 
Direito Privado, patrimônio próprio e administração particular, sem fins lucrativos, criados 
com a finalidade específica de assistência ou ensino a determinadas categorias sociais ou 
profissionais. Atuam em cooperação com a Administração Pública, entretanto não fazem 
parte da Administração Pública Indireta ou Descentralizada, embora sua criação seja 
autorizada pelo Governo. Arrecadam receitas por seus próprios meios e recebem recursos 
públicos para desenvolvimento de suas atividades. 
 Como exemplos, podem ser citados os seguintes: Serviço Social da Indústria 
(SESI); Serviço Social do Comércio (SESC); Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e 
Micro Empresas (SEBRAE); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC); 
 
b.6. Conselhos de Classes de Profissões Regulamentadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na prática temos o seguinte: 
Aplicam a CASP* 
Integralmente 
(Cumprem objetivos 
1,2 e 3) 
Sujeitas à Lei de 
Responsabilidade 
Fiscal 
Entidades governamentais (integrantes do Orçamento 
Fiscal e Orçamento da Seguridade Social). 
Empresas públicas e sociedades de economia mista: que recebem 
recursos do ente para cobrir despesas com custeio ou pessoal ou 
despesas de capital (ressalvado aumento de participação acionária) 
 
Serviços sociais. (SESC, SENAT, SENAC, etc) 
 
 Conselhos profissionais. CRC, CRO, etc 
 
Personalidade jurídica de direito privado (inclusive 
integrantes do Orçamento do Investimento) que recebam, guardem 
movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execu- 
ção de suas atividades. 
Aplicam a CASP* 
Parcialmente 
“demais 
entidades do 
setor público” 
 
Pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incenti- 
vo, fiscal ou creditício, de órgão público. 
(Cumprem objetivos 
2 e 3) 
Não estão 
sujeitas à Lei de 
Responsabilidade 
Fiscal 
 
*CASP: CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO REGULAMENTADA PELA 
LEI 4.320/64. 
 
As entidades públicas que aplicam integralmente a contabilidade pública, ou seja, estão 
sujeitas à Lei 4.320/64, estão sujeitas à LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL e devem 
cumprir todos os objetivos da contabilidade pública. Já aquelas que não devem cumprir 
integralmente a contabilidade pública, não estão sujeitas à LEI DE 
RESPONSABILIDADE FISCAL e cumprem apenas os objetivos 2 e 3. O quadro 3 a 
seguir resume esta questão: 
 
 
 
 
 
 
Quadro 3: Aplicação da contabilidade pública e Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF 
Entes Públicos Aplicação da 
Contabilidade 
Pública 
Sujeição à Lei 
de 
Responsabilidad
e fiscal 
Objetivos da contabilidade 
que devem cumprir 
Entidades 
Governamentais 
 
 
INTEGRALMENTE 
Sujeitas à Lei 
4.320/64 
SUJEITAS 
À LRF 
1, 2 e 3 (vide quadro 1: 
Objetivos da Contabilidade 
Pública) Estatais 
Dependentes 
Estatais 
independentes 
 
 
 
 
PARCIALMENTE 
No caso de pessoas 
jurídicas, estão 
sujeitas à Lei 
6.404/76 
NÃO ESTÃO 
SUJEITAS À 
LRF 
2 e 3 (vide quadro 1: 
Objetivos da Contabilidade 
Pública) Pessoas Físicas 
ou Jurídicas que 
arrecadem ou 
apliquem 
recursos 
públicos ou 
mantenham 
sob sua 
responsabilida
de bens e 
valores 
públicos. 
 
Fonte: Próprio autor, 2013 
 
A Lei Complementar 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal) em seu artigo 1º, relaciona 
os entes e órgãos públicos que estão sujeitos à Lei de Responsabilidade Fiscal: 
§ 1
o
 [...] 
 § 2
o
 As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios. 
 § 3
o
 Nas referências: 
 
 I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos: 
 a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o 
Poder Judiciário e o Ministério Público; 
 b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas 
estatais dependentes; 
 II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; 
 III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de 
Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de 
Contas do Município. 
 
IMPORTANTE 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES PARA REVISÃO 
1. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público não deve ser utilizada na 
Administração: 
a) das Autarquias; 
b) dos Estados; 
c) dos Municípios; 
d) das Empresas Públicas independentes; 
e) do Distrito Federal. 
 
2. Compõem a Administração Pública Direta: 
a) as Autarquias; 
b) os Tribunais de Contas; 
c) as Fundações; 
d) as Empresas Públicas; 
e) as Agências Reguladoras. 
 
As estatais dependentes devem cumprir integralmente a Lei 4.320/64, mas por 
terem personalidade jurídica de direito privado e por terem que cumprir as 
exigências legais impostas às empresas com personalidade jurídica de direito 
privado, também emitem demonstrativos contábeis com base na Lei 6.404/76. 
 
 
3. Sociedade de economia mista e empresa pública se diferenciam quanto ao 
seguinte elemento: 
a) Patrimônio; 
b) Regime jurídico de seu pessoal; 
c)Forma de sujeição ao controle social; 
d) Composição de seu capital; 
e) Natureza de sua atividade. 
 
4. A autarquia, a empresa pública e a sociedade de economia mista são entes: 
a) Totalmente independentes da respectiva Administração Direta; 
b) Subordinados hierarquicamente à respectiva Administração Direita; 
c) Não vinculados à respectiva Administração Direta, mas fiscalizadas por elas; 
d) Vinculados e, portanto, fiscalizados pela respectiva Administração Direta; 
e) Autônomos e subordinados à respectiva Administração Direta. 
 
5. A Administração Pública se divide em: 
a) Direta, indireta e fundacional; 
b) Indireta e descentralizada; 
c) Direta e descentralizada; 
d) Direta e indireta; 
e) Indireta e fundacional. 
 
6. São entidades dotadas de personalidade jurídica de Direito Privado, com 
patrimônio próprio e capital exclusivo do Estado: 
a) as Autarquias; 
b) as Empresas Públicas; 
c) as Fundações; 
d) as Sociedades de Economia Mista; 
e) as Agências Reguladoras. 
 
 
 
 
 
 
7. A Lei de Responsabilidade Fiscal não se aplica à: 
a) Administração Pública Direta; 
b) Administração Pública Indireta; 
c) Autarquais; 
d) Estatais não dependentes; 
e) Fundações. 
 
8. Quanto à contabilidade pública podemos afirmar que: 
a) É a ciência da gestão pública; 
b) Deve fiscalizar os poderes públicos; 
c) Seu objeto é o patrimônio público; 
d) É responsável pelo orçamento público; 
e) Contabiliza somente as receitas públicas. 
 
9. Julgue as afirmações abaixo e marque a resposta correta: 
I - A Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve ser aplicada integralmente nas 
Sociedades de Economia Mista. 
II – Uma pessoa física pode ser considerada uma entidade pública. 
III – Podemos afirmar que o objeto da contabilidade pública é o Patrimônio Público. 
a) As afirmações I e II são verdadeiras. 
b) As afirmações I e III são verdadeiras. 
c) As afirmações II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmações são verdadeiras. 
e) Todas as afirmações são falsas. 
 
10. Em relação à aplicação integral ou não da Contabilidade Pública, numere a 
primeira coluna de acordo com a segunda: 
( ) Poder Judiciário 1. Aplicam integralmente a contabilidade pública. 
( ) Estatais Independentes 2. Aplicam parcialmente a contabilidade pública. 
 ( ) Estatais Dependentes 3. Não aplicam a contabilidade pública 
 ( ) Conselhos Regionais 
 ( ) Serviços Sociais 
 
 
 
 A sequência correta de cima para baixo é (2 pontos): 
a) 1, 2, 1, 1, 1 
b) 2, 2, 1, 2, 3 
c) 1, 3, 2, 1, 1 
d) 1, 2, 3, 1, 1 
e) 2, 1, 2, 3, 2 
 
QUESTÕES DISSERTATIVAS 
 
1. Julgue as afirmativas abaixo (verdadeiro ou faso) justificando as falsas: 
 
I - A Contabilidade Aplicada ao Setor Público não deve ser utilizada integralmente nas estatais. 
 
