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material de estudos maraba

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Prezado(a) Concurseiro (a)
 
Em primeiro lugar queremos lhe dar os parabéns por ter adquirido nossa apostila. 
Como você poderá atestar, trata-se de material didático com alta qualidade de conteúdo, 
abordando de forma clara e precisa os assuntos requeridos para as provas desse concurso.
 
O mundo dos concursos públicos tem ganhado uma importância cada vez maior. 
É surpreendente o número de pessoas que concorrem todos os anos às oportunidades de 
emprego estável, boas condições de trabalho e salários.
 
A nossa equipe preocupa-se em oferecer a
 
você
 
um material de estudo 
especialmente criado para prepara-lo e conduzi-lo ao sucesso.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obrigada pela preferência 
ATENÇÃO
Caro estudante, os conteúdos desta apostila foram baseados nos três ultimos 
concursos da fadesp no estado do pará, ainda não saiu o edital, mas esperar o 
edital é um erro, prepare-se antes com conteúdos comuns aos concursos do 
estado que preparamos especialmente para você
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO: 
 
1. Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não –
 literário, narrativo, descritivo e argumentativo); interpretação e organização interna. 2. 
Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; 
emprego de tempos e modos dos verbos em português. 3. Morfologia: reconhecimento
, emprego e sentido das classes gramaticais; processos de formação de palavras; 
mecanismos de flexão dos nomes e verbos. 4. Ortografia. Acentuação gráfica 4. 5. 
Sílaba; 6. Fonologia: Fonema; Encontros Vocálicos; Encontros Consonantais. 
7. Sintaxe: frase, oração e período. 8. Pontuação. 
 
 
 
 
 
 
 
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 1. O Estado do Pará: geografia, história, principais fatos e acontecimentos do estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Lei orgânica do município de marabá
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1. Leitura e escrita dos números naturais (inteiros e não-negativos). 2. Números pares 
e números ímpares, antecessor e sucessor de um número natural. 3. Conceito de 
dobro, triplo, dezena, centena, dúzia. 4. Operações com números naturais. 5. Conceito 
de fração e operações elementares. 6. Números decimais. 7. Operações elementares 
envolvendo números decimais. 8. Unidades de 
comprimento (centímetro, metro, quilômetro), tempo (hora, minuto e segundo, dia, mês
 e ano) e área (metro quadrado). 9. Problemas envolvendo a nossa moeda, o real. 10. 
Operações numéricas e resoluções de problemas. 
 
Informática
1 windows 
2 powerpoint
3 internet
 LINGUA PORTUGUESA 
 
 Página 1 
 
 
GÊNERO DO TEXTO (LITERÁRIO E 
NÃO LITERÁRIO, NARRATIVO, 
DESCRITIVO E ARGUMENTATIVO) 
 
 
 Elementos de Construção do Texto e 
seu Gênero 
 
As frases produzem significados 
diferentes de acordo com o contexto em que 
estão inseridas. Torna-se, assim, necessário 
sempre fazer um confronto entre todas as partes 
que compõem um texto. Além disso, é 
fundamental apreender as informações 
apresentadas por trás do texto e as inferências a 
que ele remete. Este procedimento justifica-
se por um texto ser sempre produto de uma 
postura ideológica do autor diante de uma 
temática qualquer. 
 
 Denotação e Conotação: Sentido 
denotativo das palavras é aquele encontrado nos 
dicionários, o chamado sentido real e verdadeiro. 
Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de 
um sentido figurado, fantasioso e que, para 
compreensão, depende do contexto. 
 
 Polissemia: São algumas palavras, 
que dependendo do contexto, assumem múltiplos 
significados, como, por exemplo, a palavra ponto: 
ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto 
de cruz... Neste caso, não se está atribuindo um 
sentido fantasioso à palavra ponto, e sim 
ampliando sua significação através de 
expressões que lhe completem e esclareçam o 
sentido. 
 
1.Textos literários e não literários 
 
 Os diferentes tipos de textos devem-se, 
principalmente, às diferenças de finalidade/função 
e ao público destinatário de cada um deles. 
 
Dica: As funções de linguagem na língua 
portuguesa ajudam a diferenciar um texto literário 
de um texto não literário. 
 
 Para perceber se um texto é ou não 
literário, é preciso analisar sua função 
predominante, isto é, qual é o seu objetivo 
principal. Se este for informar algo de modo 
objetivo, de acordo com os conhecimentos que se 
tem da realidade exterior, ou se tiver um 
compromisso com a verdade cientifica, o texto 
não é literário, mesmo que ao elaborar a 
linguagem, seu autor tenha feito uso de figuras de 
estilo, utilizando recursos estilísticos de 
expressão. O texto não literário trata de um 
assunto/problema concreto da realidade. A 
função predominante neste tipo de texto é a 
denotativa. 
 
 Já o texto literário não tem essa 
função nem esse compromisso com a realidade 
exterior: é expressão da realidade interior e 
subjetiva de seu autor. São textos escritos para 
entreter, emocionar e sensibilizar o leitor; por isso 
muitas vezes utilizam a linguagem poética. Esse 
tipo de texto cria uma história ficcional a partir de 
dados da realidade. A função emotiva e a poética 
predominam no texto literário. 
 Os textos literários exploram bastante 
as construções de base conotativa, numa 
tentativa de extrapolar o espaço do texto e 
provocar reações diferenciadas em seus leitores. 
 
Exemplos de textos não literários: notícias e 
reportagens jornalísticas, textos de livros 
didáticos, textos científicos em geral, manuais de 
instrução, receitas culinárias, bulas de remédio, 
cartas comerciais etc. 
 
Exemplos de textos literários: poemas, 
romances literários, contos, novelas, letras de 
música, peças de teatro, crônicas etc. 
 
Perceba que existem publicações que veiculam 
textos dos dois tipos. Os jornais e as revistas, por 
exemplo, que, além de notícias e reportagens, 
contêm fotos, desenhos, charges, passatempos, 
receitas, resenhas, sinopses, resumos, poemas, 
crônicas, editoriais etc. 
 
 2. Interpretação e Organização interna 
 
 
 Os concursos apresentam questões 
interpretativas que têm por finalidade a 
identificação de um leitor autônomo. Portanto, o 
candidato deve compreender os níveis estruturais 
da língua por meio da lógica, além de necessitar 
de um bom léxico internalizado. Para 
ler e entender bem um texto basicamente deve-se 
alcançar os dois níveis de leitura: a informativa e 
de reconhecimento e a interpretativa. A 
primeira deve ser feita de maneira cautelosa por 
ser o primeiro contato com o novo texto. Desta 
leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo 
abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. 
Durante a interpretação propriamente dita, cabe 
destacar palavras-chave, passagens importantes, 
bem como usar uma palavra para resumir a ideia 
central de cada paragrafo. Este tipo de 
procedimento aguça a memória visual, 
favorecendo o entendimento. 
 LINGUA PORTUGUESA
Página 2 
 Não se pode desconsiderar que, 
embora a interpretação seja subjetiva, há limites. 
A preocupação deve ser a captação da essência 
do texto, a fim de responder às interpretações a 
banca considerou como pertinentes. 
 No caso de textos literários, é 
preciso conhecer a ligação daquele texto com 
outras formas de cultura, outros textos e 
manifestações de arte da época em que o autor 
viveu. Se não houver está visão global dos 
momentos literários e dos escritores, a 
interpretação pode ficar comprometida. Aqui não 
se podem dispensar as dicas que aparecem na 
referência bibliográfica da fonte e na identificação 
do autor. 
 
 A ultima fase da interpretação 
concentra-se nas perguntas e opções de 
resposta. Aqui são fundamentais marcações de 
palavras como não, exceto, errada, 
respectivamente e etc que fazem diferença na 
escolha adequada. Muitas vezes, em 
interpretação, trabalha-se com o conceito do 
"mais adequado", isto é, o que responde melhor 
ao questionamento proposto. Por isso, uma 
resposta pode estar certa para responda à 
pergunta, mas não ser a adotada como gabarito 
pela banca examinadora por haver uma outra 
alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar 
que algumas questões apresentam um fragmento 
do texto transcrito para ser a base de análise. 
Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que 
aparentemente pareça ser perda de tempo. A 
descontextualização de palavras ou frases, certas 
vezes, são também um recurso para instaurar a 
dúvida do candidato. Leia a frase anterior e a 
posterior para ter a ideia do sentido global 
proposto pelo autor, desta maneira a resposta 
será mais consciente e segura. 
 
