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Atividade Discursiva- Aquitetura e Urbanismo

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Maria Flávia Felicia Silva de Almeida RA 360992011915
Atividade Complementar: Arquitetura e Urbanismo
Questão:
O conceito de cadeia produtiva está ligado aos vários estágios percorridos pelas matérias-primas, nos quais elas passam e vão sendo transformadas e montadas. Na construção civil, cada material de construção empregado na obra tem sua própria cadeia produtiva, que envolve várias etapas de transformação. A cadeia produtiva da construção civil é composta por uma complexa rede que envolve construtoras, incorporadoras e prestadoras de serviços, segmentos do comércio varejista e atacadista e por várias atividades de prestação de serviços. Em um empreendimento pronto, e durante o ciclo de vida da edificação, há um complexo processo de produção e são inúmeras as intervenções nos ambientes social, econômico e natural que por sua vez tem impactos de variados tipos.   
A crescente preocupação ambiental por parte da sociedade, do governo e setor privado tem levado à constante procura por práticas menos agressivas ao meio ambiente. Assim, por requisitos legais, profissionais de diversas áreas trabalham em conjunto para garantir um empreendimento que gere menos resíduos, utilize matérias-primas menos agressivas e ofereça produtos e serviços que ao longo de sua vida útil consumam menos recursos. Além de garantir a qualidade, o menor custo e o menor desperdício possíveis ao consumidor, melhora a eficiência e aceitação dos produtos. Essas condições e exigências no setor da construção civil, estão organizadas nos programas, instrumentos e normas técnicas que estabelece uma série de conformidade e de segurança para garantir um padrão mínimo de qualidade na construção em si.
Considerando o conteúdo, redija um texto definindo os programas, instrumentos e normas técnicas essenciais a serem considerados para obter com qualidade o desempenho e eficiência da Construção Civil.
Resolução:
Existem programas, instrumentos e normas técnicas disponíveis para consulta da qualidade no setor da construção civil, tais como o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), as Normas ISO 9000 e as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O PBQP-H é um Programa do Governo Federal, inserido no Ministério das Cidades e formatado com o objetivo de elevar os patamares da qualidade da Construção Civil com a criação e implementação de mecanismos de modernização tecnológica e gerencial, incluindo conceitos e metas de sustentabilidade; possui o Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras (SiAC), que avalia periodicamente a conformidade do sistema de gestão da qualidade das empresas de serviços e obras no setor da construção civil e é baseada na série de normas internacionais ISO 9001.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui uma extensa lista de normas técnicas, mas a que estabelece critérios específicos de desempenho para as edificações é a NBR 15.575, publicada em 2013. De acordo com a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura – AsBEA (2013), a NBR 15.575 agregou em seu conteúdo uma extensa relação de normas já existentes estabelecendo ampla e solidária junção de incumbências entre os agentes do processo, incluindo o conhecimento do comportamento em uso dos inúmeros materiais, componentes, elementos e sistemas construtivos que compõem a edificação. A Norma de Desempenho traz preocupações com a expectativa de vida útil, o desempenho, a eficiência, a sustentabilidade e a manutenção das edificações, inserindo o fator qualidade ao edifício entregue aos usuários. 
Um outro ponto de extrema importância se refere às etapas do Projeto ou Fases do Projeto de Arquitetura, que, segundo a Norma, estão divididas em 6 partes: A, B, C, D, E e F, conforme o Quadro abaixo:
Fases do projeto de Arquitetura
De acordo com AsBEA (2013), cada uma das fases do projeto possui um escopo a saber:
Fase A – Concepção do Produto: conjunto de informações de caráter técnico, legal, financeiro e programático que deverão ser levantadas e que nortearão a definição do partido arquitetônico e urbanístico, das soluções de sistemas e do produto imobiliário pretendido.
Fase B – Definição do Projeto: Definição do Partido Arquitetônico e Urbanístico fruto da análise e consolidação das informações levantadas na etapa anterior.
Fase C – Identificação e Soluções de Interfaces: consolidação do Partido Arquitetônico, considerando a interferência e compatibilização de todas as disciplinas complementares e suas soluções balizadas pela avaliação de custos, métodos construtivos e prazos de execução.
