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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
LETRAS - INGLÊS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Prática como Componente Curricular (PCC)
Pesquisa e análise de práticas pedagógicas na escola inclusiva
Fernando Lima Silva
JUAZEIRO DO NORTE
2019
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório objetiva apresentar o trabalho de Prática como Componente Curricular da disciplina de Educação Especial do curso de Licenciatura em Letras - Inglês. A prática consiste em uma pesquisa e análise de práticas de Educação Especial em uma escola inclusiva, através da observação da ação pedagógica em ambiente escolar e uma entrevista com a Professora Eliete Batista Severo.
O local de realização da prática curricular foi a Escola de Ensino Fundamental João Vicente Alves, localizada na Vila Antonico, distrito de Quixelô-Ce. A escola faz parte da rede pública municipal e atende alunos do ensino fundamental I e II. A professora entrevistada e observada, Eliete, é professora de A.E.E. (Atendimento Educacional Especializado) e atende alunos com necessidades especiais da referida escola. O aluno observado e pesquisado é um aluno do 8º ano do ensino fundamental que possui transtorno global do desenvolvimento.
2. OBJETIVOS
Associar os conteúdos trabalhados na disciplina de Educação Especial com a prática pedagógica em cotidiano escolar, deliberando sobre os desafios e as ações do educador frente à necessidade de uma escola inclusiva. Observar e analisar o profissional que atua em um contexto de inclusão social, conhecendo as estratégias por ele adotadas, as adaptações no currículo e os recursos adaptados para garantir acesso curricular regular a todos os educandos. Refletir sobre as atitudes, comportamentos e barreiras físicas que dificultam ou impedem o processo de inclusão na escola e sobre como agir para a superação dessas dificuldades.
3. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE OBSERVADA
Após observar a atuação pedagógica da professora ela aceitou ser entrevistada para falar sobre sua profissão. A entrevista foi realizada em 10 de Outubro de 2019 na sala de A.E.E. da escola João Vicente Alves, local onde a professora Eliete realiza suas atividades com os alunos. Nesta seção, segue um resumo da entrevista com a professora:
Qual a formação da professora? 
Eliete é formada em Licenciatura em História e Geografia, possui especialização em Gestão Escolar e Pscicopedagogia Clínica e Institucional.
Quais as características e necessidades específicas que o aluno incluído na turma apresenta? 
O aluno foi diagnosticado com transtornos globais do desenvolvimento, além disso apresenta problemas físicos e na dicção. Ele necessita de exercícios de melhoramento da fala e de atividades físicas cotidianas para proporciona-lo uma melhor qualidade de vida e autonomia. A professora explica ainda que, em consequência dos transtornos, o aluno possui dislexia, discalculia, dislalia.
Como realiza as adaptações necessárias no planejamento da aula? 
A professora contou que não faz exatamente um planejamento prévio da aula, mas que registra o que acontece nas suas aulas para acompanhar as dificuldades do aluno que serão trabalhadas nas próximas aulas. Ela adapta os recursos de AEE que possui para estarem em harmonia com as disciplinas da sala de aula, fornecendo assim suporte ao aluno de acordo com as suas necessidades em cada disciplina.
Quais recursos adaptados estão disponíveis e quais adaptações no currículo são realizadas para adequar sua prática pedagógica às necessidades específicas do aluno incluído? 
Com entusiasmo, a professora explica que trabalha com recursos advindos de um premiado projeto desenvolvido por ela mesma chamado de “Engenhocas Pedagógicas”. O projeto consiste na confecção de brinquedos educacionais adaptados e estimulantes, feitos com material reciclado, que trabalham equilíbrio, interacionalidade, o uso das vogais, etc. Em relação às adaptações do currículo escolar a professora explica que não trabalha diretamente de acordo com o conteúdo que o professor está trabalhando em sala de aula com os outros alunos, mas que faz um trabalho independente com o aluno com necessidades especiais que, segundo ela, não possuem aprendizagem básica o suficiente para acompanharem o currículo regular da escola. Ela explica que tenta passar essa base de aprendizagem para o aluno ter condições de acompanhar o professor em sua classe.