 Podemos, tranquilamente, ser 
bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para 
isso, devemos observar o seguinte: 
 
1 - Ler todo o texto, procurando ter uma visão 
geral do assunto; 
2 - Se encontrar palavras desconhecidas, não 
interrompa a leitura, vá até o fim, 
ininterruptamente; 
3 - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler 
o texto pelo menos umas três vezes ou mais; 
4 - Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas 
entrelinhas; 
5 - Volar ao texto quantas vezes precisar; 
6 - Não permitir que prevaleçam suas ideias 
sobre as do autor; 
7 - Partir o texto em pedações (parágrafos, 
partes) para melhor compreensão; 
8 - Centralizar cada questão ao pedaço 
(parágrafo, partes) do texto correspondente; 
9 - Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado 
de cada questão; 
10 - Cuidado com os vocábulos: destoa (= 
diferente de...), não, correta, incorreta, certa, 
errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; 
palavras que aparecem nas perguntas e que, às 
vezes, dificultam a entender o que se perguntou e 
o que se pediu; 
11 - Quando duas alternativas lhe parecem 
corretas, procurar a mais exata ou a mais 
completa; 
12 - Quando o autor apenas sugerir ideia, 
procurar um fundamento de lógica objetiva; 
13 - Cuidado com as questões voltadas para 
dados superficiais; 
14 - Não se deve procurar a verdade exata 
dentro daquela resposta, mas a opção que 
melhor se enquadre no sentido do texto; 
15 - Às vezes a etimologia ou a semelhança das 
palavras denuncia a resposta; 
16 - Procure estabelecer quais foram as opiniões 
expostas pelo autor, definido o tema e a 
mensagem; 
17 - O autor defende ideias e você deve percebê-
las; 
18 - Os adjuntos adverbiais e os predicativos do 
sujeito são importantissimos na interpretação do 
texto. 
 
Ex: Ele morreu de fome. 
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a 
causa na realização do fato ( = morte de "ele" ). 
 
Ex: ele morreu faminto 
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em 
que "ele" se encontrava quando morreu. 
 
 
 
 Tipos Textuais 
 
 Para escrever um texto, necessitamos de 
técnicas que implicam no domínio de 
capacidades linguísticas. Temos dois momentos: 
o de formular pensamentos (o que se quer dizer) 
e o de expressá-los por escrito (o escrever 
propriamente dito). Fazer um texto, seja ele de 
que tipo for, não significa apenas escrever de 
forma correta, mas sim, organizar ideias sobre 
determinado assunto. 
 
E para expressarmos por escrito, existem 
alguns modelos de expressão escrita: 
Descrição –Narração – Dissertação. 
 
 
Ø Narração : A Narração é um tipo de texto que 
relata uma história real, fictícia ou mescla 
dados reais e imaginários. 
 O texto narrativo apresenta personagens 
que atuam em um tempo e em um espaço, 
organizados por uma narração feita por um 
narrador. 
 É uma série de fatos situados em 
um espaço e notempo, tendo mudança de um 
 LINGUA PORTUGUESA 
 
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estado para outro, segundo relações de 
sequencialidade e causalidade, e não 
simultâneos como na descrição. Expressa as 
relações entre os indivíduos, os conflitos e as 
ligações afetivas entre esses indivíduos e o 
mundo, utilizando situações que contêm essa 
vivência. 
 Todas as vezes que uma história é 
contada (é narrada), o narrador acaba sempre 
contando onde, quando, como e com quem 
ocorreu o episódio. É por isso que numa narração 
predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto 
de ações; assim sendo, a maioria dos verbos que 
compõem esse tipo de texto são os verbos de 
ação. O conjunto de ações que compõem o texto 
narrativo, ou seja, a história que é contada nesse 
tipo de texto recebe o nome de enredo. As ações 
contidas no texto narrativo são praticadas 
pelas personagens, que são justamente as 
pessoas envolvidas no episódio que está sendo 
contado. As personagens são identificadas 
(nomeadas) no texto narrativo pelos substantivos 
próprios. 
 Além de contar onde, o narrador também 
pode esclarecer "quando" ocorreram as ações da 
história. Esse elemento da narrativa é o tempo, 
representado no texto narrativo através dos 
tempos verbais, mas principalmente pelos 
advérbios de tempo. É o tempo que ordena as 
ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor 
"como" o fato narrado aconteceu. 
 
 A história contada, por isso, passa por 
uma introdução(parte inicial da história, também 
chamada de prólogo), pelodesenvolvimento do 
enredo (é a história propriamente dita, o meio, o 
"miolo" da narrativa, também chamada de trama) 
e termina com a conclusão da história (é o final 
ou epílogo). Aquele que conta a história é 
o narrador, que pode serpessoal (narra em 1ª 
pessoa: Eu) ou impessoal (narra em 3ª pessoa: 
Ele). Assim, o texto narrativo é sempre 
estruturado por verbos de ação, por advérbios de 
tempo, por advérbios de lugar e pelos 
substantivos que nomeiam as personagens, que 
são os agentes do texto, ou seja, aquelas 
pessoas que fazem as ações expressas pelos 
verbos, formando uma rede: a própria história 
contada. 
 
Tudo na narrativa depende do narrador, da voz 
que conta a história. 
 
Elementos Estruturais (I): 
 
Enredo: desenrolar dos acontecimentos. 
Personagens: são seres que se movimentam, se 
relacionam e dão lugar à trama que se estabelece 
na ação. Revelam-se por meio de características 
físicas ou psicológicas. Os personagens podem 
ser lineares (previsíveis), complexos, tipos sociais 
(trabalhador, estudante, burguês etc.) ou tipos 
humanos (o medroso, o tímido, o avarento etc.), 
heróis ou anti-heróis, protagonistas ou
antagonistas. 
 
Narrador: é quem conta a história. 
Espaço: local da ação. Pode ser físico ou 
psicológico. 
Tempo: época em que se passa a 
ação. Cronológico: o tempo convencional (horas, 
dias, meses); 
Psicológico: o tempo interior, subjetivo. 
 
 Elementos Estruturais (II): 
 
Personagens - 
Quem? Protagonista/Antagonista 
Acontecimento - O quê? Fato 
Tempo – Quando Época em que ocorreu o fato 
Espaço - Onde? Lugar onde ocorreu o fato 
Modo - Como? De que forma ocorreu o fato 
Causa - Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato 
Resultado - previsível ou imprevisível. 
Final - Fechado ou Aberto. 
 
Esses elementos estruturais combinam-
se e articulam-se de tal forma, que não é possível 
compreendê-los isoladamente, como simples 
exemplos de uma narração. Há uma relação de 
implicação mútua entre eles, para garantir 
coerência e verossimilhança à história narrada. 
Quanto aos elementos da narrativa, esses não 
estão, obrigatoriamente sempre presentes no 
discurso,exceto as personagens ou o fato a ser 
narrado. 
 
Exemplo: 
 
Porquinho-da-índia 
 
Quando eu tinha seis anos 
Ganhei um porquinho-da-índía. 
Que dor de coração me dava 
Porque o bichinho só queria estar debaixo do 
fogão! 
Levava ele pra sala 
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos 
Ele não gostava: 
Queria era estar debaixo do fogão. 
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas... 
- O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira 
namorada. 
 
Observe que, no texto acima, há um 
conjunto de transformações de situação: ganhar 
um porquinho-da-índia é passar da situação de 
não ter o animalzinho para a de tê-lo; levá-lo para 
a sala ou para outros lugares é passar da 
situação de ele estar debaixo do fogão para a de 
estar em outros lugares; ele não gostava: “queria 
era estar debaixo do fogão” implica a volta à 
situação anterior; “não fazia caso nenhum das 
minhas ternurinhas” dá a entender que o menino 
passava de uma situação de não ser terno com o 
animalzinho para uma situação de ser; no último 
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verso tem-se a passagem da situação de não ter 
namorada para a de ter. 
 Verifica-se, pois, que nesse texto há 
um grande conjunto de mudanças de situação. É 
isso que define o que se chama o componente 
narrativo do texto, ou seja, narrativa é uma 
mudança de estado pela ação de alguma 
personagem, é uma transformação de situação. 
Mesmo que essa personagem não apareça no 
texto, ela está logicamente implícita. Assim, por 
exemplo, se o menino ganhou um porquinho-da-
índia, é porque alguém lhe deu o animalzinho. 
 
 
 
 Existem três tipos de foco narrativo: 
 
- Narrador-personagem: é aquele que conta a 
história na qual é participante. Nesse caso ele é 
narrador e personagem ao mesmo tempo, a 
história é contada em 1ª pessoa. 
- Narrador-observador: é aquele que conta a 
história como alguém que observa tudo que 
acontece e transmite ao leitor, a história é 
contada em 3ª pessoa. 
- Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o 
enredo e as personagens, revelando seus 
pensamentos e sentimentos íntimos. Narra em 3ª 
pessoa e sua voz, muitas vezes, aparece 
misturada com pensamentos dos personagens 
(discurso indireto livre). 
 
 Estrutura: 
 
- Apresentação: é a parte do texto em que são 
apresentados alguns personagens e expostas 
algumas circunstâncias da história, como o 
momento e o lugar onde a ação se desenvolverá. 
- Complicação: é a parte do texto em que se 
inicia propriamente a ação. Encadeados, os 
episódios se sucedem, conduzindo ao clímax. 
- Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação 
atinge seu momento crítico, tornando o desfecho 
inevitável. 
- Desfecho: é a solução do conflito produzido 
pelas ações dos personagens. 
 
Tipos de Personagens: 
 
Os personagens têm muita importância 
na construção de um texto narrativo, são 
elementos vitais. Podem 
ser principais ou secundários, conforme o papel 
que desempenham no enredo, podem ser 
apresentados direta ou indiretamente. 
 
A apresentação direta acontece quando o 
personagem aparece de forma clara no texto, 
retratando suas características físicas e/ou 
psicológicas, já a apresentação indireta se dá 
quando os personagens aparecem aos poucos e 
o leitor vai construindo a sua imagem com o 
desenrolar do enredo, ou seja, a partir de suas 
ações, do que ela vai fazendo e do modo como 
vai fazendo. 
 
