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2 Olá estudante de Direito, obrigado pelo download deste eBook Tempo sempre foi uma das coisas mais preciosas em nossas vidas, ainda mais nos dias em que vivemos o tempo é curto e muito valioso! Devido a isso tivemos a ideia de reunir todo o nosso conhecimento para produzir um conteúdo organizado, estruturado e com linguagem fácil. Desta forma o teu aprendizado será muito mais rápido e eficiente // Didática deste eBook: Didática Organizada Matéria organizada e estruturada para ter uma linha de raciocínio e o melhor entendimento sobre o conteúdo Aprendizado Rápido Aprenda direito e aprenda rápido, não perca tempo com o que não traz resultado Linguagem Fácil Nem sempre a formalidade e a linguagem rebuscada ajuda, principalmente quando vamos aprender algo que ainda não sabemos Qualquer dúvida, sugestão, crítica ou feedback que tiver, por favor, envie em nosso e-mail: formulajuridicacontato@gmail.com Curta nossa Página do Facebook e envie uma mensagem em nossa página para fazer parte de nosso grupo de estudos do Whatsapp “O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo” 3 DIREITO CIVIL Antes de iniciar o conteúdo é importante enxergar em qual parte estamos na linha do tempo do estudo do Direito Civil No Direito Civil Parte Geral se estuda: Pessoa, Bem e Atos Jurídicos (Atos Jurídicos “lato sensu; Aquisição e Extinção e Negócios Jurídicos (Ato ilícito e Contratos) No Direito das Obrigações se estuda a obrigação entre as pessoas No Direito Contratual ou Contratos em Espécie se estuda o vínculo das obrigações estipuladas entre pessoas No Direito das Coisas ou Direito Real, estudamos o vínculo entre pessoa e objeto No Direito da Família, se estuda o vínculo entre pessoas e pessoas ♥ Agora, no Direito das Sucessões, iremos estudar a transmissão de bens, direito e obrigações em razão da morte de alguém (Art. 1784 ao 1856 CC) PARTE 1 - Da Sucessão em Geral e Sucessões Legítima TÓPICO 1 – NOÇÕES DE HERANÇA Depois de tudo que estudamos, desde o nascimento de uma pessoa, do relacionamento dela com outras pessoas e coisas, o que falta estudarmos dentro do CC é a morte Logo neste início já grave essa nomenclatura que é muito utilizada em sucessões: de cujus : aquele de cuja a morte se trata Lembrando: a morte pode ser real (regra) ou ficta (morte presumida – Art. 7º CC) Direito das Sucessões é um campo específico do Direito Civil em que estuda a transmissão de bens, direitos e obrigações em razão da morte de uma pessoa Assim sendo, Sucessão é a substituição da titularidade de tudo o que o de cujos tinha para outra(s) pessoa(s), ou seja, assume o lugar do falecido SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA SERÁ ESTUDADA NO SEGUNDO EBOOK DE DIREITO DAS SUCESSÕES A sucessão pode se dar a Título Universal ou a Título Singular: A primeira chamada Sucessão a Título UNIVERSAL acontece quando, pela morte, se transmite uma universalidade de bens, ou seja, a totalidade de um patrimônio, não importando a quantidade de herdeiros. O objeto desse tipo de sucessão chama-se herança O segundo chamada de Sucessão a Título SINGULAR ocorre por testamento, o testador deixa uma pessoa com um bem certo e determinado de seu patrimônio, criando, então, a figura do legatário Art. 1.784 CC - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários A herança é um somatório, em que se incluem os bens e as dívidas, os créditos e os débitos, os direitos e as obrigações, as pretensões e ações de que o falecido era titular A transmissão da herança é no momento da morte. Isso é muito importante porque podem ocorrer alguns efeitos, como por exemplo, o da comoriência (Art. 8º CC) Comoriência - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma hora, sem saber quem faleceu primeiro, serão presumido mortos simultaneamente. Desta forma, se os comorientes forem herdeiros entre si e falecerem em uma situação que não tem como saber quem morreu primeiro, abre-se duas linhas de sucessão distintas sem que um dos comorientes herde do outro para depois passar a sua herança aos seus sucessores 4 OBS.: Os deveres são herdados somente até o limite da herança. Acontece dessa forma para que o patrimônio dos herdeiros não seja afetado (Art. 1792 CC) OBS².: Um efeito importante que pode ocorrer no momento da transmissão da herança é o Principio do SAISINE (Art. 1787 CC): Determina que a lei