II – As empresas públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de Direito Privado, 
com patrimônio próprio e capital exclusivo do Estado. 
 
 III - A Lei de Responsabilidade Fiscal não se aplica às estatais independentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. As Sociedades de Economia Mista por possuírem capital público e privado não 
estão sujeitas à aplicação da contabilidade pública, mas tão somente à contabilidade 
empresarial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. O campo de aplicação integral da Contabilidade Pública inclui a 
Administração Pública Federal, Estadual, Distrital e Municipal, bem como 
Autarquias, Fundações Públicas e Privadas, além de Empresas Públicas e 
Sociedades de Economia Mista que recebam recursos do governo para 
aumento de seu capital social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. As empresas estatais independentes ao aplicar a CASP devem se restringir a fornecer 
informações aos usuários sobre a adequada prestação de contas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2 PATRIMÔNIO E BENS PÚBLICO 
1.2.1 Patrimônio Público 
 
O Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou 
intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos 
ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um 
fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à 
exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. 
O patrimônio público é estruturado em três grupos: 
-Os ativos que são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos 
passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos 
futuros ou potencial de serviços; 
 
-Os passivos que são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos 
passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de 
recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços; 
 
-O patrimônio líquido que é o valor residual dos ativos da entidade depois de 
deduzidos todos seus passivos. 
 
A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em 
“circulante” e “não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e 
exigibilidade. 
 
Os ativos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um 
dos seguintes critérios: 
- estarem disponíveis para realização imediata; 
- tiverem a expectativa de realização até doze meses da data das demonstrações 
contábeis. 
Os demais ativos devem ser classificados como não circulante. 
Os passivos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a 
um dos seguintes critérios: 
-corresponderem a valores exigíveis até doze meses da data das demonstrações 
contábeis; 
 
-sejam pagos durante o ciclo operacional normal da entidade; 
-sejam mantidos essencialmente para fins de negociação. 
Os demais passivos devem ser classificados como não circulante. Esta 
nomenclatura segue a atual classificação da lei 6404/76 modificada pelas leis 
11.637/2007 e 11.941/2009, que é similar (igual no 1º e 2º nível das contas) ao plano 
de contas aplicado ao setor público. Assim tanto no plano de contas novo da CASP 
quanto no plano de contas na contabilidade geral tem-se estrutura disposta no 
Quadro 4 abaixo. 
 
Quadro 4: Estrutura do Patrimônio Público conforme o Plano de Contas novo 
 1.Ativo 2.Passivo 
 1.1. Ativo Circulante 2.1. Passivo Circulante 
 1.2. Ativo não circulante 2.2. Passivo Não Circulante 
 2.3. Patrimônio Líquido 
 
LEMBRANDO: o confronto do conjunto de BENS, VALORES e CRÉDITOS 
com as DÍVIDAS evidencia a situação líquida patrimonial. 
 
1.2.2 Bens públicos 
Os bens que formam o patrimônio do Estado classificam-se segundo dois critérios: 
∙ critério jurídico; 
∙· critério contábil. 
O Código Civil divide inicialmente os bens em públicos e particulares conceituando 
como públicos os do domínio nacional, pertencentes à União, aos Estados e aos 
Municípios e como particulares todos os outros. 
No desenvolvimento de sua atividade, a administração tanto se serve de bens que se 
acham sujeitos ao seu domínio como de bens dos cidadãos sobre os quais exerce 
determinados poderes no interesse geral. 
Esses bens, segundo o critério jurídico, são assim classificados: 
∙ bens de uso comum do povo; 
∙ bens de uso especial; 
∙ bens dominicais. 
 
 
Os bens de uso comum do povo, também denominados de domínio público, são divididos, 
segundo sua formação em: 
∙ naturais – correspondem aos bens que não absorveram ou absorvem recursos públicos 
como mares, baías, enseadas, rios,praias, lagos, ilhas etc.; 
 
∙ artificiais – são aqueles bens de uso comum que recursos públicos e, portanto, cuja 
existência supõe a intervenção do homem, como ruas, praças, avenidas, canais, fontes etc. 
 
São, portanto, de uso comum todos os bens destinados ao uso da comunidade quer 
individual ou coletivamente. 
∙ quando naturais não são contabilizados como Ativo; 
∙ quando artificiais são contabilizados no ativo e incluídos no patrimônio da instituição; 
∙ quando naturais não são inventariados ou avaliados; 
∙ não podem ser alienados enquanto conservarem a qualificação de uso comum do povo; 
∙ são impenhoráveis; 
∙ o uso pode ser oneroso ou gratuito, conforme estabelecido em lei; 
 
As normas de contabilidade estabelecem que os bens de uso comum que 
absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em 
doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua 
administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. Assim, ao 
realizarem investimentos ou despesas de capital nesses bens a entidade deve proceder ao 
seu registro no Ativo com o objetivo de acumular o custo da construção ou reforma, bem 
como as perdas do valor em decorrência do uso (depreciação, amortização ou exaustão). 
 
Os bens de uso especial, ou do patrimônio administrativo são os destinados à execução 
dos serviços públicos, como os edifícios ou terrenos utilizados pelas repartições ou 
estabelecimentos públicos, bem como os móveis e materiais indispensáveis ao seu 
funcionamento. Tais bens têm uma finalidade pública permanente, razão pela qual são 
denominados bens patrimoniais indispensáveis. 
 
Os bens do patrimônio administrativo têm as seguintes características: 
∙ são contabilizados no ativo; 
∙ são inventariados e avaliados; 
 
∙ são inalienáveis quando empregados no serviço público e enquanto conservarem esta 
condição; 
∙ são impenhoráveis. 
 
Os bens dominicais, ou do patrimônio disponível, são os que integram o patrimônio das 
pessoas jurídicas de direito público como objeto de direito pessoal ou real das entidades do 
setor público. 
Os bens dominiais possuem as seguintes características: 
∙ estão sujeitos à contabilização no ativo; 
∙ são inventariados e avaliados; 
∙ podem ser alienados nos casos e na forma que a lei estabelecer; 
∙ dão e podem produzir renda. 
Quadro 5: contabilização bens públicos 
Tipo de bens Plano de contas Podem ser alienados? 
Especiais Ativo Não Circulante Não 
Dominiais Ativo Não Circulante Sim 
Uso comum Ativo Não Circulante (somente Ativos de 
infraestrutura e culturais) 
Não 
 
Ainda sob o aspecto jurídico, os bens patrimoniais do Estado podem ser 
classificados em: 
 
Bens móveis 
São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força 
alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Por outro lado, são 
também móveis por determinação legal as energias que tenham valor econômico, os 
direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direitos 
pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 
Assim, compreendem-se entre os bens móveis os diversos materiais para o serviço 
público, o numerário, os valores, os títulos e, ainda, os materiais destinados a construção, 
enquanto não empregados, mas podendo, no futuro, readquirir essa qualidade quando 
provenientes da demolição de algum prédio. 
 
 
Bens imóveis 
São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente, 
sendo que para efeitos legais também se consideram imóveis: 
· os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
· os direitos à sucessão aberta. 
Por outro lado, não perdem o caráter de imóveis as edificações que, separadas do 
solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local e, ainda, os 
materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele mesmo serem reempregados. 
São, ainda, considerados bens imóveis, para efeito de organização dos inventários, 
os museus, as pinacotecas, as bibliotecas, os observatórios, os estabelecimentos industriais 
e agrícolas com os respectivos aparelhos e instrumentos, as estradas de ferro, 
conjuntamente com o material rodante necessário ao serviço, os quartéis, as fábricas de 
pólvora, de artefatos de guerra, os arsenais e demais bens de igual natureza do domínio 
privado do Estado. 
QUESTÕES PARA REVISÃO 
1. Marque a opção correta 
a) Uma ponte, estrada ou praça pública, construídas com recursos públicos, deve ser 
incluída no ativo não circulante da entidade pública responsável pela sua administração e 
controle. 
b) Para que sejam reconhecidos como ativos no setor público os recursos não precisam ser 
resultado de eventos passados. 
c) Os ativos mantidos essencialmente para fins de negociação devem ser classificados no 
grupo não circulante. 
d) Para a classificação dos elementos patrimoniais em circulante e não circulante, devem-
se considerar os atributos financeiro (F) e patrimonial (P). 
e) Os bens de uso comum naturais devem ser contabilizados no ativo não circulante. 
 