- Em 1ª pessoa: 
 
Personagem Principal: há um “eu” participante 
que conta a história e é o protagonista. 
Exemplo: 
 
“Parei na varanda, ia tonto, atordoado, as pernas 
bambas, o coração parecendo querer sair-me 
pela boca fora. Não me atrevia a descer à 
chácara, e passar ao quintal vizinho. Comecei a 
andar de um lado para outro, estacando para 
amparar-me, e andava outra vez e estacava.” 
 
 (Machado de Assis. Dom Casmurro) 
Observador: é como se dissesse: É verdade, 
pode acreditar, eu estava lá e vi. 
 
Exemplo: 
 
“Batia nos noventa anos o corpo magro, mas 
sempre teso do Jango Jorge, um que foi capitão 
duma maloca de contrabandista que fez cancha 
nos banhados do Ibirocaí. 
Esse gaúcho desabotinado levou a existência 
inteira a cruzar os campos da fronteira; à luz do 
Sol, no desmaiado da Lua, na escuridão das 
noites, na cerração das madrugadas...; ainda que 
chovesse reiúnos acolherados ou que ventasse 
como por alma de padre, nunca errou vau, nunca 
perdeu atalho, nunca desandou cruzada!... 
(...) 
Aqui há poucos – coitado! – pousei no 
arranchamento dele. Casado ou doutro jeito, 
afamilhado. Não nos víamos desde muito tempo. 
(...) Fiquei verdeando, à espera, e fui dando um 
ajutório na matança dos leitões e no tiramento 
dos assados com couro.” 
 
 (J. Simões Lopes Neto –
Contrabandista) 
 
- Em 3ª pessoa: 
 
Onisciente: não há um eu que conta; é uma 
terceira pessoa. 
 
Exemplo: 
 
“Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a 
fantasiaram de borboleta. Por isso não pôde 
defender-se. E saiu à rua com ar menos 
carnavalesco deste mundo, morrendo de 
vergonha da malha de cetim, das asas e das 
antenas e, mais ainda, da cara à mostra, sem 
máscara piedosa para disfarçar o sentimento 
impreciso de ridículo.” 
(Ilka Laurito. Sal do Lírico) 
 
 
 LINGUA PORTUGUESA 
 
 Página 5 
Narrador Objetivo: não se envolve, conta a 
história como sendo vista por uma câmara ou 
filmadora. 
 
 
 
 Tipos de Discurso: 
 
Discurso Direto: o narrador passa a palavra 
diretamente para o personagem, sem a sua 
interferência. 
 
Exemplo: 
 
Caso de Desquite 
 
__ Vexame de incomodar o doutor (a mão 
trêmula na boca). Veja, doutor, este velho 
caducando. 
Bisavô, um neto casado. Agora com mania de 
mulher. Todo velho é sem-vergonha. 
__ Dobre a língua,
mulher. O hominho é muito 
bom. Só não me pise, fico uma jararaca. 
__ Se quer sair de casa, doutor, pague uma 
pensão. 
__ Essa aí tem filho emancipado. Criei um por 
um, está bom? Ela não contribuiu com nada, 
doutor. Só 
deu de mamar no primeiro mês. 
__Você desempregado, quem é que fazia roça? 
 
Discurso Indireto: o narrador conta o que o 
personagem diz, sem lhe passar diretamente a 
palavra. 
 
Exemplo: 
 
 Frio 
 
 
 O menino tinha só dez anos. Quase meia 
hora andando. No começo pensou num bonde. 
Mas lembrou-se do embrulhinho branco e bem 
feito que trazia, afastou a idéia como se estivesse 
fazendo uma coisa errada. (Nos bondes, àquela 
hora da noite, poderiam roubá-lo, sem que 
percebesse; e depois?... Que é que diria a 
Paraná?) Andando. Paraná mandara-lhe não ficar 
observando as vitrines, os prédios, as coisas. 
Como fazia nos dias comuns. Ia firme e 
esforçando-se para não pensar em nada, nem 
olhar muito para nada. 
 
Discurso Indireto-Livre: ocorre uma fusão entre 
a fala do personagem e a fala do narrador. É um 
recurso relativamente recente. Surgiu com 
romancistas inovadores do século XX. 
 
 
Exemplo: 
 A Morte da 
Porta-Estandarte 
 
Que ninguém o incomode agora. Larguem os 
seus braços. Rosinha está dormindo. Não 
acordem Rosinha. Não é preciso segurá-lo, que 
ele não está bêbado... O céu baixou, se abriu... 
Esse temporal assim é bom, porque Rosinha não 
sai. Tenham paciência... Largar Rosinha ali, ele 
não larga não... Não! 
 
E esses tambores? Ui! Que venham... É guerra... 
ele vai se espalhar... Por que não está malhando 
em sua cabeça?... (...) Ele vai tirar Rosinha da 
cama... Ele está dormindo, Rosinha... Fugir com 
ela, para o fundo do País... Abraçá-la no alto de 
uma colina... 
 
Narrativa e Narração 
 
Existe alguma diferença entre as duas? 
Sim. A narratividade é um componente narrativo 
que pode existir em textos que não são 
narrações. A narrativa é a transformação de 
situações. Por exemplo, quando se diz “Depois da 
abolição, incentivou-se a imigração de europeus”, 
temos um texto dissertativo, que, noentanto, 
apresenta um componente narrativo, pois contém 
uma mudança de situação: do não incentivo ao 
incentivo da imigração européia. 
 
Se a narrativa está presente em quase 
todos os tipos de texto, o que é narração? 
A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três 
características: 
 
- é um conjunto de transformações de situação (o 
texto de Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”, 
como vimos, preenche essa condição); 
 
- é um texto figurativo, isto é, opera com 
personagens e fatos concretos (o texto 
"Porquinho-da-índia" preenche também esse 
requisito); 
 
 
- as mudanças relatadas estão organizadas de 
maneira tal que, entre elas, existe sempre uma 
relação de anterioridade e posterioridade (no 
texto "Porquinho-da-índia" o fato de ganhar o 
animal é anterior ao de ele estar debaixo do 
fogão, que por sua vez é anterior ao de o menino 
levá-lo para a sala, que por seu turno é anterior 
ao de o porquinho-da-índia voltar ao fogão). 
 
Essa relação de anterioridade e 
posterioridade é sempre pertinente num texto 
narrativo, mesmo que a sequência linear da 
temporalidade apareça alterada. Assim, por 
exemplo, no romance machadiano Memórias 
póstumas de Brás Cubas, quando o narrador 
começa contando sua morte para em seguida 
relatar sua vida, a sequência temporal foi 
 LINGUA PORTUGUESA 
 
 Página 6 
modificada. No entanto, o leitor reconstitui, ao 
longo da leitura, 
as relações de anterioridade e de 
posterioridade. 
 
 
Resumindo: na narração, as três 
características explicadas acima (transformação 
de situações, figuratividade e relações de 
anterioridade e posterioridade entre os episódios 
relatados) devem estar presentes conjuntamente. 
Um texto que tenha só uma ou duas dessas 
características não é uma narração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENTIDO E EMPREGO DOS VOCÁBULOS 
Semântica é o estudo do sentido das 
palavras de uma língua. 
Na língua portuguesa, o significado das 
palavras leva em consideração: 
Falaremos, portanto, um pouquinho sobre 
a semântica (parte da gramática que estuda o 
sentido das palavras e da interpretação das 
sentenças e dos enunciados) 
I) Sabemos que as palavras podem associar-se 
de várias maneiras, ou seja, quando as palavras 
se relacionam pelo sentido, temos um campo 
semântico. Não se trata de sinônimos ou 
antônimos, mas de aproximação de sentido num 
dado contexto. 
Ex.: perna, braço, cabeça, olhos, cabelos, nariz -> 
partes do corpo humano 
azul, verde, amarelo, cinza, marrom, lilás – cores 
martelo, serrote, alicate, torno, enxada -> 
ferramentas 
II) As palavras têm de assumir significados 
variados de acordo com o contexto – 
POLISSEMIA. 
Ex.: Ele anda muito. 
Mário anda doente. 
Aquele executivo só anda de avião. 
Meu relógio não anda mais. 
ATENTEM-SE! 
O verbo andar tem origem no latim ambulare. 
Possui inúmeros significados em português, 
portanto polissêmico. 
III) Há sinonímia quando duas ou mais 
palavras têm o mesmo significado em 
determinado contexto. Diz-se, então, que são 
sinônimos. 
Ex.: O comprimento da sala é de oito metros. 
A extensão da sala é de oito metros. 
ATENTEM-SE! 
Em verdade, as palavras são sinônimas em 
certas situações, mas podem não ser em outras. 
Por exemplo, pode-se dizer, em princípio, que 
face e rosto são dois sinônimos: ela tem um belo 
rosto, ela tem uma bela face. Mas não se 
consegue fazer a troca de face por rosto numa 
frase do tipo: em face do exposto, aceitarei. 
IV) A ideia antonímia, o emprego de palavras 
de sentido contrário, requer os mesmos 
cuidados da sinonímia. 
Na realidade, tudo é uma questão de bom 
vocabulário. 
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Ex.: É um menino corajoso. 
É um menino medroso. 
V) Relações de hominínia e/ou paronímia 
* Palavras homônimas ou homônimos são 
palavras que são pronunciadas da mesma forma, 
mas têm significados diferentes. 
Existem três tipos de homônimos: homônimos 
perfeitos, homófonos e homógrafos. 
acender – pôr fogo a 
ascender – elevar-se 
acento – inflexão da voz 
assento – objeto onde se senta 
asado – com asas 
azado – oportuno 
caçar – perseguir 
cassar – anular 
cegar – tirar a visão 
segar – ceifar, cortar 
cela – cômodo pequeno 
sela – arreio 
censo – recenseamento 
senso – juízo 
cerração – nevoeiro 
serração – ato de serrar 
cheque – ordem de pagamento 
xeque – lance do jogo de xadrez 
cidra – certa fruta 
sidra – um tipo de bebida 
conserto – reparo 
concerto – harmonia 
estático – firme, parado 
extático – em êxtase 
espiar – olhar 
expiar – sofrer 
estrato – camada; tipo de nuvem 
extrato – que se extraiu 
passo – passada 
paço – palácio imperial 
incerto – duvidoso 
inserto – inserido 
incipiente – que está no início 
insipiente – que não sabe 
lasso – cansado 
laço – tipo de nó 
remissão – perdão 
remição – resgate 
seda – tipo de tecido 
ceda – flexão do verbo ceder 
taxa – imposto 
tacha – tipo
de prego 
viagem – jornada 
viajem – flexão do verbo viajar 
 
