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Unidade 4 - Curva de Possibilidade de Produção

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Introdução à unidade de ensino
 Explorando a temática I
 Explorando a temática II
 Explorando a temática III
Unidade 4 - Curva de Possibilidade de Produção
Introdução à unidade de ensino
Os estudos da Economia dão grande ênfase ao problema da escassez de recursos. Os desejos humanos são ilimitados, contudo os recursos que temos a nossa disposição
são finitos.
Vários dispositivos eletrônicos que temos a nossa disposição nos dias de hoje e que consideramos imprescindíveis no nosso dia a dia até alguns anos atrás eram considerados
supérfluos.
Tendo em vista que os recursos são escassos, torna-se imprescindível fazer escolhas sobre o que será produzido e qual a quantidade de cada idem. Afinal de contas, existem
limites de capital, de recursos naturais e de mão de obra.
Nesta unidade de ensino, iremos aprofundar o conceito de curva (fronteiras) de possibilidade de produção, do custo de oportunidade das nossas escolhas, do deslocamento da
oportunidade de produção e da lei de decrescente. Todos esses tópicos irão contribuir para que você compreenda os impactos econômicos do poder decisório.
Bons estudos!
Explorando a temática I
Conceito de curva de possibilidade de produção
Antes de abordarmos a curva de possibilidade de produção, que também pode ser chamada de fronteira de possibilidade de produção, é importante que você conheça alguns
conceitos básicos da Economia, pois isso te ajudará a compreender o que vem pela frente. 
De acordo com Rosseti (2016), a Economia possui duas questões que são fundamentais. A primeira delas se refere a forma como os recursos são utilizados. A busca é por
produzir cada vez mais com a menor quantidade de recursos, afinal de contas, eles são escassos. Isso caracteriza a eficiência produtiva. Já a segunda questão está
relacionada com a forma que os recursos serão alocados. Como os recursos são finitos, é necessário decidir como eles serão utilizados. A otimização das escolhas leva à
eficácia alocativa.
 
Para que você possa compreender este conceito, imagine a situação do Sr. Mário, dono de uma pequena padaria. Esse tipo de comércio é considerado uma empresa, portanto,
um agente econômico. Sendo assim, ele deve se preocupar em como produzir os pães gastando o mínimo de matéria-prima possível. Além disso, ele deve se preocupar com
outros tipos de gastos, como pagamento de matéria-prima e pessoal. Dessa forma, ele estaria buscando a eficiência produtiva. Contudo o tempo todo ele deverá tomar decisões
que podem afetar a sua produtividade, por exemplo: qual a quantidade de pães de sal, doce e integrais ele deve produzir? A padaria também deve fazer roscas e bolos? Essas
são questões importante, pois se conseguir tomar a decisão certa, o Sr. Mário irá alcançar a eficácia alocativa.
As questões apresentadas por Rosseti (2016) estão baseadas em duas realidades que são antagônicas. A primeira delas é o fato de os recursos serem escassos. Toda
empresa tem um limitado número de funcionários, de máquinas e de matérias-primas. Isso também acontece com as famílias. Pense no seu caso, você pode ser um
empreendedor, um servidor público ou atuar no setor privado. Seja lá qual for a sua área de atuação profissional, você terá uma renda que limitará os seus gastos e que obrigará
você e a sua família a fazer escolhas.
Embora os recursos sejam escassos, os desejos e as aspirações das pessoas são ilimitados. Você já parou para pensar que até alguns anos atrás as pessoas compravam
discos de vinil para escutar música? Após algum tempo, essa tecnologia foi substituída pelos CD's. Com o advento da Internet, muitas pessoas passaram a comprar faixas de
músicas pela Apple Store ou a pagar um valor mensal para escutar músicas pelo aplicativo Spotify em notebooks, celulares e tablets.
 
