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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: Artes Visuais DISCIPLINA: Filosofia da educação PROFESSOR (A) TUTOR (A): André Luiz Santos TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: Prática como componente curricular ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: Hérick de Almeida Souza MATRÍCULA: 201910018406 Este relatório tem a finalidade de apresentar a proposta de Prática como componente curricular, realizado com a entrevista da professora Anna Cristina Ribeiro, de História do Colégio Joanna de Ângelis, nível fundamental 2 e observar uma aula para reflexão sobre as relações de aprendizado existentes na sala de aula articulando entre o que a professora respondeu na entrevista e os conhecimentos aprendidos nas aulas de Filosofia da Educação. Nas palavras de Èmile Durkheim, “a educação tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança, estados físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto”, então cabe ao educador e aos estabelecimentos de lecionar, moldar esses objetivos aos estudantes, tais exigências com forte influência no processo de ensino. • O que é ensinar ? -Acredito que ensinar é aprender, aprender constantemente, pois na minha opinião não existe ensinamento e aprendizado sem troca de experiências e de pensamentos. • Como você escolhe seus procedimentos de ensino ? -Escolho meus procedimentos de ensino olhando o todo e a parte, ou seja, observando a constelação da classe e o perfil de cada aluno, sempre em uma perspectiva formativa , dialógica e problematizadora. • Você se baseia em algum teórico ? Qual ? Como ? -Sim me baseio na didática de Paulo Freire sempre. na busca pela minha coerência na prática, no "esperançar" , no arco da problematização • Como acontecem as relações interpessoais em sala de aula ? Como você trabalha os conflitos ? -Ao início do ano letivo são construídos combinados entre professora e alunos, de forma clara e objetiva, o que facilita a criação de vínculos e a certeza que todos estarão em ambiente seguro e respeitoso . Os conflitos são resolvidos com afecção e escuta ativa Através da minha observação na escola que visitei, ela utiliza o método inovador. Ela transmite o conhecimento de forma clara, levando em consideração a idade do aluno, o comportamento e o perfil do mesmo, deste modo consegue olhar o todo e compreender as melhores formas de discussão de assuntos e consecutivamente a aplicação da matéria dada. Como uma maestrina, que entende como tudo acontece, desde os conflitos, que são inevitáveis em classe, como inerente à convivência humana, à criação de vínculos que atravessam os muros da escola Anna consegue ensinar e aprender, falar suas experiências e escutar os alunos de forma impressionante, isto torna a aula muito interessante. Normalmente trabalha com breves resumos em lousa, sendo apenas chaves para uma explicação de conteúdo, o que nas conversas ajudam muito na fixação e entendimento dos alunos. Numa escola é comum haver conflitos, como em toda a convivência humana o que não pode ocorrer é que conflitos se transformem em confrontos, que vem a ser a tentativa de anular o outro, isto é inaceitável para Anna, por isso sempre atenta aos alunos media estas discussões para serem sempre construtivas e interessantes. Ela aprende e interage com suas perguntas e questionamentos e as de seus alunos, incentiva eles a responderem o que pensam sobre a dúvida de um outro amigo de classe ou dela mesma e este método incrivelmente aproxima os alunos entre si e, consequentemente, todos dela. Além da relação aluno e professor, mas para uma amiga e conselheira que está ali para ajudar, ensinando algo novo sempre e chamando atenção também, quando necessário, assim atenta o jovem-adolescente para pensamentos da vida e críticas. As avaliações na escola são feitas através de provas, interesse em sala de aula e atividades em sala de aula e atividades que são enviadas para casa, entretanto, Anna aplica de forma diferenciada esses modelos avaliativos, como trabalhos algumas vezes em vídeo, por exemplo, para que os alunos se interessem não somente ao conteúdo da matéria mas também às aplicações ao cotidiano, provas orais e trabalhos em escrito. As provas orais para alguns alunos são muitas vezes mais tranquilas que escritas, principalmente por se lembrarem dos assuntos conversados e apenas repensarem o mesmo Com embasamento da entrevista feita e a aula assistida, juntamente com as aulas de filosofia da educação, observa-se que a filosofia da educação é influente no mundo da educação, pois são teorias que necessitam ser colocadas na prática diária. A professora a qual concedeu a entrevista trabalha com turmas de 6º a 9º anos, onde se baseia no cotidiano, como Paulo Freire, partindo de nações humanas e cultura, processo o qual ele denomina como leitura do mundo, para ele é impossível fazer educação sem conhecer o educando, sem partir de sua realidade, Anna aplica isto fazendo a constelação da classe e conhecendo o perfil individual do educando, assim a educação tem mais sentido para o aluno, aquele que aprende, deste modo, consegue resgatar e incentivar os sonhos dos alunos. A aula de Anna é interdisciplinar, ela dispensa os sectarismos entre os conteúdos, tratando de forma contextualizada história, cultura, política, arqueologia, entre outros, tendo então uma aula diferenciada do padrão e mais interessante e curiosa. Bibliografias: DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 10ª ed. Trad. de Lourenço Filho. São Paulo, Melhoramentos, 1975 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2006. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 8. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho D’Água, 1997.
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