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APOSTILA AUXILIAR DE SAÚDE BUCAL - MÓDULO I

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1 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
 
HISTÓRIA DA SAÚDE BUCAL....................................................................................4 
ODONTOLOGIA NO BRASIL.......................................................................................5 
Curiosidades ...................................................................................................................11 
REORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE BUCAL..........................................12 
Plano de Reorganização das ações de saúde bucal na atenção básica.............................13 
PLANEJAMENTO EM SAÚDE BUCAL......................................................................20 
CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO............................................................................20 
EQUIPAMENTOS PARA CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO...............................25 
INSTRUMENTAIS ODONTOLÓGICOS.....................................................................29 
Materiais de Consumo – Consultório Odontológico ......................................................38 
SAÚDE DA FAMÍLIA...................................................................................................47 
Atribuições específicas do cirurgião dentista..................................................................48 
Atribuições do técnico em higiene bucal.........................................................................49 
Atribuições do auxiliar de saúde bucal............................................................................50 
CÁRIE................................................................. ...........................................................50 
Os dentes estão em processo de desmineralização e remineralização.............................53 
ALIMENTAÇÃO X CÁRIE DENTÁRIA....................................................................54 
DOENÇAS PERIODONTAIS.......................................................................................55 
Causas da doença periodontal.........................................................................................55 
CLASSIFICAÇÃO ATUAL DAS DOENÇAS PERIODONTAIS...............................63 
O QUE É A ORTODONTIA..........................................................................................64 
Como saber se preciso de um Ortodontista? ..................................................................65 
Como funciona um tratamento ortodôntico eficaz? .......................................................65 
Tempos e fases do seu tratamento ortodôntico...............................................................68 
Dúvidas frequentes sobre tratamentos ortodônticos.......................................................72 
FLUOROSE DENTÁRIA.............................................................................................77 
Como ocorre a fluorose dentária, como o flúor é absorvido pelo organismo? ..............78 
Cuidados com o uso de fluoreto e cremes dentais.........................................................79 
FORMAS DE TRATAMENTO DA FLUOROSE DENTÁRIA .................................80 
CANCER DE BOCA, SAIBA MAIS...........................................................................81 
Epidemiologia do Cancer Bucal ...................................................................................82 
 
 
3 
CARCINOGÊNESE.......................................................................................................83 
Prinipais agentes carciogênicos relacionados ao cancer bucal........................................84 
Fatores de risco relacionados ao hospedeiro...................................................................86 
Outros fatores de risco.....................................................................................................87 
O QUE SÃO AFTAS OU LESÕES BUCAIS? .............................................................90 
Como tratar irritações/lesões bucais................................................................................91 
ESTOMATITE – INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES ....................................................92 
LESÕES BRANCAS DA MUCOSE ORAL.................................................................93 
LESÕES VESICO – BOLHAS DA MUCOSA ORAL.................................................97 
LESÕES AFTÓIDES...................................................................................................101 
LESÕES DA LÍNGUA................................................................................................103 
Exames complementares...............................................................................................104 
Tratamento................................................................ ...................................................104 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
HISTÓRIA DA SAÚDE BUCAL 
 
Para compreender a história, precisamos saber que a Saúde Bucal, ou seja, os cuidados com os 
dentes, já existia bem antes da criação da profissão de Cirurgião-Dentista, e que vem sendo 
erguida bem antes da fundação da primeira faculdade. Desta forma, os modelos de saúde bucal 
são definidos e caracterizados baseando-se nas práticas odontológicas da época em questão, no 
contexto social em que estavam inseridos, nos recursos humanos disponíveis, nas tecnologias, 
ambientes e resultados obtidos no período que foram criados. São teorias que nos ajudam a 
pensar sobre a realidade do ontem e do hoje. 
O primeiro modelo ficou conhecido como 
Odontologia Artesanal. Era uma prática 
rudimentar realizada pelos cirurgiões barbeiros, 
além de barba e cabelo ela também faziam 
extrações dentárias no meio da feira, entre a 
multidão. Como não havia faculdades, os 
ensinamentos eram passados de mestre para 
aprendiz. A prática era itinerante e meramente 
curativa, somente para aplacar a dor. 
Em 1841, com o surgimento da primeira faculdade de odontologia, em Baltimore, Estados 
Unidos, o modelo passa de artesanal para Odontologia Científica ou tradicional e em 1910, com 
o Relatório Flexner passa também a ser chamada Odontologia flexineriana. Segundo Eugênio 
Vilaça Mendes (1986) este modelo tem como características o mecanicismo (o corpo humano é 
entendido como uma máquina), biologicismo (a odontologia se fundamenta nas ciências 
biológicas), especialista (a boca ainda é dividida em partes, dentes, gengiva...), individualista (o 
indivíduo é considerado isoladamente), tecnicismo (dependente da técnica), curativismo (centra 
sua atenção na cura) e ainda mercantilista (fundamenta-se na venda de serviços). Como essa era 
uma prática desenvolvida no setor privado, havia a necessidade de sua ampliação para 
apresentação à sociedade civil, para isso teria que haver mudanças nesse modelo. 
Dessa premissa surgiu a Odontologia Sanitária/ Social que teve como diferencial a inserção da 
odontologia na Saúde Pública, porém, continuou no conceito flexineriano que despertou a 
reflexão de que à assistência individual não seria suficiente para atuar neste setor da saúde. A 
primeira tentativa se deu nos anos 50, trabalhando dentro das escolas, adotando o modelo 
incremental. Dessa forma se conceituou como um modelo excludente, individualista, de 
planejamento rudimentar onde, prevenção e cura se desarticulam. 
Nos anos 80 e 90, as ações preventivas ganharam prestígio com as importações de tecnologias 
preventivas, mas no setor privado essas ações só foram implantadas quando foram 
transformadas em lucros. O maior problema foi mesmo no setor público, pois a prática 
preventiva foi usada em detrimento de serviços assistenciais dando a prevenção o status de 
única. 
Umpouco antes, nos anos 70, as críticas ao modelo tradicional fizeram surgir o que chamamos 
de Odontologia Simplificada. Tentou-se diminuir o ―supérfluo‖ para 
diminuir os custos da assistência, criando-se para isso o conceito de 
equipe odontológica e conseqüentemente aumentar a cobertura dos 
serviços. Este modelo não deixou de lado o público alvo, que continuou 
com os escolares dando ênfase à assistência curativa. Confrontando-se 
com a qualidade versus quantidade. 
 
