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Doença de chagas Causador - A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que parasita o sangue e os tecidos de pessoas e animais. Transmissão - O Trypanosoma cruzi é transmitido pelo contato com as fezes dos insetos vetores, conhecidos popularmente no Brasil como “barbeiros”. Também existem outras formas de transmissão, como a transmissão oral, pela ingestão de alimentos contaminados com os parasitas (fezes do Barbeiro no alimento); a transmissão de mãe para filho ou forma congênita; por transfusões de sangue e transplante de órgãos; e por acidentes de laboratório. Sintomas - Os sintomas são variados dependendo das duas fases da doença: na fase aguda (que começa logo nos primeiros três meses após a infecção) a maioria dos casos não apresenta sintomas e quando apresentam são ebre prolongada (mais de 7 dias);dor de cabeça; fraqueza intensa; inchaço no rosto e pernas., o que dificulta o diagnóstico oportuno e o tratamento precoce. Na fase crônica podem se manifestar complicações cardíacas ou digestivas que surgem depois de muitos anos, afetando o coração, causando arritmias e outros transtornos, além de afetar o sistema digestivo, causando dilatação do esôfago (que se manifesta com dificuldades para deglutir os alimentos) e do cólon (que se manifesta por constipação). Outros sintomas na fase crônica podem incluir: desmaios, palpitações, dores no peito, inchaço dos membros inferiores e dores abdominais. Tratamento - O tratamento específico pode ser realizado com benznidazol, (medicamento de primeira escolha) ou nifurtimox (que não está disponível no Brasil) e tem uma duração média de 60 dias. Quanto mais cedo for feito o tratamento, maiores são as chances de cura da pessoa infectada. Uma pessoa infectada que seja diagnostica na fase aguda e receba o tratamento adequado tem aproximadamente 100% de chance de cura. Diagnóstico - O diagnóstico na fase aguda está caracterizado pela visualização do parasita no exame direto de sangue ao microscópio (provas parasitológicas diretas). O diagnóstico na fase crônica é feito usando sorologia para detectar a presença de anticorpos (IgG anti-T.cruzi) como resposta do sistema imune contra a infecção. Para determinar se o paciente está infectado com o parasita, as equipes de saúde precisam fazer de dois a três exames de sangue, motivo pelo qual MSF tem pressionado pelo desenvolvimento de novos testes rápidos para simplificar o diagnóstico da doença e que possibilitem ampliar o acesso ao diagnóstico na atenção primária de saúde. Profilaxia: A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada à forma de transmissão. Uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da utilização de inseticidas residuais por equipe técnica habilitada. Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. Recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em áreas de mata. Resfriamento ou congelamento de alimentos não previne a transmissão oral por T. cruzi, mas sim o cozimento acima de 45°C, a pasteurização e a liofilização. Leishmania O que é: A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. De acordo com o infectologista Valdir Amato, a leishmaniose é considerada uma "antropoonoze", ou seja, doença que acomete animais silvestres e eventualmente o homem. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. Causador: A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada por parasitas (protozoário Leishmania) que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte do sistema imunológico (macrófagos) da pessoa infectada. Transmissão: Sua transmissão se dá através de pequenos mosquitos que se alimentam de sangue, e, que, dependendo da localidade, recebem nomes diferentes, tais como: mosquito palha, tatuquira, asa branca, cangalinha, asa dura, palhinha ou birigui. Por serem muito pequenos, estes mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São mais comumente encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas. Além do cuidado com o mosquito, através do uso de repelentes em áreas muito próximas a mata, dentro da mata, etc, é importante também saber que este parasita pode estar presente também