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FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO 
CARLOS FUPAC 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANNA LEONNOR NUNES DOS SANTOS E SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADOÇÃO POR CASAL HOMOAFETIVO E O MELHOR INTERESSE DA 
CRIANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERABA (MG) 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADOÇÃO POR CASAL HOMOAFETIVO E O MELHOR INTERESSE 
DA CRIANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina 
“Trabalho de Conclusão de Curso: Elaboração” do 
Curso de Graduação em Direito da Faculdade 
Presidente Antônio Carlos – FUPAC de Uberaba, 
para fins de avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 UBERABA 
 (MG) 2019 
ANNA LEONNOR NUNES DOS SANTOS E SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADOÇÃO HOMOAFETIVA E O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina 
“Trabalho de Conclusão de Curso: Elaboração” do 
Curso de Graduação em Direito da Faculdade 
Presidente Antônio Carlos – FUPAC de Uberaba, 
para fins de avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em / / 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR DA DISCIPLINA 
“TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: ELABORAÇÃO” 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A Constituição Brasileira em seu artigo 226 elencou alguns modelos de família, tais 
como, a família nuclear, constituída por um homem e uma mulher e seus descendentes, e a 
família monoparental sendo constituído por um dos pais e seus descendentes. Porém o artigo 
226 é meramente exemplificaticativo e não taxativo, garantindo, portanto que sejam admitidas 
novas modalidades, criadas pela dinâmica das relações sociais. 
Umas das novas dinâmicas familiares é a família homoafetiva que possui em uma 
relação afetiva entre pessoas do mesmo sexo. 
Para a formação da família também existe a possibilidade de adoção que apenas é 
citada pela a constituição para proteger o adotado de discriminação em relação aos filhos 
consanguíneos. 
Devemos observar também que apesar da proteção existente na constituição e no 
estatuto da criança e adolescente, existem no Brasil milhares de crianças vivem em situação 
de abandono. 
Traz o estudo sobre o instituto da adoção que de acordo com a legislação atual, é a 
inserção da criança ou adolescente em uma família substituta, quando da impossibilidade de 
manutenção destes na família natural. De certo, a colocação em uma família adotiva visa à 
garantia dos direitos fundamentais, dentre estes o direito a convivência familiar, com base, 
sempre, no melhor interesse da criança e do adolescente. 
 A adoção visa estabelecer o parentesco entre pessoas que não possuem laços 
sanguíneos. Ela tem como intuído colocar o adotado que por alguma forma deixou de ter 
ligação com seus antecedentes, em convívio com uma nova família e estabelecê-lo como parte 
desta. Visa-se sempre o melhor interesse do adotado e que tenha um lar, onde possa se 
desenvolver, estabelecer, laços afetivos e se sentir protegido no seio familiar. 
Para apresentar esse tema é necessário que haja uma discussão sobre os direitos já 
conquistados pelos casais homoafetivos como o casamento homossexual, e principalmente as 
dificuldades encontradas por um casal homoafetivo para adoção apenas pelo fato de termos 
uma sociedade preconceituosa e conservadora, que para manter costumes arcaicos acaba 
prejudicando crianças e adolescentes impedindo que elas encontrem uma família. 
A proposta deste projeto de pesquisa é analisar e compreender a dificuldade 
encontrada por casais homoafetivos para conseguir adotar uma criança ou adolescente, e 
quando após ultrapassar todas os desafios encontrados para que a adoção como essa nova vida 
afeta a criança ou adolescente e se realmente essa adoção é o melhor para a criança ou 
adolescente. 
Tendo em vista a pluralidade cultural brasileira, no que se refere a possibilidade de 
adoção por casais homoafetivos, deve prevalecer a liberdade quanto a cor, raça ou sexo, não 
havendo motivo legítimo para retirar de uma criança ou adolescente a chance de ter e viver 
numa família, não lhes pode ser negado o direito ao afeto, ao amor, a felicidade, a vida 
propriamente dita. 
 A par disso, continuar negando as crianças e aos adolescentes a adoção por casais 
homoafetivos, a sociedade estará contribuindo para que muitas continuem na marginalidade e 
no abandono e, quando chegarem a vida adulta aumentarão os índices de criminalidade, pois 
lhe foi negado o direito a uma vida digna 
 O delineamento metodológico para o desenvolvimento desta proposta de trabalho e 
seu posterior desenvolvimento utilizou-se de pesquisa bibliográfica, como ampla consulta a 
livros com temáticas afins e, também, da pesquisa telematizada, com apoio de recursos 
tecnológicos, em especial a internet, que proporcionaram o acesso à legislação e artigos 
atualizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. JUSTIFICATIVA 
 
