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Desejamos boa leitura! conteúdo exclusivo VOCÊ ESTÁ ACESSANDO UM produzido pelo Secad. Compartilhe também com seus amigos. FODMAPS Um guia nutricional para acompanhamento de pacientes com intolerância alimentar 2 2 3 5 11 15 SUMÁRIO INTRODUÇÃO IDENTIFICANDO A INTOLERÂNCIA ALIMENTAR – E OS FODMAPS: Como diagnosticar os pacientes com intolerância alimentar. ORIENTAÇÕES E PRESCRIÇÃO: Quais alimentos podem ou não ser ingeridos. 17 CONCLUSÃO SOBRE O SECAD www.secad.com.br 3 INTRODUÇÃO 4 IN T R O D U Ç Ã O Diferentes tipos de carboidratos e açúcares presentes em frutas, grãos, legumes e laticínios podem ser de difícil absorção pelo organismo. E em algumas pessoas, é o consumo desses nutrientes que provoca azia, diarreia, gases, inchaço abdominal ou má digestão. Desconfortos assim não costumam chamar atenção, exceto quando combina- dos e frequentes. Aí, os sintomas podem ser indicativos de algo maior: intolerância alimentar. Atribui-se o conceito de intolerância alimentar a um conjunto de reações adversas não imunomediadas. Para com- batê-la, os nutricionistas têm investigado sua origem e quase sempre indicado dietas com redução de FODMAPs – os alimentos ricos em carboidratos e açúcares que não são bem digeridos pelo trato gastrointestinal. Este e-book oferece mais informações aos profissionais que orientam e acompanham pessoas intolerantes a FOD- MAPs. O conteúdo utiliza como base as diretrizes da Sociedade Brasileira de Gastroenterologia (SBG) e os artigos do Programa de Atualização em Nutrição Clínica (PRONUTRI), do Sistema de Educação Continuada a Distância (Secad). Boa leitura! www.secad.com.br IDENTIFICANDO A INTOLERÂNCIA ALIMENTAR – E OS FODMAPS 5 Como diagnosticar os pacientes com intolerância alimentar 6 D E N T IF IC A N D O A IN TO L E R Â N C IA A L IM E N TA R – E O S F O D M A P S O corpo humano se adaptou ao longo de eras para utilizar leite e trigo como fontes nutricionais. Boa parte da dieta bra- sileira – e mundial – é composta por pães, bolos e arroz, além de queijos e iogurtes. À medida em que esses alimentos passaram a ser consumidos com mais frequência, porém, a intolerância alimentar cresceu. Segundo a consultoria de pesquisas Mintel, pelo menos 7% dos britânicos apresenta intolerância ao glúten, por exemplo. No Brasil, uma em cada 600 pessoas é intolerante à proteína, de acordo com a Associação de Celíacos do Brasil (Acelbra). No caso da lactose, os dados chamam ainda mais atenção. Um estudo publicado na American Journal of Clinical Nutri- tion estima que 75% da população mundial apresenta algum nível de intolerância ao açúcar presente no leite e em seus derivados. A situação é pouco melhor no Brasil, onde 35% da população (53 milhões) tem alguma sensibilidade à substância, de acordo com o Instituto Datafolha. www.secad.com.br Glúten: Proteína encontrada em cereais como trigo, malte, aveia e centeio. A intolerância ao glúten acontece quando o organismo não consegue digeri-lo, causando sintomas como constipação ou diarreia. Lactose: Açúcar do leite e de seus derivados. A intolerância à lactose é causada pela deficiência (ou ausência total) de produção da enzima lactase, responsável por realizar a digestão do açúcar. O nível de produção de lactase define o grau de intolerância, que pode ser leve, grave ou moderada. 7 Os carboidratos e açúcares dos alimentos ricos em glúten e lactose pertencem ao conjunto de FODMAPs – acrônimo para a combinação de alguns tipos alimentos: www.secad.com.br D E N T IF IC A N D O A IN TO L E R Â N C IA A L IM E N TA R – E O S F O D M A P S F = Fermentáveis O = Oligossacarídeos D = Dissacarídeos M = Monossacarídeos A = and (e) P = Poliois 8 D E N T IF IC A N D O A IN TO L E R Â N C IA A L IM E N TA R – E O S F O D M A P S Esses compostos têm uma característica em comum: são carboidratos de cadeia curta (CCCs), digeridos com dificul- dade e altamente fermentáveis – podendo responder por boa parte das intolerâncias alimentares. Para confirmar a existência e o tipo de intolerância, o nutricionista deve realizar uma investigação minuciosa da história clínica do paciente, combinada a exames físicos. Como a maioria dos sintomas são subjetivos e podem estar relacionados a outras causas, a confirmação do quadro também exige dieta de eliminação e testes de desencadeamento oral. www.secad.com.br 9 VEJA COMO DIAGNOSTICAR A INTOLERÂNCIA ALIMENTAR: www.secad.com.br D E N T IF IC A N D O A IN TO L E R Â N C IA A L IM E N TA R – E O S F O D M A P S A dieta de eliminação restringe o consumo de alimentos suspeitos de causar a intolerân- cia. Os alimentos são retirados de forma gradual. Sua reinserção também – algumas semanas depois. Todo o processo é observado. Ao final do teste, o comportamento do organismo indica se o problema se assemelha mais a uma alergia específica ou a alguma intolerância estabelecida. O teste de desencadeamento alimentar oral na confirmação diagnóstica dependerá dos sintomas, da história e da idade do paciente. O teste pode ser aberto, cego ou duplo cego controlado com placebo. A técnica, no entanto, pode ser dispensada se a probabili- dade diagnóstica for muito alta ou se o procedimento parecer arriscado – por exemplo, no caso de uma criança com histórico de anafilaxia. Exames de avaliação dos perfis vitamínico, lipídico e renal, além de intestinais e estoma- cais, são feitos para embasar o diagnóstico junto à história clínica. A combinação deles e os sintomas observados costumam ser suficientes para o diagnóstico definitivo. 