A questão dos desejos ilimitados pode ser demonstrada pelas mais diversas transformações econômicas e sociais ocorridas nos últimos anos. O carro, por exemplo, durante
boa parte do século XX, era considerado inacessível para muitos brasileiros. Contudo, de acordo com dados do Observatório das Metrópoles, o número de veículos automotores
aumentou 10 vezes mais do que o aumento da sua população. Só na última década, são 138,6% de veículos a mais nas ruas de todo país. O grande problema é que as ruas e
avenidas têm um limite, uma vez que são recursos escassos. Como gerar um equilíbrio entre o desejo de ter um carro próprio (ilimitado) e o limitado espaço público para trafegar
com eles? 
Para saber mais, acesse o link abaixo:
C R I S E d e m o b i l i d a d e u r b a n a : B r a s i l a t i n g e m a r c a d e 5 0 m i l h õ e s d e a u t o m ó v e i s . I n : S i t e " O b s e r v a t ó r i o d a s m e t r ó p o l e s " . D i s p o n í v e l e m :
<https://www.observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_content&view=article&id=1772:crise-de-mobilidade-urbana-brasil-atinge-marca-de-50-milhoes-de-
automoveis&catid=34:artigos&Itemid=124#>. Acesso em: 03 ago. 2017.
Além disso, é importante destacar que o emprego eficiente dos recursos tem por objetivo alcançar uma situação de pleno emprego dos fatores de produção. Isso implica uma
redução de 100% de disfunções como subemprego ou emprego involuntário, com o máximo aproveitamento dos recursos empregados, afinal de contas, a ineficiência gera
desperdícios que são socialmente injustificáveis. Sendo necessária, portanto, a realização de escolhas que sejam compatíveis com os desejos da sociedade e que influenciam
"o que" e "quanto" produzir (ROSSETI, 2016).
Um conceito importante que apareceu nesta unidade de ensino é o de pleno emprego, que de acordo com Rosseti (2016):
(...) abrange todos os recursos de produção, não apenas o trabalho. Pressupõe, assim, manter ocupada a totalidade da população economicamente mobilizável, utilizar plenamente
os bens de capital disponíveis e operar o processo produtivo segundo os melhores padrões tecnológicos conhecidos (ROSSETI, 2016, p. 197).
Agora que você aprendeu estes conceitos introdutórios, é importante que você saiba que a teoria econômica apresenta um modelo de análise que possibilita ao setor público e
privado entenderem quais são suas possibilidades de produção, considerando os recursos produtivos que possuem, ou seja, máquinas e infraestrutura existentes, o número de
trabalhadores que essa estrutura pode utilizar e o capital que possuem para que a produção se efetive.
Sejam quais forem as combinações praticadas e por mais eficiente que seja a economia como um todo, há sempre limites para as possibilidades efetivas de produção. A razão é a
limitação de recursos. Como eles são escassos, nunca é possível produzir quantidades infinitas de bens e serviços. As fronteiras de produção definem os limites máximos. As
possibilidades são limitadas (ROSSETI, 2016, p.197).
Esse instrumento é a fronteira de possibilidade de produção ou curva de possibilidade de produção (CPP), que expressa a capacidade máxima de produção da
sociedade ou empresa, supondo pleno emprego dos recursos produtivos ou fatores de produção em um dado momento do tempo (VICECONTI e NEVES, 2007).
 
