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Relatório - Mineralogia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CAMPUS RECIFE 
GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA 
PROFESSOR: LAURO CÉZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS 
DISCIPLINA: MINERALOGIA SISTEMÁTICA E CRISTALOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDO THEO PIRON 
GABRIEL DA CUNHA CAVALCANTI MARTINS 
IAN SIQUEIRA DE AQUINO 
MATHEUS GOUVEIA LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DA PRÁTICA DE MINERALOGIA SISTEMÁTICA E CRISTALOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RECIFE – PE 
 
 2019 
 
 
1 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 - Mapa da Província Borborema 
Figura 2 - Domínios da Província Borborema 
Figura 3 - Mapa do Domínio Rio Grande do Norte 
Figura 4 - Croqui do afloramento do granito de Campina Grande 
Figura 5 - Veio de quartzo, K-feldspato e epidoto 
Figura 6 e 7 - Espodumênio e Berilo 
Figura 8 - Turmalina lapidada azul “safira” 
Figura 9 - Caulim e muscovita no pegmatito Alto dos Mamões 
Figura 10 - Rocha metamórfica no afloramento de vesuvianita 
Figura 11 - Ouro observado em testemunho da rocha granítica-gnáissica 
Figura 12 - Croqui do testemunho observado da rocha granítica- gnáissica 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
 km² - Quilômetros quadrados; 
 m - Metros; 
 CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais; 
 UFAM - Universidade Federal do Amazonas; 
 NE - Nordeste; 
 E - Leste; 
 NW - Noroeste; 
 W - Oeste; 
 SW - Sudoeste; 
 PB - Paraíba; 
 g/cm³ - Grama por centímetros cúbicos; 
 mm – Milímetros. 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 – Introdução............................................................................................................ 4 
1.1 – Objetivo.............................................................................................................. 4 
1.2 – Materiais e Métodos........................................................................................... 4 
2 – Referencial Teórico.............................................................................................. 6 
2.1 – Província Borborema.......................................................................................... 6 
2.1.1 - Domínio Rio Grande do Norte.......................................................................... 7 
3 – Minerações........................................................................................................... 8 
3.1 – Caulim................................................................................................................. 8 
3.2 – Quartzo rosa....................................................................................................... 8 
3.3 – Albita................................................................................................................... 9 
3.4 – Berilo.................................................................................................................. 9 
3.5 – Vesuvianita......................................................................................................... 9 
3.6 – Turmalina Paraíba.............................................................................................. 9 
3.7 – Ouro.................................................................................................................... 9 
3.8 – Minerações em Pegmatitos................................................................................ 10 
4 – Paradas da Aula de Campo................................................................................ 11 
4.1 - 1º dia - Segunda-feira 27/05/2019...................................................................... 11 
4.1.1 - 1º Parada – Afloramento do complexo granítico de Campina Grande............. 11 
4.2 – 2º dia – Terça-feira 28/05/2019.......................................................................... 12 
4.2.1 – 1º Parada – Brazil Paraiba Mine..................................................................... 12 
4.3 – 3º dia – Quarta-feira 29/05/2019........................................................................ 14 
4.3.1 – 1º Parada – Alto dos Mamões / Alto do Giz.................................................... 14 
4.3.2 – 2ª Parada – Afloramento de Vesuvianita........................................................ 15 
4.4 – 4º dia – Quinta-feira 30/05/2019........................................................................ 16 
4.4.1 – 1º Parada - Prospecção de Ouro.................................................................... 16 
5 – Mapa de Campo.................................................................................................. 19 
6 – Considerações Finais......................................................................................... 20 
Referências............................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
 O presente relatório trata-se da atividade de campo realizada por alunos do 
curso de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco entre os dias 27/05/2019 
e 30/05/2019 nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, como 
peça indispensável da unidade curricular da prática de campo de Mineralogia 
Sistemática e Cristalografia. Nele é apresentado o resultado dos estudos de campo, 
distribuídos e organizados em capítulos. 
 
1.1 – Objetivo. 
 
