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doenças causadas por protozoários

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AMEBÍASE
A amebíase, também chamada de disenteria amebiana ou disenteria amébica, é uma doença parasitária causada por protozoário. É conhecida também pelo seu nome científico Entamoeba histolytica. 
Sua principal característica é a alteração das ações habituais do intestino, causando uma intensa diarreia e que pode vir acompanhada de sangue. 
Qualquer pessoa, de qualquer faixa etária, pode adquirir esse parasita. O diagnóstico da doença pode ser feito pelo exame de fezes, endoscopia, proctoscopia ou tomografia computadorizada. 
Ainda que seja menos comum, um exame de sangue pode detectar a presença de anticorpos contra o parasita. 
Transmissão 
A transmissão da amebíase ocorre pela ingestão dos cistos da ameba encontrados na água ou em alimentos contaminados. Geralmente, os cistos causadores da amebíase são encontrados nas fezes dos infectados e no solo. 
Ainda que seja raro, a doença pode ser transmitida pelo contato sexual sem proteção devida. 
Ciclo de vida do parasita 
 
 
O ciclo de vida do protozoário causador da amebíase começa quando o indivíduo ingere os cistos. Estes passam pelo estômago até chegarem no intestino delgado. Interessante notar que eles são muito resistentes, uma vez que sobrevivem aos ácidos estomacais. 
Dali, migram para o intestino grosso, onde ficam aderidos à mucosa do intestino. Se alimentam de células intestinais, bactérias benéficas presentes nos intestinos e do bolo fecal, ao mesmo tempo em que vão criando colônias. 
Importante ressaltar que o período de incubação do protozoário varia muito, ou seja, pode ser dias, meses ou anos. 
Se não for tratada, a amebíase pode gerar úlceras intestinais. No pior dos casos, ela atinge outros órgãos do corpo humano, por exemplo, os pulmões, o fígado, o baço e até mesmo o cérebro. 
Sintomas 
Os principais sintomas da amebíase são: 
· Febre 
· Calafrios 
· Forte diarreia 
· Cólicas intestinais 
· Dor para evacuar 
· Excesso de gases 
· Sangue nas fezes 
· Náuseas e vômitos 
· Fraqueza 
Prevenção 
A prevenção da amebíase começa com melhores condições de higiene e saneamento básico (tratamento de água e esgoto). 
Portanto, é recomendado lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro. Também deve-se higienizar bem os alimentos (frutas, verduras, legumes) antes de consumi-los. Além disso, especialistas recomendam a ingestão de água potável. 
O uso de proteção (preservativos) nas relações sexuais oral-anal também é uma forma de se prevenir da amebíase. 
Tratamento 
O tratamento da doença é feito pelo uso de medicamentos que combatem o protozoário, além dos sintomas como a febre, as náuseas, etc. Geralmente, duas semanas são suficientes para a recuperação da enfermidade. 
Além disso, recomenda-se uma alimentação rica em nutrientes e ingestão de líquidos, por conta da desidratação causada pela diarreia excessiva. 
Nos casos mais extremos, podem ser feitas cirurgias se os cistos atingirem outros órgãos. 
TRICOMONÍASE 
A tricomoníase, também chamada tricomonose, é uma doença causada por protozoário que atinge principalmente as mulheres. 
O nome científico do agente etiológico causador da doença é Trichomonas vaginalis. 
Essa infeção genital pode atingir a vagina, o útero, o pênis ou a uretra. E, se não for tratada, pode gerar outras doenças, por exemplo a vaginite. 
Além disso, ela pode aumentar as chances de desenvolver outras doenças sexualmente transmissíveis como a gonorreia, o HPV, o HIV, sífilis, dentre outras. 
O diagnóstico da doença nas mulheres é feito através do exame Papanicolau que coleta as secreções vaginais. Noutros casos, pode ser diagnosticada pelo exame de sangue 
Transmissão 
A tricomoníase é transmitida por meio do contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso de preservativos. 
Essa infecção genital pode atingir mulheres e homens, embora seja mais comum em pessoas do sexo feminino. 
Ainda que seja menos comum, ela também pode ser transmitida pelo contato com o parasita em banheiros públicos, roupas íntimas, toalhas, etc. 
Assim, as secreções da pessoa contaminada em roupas íntimas, por exemplo, podem facilmente contaminar outras. 
Ciclo de vida do protozoário 
Esquema sobre o ciclo do protozoário flagelado unicelular em seu hospedeiro. 
 
