Buscar

Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil

Prévia do material em texto

11
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
ALANA EMILY MARQUES DE FARIAS
trabalho interdisciplinar individual 
Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil 
Sobral – Ceará
2019
	
ALANA EMILY MARQUES DE FARIAS 
trabalho interdisciplinar individual
Eixo temático: Identidade, autonomia, ludicidade, sentimento, desenvolvimento, aprendizagem.
	
Trabalho de pedagogia apresentado à Universidade anhanguera como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de sociologia da educação, legislação educacional, teorias e práticas do currículo, filosofia da educação, praticas pedagógicas em pedagogia: condições de aprendizagem na educação infantil, professores: Márcio Gutuzo Saviani, Vilze Vidote Costa, Mari Clair moro e Tatiane Mota Santos Jardim.
TUTORA: Ana Paula Primon da Silva 
Sobral-2019
SUMÁRIO
Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil	4
EDUCAÇÃO INFANTIL, Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil na BNCC.	5
CONSIDERAÇÕES FINAIS	10
REFERÊNCIAS	11
Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil 
É crescente a discussão a cerca da infância ao longo da história e da sociedade, a educação infantil hoje alcança espaço e importância na sociedade, são várias as transformações ocorridas no decorrer do tempo. Embora não tenha sido desta forma no passado, hoje busca-se ver a criança de forma integral, fazendo-a partícipe de todo processo de ensino e aprendizagem, para que ela se desenvolva autônoma e capaz, pois entende-se que educação infantil é a base para o desenvolvimento do indivíduo, pois é um período de muitas mudanças e conquistas. 
	Nessa etapa da Educação Básica, a base nacional comum curricular BNCC, define direitos de aprendizagem e os campos de experiências para esta primeira etapa da educação básica, a escola fica encarregada de garantir que seus alunos receberão, no dia a dia as competências gerais estabelecidas pelo documento. Com isso, o contexto educacional nacional se torna mais justo e igualitário para todas as crianças.
EDUCAÇÃO INFANTIL, Aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos na Educação Infantil na BNCC.
A criança é um ser histórico, a base da sua infância está no contexto histórico em que ela vive, a forma como se vê a criança nasce do tempo, meio social e a cultura em que ela está inserida, por muito tempo o importante era que as crianças crescessem rápido para que logo começassem a trabalhar, era através da prática que as crianças aprendiam e os trabalhos domésticos e eram considerados uma forma comum de educação. Os colégios eram reservados a um pequeno número de crianças, desta forma não havia preocupação coma educação igualitária de todas as crianças, tampouco em como estas crianças se desenvolveriam.
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009)27, em seu Artigo 4º, definem a criança como:
“sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivência, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura” (BRASIL, 2009). 
	A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que indica o conjunto de conhecimentos, competências e habilidades que devem ser aprendidas e desenvolvidas durante a Educação Básica. A Educação Infantil na BNCC foi aprovada em dezembro de 2017, após um processo de desenvolvimento democrático e colaborativo, contou-se com contribuições de educadores, especialistas e toda a sociedade. A BNCC foi Normatizada pelo Conselho Nacional de Educação, e passará a valer nas escolas e creches a partir de 2020. Em 2018, os estados firmaram regime de colaboração com os municípios para a construção dos currículos dos territórios alinhados à BNCC. Até junho de 2019, 22 territórios já contam com novos referenciais curriculares alinhados à BNCC. Este ano, o próximo passo da implementação da BNCC será a formação continuada dos professores. Existe um comitê especial encarregado de acompanhar a implantação da nova base nas escolas públicas e privadas.
A base nacional comum curricular (BNCC) DE 2018, vem dizer que:
Na Educação Infantil, as aprendizagens essenciais compreendem tanto comportamentos, habilidades e conhecimentos quanto vivências que promovem aprendizagem e desenvolvimento nos diversos campos de experiências, sempre tomando as interações e a brincadeira como eixos estruturantes. Essas aprendizagens, portanto, constituem-se como objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. (BRASIL,2018)
