Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
” .. .MMM.awe/swf Contabilidade rural o selo DIALÓGICA da Editora inieiSabeies faz !eferênua às publicações que privilegiam uma linguagem na qual o autor dialoga com o leitor por meio de recursos textuais e visuais, eque (uma (> cume-idomuitomalsdinâmica. São livros que criam um ambiente de interação com o leitor , seu universo cultural, <2€:a social e de elaboração de conhecimentos ,, possxbilitando umreal pri—cem de interlocução para que a comunicação se efetive. «Vp s Di rom(a? intersaberes leila LucíaAri-udg CºntabilidªdeWiz-ii) rural UNMNTER «Y»ªai? r D i r o r »intersaberes Rua ciars Vandiaunn, 55 Mossunguê CEPEIZUGJW Cunnba m Drasl! Fone HDZIm'MWO ww wmmssberes com :dilnmw'ndimmimerubcrumm br Canseina eanarui Dr. Ivo ]osé Both (presidente) Dr: Elena Godoy Dr. Nelson Luis Dias Dr. Neri dos Samos Dr. Ulf Gregor Baranow Edltorrdieíe Lindsay Azambuja Edllurznnlateme Ariadne Nunes Wenger ['npumçãodeoriginais Ivan Souza Rocha Cap-l Charles L. da Silva (design) Zamurovic Photography, sam-cum, Ole Hnucn & AmyLv/Shuuersmck (imagens) naumgrsnra Raphael Bernadelli Disgramaçia Cassiano Darela lramrrana Celia Kikue Suzuki Dadm inlernaainnars de Calaiogacãn na Publiuçãn (cm Acamara nrnsrierra do Livro. SP, Brasil Arruda Leila Luna Conlubihdndn rural [livrn rielrõnrml/Leiia Lucia Arruda, Celso ias Sunlas. Cunliba Xnkerabexss, zm (sérieGestão|manaus) 1 ,PDF simiugrana VSBN “milf—7597156978 ] Cºntabilidade agrícola 2 Empresas rurais , Cunlabl dade! banlos,Ce1:0|ugz ii Ti'lulo iii Série munir. CDD-557%3 innuaspiramralogºslsremarrm i Coulnbilidndengrímla rsmr E, lª cdlcão, an7 Foi iana a depóslm legal, inlorrnamns que e de mana mªponªahilidadc das aulnrcs a emissãode conceilm. Nenhum parts assis publlíaz ça.» podera ser mpfi—Jundi pur quªlquer num ou lnmu (em a previa autorização da Erinora Inturbnbure: A violaç㺠dos dirruns aulurms écnme aslabaiacrdo na Lei n, amu/im e puuldo pelo arr [84 do Código Penal Dedicatória.9 Epígrafe.13 Apresentação.15 Como aproveitar aomáximo este livro.21 I Economia gera] e rural .25 'Ll Concsilu de economia .18 1.1 Economia rural. 39 1.3 Omercado e suas estruturas.31 1,4 Canais de comercialização agricola .36 1.5 Apoio a comercializaçãº.37 £ Antecedentes históricos da economia rural brasileira -43 z.i A expansão maritima e comercial.46 2.2 A agricultura como parie da economia colonial.48 2.3 A primeira agroindústria do Brasil .49 2,4 Modernização conservadora.52 1.5 Crédito agricola .58 26 Novo padrão agricola.60 )” Fatores que contribuem para o agronegócio -67 31 oagronegócio moderna.73 íª Legislação agrária brasileira.87 4,1 A primeira lei agrári .90 4; Sesmarias.91 4.3 A primeira Leide Terras.93 4.4 oEstatuto da Term .96 4,5 A Constituição de 1988.97 seu Reforma agraria.99 )” Formas jurídicas de exploração.107 5.v Micrºpmdutur rural.m 5.2 Agricullozfamiliaroul 5.3 Produtor rural-111 5.4 Módulo fiscal.nz 5.5 Unidade rural. na 5 s A atividade rural no Código Civil.114 ( Procedimentos contábeis do setor agrário - 121 5.1 Resultado da empresa rural.125 s.; Ano civil e exercicio social.127 6.3 Pronunciamento CPC 29: ativobiológico e produto agricola.ug 6.4 Tipos de Culturas.131 s.; classinraçae contábil das culturas . 136 ; Planificação contábil.143 7.1 Modelo de plano de contas.148 7.1 Plano de contas na peruana.149 J Custos e receitas da exploração de atividade agricola, pecuária & agroindustrial. 155 8.1 Diferenças de nomenclatura.159 8.2 Custos.161 8.3 Custo total .164 8.4 Outros conceitos importantes.165 815 Receitas.167 7 Despesas da atividade agricola, pecuária & agroindustrial. 175 9.1 Despesas de atividade rural. i77 IO Critérios de identificação, mensuração & evidenciação. 183 10.1 Mensuração da receita.189 10.2 Mensuração das despesas.189 10.) Receitas e despesas.190 10,4 Evidenclação- 191 II Inventário de semoventes: produtos e instalações. 195 11.1 Classificaçao dos semoventes.198 11.2 inventários.200 Para concluir. .215 Referências.217 Respostas. 233 Sobre os autores.235 Leila Lucia Arruda: Dedico esta ubm :: meu marilia, (l clluufor Dr. Celso ]nsé Samos, profssiunrll da área mm! que, durªnte todos testes [mas, me proporcionou um cºnviviafamiliar maravilhoso e que cºmpartilhºu comigo suas realizações profissionais na área da medicina veterinária. Celso José Santos: Dedico esta obra a minha esposn, Leila Lucia Arruda, mautom desta obra, profissional da contabilidade e mcsim da vida em comum, que iam dedicadu a mim e u nossosfl'lhos todos ESSES anos de Existência em comum rm vida E na profissão, compurlilhorldo conosco seu saber e experiência rm crlrltlzbílidnde, Ambos: ]untos, dedicamos nossa caminhªdª a nossos quatro/ilhas,Luciano, Karlo, Celso e Guilherme,e « rlossos amados netos, Henrique Gubriehl, Vítor, Fernando (este in memoriam) e ]u'lirl, que nos ajudam a construir uma vida de amor e harmonia. Agrudeccmos u Deus, que nos ofereceu o dom da vida, a nossos pais e 11 toda o nossufumílin, Oração do milho Senhor, riqdd valho. Sou a planta humilde dos quintais pequenos E das lqvourqs pobres, [...I Não me pertence iz hierarquia tradicional do trigo, E do mim, não Sefaz o não alvo universal. Ojusto não me consagrou Pão do Vidq Nem lugar mefol dado rios ªltares. [,,,] Sou o cnrcdrejo alegre dus poedeiras fi voltq dos ninhos. Sou o pobreza vegetal, Agradecido a vós, Scrlhor, Que mc/izostcs necessário e humilde. Sou o milho! Cora Coralina, 1965 () analisarmos a economia brasileira, não podemos negar a importância do agronegócio como um dos motores do desenvolvimentonacional. Devemos salientar também que as políticas públicas, por meio de projetos de investimento, determinaram repasses econômicos para alavancar esse setor. OBanco Regional deDesenvolvimento doExtremo Sul (BRDE) ”fechou 2016 como maior repassador de recursos do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES)na Região Sul. Dos R$ 3bilhões contratados em 2016 pelo BRDE, R$ 2,7 bilhões tiveram como origem o sistema BNDES. Dos R$ 3bilhões liberados, R$ 1,15 bilhão foi investido no Paraná” (BRDE e lider..., 2017). Esses números ajudam a ressaltar a importância do estado no volume de negócios e financiamen— tos agrícolas, em relação ao país. De acordo com Loyola (2017), “O relevante papel do agro- negócio,agropecuária, insumos, agroindústria e serviços ligados a essa cadeia produtiva — se traduz na representativi- dade de 22% do PIB, segundo a Confederação daAgricultura e Pecuária doBrasil (CNA)”. Esses dados denotam a importância da economia agraria para a base econômica, com representa- tividade para as suas inúmeras atividades, diretas e indiretas. Além disso, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), é previsto um crescimento de 30,4% em relação às colheitas anteriores, com repercursões positivas tanto para o mercado externo quanto o interno (Estimativa aponta..., 2017). Esse desempenho e a produção crescente foram fundamentais para colocar o Paraná no domínio dos rankings regionais, como explicitado pelo investimento que citamos. Segundo Orgis (2015), das 50 maiores empresas do ramo agrário na Região Sul, 24 são paranaenses; destas, 10 são cooperativas com alto potencial agropecuário, () que retrata a força do estado do Paraná em todo o agronegócio. Assim, a politica desse setor cooperativista é a delimitação de metas para O fortalecimento dos cooperados e das coope— rativas como empresas, com aposta na expansão do mercado, principalmente o externo. Portanto, o grande desafio consiste em estimular a industrialização do setor, pois, com base em dados de 2016: ”Representando 56% do PIB agropecuário do Paraná, as cooperativas do estadofaturaram R$ 60,3 bilhões no ano passado, 19,4% acima dos R$ 50,51 bilhões de 2014" (Paraná, 2016), sendo que a meta é chegar a 100%e ganhar em valor agregadonas exportações, o grande salto de crescimento, ou seja, o beneficiamento dos Ativos negociados em bolsa de valores (commodities). Por outro lado, também ganha força a agricultura tami- Iiar, com participação na produção e na movimentação do agronegócio no pais; de acordo com o antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), atual Secretaria Especial da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário, esse setor e' responsável pela produção de mais de dois terços dos alimentos consumidos no Brasil (Brasil, 2015). Omodelo da agricultura familiar se destaca por gerar renda para um grande numero de brasileiros, sendo mais diversificada e ecologica- mente sustentável que a produção em escala, alémde convergir com o processo produtivo e econômico das agroindústrias, Segundo o IBGE, no Censo Agropecuário de 2006, foram identificados 4.367.902 estabelecimentos de agricultura familiar, o que representa 84,4% dos estabelecimentos brasileiros desse tipo. Esse numeroso contingente de agricultores familiares ocupava uma área de 80,25milhões de hectares, ou seja, 24,3% da área ocupada pelos estabelecimentos agropecuários brasi- leiros (ITCG, 2009, p. 1).Tais resultadosmostramuma estrutura agraria ainda concentrada, visto que os estabelecimentos não familiares, apesar de representarem 15,6% do total dos esta- belecimentos, representavam 75,7% da área ocupada. A área média dos estabelecimentos familiares era de 18,37 hectares, e a dos não familiares, de 309,18 hectares (IBGE, 2006), Apesar de cultivar uma área menor com lavouras e pasta— gens, em números do Censo Agropecuário de 2006, a agricul- tura familiar é responsável por grande parte dos alimentos consumidos no pais: No Censo Agropecuário de 2005 foram identificados 4357302 estabelecimentos de agricultura familiar. Eles representavam 84,4%do total, mas ocupavam apenas24,3% (ou 80,25milhões de hectares) da área dos estabelecimentos agropecuários bra— sileiros. ]a' os estabelecimentos