 
5 
Nos anos 80, falava-se em Odontologia Integral, que possuía três pilares explicativos. O 
primeiro, atitude preventiva, que levava em consideração a integralidade da atenção, segundo, a 
simplificação sem exageros, e em terceiro, a desmonopolização do saber, dando lugar a 
educação e participação da comunidade. 
Com o advento da Reforma Sanitária, reivindicava-se a saúde como um direito de todo e 
qualquer cidadão que deveria ser garantido pelo Estado. E para assegurar esse direito, precisava-
se de um modelo de saúde bucal que respeitasse os princípios da universalidade, equidade, 
integralidade, descentralização e participação social. Foi então, criada a Saúde Bucal Coletiva. 
Um modelo pautado no conhecimento em todos os aspectos, a sociedade na qual foi implantado, 
entendendo que o processo saúde-doença tem seus determinantes sócios- culturais que vão além 
do biológico. As práticas coletivas em saúde rompem com o isolamento do cirurgião dentista, 
deixa de lado à passividade da população, os tornado sujeitos de todo o processo. 
Nos dias atuais, a saúde bucal coletiva, vem ganhando espaço e se caracterizando como modelo 
vigente, que acompanha toda transformação que a saúde sofreu com a criação do sistema, que 
hoje rege a saúde no Brasil. 
ODONTOLOGIA NO BRASIL 
A História da Odontologia no Brasil. A Odontologia praticada no século XVI, a partir da 
descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500, restringia-se quase que 
só as extrações dentárias. As técnicas eram 
rudimentares, o instrumental inadequado e 
não havia nenhuma forma de higiene. 
Anestesia, nem pensar. O barbeiro ou 
sangrador devia ser forte, impiedoso, 
impassível e rápido. Os médicos (físicos) e 
cirurgiões, diante tanta crueldade, evitavam 
esta tarefa, alegando os riscos para o paciente 
(possibilidade de morte) de hemorragias e 
inevitáveis infecções. 
Argumentavam que as mãos do profissional poderiam ficar pesadas e sem condições para 
intervenções delicadas. Os barbeiros e sangradores eram geralmente ignorantes e tinham um 
baixo conceito, aprendendo esta atividade com alguém mais experiente. 
Em 1600, havia no Rio de Janeiro 300 colonos e suas famílias. Por certo deveriam existir 
"mestres" de vários ofícios, inclusive mestres cirurgiões e barbeiros, que "curassem de cirurgia, 
sangrassem, tirassem dentes, etc." 
Para exercer esta atividade os profissionais dependiam de uma licença especial dada pelo 
"cirurgião-mor mestre Gil", sendo os infratores autuados, presos e multados em três marcos de 
ouro... (segundo a norma da Carta Régia de 25 de outubro de 1448, de El-rei D. Afonso, de 
Portugal, dando "carta de oficio de cirurgião-mór destes reinos"). A carta de ofício não se 
referia aos barbeiros e sangradores, havendo a possibilidade destes profissionais terem obtido 
licença do cirurgião-mór de Portugal. 
Somente em 09 de novembro de 1629 houve, através da Carta Régia, os exames aos cirurgiões e 
 
 
6 
barbeiros. A reforma do regimento em 12 de dezembro de 1631 determinava a multa de dois mil 
réis às pessoas que "tirassem dentes" sem licença. Parece que sangrador e Tiradentes, ofícios 
acumulados pelos barbeiros, eram coisas que se confundiam, podendo o sangrador também tirar 
dentes, pois nos exames de habilitação tinham de provar que durante dois anos "sangraram" e 
fizeram as demais atividades de barbeiro. 
Para avaliar o significado e conceito de "barbeiro" temos na quarta edição do Novo Dicionário 
da Língua Portuguesa, de Eduardo de Faria, publicado no Rio de Janeiro em 1859: 
Barbeiro: s.m. - o que faz barba; (antigo) "sangrador", cirurgião pouco instruído que sangrava, 
deitava ventosas, sarjas, punha cáusticos e fazia operações cirúrgicas pouco importantes. -* 
Obs.: Nessas cirurgias pouco importantes incluíam-se extrações dentárias. 
 