2. Os bens que integram o patrimônio público são: 
a) apenas os bens de uso especial e os bens dominicais; 
b) apenas os bens dos órgãos da Administração Direta e Indireta, das Autarquias e das 
Empresas Públicas. 
c) somente os bens de uso comum, os bens de uso especial e os bens dominicais; 
d) apenas os bens de uso comum e os bens dominicais; 
e) todos os bens sobre os quais não existam gravames e sejam de domínio público; 
 
3. Classifique os bens públicos a seguir: 
a – Ambulâncias 
b – Praias 
c - Prédio não utilizado 
d – Hospital 
e – Prédio da Receita Federal 
f – Ponte 
g - Veículo fora de uso 
h – Ilha 
i – Praça 
j - Estrada 
 
4. O patrimônio das entidades de direito público é composto de: 
a) Obrigações e bens comuns para uso próprio. 
b) Bens e obrigações. 
c) Bens, direitos e obrigações. 
d) Bens e direitos públicos. 
e) Somente elementos ativos. 
 
5. Sobre os bens públicos, assinale a alternativa correta. 
a) Os bens de uso comum somente podem ser usufruídos por quem sejam seus 
proprietários ou por estes autorizados. 
b) Os bens dominicais fazem parte do patrimônio das pessoas jurídicas de direito privado. 
c) Os bens de uso especial, tais como terrenos ou edifícios, são utilizados exclusivamente 
pela Administração Pública federal. 
d) Os bens públicos são os que têm o seu preço estabelecido na livre concorrência dos 
mercados, isto é, na interação entre a sua oferta e a demanda. 
e) As estradas constituem um bem público, de uso comum. 
 
 
 
 
 
 
 
6. Em relação aos Bens Públicos, assinale a alternativa incorreta. 
a) Rios, mares, estradas, ruas e praças são bens públicos de uso comum. 
b) Edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, 
estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias são bens públicos de uso 
especial. 
c) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
d) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
e) Os bens públicos estão sujeitos a usucapião. 
 
7. Os bens públicos são classificados em: 
a) de uso especial e de uso comum do povo, considerados de domínio privado do Estado, e 
os de domínio público, também denominados bens dominicais. 
b) de uso comum do povo, de uso especial e dominicais, todos inalienáveis, imprescritíveis 
e impenhoráveis, salvo as terras devolutas. 
c) deuso comum do povo ou privativos do Estado, conforme a forma de aquisição da 
propriedade pelo Poder Público. 
d) de uso especial, de uso comum do povo e dominicais, estes últimos alienáveis 
observadas as exigências da lei. 
e) de uso especial e de uso comum do povo, sendo apenas os de uso especial passíveis de 
utilização pelo particular sob a forma de concessão ou permissão de uso. 
 
8. Não é uma característica dos bens do patrimônio administrativo: 
a) são contabilizados no ativo; 
b) são impenhoráveis. 
c) são inventariados; 
d) são inalienáveis quando empregados no serviço público e enquanto conservarem esta 
condição; 
e) não são objeto de avaliação. 
 
 
 
 
 
 
9. Em relação aos bens públicos, marque a alternativa correta: 
a) Os bens de uso especial podem ser vendidos. 
b) Os bens dominiais podem ser objeto de usucapião. 
c) Os bens dominiais podem ser alienados nos casos e na forma que a lei estabelecer. 
d) Os bens de uso especial não tem uma finalidade pública específica. 
e) Os bens de uso comum não podem ser utilizados de forma onerosa, somente gratuita. 
 
10. Não fazem parte do Ativo Circulante: 
a) Numerário em tesouraria 
b) Depósitos em bancos 
c) todos aqueles que, por sua natureza produzam variações positivas ou negativas no 
patrimônio financeiro; 
d) Valores a receber de qualquer natureza (lançamentos tributários diretos, parcelamentos 
tributários, valores inscritos em divida ativa). 
e) Valores entregues a servidores a titulo de adiantamento ou suprimento de fundos e que 
estejam pendentes de prestação de contas. 
 
11. Dentre os bens a seguir, qual não é considerado de uso comum 
a) Hospital 
b) Praias 
c) Zoológico 
d) Tribunal de Justiça 
e) Estradas 
 
QUESTÕES DISSERTATIVAS 
QUESTÃO 1 – Julgue a afirmativa abaixo como certa ou errada e justifique sua 
resposta: 
Todos os bens públicos, de qualquer natureza, são objeto de registro pela 
contabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 2 – Julgue a afirmativa abaixo como certa ou errada e justifique sua 
resposta: 
Um viaduto é considerado um bem dominial PORQUE um bem dominial diz respeito 
aos bens que integram o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público e não são 
utilizados na atividade estatal, portanto podem ser alienados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 3 – Julgue a afirmativa abaixo como certa ou errada e justifique sua 
resposta: 
Uma empresa fez uma consulta ao seu escritório: o Município X deve ao seu cliente um 
quantia de R$ 200.000,00 há 1 ano. O cliente gostaria de processar o Município e pedir que 
um imóvel da prefeitura que está inabitado seja vendido e o valor usado para pagamento da 
dívida. Qual seria sua resposta para o cliente? 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 4 – Julgue a afirmativa abaixo como certa ou errada e justifique sua 
resposta: 
O Estado de Minas Gerais possuía um prédio que estava sem uso há três anos. Resolveu, 
então, vende-lo. Esta atitude está correta? 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 5 – Julgue a afirmativa abaixo como certa ou errada e justifique sua 
resposta: 
A Prefeitura de Sarará de Minas, buscando melhorar o fluxo de turistas na cidade, 
construiu uma estrada de acesso a uma grande cachoeira. O contador da prefeitura 
registrou a estrada e a cachoeira no Ativo Não Circulante da Prefeitura. Esta atitude está 
correta? 
 
 
 
 
 
 
1.3 - REGIMES CONTÁBEIS NA CASP 
Até a edição das NBCASP sempre se afirmou que a Contabilidade Pública adotava 
o regime misto, isto tendo por base o artigo 35 da Lei 4320/64, porém este artigo relaciona-
se restritamente ao aspecto orçamentário não vislumbrando o aspecto patrimonial que deve 
ser o objeto da contabilidade. 
A Lei 4320/64, em seu artigo 35, estabelece: 
Pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas 
II- as despesas nele, legalmente, empenhadas 
 