 O objetivo desse trabalho consiste, essencialmente, em praticar os 
conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula ao longo da disciplina Mineralogia 
Sistemática e Cristalografia. A partir dessa visão, identificar minerais dos pontos e 
afloramentos de rochas visitados durante a prática de campo. Com isso foi possível a 
oportunidade de ampliar os conhecimentos sobre Mineralogia, o que ajudará a 
entender melhor e com mais facilidade as próximas disciplinas do curso. 
 
1.2 – Materiais e Métodos. 
 
 No campo foram realizadas atividades como descrever afloramentos, 
classificar os tipos de rochas, e estudar sua composição mineralógica além da coleta 
de amostras para estudo posterior. Os materiais utilizados para a prática dessas 
atividades foram: martelo geológico, lupa de mão, canivete, imã e a caderneta de 
campo. 
 
● Martelo Geológico: Foi usado para retirar amostras de rochas e minerais mais 
resistentes a fim de estudá-las de forma mais detalhada posteriormente; 
 
● Lupa de Mão: Utilizada para determinar o hábito e auxiliar na identificação dos 
minerais; 
 
● Canivete: Usado para determinar a dureza dos minerais; 
 
 
5 
 
● Imã: Usado para identificar minerais que apresentam magnetismo, como a exemplo 
da magnetita; 
 
 ● Caderneta de Campo: Teve como fim registrar o trajeto percorrido, esboçar e 
descrever detalhadamente todos os afloramentos, além de anotações pertinentes. 
 
 
6 
 
2 – REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 – Província Borborema. 
 
 A Província Borborema cobre uma área de cerca de 380.000 km², 
coincidindo com a faixa de dobra do Nordeste desenvolvido durante o Ciclo Brasiliano. 
É limitada pelas províncias São Francisco e Parnaíba, além das bacias costeiras e da 
margem continental. O relevo residual raramente excede os 1000 metros de altitude, e 
é composta por sete compartimentos tectônicos distintos por Brito Neves (1975), que 
são: 
- Coberturas sedimentares Fanerozóicas; 
- Coberturas sedimentares do Ciclo Brasiliano; 
- Bacias molássicas do Ciclo Brasiliano;- Sistemas de dobramentos; 
- Maciços medianos; 
- Zonas geoanticlinais; 
- Áreas remobilizadas do embasamento. 
 Figura 1 – Mapa da Província Borborema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Dantas, 1980. 
 
7 
 
 Na província Borborema são individualizados três segmentos tectônicos 
fundamentais, limitados por importantes zonas de cisalhamento brasilianas aqui 
denominados de: Subprovíncia Setentrional, Subprovíncia da Zona Transversal ou 
Central e Subprovíncia Externa ou Meridional, as quais foram subdivididas em 
domínios, terrenos ou faixas, com base no patrimônio lito estratigráfico, feições 
estruturais, dados geocronológicos e assinaturas geofísicas. 
 
 Figura 2 – Domínios da Província Borborema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: UFAM. 
 
2.1.1 - Domínio Rio Grande do Norte. 
 
 Este domínio compõe-se das faixas Orós–Jaguaribe e Seridó, e dos 
terrenos Rio Piranhas, São José do Campestre e Granjeiro. Limita-se a oeste pela 
zona de cisalhamento Orós Oeste/Aiuaba e ao sul pela Zona de Cisalhamento 
(lineamento) Patos. A leste e a norte, o domínio está encoberto pelas rochas 
sedimentares da Província Costeira e da Bacia do Apodi, respectivamente. 
 A principal área de ocorrência da faixa tem direção preferencial NE-NW, com 
arrasto para E-W, na porção sul, produzido pelo Lineamento Patos. Remanescentes 
alóctones da Faixa Seridó ocorrem a oeste no Terreno Rio Piranhas até próximo da 
Zona de Cisalhamento Portalegre, a leste no Terreno São José do Campestre e a sul 
no Terreno Granjeiro. Compõe-se do Grupo Seridó, o qual é subdividido nas 
formações Jucurutu (base), Equador e Seridó (topo), e inclui remanescentes 
indiferenciados denominados de Grupo Seridó Indiscriminado. 
 