 
A constituição com o artigo 226 deixa claro que a família é apenas aquelas que são 
formadas da forma convencional pai e mãe e seus descendentes com isso separa uma grande 
parte de famílias que são formadas de forma diferente e não unidas no que pode ser chamado 
de tradicional mas sim pelo afeto que é o que transforma a família. 
A Lei nº 13.509/2017, que altera as regras de adoção a fim de facilitar e acelerar o 
processo, que altera as regras de adoção a fim de facilitar e acelerar o processo, chamada lei 
de adoção nacional também assume uma forma conservadora ao não deixar explicita a adoção 
por casais do mesmo sexo. Desta forma não há nada na referida lei que fale sobre adoção 
homoafetiva assim nada que acrescente neste trabalho, da mesma forma que não há nada no 
código civil e no estatuto da criança e do adolescente. 
Impedir que casais do mesmo sexo adotem crianças ou adolescentes além de punir o 
casal que deseja realizar o sonho de filiação não é só punir esse casal por sua escolha mas 
também punir diversas crianças e adolescentes a um lar verdadeiramente estruturado, e fazer 
com que varias crianças e adolescentes continuem nas ruas ou em casas de assistências, é tirar 
das crianças a oportunidade de crescer sendo amadas e educadas. 
Claramente esse trabalho visa deixar claro que depois de provarem ser capaz de 
preencher todos os requisitos exigidos por lei, o casal homoafetivo ainda tem que transpassar 
mais uma barreira a do preconceito. 
 Dessa forma se um casal homoafetivo exerce todos os deveres de um casal unidos 
pelo afeto, por que encontram dificuldade em exercer seus direitos como casal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. PROBLEMA 
 
 
A adoção de crianças por casais homossexuais é capaz de assegurar a efetivação do 
melhor interesse da criança? 
4. HIPÓTESE 
 
 
Uma criança abandonada pela família ou quando ocorre a destituição da guarda 
da família, ela passa ou a viver na rua sem nenhum tipo de amparo ou em lugares 
destinados ao cuidado do menor sem amparo familiar, por mais que nesses abrigos eles 
possam ser bem cuidados jamais ocorrera um cuidado especifico para a criança ou 
adolescente que sempre precisam de tipos de tratamentos diferenciados que só a família 
é capaz de aprestar, cada criança tem uma necessidade diferente e se um casal pode 
suprir essas necessidade independentedo sexo com certeza ele estará sendo o melhor 
para o interesse da criança. 
 
5. OBJETIVOS 
 
 
5.1 GERAL 
 
 
 Analisar as dificuldades que enfrentam os pares homoafetivos ao ingressarem 
com pedido de adoção até sua efetivação no sistema brasileiro, bem como apresentar os 
conceitos e evolução da família na sociedade e ordenamento jurídico além de analisar o 
instituto da adoção e como este é operado no sistema brasileiro. 
 
 
5.2 ESPECÍFICOS 
 
 
Estudar a lei nº 13.509/2017, que altera as regras de adoção a fim de facilitar e 
acelerar o processo e as dificuldades encontradas por um casal homoafetivo para realizar a 
adoção. 
Compreender a realidade acerca da adoção por casal homoafetivo. 
 
6. REFERENCIAL TEORICO 
 
 
 Nos dias atuais a familia não mais se encaixa no antigo padrão da constituição que 
era pai, mãe e filhos, atualmente família possui um significado mais amplo aonde o que mais 
importa é a afetividade e não a sexualidade de seus membros. 
Nesse contexto, Batptista (2014) expõe que com o sugimento da idustrialização, 
ocorreu o processo de urbanizaçõ acelerada e o surgimento de movimentos de emacipação das 
mulheres. Dai em diante, ocorreram profundas transformações economicas e sociais 
conseguentemeente comportamentais que pusseram fim a instituição familiar nos moldes 
patriarcais. 
No texto da carta magna no seu artigo 1°; inciso III onde a dignidade humana é valor 
fundamental deixa claro que nada diferencia o ser humano devendo todos ser tratados da 
mesma forma sem nenhuma forma de preconceito. 
Esses novos modelos e familia foram se desligando do elemento biologico para dar 
lugar ao vinculos pisicologicos do afeto. 
Neste sentido, é esclarecedor o pensamento de Rosana Amara Girardi Fachin 
(2001,p.56-57): 
 
 
A pluralidade marca a nova geografia familiar do terceiro milênio. Pessoa e família 
podem ser redimensionadas adequadamente, para dar sentido, mediante a realização 
concreta de suas necessidades, à democrática vida em sociedade, com mais justiça e 
menos desigualdade. Esta expressiva mudança revela-se marcante na migração do 
Código à Constituição, isto é, dos direitos civis aos direitos fundamentais. 
 
