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Prova discursiva de Língua de Sinais Brasileira - Fael

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QUESTÃO A
A partir do século XV, as pessoas surdas passaram a ser objeto de investigação e estudos aprofundados, quase sempre centrados numa perspectiva clínica, que busca amenizar o que se entende por perda e falta, no caso: a audição. No Brasil foi nos anos 90 do século XX que passou-se a discutir a importância da língua de sinais e as modificações no modo de compreender as vivências e a história dessas pessoas com perdas auditivas. Com tais mudanças, as terminologias a respeito dos sujeitos também sofreram modificações, para tanto, não são mais aceitos termos como: “SURDO-MUDO, SURDINHO, MUDINHO”. Para tratar desses sujeitos com perdas auditivas, há termos específicos aceitos por eles e destacados nas leis.
Destaque por meio de um texto dissertativo quais termos são aceitos para se referir aos sujeitos com perdas auditivas, considerando aqueles que fazem uso da língua de sinais e também aqueles que não necessitam dela para as interações cotidianas. Solicitamos o cuidado com o uso da língua portuguesa formal e de sites e outras fontes não confiáveis. Se fizer uso de outras fontes, cite-as para evitar desconsideração de sua escrita.
A terminologia utilizada para referência em relação às pessoas que não ouvem ou que têm alguma deficiência ligada a este sentido deve ser analisada sob dois aspectos: o clínico e o social.
Sob o ponto de vista clínico, o deficiente auditivo é o indivíduo que sofreu perda leve ou moderada da audição, mas ainda assim, é capaz de ouvir. Já o surdo é o indivíduo que tem uma profunda perda da audição, ou seja, ele não escuta. Estes termos são os termos adotados pela comunidade médica e por profissionais da área.
 Entretanto, fora do âmbito clínico, não devemos nos referir a uma pessoa levando em conta a sua patologia. Um indivíduo não se resume ao seu estado clínico. Há outros aspectos que devem ser considerados, como por exemplo, a antropologia e a cultura. Tais aspectos, baseados em fatos históricos, reforçam a ideia de que o indivíduo com essa diferença (capacidade de audição) não precisa passar por um processo de reabilitação para ser inserido na sociedade. Logo, não havendo distinção clínica, a terminologia a ser utilizada é “surdo”.
O surdo, ou integrante da Comunidade Surda, faz uso da Libras para comunicação. Logo, não há o que se falar em mudo, já que a comunicação é possível, inclusive havendo uma língua reconhecida por Lei. Há surdos que conseguem compreender a língua falada, uma vez que eles utilizam da leitura labial ou são auxiliados por aparelhos auditivos. Outros surdos conseguem utilizar a voz para a comunicação (são chamados comumente de surdos oralizados ou usuários da Língua Portuguesa).
Fontes:
- Silva, Lídia. Língua Brasileira de sinais – Libras. Editora Fael. Curitiba, 2010.
- Desculpe, não ouvi! Disponível em: https://desculpenaoouvi.com.br/terminologias-atuais-para-falar-sobre-deficiencia/. Acesso em 06/11/2019.
- Hand Talk. Disponível em: http://blog.handtalk.me/surdo-ou-deficiente-auditivo/. Acesso em 06/11/2019.

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