 
8 
 
Figura 3 – Mapa do Domínio Rio Grande do Norte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Brazilian Journal of Geology. 
 
3 – MINERAÇÕES 
 
 Durante a atividade de campo foram vistos recursos minerais que são 
aproveitados economicamente, os principais estão citados nos tópicos a seguir. 
 
3.1 – Caulim. 
 
 Minério que pode ser utilizado como aditivo na fabricação de cerâmica, 
tintas, esmaltes e borracha e como componente nas indústrias têxtil, de fertilizantes, 
de cosméticos e de filtros. No Rio Grande do Norte há diversas localidades de onde se 
extrai o caulim, as principais estão nos municípios de Equador, Cerro Corá, Macaíba e 
Martins. 
 
3.2 – Quartzo rosa. 
 
 Variação de quartzo que geralmente apresenta titânio como impureza, o que 
caracteriza a coloração rosa. É utilizado na indústria de joias. 
 
 
9 
 
3.3 – Albita. 
 
 Mineral pertencente à família dos feldspatos plagioclásios. É utilizado na 
fabricação de porcelana. 
 
3.4 – Berilo. 
 
 Ciclossilicato de berílio, mineral o qual pode ser utilizado na indústria de 
joias, possui variações consideradas semipreciosas e preciosas, entre elas estão a 
água marinha e a esmeralda. Além da utilização como liga em cobre, o Berilo aumenta 
grandemente a dureza, a resistência à tração e a resistência do cobre à fadiga. 
 
3.5 – Vesuvianita. 
 
 Sorossilicato que ocorre em forma de cristais tetragonais, é um mineral 
utilizado para fabricação de gemas. 
 
3.6 – Turmalina Paraíba. 
 
 Variação cuprífera da elbaíta, utilizada para fabricação de gemas. É 
raríssima e o preço do seu quilate pode valer até US$15.000 (fonte: CPRM). Foi vista 
no 2º dia da atividade, na Brazil Paraíba Mine que se localiza no município de 
Parelhas (RN), a qual é a maior mina de turmalina paraíba do mundo. 
 
3.7 – Ouro. 
 
 Encontrado em forma de elemento nativo, é utilizado para fabricação de 
joias, instrumentos científicos, galvanoplastia, restaurações dentárias, barras de ouro 
etc. Foi visitada uma mina de ouro desativada no 4º dia da atividade, no município de 
Itapetim (PE), onde o ouro se encontra em veios de quartzo numa rocha granítica 
gnáissica. 
 
 
 
 
 
10 
 
3.8 – Minerações em Pegmatitos. 
 
 Pegmatitos são rochas ígneas caracterizadas pela granulação grosseira e 
apresentam com frequência quartzo, feldspatos e micas em sua composição 
mineralógica. Os pegmatitos do grupo Seridó são bastante explorados por possuírem 
diversos minerais valiosos e com utilidade econômica, os principais são: albita, quartzo 
rosa, variações de berilo como a água marinha, Espodumênio, turmalina paraíba, 
apatita, fluorita etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
4 - PARADAS DA AULA DE CAMPO 
 
4.1 - 1º Dia - Segunda-feira 27/05/2019 
 
4.1.1 - 1º Parada – Afloramento do complexo granítico de Campina Grande. 
Localização: BR 230 na entrada do município de Galante-PB. 
Coordenadas: 7°22’0,0002’’ 
 
 As rochas estudadas têm origem ígnea do paleoproterozóico pertencentes 
ao domínio Transversal da Província Borborema, essas rochas formam plútons que 
são delimitados pelas zonas de cisalhamentos transcorrentes sinistrais de direção NE-
SW. Foi possível observar enclaves dioríticos (autólitos) arredondados de composição 
mineralógica: plagioclásio (40%), biotita (15%), quartzo (25%) e feldspato alcalino 
(20%), e uma parte porfirítica com fenocristais de K-feldspato imersos numa matriz de 
feldspatos, quartzo, biotita e anfibólio mesocrático e leucocrático. Segundo Almeida et 
al. (2002), a presença desses enclaves como autólitos sugerem processo de 
coexistência e mistura de magmas, processo de interdigitação. Além disso esse 
conjunto é cortado por veios e diques pegmatíticos ricos em quartzo e feldspato 
potássico (ou sua alteração o mineral sericita) e epidoto. Também foi observado no 
afloramento ortognaisses com bandamento composicional bem desenvolvido de 
composição granodiorítica, anfibolítica e migmatitos dobrados. 
 
