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FICHAMENTO - Estudo de Caso de Harvard: Santander Consumer Finance

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Ana Paula dos Santos Ferreira Calderaro
 Trabalho da disciplina Análise de Investimentos em Ações e Fundos,
 Tutor: Prof. James Dantas
Ananindeua/PA
2019
Estudo de Caso de Harvard: Santander Consumer Finance
Referência: TRUMBULL, Gunnar; CORSI, Elena; BARRON, Andrew. Santander Consumer Finance. 2010.
Texto do Fichamento:
INTRODUÇÃO
Ainda que os Estados Unidos da América (USA) permanecessem sendo o maior mercado de financiamento ao consumidor, o setor estava em crescimento na Europa. E entre os anos de 2002-2008, sob a gestão de seu antigo CEO Juan Rodríguez Iniciarte, a Santander Consumer Finance (SCF) passara de um pequeno grupo a uma das maiores empresas de financiamento ao consumidor do mundo, expandindo, também, os negócios para os USA, América Latina e Europa Oriental.
Em janeiro de 2008, Magda Salarich Fernández de Valderrama foi nomeada CEO da SCF, uma divisão do grupo Santander. A partir de então ela teria quatro meses para apresentar a nova estratégia e direção da SCF ao presidente e diretor executivo do Santander assim como aos outros membros do Comitê Executivo do grupo.
HISTÓRIA DO GRUPO SANTANDER
Em 1857, através de um decreto real da rainha da Espanha, fundou-se o grupo Santander, na cidade de Santander, em Cantábria, norte da Espanha. Ao longo dos anos o banco aumentou seus negócios na Espanha e abriu escritórios em países latino-americanos e em Londres na década de 1950. Em 1986, sob a liderança de Emilio Botín, dobrou sua participação no mercado espanhol. 
Em 1994, adquiriu o Banco Español de Crédito (Banesto). Em 1999, fundiu-se com o Banco Central Hispano (BCH). Botín prossegui a expansão dos negócios adquirindo bancos e abrindo novos escritórios na América Latina, Europa e USA. Em 2004, o grupo realocou as operações do Centro de Madri para a Ciudad Financiera Santander. Em 2007 o grupo Santander era um dos maiores bancos de varejo no mundo ocidental.
HISTÓRIA DA SANTANDER CONSUMER FINANCE
	Em 1987, o Banco Santander comprou o Bankhaus Centrale Credit AG (CC Bank), banco alemão, com 51 filias, especializado em financiamento de veículos. No ano seguinte, o grupo Santander fez uma parceria com o Royal Bank of Scotland que durou até 1996, quando o Santander comprou a participação do seu parceiro. Em 1994 o CC Bank lançou o Direkt Bank.
Em 1997, o Santander entrou no mercado italiano, em parceria com o Banco San Paolo IMI. Em 1999, fundiu-se com o BCH, agregando ao grupo o Hispamer Banco Financiero e o Hispamer Financieros. Em 2002, os grupos nacionais de empréstimos ao consumidor foram reunidos sob uma nova divisão interna do Santander, a SCF.
EXPANSÃO DA SCF
A SCF, em 2006, começou a investir fora da União Europeia (EU), começando com os USA quando adquiriu a Drive U.S, em 2007, atingindo os mercados do México e da Rússia, ainda investiu em novas instalações no Chile que só começaram a funcionar em 2008, em junho deste mesmo ano, a SCF já operava em 20 países. Correspondendo a 5% da mão-de-obra total do grupo e era responsável por quase 8% dos lucros totais do banco.
O MERCADO EUROPEU DE FINANCIAMENTO AO CONSUMIDOR
O financiamento ao consumidor incluía qualquer tipo de empréstimo para financiar compras do consumidor, exceto hipotecas para compra de imóveis. No final de 2007, os empréstimos aos consumidores, correspondiam a US$6 trilhões em saldos devedores e os USA continuavam sendo o maior mercado, com US$2,5 trilhões em empréstimos em aberto.
O mercado europeu era qualitativamente diferente do mercado Norte-Americano, onde pode-se destacar alguns pontos principais, como: risco médio de inadimplência geralmente mais baixo e empréstimos baseados em mutuários sub-prime (alto risco) realizados com menor frequência.
Vale ressaltar que os mercados de créditos europeus eram muito diferentes entre si, no que se refere a produto, por exemplo o custo de crédito variava de 6% a 12%, entre eles. A taxa de inadimplência variava de 7% a 1%. As diferenças regulatórias, também, complicavam a organização dos negócios para empresas de crédito ao consumidor com aspirações globais, com os altos custos de entradas em novos mercados.
A DIRETIVA DO CRÉDITO AO COSUMIDOR
Em 1987, a Comissão Europeia introduziu a primeira diretiva de crédito ao consumidor, com o objetivo de estabelecer padrões básicos para procedimentos e relatórios. Em 2008, uma nova diretiva foi aprovada, que harmonizava os métodos usados para calcular as taxas percentuais anuais, dava aos clientes direito de receber informações sobre os contratos e o direito de quebra de contrato nos primeiros 14 dias e por fim, proibia taxas sobre pagamentos antecipados. Tal diretiva gerou reações negativas no mercado, as empresas esperavam que a mesma abrangesse alguns pontos importantes para o desenvolvimento do mercado financeiro como o endividamento do consumidor, a integração dos mercados de crédito da Europa.