Por conta deste artigo, prega-se a adoção do Regime Misto, ou seja, Regime de 
Caixa para as receitas (pelos ingressos de recursos = nele arrecadada) e Regime de 
Competência para as despesas (nele empenhadas), esta visão hoje é abordada em relação 
ao aspecto orçamentário. 
Sob o aspecto patrimonial que deve ser dado à contabilidade o artigo acima 
vem em desencontro ao Princípio Contábil da Competência, que estabelece que as receitas 
e as despesas devam ser consideradas em função do seu fato gerador independentemente 
do seu recebimento ou pagamento. 
Para o Prof. João Fortes (Contabilidade Pública - Teoria e Prática, Brasília, 
1996) o legislador, quando se referiu, no art. 35, da Lei 4320/64, às receitas e despesas 
queria, apenas atingir as receitas e despesas que poderiam afetar o orçamento e não a 
situação patrimonial que deverá ser norteada pelo Princípio de Competência. E 
continua defendendo seu ponto de vista diferenciando as receitas orçamentárias das 
receitas consideradas para fins de apuração do resultado do exercício, pois nem toda 
receita orçamentária vai afetar a situação líquida patrimonial, citando como exemplo 
os fatos permutativos que constituem receitas orçamentárias, por representarem alienações 
de bens e direitos ou operações de créditos, sem tão pouco afetarem a situação líquida, por 
não se tratar, na realidade de uma receita, para efeito de resultado, e sim uma troca de bens 
ou direitos ou obrigações, por dinheiro. 
Ocorrem receitas provenientes, por exemplo, da prestação de serviços, da 
venda de materiais e cobrança de tributos. Nos dois primeiros casos, o fato gerador é, 
perfeitamente, identificado e a contabilização da receita segue, integralmente, o Princípio 
da Competência. Na contabilização das receitas, o fato gerador é difícil de ser identificado, 
pois não existe uma prestação de serviço anterior, daí dizer-se que a receita é contabilizada 
 
pela sua arrecadação e não pela ocorrência do seu fato gerador. Ocorre, porém, que os 
tributos que não são arrecadados, nos seus prazos de vencimento, são registrados, 
como Dívida Ativa, contrariando o disposto na Lei 4320/64 e seguindo o Princípio da 
Competência, gerando o seguinte registro: 
Dívida Ativa (ativo) 
a Variações Ativas (resultado) 
 As Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público orientam para que o 
regime da competência seja adotado para receita e despesa. 
 Assim, a receita lançada já deverá ter reconhecido seu efeito patrimonial com o 
registro contábil de um Ativo - Receitas a Receber em contrapartida do aumento do 
Patrimônio Líquido. 
 
 
Figura 1: Regimes de contabilização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: STN 
ATENÇÃO: Qual o regime da contabilidade pública? A resposta deve ser: o 
regime misto. A grande questão é: sob o enfoque orçamentário ou sob o enfoque 
patrimonial? Se for sob o enfoque orçamentário a resposta é regime misto, e se for sob 
o enfoque patrimonial a resposta é regime de competência. 
 
Exemplo 1: 
IPTU de uma prefeitura. Previsão de arrecadação de $ 1.000,00 
A despesa pública tem 4 estágios. Abaixo enumeramos três deles 
 
1º Previsão da receita 
$ 1.000 
Balanço Patrimonial 
A = 0 P = 0 
PL = 0 
 
 
 
2º Lançamento 
(Enfoque Patrimonial: RECEITA ocorre - fato gerador) 
$ 1.000 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Créditos Fiscais $ 1.000 
Passivo 
PL 
VPA $ 1.000 
 
3º Arrecadação 
(Enfoque Orçamentário: ocorre a RECEITA) 
$ 1.000 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Caixa $ 1.000 
Créditos Fiscais $ 0 
Passivo 
PL 
VPA $ 1.000 
 
Exemplo 2: 
Material de consumo: $ 2.000,00 
A despesa pública tem 4 estágios.Abaixo enumeramos três deles 
 
1º Fixação da despesa 
$ 2.000 
Balanço Patrimonial (saldos iniciais) 
Ativo 
10.000 
P = 0 
PL 
10.000 
 
2º Empenho 
(Enfoque Orçamentário: ocorre a despesa) 
$ 2.000 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
10.000 
P = 0 
PL 
10.000 
 
3º Liquidação 
$ 2.000 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Caixa $ 10.000 
Material consumo $ 2.000 
Passivo 
Fornecedor $ 2.000 
PL 
 $ 10.000 
 
4º Pagamento 
$ 2.000 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Caixa $ 8.000 
Material consumo $ 2.000 
Passivo 
Fornecedor $ 0 
PL 
 $ 10.000 
Consumo 
 (Fato Gerador da VPD, portanto ocorre a DESPESA sob o enfoque patrimonial) 
$ 500 
Balanço Patrimonial 
Ativo 
Caixa $ 8.000 
Material consumo $ 1.500 
Passivo 
Fornecedor $ 0 
PL 
 $ 9.500 
 
QUESTÕES PARA REVISÃO 
 
1. No Brasil, conforme a aplicação do entendimento geral adotado com relação ao que 
preceitua o art. 35, inciso I e II da Lei Federal 4.320/64, o regime contábil adotado 
pelas Instituições Públicas é o: 
a) Regime de caixa 
b) Regime monetário 
c) Regime misto 
d) Regime de competência 
e) Regime pelo valor original. 
 
 
2. No Brasil, pertencem ao exercício financeiro as: 
a) Receitas nele lançadas 
b) Despesas nele fixadas e processadas 
c) Despesas nele empenhadas e liquidadas 
d) Despesas que nele tenham sido pagas 
e) Receitas nele arrecadadas. 
 
3. O regime que deve ser adotado na Contabilidade Pública, tendo em vista o aspecto 
patrimonial deve ser: 
a) Regime de caixa 
b) Regime monetário 
c) Regime misto 
d) Regime de competência 
e) Regime pelo valor original. 
 
4. A Lei 4.320/64, em seu artigo 35, trata das contas de receitas públicas. Com relação 
a essas contas, é correto afirmar que as contas de receitas públicas: 
a) orçamentárias deverão adotar o regime de competência. 
b) extra-orçamentárias deverão adotar o regime de competência. 
c) não previstas no orçamento deverão adotar o regime de competência. 
d) extra-orçamentárias deverão adotar o regime misto. 
e) orçamentárias deverão adotar o regime de caixa. 
 
5. Com relação às contas de despesas públicas, de que trata a Lei 4.320/64, podem 
afirmar que: 
a) orçamentárias deverão adotar o regime de competência. 
b) extra-orçamentárias deverão adotar o regime de competência. 
c) não previstas no orçamento deverão adotar o regime de competência. 
d) extra-orçamentárias deverão adotar o regime misto. 
e) orçamentárias deverão adotar o regime de caixa. 
 
 
 
 
6. Tendo em vista o regime contábil consagrado pela Lei 4.320/64, assinale a opção 
que indica exceção ao regime de caixa consagrado pela receita: 
a) O reconhecimento da receita na inscrição da Dívida Ativa. 
b) O recebimento de receitas oriundas de operações de crédito. 
c) O recebimento de doações em dinheiro. 
d) O recebimento de tributos. 
e) O recebimento de transferências financeiras. 
 
7. Assinale a opção correta. O objeto da contabilidade pública é: 
a) a preparação de relatórios exatos e precisos para subsidiar a administração na tomada de 
decisão. 
b) o patrimônio público. 
c) fornecer informações exatas e precisas aos órgãos públicos de controle interno e externo. 
d) as alternativas A e C. 
e) o patrimônio e o orçamento públicos e os bens de uso comum do povo. 
 
8. Na entidade pública, para registro das transações e visando a apuração dos 
resultados gerais do exercício, devem ser observados, por imposição de lei: 
a) O regime de competência ou de confrontação entre despesas incorridas no período e a 
correspondente geração das receitas. 
b) De competência para as receitas geradas e de caixa para as despesas efetivamente pagas. 
c) O regime de caixa para as receitas arrecadadas e de competência para as despesas 
legalmente empenhadas. 
d) De caixa para as receitas efetivamente recebidas e competência para as despesas 
liquidadas no exercício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. (FGV/MRE/2016/Oficial de Chancelaria) De acordo com o regime 
orçamentário vigente no Brasil, previsto na Lei nº 4.320/1964, receitas e 
despesas devem ser reconhecidas a partir de estágios de execução. Dessa forma, 
receitas e despesas são consideradas realizadas, para fins orçamentários, 
respectivamente, quando: 
 
a) arrecadadas e empenhadas; 
b) arrecadadas e liquidadas; 
c) lançadas e arrecadadas; 
d) lançadas e empenhadas; 
e) liquidadas e pagas. 
 
10. Em relação ao regime de contabilização da contabilidade pública, marque a opção 
correta: 
a) No regime orçamentário o que prevalece é o regime de competência. 
b) No regime patrimonial o que prevalece é o regime de caixa para a receita e o de 
competência para as despesas. 
c) No regime orçamentário o que prevalece é o regime misto, ou seja, o regime de 
competência para a receita e o de caixa para a despesa. 
d) No regime patrimonial prevalece o regime de competência. 
e) No regime orçamentário prevalece o regime de caixa. 
 