Sintomas 
Depois de contraída a doença, o período de incubação do parasita varia entre 5 a 28 dias. 
Ou seja, a pessoa pode apresentar sintomas depois de um mês, sendo que os principais são: 
· Coceira intensa e ardor 
· Corrimento amarelo-esverdeado 
· Dores durante a relação sexual 
· Dor abdominal 
· Vermelhidão na área genital 
· Ardência ao urinar 
· Odor forte 
Observação: A maioria dos homens quando infectados não apresentam sintomas. No entanto, o surgimento de corrimento, prurido no pênis, dor ao urinar e durante a ejaculação são os mais comuns em pessoas do sexo masculino. Prevenção 
A profilaxia da doença é feita pelo uso de preservativos nas relações sexuais. 
Muitas pessoas infectadas podem estar com o parasita e não apresentar os sintomas. Daí a importância do exame de rotina. 
Tratamento 
O tratamento da tricomoníase é feito com remédios antibióticos indicados pelo médico ginecologista ou urologista. 
Essa medicação elimina o parasita causador da doença. O tratamento leva cerca de uma semana e é aconselhável evitar o uso de bebidas alcoólicas nesse período. 
Durante o tratamento deve-se evitar o contato sexual. Geralmente, o parceiro do infectado também deve se medicar. Além da medicação via oral, pode ser utilizada pomada no local para aliviar os sintomas. 
MALÁRIA 
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. 
Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma. Porém, uma imunidade esterilizante, que confere total proteção clínica, até hoje não foi observada. Caso não seja tratado adequadamente, o indivíduo pode ser fonte de infecção por meses ou anos, de acordo com a espécie parasitária. 
A malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. 
Transmissão 
A malária é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, em menor quantidade. 
Apenas as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são capazes de transmitir a malária. 
O período de incubação da malária varia de acordo com a espécie de plasmódio. A malária não pode ser transmitida pela água. 
Ciclo de vida do protozoário 
 
