Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO – UNIFACEMA CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO – 6º PERÍODO DISCIPLINA:TEORIA E HISTÓRIA DO URBANISMO II PROFESSOR: PEDRO BRITO RESENHA DO FILME: “Arquitetura da Destruição” Caetano Luís - Demétrio Gonçalves -17145015 Milton de oliveira -17145438 Caxias - Ma Novembro/2019 RESENHA DO FILME “ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO”. O documentário “Arquitetura da destruição” mostra em sua essência o fato de como os nazistas utilizaram a arte como instrumento político e como reflexos dos ideais que defendiam. Hitler defendia uma nova Alemanha, com novos valores, e para tanto, destruiu toda a moral vigente e toda ideia de dignidade. Hitler defendia o Reich alemão composto apenas por membros da “raça pura ariana”, e dentre esses, os saudáveis. Para os nazistas, o super homem deveria ser ariano, belo e saudável. No que diz respeito a arte esse conceito até foi produtivo, o filme deixa claro que um verdadeiro renascimento cultural foi promovido naquela época na Alemanha. Retornando aos ideais clássicos, às formas perfeitas e a escultura no estilo grego ocorreu sob o governo de Hitler. Contudo, esses mesmos nazistas combateram uma arte nova e original que estava surgindo naquela época, como expressionistas, cubistas, entre outros tipos de arte moderna. Gênios como Max Ernst e Oskar Kokoschka foram considerados “degenerados”, os nazistas usaram seus quadros com formas tortas e desproporcionais como prova de que seus autores eram doentes e tortos assim como os personagens que eles retratavam em suas obras. Ao defender sua tese, os nazistas que eram especialistas em propaganda, compararam os personagens “degenerados” com fotos de pessoas doentes mentais. É mister perceber que a relação dos nazistas com a arte é positiva e negativa. Positiva no sentido de promover um renascimento cultural; negativa, porque ao mesmo tempo que promovia um renascimento cultural eles também combateram a arte original e genial. É necessário perceber que os nazistas combateram esses artistas modernos porque a maioria deles também usava a arte como instrumento político, e em sua maioria, tinham tendências marxistas. A escola de arte moderna de Bauhaus foi fechada pelos nazistas, por conter muitos estudantes russos e por ser considerada “anti- germânica”, é importante destacar também que se formou uma verdadeira guerra no mundo das artes: o clássico versus o moderno. O combate ao marxismo fica nítido quando é mostrado no filme que o objetivo era formar um povo alemão unido, sem classes sociais. A “luta de classes”, conceito marxista, é completamente abandonado, percebe-se isso no momento em que o nazista diz que ao se investir no trabalhador, com higiene e cultura, ele não vai ter motivos pra fazer uma revolução. O que deve se destacar é o quanto custou a bela arte clássica nazista para quem não se encaixava nos parâmetros dela. Os que estavam fora do padrão de saúde e beleza defendidos, fosse alemães ou não, eram mortos. Dessa forma, ao tipo ideal ariano, todo o amor e aos que não se encaixavam neste perfil todo o desprezo. Em referência a esses perfil, uma cena do filme mostra a bela arquitetura de um manicômio Alemão, enquanto um nazista fala que é um desperdício uma arquitetura tão bela para uns loucos que não tem capacidade de apreciar tamanha beleza. A grandiosidade da arte nazista é difícil de ser apreciada, pois ela está impregnada de valores macabros, práticas de terror e genocídio vigentes na Alemanha naquele período. Não restam dúvidas de que foi promovido um renascimento da arte clássica na Alemanha, contudo aquele período não necessitava de um renascimento clássico, pois os anos 30 do século XX eram extremamente ricos culturalmente, com a arte moderna tão combatida pelos nazistas. A Alemanha arrasada pela guerra precisava de um renascimento, a cultura não. O renascimento clássico promovido por Hitler não é em nenhum momento louvado, fazendo completo contraste com o tão festejado Renascimento italiano. Os italianos não massacravam os que não se encaixassem na estética clássica do belo ao contrário dos alemães que baseando-se em ideologias sem sentido BIBLIOGRAFIA https://drive.google.com/open?id=1dqYuczsUnUJztcR5IlMLUM6lubZz-7ER