QUESTÕES DISSERTATIVAS 
 
QUESTÃO 1 – Julgue a afirmativa abaixo como certa ou errada e justifique sua 
resposta: 
O Ministério Público deve adotar apenas o regime de competência na contabilização 
dos fatos contábeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 2 – Julgue a afirmativa abaixo como certa ou errada e justifique sua 
resposta: 
Uma Fundação Privada que recebe recursos públicos, ao contabilizar os fatos contábeis, 
deve adotar o regime misto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 3 – O Município de Shipisui de Minas, na contabilização de suas operações, 
adota o regime misto tendo em vista o aspecto patrimonial e o regime de competência para 
o enfoque orçamentário. Isto está correto? Justifique sua resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 4 – Julgue a afirmativa abaixo como certa ou errada e justifique sua 
resposta: 
No lançamento do tributo ocorre o fato gerador da receita pública, considerando o enfoque 
orçamentário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 5 – A Prefeitura de Sarará de Minas realizou um empenho no valor de R$ 
10.000,00 para realizar uma despesa de aquisição de material de consumo. Neste momento, 
ocorreu o fato gerador da despesa sob qual enfoque? Justifique sua resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE II - RECEITA PÚBLICA 
 
No tocante a caracterização da sua parte jurídica a receita pública não oferece 
qualquer dificuldade ao gestor público. Sua arrecadação está autorizada por lei e garantida 
através do Poder Legislativo a participação indireta da sociedade, por seus representantes 
que o compõe. Porém, do ponto de vista político e social podem existir conflitos alheios 
ao processo da gestão governamental, mas que podem nela refletir-se, considerada a 
limitação da capacidade contributiva. 
 
 Nesta unidade são abordados os aspectos conceituais e técnicos relativos a receita 
pública. 
 
1. Conceitos 
 “Entrada que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, 
condições ou correspondentes no passivo, vem acrescentar o seu vulto, como elemento 
novo e positivo” Aliomar Baleeiro 
 
 Resolução CFC 1.121/2008 – receitas são aumentos nos benefícios econômicos 
durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou 
diminuição de passivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e que não sejam 
provenientes de aporte dos proprietários da entidade. 
 
 Em sentidoamplo entende-se por receita todo e qualquer recolhimento feito aos 
cofres públicos. 
 
2 - Classificação 
 A receita pública apresenta diversas classificações: 
a) Classificação Geral – Tipo de ingresso  Orçamentário e extraorçamentário 
b) Classificação Oficial 
b.1. Quanto à natureza: receita corrente e receita de capital; 
b.2. Quanto à fonte: recursos ordinários e recursos vinculados; 
b.3. Quanto ao resultado primário: receitas primárias e financeiras; 
b.4. Quanto à esfera orçamentária: Fiscal, Seguridade e Orçamento de investimento. 
 
 
c) quanto à coercitividade: originária ou derivada 
d) quanto ao efeito sobre o Patrimônio Líquido: efetiva e não efetiva. 
e) quanto à regularidade: ordinária e extraordinária. 
 
Para estimular o aprendizado, propomos abaixo uma questão discursiva de concurso 
público. Ao final da definição de receita extra orçamentária ou orçamentária, o aluno será 
capaz de responder ao questionamento abaixo: 
 
Em maio de 2009, pela primeira vez em sua história, a universidade pública X foi 
contratada pela universidade particular para realizar o vestibular em benefício da 
contratante. Todos os custos foram pagos diretamente pela universidade privada, ficando a 
cargo da universidade pública X apenas a administração do empreendimento e a alocação 
de pessoal para realizar todo o processo. Em face da prestação do referido serviço, a 
universidade pública auferiu uma receita de prestação de serviços que não estava prevista 
na lei orçamentária federal. 
Diante da situação hipotética, discorra, de modo fundamentado, se a receita auferida pela 
universidade pública X é orçamentária ou extra orçamentária. 
 
Primeiramente vamos estudar a receita pública quanto ao fato de ser orçamentária 
ou não, por esta ser a classificação dada nos registros contábeis, sendo assim gerada a 
informação contábil. Por esta classificação a receita pública subdivide-se em: 
 
a) CLASSIFICAÇÃO GERAL 
a.1. ingresso (receita) extra orçamentário - são aqueles que não constam do orçamento 
público, constituem simplesmente fluxo financeiro transitório ou entradas compensatórias 
de ativo e passivo financeiro, como consta no parágrafo único do artigo 8º da Lei 4320/64. 
Constituem exceção ao princípio da universalidade das receitas. São operações de crédito 
por antecipação de receitas para atender insuficiência de tesouraria pelo descompasso entre 
a arrecadação da receita e as exigências de desembolso, e outras entradas compensatórias 
de igual natureza. 
 
Entradas compensatórias, como operações de crédito para atender insuficiência de 
tesouraria, depósito de valores que não lhe pertencem e outras dessa natureza não são 
consideradas receita orçamentárias, incluindo-se o retorno dos valores aplicados ou 
 
realizáveis quando não relacionados com a execução orçamentária, constituem receita 
Extraorçamentária. 
 As operações de crédito para atender insuficiência de tesouraria são intituladas de 
Antecipação de Receita Orçamentária -ARO- que vencem sempre no exercício em que são 
realizadas; os depósitos de valores são provenientes de recebimentos de depósitos em 
garantia efetuados em dinheiro e consignações em favor de terceiros e como retorno de 
valores aplicados, tem-se, por exemplo, o retorno de salário família pago a servidor inscrito 
no regime geral da previdência. 
 
 É importante deixar claro que estas entradas de dinheiro são chamadas de receita 
em razão da conceituação de receita pública no seu sentido amplo, não podendo servir de 
lastro à fixação de despesas orçamentárias, pois gera uma obrigação, ou seja um futuro 
desembolso e no próprio exercício, em tese, ou uma diminuição do realizável financeiro 
(valores aplicados exclusivamente em caráter financeiro não relacionadas com a execução 
orçamentária. 
 
Pode-se afirmar que toda receita extraorçamentária (ingresso) de hoje será uma 
despesa extraorçamentária amanhã (desembolso). 
 
Quanto ao seu efeito na posição financeira constituem fatos permutativos de 
natureza exclusivamente financeira, ou seja, por decorrerem de uma troca de um bem 
(ativo), dinheiro, por uma dívida (passivo) assumida ou da diminuição de um realizável 
financeiro que estará sendo recebido. 
 Para facilitar o entendimento, precisamos, primeiramente, entender uma das 
estruturas do balanço patrimonial: 
Ativo Financeiro 
Créditos e valores cuja realização 
independem de autorização orçamentária ou 
legislativa e os valores numerários. 
Passivo Financeiro 
Obrigações que independem de autorização 
orçamentária ou legislativa para o seu 
pagamento. 
Ativo Permanente 
Bens, créditos e valores cuja realização 
depende de autorização orçamentária ou 
legislativa. 
Passivo Permanente 
Obrigações que dependem de autorização 
legislativa ou orçamentária para o seu 
pagamento. 
Patrimônio Líquido 
 
 
Importante via de regra, para ser considerada receita tem que haver entrada de recursos 
financeiros e para ser considerada despesa tem que haver saída de recursos financeiros. 
 