1. O ciclo de vida do parasita da malária envolve 2 hospedeiros. Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoítos no hospedeiro humano. 
2. Os esporozoítos infectam as células do fígado. 
3. Lá, os esporozoítos amadurecem para esquizontes. 
4. Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. Essa replicação inicial no fígado é chamada de ciclo exoeritrocítico. 
5. Os merozoítos infectam os eritrócitos. Então, o parasita multiplica-se assexuadamente (o chamado ciclo eritrocítico). Os merozoítos se desenvolvem em trofozoítos em estágio de anel. Alguns, então, amadurecem para esquizontes. 
6. Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. 
7. Alguns trofozoítos se diferenciam em gametócitos. 
8. Ao se alimentar de sangue, um mosquito Anopheles ingere os gametócitos masculinos (microgametócitos) e femininos 
(macrogametócitos), dando início ao ciclo esporogônico. 
9. No estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas, produzindo zigotos. 
10. Os zigotos tornam-se móveis e alongados, evoluindo para oocinetes. 
11. Os oocinetes invadem a parede do intestino médio do mosquito, onde sedesenvolvem em oocistos. 
12. Os oocistos crescem, rompem-se e liberam esporozoítos, os quais se deslocam para as glândulas salivares do mosquito. A inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro humano perpetua o ciclo de vida da malária. 
Sintomas 
A malária grave caracteriza-se por um ou mais desses sinais e sintomas: 
· prostração; 
· alteração da consciência; 
· dispnéia ou hiperventilação; 
· convulsões; 
· hipotensão arterial ou choque; 
· hemorragias; 
· Entre outros. 
Observação: As gestantes, as crianças e as pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da doença, principalmente por infecções pelo P. falciparum, que, se não tratadas adequadamente e em tempo hábil, podem ser letais. 
Prevenção 
Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão: 
· uso de mosquiteiros; 
· roupas que protejam pernas e braços; 
· telas em portas e janelas; 
· uso de repelentes. 
Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são: 
· borrifação intradomiciliar; 
· uso de mosquiteiros; 
· drenagem; 
· pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor; 
· aterro; 
· limpeza das margens dos criadouros; 
· modificação do fluxo da água; 
· controle da vegetação aquática; 
· melhoramento da moradia e das condições de trabalho; 
· uso racional da terra. 
Tratamento 
Após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos. Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato. 
O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade e o peso do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença. 
O tratamento da malária visa atingir ao parasito em pontos-chave de seu ciclo evolutivo, que podem ser didaticamente resumidos em: 
a) interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e 
manifestações clínicas da infecção; 
b) destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das 
espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias; 
c) interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o 
desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos). 
GIARDÍASE 
A Giardíase, Giardiose ou lambliose é uma doença causada por protozoário. O nome científico do agente etiológico causador é Giardia lamblia. 
Sua principal característica é o acometimento do intestino delgado, causando intensa diarreia. 
Ainda que seja mais comum em crianças, ela pode afetar também os adultos. Geralmente, a giardíase ocorre em países de clima temperado. 
O diagnóstico é feito através do exame de fezes, e se não for tratada pode gerar desidratação e anemia no paciente. 
Transmissão 
A giardíase é transmitida por meio de alimentos e água contaminados com cistos do protozoário. 
Portanto, os locais em que o saneamento básico (esgoto, água tratada, etc.) é inexistente ou precário, a chance da doença se proliferar é bem maior. Por esse motivo, em países mais desenvolvidos o número de infectados é mais baixo. 
O protozoário é encontrado nas fezes dos portadores da doença e, portanto, pode ser transmitida pelo contado direto ou indireto com as fezes dos infectados. 
Curioso notar que a giardíase pode também ser transmitida pelo contato sexual anal desprotegido (sem uso de preservativos). 
Ciclo de vida do protozoário 
A Giargia lamblia é um parasita intestinal que possui um ciclo de vida. Esse protozoário flagelado unicelular afeta o ser humano a partir do momento em que são ingeridos cistos maduros. 
O vetor causador da doença pode se apresentar de duas maneiras: cistos e trofozoítos (estágio adulto do protozoário). Eles são resistentes e não morrem com os ácidos liberados pelo estômago. Assim, chegam ao intestino delgado. 
O período de incubação do protozoário é de aproximadamente uma a quatro semanas. Para compreender melhor o ciclo biológico do vetor confira o esquema abaixo: 
 
Sintomas 
Depois de infectado com o protozoário, os sintomas surgem geralmente em duas semanas. Os principais sintomas da giardíase são: 
· Febre baixa; 
· Dor de cabeça; 
· Diarreia; 
· Dores abdominais; 
· Gases; 
· Azia; 
· Náuseas; 
· Fraqueza; 
· Mal-estar; 
· Perda de apetite e peso; 
· Irritabilidade; 
· Fezes amareladas e com cheiro forte. 
Observação: Em alguns casos, o paciente pode apresentar intolerância à lactose. 
Prevenção 
Para se prevenir contra a giardíase devemos lavar bem as mãos antes das refeições, bem como os alimentos que vamos consumir (frutas, legumes e verduras). Cozinhar os alimentos também é uma forma de prevenção contra a doença. 
Portanto, a profilaxia é feita com os cuidados com a higiene. Além disso, especialistas recomendam a ingestão de água potável. 
Tratamento 
Para o tratamento da giardíase recomenda-se uma boa alimentação, rica em nutrientes. Alimentos mais leves são indicados. 
Além disso, a ingestão de líquidos é essencial, devido à diarreia intensa que pode provocar desidratação no paciente. Medicamentos são indicados pelos especialistas para matar o protozoário. 
Se não for tratada, no pior dos casos, pode levar à morte dos indivíduos infectados. 
Prevenção 
Para se prevenir contra a giardíase devemos lavar bem as mãos antes das refeições, bem como os alimentos que vamos consumir (frutas, legumes e verduras). Cozinhar os alimentos também é uma forma de prevenção contra a doença. 
Portanto, a profilaxia é feita com os cuidados com a higiene. Além disso, especialistas recomendam a ingestão de água potável. 
 