Em 1728, na França, Piérre Fauchard (1678-1761) com seu livro: Le Chirugien Dentiste au 
Traité des Dents, revoluciona a odontologia, inovando conhecimentos, criando técnicas e 
aparelhos, sendo juntamente cognominado "o pai de Odontologia Moderna". Nesta época 
começava a exploração do ouro no Estado de Minas Gerais, com grande afluxo de interessados 
e José S. C. Galhardo é nomeado pela Casa Real Portuguesa, cirurgião-mór deste Estado, 
regulamentando os práticos da arte dentária. 
Pela lei de 17 de junho de 1782, para uma melhor fiscalização nas colônias portuguesas, em 
lugar de físico e cirurgião-mór, foi criado a Real Junta de Proto-Medicato. Constituída de sete 
deputados, médicos ou cirurgiões, para um período de três anos, 
caberia a estes o exame e a expedição de cartas e licenciamento das 
"pessoas que tirassem dentes". 
Nas últimas décadas deste século, Joaquim José da Silva Xavier 
(1746-1792) praticou a Odontologia que aprendera com seu 
padrinho, Sebastião Ferreira Leitão. Seu confessor, Frei Raymundo 
de Pennaforte disse sobre ele: "Tirava com efeito dentes com a mais 
sutil ligeireza e ornava a boca de novos dentes, feitos por ele mesmo, 
que pareciam naturais". 
Nesse período os dentes eram extraídos com as chaves de Garangeot, 
alavancas rudimentares, e o pelicano. Não se fazia tratamento de 
canais e as obturações eram de chumbo, sobre tecido cariado e 
polpas afetadas, com conseqüências desastrosas. A prótese era bem 
simples, esculpindo dentes em osso ou marfim, que eram amarrados com fios aos dentes 
remanescentes. Dentaduras eram esculpidas em marfim ou osso utilizando-se dentes Humanos e 
de animais, retendo-as na boca por intermédio de molas, sistemas usados na Europa. Porém no 
Brasil, era tudo mais rudimentar. 
Os barbeiros e sangradores aprendiam o ofício com um mais experiente e tinham que provar 
uma prática de dois anos sob a vista do mesmo. Após pagar a taxa de oito oitavos de ouro. 
Submeter-se-iam a exame perante o cirurgião substituto de Minas Gerais e dois profissionais 
escolhidos por este. Aprovados, teriam suas cartas expedidas e licenças concedidas. No final do 
século XVIII, mais precisamente em 23 de maio de 1800, cria-se o "plano de exames", um 
aperfeiçoamento das formalidades e dos exames. 
É encontrado pela primeira vez em documentos do Reino, o vocábulo "dentista". Convém 
lembrar que foi criado pelo cirurgião francês Guy Chauliac (1300-1368), aparecendo pela 
primeira vez em seu livro "Chirurgia Magna" publicado em 1363. 
 
 
7 
Em 07 de março de 1808, fugindo das forças francesas, o príncipe regente D. João VI, sua corte 
e a nata da sociedade portuguesa (cerca de 15 mil pessoas) chegavam a Salvador, tornando-se o 
Brasil por esta contingência sede do reino. Houve um grande surto de progresso. 
No hospital de São José, na Bahia, criava-se a Escola de Cirurgia, graças à interferência do 
Doutor José Corrêa Picanço, físico e cirurgião-mór; em nome da Real Junta do Proto-Medicato. 
Nada beneficiou os dentistas na ocasião. Picanço, a seguir, não só licenciaram os profissionais 
da corte, como sete negros, de baixa classe social, alguns até escravos de poderosos senhores. 
Havia nesta época dois ditados populares: "ou casa, ou dente" - ou "ou dente, ou queixo, ou 
língua, ou beiço". Indicavam que dado o pouco conhecimento e inabilidade dos "tira-dentes" 
ocorria freqüentemente traumatismosnestas regiões. 
Para moralizar esta atividade ante as inúmeras queixas contra os profissionais, o cirurgião-mór 
determinava em suas "cartas", que o barbeiro poderia exercer a sua arte com restrições, "não 
sangrados em ordem de médico ou cirurgião aprovado e não tirando dentes sem ser examinado". 
Antes do final de 1808, D. João VI transfere-se de Salvador para o Rio de Janeiro. 
Em 07 de outubro de 1809 é abolido a Real Junta do Proto-Medicato, ficando todas as 
responsabilidades ao encargo do físico-mór e do cirurgião-mór, com a colaboração de seus 
delegados e subdelegados. O físico-mór do Reino era Manoel Vieira da Silva, encarregado do 
controle do exercício de Medicina e Farmácia e o cirurgião-mór dos exércitos, José Corrêa 
Picanço tinha poderes análogos em relação à cirurgia, controlando o exercício das funções 
realizadas pelos sangradores, dentistas, parteiras e algebristas. 
Alguns cirurgiões também tiravam "carta de sangria" e indiscutivelmente o povo era 
beneficiado. Nesta época o mestre Domingos, "barbeiro" popular no bairro da Saúde, Rio de 
Janeiro, se tornou famoso. O negro mestiço exercia sua atividade também na casa de clientes. 
Sob o braço levava uma esteira de tábua, que servia de cadeira e uma enferrujada chave de 
Garangeot. Dado a manobras intempestivas, algumas vezes extraía também o dente vizinho, 
mas cobrava apenas um. Às crianças, sugeriu que o dente extraído fosse jogado no telhado, 
dizendo antes e por três vezes: "Mourão, toma teu dente podre e dá cá o meu são". 
Havia um crioulo muito habilidoso que esculpia dentaduras em osso e as vendia na 
porta das igrejas, após as missas domingueiras. Era só escolher, não só a mais bonita, 
como também a que se adapta o melhor possível na boca. 
Em 1820, o Doutor Picanço concedeu ao francês Doutor Eugênio Frederico Guertin a 
"carta" para exercer sua profissão no Rio de Janeiro. Era diplomado pela Faculdade de 
Odontologia de Paris e aqui atingiu elevado conceito, atendendo a maior parte da 
nobreza, inclusive D. Pedro II e familiares. Publicou em 1819, 'Avisos Tendentes à 
Conservação dos Dentes e sua Substituição', ao que tudo indica a primeira obra de 
odontologia feita no Brasil. 
Outros dentistas franceses vieram a seguir: Celestino Le Nourrichel, Arson, Emilio 
Vautier, Henrique Lemale, Eugênio Delcambre, Júlio De Fontages, Hippólito E. Hallais 
(intitulava-se o dentista das famílias), etc, trazendo o que havia de melhor na 
Odontologia mundial. Citando, como exemplo, alguns itens dos Honorários de Guertin: 
 