Figura 4 - Croqui do afloramento do granito de Campina Grande. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
 
 
 
 
12 
 
Figura 5 - Veio de quartzo, K-feldspato e epidoto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SIQUEIRA, Ian. 
 
4.2 – 2º Dia – Terça-feira 28/05/2019. 
4.2.1 – 1º Parada – Brazil Paraiba Mine. 
Localização: Sítio Mulungu, Parelhas, Rio Grande do Norte. 
 
 A turmalina é um mineral pertencente ao grupo dos ciclossilicatos de dureza 
alta, hábito prismático, traço incolor e densidade variando entre 2,9 e 3,41 g/cm³. 
Quando há ferro em sua estrutura o mineral denomina-se schorlita e tem cor preta, 
porém quando há substituição do ferro por lítio, a turmalina ganha tons variados como 
verde, amarelo-vermelho-rosa, e azul, e é muito utilizada como gema. A variedade que 
ganha cor azul é chamada de Turmalina Paraíba, mineral muito raro sendo encontrada 
apenas em Minas Gerais, no Nordeste brasileiro (Paraíba e Rio Grande do Norte) e no 
continente africano, mais precisamente na Nigéria e Moçambique. 
 A Brazil Paraiba Mine é a maior mina de Turmalina Paraíba do mundo, com 
gemas reconhecidas pelos mais renomados laboratórios de gemologia do planeta, tais 
como a GIA (Gemological Institute of America), SSEF (Swiss Gemological Institute), e 
GRS (GemResearch Swisslab). A atividade minerária é feita através de estudos de 
mapas geológicos de solo e subsolo sob a orientação de engenheiros e geólogos 
especializados, possibilitando uma maiorprecisão na escolha das melhores rotas para 
a extração das gemas. 
 A visita à mina se iniciou com o a descida para a galeria através de um Shaft 
responsável pelo transporte de materiais e pessoas para fora ou dentro da mina. Nas 
explicações do geólogo Francisco Augusto, aquela região já possuía galerias pré-
 
13 
 
existentes feitas por antigos garimpeiros, com isso foi realizado um planejamento de 
reestruturação da mineração local em lavras por subníveis com galerias mais próximas 
à superfície e a parte mais baixa sendo utilizada para o bombeamento de água na 
mina. Um indicador forte para a ocorrência de Turmalina Paraíba são os minerais de 
lítio em pegmatitos graníticos como a Lepdolita (mica) e o Espodumênio. Isso se dá 
pelo fato dela ter em sua composição química, além de boro, sílica, alumínio e sódio, o 
lítio (metal raro) que substitui o ferro na composição química usual da schorlita. Porém 
ela pode ser encontrada junto a outros minerais associados ao pegmatito como o 
Berilo, a Apatita, Fluorita e o feldspato Albita microclína. 
 
Figuras 6 e 7 - Espodumênio e Berilo, indicadores de Turmalina Paraíba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: GOUVEIA, Matheus. 
 
14 
 
 
 A extração é feita através de detonações com piroblastos que são 
fragmentadores de rocha que preservam mais a Turmalina, após isso o material é 
levado para a superfície e separado em um maquinário de acordo com o tamanho 
(classificação granulométrica). Depois da separação os minerais seguem para uma 
mesa de catação manual, e com auxílio de máquinas que separam automaticamente 
pela cor azul neon. Por fim, os minerais extraídos são lapidados de acordo com a 
demanda e embalados para serem comercializados. 
 
Figura 8 - Turmalina lapidada azul “safira” com 6,8 quilates e medindo 15 x 8 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: RODRIGUES, Dwight, 2011. 
 
4.3 – 3º Dia – Quarta-feira 29/05/2019. 
4.3.1 – 1º Parada – Alto dos Mamões / Alto do Giz. 
Localização: Nas proximidades de Equador, Rio Grande do Norte. 
 
