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fichamento sistemica (2)

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Universidade Paulista UNIP- Curso: Psicologia- Campus: Jundiaí
Disciplina: Terapia Familiar e Sistêmica Prof.ª:Rita Sampaio
Nome: Larissa Lucia da Silva Tosetto RA: C5919I7 Turma: PS9P44
Texto: LAMANNO, V. L. C. Terapia Familiar e de Casal. São Paulo: Summus, 1987. Cap. 1
A autora vem trazer a nós a fundamentação da terapia familiar sistêmica que visa enfatizar o distúrbio mental como a expressão de padrões inadequados no interior da família. 
A família pode ser vista como um sistema aberto em razão da movimentação de seus membros dentro e fora de uma interação entre eles e com os sistemas extras familiares (meio ambiente e comunidade) que resulta em um fluxo contínuo de informação energia e material> podendo a funcionar essa família como um sistema total.
Como conceito de funcionamento da família destaca-se a ideia de globalidade, onde toda e qualquer partem de um sistema está tão interligada na relação com os demais membros que ao ocorrer uma mudança em um desses membros trará mudanças nas demais e consequentemente em todo sistema. Com isso o “distúrbio mental”, quando aparece, é parte integral das interações recíprocas entre os membros da família que operam como um sistema total.
A segunda propriedade dos sistemas é o conceito de retroalimentação ou feedback. Onde as partes dos sistemas estão ligadas uma as outras, essa união se dá através de uma relação circular. Que segundo o modelo sistêmico pode se pensada como um circuito de retroalimentação, visto que o comportamento de cada pessoa da família afeta e é afetado pelo comportamento de cada uma das outras pessoas. 
Uma ilustração do que está descrito acima é, por exemplo, uma família pode considerar a agressividade de João com a causa de seus problemas, porém se for analisar, essa agressividade de João pode ser uma resposta a fuga da mãe, que consequentemente pode ser uma resposta ao autoritarismo do pai em relação ao João e assim por diante. O conceito de causalidade circular afirma que um todo não possui um começo e fim e qualquer tentativa por parte do terapeuta de responsabilizar o problema por onde começou é tão inapropriado quanto a família atirar sobre o membro sintomático a culpa de ser a fonte dos problemas.
Toda família é regida por regras que fazem relação a sua forma de se comportar e de se auto regular, e é através delas que se estabelecerá o que é ou não permitido. O sistema familiar oferece resistência as mudanças além de certo limite, buscando manter dentro do possível seus padrões de interação a homeostasia. A uma tolerância para os desvios dentro do sistema, quando ela atinge o limite, aciona mecanismos que restabelecem o padrão usual. Esse mecanismo usado pela família para seu restabelecimento é conhecido como 	homeostase é chamado de retroalimentação negativa, ou feedback negativo.
Esses paradigmas de funcionamento da família contraditórios, onde um mantêm o status quo da família (homeostase) e outro evolutivo, que direciona a família nas transformações em seus padrões de interação, passaram por integrações sendo hoje mais aceitas em alguns momentos no ciclo de vida familiar.
Além da estabilidade que essa família precisa manter, é necessário também adaptar-se as mudanças. Nessas mudanças resultará em mudanças nos padrões da família, e precisará dela que se encontre um equilíbrio. O mecanismo que leva o sistema familiar a transformações de seus padrões de transação é chamado de feedback positivo.
Com isso, homeostasia e transformação são os processos básicos de manutenção familiar e, portanto, os processos básicos de manutenção da família e, por isso, é importante o desenvolvimento de tais conceitos. 
O conceito de homeostasia foi usado inicialmente pelos primeiros teóricos da terapia familiar sistêmica, através da observação da resistência da família a mudanças de interação da família, mesmo sendo importante para a melhora de um ente amado. Foi visto também que o membro sintomático apresentava melhoras, logo, outro membro da família apresentava algum outro sintoma. 
Temos também o conceito de transformação significa que o sistema deve mudar sua estrutura, através aí do feedback positivo. Na manutenção de um sistema familiar está presente uma cadeia de feedback negativa. Por outro lado, no sistema familiar deverá existir sequencia do feedback positivo a fim de ampliar desvios nos padrões rígidos e imutáveis de interação que a família quer manter. 
Na conceituação de família é necessário avaliar os processos interacionais dentro de todos os níveis interacionais dentro de todos os níveis de organização social. O sistema familiar nuclear passa por uma influência recíproca com outros sistemas humanos (família extensa, trabalho, escola, subculturas religiosas, raciais, etc.). Há também dentro da família nuclear sua própria suborganização, que são os subsistemas.
Encontramos os subsistemas dos pais, filhos, irmãos, com uma tarefa específica dentro da família. Cada um desses subsistemas possui sua organização , seu papel, e estrutura específica dependendo da forma como cada um deles interagem entre si e com os sistemas comunitários. Podendo ocorrer essa interação no interior de família, entre a família e meio ambiente que se dão nos limites ou fronteiras de cada subsistema.
Os subsistemas que há no interior da família poderão exercer suas tarefas específicas quando houver permeabilidade nas fronteiras que os delimitam a interação ou troca não é possível e o sistema empobrece por falta de informação. 
Por outro lado, se houver permeabilidade total das fronteiras, não há diferenciação entre as partes envolvidas e ocorrerá perda de identidade dos subsistemas envolvidos. Ela trará a definição do grau de abertura do sistema relação ao meio ambiente. 
O ideal das fronteiras é a semipermeabilidade onde permite trocas ao mesmo tempo em que garante a diferenciação dos subsistemas e dos membros que os compõem.