não familiares representavam 15,5%do total e ocupavam 75,7% da sua área. Dos 30,25 milhões de hectares da agricultura familiar, 45% eram destinados a pastagens, 25% :: florestas e 22% a lavou- ras. Ainda assim, a agricultura familiar mostrou seu peso na cesta básica do brasileiro, pois era responsável por 87% da produção nacional de mandioca, mªr da produção de feijão, 45% do milho, 33% do café, atº“ do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 55%do leite, 59%doplantel de suinos, 50"() das aves e 30% dos bovinos. (IBGE, 2010) É nesse cenário que se insere a contabilidade rural, como apoio para as atividades desenvolvidas no meio rural, princi— palmente no controle do patrimônio e na gestão dos resulta- dos, com uma administração eficiente, que gera informações para a tomada de decisões e, assim, melhora o desempenho econômico-financeiro do negócio, transformando as proprie- dades rurais em empresas com capacidade de acompanhar a evolução do setor. Nesse sentido, este livro trata da contabilidade rural com uma estrutura em ]] capitulos, nos quais abordaremos os temas relativos ao meio rural e a contabilidade especifica, sequencialmente, na ordem que segue. No Capitulo 1, tratamos sobre economia em geral e a eco- nomia rural, emparticular, situando também omercado e sua estrutura para a atividade agrícola. No Capitulo 2, fazemos uma introdução histórica 'a exploração rural no Brasil, desde a descoberta, verificando os moldes de produção até chegar a contemporaneidade e ao novo padrão agricola brasileiro. No Capítulo 3, abordamos os fatores que contribuem para o agronegócio, explanando a estrutura desse negócio e verifi- cando alguns tipos especificos de produção, como a avicultura, a bovinocultura e algumas plantações como de citros, soja e cana-de-açúcar. O Capítulo 4 é todo dedicado a legislação agrária e sua história, desde a Lei das Sesmarias, tentativa de organização medieval da produção em Portugal, que foi her- dada pelo Brasil Colônia, até oEstatuto da Terra e a legislação atual para o tema. No Capitulo 5, tratamos sobre as formas jurídicas de exploração do espaço agrário, desde os microprodutores ate' as grandes empresas rurais, verificando como se da a pro dução nesses espaços. No Capitulo 6, iniciamos a explicação dos procedimentos contábeis característicos do setor agricola, comoo conceito de resultados aplicado a empresas rurais e as notações contábeis específicas para elas, mais complexas. Em seguida, no Capítulo 7, relacionamos como devem se apre- sentar os planos de contas para a agricultura e para a pecua- ria, com modelos e explicações. No Capitulo 8, abordamos os conceitos de custo e receitas da exploração de atividade agri— cola, além de alguns conceitos complementares. Dedicamos o Capítulo 9 as despesas que incorrem na atividade agrícola, pecuária e agroindustrial. O Capítulo 10 trata dos critérios de reconhecimento de receitas, os métodos para medi-las e o equilíbrio entre elas e as despesas, No Capitulo 11, explanamos, por fim, o conceito de inventário de semoventes, a maneira de identifica-los e como realizar os inventários em geral. Assim, seguimos um rol extenso de conceituações e discussões de temas ligados a economia rural, para que o conhecimento sobre o tema não envolva apenas o encaixe de Ativos e Passivos em contas contábeis de planos prontos. Este livro traz alguns recursos quevisam enriquecer o seu aprendizado, facilitar a compreensão dos conteúdos e tomar a leitura mais dinâmica. Sáoferramentas proletaoas de acordo com a natureza dos ternas quevamos examinar,Veja a seguircomo esses recursos se encontram distnbuídos no decorrer desta obra. .:.-...... Conteudos do capitulo: Logo na abertura do capitulo, você Fica conhecendo os conteúdos que nele serão abordados. “amour,. ,,,»,pMaM,., ,,,,ua, swim,,,.r iara,it,,rr iam,» traiuriiiaraa,,,.,iaine, reuniu,," ,mean,, a.— ria,.ronr armas,, ,omira,,»mat.". a nani, nim,—sair , mvahrlorlmcntu ir monaromeno,,“ buul i,,iw aeww.au,,um.,ariiri,..oimiraoartirim, i,,m,,u,,,.,..,,emanam,“ rastro,-inistro”,«reino..e Um ,,,wumma,,momo, ia ,,,, mundumira., ,,,. ”Aqua sinal.,r,,,,,,.r ...um “mas.“ r—w ,,,un, oi,-.,,iira,,.t..e,uu.,sa,.,,,ua.a,, mamona,mean, .imenri , raia,.utimaa ,ummmvltum uma, «, sensitiva (martial, taum-du ._.,unm,,,, eu ,a,“,mmiuuma,, amaro,, Panna, i, i, , usam.,hl am,.tisrir,-raio..iiciiirsitornrus ,, na“, ,,,..,,,ra,,as,,,,,,a,,.o lwllnasvr—lvurmwl iiiriveaiaa,r,eas noir... Alumni): i,,.im,.i,a,si,,a,,,,,weac Exercícios resolvidos A obra Conta também com o objetivode demonstrar, na pratica, a aplicacaodos conceitos examinados. exercícios seguidosda resolução feita pelos próprios autores, com Sintese Você dispõe, ao final do capítulo, de uma síntese quetraz os principais conceitos nele abordados. sinio—r ,am,,sa,,,m.,,,,uma,, ,,,,,c,,,,,i,,,.,.,c rimam,,,,, ,,,—tiro,, sn,,,,..t,,,,,,,a.,,,.,.M..,iii,, Muuu, ,,,,,,r,,i,,r s,,iar, ,,,». ,,,,“ama., uma,,“uma,,,,,, ,,,,_,,,,,.,,i,,,,,. i, ,,,.i , Mirna,“ otico-irei para revisar, m,,u, ,,,,,,r,,s,,e,,,,,i,s “,,,,“mm,, ,,,,au, ui,,iutu , , i,,,,,,,.a,,a,,iasi,,preciso,, u,,,,,, ,, ,,,a,,,,,,i, ,,,,,,,,ur morna., r c,,,ri,n,r,.,i,,i, ,,,,uri, ronan—iru imm— ,, ,ui,i,,i.,,i,,»,n i,,,,.,,,,,,,,s ,, murmurou,,,, ,,,i,,.,,.,i.,.,,,,, , c,,,,,,,...,,a,,i. .i,,,uu, am,.M,, ,, mami, ,,ia,,, ,,.i,,.i,ii,,. ,i, ,,,,,,,iii,.i, ,,,,u, , , “mamona,. ,,,..,,,,,,,,,,,,,, ,i,i,»rn,,,,,r,,,i,,,,,aew,,r, una,,“,,,,,,iu,.,,,,.,,,,,o,i Questões para revlsão Com estas atividades,você tem a possibilidade de ieveros piincipaisconcertos analisados, Ao final do livro, os autores disponibilizam as respostas às questões, a ôm de que voce possa veiincar como está suaaprendizagem. importante Cllwtlrvnwrrllilrl .,aparato,»ira,,i,,r,,n,aaiim,i,soo importante Algumas das informações mais importantes da obra aparecem nestes boxes. Aproveite para fazer sua própria reflexão sobre os conteúdos apresentados. iii,—.t, m; i,,,,,,, ,u,,i,i,,—,,u,,,iwaa “ontem,, a, ourimltum umiur IJ:-<n,.arrrmrn rui, dc mn, iu, ,,,,,,,.,i a u ,, n ,,,, , ,,,, u,,, usaram,,., ,.lmpomnvl ,,,, mr a,, produção mami «trariam, nrdxwmlutsltnklmuti(initolvvittur « :l ,,i,,i,,,,,,, ,,,“, ,, ,,,,adrºulm— mansa,—irc itosX'mlmvv u,,oieWX, Manim i,i,, , Xdirpl ,,,,i Perguntas sr respostas. Dm-wnrolllwcllxrtumlnipvwnn's,r,,, ..,uen amarem vrvvmx ,,ui— ,as ,...,-no,,imune,.corno,»........,_.,.a.itr.,aiurreurs,,,,rr... ,, ,,,i,, .a,,, . ,, .,.i.,,,,i u. ,,,, ,,,...,t..,Plantio,mmummhtmummlhcltnr animam—rr. ,,,i, p,,,,,..uou,, nas,, um..—,e ru... u, omni, dmvm p,,,p.,u,,u..ru..i «nta a», marina,, itxiorma pandora ªlgumªs & respºstªs ,,...,..u....ai., ., ,. ,u,.,,,i,—,,,u,,a.u,u,,...,,i..,,.,,... ,,,.ao... rtrtrmvnlllindu mim,,amam...,mrmu,.., ,, ,...,,aa. ,,,,sumi ,,,,,,,.,,,,,,,..,,,,,.,c, Nesta seção, os autoresim.r...,..,.a.,,..,,,,i,,,.,,,.,,i,,,,.na.,i,,em, , ' ,. ,...,..i. respondem a duvidas . ], Oqueúuuimúdulosiiau! ,murmurou,utorrent,"un.,inmmonnuun, “ªquª"tªª "º'ªª'ºnªdªª ,,,.,,,,,.ui. ,,,..i pmi, ...,. .,,.,.,,.,,,.,,,o, ,,,.(vlwww—xiv":llniúailcoclllrttliiade—(ure amainar, aos conteúdos do capítulo. ,,,,,.,..,,, a..,,,,..i i,. ,,i,..,,.,.,,, int,,m, ,,,-,,,,a. n...,.o.mou,».iaini...,rs,-<,,,,i,,ruvirnnimune,.» ,,... ...u,,,,,,,, Estudo de caso trato,-arm,,,,r.,»npanaurmrmaiu r rara.... rugi— «i,.a. ,,,, um. cano,—,. omni, ,,,.a,.i..,,,,.... ame..., ,,,,uau,-rri,i.»,,...ra.u,mxr, ,,,i,.ua.v.i,,,,..a.,..e..,. ..anao.umanos,,,,nrn, ,, r,,rrui , uni. i , ursos,, ,ou ,,,i,,s ., ...._i,.i,.,,, c.,,,,u..,..,i,,uau....,.,...ar«.,,.i,,a. Estudo de caso ewuir (MVMM: orar.—iu z nintrrriaiescmr muro—we, ,,,, nu, ,,,i,, u, sit,— Esta seçãotlaz ao seu montar,. conhecimento situações que vão aproximar os conteúdos estudados de sua prática profissional. “Wºº““ªªª ...,,., r,,,,,,,.,..,..a,,.,,.ar,r,a,,,,,,umm,.,,,...i, u. mm, 1.......,mi,, .,.arrr ,,,ro nr.... ,., «erro, dc rara,, dma.ir...,e.. toner assinam,» ., M,, r.....ur lâaxãlcãisczíiªusilãliªno.o......o|...o...O......oo...o...O... nicialmente, para falarmºs sobreo que é e qual opercurso histórico do conceito da ciência da economia, devemos retro- ceder na história ate' a Grécia Antiga, onde Viveu o filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.).Opensador é reconhecido como o primeiro a reconhecer a economia como ciência e tratar dela, em suas obras Ética « Nicômacn (Aristóteles, 1991) e A política (Arisióieles, 2010). Em uma sociedade em que grande paris da população era de escravizados, que cuidavam dos assuntos de casa, por preconceito se desprezavamos assuntos da vida colin diana, como trabalho e comércio/ ou mesmo a adminiskração de receitas e despesas de casa. As atividades mais valoriza- das eram a filosofia e a politica, reservadas aos membros da elite que podiam despreocupadamente passar seus dias em discussões filosóficas e políticas. Contudo, ainda as 'm perce- biaese 0 valor de uso e o valor de troca dos produtos e, conseA quentemente, as noções de dinheiro, riqueza e produtividade, o que fez surgir então a primeira das ciências humanas: a eco— nomia. O termo economia, dessa maneira, apareceu na Grécia Antiga, como resultado da união de duas palavras gregas, nikus ("casa”) e nomes (”normas“ ou “regras”) (SFB, 2017). Assim, a economia estuda as “normas da casa", a ”administração das coisas da casa", uma ciência prática, relacionada à ação; o filo- sofo a colocava ao lado da crematístim, que seria, por seu turno, uma ciência de classe inferior, relacionada à produção, sempre com a finalidade de adquirir e produzir bens. A economia era a arte de saber usar bem a riqueza, enquanto a crematistica era um meio para atingi-la. Aristóteles cita, em sua definição de economia, a unidade social,e ao mesmo tempo econômica,fundamental: a casa. Isso se deve ao fato de que, uma vez que as crianças crescem, elas fundam suas próprias familias e suas próprias casas, for- mando um segundo nivel de desenvolvimento, uma comu? nidade de casas, e, com ela, uma aldeia, até atingir uma pólis (cidade-Estado grega da Antiguidade). Nesse contexto, Aristóteles concebeu as noções de valor de uso e valor de troca, e delas as decorrentes noções de dinhei o, riqueza e produtividade, que identificam a pri- meira das ciências sociais , a economia política clássica (Drummond, 1998). 