em alguns animais silvestres e, inclusive, em cachorros de estimação. Manifestação e características Esta doença pode se manifestar de duas formas: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar ou cutânea é caracterizada por lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta (esta forma é conhecida como “ferida brava”). A visceral ou calazar, é uma doença sistêmica, pois afeta vários órgãos, sendo que os mais acometidos são o fígado, baço e medula óssea. Sua evolução é longa podendo, em alguns casos, até ultrapassar o período de um ano. Sintomas da Leishmaniose Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose. No caso da tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta. Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento do fígado e do baço. Prevenção e tratamento A melhor forma de se prevenir contra esta doença é evitar residir ou permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rio próximo a mata, sempre utilizar repelentes quando estiver em matas, etc. Esta doença deve ser tratada através de medicamentos e receber acompanhamento médico, pois, se não for adequadamente tratada, pode levar a óbito. Esquistossomose O que é: A esquistossomose, também conhecida como barriga-d’água, é transmitida pelo verme da família Schistosoma, que se espalha na água por causa de caramujos. Ao entrar no corpo, o parasita se instala nos vasos sanguíneos do intestino, do sistema urinário e do fígado e passa a se reproduzir dentro do organismo. Conforme esses vermes põem seus ovos, a barriga do hospedeiro incha – é um dos sintomas diferenciais da infecção. A evolução é lenta e, mesmo depois de tratado, o problema pode demorar semanas ou até anos para ir embora. A esquistossomose é perigosa, porque provoca complicações graves nos órgãos que atinge — principalmente dependendo da reação do sistema imunológico e da quantidade de ovos botada pelos vermes. Há ainda manifestações que podem surgir em outros locais do corpo (como no baço e na próstata) e alterações sistêmicas, a exemplo da anemia. Sem tratamento adequado, ela ameaça a vida do paciente. Sinais e sintomas: Febre, Dor de barriga, Dor de cabeça, Fraqueza, Falta de apetite, Dor muscular, Tosse, Diarreia, Aumento do volume abdominal, Urina com sangue. Fatores de risco: Ausência de saneamento básico e acesso à água potável; pisar, nadar ou lavar objetos em água contaminada Como evitar: Ainda não há vacina para o problema. Portanto, a prevenção depende de saneamento básico adequado e do tratamento de rios e lagos. Explica-se: uma pessoa infectada contamina esses locais com ovos do Schistosoma ao urinar ou fazer cocô. Eles, então, alojam-se em um tipo de caramujo,onde se desenvolvem. Quando está maduro, o Schistosoma volta para a água e, se entrar em contato com um ser humano, é capaz de acessar seu organismo através da pele. Resumindo, evite tomar banho ou nadar em reservatórios contaminados. E nunca beba água desses locais. O diagnóstico: É simples. Exames detectam a presença de ovos do parasita nas fezes, na urina e no sangue do paciente sob suspeita. O tratamento: Remédios antiparasitários eliminam o verme do corpo. Geralmente o indivíduo se recupera em casa. Casos mais graves, entretanto, precisam de internação e até cirurgias. O diagnóstico precoce, aqui, é fundamental. Se no princípio a esquistossomose não provoca tanto estragos, com o passar do tempo ela vai abalando diferentes órgãos, do fígado ao pulmão. A enfermidade também está por trás de alguns casos de câncer de bexiga. Teníase O que é: A teníase é uma parasitose causada pela presença do verme adulto de Taenia sp., popularmente conhecido como solitária, no intestino delgado, podendo dificultar a absorção dos nutrientes dos alimentos e provocar sintomas como enjoos, diarreia, perda de peso ou dor abdominal, por exemplo. Ela é transmitida pela ingestão de carne de boi ou de porco crua ou malcozida que está contaminada com o parasita. Além da teníase, estes parasitas também podem causar uma doença causada cisticercose, que diferem pela forma de contaminação e sintomas apresentados: Teníase: causada pelo consumo da larva da tênia presente nas carnes de boi ou pouco, que