 
No mesmo sentido, José Bernardo Ramos Boeira (1999, p. 27) diz: 
 
 
A nova família se estrutura nas relações de autenticidade, afeto, amor, diálogo e 
igualdade, não se confunde com o modelo tradicional, quase sempre próximo da 
hipocrisia, da falsidade institucionalizada, valorando a verdade sociológica 
construída todos os dias através do cultivo dos vínculos de afetividade entre seus 
membros.” 
 
 
 
Para a língua portuguesa, adotar “é um verbo transitivo direto” (AURÉLIO, 2004), 
uma palavra genérica, que de acordo com a situação pode assumir significados diversos, 
como: optar, escolher, assumir, aceitar, acolher, admitir, reconhecer, entre outros. 
Quando falamos da adoção de um filho, porém, esse termo ganha um significado 
particular: Nesta perspectiva adotar significa acolher, mediante a ação legal e por vontade 
própria, como filho legítimo, uma pessoa desamparada pelos pais biológicos, conferindo-lhe 
todos os direitos de um filho natural. Para além do significado, do conceito, está a 
significância dessa ação, ou seja, o valor que ela representa na vida dos indivíduos 
envolvidos: pais e filhos. 
A adoção é um ato jurídico solene pelo qual se estabelece um vínculo de paternidade 
e filiação entre o(s) adotante(s) e o adotado, independente de qualquer relação natural ou 
biologica de ambos conhecida como uma filiação civil necessitando de um desejo do adotante 
em trazer para sua familia um alguem que lhe é estranho. 
O tema ainda divide opiniões, mas não existe obstáculo à adoção por homossexuais. 
As únicas exigências para o deferimento da adoção são que apresente reais vantagens para o 
adotado e se fundamente em motivos legítimos (ECA 43) 
Nos termos do artigo 46 do ECA (estatuto da criança e do adolescente) a adoção 
devera ser precetida de estagio de convivencia ou seja o juiz devara fixar um prazo a fim da 
adaptação do adotado com sua nova familia bem como para que se consolide as vontades do 
adotante e adotado. 
 Em seu livro Maria Berenice Dias explica como a criança era prejudicada quando 
ainda não era reconhecida a adoção por casais homoafetivos, sendo que para conseguir 
realizar a adoção apenas um dos parceiros entraria com o pedido, assim alem de só uma das 
partes passava pelo estudo social tornando a habililitação deficiente e incompleta tambem 
tinha o fato de que em caso de separação do casal apenas a parte que adotiu o menor teria 
responsabilidade por ele não dando responsabilidade a outra parte pelo menor do qual ele 
tambem era responsavel, ja no caso de morte daquele que não fez parte do processo de adoção 
o menor não teria direito a sucessão. 
 
 
 
 
De aordo com Maria Berenice Dias (2016, p.837) 
 
 
Vivendo em família homoafetiva e possuindo vínculo jurídico com somente um do 
par, restava absolutamente desamparada com relação ao outro, que também 
considerava pai ou mãe, mas que não tinham os deveres decorrentes do poder 
familiar. O não estabelecimento de uma vinculação obrigacional gerava a absoluta 
irresponsabilidade de um dos genitores para com o filho que também era seu. 
 
 
Conforme Paulo Lôbo, na Constituição atual não há qualquer referência a 
determinado tipo de família, como ocorria com as Constituições anteriores. Com isso está sob 
a tutela constitucional "a família", ou seja, qualquer família. E conclui de modo enfático: a 
interpretação de uma norma ampla não pode suprimir de seus efeitos situações e tipos 
comuns, restringindo direitos subjetivos. A referência constitucional é norma de inclusão, que 
não permite deixar ao desabrigo do conceito de família a entidade familiar homoafetiva. E, na 
inexistência de regra restritiva, é de ser reconhecida a união estável homoafetiva como 
entidade familiar. 
 