Dentes artificiais de cavalo marinho ou marfim................................4000 réis 
Natural...............................................................................................12000 réis 
 
 
8 
Incorruptível (porcelana)...................................................................24000 réis 
 
As dentaduras eram constituídas de duas fileiras de dentes, esculpidas em marfim ou 
adaptadas em base metálica, sendo as arcadas ligadas por molas elásticas. Em 01 de 
junho de 1824, Gregório Raphael Silva, do Rio de Janeiro, recebeu a primeira "carta de 
dentista" após a Independência do Brasil. 
 
No dia 30 de agosto de 1828, D Pedro I (1798-1834) suprime o cargo de cirurgião-mór, 
cujas funções passaram a ser exercidas pelas Câmaras Municipais e Justiças Ordinárias. 
Mais ou menos nesta época, graças ao francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) que 
viveu no Brasil de 1816 a 1831, reproduzindo em gravura a vida brasileira durante o 
Primeiro Império, Há uma única obra iconográfica do século passado relacionada à 
atividade de profissionais que exercita a Odontologia. Denomina-se "Boutiques de 
Barbieri" e retrata dizeres: "barbeiro, cabeleireiro, sangrador, dentista e deitão bichas". 
 
Em 1839, é criada por Chaplin A. Harris, em Baltimore, Estados Unidos, a primeira 
Escola de Odontologia do mundo: Colégio de Cirurgia Dentária. Foram Também seus 
professores: E. Farmly, E. Becker e S. Brown. 
Um dentista português, Luiz Antunes de 
Carvalho, obteve notoriedade e riqueza, 
sendo um dos pioneiros na cirurgia buco 
maxilar no Brasil. Em 18 de janeiro de 1832 
havia obtido em Buenos Aires o direito de 
exercer a profissão. Mudou-se para o Rio de 
Janeiro em 1836, sendo o primeiro dentista a 
registrar sua "carta" na secretaria da Câmara 
Municipal. Ficou famoso na Argentina pela 
propaganda em forma de versos e depois em 
prosa. Já se fazia marketing. No Brasil foi 
mais comedido, mas demonstrando sempre 
ser profissional conhecedor e atualizado, publicou no Almanak Administrativo 
Mercantil e Comercial: "Luiz Antunes de Carvalho enxerta outros dentes nas raízes dos 
podres, firma dentes e dentaduras inteiras, firma queixos, céus da boca, narizes 
artificiais e cura moléstias da boca, Rua Larga de São Joaquim,125". 
 
Foi aprovado também na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e o primeiro a se 
registrar na Junta de Higiene, criada em 1850, em substituição à fiscalização exercida 
pela Câmara Municipal. A partir de 1840 começaram chegar dentistas dos Estados 
Unidos e pouco a pouco suplantam os colegas franceses. Luiz Burdell foi o pioneiro, 
seguindo-se Clintin Van Tuyl, o primeiro a utilizar clorofôrmio (só em casos 
excepcionais) para anestesia, conforme cita em seu livro: "Guia dos Dentes Sãos 
publicado em 1849. 
 
O Doutor Whittemore, que se tornou mais tarde o dentista da Corte Imperial, propalava 
em 1850 ter recebido "uma porção de clorofôrmio puro para tirar dentes sem dor". 
Nenrique C. Bosworth também se destacou. 
 