1.1 Conceito de economia Um conceito básico de economia a trata como a ”ciência social que estuda a produção, distribuição, e o consumo de bens e serviços" (Conceito. , 2009, grifo nosso). É uma ciência que estuda o comportamento humano, individual ou coletivo, em relação às necessidades e aos recursos disponíveis para satis- fazer tais necessidades. Em síntese, entendemos a economia como o estudo da alo? cação (utilização) dos recursos escassos na produção de bens e serviços para a satisfação das necessidadeshumanas.A econo- mia, então, se liga diretamente a produção de bens pelos recur- sos disponiveis e sua distribuição conforme as necessidades das pessoas. Por isso, há ligação entre a economia e a escas- sez de produtos necessários, pois ela dita a forma como serão distribuídos e alocados os recursos disponiveis para aqueles que necessitam de tais recursos. A ciência econômica, então, depende de alguns conceitos básicos, complementares a sua definição. Entre esses conceitos, vamos considerar os seguintes: a) Recursos,são os meios utilizados para a produção de bens e serviços. b) Bens—são os produtos concretos (tangíveis e intangíveis), que se subdividem em móveis, como das máquinas e equipamentos agrícolas; imóveis, como estábulos e ins— talações de ordenha; e semoventes, comoo gadobovino, por exemplo. c) Serviços,são os produtos intangíveis, resultantes da atividade terciária de produção, o trabalho (ex.: tirar leite de vacas). Temos ainda que os bens e serviços intermediários, mate! rias-primas e insumos transformados durante os processos produtivos; por exemplo, o farelo que vira ração para o gado e um insumo. Além disso, nos bens e serviços de produção encontramos os bens de capital, que entram no processo de produção de outros bens e serviços; exemplo disso e' o leite tirado das Vacas, mencionado anteriormente. Ao considerar a economia comoum todo, devemos também ter em mente a divisão da economia em setores de produção, cada qual com seus recursos característicos: recursos naturais, humanos e o capital. No contexto desta obra, quando levamos em conta o recurso mm, considerando seu uso na agricultura, na pecuária e na extração vegetal, temos o setor primário de atividade econômica. No setor secundário, são consideradas a extração mineral e a industria de transformação das maté— rias-primas. Por fim, no setor terci rio, considera-se o fator traballio: nele, são Classificados o comércio, os transportes e as comunicações (serviços em geral). Os sistemas econômicos englobam todos os métodos pelos quais os recursos são alocados ou uti zados na produção de bense serviços. Sãoas organizações econômicas que produzem comesses recursos os bens e os serviços, usando os elementos básicos que descrevemos a seguir, Nesses mesmos sistemas econômicos, aparecem as unidades familiares, os consumidºr res e as empresas como utilizadores desses produtos. Por outro lado, os recursos produtivos englobam recursos humanos (comoo trabalhador na lavoura) e patrimoniais (por exemplo, a enxada ou a maquina), que podem estar nas ins- tituições (como o Estado ou as cooperativas), As instituições envolvem pessoas e podem ser classificadas em econômicas, políticas, sociais ou jurídicas e tomam decisõeseconômicas por meio dos chamados agenteseconômicos (como os bancos). 1.2 Economia rural Dentro da ciência geral da economia, entendemos a economia rural como a parte dessa ciência social que usa o conhecimento técnico e administrativo, bem como os recursos produtivos (a terra, o trabalho e o capital) nos empreendimentos agrico- las e pecuários, com safras e custos de produção. Em outras palavras, ela compreende a aplicação dos conceitos gerais da economia no sistema próprio domeio rural, restringindo ape- nas a abrangência desses conceitos para o sistema de produção rural e suas peculiaridades. Para dar conta da economia rural em seu todo, devemos ter em mente noções de matematica, estatistica, administração, economia básica e técnicas agrícolas e pecuárias, com seus pro— cessos produtivos especificos. Em umolhar externo, podemos Ver como objeto dessa área de conhecimento o atendimento de algumas necessidades básicas do ser humano, quer sejam a agua e os alimentos, Dos conceitos mais gerais da economia, na economia rural, por suas caracteristicas, vamos considerar as propriedades privadas, os preços, a competição, o poder público e as funções de cada recurso econômico. Com base nesses conceitos, a economia rural se ocupa das seguintes questões:Oque produzir?Como produzir?Quanto produzir? Para quem produzir? As respostas adequadas a essas questões nos dãoum panorama da economia rural, como a parte da economia ligada mais diretamente a produção, aos alimentos e à logistica desses produtos. 1.3 Omercado e suas estruturas Entendemos por mercado o local em que operam as forças de oferta e demanda, por meio de vendedores e compradores, de forma que ocorra a transferência de propriedade das merca- dorias mediante as operações de compra e venda. No entanto, para alem disso, existe um sistema de preços que pesa na uti? lização (alocação) de recursos escassos, e que, no final das transações, agradara' tanto a produtores como a consumidores, Destacamos que a regulação domercado é realizada pela lei da oferta e da procura,- ou seja, quantomais produtos disponíveis, mais os preços baixam, ou quanto mais escassos os produtos, mais os preços sobem. No entanto, os produtores querem sem? pre ganhar mais, enquanto os consumidores querem sempre pagar menos.O resultado desse processo são os chamadospre— çosde equilíbrio, com os quais o mercado não escolhe nenhuma das partes, promovendo o equilibrio entre elas. Assim, sabemos que osmercados crescem quando há desen- volvimento econômico, ou seja, o crescimento da economia, Por outro lado, eles entram em retração quandohá desaceleração dodesenvolvimentoeconômico. Esses doismovimentos podem provocar inflação ou deflação, conforme fazem aumentar ou diminuir os preços. 1.3.1 Tipos de mercado Costumamos classificar os vários mercados por meio de crité- rios espaciais e de produto (mercado da batata no Brasil, mer? cadodo cacau no Chile), porém podemos também diferenciar alguns tipos de mercado conforme o comportamento dos par- ticipantes, sejamos vendedores ou os compradores, o que leva a tipos de mercados especificos, como a concorrência perfeita, a concorrência imperfeita, na qual se enquadram o oligopólwr o oligapsônio, o monopóliº, o monopsônio e o monopólio bilateral, tal como descrevemos a seguir. Na concorrência perfe 5, há muitos compradores, que geram demanda, e muitos vendedores, para disponibilizar a oferta, comproduto suficiente para suprir o necessário; assim, nenhuma força, seja da demanda, seja da oferta, pressiona o preço das mercadorias. Os produtos e os fatores de pressão sobre os preços são homogêneos e têm livre entrada e saida do mercado. As forças de oferta e da procura são as únicas determinantes do preço. Na concorrência imperfeita, não existe atomização, ou seja, não há multiplicidade nem na ponta da demanda, nem na ponta da oferta; tampouco ha homogeneidade, o que quer dizer que a oferta e' de produtosmuito díspares entre si; desse modo, a procura não influi no preço. Os consumidores estão presos a certas marcas de produtos e a publicidade desses poucos produtos; com isso, omercado fica divido em preferências por um ou outro produto. O oligopólio é o pequeno número de grandes produtores, os quais controlam a oferta e, por Vezes, a cadeia de oferta comoum todo. Nesse tipo demercado, há poucos vendedores e muitos compradores, sendo que os vendedores exercem o controle sobre o preço dos produtos, Além disso, a tomada de decisões pelas empresas leva sempre em consideração as reações das empresas concorrentes: quando as ações, como alteração de preço ou qualidade em um produto determinado de uma empresa, produzem reação por parte das concorrentes, estamos emuma situação de oligopólio. Exemplo disso e' o mer— cado dos produtos derivados da soja e similares (como giras- sole milho), em que atua a empresa Bunge Alimentos, a qual domina a cadeia produtiva como um todo, desde a plantação ate' a mesa. No mesmo mercado, competem apenas gigantes, como Cargill, Archer Daniels Midland (ADM) e Tyson Foods. No oligopsônio, temosmuitos vendedores para poucos come pradores. Com isso, os compradores dominam omercado. No monopólio, admite-se que há apenasum vendedor, que define o preço e a quantidade dos produtos; portanto, não ha concorrência ou produtos substitutos; exemplo disso e' a ener— gia elétrica, que compramos apenas do Estado, O chamado monopólio bilateral e' um modelo abstrato, no qual existiria apenas um vendedor e um comprador, sendo o oposto da con- corrência perfeita. Por fim, no monopsônio, temos um comprador para vários vendedores de produtos e ou serviços. Sempre que analisarmos os diversos tipos demercado, deve- mos considerar a relação existente entre mercado, consumi— dor e demanda, considerandoque a demanda (ou procura) é a quantidade de certo bem ou serviço que o consumidor deseja e está disposto a adquirir por determinado preço e em deter- minado momento. Os principais determinantes da demanda são: quantidade, renda, número de