 
TOXOPLASMOSE 
A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado “Toxoplasma Gondii”, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros animais. É causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados e é uma das zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais comuns em todo o mundo. 
Os casos agudos são, geralmente, limitados e com baixas incidências. A fase aguda da infecção tem cura, mas o parasita persiste por toda a vida da pessoa e pode se manifestar ou não em outros momentos, com diferentes tipos de sintomas. Quanto à infecção crônica, a taxa de incidência é baixa até os cinco anos de idade e começa a aumentar a partir dos 20. Transmissão 
As principais vias de transmissão da toxoplasmose são: 
· Via oral (ingestão de alimentos e água contaminados) 
· Congênita (transmitido de mãe para filho durante gestação), sendo raros os casos de transmissão por inalação de aerossóis contaminados, inoculação acidental, transfusão sanguínea e transplante de órgãos. 
Sintomas 
A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não apresenta sintomas e, por isso, não precisam de tratamentos específicos. A doença em outros estágios, no entanto, pode trazer complicações, como sequelas pela infecção congênita (gestantes para os filhos), toxoplasmose ocular e toxoplasmose cerebral em pessoas que têm o sistema imunológico enfraquecido, como transplantados, pacientes infectados com o HIV ou em tratamento oncológico. 
Os sintomas da toxoplasmose são variáveis e associados ao estágio da infecção, (agudo ou crônico). Os sintomas normalmente são leves, similares à gripe, dengue e podem incluir dores musculares e alterações nos gânglios linfáticos. 
· Pessoas com baixa imunidade: podem apresentar sintomas mais graves, incluindo febre, dor de cabeça, confusão mental, falta de coordenação e convulsões. 
· Gestantes: mulheres infectadas durante a gestação podem ter abortamento ou nascimento de criança com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises convulsivas. 
· Recém-nascidos: dos recém-nascidos infectados (Toxoplasmose Congênita), cerca de 85% dos casos não apresentam sinais clínicos evidentes ao nascimento. No entanto, essas crianças podem indicar alterações como restrição do crescimento intrauterino, prematuridade, anormalidades visuais e neurológicas. Sequelas tardias são mais frequentes na toxoplasmose congênita não tratada. Há casos relatados de surgimento de sequelas da doença, não diagnosticadaspreviamente, ocorrendo apenas na adolescência ou na idade adulta. 
Os recém-nascidos que apresentam manifestações clínicas podem ter sinais no período neonatal ou nos primeiros meses de vida. Esses casos costumam ter, com mais frequência, sequelas graves, como acometimento visual em graus variados, retardo mental, anormalidades motoras e surdez. As sequelas são ainda mais frequentes e mais graves nos RN que já apresentam sinais ao nascer, com acometimento visual em graus variados, retardo mental, crises convulsivas, anormalidades motoras e surdez. 
Ciclo de vida do protozoário 
 
Um hospedeiro intermediário suscetível, como por exemplo o ser humano, outros mamíferos ou aves, podem ingerir água ou alimentos contaminados com oocistos maduros (contendo os esporozoítos), ou carne crua ou má cozida contendo bradizoítos ou leite contaminado contendo taquizoítos. 
O oocisto se rompe no intestino, liberando os esporozoítos que invadem os enterócitos. Dentro dessas células, cada parasito é denominado taquizoíto. 
O taquizoíto se divide várias vezes, de forma assexuada até o rompimento da célula hospedeira. Esse processo se repete várias vezes, liberando grande número de taquizoítos para a invasão de novas células, no sangue e nos tecidos parenquimatosos. 
Logo após a invasão de uma nova célula por um taquizoíto, o ciclo assexuado pode levar à formação de bradizoítos intracelulares. A formação de bradizoítos começa a ocorrer com maior intensidade quando o hospedeiro intermediário desenvolve imunidade específica, caso contrário os taquizoítos continuam infectando novas células. 
Os bradizoítos se multiplicam bem mais lentamente que os taquizoítos, mas estão menos acessíveis a resposta imune, no interior de cistos teciduais. 
O ciclo se completa, quando o felídeo ingere os tecidos infectados do hospedeiro intermediário. Isso possibilita aos bradizoítos encistados infectarem o seu intestino, levando a formação final de oocistos. 
Prevenção 
A principal medida de prevenção da toxoplasmose é a promoção de ações de educação em saúde, principalmente em mulheres que estão em idade fértil e pessoas com imunidade comprometida. É fundamental manter uma higiene alimentar. 
 