Vamos ver o conceito de família funcional que conta com uma aliança entre os pais, que lidam com seus conflitos através de colaboração e satisfação mutua de suas necessidades. O casal é flexível na resolução de seus conflitos, fazendo uso de diferentes métodos em momentos diferentes, discutir um ponto de divergência para achar novas alternativas que todos aceitem, promovendo assim uma relação igualitária. 
No caso de um casal com filhos, em suas funções dos pais existe o apoio da autoridade de cada um dos cônjuges com relação aos filhos. Esses pais podem ter discordância em relação a educação dos filhos, mas essa discórdia não inclui o filho no papel de “juiz”.
Em qualquer relacionamento duradouro, seja no relacionamento entre pai e filho, marital, a família como um todo, ou relacionamento da família com outros sistemas sociais. E em meio a isso podemos encontrar conflitos submersos, não resolvidos. Conflitos no casamento, por exemplo, podem acarretar em uma distancia emocional á solidão, disfunção física ou psicológica de um dos cônjuges (o paciente) com uma hiperfunção correspondente por parte do outro cônjuge, onde pode ocorrer de envolver nos seus conflitos uma terceira pessoa podendo ser extrafamiliar, sendo uma aventura amorosa, terapeuta, ou até mesmo a ou as crianças, resultando assim na disfunção no caso da criança uma disfunção na criança.
Quando há o envolvimento da criança no conflito marital acaba aí havendo uma distração dos pais diante do conflito não resolvido. A criança envolvida que nesse caso recebe o nome de Triangulada torna-se então, emaranhada, fundida com um ou ambos os pais, e as fronteiras geracionais são rompidas. Fazendo dessa relação altamente reativa emocionalmente um com o outro, havendo dependência mutua e a autonomia dos pais e da criança fica limitada. Bom lembrar que a criança não é uma vitima passiva da situação. Exemplos de triangulação:
 Crianças superprotegidas: os pais se unem para expulsar a disfunção da criança, fazendo dela seu receptáculo de proteção, cuidados e preocupação excessiva dos pais, levando a uma distração deles de seus problemas conjugais.
Bodeexpiatório: quando a criança se torna o alvo da tentativa dos pais para reformar, disciplinar, punir e controlá-la. Esse comportamento dela desvia os pais do conflito marital visto que estarão unidos na resolução do comportamento da criança.
Competição entre os pais: A criança é levada a tomar partido do conflito do casal, tendo que escolher um lado. Onde fará dela alvo de lealdade pra um e deslealdade para outro. A criança passa a achar que para estar próxima aos pais precisa estar alienada ao outro. Há a tirada de autoridade do cônjuge com a criança.
Coalisão cross-generacional rígida: Neste caso há um pacto especial que é formado entre a criança entre a criança com outra figura parental. A autoridade do pai/ mãe periférica é constantemente desvalorizada, enquanto a colisão entre a outra figura parental e a criança domina a vida familiar. Pode haver o distanciamento do pai da vida familiar, ou até mesmo competir com a criança pela atenção do outro. Onde pode quase nunca possuir status na família. Porém há o pai hiperenvolvido do qual pode resultar um relacionamento semelhante ao de cônjuge com uma grande dependência mutua e baixo nível de autonomia. Nesses casos, vemos a inversão de papeis onde a criança fica como figura parental para o pai ou a mãe.
Vamos falar agora a respeito de comunicação que é outra dimensão fundamental na teoria sistêmica familiar. Nas pesquisas feitas foi percebida que a comunicação humana não é uma mensagem simples, dentre elas temos as verbais e não-verbais das quais se modificam ou capacitam umas as outras. Nesse conceito enfatiza que na interação de duas ou mais pessoas elas reforçam e estimulam o que está sendo dito e feito, onde o padrão de comunicação dos participantes de uma interação define o relacionamento entre eles. O foco aqui é a influencia que ela exerce no comportamento. Padrões de comunicação podem ser tão constantes que, quando ocorre qualquer mudança repentina, há uma contradição trazendo-a de volta ao usual.
Na comunicação entre duas pessoas há três modalidades básicas: 
Complementar: está relacionado ao fato de as ações autogeradoras basearem-se essencialmente na maximalização da diferença, como no ciclo de dominância-submissão ou ajuda-dependência.
Simétrica: Quando temos um relacionamento simétrico, avançamos no mesmo plano, isto é, temos condições de igualdade e um poder equivalente na troca, mas não nos complementamos.
Recíproca: onde em meio a comunicação as ações de A provocam uma resposta de B, que provocava uma resposta mais intensa em A.
As duas primeiras modalidades podem ser encontradas em interações saudáveis, assim como podem se tornar rígidas e provocar distúrbios. Na escalação simétrica, onde se leva aos extremos, pode levar a rejeições mutuas constante. Quando essa escalação se torna patológica, se encerra quando um ou ambos os parceiros chegam à exaustão física ou emocional até tomar fôlego e recomeçar esse ciclo de rejeição recíproca. Em uma relação assimétrica saudável o casal tem o respeito mutuo a aceitação do outro dentro de suas características. O ideal é haver uma mistura equilibrada nas relações simétricas e complementares, de preferencia recíproca, já que permite a flexibilidade.
Toda mensagem possui dois níveis de comunicação: o nível relatório que diz respeito à informação enviada e o metacomunicativo que envolve a transmissão da mensagem sobre a informação, podendo eles serem congruentes ou incongruentes. A contradição nesses dois níveis de comunicação resulta em confusão e imobilidade.
Podemos perceber que em toda a base do modelo sistêmico a interação familiar e sua forma de comunicação é a base para a interação saudável ou patológico dessa família, sua forma de lhe dar com as mudanças, de se organizar definem todo seu sistema.

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