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ADUTORAS Saneamento A Profª. Silvana da Silva 1 MATERIAIS DAS ADUTORAS Os materiais devem atender aos seguintes aspectos: • Qualidade da água: não deve prejudicar a qualidade da água • Quantidade de água: alteração da rugosidade com o tempo • Não provocar vazamentos nas juntas • Não provocar trincas, corrosões e arrebentamentos por ações externas e internas; • Pressão de água: devem resistir aos transitórios hidráulicos, sem provocar trincas e vazamentos nas juntas; • Economia: não só custo da tubulação, mas instalação, aspectos construtivos, necessidade de proteção a corrosão, manutenção, etc. 2 PRINCIPAIS MATERIAIS DAS TUBULAÇÕES Materiais metálicos: � Aço � Ferro Fundido Dúctil Materiais não metálicos: � Polietileno de Alta Densidade e Polipropileno (PE e PP) � PVC � Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV) 3 TUBULAÇÃO DE AÇO Vantagens • Alta resistência às pressões internas e externas • Estanqueidade (com junta soldada) • Vários diâmetros e tipos de juntas • Competitivo principalmente em maiores diâmetros e pressões Desvantagens • Pouca resistência à corrosão externa • Precauções para transporte e armazenamento • Cuidados com a dilatação térmica • Dimensionamento das paredes dos tubos quanto ao colapso 4 5 TUBULAÇÃO DE AÇO TUBULAÇÃO DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL • Diâmetros: 16 opções: de 50 a 1200 mm • Comprimento: 6 a 8 m • Classes: K-9, K-7 e 1 Mpa • Revestimento interno com argamassa de cimento • Revestimento externo com zinco e pintura betuminosa • Tipos de juntas: �Elástica �Elástica travada �Mecânica �Flanges 6 7 8 TUBULAÇÃO DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL TUBULAÇÃO DE POLIETILENO • Diâmetros: 30 opções: de 16 a 1200 mm • Comprimento: limitado pelo transporte, até centenas de metros sem juntas (emissários submarinos) • Classes: 8 opções de 32 a 250 mca • Sem revestimento interno ou externo • Leve e flexível • Estanqueidade • Resistência química • Resistência a abrasão • Menor rugosidade • Baixa celeridade (transitórios) • Principais juntas em adutoras: �Solda termoplástica (topo) �Flanges 9 OPERAÇÃO DAS ADUTORAS Condições operacionais: � Condição normal: condição prevista no projeto como manobra de válvulas, enchimento e esvaziamento da adutora, partida e parada do bombeamento, etc. � Regime permanente � Transiente � Condição emergencial: falha operacional de dispositivos � Condição catastrófica: acidente operacional com riscos a vida e/ou danos excepcionais como a ruptura em um ponto baixo. 10 ENCHIMENTO DE ADUTORAS � Condição para enchimento: expulsão plena de ar, com gradativa e lenta admissão de água � Velocidade média para enchimento: 0,3 m/s � Válvulas para expulsão de ar: ventosas 11 ENTRADA DE AR EM ADUTORAS... 12 BLOQUEIO DE ADUTORAS Consiste na paralisação do escoamento, ocasionada pela existência de ar confinado nos pontos altos da adutora. 13 Se Hs + h2 = h1 +h3 + h4 � bloqueio; Se Hs + h2 > h1 + h3 + h4 � há escoamento Bloqueada: h1 + h2= h3 Liberada: h1 + h2 > h3 H1 H2 H3 H4 H3 H2 H1 Hs 14 • Remoção hidráulica de ar: processo no qual o ar é arrastado pelo escoamento; • Remoção mecânica do ar: processo no qual o ar é removido através de válvulas de expulsão de ar (ventosas). PROCESSOS DE REMOÇÃO DE AR EM ADUTORAS VENTOSAS EM ADUTORAS 15 16 ∗ Na parte alta dos sifões ou após um trecho horizontal longo ou com pequena declividade; ∗ Para melhor eficiência do equipamento, os aclives das tubulações, até atingirem a ventosa, devem