O Estado tem para com o cidadão o compromisso do respeito à dignidade humana e 
o aos princípios da igualdade e da liberdade. Quando se dispõe a proteger a todos, veda a 
discrimição e preconceitos por motivos de origem, raça, sexo ou idade e assegura o exercicio 
dos direitos sociais e individuais: direito à liberdade, à segurança, ao bem-estar, ao 
desenvolvimento, à igualdade e a jutiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, 
pluralista e sem preconceitos. Ao elencar os direitos e as garantias fundamentais, proclama 
(CF 5°):todos são iguais peramte a lei,sem distinção de qualquer natureza. 
 
De acordo com Maria Berenice Dias (2011, p.462): 
 
 
Ainda que não haja expressa referência às uniões homoafetivas, não há como deixá-
las fora do atual conceito de família. Passando duas pessoas ligadas por um vínculo 
afetivo a manter relação duradoura, pública e contínua, como se casadas fossem, 
formam um núcleo familiar, independentemente do sexo a que pertencem. A única 
diferença que essa convivência guarda com a união estável entre um homem e uma 
mulher é a inexistência da possibilidade de gerar filhos. Tal circunstância, por óbvio, 
não serve de fundamento para qualquer diferenciação, por não ser requisito para o 
reconhecimento da entidade familiar. 
 
 
 
 Não cabe à sociedade marginalizar a relação homossexual, pois a liberdade não é 
apenas um princípio fundamental aplicado apenas na esfera interna de um Estado, mas sim 
um direito positivado na Declaração dos Direitos Humanos: 
 
Preâmbulo: Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a 
todos os membros e direitos. São dotados de razão e consciência e devemagir em relação uns aos outros com da família humana e de seus direitos 
iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no 
mundo;(...). 
 Artigo I. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e 
direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns 
aos outros com espírito de fraternidade. 
Artigo II. 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as 
liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer 
espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião pública ou de outra 
natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra 
condição. 
Artigo VII. Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer 
distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra 
qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer 
incitamento a tal discriminação .(ONU, 1948) 
 
 
 