 O pegmatito observado no Alto dos Mamões se localizava a poucos 
quilômetros ao noroeste da cidade de Equador. A rocha está encaixada nos quartzitos 
da Formação Equador. Nos rejeitos foram encontrados alguns cristais de euclásio, 
muscovita e quartzo (bastante oxidado). Também tiveram poucas ocorrências de 
quartzo rosa, muscovita associada à scheelita e berilo. O pegmatito foi explorado para 
extração de berilo, manganotantalita e columbita, até aproximadamente o ano de 1985. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Figura 9 – Caulim e muscovita no pegmatito Alto dos Mamões. 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
4.3.2 – 2ª Parada – Afloramento de Vesuvianita 
Localização: Entre Equador e Patos. 
 
 Fomos levados a este afloramento com o auxílio do engenheiro geológico 
Fabrício. Lá encontramos a maior diversidade em um único ponto de toda a aula de 
campo; vesuvianita, calcita, granada, epidoto, quartzo, enxofre nativo, calcopirita, 
grafita, flogopita, diopsídio, bornita, molibidenita e actinolita. Isso se deve 
provavelmente pela presença de rochas metamórficas (com destaque para o skarn) e 
dos veios hidrotermais; os quais aumentaram a diversidade mineralógica do ambiente. 
Havia um afloramento no chão e outro em parede, e anteriormente a localização fora 
utilizada para extração de mármore. 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Figura 10 – Rocha metamórfica no afloramento de vesuvianita. 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
4.4 – 4º Dia – Quinta-feira 30/05/2019. 
4.4.1 – 1º Parada - Prospecção de Ouro. 
Localização: Itapetim, PE. 
 
 O ouro é um mineral pertencente ao grupo dos elementos nativos, ou seja, 
formado por um elemento químico que ocorre livre, não combinado com outros 
elementos. Possui dureza baixa (entre 2,5 e 3), normalmente ocorre como massas 
irregulares (pepitas), possui o traço amarelo e densidade extremamente alta, tendo em 
média 19,3 g/cm³.Normalmente ocorre associado à rochas ultramáficas/ultrabásicas 
(greenstones belts) e a magmatismo ácido resultante de consumo de crosta oceânica 
ou de fusão parcial de protólito com anomalia positiva deste elemento. Nos veios e 
filões está normalmente associado a quartzo, carbonato ferrífero e/ou sulfetos 
(arsenopirita, pirrotita, pirita, tetraedrita, calcopirita e menos frequentemente galena e 
esfalerita), em ambiente metamórfico típico de fácies xisto verde. Como o ouro não se 
oxida e dificilmente é solubilizado, ele constitui depósitos secundários residuais 
(eluvião) e sedimentares (coluviões e aluviões ou pláceres). A concentração do ouro 
nas aluviões resulta de sua alta densidade, que possibilita a separação do ouro 
mecanicamente dos areais e cascalho mais leves do leito das drenagens. Minerais 
com os quais ocorre associado: a pirita, arsenopirita, pirrotita, calcita, ankerita, 
turmalina, quartzo, calcopirita, altaíta, scheelita etc. 
 Situado no Sertão do Pajeú, bem próxima à divisa dos Estados de 
Pernambuco e Paraíba, o município de Itapetim no início dos anos 40, descobriu a 
 
17 
 
ocorrência de Ouro no distrito de Piedade. Acreditava-se que a descoberta desse 
metal nobre seria a grande alternativa econômica para aquela região castigada pelas 
secas. A princípio, todos os moradores da cidade ficaram eufóricos - até porque a mina 
foi tida como a terceira maior do Brasil. Mas, à medida que as escavações 
prosseguiam, o sonho da riqueza foi-se desmanchando. Pois um problema se 
apresentava: a extração era economicamente inviável. A euforia, então, cedeu lugar a 
um certo desânimo até que, em 1985, a mina foi desativada. 
 A visita à mina de Ouro desativada de Itapetim teve início com explicações 
do professor Lauro Montefalco e o garimpeiro Ronaldo, responsável pela área e 
testemunhos, a respeito do garimpo que ainda hoje ocorre naquela região. Os 
testemunhos em sondagem são retirados através de uma sonda que perfura e realiza 
manobras, ao total há cerca de 200 metros de furo no terreno do garimpeiro Ronaldo. 
Tivemos contato com alguns testemunhos da rocha estudada naquela mina, se tratava 
de uma rocha granítica-gnáissica intercalada com ultra milonito biotítico. O professor 
pediu para que fizéssemos croquis dos testemunhos e indicássemos a composição 
mineralógica e os ângulos. Com os nossos conhecimentos adquiridos em sala de aula 
pudemos observar na prática a ocorrência de Ouro em veios de quartzo E-W 
encaixados em zona de cisalhamento. 
 