Tratamento 
A toxoplasmose normalmente evolui sem sequelas em pessoas com boa imunidade, desta forma não se recomenda tratamento específico, apenas tratamento para combater os sintomas. Pacientes com imunidade comprometida ou que já tenham desenvolvido complicações da doença (cegueira, diminuição auditiva) são encaminhados para acompanhamento médico especializado. 
Em caso de toxoplasmose na gravidez, é importante o acompanhamento no pré-natal e a prática das orientações que forem repassadas pelas equipes de saúde. 
LEISHMANIOSE 
Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. 
A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”. 
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. 
Transmissão 
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas. 
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico. 
Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo. 
Sintomas 
Leishmaniose visceral: 
Febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. 
Leishmaniose cutânea: 
Duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca. 
Ciclo de vida do protozoário 
 
 
1. As pessoas são infectadas ao serem picadas por uma mosca de areia fêmea infectada. Os mosquitos-palha injetam uma forma imatura dos protozoários (chamados promastigotas) que podem causar infecção. 
2. Os promastigotas são ingeridos por certas células imunológicas chamadas macrófagos. (O processo de uma célula ingerir um micro-organismo, outra célula ou fragmentos de células é denominado fagocitose, e as células que ingerem são denominadas de fagócitos). 
3. Nessas células, os promastigotas se desenvolvem em outra forma (chamada amastigotas). 
4. Os amastigotas se multiplicam no interior dos macrófagos em diversos tecidos. 
5–6. Quando um mosquito da areia pica uma pessoa infectada, ele se infecta ao ingerir o sangue contendo macrófagos infectados. 
7. Na porção mediana do intestino da mosca (intestino médio), os amastigotas se desenvolvem em promastigotas. 
8. No intestino médio da mosca, os promastigotas se multiplicam, se desenvolvem e migram para as partes bucais da mosca. Eles são injetados quando a mosca pica outra pessoa, completando o ciclo. 
Prevenção 
· evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata; 
· fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde; 
· evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata; 
· utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença; 
· usar mosquiteiros para dormir; 
· usar telas protetoras em janelas e portas; 
· eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos humanos. 
Tratamento 
A leishmaniose em geral é tratada por dois medicamentos: 
Antimoniais pentavalentes 
Anfotericina B. 
As primeiras são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos. 
DOENÇA DE CHAGAS 
A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. 
Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA) que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. 
Transmissão 
As principais formas de transmissão da doença de chagas são: 
· Vetorial: contato com fezes de triatomíneos infectados, após picada/repasto (os triatomíneos são insetos popularmente conhecidos como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo). 
· Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados. 
· Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto. 
· Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios. 
· Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com materialcontaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça. 
O período de incubação da Doença de Chagas, é dividido da seguinte forma: 
· Transmissão vetorial – de 4 a 15 dias. 
· Transmissão transfusional/transplante – de 30 a 40 dias ou mais. 
· Transmissão oral – de 3 a 22 dias. 
· Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias. 
Ciclo de Vida do protozoário 
Durante o seu ciclo de vida, o T. cruzi pode apresentar três formas morfológicas: amastigota, epimastigota e tripomastigota. 
Amastigota: apresenta forma arredondada. O núcleo e o cinetoplasto não são observados com microscópios ópticos. Não possui flagelos. Presente na fase intracelular, durante a fase crônica da doença. 
Epimastigota: apresenta tamanho variável com formato alongado e núcleo semi-central. Representa a forma encontrada no tubo digestivo do barbeiro, o vetor da doença de chagas. 