consumidores, preço dos produtos substitutos e preferência do consumidor. Nesse sen- tido, verificamos que lei da demanda e a relação inversa entre preços e procura, sendo esta sensivel àqueles. Por outro lado, consideramos também a relação entre omer- cado, () consumidor e a demanda, a lei da oferta é a relação direta entre a quantidade de um bem ou serviço ofertado e o preço desse bem ou serviço. No Gráfico 1.1, a seguir, veri- ficamos que, quanto maior é a demanda, menor e' o valor de mercado do produtº, sendo o inverso também verdadeiro. Observamos ainda que, nomercado ideal, a demanda e a oferta estariam em equilibrio, demonstradono gráfico pelo ponto de equilíbrio do mercado. Gráfico 1.1 — Ponto de equilibrio Preco Curva de demanda _, Ponto de equlllbriodo mercado Curva da oferta Quantidade Tempo Assim, temos equilíbriodemercado quando as leis da oferta e da procura conduzem a um ponto de equilíbrio, em que a quantidade demandada do produto e' igual a quantidade ofe- recida. Assim, opreço se equilibra entre a demanda e a oferta. Ainda no contexto demercado, devemos ponderar a variação ocorrida por meio da elasticidade. No estudo da elasticidade, mensuramos a variação da quantidade demandada em rela— ção a variação do preço do produto, a renda, o número de consumidores e o preço dos substitutos: são os deslocadores da curva de oferta e demanda. No preço da demanda, a elasticidade e sensível ao preço, e a variação no preço será acompanhada por uma variação na quantidade demandada.A elasticidademensura, portanto, a resposta do consumidor a variação do preço. Na chamada dfmanda elastica, a redução do preço aumenta muito a procura; por outro lado, na demanda infla'siica, temos a redução no preço do produto, visto que provoca pouca reação na quantidade demandada. De modo geral, os produtos agricolas têm demandaine— la'stica a preços, ou seja, qualquer aumentona quantidade ou decréscimono preço está associado a receitamenor, visto que a colheita e os custos já ocorreram para os produtores. Ainda na busca de definir os conceitos importantes para a economia e contabilidade rurais, devemos avaliar alguns deles, tais como: ' Teoria da irma — e' a relação entre a empresa e omercado; nela, consideramos que empresa ou Erma é o local em que ocorre a produção e a venda de bens ou serviços, utilizando o processo produtivo. Processo produtivo — é a combinação de fatores de pro- dução (terra, trabalho, capital e demais insumos ou matériasfprimas) que resulta emumbem derivadodesse processo. Mercado agrícola — e' o local em que compradores e ven- dedores realizam transações de bens e serviços agricolas. A definição demercado pode se referir ao local especifico em que se realizam os negócios, comoomercadn atacadista de Curitiba, ou pode se referir a um produto especifico, como o mercado da laranja. Os consumidores determi— nam :: extensão do mercado. Alem disso, na integração das regiões emummercado único, a proximidade entre elas contribui para a comunicação entre compradores e vendedores e para a transferência de bens. Portanto, temos de levar em conta o custo do transporte, o que limita a incorporação de diversas regiões emummesmo mercado. Na conceituação da ideia demercado, ainda entram emcon- sideração algumas outras variáveis, como a delimitação regio— nal e a delimitação por produto. Particularmente no espaço agrícola, de acordo com oproduto agropecuário, ocorrem dife- rentes niveis de mercado. Por mercado produtor entendemos aquele emque os produtores oferecem seusprodutos aos inter? media'rios ou diretamente ao consumidor. No mercado ataca- dista, as transações são realizadas em quantidades volumosas de produtos entre intermediários, atacadistas e varejistas; em outros termos, os atacadistas compram para revender, seu foco de negociação são os estabelecimentos comerciais. Por outro lado, no mercado varejista, os consumidores compram direta? mente os produtos agrícolas; em outros termos, essemercado tem como foco o consumidor final. 1.4 Canais de comercialização agricola Os meios e as formas, em geral, pelas quais o consumidor tem acesso aos produtos agrícolas são o que entendemos por canal de comercialização, ou canal de distribuição, ou, ainda, na teoria de marketing, os institutos mercantis que têm a fina- lidade de disponibilizar os produtos para o comércio, visando ao consumidor final. É importante destacarmos que, nas cadeias agroindustriais, os agricultores negociam com vários fornecedores de insumos emáquinas, bem como com compradores demateriaszrimas (agroindústria) e de produtos finais (varejistas). Apesar de, em geral, os canais de comercialização apresentarem vários agen- tes, existem canais curtos, como a venda direta em feiras e a comercialização direta. No entanto, esses meios na verdade são definidos na estratégia de comercialização dos produtos. Oprodutor rural, ao vender sua produção agrícola ou pecuá- ria, corre o risco de encontrar, nomomento da comercialização no mercado, preços insuficientes para cobrir seus custos e alcançar sua margem de lucro. Da mesma forma, as indústrias, os comerciantes e os distribuidores, ao compraremos estoques necessarios, correm o risco de ter que arcar com preços mais elevados das matérias—primas, custos que dificilmente serão repassados de imediato a seus clientes ou consumidores finais. Diante dessa situaçãode risco dos negócios, tanto para os com— pradores quanto para os vendedores, surge a necessidade de estabelecer acordos antecipados de comercialização dos pro dutos a preços fixados previamente, com vistas a segurança de uns e outros. Para tanto, estabelecem-se sistemas de apoio à comercialização. 1.5 Apoio à comercialização Como apoio à comercialização, aparecem juntamente a garan- tia de preços aos produtores, o crédito rural e as estruturas para armazenagem de grãos. Nessa ocasião, o governo atua por meio do fomento àprodução agricola. Assim, por exemplo, no inicio dos anos 1990, foi criada a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada aoMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que e a companhia respon- savel pela Politica de Garantia de Preços Minimos (PGPM), atuandopormeio de estoques reguladores, estudos e estatistica de preços e aquisição de produtos com objetivo de garantir a renda do produtor. Ao intervir no mercado, com a concessão de crédito para a comercialização, por exemplo, o governopossibilita aosprodu- tores a estocagemde produtos, para que eles possam aguardar melhores oportunidades de mercado. Assim, o crédito para a comercialização permite a regulação da oferta ao longo do ano e tem um papel fundamental na estabilização de preços. Os preços mínimos são fixados antesdoplantio, o que ajuda os produtores na decisão sobre o que e quanto plantar. Graças ao preço mínimo, os produtores podem vender sua produção ou financiar sua armazenagem. Esse procedimento determina a garantia de acesso aos alimentos a populações em situação de insegurança alimentar e nutricional, assim como promove a inclusão social no campo, por meio do fortalecimento da agricultura familiar. A agricultura familiar é exercida pelo pequeno produtor rural, cuja mão de obra, essencialmente, são as pessoas do convivio familiar. Podemos perceber facilmente que, em geral, quem trabalha nas pequenas propriedades são a mãe, o pai e seus filhos. Sintese Neste capitulo inicial, apresentamos a realidade da ciência econômica, posto que ela está estritamente ligada à da vida das pessoas, seja na agricultura familiar, seja na vida do consumi- dor final, considerando que uma de suas principais funções consiste em explicar como funcionamos sistemas econômicos e as relações entre os agentes econômicos, propondo soluções para os problemas existentes. Da mesma forma, no contexto deste capitulo definimos que, para produzir, além de bens de consumo final, a agricultura também depende de insumos que recebe da industria, produ- zindo bens intermed ios oumatérias-primas para indústrias de transformação e que é nesse cenário que surgiu o agrone- gócio brasileiro. EMM/um ;“ _ JIM/Us 1. Sobre a economia rural, analise os seguintes conceitos bási— cos e marque os verdadeiros: a b c d) Economia,é a ciência social que estuda a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços. Tem como base de estudo a forma de comportamento humano, seja individual ou coletivo, resultante da relação entre as necessidades e os recursos disponíveis para satisfazer essas necessidades. Recursos,são os produtos concretos (tangíveis), como arroz, feijão e frango, entre outros. Bens — são os meios utilizados para a produção de bens e serviços. Serviços — são os produtos intangíveis, resultantes da atividade terciária de produção, o trabalho. As alternativas I e II estão corretas As alternativas II e III estão corretas. As alternativas [e IV estão corretas. As alternativas III e IV estão corretas. Resposta Alternativa e. A definição ll define produto agrícola e a defi— nição III define recursos, diferentemente do que está exposto nas afirmativas. 