vigente seja aplicada ao tempo da morte à sucessão e a legitimação para suceder. Deste modo, se o evento morte ocorreu na vigência do Código Civil de 1916, essa será a norma que deverá ser aplicada Grave na Memória¹: O acervo dos bens deixados pelo falecido denomina-se espólio, trata de uma massa de bens sem personalidade jurídica Grave na Memória²: Art. 1785 CC - O lugar da abertura da sucessão ocorre no último domicílio do falecido, sendo esse o foro competente para processar o inventário e proceder a partilha. Porém como sempre, há exceções!! Importante lembrar que os bens situados no Brasil serão partilhados aqui, ainda que o último domicílio ou a morte da pessoa tenha ocorrido no exterior. Caso o de cujus não tivesse domicílio certo, o foro competente será o da situação dos bens, Se houver vários bens em foros diferentes, poderá ser feito em qualquer um deles e se não houver bens imóveis será o foro de qualquer um dos bens do espólio. (artigo 23, II e 48, ambos do CPC) Noções de Herança CAPACIDADE SUCESSÓRIA Capacidade sucessória é a aptidão para receber os bens deixados pelo de cujus Pressupostos da capacidade sucessória: 1. Morte do de cujus 2. Sobrevivência do herdeiro 3. O herdeiro precisa pertencer à espécie humana 4. O herdeiro tem que ter: Parentesco, Casamento, União Estável ou Testamento OBS.: No momento da morte, se o herdeiro já estiver falecido, transmite a herança para o próximo herdeiro OBS².: Pessoa Jurídica só pode herdar por Testamento OBS³.: Desta forma, a sucessão se abre com a morte do de cujus, mas, se ocorrer isso e a mulher do de cujus estiver grávida, quando nascer o bebe, se estiver vivo irá herdar a parte dele, se estiver morto a herança será distribuída entre os outros herdeiros Delação Sucessória – É o lapso de tempo entre a abertura da sucessão e a declaração da sucessão Pessoas que NÃO podem ser nomeadas Herdeiras nem Legatárias: A pessoa que escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos As testemunhas do testamento O concumbino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 5 anos O tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como os que fizer ou aprovar o testamento 5 Noções de Herança EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO Causas que pode haver a exclusão por indignidade e que autorizam a exclusão do herdeiro ou legatário da sucessão (Art. 1814 CC). Tratam-se de casos taxativos e que NÃO admitem interpretação extensiva ou analógica: Os que houverem sido autores ou cúmplices em crime de homicídio doloso ou sua tentativa, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente OBS.: Não se estende, como se viu, aos casos de homicídio culposo, legítima defesa, estado de necessidade, exercício regular de direito, ou seja, em casos que o ato lesivo não é voluntário para efeito de afastar o agente da sucessão Os que, por violência ou fraude, inibiram ou obstaram o decujus de livremente dispor de seus bens por ato de última vontade Os que acusarem o de cujus caluniosamente em juízo ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro OBS.: Para Carlos Maximiliano, não é necessária a condenação do herdeiro, bastando que este haja provocado ação penal. Para Maria Helena Diniz e Washington de Barros Monteiro, a prática de crimes contra a honra do herdeiro só ficará comprovada se houver prévia condenação do indigno no juízo criminal Declaração Jurídica da Indignidade Para a Exclusão do Herdeiro por Indignidade, é imprescindível que prévia declaração judicial, proferida em ação ordinária, movida contra o herdeiro por quem tenha legítimo interesse na sucessão, ou seja, por herdeiros ou legatários, credores, etc. O MP não possui legitimação para essa ação. O PRAZO para a propositura da ação declaratória de indignidade é de 4 ANOS contados da abertura da sucessão, sob pena de decadência (Art.1815 CC) Efeitos da Indignidade Os descendentes do indigno sucedem-no por representação, como se ele já fosse falecido na data da abertura da sucessão (Art. 1816 CC) O indigno não terá direito ao usufruto e à administração dos bens que a seus filhos menores houverem na herança ou à sucessão eventual desses bens (Art. 1816 e § único do CC) O indigno, apurada a obstação, ocultação ou destruição do testamento por culpa ou dolo, deve responder por perdas e danos. Não obstante sua exclusão na sucessão, o excluído da sucessão poderá representar seu pai na