Tripomastigota: apresenta formato alongado e fusiforme em forma de “c” ou “s”. É a forma presente na fase extracelular, que circula no sangue, na fase aguda da doença. É a forma infectante para os vertebrados. 
O ciclo de vida do T. cruzi inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do hospedeiro vertebrado, elimina suas fezes e urina, onde podem estar presentes as formas tripomastigotas. 
Os parasitas tripomastigotas penetram na pele e infectam as células do hospedeiro, onde transformam-se para a forma amastigota. 
Quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam para a forma tripomastigotas. Por estarem com grande quantidade de parasitos, as células se rompem e os protozoários atingem a corrente sanguínea, atingindo outros órgãos. 
Nessa fase, se o hospedeiro vertebrado for picado pelo barbeiro, os protozoários serão transmitidos ao inseto. No intestino do barbeiro, mudam sua forma para epimastigotas, onde multiplicam-se e tornam-se novamente tripomastigotas, as formas infectantes aos vertebrados 
Prevenção 
A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada à forma de transmissão. 
Uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da utilização de inseticidas residuais por equipe técnica habilitada. 
Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. 
Recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em áreas de mata. 
Quando o morador encontrar triatomíneos no domicílio: 
· Não esmagar, apertar, bater ou danificar o inseto; 
· Proteger a mão com luva ou saco plástico; 
· Os insetos deverão ser acondicionados em recipientes plásticos, com tampa de rosca para evitar a fuga, preferencialmente vivos; 
· Amostras coletadas em diferentes ambientes (quarto, sala, cozinha, anexo ou silvestre) deverão ser acondicionadas, separadamente, em frascos rotulados, com as seguintes informações: data e nome do responsável pela coleta, local de captura e endereço. 
Em relação à transmissão oral, as principais medidas de prevenção são: 
· Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos suscetíveis à contaminação, com especial atenção ao local de manipulação de alimentos. 
· Instalar a fonte de iluminação distante dos equipamentos de processamento do alimento para evitar a contaminação acidental por vetores atraídos pela luz. 
· Realizar ações de capacitação para manipuladores de alimentos e de profissionais de informação, educação e comunicação. 
· Resfriamento ou congelamento de alimentos não previne a transmissão oral por T. cruzi, mas sim o cozimento acima de 45°C, a pasteurização e a liofilização. 
Tratamento 
O tratamento da doença de chagas deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença. O remédio, chamado benznidazol, esse deve ser utilizado em pessoas que tenham a doença aguda assim que ela for identificada. 
Para as pessoas na fase crônica, a indicação desse medicamento depende da forma clínica e deve ser avaliada caso a caso. 
Em casos de intolerância ou que não respondam ao tratamento com benznidazol, é feito o uso do nifurtimox como alternativa de tratamento, conforme indicações estabelecidas em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. 
Independente da indicação do tratamento com benznidazol ou nifurtimox, as pessoas na forma cardíaca e/ou digestiva devem ser acompanhadas e receberem o tratamento adequado para as complicações existentes. 
 
 
 
REFERENCIAS 
https://www.todamateria.com.br/tricomoniase/ https://www.todamateria.com.br/amebiase/ https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/figure/inf_plasmodiu
m_life_cycle_pt#:~:text=vida%20do%20Plasmodium%20.-
,Ciclo%20de%20vida%20do%20Plasmodium%20.,infectam%20as%20c%C3%A9lul as%20do%20f%C3%ADgado. 
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria https://www.todamateria.com.br/giardiase/ https://saude.gov.br/saude-de-a-z/toxoplasmose https://www.biomedicinapadrao.com.br/2017/04/toxoplasma-gondii-e-
toxoplasmose.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/126leishmaniose.html https://www.minhavida.com.br/saude/temas/leishmaniose https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/image/v14456928_pt https://www.todamateria.com.br/trypanosoma-cruzi/amp/ https://saude.gov.br/saude-de-a-z/doenca-de-chagas

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