cresce e vive no intestino delgado na sua forma adulta, onde liberam ovos que são eliminados pelas fezes e podem contaminar animais e outras pessoas; Cisticercose: ocorre quando se ingere os ovos da tênia, que liberam suas larvas capazes de atravessar a parede do estômago e atingir a corrente sanguínea da pessoa infectada. Desta forma, as larvas podem se distribuir pelo corpo e alcançar diversos órgãos como músculos, coração e olhos, por exemplo. Ao atingir o cérebro, podem causar a forma mais grave da doença, chamada de neurocisticercose. Para evitar a teníase é importante evitar consumir carne de boi e de porco cruas, lavar bem as mãos e os alimentos antes de prepará-los. Caso haja suspeita de teníase, é importante ir ao clínico geral para que sejam feitos exames e possa ser iniciado o tratamento, que normalmente é feito com a Niclosamida ou o Praziquantel. Principais sintomas: A infecção inicial por Taenia sp. não leva ao aparecimento de sintomas, esses surgem à medida que o parasita se fixa à mucosa intestinal e se desenvolve, levando ao aparecimento dos seguintes sintomas: Diarreia frequente ou prisão de ventre; Enjoo; Dor abdominal; Dor de cabeça; Falta ou aumento do apetite; Tontura; Fraqueza; Irritabilidade; Perda de peso; Cansaço e insônia. Além disso, nas crianças pode causar atraso no crescimento e no desenvolvimento, assim como dificuldade para ganhar peso. A presença da Taenia sp. na parede do intestino pode provocar hemorragia e levar a produção e liberação de pouco ou muito muco. Como confirmar o diagnóstico: O diagnóstico da teníase é, muitas vezes, difícil já que a maioria das pessoas infectadas por Taenia sp. não apresentam sintomas, e quando aparecem, são semelhantes aos de outras doenças infecciosas gastrointestinais. Para confirmar o diagnóstico, o médico normalmente avalia os sintomas apresentados e solicita a realização de exame de fezes para verificar a presença de ovos ou proglotes de Taenia sp., sendo possível confirmar o diagnóstico. Ingestão: Geralmente, a teníase é adquirida pelo consumo de carnes de porco ou de boi contaminadas com as larvas da tênia, que se alojam no intestino delgado e evoluem para a forma adulta. Após cerca de 3 meses, a tênia começa a liberar nas fezes os chamados proglotes, que são segmentos do seu corpo que contêm órgãos reprodutores e seus ovos. Os ovos da tênia podem contaminar o solo, a água e alimentos, que podem ser responsáveis por contaminar outros animais ou outras pessoas, que podem adquirir a cisticercose Como é feito o tratamento O tratamento para teníase é feito com remédios antiparasitários, principalmente Praziquantel e Niclosamida, que é capaz de imobilizar a tênia e favorecer a sua eliminação nas fezes. No entanto, para que isso aconteça e que a pessoa seja curada da teníase, é importante que o tratamento seja feito exatamente como for recomendado pelo médico. Como prevenir Para prevenir a teníase, deve-se adotar alguns cuidados como: • Não ingerir carne crua ou malcozida; • Beber água mineral, filtrada ou fervida; • Lavar as mãos, principalmente após o banheiro e antes das refeições; • Lavar os alimentos com água filtrada. Além destas medidas, é importante dar água limpa aos animais e não adubar a terra com fezes humanas. Sinais e sintomas: Fatores de risco: Ausência de saneamento básico e acesso à água potável; pisar, nadar ou lavar objetos em água contaminada Como evitar: Ainda não há vacina para o problema. Portanto, a prevenção depende de saneamento básico adequado e do tratamento de rios e lagos. Explica-se: uma pessoa infectada contamina esses locais com ovos do Schistosoma ao urinar ou fazer cocô. Ele... O diagnóstico: É simples. Exames detectam a presença de ovos do parasita nas fezes, na urina e no sangue do paciente sob suspeita. O tratamento: Remédios antiparasitários eliminam o verme do corpo. Geralmente o indivíduo se recupera em casa. Casos mais graves, entretanto, precisam de internação e até cirurgias. O diagnóstico precoce, aqui, é fundamental. Se no princípio a esquist... Principais sintomas: Como confirmar o diagnóstico: Como é feito o tratamento Como prevenir
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