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Resenha - artigo - HIV-AIDS no Brasil - Políticas Públicas

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Resenha Crítica de Caso
Aciône Silva dos Santos 
		Trabalho da disciplina Políticas Púbicas 
 Tutor: Prof. Antoinio Luis Draque Penso
Eusébio-CE
2019
ESTUDO DE CASO: HIV\AIDS no Brasil: Provimento de Prevenção em um Sistema Descentralizado de Saúde 
Referências: Casos de Cuidados Globais de Saúde – Havard Medical School – Brigham and Women’s Hospital – GHD-018, abril de 2011. 
	O texto em análise HIV/AIDS no Brasil: Provimento de Prevenção em um Sistema Descentralizado de Saúde faz uma abordagem acerca do avanço e combate ao vírus HIV/AIDS no Brasil enfatizando que, apesar de a resposta brasileira ter sido imediata e agressiva, baseada em direitos humanos e cooperação entre governo e sociedade civil, manter os serviços de prevenção do vírus em todo o país exigia o fortalecimento da capacidade tanto na esfera estadual como na municipal de prover serviços por meio do SUS, segundo a Dra. Mariângela Galvão Simão, principal autoridade em brasileira em HIV\AIDS.
	O artigo organizado em oito capítulos expõe o tema de forma objetiva e mantém o foco sem incorreções em excesso de opinião própria. As fontes comprovam os argumentos apresentados considerando os aspectos relevantes e o ponto de vista de forma a atender aos objetivos a que se propõe.
	 O primeiro capítulo, Visão geral do Brasil, faz uma explanação histórico-geográfica do país com destaque para o período de exceção marcado pela ditadura militar em contraste com o crescimento vivido no governo democrático que pôs em prática a implantação de políticas públicas visando diminuir a pobreza, mesmo com enorme diferença em distribuição de renda.
	O segundo capítulo, Saúde no Brasil, mostra que apesar de um aumento na expectativa de vida média dos brasileiros, havia uma significante disparidade na saúde, inclusive racial, objeto de protestos, que ensejou na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) cuja governança era descentralizada e restrita a um único centro de comando. O texto segue afirmando que entre 2000 e 2007 houve um incremento no financiamento na área da saúde, entretanto, na visão de analistas políticos, há época, este setor ainda sofria de falta crônica de financiamento e distribuição desigual de recursos, argumento corroborado pela citação de que “a demanda por serviços de saúde superava a oferta, principalmente nas áreas rurais, de modo que a densidade de médicos no Sudeste urbano era duas vezes maior do que no Norte e Nordeste”, cenário que mudou com a criação do PSF, espinha dorsal do sistema básico de saúde do Brasil.
	No capítulo três, HIV/AIDS no Brasil, vê-se que entre 1982 e 2009 os números da doença tiveram um aumento substancial que no início atingiam, na sua grande maioria, homens adultos em cidades grandes, passando a atingir mulheres e grupos pobres em cidades pequenas. Curiosamente o vírus HIV, conhecido como câncer gay ou praga gay, uniu sanitaristas e ativista dos direitos homossexuais na mobilização para exigir das autoridades governamentais uma resposta frente ao avanço da doença, obtendo como resultado a criação do Programa Nacional de Controle da AIDS (PNA) e a Comissão Nacional da AIDS (CNAIDS), veículo importante para o controle social e participação pública, além de dois projetos financiados pelo Banco Mundial, o AIDS II e AIDS III. 
	O texto registra que os óbitos anuais por AIDS no país, a partir de 1995, tiveram um aumento significativo, enquanto uma terapia antirretroviral altamente ativa se provava eficiente, contudo poucos estados brasileiros a forneciam para todos os pacientes. Isso ensejou em uma lei federal que garantiu para pacientes com AIDS, tratamento universal pelo SUS que devido ao orçamento limitado, precisava adquirir remédios genéricos. Em razão da resiliência dos fabricantes internacionais de medicamentos em 2007, o governo, de forma ousada, quebrou a patente de um dos medicamentos emitindo uma licença compulsória para produzi-lo domesticamente. 