A BNCC vem garantir para a etapa da educação infantil que as crianças tenham seus direitos de desenvolvimento e aprendizagem, de maneira que todas elas tenham oportunidades de aprender e se desenvolver, nela estão definidos seis direitos fundamentais para as crianças de 0 a 5 anos: conviver, brincar, participar, explorar, expressar, conhecer-se. Além disso, trás dois eixos estruturantes para a prática pedagógica na Educação Infantil, (interações e brincadeiras).
	Quanto a organização curricular a BNCC apresenta cinco campos de experiência, com objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dentro dos Campos há objetivos de aprendizagem que são divididos em três grupos etários (bebês de zero a 1 ano e 6 meses, crianças bem pequenas de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses e crianças pequenas 4 anos a 5 anos e 11 meses), são eles, 1-o eu, o outro e o nós; O primeiro dos Campos de Experiência proposto pela BNCC trata sobre a construção da identidade, da subjetividade, das relações interpessoais, do respeito próprio e do grupo, da sensação de pertencer a um grupo, pois entende-se que a convivência com outras pessoas faz com que as crianças construam uma maneira própria de agir, pensar e sentir. Elas começam a ver e a entender que existem outros modos de vida e pontos de vista diferentes, ao mesmo tempo, elas constroem sua autonomia e senso de reciprocidade, autocuidado e interdependência com o meio. Deste modo, o ideal é criar oportunidades para que os pequenos entrem em contato com outros grupos sociais e culturais.
	As atividades que podem ser propostas pelo professor com os alunos de 4 anos a 5 anos e 11 meses podem ser: Foto da família, Pintura corporal, Boneco Amigo da Turma / processo de construção, Brincadeiras diversas: De quem é? Quem está aqui? Cadê minha foto? Espelho (O que vejo? Como sou?), Escolha do nome da turma, Caixa Surpresa (com objetos significativos da criança), Representação de silhuetas de cada criança e pertences pessoais, eventos / Datas comemorativas.
	Estas são algumas atividades que podem ser elaboradas com as crianças, tendo em vista que, no decorrer dessas experiências, elas possam desenvolver a forma como percebem a si mesmas e ao outro. Assim, passam a valorizar a sua própria identidade sem desconsiderar e desrespeitar os outros.
	2. Corpo, gestos e movimentos; Nesse campo de experiência, o corpo da criança ganha centralidade, a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, fazem com que as crianças possam interagir umas com as outras e se expressarem na mistura entre corpo, emoção e linguagem, pois é assim que elas interagem e constroem entendimento sobre si e sobre o meio social e cultural. 
3. Traços, sons, cores e formas;
Neste campo as crianças podem vivenciar momentos diversificados, través de várias formas de linguagens e expressões, por meio do contato com várias manifestações culturais, artísticas e científicas no cotidiano da escola, essas experiências auxiliam para que ainda bem pequenos, desenvolvam senso crítico e estético. Além disto, elas aprimoram o conhecimento de si mesmas,dos outros e da realidade na qual estão inseridas. Assim, a Educação Infantil precisa propiciar a atuação das crianças em práticas que envolvem música, dança, teatro, artes visuais e audiovisual. A finalidade é contribuir para o desenvolvimento da criatividade, da 
sensibilidade e da expressão pessoal.
	4. Escuta, fala, pensamento e imaginação; As crianças estão envolvidas desde o nascimento em situações comunicativas cotidianas com as pessoas que fazem parte do seu dia a dia. Ainda bebês eles se comunicam com os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro, e os adultos interpretam essa comunicação. Ao longo da educação infantil, é preciso incentivar os pequenos a ouvir e a falar, através de experiências que estimulam sua participação na cultura oral, escutando histórias, participando de conversas e ouvindo narrativas em múltiplas linguagens que a criança se estabelece ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. Pouco a pouco, as crianças vão aumentando e melhorando seu vocabulário e os outros recursos de expressão e de entendimento, assumindo a língua materna, que então se torna, gradualmente, seu modo principal de comunicação.