2. Marque a(s) afirmação(ões) correta(s) a seguir e depois assi? nale a alternativa que as contempla: Sistemas econômicos — englobam todos os métodos pelos quais os recursos são alocados, ou utilizados, na produção de bens e serviços; são as organizações econômicas, com os elementos básicos. Economia rural,e' a ciência social que utiliza o conhecimento técnico e administrativo e os recursos produtivos (a terra, o trabalho e o capital) nos :'ª a b c 61) empreendimentos agrícolas e pecuários, com safras e custos de produção. As duas afirmações estão corretas. As duas afirmações estão incorretas. Somente a primeira afirmaçãoestá incorreta. Somente a segunda afirmação está incorreta, Resposta Alternativa a. As definições estão corretas. Marque as afirmações corretas e depois assinale a alterna- tiva que as contempla: r. a b c d) A microeconomia estuda a economia no seu conjunto, seu comportamento, considerando o desempenho agregado de indicadores como Produto Interno Bruto (PIB), renda nacional, emprego e inflação, contas do setor público, desenvolvimento econômico e balança de pagamentos. A macroeconomia tem como base o consumidor, as empresas e sua produção e a formação dos preços de bens e serviços que determinam as ações dos produtores e dos consumidores. As duas afirmações estão corretas. As duas afirmações estão incorretas. Somente a primeira afirmação está incorreta, Somente a segunda afirmação está incorreta. Resposta Alternativa b. As definições se encontram trocadas. Sobre o tema mercado, é incorreto afirmar: ª) b Na concorrência perfeita existem muitos compradores e muitos vendedores. Ninguém influi sobre o preço das mercadorias. Na concorrência imperfeita não existe atomização nem homogeneidade, e a procura não influi no preço. c No oligopólio admite-se apenas um Vendedor, que define o preço e a quantidade de determinado produto; portanto, não há concorrência ou um produto substituto. d Omonopólio bilateral e' um modelo abstrato, no qual existe apenas um vendedor e um comprador, sendo o oposto da concorrência perfeita. Resposta Alternativa :. Perguntas& respostas 1, Em que consistem oprocesso produtivo e a comercialização agrícola? O processo produtivo envolve uma série de atividades ou funções, por meio das quais bens e serviços são transferidos dos produtores e prestadores de serviços aos consumidores, Por outro lado, a comercialização agrícola surge a partir da combinação dos fatores de produção, que são a terra, o trabalho, e capital e os insumos (matérias primas), que resultam emum bem a ser negociado. %%%&/%Mm;, lâaxãlcãiscrâriªusilãliªo......o|...o...O......oo...o...O... forma como o Brasil se inseriu na história mundial, desde sua descoberta e conquista, e' parte das grandesmudan- ças que encerraram a IdadeMédia europeia, com efeito notável em todo o planeta. Esses acontecimentos delimitaram pro— fundamente as raízes do nosso pais e nosso desenvolvimento pela história. Por volta do séculoXV, na Europa, houve o reaparecimento das cidades em contraposição ao jugo feudal em grandes pro- priedades agrícolas, a burguesia mercantil cresceu, surgiram os Estados nacionais e se estabeleceram as monarquias absov lutistas com base na aliança entre os comerciantes e as casas reais, em frequente conflito com a nobreza feudal e o clero conservador. Alem disso, as grandes navegações criaram pela primeira vez um mercadomundial, num comércio global com produtos como especiarias e sedas, vindas doOriente, açucar, ouro e prata oriundos das Américas e, parte do colonialismo reinante, os escravizados vindos da África, A difusão das inovações que ocorreramno mundo, em todos os aspectos da vida,como a pólvora, as armas de fogo, a bússola, as caravelas, o papel e a imprensa de tipos móveis, a Renascença artistica, 0 humanismo filosófico e a Reforma religiosa,deram origem a Idade Moderna. Os responsáveis pela entrada doBrasil nessemercadomun- dial foramnossos descobridores portugueses. Assim, oponto de partida de nossa volta ao passado é a Peninsula Ibérica e o Reino de Portugal. 2.1 A expansão marítima e comercial Na Europa do século XV, com a crise econômica nas Zonas rurais, levada a cabo por uma série de fatores, que incluiam: a Peste Negra, que reduziu a população da Europa em ao menos um terço; () reinicio do comércio com o Oriente, prof movido pelas Cruzadas, que deu novo ânimo ao crescimento das cidades e dos portos; a dificuldade de manter a economia rural, pela falta de trabalhadores (mortos pela Peste), e pelo esgotamento das plantações que ja' havia causado a Grande Fome entre 1315 e 1317; o crescimento da burguesia, classe que Vive do comercio e das viagens; e o recrudescimento das monarquias absolutistas, com as dinastias se fixando com armadas fixas, não mais exércitos de mercenários. Com toda essa situação, a economia mercantil,que procurava se censo? lidar nos principais centros urbanos — e principalmente a falta demoedas (esgotamento das fontes demetais preciosos) foram motivos para abusca de novas rotas de comércio com oOriente e de fontes de metais preciosos ao alcance. Esse contexto levou ao inicio da Era das Grandes Navegações, Os navegadores portugueses tinham como objetivo final alcançar o Oriente, contornando o sul da África. Outros preferem ver na expedição de Cabral apenas uma maneira de tomar posse do território já conhecido. De todo modo, foi com essa motivação que, em 9 de março de 1500, a frota sob o comando de Pedro Álvares Cabral (1467-1520), após passar pelas ilhas de Cabo Verde, tomou rumo oeste, afastando-se da costa africana ate' avistar aquelas que viriam a ser as terras brasileiras, em 21 de abril de 1500. Entre outros fatores, o desco- brimento da nova terra determinou a passagem, para o Reino de Portugal, do feudalismo para o capitalismo comercial, com a ascensãodo capital mercantil e das ideiasmercantilistas que precederam a Revolução Industrial, no século XVIII. Com isso, os conquistadores adequaram a nova terra as suas necessidades econômicas, de acordo com o comércio que se apresentava, na epoca, direcionado aos produtos com grande procura nos mercados europeus e com base no exclusivismo comercial (ninguémpoderia comercializar direto doBrasil com outros paises ou compradores). Alem disso, ametrópole usava como estratégia a combinação de capitais privados e monopó- lios comerciais nas fases iniciais da colonização, bem como o estabelecimento de suas unidades produtoras e as relações, ainda precárias, de produçãoe trabalho. Temos, portanto, nes e âmbito, a definição do latifúndio como unidade de produção, da escravidão como relação de trabalho única e da monocultura comomodelo produtivo, conjunto que forma a base da agricul- tura colonial brasileira. Essa visão sobre o tipo de exploração realizado no Brasil não é nova: já em 1902 (data da publicação original), Oliveira Martins (1902, p. 48, grito do original), his- toriador português, afirma: ”OBrasil e verdadeiramente uma fazenda portuguesa no Ultramar, e Portugal explora-a como o proprietário faz a uma granja sua”. Então, foi com base no latifundio, na monocultura e na escravidão que Portugal exerceu seu dominio sobre as ter- ras brasileiras no inicio do periodo colonial, até pelo menos a independência do pais, 2.2 A agricultura como parte da economia colonial Onome Brasil começou a ser usado ainda em 1503, associado ao pau-brasil, cujo cerne, vermelho, era usado como corante, e cuja madeira era utilizada para a construção de móveis e navios. Inicialmente, esse era o unico atrativo da nova terra. Portugal tomou para si o monopólio sobre o comércio e a exploração do produto, que escasseou em apenas 30 anos. Para Caio Prado Júnior (2000), a evolução da colônia obede- ceu, de certa forma, à iniciativa original dos portugueses de avançar com a colonização do território brasileiro, indo além do estabelecimento de feitorias e da extração do pau-brasil. Todavia, ela pode servista comoum sinal de que a colonização dos trópicos tomou o aspecto de uma vasta empresa comercial mais completa do que as antigas feitorias, mas sempre com o mesmo caráter que elas apresentavam, destinadas a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comercio europeu. Com a adesão a ummodelo inicial totalmente exploratório e extrativista, surgiu eventualmente a dificuldade da formação de um mercado interno. Passaram a existir, então, as gran- des lavouras, elas próprias responsáveis por seu própriosus- tento, cabendo apenas aospoucos centros urbanos um espaço para o comércio de alimentos. Era o inicio da grande lavoura, explorada em monocultura voltada à exportação, que cons- tituia o cerne da agricultura colonial, destinada a cultura de poucos produtos, ini ialmente a cana-de-açúcar, que havia se adaptado bem a nova terra, trazida pelo Governador-Geral MartimAfonso de Souza, em 1532. As outras culturas, dentro das grandes lavouras, desempenhavam apenas um papel de subsistência para os moradores das fazendas, escravizados, com o pouco excedente comercializado nos centros urbanos. As primeiras tentativas de exploração do litoral brasileiro se basearam no sistema de feitorias, adotadonas costas africanas, O Brasil foi arrendado, com direito de extração por três anos concedido a um consórcio de comerciantes de Lisboa, lidera- dos por Fernão de Noronha (1470-1540), que teve seu término já em 1505.O inicio propriamente dito da colonização do país se deu na expedição de Martim Afonso de Souza (entre 1530 e 1533), que tinha comoobjetivo patrulhar a costa, estabelecer uma colônia e determinar o método de exploração da terra. MartimAfonso foi o primeiro air alemdo extrativismo, ao dis- tribuir sesmarias, nomear os primeiros funcionários e deixar um núcleo de povoamento que existe até hoje (São Vicente, fundado em 1532), além de introduzir no pais nossa primeira monocultura de extensão. 