sucessão de outro parente, já que a pena deve ser considerada restritivamente Noções de Herança ACEITAÇÃO DA HERANÇA (Art. 1804 e 1805 CC) Ato Jurídico pelo qual o herdeiro manifesta o seu desejo de receber o acervo hereditário Há 3 Espécies de Aceitação da Herança: EXPRESSA – Manifestada positivamente por intermédio de declaração escrita por instrumento público ou particular TÁCITA – Aquela que decorre da prática de atos próprios da qualidade de herdeiro PRESUMIDA – Se algum interessado saber se o herdeiro aceitará ou não a herança (ex.: credor do herdeiro) poderá requerer ao Juiz, após 20 dias da abertura da sucessão que dê ao herdeiro prazo razoável não maior de 30 dias para que se pronuncie se aceita ou não a herança. O silêncio é tido como aceito 6 Noções de Herança RENÚNCIA DA HERANÇA É o ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro declara que NÃO aceita a herança que é transmitida. Deve sempre constar expressamente de instrumento público ou de termo judicial (Art. 1806 CC) Art. 1808 c/c Art. 1812 CC - A renúncia não admite condições, termos ou que seja em partes. Tanto a aceitação como a renúncia são atos irrevogáveis Em princípio a Lei diz que ninguém pode suceder o herdeiro renunciante, sendo sua cota acrescida aos herdeiros da sua classe Se todos renunciarem os filhos dos herdeiros irão herdar por serem os mais próximos dos herdeiros e não por serem a cota do herdeiro (Art. 1811 CC) Noções de Herança CESSÃO DA HERANÇA A cessão da herança consiste na transferência parcial ou total do quinhão hereditário que o herdeiro legítimo ou testamentário faz de forma gratuita ou onerosa, que lhe foi atribuída com a abertura da sucessão Requisitos Capacidade do cedente para os atos da vida civil e de disposição de seus bens Abertura da sucessão, pois é vedada a transação de herança de pessoa viva Instrumento público, que é da essência do ato (Art. 1793 CC) Que a cessão seja feita antes da partilha Efeitos O cessionário assume, em relação aos direitos hereditários, a mesma condição jurídica do cedente (Art. 1793, § 1º CC) O cessionário, sucede à título singular e inter vivos O cessionário assume os débitos do espólio atinentes à porção cedida O cedente não responde, em regra pela evicção, salvo se enumerar os bens da herança e estes não existirem, ou se for privado da qualidade de herdeiro, que afirmou ter Os demais herdeiros possuem direito de preferência na aquisição da fração cedida, se se tratar de cessão à titulo oneroso Noções de Herança HERANÇA JACENTE Ocorre quando NÃO houver herdeiro, legítimo ou testamentário ou quando for repudiada pelas pessoas sucessíveis (Art. 1819 CC) Constitui, assim, um acervo de bens arrecadados por morte do de cujus sujeito à administração e representação de um curador a quem incumbem os atos conservatórios (Art. 75, VI do CPC), sob fiscalização judicial durante um período transitório ata sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância (Art. 1819 CC) Declarada a vacância, não prejudica os credores do falecido, que terão o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas nos limites da herança, e tampouco prejudicará os herdeiros que se habilitarem 7 Noções de Herança MODALIDADES DE SUCESSÕES Nesse eBook estudaremos somente a Sucessão Legítima com maiores detalhes, no próximo eBook (Direito das Sucessões – Parte 2) estudaremos a Sucessão Testamentária TÓPICO 2 – SUCESSÃO LEGÍTIMA É a que ocorre quando o falecido possui herdeiros obrigatórios que tem direito a recolher uma parte dos bens; ou quando o testador não dispõe de todos os seus bens; ou quando o testamento caduca ou ainda é considerado inválido Portanto, é possível haver sucessão legítima ainda que exista testamento e, não havendo testamento, a sucessão será deferida de acordo com a ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA A ordem de vocação hereditária é, então, uma relação preferencial, estabelecida na Lei em que as pessoas são chamadas a suceder ao finado Herdeiros necessários: Descendentes, Ascendentes e Cônjuge OBS.: Se a pessoa não tiver descendente, ascendente e cônjuge poderá fazer um testamento do total da herança SUCESSÃO LEGÍTIMA (“ab intertato”) •É aquela que decorre da aplicação da lei (obedecendo a ordem de vocação hereditária) – Hipótese de ausência de testamento válido ou ato de última vontade SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL •É aquela