	5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações; As crianças apresentam curiosidades sobre o mundo, com seu próprio corpo, os animais, as plantas, o clima e as transformações da natureza. Da mesma forma acontece com o mundo meio social, a cultura, e elas buscam compreender estas relações sociais e de familiaridade entre as pessoas que conhecem.
Segundo Zilma Oliveira, em campos da experiência, 2018, os campos da experiência:
Os campos de experiências reconhecem que a imersão das crianças em práticas sociais e culturais criativas e interativas promove aprendizados significativos. São um arranjo curricular que organiza e integra brincadeiras, observações, interações que acontecem na rotina da creche/escola. Dão intencionalidade para as práticas pedagógicas e colocam a criança no centro do processo. (Brasil 2018)
Desse modo, a Educação Infantil deve proporcionar momentos em que as crianças façam observações, manuseiem objetos, averíguem e descubram seu meio, construam hipóteses e recorram as fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades.
	O contato com essas experiências é primordial para que a criança perceba a diversidade do mundo em que ela vive. É importante também para que desenvolva senso estético e crítico.
	O professor é o principal agente de realização da BNCC na Educação Infantil. Serão vários os desafios que os profissionais enfrentarão e deverão aprender a desenvolver as competências do aluno, e garantir todos os direitos de aprendizagem, a formação dos docentes, precisa estar atenta às demandas do século XXI e às necessidades dos alunos. Isso condiz a receber uma formação contextualizada e que privilegia o protagonismo estudantil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Tendo em vista os aspectos observados, acreditamos que a BNCC vem para contribuir de forma significativa para a formação das crianças.
	Na BNCC a educação infantil vem com ênfase na valorização do desenvolvimento integral, nos aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos, são fatores que se tornam-se substanciais quando se apresentam comprometidos com os direitos de aprendizagem e de desenvolvimento, pois a BNCC entende que para a criança, esse processo é ainda mais intenso, especialmente as crianças bem pequenas que saem de suas zonas de conforto, veem-se em outros ambientes diferentes dos seus lares pela primeira vez e logo são estimuladas a participar de outras rotinas, outras regras e a conviver num coletivo com adultos e crianças inicialmente estranhos para elas.
	Especialmente o professor nessa fase, tem forte contribuição para que ele consiga desenvolver conhecimentos expressivos. Para que os direitos de aprendizagem presentes na BNCC sejam aplicados na educação infantil utilizando os campos de experiência é necessário que o professor desenvolva brincadeiras que valorizem o aprendizado sem perder o teor de diversão e lazer. 
	Por isso, o papel do professor é fundamental no andamento das atividades na Educação Infantil, pois ele é o mediador entre a criança e o conhecimento. Assim sendo, é extremamente necessário que esse profissional esteja em uma constante busca por aprender sobre o desenvolvimento de crianças e a forma como elas veem e sentem o mundo, criando oportunidades para elas manifestarem seus pensamentos, linguagem, criatividade, reações, imaginação, ideias e relações sociais. Já as habilidades desse educador é saber a tênue diferença entre brincar e ensinar, já que é brincando que as crianças amadurecem, exploram o ambiente e refletem sobre as formas culturais onde vivem. 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF, 2017. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79601-anexo-texto-bncc-reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192. Acesso em out. 2019 (etapa da Educação Infantil – p. 33)
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF, 2017. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79601-anexo-texto-bncc-reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192. Acesso em out. 2019 (etapa da Educação Infantil – p. 42)
OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos. Campos de experiência: efetivando direitos e aprendizagens na educação infantil. Ministério da Educação. São Paulo: Fundação Santillana, 2018. Disponível em: http:
//movimentopelabase.org.br/acontece/os-campos-de-experiencia-da-educacao-infantil/ Acesso em: out. 2019. (campos da experiência – p.11)

Continue navegando