* Palavras parônimas ou parônimos são 
palavras que são escritas de forma parecida e 
são pronunciadas de forma parecida, mas que 
apresentam significados diferentes. 
Ex.: O tráfego era intenso naquela estrada. 
O tráfico de escravos é uma nódoa em nossa 
história. 
As palavras tráfego e tráfico são parecidas, mas 
não se trata de homônimos, pois a pronúncia e a 
grafia são diferentes. 
Tráfego é movimento de veículo; tráfico, 
comércio. 
amoral – sem o senso da moral 
imoral – contrário à moral 
apóstrofe – chamamento 
apóstrofo – tipo de sinal gráfico 
cavaleiro – que anda a cavalo 
cavalheiro – gentil 
comprimento – extensão 
cumprimento – saudação 
conjetura – hipótese 
conjuntura – situação 
delatar – denunciar 
dilatar – alargar 
descrição – ato de descrever 
discrição – qualidade de discreto 
descriminar – inocentar 
discriminar – separar 
despercebido – sem ser notado 
desapercebido – desprevenido 
destratar – insultar 
distratar – desfazer 
docente – professor 
discente – estudante 
emergir – vir à tona, sair 
imergir – mergulhar 
emigrar – sair de um país 
imigrar – entrar em um país 
eminente – importante 
iminente – que está para ocorrer 
estada – permanência de alguém 
estadia – permanência de veículo 
flagrante – evidente 
fragrante – aromático 
fluir – correr; manar 
fruir -desfrutar 
inflação – desvalorização 
infração – transgressão 
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 Página 8 
infligir – aplicar pena 
infringir – transgredir 
mandado – ordem judicial 
mandato – procuração 
prescrever – receitar; expirar (prazo) 
proscrever – afastar, desterrar 
ratificar – confirmar 
retificar – corrigir 
sortir – abastecer 
surtir – resultar 
tráfego – movimento de veículo 
tráfico – comércio 
vultoso – grande 
vultuoso – vermelho e inchado 
 
 
TESTES 
 
1) Devemos alterar, ou seja, ............... agora 
este projeto, porque, após, não serão permitias 
................ 
a) ratificar - ratificações 
b) retificar - retificações 
c) ratificar - retificações 
d) retificar - ratificações 
 
2) ............. as minhas palavras iniciais, pois 
não sou homem de fazer modificações no que 
está feito. Acho que tenho o equilíbrio suficiente 
para não ............ certas normas. 
a) Ratifico - infringir 
b) Ratifico - infligir 
c) Retifico - infringir 
d) Retifico - infligir 
 
3) No .......... do violoncelista ......... havia muitas 
pessoas, pois era uma ......... beneficente. 
a) conserto - eminente - sessão 
b) concerto - iminente - seção 
c) conserto - iminente - seção 
d) concerto - eminente - sessão 
 
4) O submarino .............. do mar. 
a) holandês imergiu 
b) holandez imergiu 
c) holandês emergiu 
d) holandez emergiu 
 
5) .......... sem licença; teve a licença ............ 
a) Caçava - caçada 
b) Caçava - cassada 
c) Cassava - caçada 
d) Cassava - cassada 
 
6) Dê o sinônimo da palavra "propensão": 
a) vontade 
b) tendência 
c) indiferença 
d) firmeza 
e) indisposição 
 
7) Aponte o antônimo do vocábulo "sucinto": 
a) conciso 
b) inerente 
c) ampliado 
d) breve 
e) eficaz 
 
8) Assinale o homônimo de "censo": 
a) senço 
b) cenço 
c) sensso 
d) cenzo 
e) senso 
 
 
RESPOSTAS: 
1-B 2-A 3-D 4-C 5-B 6-B 7-C 8-E 
 
 
 
CAMPOS SEMÂNTICOS 
O campo semântico, é o conjunto de 
possibilidades que uma mesma palavra ou 
conceito tem de ser empregada (o) em diversos 
contextos. O conceito de campo semântico está 
ligado ao conceito de polissemia. 
Uma mesma palavra pode tomar vários 
significados diferente em um mesmo texto, 
dependendo de como ela for empregada e de que 
palavras a acompanham para tornar claro o 
significado que ela assume naquela situação. 
Por exemplo: 
conhecer: ver, aprofundar-se, saber que 
existe, etc. 
bacia: utensílio de cozinha, parte do 
esqueleto humano. 
brincadeira: divertimento, distração, 
passatempo, gozação, piada, etc. 
estado: situação, particípio de estar, 
divisão de um país, etc. 
O campo semântico pode também ser o 
conjunto das maneiras que são utilizadas para 
expressar um mesmo conceito. 
Exemplos: 
Campo semântico em torno do conceito 
de morte: bater as botas, falecer, ir dessa para a 
melhor, passar para um plano superior, falecer, 
apagar, etc. 
Campo semântico em torno do conceito 
de enganar: trapacear, engabelar, fazer de bobo, 
vacilar, etc. 
campo semântico de nota 
Que nota você me daria? 
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Aquela boneca custou uma nota preta! 
campo semântico de pé 
Meu pé está todo machucado. 
Ela bateu o pé. Disse que queria ir e foi. 
campo semântico de bola 
Nunca joguei bola na rua. 
Aquele ali está uma bola. 
campo semântico de morte 
Ele partiu. 
O rapaz lá bateu as botas. 
 