que ocorre quando o herdeiro sucede a totalidade dos bens do falecido, ou parte dele não específica SUCESSÃO DEFINITIVA •É aquela decorrente da morte ou ausência de uma pessoa SUCESSÃO PROVISÓRIA •É a denominação da sucessão do ausente enquanto não contemplado todos os requisitos da ausência SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA Arts 1857 a 1911 CC •É a proveniente de ato de última vontade ou testamento válido. A ordem foi escrita pelo morto quando em vida 8 Há algumas ORDENS DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA: Ordem das CLASSES SUCESSIVAS (Art. 1829 CC) OBS.: Para se aplicar essa ordem de vocação hereditária tem algumas regras Regras para APLICAÇÃO das Classes Sucessíveis 1ª Regra) Uma classe sucessível só é chamada na ausência de herdeiros da classe anterior Ex.: Os ascendentes só irão herdar se o de cujus não tiver descendentes 2ª Regra) Na mesma classe sucessível, os herdeiros mais próximos em grau, excluem os mais remotos, salvo direito de representação Ex.: Quem herda do de cujus são os filhos, não os netos, pois são os mais próximos em grau Ordem do MODO DE SUCEDER Ordem de PARTILHA DA HERANÇA OBS.: Não há representação para ascendente “Art. 1.852 CC - O Direito de Representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente”. Para ascendente a linha sempre se dá por linhas, ou seja, metade para linha materna e metade para linha paterna (Art. 1836 CC § 2 o - Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paternaherdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna) 1ª Classe Sucessível - Descendentes e Cônjuge (Dependendo do regime de bens) 2ª Classe Sucessível - Ascendentes e Cônjuge 3ª Classe Sucessível - Cônjuge 4ª Classe Sucessível - Colateral Por DIREITO PRÓPRIO Ocorre quando todos herdeiros são chamados à sucessão e encontram-se na mesma classe e no mesmo grau Por DIREITO DE REPRESENTAÇÃO Ocorre quando alguns herdeiros são chamados para suceder no lugar de outros Por DIREITO DE TRANSMISSÃO Ocorre depois de aberta a sucessão, sendo transmitida para outra pessoa. Pode ser objeto de negócio jurídico os bens de pessoa morta Por Cabeça Ocorre a partilha na sucessão por direito próprio Por Estirpe Ocorre a partilha decorrente do direito de representação Por Linhas Sucessão dos ascendentes 9 OBS².: Não havendo ascendente, descendente e cônjuge para herdar, quem herdará serão os colaterais, porém estando mortos os irmãos, herdarão os filhos destes, não havendo filhos herdarão os tios (Art. 1843 CC) OBS³.: Quando concorrerem irmãos bilaterais (filhos do mesmo pai e da mesma mãe) com irmãos unilaterais (filhos do mesmo pai ou da mesma mãe), os irmãos bilaterais herdarão o DOBRO do que os irmãos unilaterais herdarem (Art. 1841 CC) Art. 1853 CC – Herança de irmãos e dos filhos destes quando mortos. É a única forma de direito de representação que a legislação aceita na linha transversal. Sendo filhos de irmãos concorrendo com irmãos vivos do de cujus Art. 1843, §2º CC – Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um deste herdará a metade do que herdar cada um daqueles Art. 1814 CC - São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários que praticarem determinados crimes. Ocorre a vacância e a docência da herança, sendo passada para o Município Sucessão Legítima SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE Explicando um pouco sobre a concorrência em cada Regime de Bens do casamento: Regime da Comunhão Universal NÃO HÁ CONCORRÊNCIA do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido, se o Regime de Bens no casamento era o da Comunhão Universal OBS.: Sendo o viúvo ou a viúva titular da meação, não há razão para que seja ainda herdeiro, concorrendo com filhos do falecido Regime da Separação Obrigatória Esse Regime é imposto pela Lei às pessoas que contraírem o matrimônio com inobservância das causas suspensivas, forem maiores de 70 anos ou dependerem de suprimento judicial para casar (Art. 1.641 CC) Essa separação é total e permanente, atingindo inclusive os bens adquiridos na constância do casamento Regime da Comunhão Parcial de Bens NÃO HAVERÁ ainda concorrência do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido numa terceira hipótese cogitada na parte final do inc. I do art. 1.829 do CC: “se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares” HAVERÁ A CONCORRÊNCIA se, no Regime Parcial, o autor da