Ingresso/receita extraorçamentária  entrada compensatória no Ativo e Passivo Financeiro 
(aumento do Ativo Financeiro e aumento do Passivo Financeiro pelo mesmo valor). 
Dispêndio/despesa extraorçamentária  saída compensatória no ativo e passivo financeiro 
pelo mesmo valor. 
Tais receitas e despesas vão envolver as contas caixa (Ativo Financeiro) e Dívida Flutuante 
(Passivo Financeiro). 
Apresentamos o quadro abaixo, proposto pelo professor Giovanni Pacelli, que resume bem 
alguns exemplos de ingressos (receitas) e dispêndios (despesas) extra orçamentárias: 
 
 
Quadro 6: Ingressos e dispêndios extra orçamentários 
Conta Receita extra orçamentária Despesa extra orçamentária 
Restos a pagar Na inscrição * No pagamento 
Serviço da dívida a pagar Na inscrição * No pagamento 
Depósitos/cauções/consignações No recebimento Na devolução 
A.R.O Na contratação No pagamento 
Papel moeda Na emissão No recolhimento 
* Em que pese ser considerada uma receita extra orçamentária não há entrada de recursos 
financeiros. Essas duas transações são consideradas extra orçamentárias para fins de 
ajustes contábeis no Balanço Financeiro. 
 
Exemplo 1: 
Pagamento de restos a pagar em R$ 200,00. Diminui R$ 200,00 do caixa e diminui R$ 
200,00 da conta Restos a pagar (passivo financeiro). 
 
Exemplo 2: 
Depósito de valor pelo licitante para garantir um contrato referente a uma licitação. 
Aumenta o caixa e a conta Depósito no PF. 
 
DICA: basta gravar o quadro acima que não há como errar questões referentes a receitas e 
despesas orçamentárias e extra orçamentárias. 
 
QUESTÕES PARA REVISÃO 
 
1. São Créditos e valores cuja realização independem de autorização 
orçamentária ou legislativa e os valores numerários: 
a) Ativo Financeiro 
b) Passivo Financeiro 
c) Ativo Permanente 
d) Passivo Permanente 
 
2. Obrigações que dependem de autorização legislativa ou orçamentária para o 
seu pagamento: 
a) Ativo Financeiro 
b) Passivo Financeiro 
c) Ativo Permanente 
d) Passivo Permanente 
 
3. Bens, créditos e valores cuja realização depende de autorização orçamentária 
ou legislativa. 
a) Ativo Financeiro 
b) Passivo Financeiro 
c) Ativo Permanente 
d) Passivo Permanente 
 
4. Obrigações que independem de autorização orçamentária ou legislativa para o 
seu pagamento. 
a) Ativo Financeiro 
b) Passivo Financeiro 
c) Ativo Permanente 
d) Passivo Permanente 
 
5. São ingressos extra-orçamentárias, EXC ETO: 
a) Emissão de papel moeda 
b) Operação de crédito 
c) Inscrição de restos a pagar 
d) Recebimento de caução6. São considerados dispêndios extra-orçamentários, EXCETO: 
a) Pagamento de restos a pagar 
b) Devolução de depósito de terceiros 
c) Pagamento de Antecipação de Receita Orçamentária 
d) Amortização de dívida 
 
 
 
 
 
7. Dos ingressos extra-orçamentários abaixo qual não há efetiva entrada de 
recursos financeiros: 
a) Emissão de Papel Moeda 
b) Recebimento de Depósito de caução 
c) Inscrição de restos a pagar 
d) Operação de ARO – Antecipação de receita orçamentária 
8. (ENAP/2006) A receita pública, quanto à sua natureza, é dividida em 
Orçamentária e Extraorçamentária. Assinale abaixo a única receita que é 
classificada como Receita Orçamentária. 
 
a) Depósitos de terceiros. 
b) Receita de operações de crédito. 
c) Consignações. 
d) Operações de crédito por antecipação de receita. 
e) Cauções em dinheiro. 
 
 9. A definição mais apropriada para ingressos e dispêndios extra-orçamentários é: 
 
 a) entradas compensatórias no ativo permanente e passivo financeiro 
 b) entradas compensatórias no ativo financeiro e passivo permanente 
 c) entradas compensatórias no ativo e passivo permanentes 
 d) entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. 
 
10. Via de regra, ingressos e dispêndios extra-orçamentários podem ser 
caracterizados como: 
 
a) recursos financeiros de caráter temporário que entram no caixa do ente público 
mediante a constituição de passivos. 
b) Recursos controlados, decorrentes de eventos passados, e que podem gerar 
benefícios econômicos futuros. 
c) Obrigações presentes, decorrentes de eventos passados, cujos pagamentos gerem 
saídas capazes de gerar benefícios econômicos futuros. 
d) recursos patrimoniais que provocam entradas compensatórios no ativo e no 
passivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
a.2. Receita Orçamentária 
Constitui receita orçamentária apenas os ingressos que dêem suporte as despesas 
orçamentárias: 
a) originadas do seu poder de exigir recursos de forma compulsória; 
b) do seu patrimônio (receitas originárias e derivadas) e 
c) empréstimos tomados no exercício financeiro com vencimento a partir do 
exercício subsequente ou financiamentos com igual característica. 
 
 No item "a" tem-se a receita proveniente dos tributos, no item "b" tem-se como 
exemplos alugueis, rendimentos de aplicações financeiras e alienação de bens, o item "c" 
relaciona-se com operações que resultam em dívida fundada. 
 
 Constam da Lei de Orçamento e dependem de Lei suas arrecadações. 
 
Na classificação oficial, as receitas são classificadas quanto: 
1. A natureza (corrente e de capital); 
2. A fonte de recursos; 
3. Ao Resultado Primário (primária ou financeira); 
4. A Esfera orçamentária (fiscal, seguridade e orçamento de investimento). 
 
b) CLASSIFICAÇÃO OFICIAL 
 
b.1) Classificação quanto a natureza da receita 
 
Na lei orçamentária anual a receita apresenta a classificação quanto à natureza 
(classificação econômica). A classificação econômica foi instituída pela lei 
4320/1964 e é adotada até hoje. Apesar disso, no caso das receitas existem pequenos 
cuidados que devemos ter quanto aos conteúdos da lei 4320/1964 e a portaria 
163/2001, pois nem todos os conteúdos são idênticos. No Quadro X que contém a 
classificação econômica instituída pela lei 4320/1964. 
 
 
 
 
 
 
 Importante ressaltar que a receita deve ser classificada utilizando 8 dígitos e 5 
níveis, conforme a seguir: 
 
_______ . ______ . _______ . ______ . ______ . _______ . ______ . _______ 
1º nível 2º nível 3º Nível 4º nível 5º nível 
Categoria Origem Espécie Desdobramento da receita conforme Tipo de receita 
Econômica suas peculiaridades 
 
 
 
Figura 1: Classificação quanto à natureza estabelecida pela portaria 163/2001 
atualizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: apostila do professor Giovanni Pacelli (2016) 
 
As receitas orçamentárias também podem ser divididas em duas categorias 
econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. 
 Esta classificação está relacionada ao efeito econômico causado no patrimônio por 
cada fonte de receita, daí a divisão por categorias econômicas. Efeitos estes que serão 
comentados logo em seguida, quando da análise conceitual de receitas correntes e de 
receitas de capital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 7: Receitas correntes e de capital 
NATUREZA DA RECEITA CARACTERÍSTICAS 
Corrente Aumentam as disponibilidades 
financeiras do Estado e, em geral, 
aumentam o Patrimônio Líquido. 
Capital Aumentam as disponibilidades 
financeiras do Estado e, em geral, 
não aumentam o Patrimônio 
Líquido 
 Fonte: próprio autor (2018). 
 
O artigo 11 da Lei 4320/64 classifica as receitas públicas por categorias econômicas 
em: 
1. Receitas Correntes – São receitas em na sua maioria constituídas por fatos 
modificativos, ou seja, se incorporam ao patrimônio sem que em decorrência da entrada do 
ativo (normalmente dinheiro) some-se uma obrigação ou diminuição de outro ativo, com 
exceção para a receita resultante da cobrança da divida ativa que contabilizada como 
receita corrente e é um fato permutativo. As receitas correntes têm como fontes: 
 
I) Receita Tributária - resultante da cobrança de tributos pagos pelos cidadãos em 
razão de suas atividades, suas rendas, suas propriedades e dos benefícios diretos e 
mediatos. 
 