10 Intolerância não é alergia Enquanto as intolerâncias são causadas por incapacidade total ou parcial de digestão, as alergias ocorrem por reação adversa e causam manifestações cutâneas, gastrointestinais ou respiratórias. Casos de anafilaxia podem ser fatais. irrompidos ou em seus brotos. www.secad.com.br D E N T IF IC A N D O A IN TO L E R Â N C IA A L IM E N TA R – E O S F O D M A P S 11 ORIENTAÇÕES E PRESCRIÇÃO Quais alimentos podem ou não ser ingeridos 12 O R IE N TA Ç Õ E S E P R E S C R IÇ Ã O www.secad.com.br Nem todos os FODMAPs são contraindicados para intolerantes ao glúten e à lactose, apenas os dissacarídeos e os oligossacarídeos, que são fontes de CCCs. Veja a lista: Oligossacarídeos Macarrão Biscoitos Centeio Cevada Trigo Dissacarídeos Leite de vaca, ovelha e cabra Ricota Queijo cottage Requeijão Iogurte Sorvete 13 www.secad.com.br Para receitar a substituição desses alimentos, os nutricionistas devem considerar as condições socioeconômicas do paciente e priorizar o consumo de alimentos da época. Pães, massas e bolos feitos à base de trigo, centeio ou milho devem ser trocados por versões de aveia, arroz e quinoa. Produtos lácteos como leites, queijos e iogurtes devem ser substituídos por alimentos sem lactose – o mercado brasi- leiro também conta com centenas de opções de snacks e refeições pré-prontas. Para equilibrar a dieta, o nutricionista pode indicar leve aumento no consumo de legumes e verduras como abobrinha, pepino e alface. Proteínas de origem animal são mantidas. Caso o paciente opte por não comer carne, a dieta pode incluirtofu e ovos, além das gorduras encontradas no azeite de oliva e em oleaginosas como macadâmia e nozes.O R IE N TA Ç Õ E S E P R E S C R IÇ Ã O 14 www.secad.com.br A adoção de dietas restritas em FODMAPs é sabida- mente benéfica para intolerantes alimentares. Entre- tanto, a aplicabilidade na rotina do paciente é um dos principais entraves para completa aderência – muitos dos produtos de substituição não são encon- trados facilmente e receitas caseiras, ao fugirem do comum, podem ser de execução complicada. Importante: a dieta restrita em FODMAPs limita a ingestão de fontes de fibras prebióticas, essenciais para o funcionamento e a microbiota intestinal. Por isso, a restrição total de FODMAPs deve ser realizada durante seis ou no máximo oito semanas. Após esse prazo, é recomendada a reintrodução lenta dos alimentos retirados e, assim, encontrar uma dose tolerável de cada FODMAP. O R IE N TA Ç Õ E S E P R E S C R IÇ Ã O 15 CONCLUSÃO C O N C LU S Ã O Diagnosticar a intolerância corretamente e indicar um plano alimentar adequado, que considere não só a história clínica, mas os alimentos locais e o estilo socioeconômico do paciente, são tarefas que exigem conhecimento, sensibilidade e dedicação profissional. Nesse sentido, os programas de atualização profissional estão entre as ferramentas mais indicadas. O Secad, por exemplo, oferece uma série de conteúdos direcionados ao nutricionista. Eles compõem o Programa de Atualização em Nutrição Clínica (PRONUTRI), desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) e profissionais consagrados. O material permite que o profissional esteja constantemente informado sobre as abordagens inovadoras, as pesquisas mais recentes e outras questões práticas de sua área. CONCLUSÃO www.secad.com.br 16 SOBRE O SECAD 17 S O B R E O S E C A D O Sistema de Educação Continuada a Distância (Secad) é um modelo de programas de atualização profissional que oferece conteúdo relevante nas mais diversas especialidades da área da saúde. Os módulos, desenvolvidos por autores renomados e vinculados a instituições científicas, são organizados em ciclos de 12 meses e divididos em quatro volumes impressos – entregues trimestralmente, via correio, aos participantes inscritos. Além disso, os materiais também podem ser acessados online. Ao fim do ciclo, o profissional pode fazer uma avaliação virtual e, se obtiver aprovação, recebe um certificado chancelado pela sociedade de classe parceira do Secad. Lançado em 2002, o Secad é gerido pela Artmed Panamericana – uma parceria entre a Artmed Editora, do Brasil, e a Editorial Médica Panamericana, da Argentina. Desde a criação, a plataforma já acumula mais de 500 mil inscrições nos seus 40 programas de atualização em Saúde, disponibilizados nas áreas de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Veterinária. SOBRE O SECAD 18 www.secad.com.br Indique para os seus amigos! Gostou deste conteúdo?
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