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4 UNIVERSIDADE PAULISTA ‘‘PARECER SOBRE O PROBLEMA APRESENTADO’’ ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA SÃO PAULO 2018 6 UNIVERSIDADE PAULISTA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – QUINTO SEMESTRE Projeto de atividade prática supervisionada elaborada no quinto semestre do curso de bacharelado de direito. Orientador(a): Prof.ª. UNIP - ANCHIETA 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. PARECER SOBRE O PROBLEMA ABORDADO 4 3.CONCLUSÃO 6 REFERÊNCIAS 6 INTRODUÇÃO A APS do quinto semestre letivo nos apresentou o seguinte problema: Paulo Petronizildo e Pedro Paulinizildio são sócios em uma sociedade limitada que exerce atividade no setor de oficina mecânica e funilaria. Osvalnidio Perruque, fornecedor de tintas automotivas tem um crédito para receber no valor de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais), referente produtos comprovadamente fornecidos e que não foram pagos. Ele tentou receber por todos os meios amigáveis possíveis, mas não teve êxito. Ele ficou sabendo que Paulo e Pedro venderam todas as máquinas e equipamentos da empresa para um ex-empregado que, em seguida à compra, formalizou um contrato de locação das mesmas máquinas e equipamentos para a oficina mecânica e funilaria que, em razão disso, agora paga aluguel e não é mais proprietária dos bens. O credor fez uma rápida pesquisa na vizinhança e descobriu que essa venda dos bens é fraude, inclusive porque o ex-empregado nem teria recursos para comprar os bens, porque é aposentado, tem a esposa muito doente e vive com poucos recursos para custear todas as suas responsabilidades. Osvalnidio Perruque procura o escritório de advocacia dos membros do grupo para saber como proceder para receber os valores de seu crédito. PARECER SOBRE O PROBLEMA ABORDADO Dado o problema, sabe se que entre a recuperação judicial e a falência ambos institutos são pertinentes da lei 11.101/05, porém seguem designações diferentes, os quais, iremos esboçar nesse breve estudo realizado. A recuperação judicial é um procedimento judicial requerido pela sociedade empresária ou EI no desempenho da atividade há mais de 2 anos, que estiverem em crise financeira reversível, objetivando representar um plano de pagamento aos seus credores trabalhistas, com garantia real ou quirografário (princípio da preservação da empresa). Na recuperação judicial o empresário ou sociedade empresária continua administrando seus bens, sobre fiscalização do administrador judicial. A recuperação não pode ser requerida por credor, a recuperação tem que ser requerida pelo próprio empresário ou sociedade empresária. Na recuperação judicial a empresa visa a recuperação da crise financeira. Já no processo de falência, o falido não administra os seus bens nesse caso a administração fica a cargo do administrador judicial, porém na recuperação judicial o empresário continua administrando sob fiscalização do administrador, sendo apenas afastado se for posteriormente destituído por decisão do juiz e se no plano de recuperação constar que será afastado. Na Falência o empresário ou sociedade empresária é afastado da administração. O falido não administra mais seus bens. Já na falência pode ser requerida pelo próprio devedor na alta falência, porém pode também ser requerida por credor. Na falência será realizada a liquidação de todo o ativo da empresa, satisfazer os credores. O Juiz que arbitra no processo de falência é universal, no caso da recuperação judicial não são atraídas, são propostas na sua competência, caso conste o bem no plano, conforme a Súmula 480 do STJ é no juízo de recuperação. A sentença de falência suspende até o trânsito e julgado no juízo falimentar, já nas ações de recuperação suspende por 180 dias. Sendo assim, Paulo Petronizildo e Pedro Paulinizildo mediante a impossibilidade em realizarem o pagamento ao fornecedor Sr. Osvalnidio Perruque, os sócios simularam a venda dos maquinários da oficina mecânica e funilaria pertencentes da Sociedade Limitada, ocorre que o fato sucedeu mediante a má-fé, que ao realizaram um negócio simulado junto a terceiro com o intuito de fraudarem o patrimônio da sociedade. Essa intenção em fraudar credores é denominada por “atos revogáveis” conforme o (art. 130, LF11.101/2005). Após esgotarem-se as tentativas amigáveis em receber o valor devido o credor Sr. Osvalnidio Perruque, procurou o nosso referido escritório, momento em que obteve o conhecimento de que, nesse caso, ele poderia poder como credor requerer a falência do devedor com base ao fundamento legal do (art. 97, LF11.101/2005) e que caberia uma ação de pedido de falência da Sociedade Limita, fundamentado em ato de falência , do negócio simulado (art. 94, III, b/ LF), que diante do caso concreto apresentado, o juiz poderá decretar por sentencia a falência da empresa, sendo que em momento posterior a ser decretado a quebra da sociedade, desde que respeitando o prazo decadencial de até 3 anos, caberá uma nova ação, denominada por ação revocatória (art. 132, LF11.101/2005), desta forma os bens voltarão para massa falida de acordo com o (art.135, LF11.101/2005). Com a ação revocatória o Sr. Osvalnidio possuirá o direito de requerer seu direito de receber o valor devido, fazendo que o negócio fraudulento seja anulável. 1. CONCLUSÃO De acordo com o problema apresentado, Osvanildo poderá receber o seu crédito sobre a empresa de Paulo e Pedro, a decisão do grupo conclui-se que se pode pedir a falência do estabelecimento empresarial, haja vista o Sr.Osvanildo tem total direito para entrar com o pedido de falência disposto nos artigos abaixo: Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: IV – Qualquer credor. Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: III – Pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: d) Simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor. REFERÊNCIAS BEZERRA FILHO, Manoel Justino. Nova lei de recuperação e falências. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. COELHO, Fábio Ulhoa; Manual de Direito Comercial Direito de Empresa, 2011, Saraiva 23ª Edição, São Paulo-SP
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