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Farmacotécnica FORMA FARMACÊUTICA “Corresponde ao tipo de apresentação do medicamento. A forma farmacêutica é, geralmente, indicativa da consistência ou do estado físico do medicamento e também do modo de dosificação do mesmo”. É o resultado de várias operações a que se submetem as substâncias medicamentosas a fim de facilitarem a sua posologia, administração, mascarar os caracteres organolépticos e assegurar a ação desejada. Classificação das formas farmacêuticas quanto à forma: Formas farmacêuticas sólidas Pós: talcos, envelopes (saches) Cápsulas: gelatinosas duras e moles, e amiláceas Comprimidos: convencional, mastigáveis, com revestimento (comprimidos revestidos e drágeas), com liberação modificada. Formas farmacêuticas líquidas Soluções aquosas, alcoólicas e hidroalcoólicas, nasais, otológicas, oftálmicas. Xaropes Elixires Suspensões Formas farmacêuticas semi-sólidas Pomada Creme Gel Creme/gel Pastas Gel transdérmico Formas farmacêuticas sólidas plásticas Supositórios Óvulos Velas Classificação das formas farmacêuticas quanto à contaminação microbiana: Estéreis: obrigatoriamente os medicamentos administrados por via oftálmica ou injetável (com ou sem absorção). Não estéreis: demais medicamentos obedecendo aos parâmetros de contaminação microbiológica exigidos por lei. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DO FÁRMACO Via de Administração ≠ Local de Absorção. A via de administração é a maneira pela qual a droga é introduzida no organismo. VIAS ENTERAIS: trato gastrointestinal - TGI (através da boca) Oral: peroral (per os)*= boca Mucosa gástrica: não é o local primordial da absorção do TGI Mucosa do Intestino Delgado: Principal setor de absorção no T.G.I., devido a sua extensa superfície de absorção (vilosidades e dobras): 200m². Sublingual: embaixo da lingua Evita a passagem pelo fígado Evita a ação do suco gástrico Absorção muito rápida para substâncias lipossolúveis Imprópria para substâncias irritantes e de sabores desagradáveis Retal: ânus Velocidade de absorção menor (não tem vilosidades) A droga não sofre a ação metabólica do fígado Mucosa Retal: Absorção => Plexo hemorroidário => Veia Cava => Coração => Circulação Usada para: pacientes inconscientes, pacientes com náuseas e vômitos, Lactentes. VIAS TÓPICAS: pele e mucosas Via cutânea pele/epidérmica (tópica): superfície da pele transdérmica: é aplicada sobre a superfície da pele mas tem efeito sistêmico Via respiratória intranasal: mucosa nasal pulmonar: mucosa traqueal e brônquica, alvéolos pulmonares e pulmão - Via genitourinária uretral: mucosa uretral vaginal: mucosa vaginal - Via ocular intra-ocular: olho (conjutiva ocular) VIAS PARENTERAIS: outro que não gastrointestinal (por injeção) - Sem absorção: direto no local de ação intravenosa: veia intra-arterial: artéria intracardíaca: coração intra-espinhal ou intratecal: medula intra-óssea: osso intra-articular: articulação intra-sinovial: área do líquido articular - Com absorção: Droga => Líquido intersticial => Endotélio vascular => Circulação Obs: cada mm2 de músculo possui 2.500 capilares. Nesta via não se deve usar grandes volumes de líquidos. intramuscular: músculo subcutânea: abaixo da pele intracutânea ou intradérmica: pele VIAS DE ADMINISTRAÇÃO X FORMAS FARMACÊUTICAS PRINCIPAIS ORAL: Comprimidos, Cápsulas, Soluções, Xaropes, Elixires, Suspensões, Géis, Pós. SUBLINGUAL: Comprimidos, Pastilhas, Gotas. PARENTERAL: Soluções, Suspensões. EPIDÉRMICA/TRANSDÉRMICA: Pomadas, Cremes, Géis, Pastas, Emplastros, Pós, Aerossóis, Loções, Adesivos Transdérmicos (Patches), Soluções. CONJUNTIVAL: Inseridos na Lente de Contato, Pomadas. OCULAR/AURICULAR: Soluções, Suspensões, Pomadas. NASAL: Soluções, Sprays, Inalantes, Pomadas. PULMONAR: Aerossóis. RETAL : Soluções, Pomadas, Cremes, Supositórios. VAGINAL: Soluções, Pomadas, Cremes, Espumas, Géis, Comprimidos, Inserções: Óvulos e Esponjas URETRAL: Soluções, Velas Fonte: ANSEL, Howard C.; POPOVICH, Nicholas G.; ALLEN JR, Loyd V. Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 5.