Figura 11 – Ouro observado em testemunho da rocha granítica-gnáissica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: GOUVEIA, Matheus, 2019. 
 
18 
 
 
Figura 12 - Croqui do testemunho observado da rocha granítica- gnáissica. 
 
Fonte: MARTINS, Gabriel, 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5 – MAPA DE CAMPO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 No primeiro dia observamos um afloramento do complexo granítico de 
Campina Grande. Localização: BR 230 na entrada do município de Galante-PB. 
Pudemos através dos conhecimentos adiquiridos em sala de aula descobrir vários 
tipos de minerais presentes naquelas rochas, observamos as estrias em schorlitas, 
fraturas conchoidais em quartzos, geminações em feldspatos e aprendemos um novo 
mineral chamado de sericita, que é uma variação do K-Feldspato, mas precisamente é 
um feldspatose transformando em um Filossilicato. 
 Na terça-feira dia 28 de maio tivemos o privilégio de conhecer a maior mina 
de Turmalina Paraíba do mundo, a Brazil Paraiba Mine. Descemos no nosso primeiro 
shaft e tivemos contato com as galerias mais próximas da superficie. Pudemos 
observar e entender como os minerais se relacionam ao longo da mina. Aprendemos 
que um indicador forte para a ocorrência de Turmalina Paraíba são os minerais de lítio 
em pegmatitos graníticos como a Lepdolita (mica) e o Espodumênio, sendo o lítio um 
metal raro isso justifica, em parte, o alto valor econômico da gema. 
 Ao terceiro dia pela manhã, fomos ao Alto dos Mamões / Alto do Giz, onde 
tivemos contato com o Caulim, que é bastante explorado naquela região, aprendemos 
que ele é um composto mineralógico de silicatos hidratados de alumínio e apresenta 
características especiais que permitem sua utilização na fabricação 
de papel, cerâmica, tintas etc. Nos rejeitos, encontramos alguns cristais de euclásio, 
muscovita e quartzo (bastante oxidado). Ainda no terceiro dia, porém pela tarde, fomos 
a um afloramento com ocorrência de Vesuvianita. Fomos levados a este afloramento 
com o auxílio do engenheiro geológico Fabrício. Lá encontramos a maior diversidade 
mineralógica em um único ponto de toda a aula de campo; vesuvianita, calcita, 
granada, epidoto, quartzo, enxofre nativo, calcopirita, grafita, flogopita, diopsídio, 
bornita, molibidenita e actinolita. Tivemos a experiência de ver esses minerais 
cristalizados em rochas e obtivemos uma forma mais real de como eles se formam na 
natureza. 
 No quarto dia fomos a mina desativada de Itapetim, lá observamos os 
testemunhos estudados daquela mina. A partir desses testemunhos, elaboramos 
alguns croquis e com os nossos conhecimentos adquiridos em sala de aula pudemos 
observar na prática a ocorrência de Ouro em veios de quartzo. 
 Esses 4 dias de campo foram cruciais para a nossa afirmação no curso de 
Geologia, pois pudemos ver na prática o dia a dia de um geólogo e como a nossa 
 
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profissão é importante para o mundo. Por intermédio das aulas práticas pudemos 
utilizar os conhecimentos adquiridos e se sentir realizados ao descobrir com exatidão 
o nome de diversos minerais ao longo do campo e isso foi o ponto alto dessa 
expedição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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