2.3 A primeira agroindústria do Brasil No Brasil, o nobre Martim Afonso de Souza, donatário da capitania de SãoVicente, estabeleceu a primeira agroindústria, quando iniciou o cultivo da cana-de-açúcar, em 1532, cons- truindo um engenho e uma plantação com complexa divisão de trabalho entre 18 funções especializadas, sendo 11 braçais, Um engenho de bom porte fabricava ”de 150 a 250 toneladas de açúcar por ano“ (Gorender, 2011, p. 93), e utilizava de 150a 250 escravizados, enquanto a comercialização do produto se dava em âmbito mundial, porém sempre por meio da metrópole. Corn tais elementos articulados em uma organização pura- mente produtora, industrial, com potencial mil vezes menor do que uma usina atual (Gorender, 2011, p. 93, destaca: “são comuns hoje as usinas que fabricam 60 mil toneladas anuais“), constituiu-se a colônia brasileira. O Brasil tornou-se então o maior exportador de açúcar e, em 1573, ja havia aqui 60 enge- nhos, sendo 23 emPernambucoe 18na Bahia; em 1652, o açúcar nordestino atingiu a hegemonia mundial, que se estenderia um a:Produção extensivo,definidopai» g.mae.umas de % por três séculos, até que o interior de São Paulo tornasse a frente na produção. Devemos considerar que a abundância de terras férteis e não desbravadas possibilitou o surgimento da grande propriedade rural (o latifúndio), a verdadeira unidade de produção, res- tando aos donatáríos apenas resolver o problema do trabalho, Assim, o trabalho escravizado veio a ser fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais brasileiros (ia que o sistema produtivo nos outros países do continente foi dife- renciado), sistema produtivo denominado plantatimz', o qual influenciou toda a trajetória histórica da economia do Brasil, limitando seu mercado interno. No Brasil, a escravidão dos indigenas permitiu o primeiro avançoda produção tropical e, quando essemodode produção se estabeleceu firmemente, os indígenas cederam lugar aos afri- canos escravizados. Contudo, questionamos: Qual foi a razão para amudança? A alegada inadaptabilidade dos indígenas a lavoura e' insuficiente. A introdução dos escravizados africanos respondeu,mais uma vez, ao sentido profundo da colonização, visto que a preferência pelos africanos se revelou comomais uma engrenagem do sistema mercantilista de colonização — o tráflco negreiro, alem de incluir o fator de despersonalização doescravizado, que retirou a identidade da pessoa por retira-la de seu lugar, de sua lingua, de seus costumes e de sua socie— dade; assim, despersonalizado, o escravizado sente—se fraco para enfrentar o escravizador. O indigena escravizado não sofria esse peso da despersonalização, pois não era retirado de sua terra. Outro fator que propiciou a opção pela escravi— zação dos negros africanos foi o estabelecimento de comercio de escravizados para as colônias, o que também abriu aos dominadores um importante setor do comércio colonial, que impulsionou a economia do reino em geral, desde os estaleiros de navios ate' os fabricantes de instrumentos de submissão, como correntes e grilhões. O desenvolvimento da economia colonial foi realizado, dessa maneira, por um processo ciclicoz primeiro, o pequeno ciclo do pau-brasil; depois, o do açúcar, apos o do ouro e dia- mantes, e então o do café, A noção de ciclos nos sugere que, esgotada a potencialidade de umproduto colonial, retomavafse o processo de desenvolvimento, praticamente domesmoponto de partida inicial, começando então um novo ciclo no qual o pais partia do zero novamente. Dentro desse contexto, a cultura da cana-de—açúcar somente se tornou rentável quando pôde chegar a grandes volumes de produção,para se desbravar o terreno, plantar, colher, e transportar ate' o engenho havia a necessidade de muitos trabalhadores, Para prover a essa necessidade dos produtores e dos dominadores portugueses, em 1538 ocorreu o primeiro desembarque documentado de escravizados no nosso pais. Em se tratando do café, as primeiras mudas da planta chega- ram aoBrasil em 1723, e asprimitivas fazendas de cafe adapta- ram para o novo produto o modelo do engenho de açúcar, com os mesmos escravizados e a divisão das fazendas entre a casa-grande e a Senzala, a mais tradicional do periodo colo- nial (Freyre, 2003). Além da renovação do ciclo, com a cultura do café, a Mata Atlântica passou a ser destruida em grandes queimadas e derrubadas; o cultivo era mais exigente do que o da cana de açucar, embora seu beneficiamento fosse mais simples e o investimento, menor. No século XIX, a cultura era predominante no pais e gerava a maior parte das riquezas. Com o latifundio, a monocultura e a escravidão (fazendas de 400 até 2 mil escravizados), repetiam-se as caracteristicas do engenho de cana na oligarquia do café, Os senhores de engenho apresentavamopulência, poder político e prestígiona corte. la no séculoXIX, o imperador concedia titulos de nobreza a inúmeros fazendeiros, chamados então de barões do café. 2.4 Modernização conservadora No processo de inserção dopais na economia mundial, a colo- nização portuguesa apresentou, como já vimos, diversas fei— ções, tanto no sistema produtivo quanto na organização social das classes emjogo.O sistema de pluntatímx, do qual ja' falamos brevemente, cuja principal caracteristica era a produção agri- cola voltada para omercado externo, fundamentada na grande propriedade territorial, na mão de obra escravizada e, mais tardiamente, no sistema de colonato, influenciou a trajetória histórica do Brasil, limitando o mercado interno e levando o pais a umprocesso tardio de industrialização urbana e agraria, com a geração de estruturas politicas oliga'rquicas. No final do século XIX, ocorreu também noBrasil uma das crises ciclicas do capitalismo, devido ao colapso dos preços dos produtos agricolas exportados, notadamente o café; esse fato levou a uma redefinição das relações entre o setor rural e o setor urbano no Brasil. Essa nova relação foi acentuada pela grande depressão econômica de 1929, com redução da expor- tação do seu principal produto (o café), o que determinou um estimulo a produção interna, com expansão de investimento no setor urbano. Com isso, o setor urbano e sua indústria pas- saram a centralizar o processo de acumulação de capital na economia, dando inicio ao modelo de industrialização conhev cido como modelo da subslítuíç/Ío de importações. Ate' o inicio do século XX, o Brasil era uma sociedade pre- dominantemente agraria, com poucos centros urbanose ati? vidades industriais ligadas a eles. Os latifúndios constituiam as unidades básicas de produção, nas quais a força de traba- lho era formada de parceiros e outros tipos de trabalhadores não remunerados exclusivamente com dinheiro. A economia nacional tinha como base a exportação de poucos produtos, sendo o destaque — conforme mencionamos — a produção do café, e os proprietários de terra constituiam uma aristocracia agrária que exercia a hegemonia econômica e politica noBrasil. Nesse modelo, identificamos principalmente duas fases: a primeira, chamada de industrialização restringida, compreen- deu o periodo de 1930 a 1950 e tinha como caracteristica a acumulaçãode capital combasena produção industrial; porém, como as bases técnicas e financeiras eram insuficientes, não ocorreu um processo de desenvolvimento industrial autodef terminado. Salientamos que, nessa fase de industrialização, vemos o advento de uma politica de controle de importações que visava regular a balança comercial. Assim, as compras de maquinas e insumos no exterior era forçada a se manter em niveis predeterminados pelos governos para gerar-se superávit na balança comercial. A segunda fase da industrialização iniciou-se quando Getúlio Vargas (1882-1954), como presidente da República pela segunda vez, de 1951 a 1954, adotou uma política deli— berada de industrialização e fez comque as açõesde fomento se voltassem para as indústrias de petróleo, aço e mineração de ferro, propiciando um periodo de industrialização pesada. Esse processo teve continuidade no governo de juscelino Kubitschek (1902-1976), de 1956 a 1961, com a implementa- ção de uma indústria de bens duráveis, entre elas a indústria automobilistica. Cabe salientarmos que, neste momento, em paralelo, teve inicio um processo de expansão rural, notada- mente no setor agricola. Destacamos aqui a agricultura, que desde o ano de 1930 até a década de 1960 se sobressaiu na produção de gêneros alimenticios com preços aceitáveis, e algumas vezes com tabelamento, para uma crescente população urbana. Além desse cenário, ocorreu a geração de divisas para importação de matérias-primas e bens de capital. Com isso, teve inicio a assistência técnica aos produtores rurais, com algumasmelho- rias na comercialização. Algumas politicas para impulsionar o modelo de substif tuição de importações determinaram taxas especiais sobre a exportação de produtos agricolas, assim como mecanismos de controle de preços para produtos destinados ao mercado interno, o que determinou a transferência dos custos da indus- trialização para o setor agricola. Porém, apesar dessas politicas desfavoráveis, ocorreu o crescimento da produtividade agrif cola — aindamenor doque as taxas de crescimento industrial —, mas ao menos suficientes para responder aos aumentos da demanda de alimentos. Ressaltamos que, na década de 1950, a taxa de crescimento populacional era de 3%, ocorrendo ainda crescimento da renda per capita proporcionado pela industria- lização (Cohen, 1974). Assim, muito embora as políticas não fossem favoráveis a agricultura, houve crescimento causado pelas mudanças que ocorreram na economia brasileira, A partir de 1930, a aristocracia agraria foi gradativamente perdendo a influência sobre o Estado, por exemplo com o fim da política do café com leite (revezamento entre presiden- tes paulistas e mineiros), o que permitiu a transferência do excedente de renda para a indústria. A mudança na estrutura politica foi seguida por esforços para se organizar a força de trabalho urbana e industrial nos padrões jurídicos de uma economia capitalista, como estabelecimento de uma legislação que regulava os sindicatos e as relações de trabalho, ainda em vigor, a Consolidação das Leis doTrabalho (CLT, aprovada em 1943). Essa legislação trabalhista não atingiu o setor agricola, não havendo, portanto, mudanças na estrutura agrária, o que vemos como resultado da influência dos grandes proprieta- rios na estrutura politica e do pequeno movimento