A expressão "dado momento de tempo" é para designar o nível tecnológico considerado constante. Se a tecnologia mudar (inovação ou novo modo de produzir), nova CPP é
construída.
Isso porque a escassez de recursos impõe um limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que terá que fazer escolhas entre as opções de produção.
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2011, p. 10) a fronteira, ou curva, de possibilidade de produção é "um conceito eminentemente teórico, que permite ilustrar como a
limitação de recursos leva à necessidade de a sociedade fazer opções ou escolhas entre alternativas de produção."
Além disso, é importante destacar que tendo em vista que uma das hipóteses básicas do modelo é o pleno emprego dos recursos, a curva é uma fronteira da produção, algo
impossível de ser ultrapassado.A possibilidade que existe, com os recursos disponíveis operando com o máximo de eficiência, é escolher algum ponto da curva, conforme você
terá a oportunidade de ver nos exemplos.
Explorando a temática II
Vamos expor essa questão com um exemplo. Suponha que a economia de um país só produza máquinas (bens de capital) e alimentos (bens de consumo). O quadro 1
apresenta as alternativas de produção possíveis entre máquinas e alimentos. Todos os recursos produtivos disponíveis (recursos naturais, mão de obra e capital) são utilizados e
o nível tecnológico não muda. Perceba que na alternativa de produção A, todos os recursos produtivos são utilizados na produção de máquinas, não existindo produção de
alimentos. Na medida em que aumentamos a produção de alimentos, diminuímos a produção de máquinas (alternativas B, C e D). Já na alternativa E, todos os recursos
produtivos foram utilizados na produção de alimentos, não ocorrendo produção de máquinas.
QUADRO 1 - Alternativa de produção
 
Fonte: VICECONTI; NEVES, 2007, p. 3. (Adaptado). 
 
O gráfico a seguir indica as alternativas de produção para máquinas e alimentos, de acordo com os dados do quadro 1. Ao ligar os pontos que indicam as alternativas A, B, C, D
e E, desenhamos a curva de possibilidade de produção (CPP). 
 
GRÁFICO 1 - Alternativas de produção para máquinas e alimentos - CPP 
 
 
 
Fonte: VICECONTI; NEVES, 2007, p. 6. (Adaptado). 
 
Ao longo da curva, ou seja, em qualquer ponto situado na curva, essa economia estará operando em pleno emprego, ou seja, utilizando todos os recursos produtivos disponíveis.
Veja os pontos A, B, C, D e E. 
 
GRÁFICO 2 - Alternativas de produção para máquinas e alimentos: pontos A, B, C, D, E 
 
 
 
Fonte: VICECONTI; NEVES, 2007, p. 7. (Adaptado). 
 
Nos pontos internos à curva, temos os fatores de produção subutilizados. Ocorre, portanto, ociosidade dos recursos produtivos. Observe o ponto Y como exemplo. Nesse caso,
a quantidade de alimentos produzida é de 30 toneladas e a de máquinas é de 10 mil máquinas. Essa combinação de produção (10,30) não utiliza todos os recursos produtivos
existentes. Isso significa que, no caso da alternativa Y de produção, teremos recursos naturais, mão de obra e capital sobrando na economia ou estamos tendo ociosidade. 
 
GRÁFICO 3 - Alternativas de produção para máquinas e alimentos - ponto Y 
 
 
 
Fonte: VICECONTI; NEVES, 2007, p. 8. (Adaptado). 
 
Já nos pontos externos à curva, a capacidade de produção potencial ou pleno emprego dessa economia é ultrapassada. Dessa forma, não é uma produção possível. 
 
No gráfico 4, podemos identificar o ponto Z, como exemplo, que indica uma alternativa de produção inalcançável. 
 
GRÁFICO 4 - Alternativas de produção para máquinas e alimentos - ponto Z 
 
 
Fonte: VICECONTI; NEVES, 2007, p. 9. (Adaptado). 
 
A curva de possibilidades de produção tem aspecto côncavo porque acréscimos iguais na produção dos alimentos, por exemplo, implicam decréscimos cada vez maiores na
produção de máquinas, como destacamos anteriormente. 
Portanto, os custos de oportunidade são crescentes. A cada acréscimo na produção de alimentos, precisa-se abrir mão de maiores quantidades de máquinas. Perceba que, no
nosso exemplo, no nível de produção B, deixou-se de produzir 5 mil máquinas para produzir 30 toneladas de alimentos. 
 
GRÁFICO 5 - Alternativas de produção para máquinas e alimentos - ponto B 
 
 
Fonte: VICECONTI; NEVES, 2007, p. 10. (Adaptado). 
 