Tributo é o termo genérico para impostos, taxas e contribuições de melhorias. 
Definido como - "toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada". Art. 3º - CTN. Os tributos constituem-se 
de: 
a) Imposto: "é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte", art. 16-
CTN. É pago pelo contribuinte, independente de uma contraprestação imediata e direta. 
 
Segundo o inciso I do art. 158 da Constituição Federal, pertencem aos municípios o 
produto da arrecadação do imposto da União, sobre a renda e proventos de qualquer 
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos a qualquer título, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem. 
 
 
b) Taxas que têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a 
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao 
contribuinte ou posto à sua disposição. Art. 77-CTN . A taxa não pode ter base de cálculo 
ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função 
do capital das empresas. 
 
 Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, 
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à 
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes 
de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Art. 78-CTN, no seu parágrafo único - 
considera regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão 
competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se 
de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abusoou desvio de poder. 
 
c) Contribuição de Melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para 
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como 
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra 
resultar para cada imóvel beneficiado. 
 
O Art. 150, inciso III letra b da Constituição Federal. veda a União, cobrança de 
tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu. 
 
II) Receita de Contribuições - é a resultante de contribuições sociais e 
contribuições econômicas. Segundo a Constituição Federal, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios poderão, instituir contribuições, cobradas de seus servidores; para o custeio, 
em benefício destes, de sistema de previdência e assistência social. 
 
III) Receita Patrimonial - é a receita proveniente do arrendamento dos bens 
imóveis da União, bem como das rendas oriundas de dividendos e participação de 
sociedades de economia mista, de rendas de capitais e produtos de outras operações. Ex.: 
aluguéis, arrendamentos e permissões de uso, dividendos e participações societárias, etc. 
 
 
IV) Receita Agropecuária - resulta da ação direta do Estado na exploração de 
atividades agropecuárias ,como por exemplo: Criação, recriação engorda de gado, 
reflorestamento, etc. 
 
V) Receita Industrial - é a proveniente do exercício de atividades industriais. Ex.: 
Vendas de produtos industrializados. 
 
VI) Receita de Serviços: se origina da contraprestação dos serviços prestados pelo 
Estado ,por intermédio de suas repartições. Ex.: Serviços de água e esgoto, serviços de 
comunicação , serviços de hospitalares, etc. 
 
VII) Transferências Correntes: são recursos financeiros recebidos de pessoas de 
Direito Público ou Direito Privado, e que se destinam a atender a gastos de manutenção e 
conservação de serviços anteriormente criados, conforme determinado no mecanismo 
próprio da transferência (lei). Independe da contraprestação direta em bens e serviços. 
Ex1.:. Fundo de Participação dos Municípios. Ex2.: Repasse do Estado para o município 
comprar merenda escolar. A merenda não é um bem de capital (imobilizado), portanto o 
recurso recebido será uma receita corrente. 
 
VIII) Outras Receitas Correntes: são as que provêm de multas, juros-de-mora, 
indenizações e restituições, alienação de bens apreendidos, cobrança de dívida ativa, etc. 
 
 OBS.: Constituem Dívidas Ativas os tributos , multas e créditos da fazenda pública, 
lançados mas não recebidos no exercício próprio. Esta se divide em dois tipos: Tributária, 
e o crédito do Erário Público proveniente das obrigações de natureza tributária; e não 
Tributária, referente aos demais créditos exigíveis pelo transcurso do prazo para 
pagamento. 
 
 Todas as receitas correntes, exceto a cobrança da dívida ativa, são receitas efetivas, 
provocam aumento no resultado patrimonial, constituem recursos que os gestores públicos 
dispõem para uso geral em seus programas de governo, estes recursos se incorporam as 
disponibilidades de caixa sem que em troca a administração pública tenha que entregar 
algum outro bem ou direito, nem tão pouco assume uma obrigação. 
 
 
Classificação das Receitas Correntes: 
 
 
 
Quadro 8 – Classificação das receitas correntes 
 
Receitas Tributárias 
- Impostos; 
- Taxas; 
- Contribuição de Melhoria. 
 
 
 
Receita com Contribuições 
- Contribuições Sociais (PIS, COFINS, CSSL, 
Concurso de Prognósticos**); 
- CIDE – Contribuição de Intervenção do Domínio 
Econômico; 
- Contribuições profissionais; 
- Contribuição de Iluminação Pública. 
 
Receitas Patrimoniais 
- Aluguéis; 
- Royalties e dividendos; 
- Aplicação Financeira (rendimentos); 
- Concessões e Permissões. 
Receitas Agropecuárias - Venda de produtos provenientes de uma fazenda 
estatal. 
Receitas Indústriais - Extração Mineral; 
- Venda de assinaturas do DOU – Diária Oficial da 
União. 
Receita de serviços - Juros de empréstimos concedidos; 
- Serviços comerciais, transportes, comunicação; 
- Preço Público ou Tarifa Pública. 
Transferências Correntes 
(Devem ser aplicadas em despesas correntes) 
- Transferências voluntárias (convênios ou contrato 
de repasse); 
- Transferências constitucionais; 
 
- Doações recebidas. 
Outras Receitas Correntes - Recebimento de dívida ativa; 
- Alienação de bens apreendidos; 
- Ressarcimentos; 
- Restituições. 
Fonte: próprio autor (2018) 
** Concurso de Prognósticos: contribuição cobrada sobre a arrecadação das loterias. 
 
 2. Receitas de Capital - as decorrentes da realização de recursos financeiros 
oriundos da constituição de dívidas; da conversão em espécie, de bens e direitos; os 
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender 
despesas classificáveis em despesas de capital. Suas principais fontes são: 
 
I) Operações de Crédito - são oriundas de empréstimos e financiamentos, com 
destinação à obras e atividades especiais, definidas em lei ordinária e com prazo superior a 
12 meses. As operações de créditos podem ser internas e externas. Não podem exceder o 
montante de despesas de capital fixadas no orçamento. (inciso III, do art. 169 da CF). 
II) Alienação de Bens e Direitos- São as receitas provenientes da conversão de 
bens e direitos em espécie, ou seja, alienação por venda de bens patrimoniais como 
imóveis, móveis e utensílios, equipamentos diversos, etc. 
 III) Amortização de Empréstimos Concedidos - corresponde a devolução de 
empréstimo concedido a terceiros sob a forma de amortização parcial ou resgate total. 
 IV) Transferências de Capital - São as decorrentes de recursos financeiros 
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, que se destinem exclusivamente 
à aquisição e/ou constituição de bens de capital. Ex. Repasse do Estado para o município 
construir uma escola. A escola é um bem de capital, portanto o recurso recebido será uma 
receita de capital. 
V) Outras Receitas de Capital - Constituem uma classificação genérica destinadas 
a receber outras receitas de capital. Ex. Integralização de Capital. 
 
 As receitas de capital, excetuadas as de transferências, são receitas por mutações, 
não alteram o resultado patrimonial, o seu recebimento da origem a uma dívida de passivo 
permanente, quando da obtenção de empréstimos; a redução de um ativo permanente, ou 
seja de um bem, quando da alienação deste; a redução de um direito quando da 
amortização de empréstimos concedidos ou de outros créditos ai inscritos. 
 
 
Classificação das Receitas de Capital: 
 
 
 
Quadro 9 – Classificação das Receitas de Capital 
 
Operações de crédito 
- Contratuais; 
- Emissão de títulos; 
- Empréstimo Compulsório. 
 
Alienação de bens 
- Bens Móveis; 
- Bens Imóveis; 
- Alienação de Estoques Regulatórios; 
- Bens Intangíveis. 
Amortização de empréstimo - Quando o ente público emprestou dinheiro e 
recebe o pagamento de alguma parcela da dívida. 
Transferências de Capital 
(Devem ser aplicadas em despesas de capital) 
- Transferências voluntárias (convênios ou contrato 
de repasse); 
- Transferências constitucionais; 
- Doações recebidas. 
Outras Receitas de Captial - Integralização de Capital Social; 
- Resultado do Banco Central; 
- Remuneração das disponibilidades do Tesouro; 
- Superávit do Orçamento Corrente. 
Fonte: próprio autor (2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
As receitascorrentes e de capital podem ter origem externa e interna. Quando a 
origem é interna dizemos que a receita é intraorçamentária. 
 
