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A companhia de Jesus e o imaginário europeu

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A companhia de Jesus no Brasil e o imagináro europeu
A chegada dos europeus na america-latina, nos mostram um pouco sobre a visão do europeu a respeito dos povos índigenas como povos inferiores em todos os apectos. Na carta do Pedro vaz de caminha ele faz um breve relato ao rei. Neste documento histórico, tem uma breve construção da narrativa européia, com o Pedro Vaz de caminha relatando as primeiras impressões dos povos índigenas ao rei, sobre tudo o que ele via. Na carta do Pedro Vaz de caminha ele relata ao rei o quão facíl seria converter aquele povo dizendo: “ E portanto, se os degredados, 	que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e entenderam, não duvido que eles, segundo a intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé, á qual preza a Nosso senhor, que os traga, porque essa gente é boa e de simplicidade.’’ mostrando um pouco sobre a visão proseletista da cristandade católica no século XVI.
A comunidade católica estava se sentindo ameaçada e tendo que lidar com duas situações ao mesmo tempo; os descobrimentos com o ínicio das grandes navegações e a necessidade das monarquias expandirem os seus territórios e conquistar novas riquezas, com o ínicio do capitalismo primitivo chamado de mercantilismo. O segundo fator importante que a igreja católica tem que se adequar e lidar é; arrumar uma “estratégia” com a perda de fiéis, devído a reforma protestante naquele período. A igreja católica então vai precisar ganhar novos fiéis, para superar essa perda e com o ínicio dos descobrimentos, sobretudo do novo mundo e do povo gentio, a igreja vai suprir essa perda com a catequese. 
A companhia de Jesus (Jesuítas) chegam ao Brasil em 1549, com o objetivo da conversão dos povos nativos que residiam o Brasil naquele período, chamado de gentio pelos povos europeus. A companhia de Jesus tem como principal objetivo fazer uma contra-reforma para impedir os avanços do protestantionismo que aos poucos está tomando o lugar da cristandade católica. Os padres Jesuítas tem a missão de fazer o gentio compreender a doutrina religiosa cristã, através da catequese, atingida por práticas pedagógicas, institucionais.
As missões dos Jesuítas serviam também, para que a companhia de Jesus mudassem os hábitos dos índigenas. O interesse era que eles passasem a viver de acordo com a cultura européia, que as familhas fossem: Pai, mãe e filhos do casal. Os jusuítas também precisavam fazer com que eles se fixassem em lugar, pois a maioria das tribos índigenas eram seminômade, vivendo em comstante deslocamento).
Ao decorrer dos tempos os Jesuítas perceberam que á sua principal estratégia que era o convencimento se revela insuficiente e passam a aceitar a ídeia da guerra justa. Esse termo será empregado, .para justificar a captura, aprisionamento e escravidão dos povos índigenas. Está guerra foi travada aos inimigos da coroa (tribos que resistiam ao trabalho compulsório e á ocupação de suas terras pelos povos portugueses. A mão de obra índigena era muito valorizada na povoação do território ou para ocupar fronteiras. Era utilizada em larga escala em combates, para conter escravos africanos ou para auxíliar os capitães do mato na captura dos escravos fugidos. Os índigenas eram considerados muitos rebeldes pelos portugueses, mesmo quando eram punidos, além da possibilidade de fugirem para a mata, onde conheciam o território melhor que o povo colonizador. 
O repúdio dos povos índigenas é caracterizado pelo canibalismo de algumas tribos índigenas. Esse comportamento é visto como uma barbárie, para os povos europeus, demonstrando a forma barbára que o gentio vivia, quase como um “animal”. Para o europeu a cultura índigena, desconhece regras e interdições fundamentais para o desenvolvimento de uma vida social; parecendo muito mais proxímo aos animais. 
Para o europeu sobretudo o canibalismo é desconhecimento de qualquer interdição sobre, o “uso” de outro corpo, ou seja o canibalismo é o desconhecimento de qualquer interdição quanto á de outro corpo. Os índigenas “barbáros” desrespeita a natureza, sendo que a natureza tem leis santas. O barbáros segundo o europeu, quebrantava as leis santas de Deus, indo contra os princípios da biblia e da cristande católica, não tendo temor a temor a Deus e mostrando cada vez mais a importância da civilização européia de levar a sua cultura a índividuos barbáros e inferiores que ferem as leis do criador supremo. 
BIBLIOGRAFIA:
-Baêta, Luiz Felipe – “O combate dos soldados de Cristo na terra dos papagaios – Rio de Janeiro – 1978
-A carta de Pedro Vaz de Caminha – Lisboa – 1500
-Skidmore, Thomas- “História do Brasil colônia”

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