Em 1850, pelo decreto lei 598 é criada a Junta de Higiene Pública, que possibilitou a 
 
 
9 
Medicina uma enorme evolução, principalmente pelas medidas saneadoras. Os três 
primeiros dentistas que se registraram: Luiz Antunes Carvalho (1852), Emilio Salvador 
Ascagne (1859) e Theotônio Borges Diniz (1860). Mentes mais lúcidas procuravam a 
melhoria do ensino e normas um pouco mais criteriosas e moralizadoras àqueles que 
desejassem praticar o Medicina e Odontologia. 
Através do decreto de 15 de agosto de 1851, os novos estatutos da Faculdade de 
Medicina do Rio de Janeiro foram aprovados em 28 de abril de 1854, por proposta de 
seu diretor, Doutor José Martins de Cruz Jobim. A nomeação contribuiu para o 
desenvolvimento da profissão, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Em 
setembro de 1869, graças a João Borges Diniz, surge a primeira revista odontológica: 
"Arte Dentária". 
Mais dentistas chegam dos Estados Unidos, alguns fugindo da Guerra da Secessão 
(1861-1865): Samuel I. Ramo, Carlos Kit, Watt Clinton Green, Prestam A.Rambo, Jonh 
William Coachman, William B. Keys, Carlos Keys, etc.. Estes três últimos pertencentes 
à mesma família, constituindo-se até hoje no maior contingente de cirurgiões-dentistas 
no Brasil (cerca de 120 profissionais de uma só árvore 
genealógica). 
Com os Estados Unidos liderando a evolução técnica e 
científica mundial, era compreensível que muitos 
brasileiros para lá se dirigissem a fim de se aperfeiçoar. 
O primeiro foi Carlos Alonso Hastings, natural do Rio 
Grande, que estudou no Philadélfia Dental College, 
radicou-se no Rio de Janeiro e modificou o motor 
Weber-Ferry, que ficou conhecido como motor de 
Hastings. A seguir viajaram Fio Alves, Também do Rio 
Grande, os irmãos Gastal, de Pelotas, Francisco Pereira, 
Alberto Lopes de Oliveira (Universidade de Maryland) 
e outros. 
O decreto nº 8024 de 12 de março de 1881, art. 94 do Regulamento para os exames das 
Faculdades de Medicina diz: "Os cirurgiões-dentistas que quiserem se habilitar para o 
exercício de sua profissão passarão por duas séries de exames: - O primeiro de 
anatomia, histologia e higiene,em suas aplicações à arte dentária. O outro de operações 
e próteses dentárias. Ante os fatos narrados, faltava apenas um líder e visionários para 
instituir o ensino da Odontologia no Brasil. 
Vem na pessoa de Vicente Cândido Sabóoia (1835- ), mais tarde Visconde de Sabóia 
que, assumindo a direção da Faculdade de Medicina em 23 de fevereiro de 1880, 
resolveu inicialmente atualizar o ensino, tanto material como cientificamente. Logo a 
seguir cria o laboratório de cirurgia dentária, encomendando aparelhos e instrumentos 
dos Estados Unidos. Com crédito especial obtido na lei 3141 de 30 de outubro de 1882, 
monta também o laboratório de prótese dentária. 
Pelos decretos 8850 e 8851 de 13 de janeiro de 1883, o cirurgião-dentista Thomas 
Gomes dos Santos Filho presta provas em concurso realizado em 22 de maio de 1883 e 
é aprovado em primeiro lugar como preparador. De personalidade marcante, a 
 
 
10 
odontologia nacional muito deve a ele, principalmente por ter descoberto a fórmula de 
vulcanite e em seguida produzi-la. Conseguiu dessa forma suprir a falta de material e 
combater os preços abusivos. 
Graças ao empenho de Vicente C. F. de Sabóia e Thomas Gomes dos Santos Filho, 
houve um novo texto nos Estatutos das Faculdades de Medicina do Império, 
denominada Reforma Sabóias, apresentado dia 25 de outubro de 1884 através do 
Decreto nº 9311 com seguinte enunciado: "Dá novos Estatutos às Faculdades de 
Medicina". 
- Usando da autorização concedida pelo art. 2º, Parágrafo 7º, da lei 3141 de 30 de 
outubro de 1882: - Hei por bem que nas Faculdades de Medicina do Império se 
observem os novos estatutos que com este baixam, assinados por Filippe Franco de Sá; 
do Meu Conselho, Senador do Império que assim o tenha entendido e faça executar. 
Palácio do Rio de Janeiro, em 25 de outubro de 1884, 63º da Independência e do 
Império. Com a rubrica de sua Majestade o Imperador Filippe Franco de Sá. 
Pela primeira vez, no art. 1º, vinha consignado que a odontologia formaria um curso 
anexo. Assim: 
-Art. 1º - Cada uma das Faculdades de Medicina do Império se designará pelo nome da 
cidade em que tiver assento; seja regida por um diretor e pela Congregação dos Lentes, 
e as comporá de um curso de ciências médicas e cirúrgicas e de três cursos anexos: o de 
Farmácia, o de Obstetrícia e Ginecologia e o de Odontologia. 
a) Havia apenas as Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e de Salvador. 
b) Compreende-se porque a primeira Escola de Odontologia de São Paulo , criada em 
07 de dezembro de 1900, denominou-se nos primeiros anos , Escola de Farmácia, 
Odontologia e Obstetrícia de São Paulo. 
No capítulo II, a Sessão IV tem o título: "Do curso de Odontologia" - Art. 9º. Das 
matérias deste curso Haverá três séries: 
1ª série - Física, química mineral, anatomia descritiva e topografia da cabeça. 
2ª série - Histologia dentária, fisiologia dentária, patologia dentária e higiene da boca. 
3ª série Terapêutica dentária, cirurgia e prótese dentárias. 
Os três primeiros mestres no Rio de Janeiro foram: Thomas Gomes dos Santos Filho ( ), 
Aristides Benício de Sá (1854-1910) e Antônio Gonçalves Pereira da Silva (1851-1916) 
que prestaram relevantes serviços à Odontologia. 
 