As atividades desenvolvidas mobilizam os saberes, as habilidades e as interações entre os diferentes alunos da turma? 
Sim. A professora trabalha interação social com seus alunos e devido a isso é notável na escola o convívio amigável que os alunos com necessidades especiais possuem com os outros alunos da turma. Por não se tratar de uma escola de grande porte com muitos alunos, torna possível com que a maioria entenda o trabalho de AEE que é realizado e se adequem com o seu objetivo que é a inclusão.
O tempo e os recursos são adequados?
O tempo fornecido pela escola ao atendimento ao aluno com necessidades especiais não é suficiente, segundo a professora. Ela justifica isso explicando que alguns alunos necessitam de um tempo prévio de preparação para após isso dar início a aula. Sobre os recursos, como citado anteriormente, são desenvolvidos por a própria professora, que possui autonomia por parte da escola para usá-los e por conta disso ela os considera adequados.
Ocorrem parcerias entre professor, aluno, a equipe pedagógica, gestor da escola e a família do aluno incluído? 
SIm. Porém, a professora salienta que ainda há pouco conhecimento dos pais e profissionais da educação sobre o assunto a fim de darem mais valor e compreensão à educação de crianças especiais. Ocorre dentro da escola a necessidade dos atores envolvidos no processo educacional buscarem mais informações sobre esse tema, com o objetivo de construir parcerias em prol de uma educação mais efetiva de indivíduos especiais. Apesar disso, a professora aprecia a confiança que os pais têm na AEE ao matricularem seus filhos, esses não usam a deficiência como motivo para seus filhos não frequentarem uma escola.
Como a avaliação da aprendizagem do aluno com necessidades específicas é realizada? 
A professora afirma que faz uma análise dos conhecimentos do aluno conforme suas estratégias de ensino, no entanto, esse processo de avaliação é bastante complexo porque por vezes há um regresso na aprendizagem do aluno afetada por fatores externos como problemas familiares. À medida que aplica suas técnicas de pedagogia especializada a professora avalia e nota até mesmo o mínimo de progresso demonstrado pelo aluno e assim acompanha o estudante durante o ano letivo. 
Quais os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma proposta inclusiva de educação? 
A falta de adaptação curricular, usar conhecimentos articulados ao tema e aplicá-los na realidade escolar. A professora aponta também a falta de fornecimento de capacitações e investimentos financeiros no setor de AEE.
4. SUGESTÕES
Por meio da realização desta proposta de PCC pude colher e analisar os depoimentos de alguém diretamente envolvido na área da disciplina de Educação Especial do meu curso de Licenciatura. Pude reconhecer a Educação Especial como um tema que necessita urgentemente de mais atenção por parte de todos os profissionais envolvidos na educação. 
Algumas sugestões seriam, que esse tema seja adotado dentro da classe comum regular para que todos possam se engajar mais em busca de uma maior inclusão e respeito às diferenças. E que também os métodos de avaliação do sistema educacional sigam os princípios da equidade e inclusão, fazendo com que o processo de avaliação se adeque a esses alunos especiais e não o contrário, produzindo assim um sistema de avaliação que seja baseado nas característica do aluno como indivíduo. 
Além disso, é necessário fornecer aos professores uma intensa formação profissional a fim de ser possível a construção de conhecimentos necessários para lidar com o público especial, e saber que não existeapenas aluno “normal” e aluno “especial”, cada indivíduo possui características e necessidades distintas que merecem ser reconhecidas e apreciadas, essa sensibilidade vai resultar em profissionais mais habilitados a desenvolverem uma educação verdadeiramente inclusiva e de qualidade, como diz Moran:
Nosso desafio maior é caminhar para uma educação de qualidade, que interage com todas as dimensões do ser humano. Para isso precisamos de pessoas que façam essa integração em si mesmas do sensorial, intelectual, emocional, ético e tecnológico, que transmitem de forma fácil entre o pessoal e o social. (MORAN, 2006)
5. REFERÊNCIAS
Moran, J. M. (2006). Ensino e educação de qualidade (12a ed.). Campinas: Papirus.

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