camponês, durante o periodo entre 1930 e 1950. A remuneração baixa e precária do trabalho agrícola e a ausência de encargos trabalhistas aos grandes proprietários parecem ter contribuido para reduzir os efeitos da politica de transferência de renda no setor rural, bem como para ampliar a área cultivada dentro dos grandes latifúndios, o que teve como resultado o aumento da produção de alimentos nesse periodo. Outro fator de crescimento foi a ampliação da fron— teira agricola no centro sul e no oeste do Brasil, com a integra- ção dessas areas ao mercado; a fertilidade do solo também foi determinante para o aumento de produtividade, embora com baixo nivel tecnologico. Essa integração de novas áreas agri- colas foi proporcionada pela ampliação da estrutura viária e pelo desenvolvimento da industria automobilistica. A extensão das estradas dobrou durante o periodo de 1945 a 1950 (Brasil, 2017b), aomesmo tempo que ocorreu o aumento donumero de caminhões, de 12%durante o periodo de 1956 a 1960, graças a Lei ]oppert, como foi chamadooDecreto-Lei n. 8.463, de 27 de dezembro de 1945 (Brasil, 1945), Assim, o crescimento da agricultura, de 1930 até 1960, teve como base o modelo da agricultura extensiva, a expansão da fronteira agrícola e o baixo nível tecnológico, Podemos consi- derar aqui duas áreas: uma área de fronteira agricola e outra área, em que os processos de industrialização e urbanização eram mais intensos. A primeira passou a produzir alimentos comomilho, arroz e feijão, e a segunda, produtos de exportar ção ou mesmo para omercado interno, estes com necessidade de maior investimento de capital e proximidade de centros urbanos, com destaque para os estados do Sul e do Sudeste, commaior produtividade por área cultivada (São Paulo atingiu 93% de produtividade por área cultivada). Essa fase decorreu da transformação da base técnica da produção agropecuária, que se deu a partir das importações demáquinas e de insumos. A esse respeito, vale verificar o contido em O mumia rural no Brasil do século 21: aformação de um novo padrão agrária e agrícola, deBuainain et al. (2014, p. 83-90), que traz umpanoramamais extenso da história do desenvolvimento da agricultura no Brasil dessa época. Nas cidades, de 1950 ate' 1960, ocorreram crises periódicas de abastecimento de alguns produtos, entre eles carne, feijão e frutas, com alta geral de preços. Decorreu dai a pressão sobre os salários e a mobilização dos trabalhadores; por outro lado, na mesma época, as exportações não eram constantes, apre- sentando baixas e altas e mantendo-se a dependência do café, mesmo com outras commodities aparecendo, como a soja. A transformação da base técnica da agropecuária, que resul- tou em maior nivel tecnológico, especialmenteno centro-sul, fez comque o trabalho agricola tivesse maior rendimento emmui- tas atividades. Alem disso, fez comque se alterasse a categoria profissional do trabalhador rural, de colono para assalariado temporário, o que determinou um novo tipo de mão de obra agricola. Por outro lado, no Nordeste, ainda dominado pela cul- tura da cana-de-açúcar, com condições favoráveis nomercado mundial e nacional, também ocorreu o surgimento do trabalha- dor assalariado, porem com consequências de profunda signi- ficação social e econômica. Podemos afirmar assim que ocor- reu uma transição da agricultura tradicional para a moderna, quando se deu a entrada de investimentos na agricultura. As inovações de equipamentos técnicos e os investimentos no setor agroindustrial alteraram as relações de trabalho no campo.A crescente capitalizaçãoda agricultura e a expansão da agroindústria provocaram uma nova onda de concentração de terras, o que alterou as relações trabalhistas no campo e expul- sou 05 trabalhadores rurais para as cidades, na década de 1970. Com a expansão do capital industrial urbano, aumentou a utilização demãode obraassalariada nas zonas urbanas, o que atuou como um fator primordial para que os trabalhadores rurais saíssem de suas terras em direção às grandes cidades, em torno às quais se aglomerava a indústria. O êxodo rural e', assim, um processo que se da em dois sentidos a aceleração do desenvolvimento atrai mãode obra rural para as cidades e, aomesmo tempo, a capitalização da agricultura cria condições favoráveis àexpulsão dos trabalhadores rurais do campo. Esses fatores levaram a inversão da concentração da população, ini- cialmente rural empredominância, depois urbana emmaioria absoluta, constatada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos Censos de 1940 a 2000 (citado por Brito, 2006, p, 2), no Gráfico 2.1, a seguir. Gráfico 21 — População urbana e rural no Brasil de 1940 a 2000 180000000 150ano000 140000000 120000000 100000000 80000000 60000000 40000000 20000000 0 1940 1950 1950 1970 1980 19911 1000.Rural.Urbanarum AdnptadndelBGE,1940,195":19w;1970:19m1lwlÇZOUIY,cltadnxpoanlu,2006,p zzz Amobilização crescente fez comque os trabalhadores rurais se integrassem na estrutura do Estado, passando a trabalhado- res legalizados. Assim, no governo deJoão Goulart (1961-1964), foi assinadooEstatuto doTrabalhadorRural — ETR, Lei n. 4.214, de 2 demarço de 1963 (Brasil, 1963), e já na ditadura militar, no governoCasteloBranco (1964-1967), foi promulgado oEstatuto da Terra, a Lei n. 4.504, de30 denovembro de 1964 (Brasil, 1964). Com toda a legislação redefinindo a produção rural no Brasil da época, ocorreu uma redefinição das relações entre agricultura e indústria, com o surgimento de um novo padrão agricola. A agricultura foi incluida no circuito de produção industrial, como consumidora de insumos emáquinas, e como produtora de matérias-primas para transformação industrial, com a formação dos complexosagroindustriais.OEstado criou mecanismos que determinaramamodernização da agricultura, com investimentos em infraestrutura (com estradas, comercia- lização e comunicação), e a criação de projetos especiais com programas regionais (incentivo ao reflorestamento, pesquisa e extensão rural, crédito rural e politica de controle de preços agropecuários). 2.5 Crédito agrícola O crédito agrícola e' o mais importante instrumento de poli- tica agrícola para a modernização das unidades de produção agropecua Ele possibilitou a sustentação e a expansão da capitalização dos setores da agricultura. Entre 1950 e 1970, oBrasil passou por uma profunda altera- ção na sua estrutura demografica. Em apenas 20 anos, a popu- lação urbana passou de 36%para 56%do total, conforme vimos no Grafico 2.1. Desde então, a população rural, que chegou a 41 milhões naquele ultimo ano, vem se reduzindo. Com isso, ocorreu o aumento da necessidade de produção de excedente na agricultura, uma vez que parte da mão de obra rural migrou para as cidades. Para tanto, foi fundamental um acréscimo considerável da produtividade agricola. Com esse intuito, em 1965 foi instituido o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), pela Lei n. 4.829, de 5 de novembro de 1965 (Brasil, 1965). A finalidade do SNCR consistia em fornecer crédito para o investimento, o custeio e a comercialização da produção rural. Até meados da década de 1980, esses empréstimos eram rea- lizados com taxas de juros nominais fixas. O governo federal, por meio doBanco doBrasil, provia a maiorparte dos recursos destinados ao campo. Os empréstimos doBanco doBrasil para o setor rural eram financiados em grande parte pela emissão de moeda, graças a conta movimento que a instituiçãomantinha no Banco Central (BC). Por meio dessa conta, a diferença entre os fluxos correntes de aplicações e de retornos (amortização mais juros) de empréstimos para o setor rural era automatica- mente coberta pelo BC. Em um contexto de aceleração da inflação, a obtenção de créditos com baixas taxas de juros fixas representava, ver- dadeiramente, um forte subsidio implicito aos tomadores de empréstimos. Eles podiam, na pratica, aplicar os recursos do crédito rural diretamente no mercado financeiro com taxas muito mais elevadas, realizando substanciais ganhos finan- ceiros. Basta dizer que, em 1980, a taxa de juros real nessa atividade foi negativa em 34,6% ao ano (Leite, 2001), Diante desse grande incentivo à tomada de recursos de crédito rural, criou-se uma demanda que não condizia com a capacidade de expansão da agropecuária, A demanda crescente por crédito rural, em face do retorno proveniente de amortizações ejuros, gerava uma pressão con- tinua por novos recursos, que na prática eram financiados com o aumento da ofertamonetária,Oaumentodo crédito agricola foi também em boa medida canalizado para a aquisição de terras por fazendeiros e especuladores. Isso ocorreu porque, em um ambiente de inflação alta, a propriedade imobiliária funciona como uma reserva de valor, protegendo a riqueza da infiação. O reflexo desse sistema, portanto, foi um aumentono preço real da terra, que, por sua vez, provocou ao longo da decada de 1970uma redução na relação entre opreço de arrendamento e o preço da terra, ou seja, o subsidio com ocredito incentivava mais a especulação com terras que a produção agrícola. Esse processo levou a uma forte concentração fundiária. Em 1970, 0,7% dos estabelecimentos tinham mais de 1.000 ha, 0 que correspondia a 39,5% da área total. Em 1980, esses estabeleci- mentos representavam 0,9% do total e sua area correspondia a 45,1% da area total. Por outro lado, em 1970, os estabelecimen- tos rurais com menos de 10 ha representavam 51,2% do total e 3,1% da área, enquanto em 1980 correspondiam a 52,1% do total e 2,8% da área (IBGE, 1970, p. 7). Assim, a partir demeados dos anos 1980, iniciou-se umuma profunda transformação nosistema decrédito rural em resposta à grave crise fiscal pela qual o governo passava. 