 
 
 
 
11 
Curiosidades 
O pai de Tiradentes (mártir da inconfidência), também foi 
dentista, profissão essa, ensinada para seu filho. 
Naquela época era comum ―amarrar na cadeira‖ os braços dos 
pacientes que seriam submetidos a uma extração dentária. A 
esterilização dos instrumentos eram precariamente feitos, 
passando a ponta dos instrumentos sobre a chama de uma 
lamparina. Também se fazia atendimento fora do consultório. 
A medicação pós extração era feita através de ervas 
medicinais que eram fornecidas ao paciente. Normalmente o 
dentista possuía em seu consultório, vários vasos com 
diferentes tipos de ervas para esse fim, ao qual removia 
algumas folhas, que eram dadas ao paciente, para utilização em forma de chá ou como 
colutório. 
A profissão de dentista no mundo é bastante antiga. Arqueólogos egípcios descobriram 
as primeiras três tumbas de dentistas que datam da época faraônica em uma localidade 
cerca de 25 quilômetros ao sudoeste do Cairo. 
A descoberta foi anunciada pelo Conselho Supremo de Antiguidades (CSA), em 
comunicado no qual informa que as três sepulturas foram achadas em escavações feitas 
no local monumental de Sakkara, e que datariam do Império Antigo (2575-2150 a.C.). 
Essas tumbas pertencem a um rei que governou no final da IV e princípio da V dinastias 
faraônicas. 
Uma dessas sepulturas, pertencente ao chefe dos dentistas do faraó, E Mery, tem uma 
entrada que conduz a um salão retangular similar a um corredor, e que contém duas 
pequenas antecâmaras com cenas da vida cotidiana esculpidas em suas paredes, 
ressaltou a autoridade egípcia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
REORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE 
BUCAL NA ATENÇÃO BÁSICA 
PORTARIA DE NORMAS E DIRETRIZES DA SAÚDE BUCAL 
PORTARIA N.º 267, DE 06 DE MARÇO DE 2001. Publicada no Diário Oficial da 
União de 07 de Março de 2001, Seção 1, página 67. 
O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições, considerando a necessidade 
de: 
 Regulamentação da Portaria n.º 1.444/GM, de 28 de dezembro de 2000, que 
criou o incentivo de saúde bucal destinado ao financiamento de ações e da 
inserção de profissionais desta área no Programa de Saúde da Família (PSF); 
 Ampliação do acesso da população brasileira às ações de promoção e 
recuperação da saúde bucal, bem como de prevenção de doenças e agravos a ela 
relacionados; 
 Melhoria dos índices epidemiológicos de saúde bucal da população; 
 Inclusão das ações de saúde bucal na estratégia do Programa de Saúde da 
Família, como forma de reorganização desta área no âmbito da atenção básica, 
resolve: 
Art. 1º - Aprovar as normas e diretrizes de inclusão da saúde bucal na estratégia do 
Programa de Saúde da Família (PSF). Parágrafo único. As normas e diretrizes de que 
tratam este Artigo integram o Plano de Reorganização das Ações de Saúde Bucal na 
Atenção Básica, constante do ANEXO 1, que integra esta Portaria. 
Art. 2º - Explicitar, no ANEXO 2 desta Portaria, o elenco de procedimentos no âmbito 
da saúde bucal, compreendidos na atenção básica, estabelecidos por intermédio da 
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde – NOB/SUS 96 – e na Norma 
Operacional da Assistência à Saúde (NOAS). 
Art. 3º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
PLANO DE REORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE BUCAL 
NA ATENÇÃO BÁSICA 
A) INTRODUÇÃO 
A universalização do acesso, a integralidade da atenção, a eqüidade, a descentralização 
da gestão, a hierarquização dos serviços e o controle social são princípios e diretrizes 
constitucionais e legais de funcionamento do Sistema Único de Saúde – SUS – que, 
para o seu cumprimento, requerem a reordenação das práticas sanitárias e, por via de 
conseqüência, a transformação do modelo de atenção 
prevalente. 
O Programa de Saúde da Família – PSF – do Ministério da 
Saúde envolve um conjunto de ações individuais e coletivas que 
tem se mostrado eficaz para a reorganização da atenção básica, 
o que possibilita, por conseguinte, o reordena mento dos demais 
níveis de atenção do sistema local de saúde. 
A necessidade de melhorar os índices epidemiológicos de saúde bucal e de ampliar o 
acesso da população brasileira às ações a ela relacionadas – quer em termos de 
promoção, quer de proteção e recuperação – impulsionou a decisão de reorientar as 
práticas de intervenção neste contexto, valendo-se, para tanto,de sua inclusão na 
estratégia de saúde da família. 
B) OBJETIVOS 
O presente Plano tem por objetivos: 
- melhorar as condições de saúde bucal da população 
brasileira; 
- orientar as práticas de atenção à saúde bucal, 
consoante ao preconizado pelo Programa Saúde da 
Família; 
- assegurar o acesso progressivo de todas as famílias 
residentes nas áreas cobertas pelas equipes de saúde da 
família às ações de promoção e de prevenção, bem 
como aquelas de caráter curativo-restauradoras de saúde bucal; 
- capacitar, formar e educar permanentemente os profissionais de saúde bucal 
necessários ao PSF, por intermédio da articulação entre as instituições de ensino 
superior e as de serviço do SUS; 
- avaliar os padrões de qualidade e o impacto das ações de saúde bucal desenvolvidas, 
de acordo com os princípios do PSF. 
C) BASES PARA REORIENTAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE BUCAL 
A inclusão das ações de saúde bucal na estratégia de saúde da família deverá expressar 
 