 
 O conceito de entidade familiar não pode deixar de fora a união entre pessoas do 
mesmo sexo, voltou a afirmar o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por 
unanimidade, ao julgar a constitucionalidade de uma lei do Distrito Federal (DF). 
 “Quando a norma prevê a instituição de diretrizes para implantação de política 
pública de valorização da família no Distrito Federal, deve-se levar em consideração também 
aquelas entidades familiares formadas por união homoafetiva”, escreveu Moraes em seu voto, 
que foi acompanhado por todos os demais ministros do Supremo. 
 Moraes lembrou que o Supremo já julgou inconstitucional qualquer dispositivo 
do Código de Processo Civil que impeça o reconhecimento da união homoafetiva. Ao fim, foi 
dada interpretação conforme a Constituição para a lei distrital, que passa a abarcar em sua 
eficácia também as famílias formadas pela união de pessoas do mesmo sexo. 
 A maior preocupação quando e fala da adoção por um casal homoafetivo é o 
transtorno pisicologico que poderia ser causado por uma strutura familia dos padrões 
considerados normais pela sociedade. Maria Berenice Dias explica claramente como nada 
diso é verdadeiro sendo apoiado apenas em suposições preconceituosas ja enraizadas na nossa 
cultura. Atraves de suas pesquisas provam que não ha possibilidade de ocorrência de 
disturbios ou desvio de contudas pelo fato de alguem ter dois pais ou duas mães. Não foram 
constatados quaisquer efeitos danosos ao normal desenvolvimento ou à estabilidade 
emocional decorrentes do convívio de crianças com pais do mesmo sexo. Também não há 
registro de dano sequer potencial ou risco ao sadio estabelecimento dos vínculos afetivos. 
Igualmente nada comprova que a falta do modelo heterossexual acarreta perda de referenciais 
a tornar confusa a identidade de gênero. Diante de tais resultados, não há como prevalecer o 
mito de que a homossexualidade dos genitores gere patologias nos filhos. 
 Nada justifica a estigmatizada visão de que a criança que vive em um lar 
homossexual será socialmente rejeitada ou haverá prejuízo a sua inserção social. 
 Identificar os vínculos homoparentais como promíscuos gera a falsa idéia de que 
não se trata de um ambiente saudável para o seu bom desenvolvimento. Assim, a 
insistência em rejeitar a regulamentação da adoção por homossexuais tem por justificativa 
indisfarçável preconceito. 
 De acordo com a legislação brasileira um casal homoaftivo não tem nenhum 
impedimento legal devendo apenas comprovar real vantagem para o adotando de acordo com 
(ECA art 43) A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e 
fundar-se em motivos legítimos. 
 A única mudança será que esse poder parental será conferido aos casais 
homossexuais, cuja capacidade de cuidar de uma criança é igual à de um casal heterossexual, 
como podemos observar no relatório da Ordem dos Psicólogos Portugueses - OPP (2013, 
p.11) “Os pais e mães homossexuais apresentam resultados iguais aos pais e mães 
heterossexuais no que diz respeito às competências parentais, desenvolvendo com as crianças 
relações de qualidade e proporcionando-lhe seguro e favorável ao seu desenvolvimento”. 
Ainda nesse entendimento, Zambrano (2006, p.22), indicou que “não existem diferenças entre 
pais/mães homossexuais e heterossexuais quanto à atenção dedicada aos filhos/as, ao tempo 
passado juntos ou à qualidade da relação entre eles.” 
 Um dos maiores argumentos trazidos a desfavor da homoparentalidade é o fato 
de não saber se a criança terá seu desenvolvimento emocional ou psicológico afetado por ser 
criado por pessoas do mesmo sexo. Várias pesquisas foram realizadas para responder tal 
questão. Crowl, Ahn e Baker, citados pelo relatório da OPP (2013, p.10) realizaram uma 
meta-analise agrupando uma vasta gama de pesquisa envolvendo esse tema, onde foram 
analisados 19 estudos, do qual a observação revelou que as crianças criadas por pais 
homossexuais têm desempenho igual às criadas por pais heterossexuais, e quando houve 
alguma diferença positiva elas eram a favor das crianças de famílias homoparentais 
 A Ordem dos Psicólogos Portugueses (2013, p.20) tratou dessa questão 
analisando os vários estudos realizados nesse sentido. Alguns estudos demonstraram que 
houve a existência de experiências de discriminação de forma negativa para o 
desenvolvimento psicológico da criança, inclusive, com um grande impacto em sua auto-
estima. 
 Outros estudos demonstram resultados mistos, revelando que ocorre a 
discriminação, porém, que há maneiras de amenizar o impacto negativo sobre a criança, como 
o contato com outras crianças filhas de casais homossexuais. (2013, p.21). 
 Há outras pesquisas que demostram não haver impacto negativo pela 
ocorrência de discriminação ou que essas crianças são tão discriminadas como quaisquer 
outras crianças, pelos mais diversos motivos. (2013, p.21). Nesse sentido, analisando tais 
pesquisas a OPP concluiu que o fato de crianças de famílias homoparentais sofrerem 
discriminação não as impede (assim como não impede outras crianças provenientes dos mais 
diversos tipos de famílias, que também sofrem discriminação) de “se desenvolverem 
saudavelmente e manterem relações positivas com os outros, uma vez que existem factores de 
protecção e resiliência que diminuem ou anulam os possíveis efeitos negativos da 
discriminação.” (2013, p.24). é que a criança possa ser influeniada pela sexualidade deoa 
adotantes. De acordo com Zambrano e a OPP, a criança não teria a sua orientação sexual 
influenciada por seus pais homossexuais. A OPP analisou diversos estudos realizados 
envolvendo esse questionamento, um desses estudos foi o trabalho de Golombok e Badger, 
onde foram observados que 18 jovens adultos de famílias homossexuais femininas, uma única 
pessoa se identificou como bissexual, o restante como heterossexual. Zambrano (2006) . 
 Para conseguir descobrir se a adoção homoafetiva atende ao melhor interesse da 
crinça é necessario entender o que realmente siguinifica esse princípio e como ele se 
aprimorou como o passar dos tempos. 
 Houve diversos tratados internacionais sobre direitos humanos que surgiram ao 
longo da históriaque auxiliaram para se chegar ao que se entende hoje pelo Princípio do 
melhor interesse do menor. A Declaração de Genebra em 1924 já enfatizava a importância de 
uma proteção especial para criança. Após a segunda guerra mundial, a Declaração Universal 
dos Direito Humanos trouxe mais expressividade a essa proteção. 
 No entanto, foi com a Declaração dos Direitos da Criança de 1959 que o 
princípio do melhor interesse do menor pôde ser visto em sua forma mais nítida, quando em 
seu texto dispõe que:A criança gozará proteção social e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidades 
facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento 
físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de 
liberdade e dignidade. Na instituição das leis visando este objetivo levar-se-ão em 
conta sobretudo, os melhores interesses da criança. (Declaração dos Direitos da 
Criança, 1959) 
 