Fase D – Detalhamento de Especialidades: detalhamento geral de todos os elementos, sistemas e componentes do empreendimento gerando um conjunto de informações técnicas claras e concisas com objetivo de fornecer informação confiável e suficiente para a correta orçamentação e execução da obra.
Fase E – Pós-entrega do Projeto: checar se as informações estão claras para orçamentação e obras.
Fase F – Pós-entrega da Obra: Identificar e registrar as alterações efetuadas em obra e avaliar a edificação em uso. 
Segundo Grimley e Love (2016), as etapas do Projeto são definidas em: 
Programa de necessidades: identificação, análise e registro das necessidades do cliente que serão a referência para a avaliação das soluções de projeto.
Conceito ou Partido: por meio do brainstorming muitas opções são avaliadas com o objetivo de obter a aprovação do cliente para o desenvolvimento de um conceito que dará o caráter e a estética ao projeto.
Anteprojeto: fase mais intensiva do projeto onde todos os elementos são desenvolvidos, incluindo o layout e todas as especificações com o objetivo de definir todas as propostas do projeto e obter sua aprovação; nesta fase já é possível solicitar um orçamento preliminar para fornecedores e construtores e elaborar um cronograma de obra.
Projeto Executivo: formato ilustrado e escrito com todos os desenhos e especificações do projeto para fins de construção; assessoria ao cliente na contratação de fornecedores e executores.
Administração da obra: trata-se da gestão dos contratos de todo o processo em que o arquiteto deve agir como procurador do cliente, aprovando os projetos e acompanhando a obra para garantir que esteja sendo executada em conformidade com o Projeto Executivo.
É preciso salientar a importância do Projeto Executivo enquanto catalizador de todo o processo de projeto para sua efetiva execução.
O Projeto Executivo envolve o processo de desenvolvimento, planejamento e detalhamento, pois é neste momento que são realizados os desenhos detalhados de todos os projetos, sejam de revestimentos, forros, iluminação, móveis, elétrica, sistemas de ar-condicionado, entre outros. Já Matoso e Valladares (2002) afirmam que o projeto executivo sintetiza diversas informações necessárias à construção, sendo que a sua confecção implica no amadurecimento das relações entre arquiteto e cliente e na compatibilização dos projetos complementares referentes à obra estabelecendo o diálogo entre estas diversas partes do projeto final. Assim, os projetos específicos de interiores devem ser compatibilizados para sua perfeita execução, pois todos os projetos - paginação de pisos, paredes e forros, iluminação e demais acabamentos – devem estar alinhados entre si de modo a proporcionar uma leitura clara e evitar erros em suas etapas de execução. Cabe ressaltar que as áreas molhadas (banheiros, lavabos, cozinhas, áreas de serviço, etc.) possuem uma complexidade que exige ampliações e/ou detalhamentos complementares no Projeto Executivo. Assim, utilizaremos um banheiro para ilustrar algumas pranchas das especificações do projeto executivo, cujas escalas podem variar para ampliar detalhes:
Paginação de pisos: esta prancha, normalmente na escala 1:25, contém as indicações e especificações de início do assentamento das peças (se forem cerâmicas) ou sentido dos veios (se forem pedras naturais como mármore e granito), marcação de pontos de esgoto, ralos, bases,desníveis e também as indicações das vistas das paredes. 
Paginação de acabamentos e revestimentos internos: indicadas na planta baixa ou planta de piso através de setas, a vista das paredes contém a paginação dos revestimentos destes locais bem como as alturas de acabamentos, bancadas, louças, metais, móveis e demais acessórios.
Detalhamento de portas, móveis e ferragens: quando queremos detalhar objetos mais específicos, como um móvel ou a maçaneta de uma porta, podemos utilizar representações gráficas em escalas maiores, como 1:10, 1:5, 1:2.
Após a fase do Projeto Executivo, com os orçamentos aprovados e os fornecedores e executores contratados, é momento de iniciar a obra, materializando assim o projeto. Cabe aqui uma observação: no momento da execução da obra, para ilustrar detalhes que podem ser difíceis de visualizarem desenhos, vale a pena investir em maquetes eletrônicas, físicas e até modelos em escala real.

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