MODELO DE NEGÓCIOS DA SANTANDER CONSUMER FINANCE
A maior atividade da SCF era o financiamento de veículos para clientes de revendedores de automóveis. Em alguns mercados também atendia varejista, financiando crédito para seus clientes e alguns casos para seu próprio estoque. A SCF também fornecia serviços financeiros relacionados, por exemplo: seguros, cartões de crédito/débito, empréstimos pessoas, entre outros.
A SCF atuava no mercado de acordo com o produto comercializado. Para empréstimos para bens duráveis e veículos, usava uma abordagem indireta dependendo dos revendedores. Já para os outros produtos ela tinha uma abordagem direta, dependendo da sua própria equipe de venda.
	A SCF desenvolveu seu próprio sistema de aprovação de crédito que poderia ser acessado on-line. Onde uma solicitação de empréstimo individual poderia ser aprovada ou rejeitada em pouco mais de três minutos.
A CONVERSÃO DOS NEGÓCIOS INDIRETOS EM DIRETOS
Considerando que os revendedores pediam sempre comissões mais altas, as margens de lucro para esse negócio acabavam sendo baixas. Então, após o cliente assinar o contrato do empréstimo de veículo ou bens duráveis, a SCF passava a estabelecer uma relação com esse cliente, mediante correspondências promocionais sobre seus outros produtos, com a intenção de transforma-los em clientes diretos através de produtos com margens maiores.
PRINCIPAIS CONCORRENTES
	Os principais concorrentes as SCF na Europa eram a estadunidense GE Money, a francesa Paribas (Cetelem) e a Crédit Agricole (Sofinco e Finaref). Ainda haviam alguns concorrentes locais conforme o país de atuação. Em relação ao financiamento de veículos a SCF operava paralelamente a cativas de montadores, que eram empresas de financiamento geralmente de propriedade das próprias montadoras de veículos.
	Diante deste cenário, o objetivo da SCF não era substituir as cativas, mas ser o segundo financiador de carros novos e o primeiro financiador de carros usados. Tendo em vista que as cativas poderiam oferecer taxas de juros baixíssimas na compra de novos carros.
ESTRUTURA DA SCF
	Com o intuito de ficar mais próxima dos mercados locais a SCF adotou uma estrutura descentralizada, evitando um modelo de negócio que ofereça o mesmo produto a todos os seus clientes. Era necessário se ajustar ao território local. Sendo assim, como a SCF estava organizada em quatro áreas geográficas, cada uma era liderada por um gerente.
As filiais locais gozavam de uma autonomia considerável, elas tinham uma pessoa responsável pelas questões jurídicas, um gerente responsável por promover o negócio de seguros e eram responsáveis por desenvolver seus produtos. Já as cobranças eram tratadas dependendo da situação: cobranças “leves”, eram realizadas internamente na Alemanha e na Rússia; cobranças “pesadas” eram sempre terceirizadas.
	Ainda que as filiais gozassem de grande autonomia,algumas funções permaneceram centralizadas: gestão de riso, controle de custo, plataforma de TI, monitoramento de satisfação do cliente e financiamentos.
FINANCIAMENTO
	A SCF contava com diversas fontes, para financiar seus empréstimos, abrangendo dívida privilegiada, notas promissórias, securitização de ativos e depósitos de clientes. A SCF, também, securitizava grupos de empréstimos para carro, e essa estava se tornando uma das fontes de financiamento mais importante para a divisão. Os escritórios nacionais também recebiam financiamento do grupo Santander.
ABORDAGEM DA SCF PARA NOVOS PAÍSES
	A SCF esperava aprender com seus diferentes negócios, sua abordagem era cobrir os principais países europeus em termos de PIB per capita e população, um antigo gerente observou que a entrada nos países membros da EU não tinham apresentado grandes dificuldades para a SCF
Já os esforços para se estabelecer em países fora da EU apresentavam desafios adicionais, já que não se podia aplicar exatamente o mesmo modelo em todos os países.
OLHANDO PARA O FUTURO
	Salarich agora teria alguns desafios a enfrentar em sua gestão, como:
	Expansão - Novos mercados de crédito ao consumidor estavam emergindo no mundo todo. O crescimento viria de países emergentes como Brasil, Índia e a China. Mas antes de investir, era preciso se assegurar de que o negócio principal da SCF era suficientemente forte.
	Consolidação - A gestão anterior havia identificado as áreas que necessitavam ser melhoradas: financiamento de estoque, conversão de clientes, cobrança de pagamentos e seguros. Cabia agora a Salarich propor a melhor forma de como fazer isso? Quais departamentos crias? Quais contratações fazer?
	Mix de produtos - A expansão do mix de produtos, também era uma decisão importante a ser tomada, o negócio de empréstimos para veículos era um negócio de baixo risco, mas com margens menores. E as experiências com empréstimos para bens, que não automóveis, tinham mostrado um grande potencial para negócios de maior retorno.
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