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS DOS 
VERBOS EM PORTUGUÊS 
EMPREGO DE TEMPOS DOS VERBOS 
TEMPO VERBAL informa, de uma 
maneira geral, se o verbo expressa algo que já 
aconteceu, que acontece no momento da fala ou 
que ainda irá acontecer. 
São essencialmente três tempos: 
PRESENTE, PASSADO ou PRETÉRITO e 
FUTURO. 
Os tempos verbais são: 
 PRESENTE SIMPLES (amo) –
 expressa algo que acontece no momento da fala. 
 PRETÉRITO PERFEITO (amei) –
 expressa uma ação pontual, ocorrida em um 
momento anterior à fala. 
 PRETÉRITO IMPERFEITO 
(amava) – expressa uma ação contínua, ocorrida 
em um intervalo de tempo anterior à fala. 
 PRETÉRITO MAIS-QUE-
PERFEITO (amara) – contrasta um 
acontecimento no passado ocorrido anteriormente 
a outro fato também anterior ao momento da fala. 
 FUTURO DO PRESENTE 
(amarei) – expressa algo que possivelmente 
acontecerá em um momento posterior ao da fala. 
 FUTURO DO PRETÉRITO 
(amaria) – expressa uma ação que era esperada 
no passado, porém que não aconteceu. 
O verbo indica um processo localizado no 
tempo. Podemos distinguir: presente, pretérito e 
futuro. 
Tempo presente: exprime um fato que 
ocorre no momento da fala. 
Ex.: Estou fazendo exercícios 
diariamente. 
Tempo passado: exprime um fato que 
ocorreu antes do momento da fala. 
Ex.: Ontem eu fiz uma série de 
exercícios. 
Tempo futuro: exprime um fato que irá 
ocorrer depois do ato da fala. 
Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a 
academia fazer exercícios. 
O pretérito (ou passado) subdivide-se em: 
• Pretérito perfeito: indica um fato 
passado totalmente concluído. 
Ex.: Ninguém relatou o seu delírio. 
• Pretérito imperfeito: indica um processo 
passado não totalmente concluído, revela o fato 
em sua duração. 
Ex.: Ele conversava muito durante a 
palestra. 
• Pretérito mais-que-perfeito: indica um 
processo passado anterior a outro também 
passado. 
Ex.: “... sempre nos faltara aquele 
aproveitamento da vida...” (Mário de Andrade) 
O futuro subdivide-se em: 
• Futuro do presente: indica um fato 
posterior ao momento em que se fala. 
Ex.: Não tenho a intenção de esconder 
nada, assim que seus pais chegarem contarei o 
fato ocorrido. 
• Futuro do pretérito: indica um processo 
futuro tomado em relação a um fato passado. 
Ex.: Ontem você ligou dizendo que viria 
ao hospital. 
Empregos especiais: 
• Presente: 
- pode ocorrer com valor de perfeito, 
indicando um processo já ocorrido no passado 
(presente histórico). 
Ex.: Em 15 de agosto de 1769 nasce 
Napoleão Bonaparte. (nasce
= nasceu) 
- pode indicar futuro próximo. 
Ex.: Amanhã eu compro o doce pra você. 
(compro = comprarei) 
- pode indicar um processo habitual, 
ininterrupto. 
Ex.: Os animais nascem, crescem, se 
reproduzem e morrem. 
• Imperfeito: 
- pode ocorrer com valor de futuro do 
pretérito. 
Ex.: Se eu não tivesse motivo, calava. 
(calava = calaria) 
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• Mais-que-perfeito: 
- pode ser usado no lugar do futuro do 
pretérito ou do imperfeito do subjuntivo. 
Ex.: Mais fizera se não fora pouco o 
dinheiro que dispunha. (fizera = faria, fora = 
fosse) 
- pode ser usado em orações optativas. 
Quem me dera ter um novo amor! 
• Futuro do presente: 
- pode exprimir ideia de dúvida, incerteza. 
Ex.: O rapaz que processou o patrão por 
racismo, receberá uns trinta mil de indenização. 
- pode ser usado com valor de imperativo. 
Ex.: Não levantarás falso testemunho. 
• Futuro do pretérito: 
- pode ocorrer com valor de presente, 
exprimindo polidez ou cerimônia. 
Ex.: Você me faria uma gentileza? 
MODOS DOS VERBOS EM PORTUGUÊS 
MODO VERBAL caracteriza as várias 
maneiras como podemos utilizar o verbo, 
dependendo da significação que pretendemos dar 
a ele. Rigorosamente, 
São três os modos verbais: INDICATIVO, 
SUBJUNTIVO e IMPERATIVO. Porém, alguns 
gramáticos incluem, também como modos 
verbais, o PARTICÍPIO, o GERÚNDIO e o 
INFINITIVO. 
Alguns autores, no entanto, as 
denominam FORMAS NOMINAIS DO VERBO. 
Segundo o gramático Rocha Lima, 
existem algumas particularidades em cada uma 
destas formas que podem impedir-nos de 
considerá-las modos verbais: 
 INFINITIVO: tem características 
de um substantivo, podendo assumir a função de 
sujeito ou de complemento de um outro verbo, e 
até mesmo ser precedido por um artigo. 
 GERÚNDIO: assemelha-se mais 
a um advérbio, já que exprime condições de 
tempo, modo, condição e lugar. 
 PARTICÍPIO: possui valor e 
forma de adjetivo, pois além de modificar o 
substantivo, apresenta ainda concordância 
em gênero e número. 
Mas voltemos aos modos verbais, 
propriamente ditos: 
 INDICATIVO: O verbo expressa 
um ação que provavelmente acontecerá, uma 
certeza, trabalhandocom reais possibilidades de 
concretização da ação verbal ou com a certeza 
comprovada da realização daquela ação. 
 SUBJUNTIVO: Ao contrário do 
indicativo, é o modo que expressa a dúvida, a 
incerteza, trabalhando com remotas 
possibilidades de concretização da ação verbal. 
 IMPERATIVO: Apresenta-se na 
forma afirmativa e na forma negativa. Com ele 
nos dirigimos diretamente a alguém, em segunda 
pessoa, expressando o que queremos que esta(s) 
pessoa(s) faça(m). Pode indicar uma ordem, um 
pedido, um conselho etc., dependendo da 
entonação e do contexto em que é aplicado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RECONHECIMENTO, EMPREGO E 
SENTIDO DAS CLASSES 
GRAMATICAIS 
 
classes de palavras variáveis e 
invariáveis e seus empregos no texto. 
 
Consultando a gramática, descobrimos 
que dentre as partes que a constituem há uma 
que, por excelência, permite-nos tornar 
conhecedores da forma como se estruturam as 
palavras, levando em conta aspectos 
específicos, como é caso das flexões, por 
exemplo. Estamos fazendo referência à 
morfologia, obviamente, aquela responsável por 
nos apresentar acerca das dez classes 
gramaticais. 
Em se tratando delas, das classes 
gramaticais, um dos aspectos que lhes são 
inerentes diz respeito à flexão e não flexão das 
palavras, que, por sua vez, traduz os nossos 
objetivos ao travar essa importante discussão, por 
isso, iremos falar um pouco mais acerca das 
palavras variáveis e das palavras invariáveis. 
Cabe, portanto, ressaltar que as palavras 
variáveis são aquelas que sofrem variações em 
sua forma, o que resulta nas chamadas 
desinências nominais de gênero e de número, 
bem como nas desinências verbais, de modo, 
tempo, número e pessoa. 
Assim, ao revelarmos acerca das 
desinências nominais, já que estamos fazendo 
referência à morfologia, equivale afirmar que elas 
se aplicam às classes gramaticais representadas 
pelo substantivo, artigo, adjetivo, pronome e 
numeral, haja vista que se classificam, 
gramaticalmente dizendo, como nomes. Dessa 
forma, nada melhor que analisarmos alguns 
exemplos, tornando nosso aprendizado ainda 
mais efetivo: 
Ele é um menino esperto – gênero masculino, o 
que nos permite concluir que há a ausência de 
desinência. 
Ela é uma garota esperta – Constatamos agora 
o gênero feminino e a desinência “a”. 
Mário é um rapaz educado – Em se tratando do 
número, afirmamos ser tal elemento demarcado 
no singular, bem como constatamos a ausência 
de desinência. 
Eles são uns rapazes educados – constatamos 
se tratar de um número plural associado à 
presença da desinência “s”. 
Agora, referindo-nos às desinências verbais, 
constata-se que elas são representadas pelas 
desinências de modo e tempo (DMT) e pelas 
desinências de número e pessoa (DNP). 
Observemos então o exemplo que segue: 
Estávamos com muita saudade de todos 
vocês. 
Assim, infere-se que: 
- va – DMT - desinência modo-temporal indicando 
o pretérito imperfeito do modo indicativo. 
- mos – DNP – desinência número-pessoal 
indicando a primeira pessoa do plural (nós). 
Diante de tais elucidações, afirmamos que elas se 
aplicam às chamadas palavras variáveis. 
Para completar nossos estudos acerca do caso 
em questão cumpre afirmar que palavras 
invariáveis, como nos revela o próprio nome, são 
aquelas que não sofrem flexão nenhuma, 
demarcadas pelos advérbios, preposições, 
conjunções e interjeições. 
 
 
CLASSES DE PALAVRAS CLASSIFICAÇÃO E 
EMPREGO: 
 
As palavras são classificadas de acordo 
com as funções exercidas nas orações. 
Na língua portuguesa podemos classificar 
as palavras em: 
 
 Substantivo 
 Adjetivo 
 Pronome 
 Verbo 
 Artigo 
 Numeral 
 Advérbio 
 Preposição 
 Interjeição 
 Conjunção 
 
SUBSTANTIVO: 
 