A figura 3 demonstra um resumo com a codificação das origens das receitas: 
 
Figura 2: Classificação quanto à origem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: apostila do professor Giovanni Pacelli (2016) 
 
Note que quando a receita corrente vier te uma fonte que não seja um mesmo ente 
da federação, elas terão iniciarão com o código 1. Porém, se houver uma operação entre 
dois entes da mesma esfera orçamentária e da mesma esfera de governo, teremos um 
receita corrente intraorçamentária. 
 EXEMPLIFICANDO: 
 Vamos supor que o Senador Federal contrate a Fundação Getúlio Vargas. O Senado 
terá uma despesa e a FGV uma receita. Ora, o Senador é da Esfera Federal e a FGV não é 
ente federal, estadual ou municipal. Portanto, NÃO houve uma operação 
intraorçamentária. 
 Outro exemplo: A Receita Federal contrata a ESAF – Escola de Administração 
Fazendária. Tanto a Receita Federal quanto a ESAF são órgãos federais. Além disso, 
pertencem aos mesmos orçamentos, ou seja, ambos fazem parte do orçamento fiscal e da 
seguridade social. No caso, houve para a ESAF um receita intraorçamentária. O recurso 
ficou dentro do próprio governo federal. 
 
 
 
 
RESUMINDO: 
 Para que a receita seja intraorçamentária são necessários dois quesitos: 
 
1. Seja realizada entre entes da mesma Esfera de Governo: federal com federal, 
estadual com estadual, municipal com municipal; 
2. Os entes tem que fazer parte do mesmo orçamento: fiscal e seguridade social. 
 
Figura 3: Codificação das receitas intraorçamentárias 
 
 
 
 
 
 Fonte: apostila do professor Giovanni Pacelli (2016) 
 
QUESTÕES PARA REVISÃO 
 
1.(TCU/2006) Consoante o disposto na Lei Federal n. 4.320/64 a receita 
classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e 
Receitas de Capital. Aponte a opção falsa com relação a esse tema. 
 
 
a) As Receitas de Capital são as provenientes de operações de crédito, 
cobrança de multas e juros de mora, alienação de bens, de amortização de 
empréstimos concedidos, de indenizações e restituições, de transferências 
de capital e de outras receitas de capital. 
 
b) São Receitas Correntes as receitas tributárias, patrimonial, agropecuária, 
industrial, de contribuições, de serviços e diversas e, ainda, as 
transferências correntes. 
 
c) Os tributos são receitas que a doutrina classifica como derivadas. 
 
d) Conceitua-se como Receita Tributária a resultante da cobrança de tributos 
pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas e suas 
propriedades. 
 
e) Será considerada Receita de Capital o superávit do Orçamento Corrente, 
segundo disposição da Lei Federal n. 4.320/64. 
 
 
2. (ANEEL/2006) A Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica, 
destinada à ANEEL pela Lei n. 9.427/96, deve ser classificada como uma: 
 
a) Receita Tributária. 
 
b) Receita de Contribuição. 
 
c) Receita Patrimonial. 
 
d) Receita Industrial. 
 
e) Receita de Serviços. 
 
 
3.(ANEEL/2006) Como estágio da receita pública, temos que só por meio 
 
__________, em conta específica, é que se pode dizer que os recursos estarão 
efetivamente disponíveis para utilização pelos gestores financeiros, de acordo com 
a programação que for estabelecida. 
 
a) do empenho 
 
b) da liquidação 
 
c) do pagamento 
 
d) da arrecadação 
 
e) do recolhimento 
 
 
4. (ENAP/2006) A receita pública, quanto à sua natureza, é dividida em 
Orçamentária e Extraorçamentária. Assinale abaixo a única receita que é 
classificada como Receita Orçamentária. 
 
 a) Depósitos de terceiros. 
 
 b) Receita de operações de crédito. 
 
 c) Consignações. 
 
 d) Operações de crédito por antecipação de receita. 
 
 e) Cauções em dinheiro. 
 
 
6. (ENAP/2006) Assinale a opção que expressa, corretamente, uma receita de 
capital. 
 
a) a receita tributária. 
 
b) a receita patrimonial. 
 
c) a conversão, em espécie, de bens ou direitos. 
 
d) a receita industrial. 
 
e) a receita de serviços. 
 
 
7. (ESAF/TCE-GO/2007) Com relação ao preço público e a sua distinção com a 
taxa, pode-se afirmar que: 
 
a) a tarifa é uma receita pública, retirada de forma coercitiva do patrimônio dos 
particulares. 
b) a taxa visa ao lucro enquanto a tarifa visa ao ressarcimento. 
 
c) o preço público é uma espécie de tributo, pois a sua exigência é compulsória e 
tem por base o poder fiscal do Estado. 
d) a tarifa pode ser cobrada em razão do exercício do poder de polícia. 
 
e) a tarifa é uma receita originária, proveniente da intervenção do Estado, por 
meio dos seus associados, permissionários, ou concessionários, na atividade 
econômica. 
 
8. (ESAF/ENAP/2007) Assinale a opção que expressa, corretamente, uma receita 
de capital. 
a) a receita tributária. 
b) a receita patrimonial. 
c) a conversão, em espécie, de bens ou direitos. 
d) a receita industrial. 
e) a receita de serviços. 
 
 
 
9. (ESAF/MPOG/APO/2008) Segundo o Manual Técnico do Orçamento - 2017, 
classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da origem do 
recurso, segundo seu fato gerador. Indique a opção incorreta quanto aos 
desdobramentos dessa receita. 
a) sub-rubrica 
b) Origem. 
c) Espécie. 
d)Categoria econômica. 
e) Tipo. 
 
 
10. (ESAF/2008/União/Processo Simplificado) Assinale a opção correta, a respeito 
da classificação e registro contábil da receita pública no âmbito federal. 
a) As operações de crédito, embora sejam ingressos, não são registradas como 
receitas. 
 
b) Os ingressos, oriundos de tributos, são classificados como receitas correntes. 
 
c) As receitas de capital são reconhecidas pela contabilidade somente quando alteram 
a situação patrimonial dos entes públicos. 
 
d) As receitas tributárias são reconhecidas pela contabilidade no lançamento do 
tributo. 
 
e) As receitas de contribuição são classificadas como receitas de capital. 
 
 
 
11. (ESAF/SRF/2009/Analista Tributário) A respeito da classificação 
orçamentária da receita, é correto afirmar: 
 
a) alienação de bens de qualquer natureza integrantes do ativo redunda em receita de 
capital. 
 
b) receitas de contribuições integram as receitas de capital quando oriundas de 
intervenção no domínio econômico. 
 
c)as receitas agropecuárias se originam da tributação de produtos agrícolas. 
 
d) as receitas intraorçamentárias decorrem de pagamentos efetuados por entidades 
integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
 
e) receitas correntes para serem aplicadas em despesa de capital dependem da 
inexistência de receitas de capital no exercício. 
 
12. Classifique as receitas abaixo: 
 
 
Receita Corrente Receita de Capital 
Receita com impostos 
Receita com operação crédito 
Receita com juros 
Receita com contribuições 
Receita com serviços 
Alienação de imobilizado 
Empréstimo Compulsório 
Imposto Extraord. Guerra 
Receita Industrial 
Receita Agropecuária 
Amortização de empréstimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b.2. Classificação da receita quanto a fonte de recursos da receita 
 
A classificação orçamentária por Fontes/Destinações de recursos tem como 
objetivo de identificar as fontes de financiamento dos gastos públicos. As 
Fontes/Destinações de recursos reúnem certas Naturezas de Receita conforme regras 
previamente estabelecidas. Por meio do orçamento público, essas Fontes/Destinações 
são associadas a determinadas despesas

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