 
14 
os princípios e diretrizes do SUS e apresentar as seguintes características operacionais: 
I. Caráter substitutivo das práticas tradicionais exercidas nas unidades básicas de saúde; 
II. Adscrição da população sob a responsabilidade da unidade básica de saúde; 
III. Integralidade da assistência prestada à população adscrita; 
IV. Articulação da referência e contra-referência aos serviços de maior complexidade do 
Sistema de Saúde; 
V. definição da família como núcleo central de abordagem; 
VI. Humanização do atendimento; 
VII. Abordagem multiprofissional; 
VIII. Estímulo às ações de promoção da saúde, à articulação intersetorial, à participação 
e ao controle social; 
IX. Educação permanente dos profissionais; 
X. Acompanhamento e avaliação permanente das ações realizadas. 
 
D) ESTRATÉGIAS PARA INCORPORAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE BUCAL 
NO PSF 
1. A inclusão dos profissionais de saúde bucal nas 
equipes de saúde da família dar-se- á por meio de duas 
modalidades: 
1.1. Modalidade I, que compreende um cirurgião 
dentista (CD) e um atendente de consultório dentário 
(ACD); 
1.2. Modalidade II, que compreende um CD, um ACD e 
um técnico em higiene dental (THD). 
 
2. A carga horária de trabalho desses profissionais deverá ser de 40 horas semanais. 
 
3. A relação de equipe de saúde bucal – ESB – por equipe de saúde da família basear-
se-á nos seguintes parâmetros: 
3.1. Cada ESB deverá atender, em média, 6.900 (seis mil e novecentos) habitantes; 
3.2. Nos municípios com população inferior a 6.900 (seis mil e novecentos) habitantes, 
deverá ser implantada uma ESB para uma ou duas equipes de saúde da família 
implantadas ou em processo de implantação; 
3.3. Nos municípios com população superior a 6.900 (seis mil e novecentos) habitantes, 
deverá ser implantada uma ESB para cada duas equipes de saúde da família implantadas 
ou em processo de implantação. 
 
4. A adequação de espaços para a estruturação dos serviços odontológicos levará em 
conta as instalações já existentes e as iniciativas locais de organização dos serviços, 
desde que atendam os critérios de referência territorial e a facilidade do acesso da 
população; 
5. As equipes de saúde da família deverão executar integralmente, no âmbito da atenção 
básica, ações de saúde bucal em sua área adscrita e segundo os critérios de 
 
 
15 
territorialização já estipulados; 
6. As ações especializadas de saúde bucal deverão ser referenciadas no próprio território 
municipal ou no município sede, conforme o Plano Diretor de Regionalização – PDR – 
do SUS; 
7. Os profissionais de saúde bucal e demais membros das equipes de saúde da família 
deverão ter responsabilidade sanitária em relação à população adscrita, desenvolvendo 
ações de prevenção de doenças e agravos e de promoção e recuperação da saúde; 
8. As ações de promoção e de prevenção no âmbito da saúde bucal serão planejadas e 
desenvolvidas de forma interdisciplinar; 
9. O registro das atividades de saúde bucal deverá ser feito no Sistema de Informação da 
Atenção Básica – Siab –, para fins de planejamento, monitoramento e avaliação das 
equipes; 
10. O processo de qualificação dos municípios ao incentivo financeiro para as ações de 
saúde bucal será objeto de regulamentação da Secretaria de Políticas de Saúde do 
Ministério da Saúde. 
E) ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE BUCAL 
ATRIBUIÇÕES COMUNS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE BUCAL NO PSF 
I. Participar do processo de planejamento, acompanhamento e avaliação das ações 
desenvolvidas no território de abrangência das unidades 
básicas de saúde da família. 
II. Identificar as necessidades e expectativas da população 
em relação à saúde bucal. 
III. Estimular e executar medidas de promoção da saúde, 
atividades educativas e preventivas em saúde bucal. 
IV. Executar ações básicas de vigilância epidemiológica em 
sua área de abrangência. 
V. Organizar o processo de trabalho de acordo com as diretrizes do PSF e do plano de 
saúde municipal. 
VI. Sensibilizar as famílias para a importância da saúde bucal na manutenção da saúde. 
VII. Programar e realizar visitas domiciliares de acordo 
com as necessidades identificadas. 
VIII. Desenvolver ações intersetoriais para a promoção da 
saúde bucal. 
 
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO CIRURGIÃO-
DENTISTA (CD) 
I. Realizar exame clínico com a finalidade de conhecer a 
realidade epidemiológica de saúde bucal da comunidade. 
II. Realizar os procedimentos clínicos definidos na Norma 
Operacional Básica do Sistema Único de Saúde – 
NOB/SUS 96 – e na Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS). 
 