É a palavra variável que denomina 
qualidades, sentimentos, sensações, ações, 
estados e seres em geral. 
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Quanto a sua formação, o substantivo 
pode ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), 
simples (alface) ou composto (guarda-chuva). 
Já quanto a sua classificação, ele pode 
ser comum (cidade) ou próprio (Curitiba), 
concreto (mesa) ou abstrato (felicidade). 
Os substantivos concretos designam 
seres de existência real ou que a imaginação 
apresenta como tal: alma, fada, santo. Já os 
substantivos abstratos designam qualidade, 
sentimento, ação e estado dos seres: beleza, 
cegueira, dor, fuga. 
Os substantivos próprios são sempre 
concretos e devem ser grafados com iniciais 
maiúsculas. 
Certos substantivos próprios podem 
tornar-se comuns, pelo processo de derivação 
imprópria (um judas = traidor / um panamá = 
chapéu). 
Os substantivos abstratos têm existência 
independente
e podem ser reais ou não, materiais 
ou não. Quando esses substantivos abstratos são 
de qualidade tornam-se concretos no plural 
(riqueza X riquezas). 
Muitos substantivos podem ser 
variavelmente abstratos ou concretos, conforme o 
sentido em que se empregam (a redação das leis 
requer clareza / na redação do aluno, assinalei 
vários erros). 
Já no tocante ao gênero (masculino X 
feminino) os substantivos podem ser: 
 biformes: quando apresentam 
uma forma para o masculino e outra para o 
feminino. (rato, rata ou conde X condessa). 
 uniformes: quando apresentam 
uma única forma para ambos os gêneros. Nesse 
caso, eles estão divididos em: 
 epicenos: usados para animais 
de ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz, 
badejo, besouro, codorniz; 
 comum de dois gêneros: 
aqueles que designam pessoas, fazendo a 
distinção dos sexos por palavras determinantes - 
aborígine, camarada, herege, manequim, mártir, 
médium, silvícola; 
 sobrecomuns - apresentam um 
só gênero gramatical para designar pessoas de 
ambos os sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia, 
testemunha, verdugo; 
Alguns substantivos, quando mudam de 
gênero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o 
corneta X a corneta / o crisma X a crisma / o cura 
X a cura / o guia X a guia / o lente X a lente / o 
língua X a língua / o moral X a moral / o maria-
fumaça X a maria-fumaça / o voga X a voga). 
Os nomes terminados em -ão fazem 
feminino em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa, 
valentona). 
Os nomes terminados em -e mudam-no 
para -a, entretanto a maioria é invariável (monge 
X monja, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a 
estudante). 
Quanto ao número (singular X plural), os 
substantivos simples formam o plural em função 
do final da palavra. 
 vogal ou ditongo (exceto -ÃO): 
acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus); 
 ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS, 
variando em cada palavra (pagãos, cidadãos, 
cortesãos, escrivães, sacristães, capitães, 
capelães, tabeliães, deães, faisães, guardiães). 
Os substantivos paroxítonos terminados 
em -ão fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, 
gólfãos). Alguns gramáticos registram artesão 
(artífice) - artesãos e artesão (adorno 
arquitetônico) - artesões. 
 -EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo 
de -NS (jardim X jardins); 
 -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz 
X raízes); 
-S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES (país 
X países). Os não-oxítonos terminados em -S são 
invariáveis, marcando o número pelo artigo (os 
atlas, os lápis, os ônibus), cais, cós e xis são 
invariáveis; 
-N: -S ou -ES, sendo a última menos comum 
(hífen X hifens ou hífenes), cânon > cânones; 
-X: invariável, usando o artigo para o plural (tórax 
X os tórax); 
-AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X 
animais, barril X barris). Exceto mal por males, 
cônsul por cônsules, real (moeda) por réis, mel 
por méis ou meles; 
IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos, 
trocar -IL por -EIS. (til X tis, míssil X mísseis). 
Observação: réptil / reptil por répteis / reptis, 
projétil / projetil por projéteis / projetis; 
sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar a 
palavra primitiva no plural, retirar o -S e 
acrescentar o sufixo diminutivo (caezitos, 
coroneizinhos, mulherezinhas). Observação: 
palavras com esses sufixos não recebem acento 
gráfico. 
metafonia: -o tônico fechado no singular muda 
para o timbre aberto no plural, também variando 
em função da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X 
bolos). Observação: avôs (avô paterno + avô 
materno), avós (avó + avó ou avô + avó). 
Os substantivos podem apresentar diferentes 
graus, porém grau não é uma flexão nominal. São 
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três graus: normal, aumentativo e diminutivo e 
podem ser formados através de dois processos: 
analítico: associando os adjetivos (grande ou 
pequeno, ou similar) ao substantivo; 
sintético: anexando-se ao substantivo sufixos 
indicadores de grau (meninão X menininho). 
Certos substantivos, apesar da forma, não 
expressam a noção aumentativa ou diminutiva. 
(cartão, cartilha). 
alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola, -az, 
-ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão; 
alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -
ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é 
obrigatório quando o substantivo terminar em 
vogal tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho); 
O aumentativo pode exprimir desprezo (sabichão, 
ministraço, poetastro) ou intimidade (amigão); 
enquanto o diminutivo pode indicar carinho 
(filhinho) ou ter valor pejorativo (livreco, casebre). 
Algumas curiosidades sobre os substantivos: 
Palavras masculinas: 
ágape (refeição dos primitivos cristãos); 
anátema (excomungação); 
axioma (premissa verdadeira); 
caudal (cachoeira); 
carcinoma (tumor maligno); 
champanha, clã, clarinete, contralto, coma, 
diabete/diabetes (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno); 
herpes, hosana (hino); 
jângal (floresta da Índia); 
lhama, praça (soldado raso); 
praça (soldado raso); 
proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como 
gênero vacilante); 
suéter, tapa (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
teiró (parte de arma de fogo ou arado); 
telefonema, trema, vau (trecho raso do rio). 
Palavras femininas: 
abusão (engano); 
alcíone (ave doa antigos); 
aluvião, araquã (ave); 
áspide (reptil peçonhento); 
baitaca (ave); 
cataplasma, cal, clâmide (manto grego); 
cólera (doença); 
derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); 
filoxera (inseto e doença); 
gênese, guriatã (ave); 
hélice (FeM classificam como gênero vacilante); 
jaçanã (ave); 
juriti (tipo de aves); 
libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino); 
sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); 
usucapião (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
xerox (cópia). 
Gênero vacilante: 
acauã (falcão); 
inambu (ave); 
laringe, personagem (Ceg. fala que é usada 
indistintamente nos dois gêneros, mas que há 
preferência de autores pelo masculino); 
víspora. 
 
Alguns femininos: 
abade - abadessa; 
abegão (feitor) - abegoa; 
alcaide (antigo governador) - alcaidessa, 
alcaidina; 
aldeão - aldeã; 
anfitrião - anfitrioa, anfitriã; 
beirão (natural da Beira) - beiroa; 
besuntão (porcalhão) - besuntona; 
bonachão - bonachona; 
bretão - bretoa, bretã; 
cantador - cantadeira; 
cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz; 
castelão (dono do castelo) - castelã; 
catalão - catalã; 
cavaleiro - cavaleira, amazona; 
charlatão - charlatã; 
coimbrão - coimbrã; 
cônsul - consulesa; 
comarcão - comarcã; 
cônego - canonisa; 
czar - czarina; 
deus - deusa, déia; 
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diácono (clérigo) - diaconisa; 
doge (antigo magistrado) - dogesa; 
druida - druidesa; 
elefante - elefanta e aliá (Ceilão); 
embaixador - embaixadora e embaixatriz; 
ermitão - ermitoa, ermitã; 
faisão - faisoa (Cegalla), faisã; 
hortelão (trata da horta) - horteloa; 
javali - javalina; 
ladrão - ladra, ladroa, ladrona; 
felá (camponês) - felaína; 
flâmine (antigo sacerdote) - flamínica; 
frade - freira; 
frei - sóror; 
gigante - giganta; 
grou - grua; 
lebrão - lebre; 
maestro - maestrina; 
maganão (malicioso) - magana; 
melro - mélroa; 
mocetão
- mocetona; 
oficial - oficiala; 
padre - madre; 
papa - papisa; 
pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja; 
parvo - párvoa; 
peão - peã, peona; 
perdigão - perdiz; 
prior - prioresa, priora; 
mu ou mulo - mula; 
rajá - rani; 
rapaz - rapariga; 
rascão (desleixado) - rascoa; 
sandeu - sandia; 
sintrão - sintrã; 
sultão - sultana; 
tabaréu - tabaroa; 
varão - matrona, mulher; 
veado - veada; 
vilão - viloa, vilã. 
Substantivos em -ÃO e seus plurais: 
alão - alões, alãos, alães; 
aldeão - aldeãos, aldeões; 
capelão - capelães; 
castelão - castelãos, castelões; 
cidadão - cidadãos; 
cortesão - cortesãos; 
ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães; 
escrivão - escrivães; 
folião - foliões; 
hortelão - hortelões, hortelãos; 
pagão - pagãos; 
sacristão - sacristães; 
tabelião - tabeliães; 
tecelão - tecelões; 
verão - verãos, verões; 
vilão - vilões, vilãos; 
vulcão - vulcões, vulcãos. 
 
Alguns substantivos que sofrem 
metafonia no plural: 
abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro, 
despojo, destroço, escolho, esforço, estorvo, 
forno, forro, fosso, imposto, jogo, miolo, poço, 
porto, posto, reforço, rogo, socorro, tijolo, toco, 
torno, torto, troco. 
Substantivos só usados no plural: 
anais, antolhos, arredores, arras (bens, 
penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs 
(cabelos brancos), cócegas, condolências, damas 
(jogo), endoenças (solenidades religiosas), 
esponsais (contrato de casamento ou noivado), 
esposórios (presente de núpcias), exéquias 
(cerimônias fúnebres), fastos (anais), férias, 
fezes, manes (almas), matinas (breviário de 
orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, 
primícias (começos, prelúdios), pêsames, 
vísceras, víveres etc., além dos nomes de naipes. 
 
Coletivos: 
 