 
O mais importante neste caso é que o melhor interesse da criança seja sempre posto 
em primeiro lugar e que independente da sexualidade dos adotantes estes tenham a capacidade 
de passar para o adotado educação e orientação, assim como a oportunidade de uma infância 
saudável e feliz, livres de traumas que a falta de um lar estruturado pode lhe causar. 
A Declaração dos direitos da Criança dispõe sobre isto no Principio 7°: 
 
 
Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua 
educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A 
criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos 
mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em 
promover o gozo deste direito. (Declação dos Direitos da Criança,1959) 
 
 
Com vasta conquista alcançada com esses tratados, o princípio do melhor interesse 
do menor encontra-se no ordenamento jurídico brasileiro, não só no texto da Constituição 
Federal como também na legislação infraconstitucional. Portanto, o artigo 227 da CF dá 
absoluta prioridade ao menor dispondo sobre o dever da família, da sociedade e do Estado de 
assegurar à criança e ao adolescente seus direitos fundamentais, incluindo o direito a 
convivência familiar. O Estatuto da Criança e do Adolescente, por sua vez, trouxe o princípio 
do melhor interesse do menor implícito em todo o seu texto. 
Assim se o melhor interesse criança inclue o direito de uma convivencia familiar 
saudavel fica claro que a adoção homoafetiva atende sim o melhor interrese da crinça desde 
que atenda todas as necesidades para se tornarem aptos à adoção. 
 
 
 
7. METODOLOGIA 
 
 
A utilização da pesquisa bibliográfica é fundamental para alcançar a base teórica 
para a análise da eficácia da pena no cumprimento dos objetivos que a teoria preventiva 
propõe, enquanto a pesquisa telematizada, via internet, viabiliza o acesso e a análise da 
legislação brasileira atualizada, visando encontrar os fundamentos necessários para o estudo 
proposto, o que também exige consultar a jurisprudência. 
8. CRONOGRAMA 
 
 
 
ATIVIDADES AGO 
2019 
SET 
2019 
OUT
2019 
NOV 
2019 
DEZ 
2019 
Levantamento dos possíveis
 temas/ definição do 
tema. 
Demonstrar para análise da professora 
coordenadora os temas pesquisados. 
Contato com o futuro
 professor orientador, para 
trocas de ideias. 
 
 
 
 
 
 
 
X 
 
Pesquisa e seleção das referências 
bibliográficas dos temas definidos. 
Início do projeto de pesquisa com 
leitura dos materiais disponibilizados. 
Criar o problema principal do tema. 
Desenvolver as hipóteses para o 
problema. 
Citar os objetivos principais e 
específicos pertinentes à abordagem do 
tema. 
Definir a metodologia adotada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
X 
 
Descrever o referencial teórico. X x 
9. REFERÊNCIAS 
 
BITTENCOURT, Sávio. A nova lei de adoção: do abandono à garantia do direito à 
convivência familiar e comunitária. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010 
 
BOEIRA, José Bernardo Ramos. Investigação de Paternidade: posse do estado de filho: 
paternidade socioafetiva. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999. 
 
 Como unciona adoção por casais homoafetivos Editorial EPD 
online https://www.epdonline.com.br/noticias/como-funciona-adocao-por-casais-
homoafetivos/1562. Data de acesso: acessado em 21/10/2019 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
 
Declaração dos Direitos Humanos; ONU, 1948. 
 
Declaração de Genebra, 1924. 
 
DIAS, Maria Berenice. Família Homoafetiva: o preconceito e a justiça. 4ed. São Paulo. 
Editora dos Tribunais, 2009. 
 
DIAS, Maria Berenice, Manual de direito das famílias. São Paulo: Revista dos Tribunais 
2011. 
 
DIAS, Maria Berenice, Manual de direito das famílias de aordo com o novo CPC. 11° ed. São 
Paulo: Revista dos Tribunais 2016. 
 
DIUANA, Solange; LADVOCAT, Cynthia. Guia de adoção: no jurídico, no social, no 
psicológico e na família. São Paulo: Roca, 2014 
 
Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990 
 
FACHIN, Rosana Amara Girardi. Em Busca da Família do Novo Milênio: Uma reflexão 
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