No nível de produção C, deixou-se de produzir mais de 5 mil máquinas para um acréscimo de 17,5 toneladas de alimentos. 
 
GRÁFICO 6 - Alternativas de produção para máquinas e alimentos - ponto C 
 
 
Fonte: VICECONTI; NEVES, 2007, p. 9. (Adaptado). 
 
Veja que a mesma quantidade de máquinas deixou de ser produzida para um acréscimo menor na produção de alimentos. Continuando a observar os dados, percebe-se que
esse acréscimo na produção de alimentos é cada vez menor. Podemos concluir que os rendimentos decrescem ou que o custo de oportunidade é crescente. 
 
Custo de oportunidade 
 
No tópico anterior, foram apresentadas diversas alternativas para explicar como funciona a curva (fronteira) de oportunidade de produção. Em todas as situações apresentadas,
há custo de oportunidade. 
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2011, p. 11), o custo de oportunidade é o valor econômico da melhor alternativa sacrificada ao se optar pela produção de um bem ou
serviço.
Com base na decisão entre a produção de máquinas ou de alimentos, o custo de oportunidade se refere à quantidade de máquinas que se deixa de produzir por causa dos
alimentos ou à quantidade de alimentos que se deixa de produzir em virtude das máquinas. 
Com este conceito econômico, busca-se evidenciar que na economia tudo tem um custo ou, como costumava dizer Milton Friedman, prêmio Nobel da Economia vinculado a
Universidade de Chicago: "não existe almoço grátis".
É importante deixar claro que o custo de oportunidade ocorre com as decisões de todos os agentes econômicos. Imagine, por exemplo, que uma família tome a decisão de
comprar uma bela casa de campo. Tendo em vista esta aquisição, é bem provável que o gasto com viagens seja reduzido até que a casa seja completamente quitada. Neste
caso, a opção viagens foi sacrificada em virtude da aquisição da casa de campo. Isso vai acontecer com todos os tipos de famílias, sejam elas possuidoras de grandes
patrimônios ou não (ROSSETTI, 2016). 
O mesmo acontece dentro do setor público. A definição do custo de oportunidade é bem evidente neste caso. Estados, municípios e governo federal elaboram todos os anos a
Lei Orçamentária Anual (LOA), na qual são previstas receitas e estimadas despesas. O poder executivo, com aprovação do legislativo, deve fazer escolhas de gastos. Para o
orçamento fechar dentro da arrecadação, existem muitos custos de oportunidade. A construção de uma ponte em determinado município que irá implicar grande crescimento
para uma determinada região pode impedir o aumento do número dos postos de saúde. Neste exemplo, o custo de oportunidade é a não construção de postos de saúde. 
A seguir, assista à videoaula que disponibilizamos para você aprender mais sobre custo de oportunidade e fronteira de possibilidade de produção. 
 
Videoaula: Custo de oportunidade e fronteira de possibilidade de produção 
 
 
 
 
Custo de oportunidade e fronteira de possibilidade de produção
from EAD ANIMA
05:44
Explorando a temática III
Deslocamento da curva de possibilidade de produção
O deslocamento da curva de possiblidade de produção pode ocorrer tanto positivamente quanto negativamente. No primeiro caso, ele pode decorrer em virtude de grandes
avanços tecnológicos que permitem elevar o nível de produção de forma exponencial. As inovações podem ser de equipamentos de produtos.
 