alavão - ovelhas leiteiras; 
armento - gado grande (búfalos, elefantes); 
assembléia (parlamentares, membros de 
associações); 
atilho - espigas; 
baixela - utensílios de mesa; 
banca - de examinadores, advogados; 
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bandeira - garimpeiros, exploradores de minérios; 
bando - aves, ciganos, crianças, salteadores; 
boana - peixes miúdos; 
cabido - cônegos (conselheiros de bispo); 
cáfila - camelos; 
cainçalha - cães; 
cambada - caranguejos, malvados, chaves; 
cancioneiro - poesias, canções; 
caterva - desordeiros, vadios; 
choldra, joldra - assassinos, malfeitores; 
chusma - populares, criados; 
conselho - vereadores, diretores, juízes militares; 
conciliábulo - feiticeiros, conspiradores; 
concílio - bispos; 
canzoada - cães; 
conclave - cardeais; 
congregação - professores, religiosos; 
consistório - cardeais; 
fato - cabras; 
feixe - capim, lenha; 
junta - bois, médicos, credores, examinadores; 
girândola - foguetes, fogos de artifício; 
grei - gado miúdo, políticos; 
hemeroteca - jornais, revistas; 
legião - anjos, soldados, demônios; 
malta - desordeiros; 
matula - desordeiros, vagabundos; 
miríade - estrelas, insetos; 
nuvem - gafanhotos, pó; 
panapaná - borboletas migratórias; 
penca - bananas, chaves; 
récua - cavalgaduras (bestas de carga); 
renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas; 
réstia - alho, cebola; 
ror - grande quantidade de coisas; 
súcia - pessoas desonestas, patifes; 
talha -lenha; 
tertúlia - amigos, intelectuais; 
tropilha - cavalos; 
vara - porcos. 
Substantivos compostos: 
Os substantivos compostos formam o plural da 
seguinte maneira: 
sem hífen formam o plural como os simples 
(pontapé/pontapés); 
caso não haja caso específico, verifica-se a 
variabilidade das palavras que compõem o 
substantivo para pluralizá-los. São palavras 
variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, 
pronomes, particípio. São palavras invariáveis: 
verbo, preposição, advérbio, prefixo; 
em elementos repetidos, muito parecidos ou 
onomatopaicos, só o segundo vai para o plural 
(tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-
pongues); 
com elementos ligados por preposição, apenas o 
primeiro se flexiona (pés-de-moleque); 
são invariáveis os elementos grão, grã e bel 
(grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres); 
só variará o primeiro elemento nos compostos 
formados por dois substantivos, onde o segundo 
limita o primeiro elemento, indicando tipo, 
semelhança ou finalidade deste (sambas-enredo, 
bananas-maçã) 
nenhum dos elementos vai para o plural se 
formado por verbos de sentidos opostos e frases 
substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-
mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os 
ganha-pouco, os diz-que-me-diz); 
compostos cujo segundo elemento já está no 
plural não variam (os troca-tintas, os salta-
pocinhas, os espirra-canivetes); 
palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia 
por ser substantivo. Caso represente o verbo 
guardar, não pode variar (guardas-noturnos, 
guarda-chuvas). 
 
ADJETIVO: 
 
É a palavra variável que restringe a 
significação do substantivo, indicando qualidades 
e características deste. Mantém com o 
substantivo que determina relação de 
concordância de gênero e número. 
adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a 
origem geográfica, normalmente são formados 
pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo de 
que se originam (Alagoas por alagoano). Podem 
ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou 
mais nacionalidades ou regiões; nestes últimos 
casos assumem sua forma reduzida e erudita, 
com exceção do último elemento (franco-ítalo-
brasileiro). 
locuções adjetivas: expressões formadas por 
preposição e substantivo e com significado 
equivalente a adjetivos (anel de prata = anel 
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argênteo / andar de cima = andar superior / estar 
com fome = estar faminto). 
São adjetivos eruditos: 
açúcar - sacarino; 
águia - aquilino; 
anel - anular; 
astro - sideral; 
bexiga - vesical; 
bispo - episcopal; 
cabeça - cefálico; 
chumbo - plúmbeo; 
chuva - pluvial; 
cinza - cinéreo; 
cobra - colubrino, ofídico; 
dinheiro - pecuniário; 
estômago - gástrico; 
fábrica - fabril; 
fígado - hepático; 
fogo - ígneo; 
guerra - bélico; 
homem - viril; 
inverno - hibernal; 
lago - lacustre; 
lebre - leporino; 
lobo - lupino; 
marfim - ebúrneo, ebóreo; 
memória - mnemônico; 
moeda - monetário, numismático; 
neve - níveo; 
pedra - pétreo; 
prata - argênteo, argentino, argírico; 
raposa - vulpino; 
rio - fluvial, potâmico; 
rocha - rupestre; 
sonho - onírico; 
sul - meridional, austral; 
tarde - vespertino; 
velho, velhice - senil; 
vidro - vítreo, hialino. 
Quanto à variação dos adjetivos, eles apresentam 
as seguintes características: 
O gênero é uniforme ou biforme (inteligente X 
honesto[a]). Quanto ao gênero, não se diz que 
um adjetivo é masculino ou feminino, e sim que 
tem terminação masculina ou feminina. 
No tocante a número, os adjetivos simples 
formam o plural segundo os mesmos princípios 
dos substantivos simples, em função de sua 
terminação (agradável X agradáveis). Já os 
substantivos utilizados como adjetivos ficam 
invariáveis (blusas cinza). 
Os adjetivos terminados em -OSO, além do 
acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do 
primeiro -o, num processo de metafonia. 
Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas 
formas:
comparativo e superlativo. 
O grau comparativo refere-se a uma mesma 
qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais 
qualidades de um mesmo ser. Pode ser de 
igualdade: tão alto quanto (como / quão); de 
superioridade: mais alto (do) que (analítico) / 
maior (do) que (sintético) e de inferioridade: 
menos alto (do) que. 
O grau superlativo exprime qualidade em grau 
muito elevado ou intenso. 
O superlativo pode ser classificado como 
absoluto, quando a qualidade não se refere à de 
outros elementos. Pode ser analítico (acréscimo 
de advérbio de intensidade) ou sintético (-íssimo, 
-érrimo, -ílimo). (muito alto X altíssimo) 
O superlativo pode ser também relativo, 
qualidade relacionada, favorável ou 
desfavoravelmente, à de outros elementos. Pode 
ser de superioridade analítico (o mais alto 
de/dentre), de superioridade sintético (o maior 
de/dentre) ou de inferioridade (o menos alto 
de/dentre). 
São superlativos absolutos sintéticos eruditos 
da língua portuguesa: 
acre - acérrimo; 
alto - supremo, sumo; 
amável - amabilíssimo; 
amigo - amicíssimo; 
baixo - ínfimo; 
cruel - crudelíssimo; 
doce - dulcíssimo; 
dócil - docílimo; 
fiel - fidelíssimo; 
frio - frigidíssimo; 
humilde - humílimo; 
livre - libérrimo; 
magro - macérrimo; 
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mísero - misérrimo; 
negro - nigérrimo; 
pobre - paupérrimo; 
sábio - sapientíssimo; 
sagrado - sacratíssimo; 
são - saníssimo; 
veloz - velocíssimo. 
Os adjetivos compostos formam o plural da 
seguinte forma: 
têm como regra geral, flexionar o último elemento 
em gênero e número (lentes côncavo-convexas, 
problemas sócio-econômicos); são invariáveis 
cores em que o segundo elemento é um 
substantivo (blusas azul-turquesa, bolsas branco-
gelo); não variam as locuções adjetivas formadas 
pela expressão cor-de-... (vestidos cor-de-rosa); 
as cores: azul-celeste e azul-marinho são 
invariáveis; 
em surdo-mudo flexionam-se os dois elementos. 
 
 
 
 
PRONOME: 
 
É palavra variável em gênero, número e 
pessoa que substitui ou acompanha um 
substantivo, indicando-o como pessoa do 
discurso. 
 
A diferença entre pronome substantivo e 
pronome adjetivo pode ser atribuída a qualquer 
tipo de pronome, podendo variar em função do 
contexto frasal. Assim, o pronome substantivo é 
aquele que substitui um substantivo, 
representando-o. (Ele prestou socorro). Já o 
pronome adjetivo é aquele que acompanha um 
substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é 
belo). Os pronomes pessoais são sempre 
substantivos. 
 
Quanto às pessoas do discurso, a língua 
portuguesa apresenta três pessoas: 
1ª pessoa - aquele que fala, emissor; 
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor; 
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, 
referente. 
 
Pronome pessoal: 
 
Indicam uma das três pessoas do 
discurso, substituindo um substantivo. Podem 
também representar, quando na 3ª pessoa, uma 
forma nominal anteriormente expressa (A moça 
era a melhor secretária, ela mesma agendava os 
compromissos do chefe). 
A seguir um quadro com todas as formas do 
pronome pessoal: 
Pronomes pessoais 
Número Pessoa 
Pronomes 
retos 
Pronomes 
oblíquos 
Átonos Tônicos 
singular 
primeira 
segunda 
terceira 
eu 
tu 
ele, ela 
me 
te 
o, a, 
lhe, se 
mim, 
comigo 
ti, 
contigo 
ele, ela, 
si, 
consigo 
plural 
primeira 
segunda 
terceira 
nós 
vós 
eles, elas 
nos 
vos 
os, as, 
lhes, 
se 
nós, 
conosco 
vós, 
convosc
o 
eles, 
elas, si, 
consigo 
Os pronomes pessoais apresentam 
variações de forma dependendo da função 
sintática que exercem na frase. Os pronomes 
pessoais retos desempenham, normalmente, 
função de sujeito; enquanto os oblíquos, 
geralmente, de complemento. 
 
Os pronomes oblíquos tônicos devem vir 
regidos de preposição. Em comigo, contigo, 
conosco e convosco, a preposição com já é parte 
integrante do pronome. 
 
Os pronomes de tratamento estão 
enquadrados nos pronomes pessoais. São 
empregados como referência à pessoa com quem 
se fala (2ª pessoa), entretanto, a concordância é 
feita com a 3ª pessoa. Também são considerados 
pronomes de tratamento as formas você, vocês 
(provenientes da redução de Vossa Mercê), 
Senhor, Senhora e Senhorita. 
 
Quanto ao emprego, as formas oblíquas 
o, a, os, as completam verbos que não vêm 
regidos de preposição; enquanto lhe e lhes para 
verbos regidos das preposições a ou para (não 
expressas). 
 
Apesar de serem usadas pouco, as 
formas mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam 
da fusão de dois objetos, representados por 
pronomes oblíquos (Ninguém mo disse = 
ninguém o disse a mim). 
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Os pronomes átonos o, a, os e as viram 
lo(a/s), quando associados a verbos terminados 
em r, s ou z e viram no(a/s), se a terminação 
verbal for em ditongo nasal. 
 
Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos 
desempenham função se sujeitos de infinitivo ou 
verbo no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, 
mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair 
/ Deixei-as chorando). 
 
A forma você, atualmente, é usada no 
lugar da 2ª pessoa (tu/vós), tanto no singular 
quanto no plural, levando o verbo para a 3ª 
pessoa. 
 
Já as formas de tratamento serão 
precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos 
diretamente à pessoa e de Sua, quando fizermos 
referência a ela. Troca-se na abreviatura o V. pelo 
S. 
 
Quando precedidos de preposição, os 
pronomes retos (exceto eu e tu) passam a 
funcionar como oblíquos. Eu e tu não podem vir 
precedidos de preposição, exceto se funcionarem 
como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto é para 
eu fazer ≠ para mim fazer). 
 
Os pronomes acompanhados de só ou 
todos, ou seguido de numeral, assumem forma 
reta e podem funcionar como objeto direto 
(Estava só ele no banco / Encontramos todos 
eles). 
Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter valor 
reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor 
reflexivo e recíproco. 
 
As formas si e consigo têm valor 
exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª 
pessoa. Já conosco e convosco devem aparecer 
na sua forma analítica (com nós e com vós) 
quando vierem com modificadores (todos, outros, 
mesmos, próprios, numeral ou oração adjetiva). 
 
Os pronomes pessoais retos podem 
desempenhar função de sujeito, predicativo do 
sujeito ou vocativo, este último com tu e vós (Nós 
temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, 
Senhor Jesus). 
 
Quanto ao uso das preposições junto aos 
pronomes, deve-se saber que não se pode 
contrair as preposições de e em com pronomes 
que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, 
desistiu ≠ Vi as bolsas dele bem aqui). 
 
Os pronomes átonos podem assumir 
valor possessivo (Levaram-me o dinheiro / 
Pesavam-lhe os olhos), enquanto alguns átonos 
são partes integrantes de verbos como suicidar-
se, apiedar-se, condoer-se, ufanar-se, queixar-se, 
vangloriar-se. 
 
Já os pronomes oblíquos podem ser usados 
como expressão expletiva (Não me venha com 
essa). 
 
Pronome possessivo: 
 
Fazem referência às pessoas do discurso, 
apresentando-as como possuidoras de algo. 
Concordam em gênero e número com a coisa 
possuída. 
 
São pronomes possessivos da língua portuguesa 
as formas: 
1ª pessoa: meu(s),
minha(s) nosso(a/s); 
2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s); 
3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s). 
 
Quanto ao emprego, normalmente, vem 
antes do nome a que se refere; podendo, 
também, vir depois do substantivo que determina. 
Neste último caso, pode até alterar o sentido da 
frase. 
 
O uso do possessivo seu (a/s) pode 
causar ambigüidade, para desfazê-la, deve-se 
preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria 
estava trancada em sua casa - casa de quem?); 
pode também indicar aproximação numérica (ele 
tem lá seus 40 anos). 
 
Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não 
tem valor de posse por ser uma alteração fonética 
de Senhor. 
 
Pronome demonstrativo: 
Indicam posição de algo em relação às pessoas 
do discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço. 
São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), 
aquilo. Isto, isso e aquilo são invariáveis e se 
empregam exclusivamente como substitutos de 
substantivos. 
As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o 
(a/s) podem desempenhar papel de pronome 
demonstrativo. 
Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos 
apresentam-se da seguinte maneira: 
uso dêitico, indicando localização no espaço - 
este (aqui), esse (aí) e aquele (lá); 
uso dêitico, indicando localização temporal - este 
(presente), esse (passado próximo) e aquele 
(passado remoto ou bastante vago); 
uso anafórico, em referência ao que já foi ou será 
dito - este (novo enunciado) e esse (retoma 
informação); 
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o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem 
a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence); 
tal é demonstrativo se puder ser substituído por 
esse (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante, 
quando anteposto ao substantivo a que se refere 
e equivalente a "aquele", "idêntico" (O problema 
ainda não foi resolvido, tal demora atrapalhou as 
negociações / Não brigue por semelhante causa); 
mesmo e próprio são demonstrativos, se 
precedidos de artigo, quando significarem 
"idêntico", "igual" ou "exato". Concordam com o 
nome a que se referem (Separaram crianças de 
mesmas séries); 
como referência a termos já citados, os pronomes 
aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira 
e segunda ocorrências, respectivamente, em 
apostos distributivos (O médico e a enfermeira 
estavam calados: aquele amedrontado e esta 
calma / ou: esta calma e aquele amedrontado); 
pode ocorrer a contração das preposições a, de, 
em com os pronomes demonstrativos (Não 
acreditei no que estava vendo / Fui àquela região 
de montanhas / Fez alusão à pessoa de azul e à 
de branco); 
podem apresentar valor intensificador ou 
depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele 
estava com aquela paciência / Aquilo é um 
marido de enfeite); 
nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados 
com valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso, 
ela entrou triunfante - nisso = advérbio). 
Pronome relativo: 
Retoma um termo expresso anteriormente 
(antecedente) e introduz uma oração dependente, 
adjetiva. 
Os pronome nomes demonstrativos apresentam-
se da seguinte maneira: mento, armamentomes 
relativos são: que, quem e onde - invariáveis; 
além de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s). 
Os relativos são chamados relativos indefinidos 
quando são empregados sem antecedente 
expresso (Quem espera sempre alcança / Fez 
quanto pôde). 
Quanto ao emprego, observa-se que os relativos 
são usados quando: 
o antecedente do relativo pode ser demonstrativo 
o (a/s) (O Brasil divide-se entre os que lêem ou 
não); 
como relativo, quanto refere-se ao antecedente 
tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me interessava) 
quem será precedido de preposição se estiver 
relacionado a pessoas ou seres personificados 
expressos; 
quem = relativo indefinido quando é empregado 
sem antecedente claro, não vindo precedido de 
preposição; 
cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de posse 
e não concorda com o antecedente e sim com 
seu conseqüente. Ele tem sempre valor adjetivo e 
não pode ser acompanhado de artigo. 
Pronome indefinido: 
Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando 
considerada de modo vago, impreciso ou 
genérico, representando pessoas, coisas e 
lugares. Alguns também podem dar idéia de 
conjunto ou quantidade indeterminada. Em 
função da quantidade de pronomes indefinidos, 
merece atenção sua identificação. 
São pronomes indefinidos de: 
pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem; 
lugares: onde, algures, alhures, nenhures; 
pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo, 
tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a), 
nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), 
pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), 
cada. 
Sobre o emprego dos indefinidos devemos 
atentar para: 
algum, após o substantivo a que se refere, 
assume valor negativo (= nenhum) (Computador 
algum resolverá o problema); 
cada deve ser sempre seguido de um substantivo 
ou numeral (Elas receberam 3 balas cada uma); 
alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do 
nome a que estiverem se referindo, passam a ser 
adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus 
lugares certos / Comprei várias balas de sabores 
vários) 
bastante pode vir como adjetivo também, se 
estiver determinando algum substantivo, unindo-
se a ele por verbo de ligação (Isso é bastante 
para mim); 
o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa"; 
o pronome nada, colocado junto a verbos ou 
adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está 
nada contente hoje); 
o pronome nada, colocado junto a verbos ou 
adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está 
nada contente hoje); 
existem algumas locuções pronominais 
indefinidas - quem quer que, o que quer, seja 
quem for, cada um etc. 
todo com valor indefinido antecede o substantivo, 
sem artigo (Toda cidade parou para ver a banda ≠ 
Toda a cidade parou para ver a banda). 
Pronome interrogativo: 
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São os pronomes indefinidos que, quem, qual, 
quanto usados na formulação de uma pergunta 
direta ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do 
discurso. (Quantos livros você tem? / Não sei 
quem lhe contou). 
Alguns interrogativos podem ser adverbiais 
(Quando voltarão? / Onde encontrá-los? / Como 
foi tudo?). 
 
 
ARTIGO 
 
Precede o substantivo para determiná-lo, 
mantendo com ele relação de concordância. 
Assim, qualquer expressão ou frase fica 
substantivada se for determinada por artigo (O 
'conhece-te a ti mesmo' é conselho sábio). Em 
certos casos, serve para assinalar gênero e 
número (o/a colega, o/os ônibus). 
Os artigos podem ser classificado em: 
definido - o, a, os, as - um ser claramente 
determinado entre outros da mesma espécie; 
indefinido - um, uma, uns, umas - um ser 
qualquer entre outros de mesma espécie; 
Podem aparecer combinados com preposições 
(numa, do, à, entre outros). 
Quanto ao emprego do artigo: 
não é obrigatório seu uso diante da maioria dos 
substantivos, podendo ser substituído por outra 
palavra determinante ou nem usado (o rapaz ≠ 
este rapaz / Lera numa revista que mulher fica 
mais gripada que homem). Nesse sentido, 
convém omitir o uso do artigo em provérbios e 
máximas para manter o sentido generalizante 
(Tempo é dinheiro / Dedico esse poema a homem 
ou a mulher?); 
não se deve usar artigo depois de cujo e suas 
flexões; 
outro, em sentido determinado,

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