herança deixou bens particulares Regime da Separação Convencional Por não constar das ressalvas do art. 1.829, inc. I do CC, HAVERÁ A CONCORRÊNCIA, ocorrendo o mesmo no que respeita ao Regime da Participação Final dos Aquestos HIPOTESES que o herdeiro NÃO CONCORRE com os descendentes (Art. 1829 e 1830 CC) Se judicialmente separado do de cujus Se, separado de fato há mais de 2 anos, não provar que a convivência se tornou insuportável sem culpa sua Se casado com o de cujus no Regime da Comunhão Universal de Bens Se casado com o de cujus no Regime da Separação Obrigatória de Bens Se casado com o de cujus no Regime de Comunhão Parcial e o autor da herança NÃO houver deixado bens particulares Se casado com o de cujus no Regime da Participação Final nos Aquestos e o autor da herança NÃO houver deixado bens particulares 10 HIPÓTESES em que o cônjuge CONCORRE com os descendentes Casado com o de cujus no Regime da Separação Convencional Casado no Regime da Comunhão Parcial e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares Se casado no Regime da Participação Final nos Aquestos e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares Art. 1.832 CC – Em concorrência com os descendentes (Art. 1.829, I CC) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer Ex.: Se, o casal tinha três filhos, e falece o marido, a herança será dividida, em partes iguais, entre a viúva e os filhos. Assim, o sobrevivente e cada um dos filhos receberão 25% da herança. Porém, se o falecido deixou quatro filhos ou mais, e tendo de ser reservado um quarto da herança para o cônjuge sobrevivente, este receberá quinhão maior, repartindo-se os três quartos restantes entre os quatro ou mais filhos. A repartição da herança por cabeça não irá, portanto, prevalecer nesse caso OBS.: No caso, de descendentes exclusivos do de cujus, isto é, de não serem descendentes comuns, como na hipótese da existência somente de filhos de casamento anterior, o cônjuge sobrevivente não terá direito à quarta parte da herança, cabendo somente a parte a cada um dos filhos Da mesma forma ocorre quando há descendentes comuns e descendentes unilaterais (Corrente adotada pela maioria das Doutrinas) Ex².: No caso de ocorrer a hipótese: A teve 3 filhos com B, depois casou-se pela separação convencional com C e teve mais 2 filhos. Sendo assim com a morte de A, quem irá herdar serão todos os filhos e C por cabeça e na mesma quantia, mesmo que C é ascendente de 2 filhos de A. A Doutrina diz isso, sendo que não há reserva de ¼ neste caso, no qual herda a cota igual por cabeça Sucessão Legítima HERANÇA NA UNIÃO ESTÁVEL Leia e grave muito bem esse artigo e seus incisos: Art. 1790 CC – A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: I – Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho II – Se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles III – Se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a 1/3 da herança IV – Não havendo parentes sucessíveis, terá direito a totalidade da herança OBS.: O companheiro ou companheiro terá direito a METADE dos bens adquiridos onerosamente na constância da união estável (Art. 1725 CC) OBS².: Sendo assim, se todos os bens do de cujus foram adquiridos antes da união estável, a companheira não herdará nada, herdando os bens somente os filhos do de cujus OBS³.: Da mesma forma não receberá a companheira se o de cujus recebeu alguma doação ou herança durante a união estável, mesmo que ele receba uma quantia em dinheiro e compre algo com isso (sub-rogação) 11 Nosso conteúdo de Direito Civil sobre Direito das Sucessões – Parte 1 encerra aqui Esperamos que este eBook ajude em seus estudos. O objetivo desta didática é fazer com que o entendimento do mundo jurídico fique muito mais fácil e que seu aprendizado seja rápido Desta forma você estará acelerando o seu conhecimento, economizando um tempo valioso e se preparando para ser um excelente profissional Aguardo novamente sua visita em nosso site Acesse www.formulajuridica.com/ebooks e estude com mais eBooks como esse Qualquer dúvida, sugestão, crítica ou feedback que tiver, por favor, envie em nosso e-mail: formulajuridicacontato@gmail.com Curta nossa Página do Facebooke envie uma mensagem em nossa página para fazer parte de nosso grupo de estudos do Whatsapp “O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo”
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