	O texto segue aduzindo que em razão da dificuldade em coletarem dados confiáveis e em tempo hábil para usá-los nos programas contra a AIDS a fim de guiar a tomada de decisões, o PNA, com financiamento do Banco Mundial, em parceria com outras instituições, criou o MonitorAIDS, sistema baseado na internet que reunia dados do Ministério da Saúde, que foi grande avanço para padronizar e consolidar as informações relacionadas à AIDS em um único espaço público. O autor observa que em 2001 todos os estados e centenas de cidades já tinham seus próprios programas contra a AIDS e por essa razão surgiu a necessidade de um processo de descentralização no SUS, embora, no começo, a concentração, em razão da fragilidade do sistema de saúde do país, tenha sido fundamental, porém, no momento atual, era necessário ter um maior controle local do monitoramento. 
	O quarto capítulo, O Departamento Nacional de AIDS em 2009, nos informa que em 2009, o PNA se tornou o Departamento Nacional de DST, AIDS e Hepatites Virais fazendo parte do MS, cuja missão era "formular e promover políticas públicas para HIV”. Na continuidade, o texto segue enfatizando que o principal método do Departamento Nacional para conter a disseminação do vírus HIV foi promover o uso de preservativos chegando em 2007 a gastar R$ 1 bilhão na compra de preservativos masculinos, R$ 8 milhões para os femininos e adquirir 15 milhões de unidades de lubrificante para distribuição para os Estados e ONGS. Em 2009 cerca de 465,2 milhões de preservativos masculinos foram distribuídos, além das vendas por empresas privadas. O artigo assevera que o Departamento Nacional se aliou ao Ministério da Educação para desenvolver e implantar um currículo de educação sexual e prevenção a DST/HIV nas escolas do país.
	O capítulo cinco, Descentralização em 2009, mostra que apesar da implantação da política de descentralização e da transferência de cerca de US$ 90 milhões aos programas estaduais e municipais, em alguns lugares, as verbas permaneciam intocadas em contas bancárias, em razão das dificuldades políticas e de alguns estados e municípios não possuírem contas organizadas para saúde e funcionários o suficiente com experiência em contabilidade para executar as transferências de fundos.
	No sexto capítulo, Fortalecimento da sociedade civil, o autor esclarece que o Departamento Nacional ao parar de supervisionar os contratos com ONGS passou a concentrar seus esforços em locais com dificuldade devido à descentralização, ou seja, áreas onde a sociedade civil era fraca e enfrentava resistência governamental.
	No sétimo capítulo, Progresso, há uma importante informação acerca de uma pesquisa realizada em 2009 que mostrou, em percentual, o nível de consciência dos brasileiros em relação à contaminação pelo vírus HIV e a importância no uso de preservativos como meio de prevenção, revelando de modo comparativo a melhoria alcançada por meio da implantação de políticas públicas efetivas, senão vejamos: “O tempo médio de sobrevida entre pacientes com AIDS na década de 1980 era de cinco meses. Entre aqueles diagnosticados de 1996, era 58 meses, e em 2009, a média de sobrevida era comparável a de países desenvolvidos, 108 meses”. 
	O oitavo capítulo, Olhando para o futuro, conclui apontando as expectativas da Dra. Mariângela Galvão Simão, principal autoridade brasileira em HIV\AIDS, acerca do futuro dos programas contra a AIDS em contraste aos percalços a serem enfrentados se questionando como o Brasil, em meio a tanta desigualdade, pode fortalecer o seu sistema de saúde.
	 O texto revela que a grande dimensão territorial do país alidada a um sistema de saúde ineficiente se revelou como um grande entrave no combate ao vírus HIV, somando-se a isto a imensa desigualdade social que fez com que o Brasil registrasse um número assustador de casos de AIDS e figurasse ao lado de países pobres do continente africano. Contudo, apesar das dificuldades enfrentadas, Políticas Púbicas foram implantadasfazendo com que o número de casos, assim como de óbitos fossem reduzidos.
	Portanto, o artigo é uma leitura recomendada não só àqueles que se interessam pelo assunto de Intervenção do Estado no Domínio Público, como também ao público em geral por ser de fácil leitura e compreensão lógica que aborda o tema de forma simples e didática.
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