Veja no texto abaixo que uma tecnologia na área da agricultura pode provocar um grande aumento nas safras de diversos produtos. 
CRISTALDO, Heloisa. Tecnologia da Embrapa quer integrar pecuária e lavoura. 19 jun. 2016. In: Site "Agência Brasil". Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-
e-inovacao/noticia/2016-06/tecnologia-da-embrapa-quer-integrar-pecuaria-e-lavoura>. Acesso em: 03 ago. 2017.
Além disso, o deslocamento da curva pode ser provocado pelo aumento dos contingentes demográficos economicamente mobilizáveis, ou seja, pelo número de pessoas que
estejam aptas ao trabalho. Não resta dúvida que mão de obra é um recurso importante para o aumento de produção. Contudo, conforme Rossetti (2016), é imprescindível que
haja um aumento da qualificação para que as pessoas consigam produzir mais e, a partir daí, deslocar a curva positivamente. 
O deslocamento negativo também é uma possibilidade. Epidemias, pestes e guerras reduziram de forma significativa o númeroda população ativa, o que acabou provocando um
deslocamento da curva para baixo.
Veja a representação gráfica do deslocamento da curva de demanda no gráfico a seguir.
GRÁFICO 7 - Deslocamentos das fronteiras de produção: aumentos ou reduções dependem da dotação e da qualificação dos recursos de produção
 
Fonte: ROSSETTI, 2016, p. 206. 
 
Lei dos rendimentos decrescentes 
 
A lei dos rendimentos decrescentes é um fenômeno econômico que ocorre quando em um processo produtivo, apenas um dos fatores de produção é aumentado, mantendo-se
os demais fixos. Em um primeiro momento, haverá um aumento marginal da produção, contudo o que se observa depois de algum tempo é a queda da produtividade podendo,
inclusive, torná-la nula. 
Dada como inalterada a capacidade tecnológica de uma economia, as modificações positivas no suprimento de um ou mais recursos físicos de produção poderão provocar
expansão de sua capacidade final de produção. Todavia, na hipótese de se registrar a fixidez de um ou mais recursos, os aumentos na capacidade serão menos que
proporcionais, tornando-se decrescentes ou mesmo nulos a partir de certo ponto (ROSSETTI, 2016, p. 209). 
 
Para você compreender exatamente como isso funciona, veja o gráfico a seguir. Ele demonstra o que acontece quando um fator de produção é adicionado e os demais
continuam constantes. Em um primeiro período, há o deslocamento da curva para a direita. Como tivemos a oportunidade de estudar anteriormente, trata-se de um
deslocamento positivo. À medida que é adicionado mais recursos, os deslocamentos são cada vez menores, com uma tendência a se tornarem nulos. 
 
GRÁFICO 8 - Lei dos decrescentes 
 
 
Fonte: ROSSETTI, 2016, p. 209. 
 
Imagine, por exemplo, que uma empresa, com o objetivo de expandir suas atividades, contrate mais funcionários, mas não altere os demais recursos, como espaços físicos,
maquinários, computadores. Uma primeira leva de funcionários certamente deslocaria a curva positivamente, contudo a partir do momento que forem realizados mais aporte de
pessoas, com os demais fatores constantes, a produtividade deixaria de aumentar. 
 
Veja como uma teoria como essa pode ser capaz de alertar gestores para o seu processo de tomada de decisão. A vinda de médicos cubanos para o Brasil pode gerar
impactos importantes para a população e aumentar a capacidade do serviço de saúde pública. Contudo são necessárias melhorias em estruturas nos demais fatores de
produção, caso contrário será possível visualizarmos a lei de decrescentes neste caso. 
 
Nesta unidade de ensino, apresentamos conceitos relevantes da economia. É importante que você saiba que tudo que falamos por aqui é útil para o dia a dia de qualquer
profissional que atue dentro do setor público e privado. A curva (fronteira) de possibilidade de produção aponta a existência de um limite máximo que as empresas, governo ou
países têm condição de produzir. Tendo em vista que os recursos são escassos, é necessária uma atuação com eficácia na alocação de recursos. Isso implica de forma
inexorável o custo de oportunidade.
Você também teve a oportunidade de aprender que a curva de possibilidade de produção pode ser deslocada tanto de forma positiva como de forma negativa e de ver um tópico
com o conceito de lei de decrescentes. 
 
Videoaula: Custo de oportunidade e curva de possibilidade de produção
 
Custo de oportunidade e curva de possibilidade de produção
from EAD ANIMA
04:29

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