2.6 Novo padrão agricola O fim da década de 1960 e considerado como o marco da cons- tituição do Complexo Agroindustrial Brasileiro (CAI), assim como a arrancada do processo de industrialização do campo (Delgado, 1984). A sua caracteristica fundamental e a imple- mentação de um setor industrial produtor debens de produção para a agricultura. Esse contexto forma a base da economia rural no Brasil. Analisando a evolução do setor agropecuário no processo histórico do nosso pais, mesmo com variações temporais, verificamos que depois desse processo ocorreu o desenvolvi- mento das regiões brasileiras e de sua população rural. Para isso, podemos mensurar por meio do índice Produção Total de Fatores (PTF), con forme Tavares, Ataliba e Castelar (2001), que os insumos e os recursos são transformados em produtos e bens finais de forma eficiente. Salientamos que os indices de insumos apresentaram cres- cimento até o ano de 1980, e passaram a decrescer a partir desse periodo. Em 1995, esse indice aumentou, coincidindo com o acentuado crescimento das ocupações de terra em novas regiões, como o Centro-Oeste. Coincidem tambem com gran— des subsidios de crédito rural e com o aumento da tecnologia utilizada na agricultura. Alem disso, surgiram instituições de pesquisa, entre elas a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa, criada em 1973), com seus cursos de pós-graduação. Esse crescimento ainda continua, Visto que a agroindústria começou em alta o ano de 2017: Na comparação com os últimos três meses de 2016, o cresci- mento observado dejaneiro a março de 2017 foi de 1%. A agro- pecuária foi o grande destaque, respondendo por 50% desse aumento. Ou seja, se não fosse o campo, a alta no PIB nesse periodo teria sido de apenas 0,2%. o professor Felippe Serigati, economista do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação GetulioVargas (FGV), explica que o resultado do setor agropecuário, de 13,4% de crescimento frente ao trimestre anterior, foi sim expressivo. (Agro..,, 2017) Oprevisto para2017 e de crescimento de 0,9% no ano (Cepea, 2017), mesmo com a crise geral na economia; ou seja, o setor agroindustrial continua a crescer, mesmo em épocas de crise, Sintese Neste capítulo, relembramos a historia do Brasil, a expansão maritima e comercial, bem como reconhecemos como a agricul- tura fez parte da economia colonial. Evidenciamos queMartim Afonso de Souza estabeleceu a primeira agroindústria no pais, quando deu inicio no Brasil ao cultivo da cana-de-açúcar, em 1532. A partir de então e com a evolução da agricultura, consolidou-se o cenário atual, em que essa industria gerou divisas para importação de matéria -primas e bens de capi- tal, bem como para a agroindústria, já bastante diversa no pais. Comesse cenário foi que surgiu, posteriormente, o novo padrão agrícola, a partir de 1960, que se fundamentou como base da economia rural no Brasil. !““ Hll't—Irtllillã ITEM/Will» Considerando que o nome Brasil começou a ser usado em 1503, associado ao pau-brasil, cujo cerne, vermelho, era usado como corante e na construção de móveis e navios. Inicialmente, esse era o unico atrativo danova terra. Portugal impôs a ela o monopólio sobre o produto, que escasseou em 30 anos. Analise as alternativas propostas e assinale a opção que identifica a evolução da colônia, para Caio Prado Júnior (2000): 1. A evolução da colônia obedeceu, de certa forma, a iniciativa de avançar com a colonização do território brasileiro. 11, A colônia ultrapassava o estabelecimento de feitorias e da extração do pau-brasil. Todavia, pode ser vista como um sinal de que a colonização dos trópicos tomou o aspecto de uma vasta empresa comercial mais completa do que as antigas feitorias. 111, Com esse modelo, surgiu dificuldade para a formação de um mercado interno, uma vez que as grandes lavouras seriam responsaveis por seu proprio sustento, cabendo apenas aos poucos centros urbanos um espaço para o comércio de alimentos. Era a grande lavoura, voltada à exportação, que constituía o cerne da agricultura colonial, cabendo apenas um papel de subsistência à cultura de poucos produtos. &', Apenas as proposições i e H estão corretas. E: Apenas as proposições H e III estão corretas. & Todas as proposições estão corretas. d) Apenas as proposições [, III e IV estão corretas. Resposta Alternativa :. Todas as afirmativas são corretas. 2. No Brasil, o cultivo da cana-de-açúcar teve inicio em 1532, quando foi construido o primeiro engenho de açúcar, uma unidade produtiva sofisticada para a época, com uma come plexa divisão de trabalho, 18 funções especializadas, sendo 11braçais. Um engenho de bom porte fabricava de 150 a 250 toneladas de açucar e utilizava de 150 a 250 escravizados, e a sua comercialização se dava em âmbito mundial. Esse cultivo é atribuído a qual donatário de capitania hereditá- ria do Brasil? a) Tomé de Souza. b c) Tomás Antônio Gonzaga. d) Martin Afonso de Souza. Duarte da Costa. Resposta Alternativa d. Martim Afonso de Souza foi o introdutor da cana-de-açúcar no Brasil e primeiro donatário da Capitania de São Vicente. 3. Com relação ao novo padrão agrícola, a década de 1960 e' considerada como marco da constituição do Complexo Agroindustrial Brasileiro (CAI), assim como a arrancada do processo de industrialização do campo (Delgado, 1984). Nesse contexto, é correto afirmar que estão corretas as afirmações: 1, A característica fundamental do CAI é a implementação de um setor industrial produtor de bens de produção para a agricultura. Esse contexto forma a base da economia rural no Brasil. Analisando a evolução do setor agropecuário no processo histórico do nosso pais, mesmo com variações temporais, concordamos que ocorreu o desenvolvimento para as regiões brasileiras e sua população rural. m. Podemos mensurar por meio do indice Produção Total de Fatores (PTF), conforme Tavares, Ataliba e Castelar (2001), que os insumos e os recursos são transformados em produtos e bens finais de forma eficiente. a) Apenas as proposições [ e 11 estão corretas. b) Apenas as proposições II e 111 estão corretas. c) As proposições ], H e 111 estão corretas. d) Apenas as proposições I e III estão corretas. Resposta Alternativa (. Todas as afirmações são verdadeiras. Perguntas &: respostas 1. Qual éa definição e quais são osmotivosque causamoêxodo rural? Oêxodo rural é a fuga (migração) da população rural para as cidades. Essa classe de trabalhadores (rurais) vai em busca não somente de empregos melhores, com boa remuneração, mas também de condições de vida adequadas;em suma, os trar balhadores migram porque acham que vão melhorar de vida no novo destino escolhido,uma cidade, um estado ou uma região. Com a redução da capacidade econômica doBrasil para as importações, a produção interna foi estimulada; assim, as oportunidades de investimento no setor industrial urbano expandiramese e esse setor passou a centralizar o processo de acumulação de capital na economia, dando início ao modelo de industrialização que passou a ser chamado modelo de 5111157 tituiçõcs dr mipmtaçõcs. Esse paradigma criou um poderoso e diversificado mercado urbano de trabalho no periodo de 1950 a 1980. No período de 1950 a 1960, o êxodo rural chegou a ser responsável por 17,4% do crescimento populacional das cidav des brasileiras, enquanto entre 1960 e 1970, a Região Sudeste perdeu 43,25%de sua população rural e, entre 1970e 1980,mais 40,35% (Alves; Souza;Marra, 2011, p. 82). termo agronfgáciv (ugríbusincss, em inglês) foi defi- nido pelos pesquisadores John Davis e Ray Goldberg (1957), da Universidade deHarvard (EUA) e pode ser entendido como o conjunto de atos que resultamna produção e na distribuição de suprimentos agrícolas, que também abrange a produção nas unidades agricolas, o armazenamento, o processamento e a distribuição dos produtos agricolas e dos itensmanufaturados produzidos com eles. Todavia, na Escola Francesa deEconomia Industrial, representada por pensadores como Louis Malassis, o conceito corresponde ao conjunto de atos consecutivos que transformam as matérias-primas advindas da agropecuária em produtos, por meio de determinada técnica. Nesse sentido, podemos entender o agronegócio como um entrelaçamento de atos que resultam em produtos agrope cuários, cujo inicio esta na produção de insumos, passando por vários estágios como a transformação das materias-pri- mas em produtos e sua distribuição, chegando por fim a comercialização. Percebemos que a produção tem seu inicio na extração das matérias-primas, a qual e' vendida in natura ou, ainda, bene- ficiada (processada). Após esse momento inicial, ocorre a comercialização do insumo, ou seja, sua distribuição e venda. Lembramos também que esses estágios podem envolver va'rios participantes, dopequeno ao grande produtor, passando pela assistência técnica e pelo manejo do ambiente, entre outras fases. São dois os tipos de agentes que atuam nessas duas fases iniciais: os diretos, que são aqueles que produzem as mate- rias-primas, ou seja, os produtores rurais; e os indiretos, que são aqueles que concebem asmatérias-primas que serão desen- volvidas, como e o caso dos assistentes técnicos. A próxima etapa do agronegócio e' a transformação, que envolve a industria. Nessa ocasião, a industria transforma as matérias-primas em produtos. Após esse estágio, ocorre a distribuição e a comerci lização dos produtos agropecua- rios, os quais terão seus destinos estabelecidospelos distribui- dores, visando aos consumidores de bens e serviços ligados ao ambiente rural. Nesse momento, verificamos outros dois âmbitos de ação que influenciam a cadeia do agronegócio: o ambiente institucional, que é composto pela cultura, pelas tra- dições, pela educação e pelos costumes, e também oambiente organizacional, composto pela informação e pelas empresas. Em suma, podemos entender o agronegócio como
Compartilhar