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Gottlob Frege - Resumo - Filosofia da Comunicação

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Gottlob Frege 
 
- Filósofo e matemático alemão 
- Um dos principais filósofos da contemporaneidade por ter feito uma divisão 
entre o século XIX e XX, na chamada “virada linguística”. 
- A virada linguística foi um período em que a filosofia vai tentar entender as 
questões da linguagem e utilizá-los para resolver questões filosóficas. 
- Frege realizava uma filosofia analítica e uma lógica matemática, diferente das 
lógicas clássica e medieval, para analisar as proposições linguísticas de uma 
maneira mais correta/exata. 
- Ele influenciou filósofos dessa virada linguística como Bertrand Russel e 
Ludwig Wittgenstein (que também vão considerar os problemas de linguagem 
como problemas filosóficos). 
Também é visível a influência de Frege em Alan Turing, o “pai do 
computador”, pela maneira que Turing utilizou da lógica matemática para 
construir a sua programação computacional. 
- Frege vai defender a necessidade de uma filosofia analítica e a criação de 
uma linguagem lógica para a análise da própria linguagem. 
 
Pensamento x Representação 
 
- No século XIX, surgiu um movimento filosófico na Alemanha denominado 
naturalismo. Deste, surgiu o psicologismo, que acreditava que o 
pensamento é algo psicológico, sendo assim, a lógica deveria ser uma 
ciência psicológica, isto é, ela deveria ser um ramo da psicologia. 
- Para refurtar o pensamento psicologista, Frege se dedicou a elaborar a 
distinção entre o pensamento e as representações. 
- Um pensamento (X), continua o mesmo não importando quem o “carrega”. O 
conteúdo do pensamento é inerente ao sujeito, no que se refere ao estado da 
coisa. 
- Frege elaborou a distinção entre pensamentos (​representações objetivas, 
independentes dos sujeitos pensantes) e as representações mentais 
(subjetivas, dependentes dos sujeitos pensantes) ​e sustentou que o 
objeto da lógica são os pensamentos e não as representações mentais 
(Vorstellungen), tal como supõem os psicologistas. 
- Questão do gato: ​ao dizer que um gato é um animal, estamos exprimindo 
um PENSAMENTO. Esse pensamento ser universal não faz com que todo 
mundo pense que o gato é um animal, MAS, quer dizer que a cada vez que 
isso (gato é um animal) é pensado, é o mesmo estado de coisa, 
independente de quem seja o portador deste pensamento. Por outro lado, a 
REPRESENTAÇÃO do gato remete a um objeto (da própria representação) e 
depende de cada singular representação subjetiva ​(ou seja, as pessoas que 
tiverem o pensamento de que o gato é um animal vão ter o mesmo 
pensamento, mas a representação do gato vai variar de acordo com a 
singularidade de cada pessoa).

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