ser suaves, e os declives após a válvula, acentuados, a fim de acumular melhor o ar nos pontos altos e possibilitar sua expulsão mais facilmente pela ventosa. ONDE INSERIR VENTOSAS EM ADUTORAS 17 ONDE INSERIR VENTOSAS EM ADUTORAS 18 INSTALAÇÃO DE VENTOSAS EM ADUTORAS 19 • Operação de drenagem da adutora: abertura da válvula de descarga acarreta um escoamento de alta velocidade, sendo necessária a sua dissipação. • As descargas são dimensionadas como bocais, em função do tempo de escoamento completo da linha ou trecho. DESCARGA EM ADUTORAS DESCARGA EM ADUTORAS 20 21 DESCARGA EM ADUTORAS Detalhes para o esvaziamento de adutoras DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DAS ADUTORAS � Blocos de ancoragens � Proteção contra corrosão � Proteção contra os transitórios hidráulicos. 22 23 • Tubulações e seus acessórios, além de esforços internos, geram ou podem gerar esforços externos que necessitam ser absorvidos e transferidos a outras estruturas. São esforços que, devido a pressão interna, não se anulam em todas as direções e sentidos. • Esforços externos se originam em curvas, reduções, válvulas fechadas ou parcialmente fechadas, derivações, etc.. • A força a ser absorvida através dos blocos de ancoragem é a resultante da soma dos vetores dos esforços externos. BLOCOS DE ANCORAGEM São estruturas que tem por função absorver e transferir a força resultante dos esforços na tubulação ao solo. BLOCOS DE ANCORAGEM 24 25 Tipos de esforços presentes nas tubulações: • Tensão tangencial, normal a geratriz, causada pela pressão interna do líquido; • Tensão longitudinal, causada pela pressão interna quando há mudança de direção ou obstrução da tubulação; • Tensão longitudinal devida as variações térmicas; • Tensões de compressão e de flexão causadas por: • Peso próprio da tubulação • Peso da água • Cargas externas: pressão da terra de recobrimento, sobrecargas, etc..; • Tensões causadas pelas reações de apoios sobre os quais as tubulações estejam assentadas. BLOCOS DE ANCORAGEM - Esforços 26 BLOCOS DE ANCORAGEM ANCORAGEM DE ADUTORAS EM DECLIVE Assentamento de tubulação aérea: ancoragem tubo por tubo Assentamento de tubulação enterrada com ancoragem por trecho travado 27 Declividade > 20% Declividade > 25% 28 Ancoragem: Casa de máquinas ETA – Sanepar - Too PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO 29 LIMPEZA DE ADUTORAS 30 31 LIMPEZA DE ADUTORAS LIMPEZA DAS ADUTORAS Entrada e saída do “polly-pig” em uma adutora 32 LIMPEZA DAS ADUTORAS Polly-Pig 33 APLICAÇÃO DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA DE CIMENTO 34 MEDIDORES EM CONDUTOS FORÇADOS 35 MEDIDORES EM CONDUTOS FORÇADOS Medidores de vazão 36 MEDIDORES EM CONDUTOS LIVRES 37 TRAVESSIAS ENTERRADAS EM CURSOS D’ÁGUA � Necessitam de outorga � Não devem interferir no corpo hídrico (gerar obstáculo no fundo) � Utilizar preferencialmente tubos de maior resistência mecânica � Envelopamento dos tubos com concreto magro (de baixa resistência) 38 TRAVESSIAS AÉREAS EM CURSOS D’ÁGUA � Necessitam de outorga � Estudo Hidrológico � Não devem interferir no corpo hídrico (construir acima da cota de cheia, com folga) � Diversos tipos de estruturas � Podem ser feitas junto a obras de arte existentes (aproveitando uma lateral por ex.) desde que autorizadas 39 EXEMPLOS DE TRAVESSIAS AÉREAS 40 41 TAREFA � Pesquisar sobre os sistemas de medição em sistemas de abastecimento (condutos forçados): vazão, pressão, volume; � comparar medidores tipo venturi e de orifício; � Intervenção em adutoras em carga.