 
16 
III. Assegurar a integralidade do tratamento no âmbito da atenção básica para a 
população adscrita. 
IV. Encaminhar e orientar os usuários, que apresentarem problemas mais complexos, a 
outros níveis de especialização, assegurando o seu retorno e acompanhamento, inclusive 
para fins de complementação do tratamento. 
V. Realizar atendimentos de primeiros cuidados nas urgências. 
VI. Realizar pequenas cirurgias ambulatoriais. 
VII. Prescrever medicamentos e outras orientações na conformidade dos diagnósticos 
efetuados. 
VIII. Emitir laudos, pareceres e atestados sobre assuntos de sua competência. 
IX. Executar as ações de assistência integral, aliando a atuação clínica à de saúde 
coletiva, assistindo as famílias, indivíduos ou grupos específicos, de acordo com plano 
de prioridades locais. 
X. Coordenar ações coletivas voltadas para a promoção e prevenção em saúde bucal. 
XI. Programar e supervisionar o fornecimento de insumos para as ações coletivas. 
XII. Supervisionar o trabalho desenvolvido pelo THD e o ACD. 
XIII. Capacitar às equipes de saúde da família no que se refere às ações educativas e 
preventivas em saúde bucal. 
XIV. Registrar na Ficha D – Saúde Bucal, do Sistema de Informação da Atenção Básica 
– Siab – todos os procedimentos realizados. 
 
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL (THD) 
I. Realizar, sob a supervisão do cirurgião dentista, procedimentos preventivos nos 
usuários para o atendimento clínico, como escovação supervisionada, evidenciação de 
placa bacteriana, aplicação tópica de flúor, selantes, 
raspagem, alisamento e polimento. 
II. Realizar procedimentos reversíveis em atividades 
restauradoras, sob supervisão do cirurgião dentista. 
III. Auxiliar o cirurgião dentista (trabalho a quatro 
mãos). 
IV. Realizar procedimentos coletivos como escovação 
supervisionada, evidenciação de placa bacteriana e 
bochechos fluorados na Unidade Básica de Saúde da Família e espaços sociais 
identificados. 
V. Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos. 
VI. Acompanhar e apoiar odesenvolvimento dos trabalhos da equipe de saúde da 
família no tocante à saúde bucal. 
VII. Registrar na Ficha D – Saúde Bucal, do Sistema de Informação da Atenção Básica 
– Siab – todos os procedimentos de sua 
competência realizados. 
 
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO 
ATENDENTE DE CONSULTÓRIO 
DENTÁRIO (ACD) 
I. Proceder à desinfecção e esterilização de 
materiais e instrumentos utilizados. 
II. Realizar procedimentos educativos e preventivos 
nos usuários para o atendimento clínico, como 
 
 
17 
evidenciação de placa bacteriana, orientações à escovação com o uso de fio dental sob 
acompanhamento do THD. 
III. Preparar o instrumental e materiais para uso (sugador, espelho, sonda e demais 
materiais necessários para o trabalho). 
IV. Instrumentalizar o cirurgião dentista ou THD durante a realização de procedimentos 
clínicos. 
V. Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos. 
VI. Agendar e orientar o paciente quanto ao retorno para manutenção do tratamento. 
VII. Acompanhar e apoiar o desenvolvimento dos trabalhos da equipe de saúde da 
família no tocante à saúde bucal. 
VIII. Realizar procedimentos coletivos como escovação supervisionada, evidenciação 
de placa bacteriana e bochechos fluorados na Unidade Básica de Saúde da Família e 
espaços sociais identificados. 
IX. Registrar no Siab os procedimentos de sua competência realizados. 
 
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE 
(ACS) 
I. Desenvolver ações de promoção de saúde bucal e de prevenção das doenças neste 
âmbito mais prevalentes no seu território de atuação. 
II. Identificar espaços coletivos e grupos sociais para o desenvolvimento das ações 
educativas e preventivas em saúde bucal. 
III. Registrar no Siab os procedimentos de sua competência realizados. 
 
F) RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS 
- MINISTÉRIO DA SAÚDE 
I. Regulamentar e repassar os incentivos financeiros para os Fundos 
Municipais ou Estaduais de Saúde, segundo as modalidades de 
inclusão das ações de saúde bucal no PSF. 
II. Estabelecer normas e diretrizes para a reorganização das ações de 
saúde bucal na atenção básica por intermédio da estratégia de saúde 
da família. 
III. Prestar assessoria técnica aos estados e municípios relativa ao processo de 
implantação e de gerenciamento da saúde bucal no PSF. 
IV. Estabelecer parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde com vistas ao 
incremento dos processos de capacitação da equipe e de formação de pessoal auxiliar 
em saúde bucal. 
V. Elaborar e editar material didático para a capacitação dos profissionais de saúde 
bucal e dos agentes comunitários de saúde. 
VI. Tornar disponível o Siab como instrumento para monitorar as ações de saúde bucal 
desenvolvidas no PSF. 
VII. Consolidar, analisar e divulgar os dados relacionados à saúde bucal de interesse 
nacional gerados pelo sistema de informação, divulgando resultados obtidos. 
VIII. Identificar recursos técnicos e científicos para o processo de controle e avaliação 
dos resultados e do impacto das ações de saúde bucal no PSF. 
 
- SECRETARIAS ESTADUAIS DE SAÚDE (SES) 
I. Garantir a inclusão das ações de saúde bucal no Plano Diretor de Regionalização – 
PDR – do SUS. 
 
 
18 
II. Contribuir para a reorganização das ações de saúde bucal na atenção básica por 
intermédio da estratégia de saúde da família. 
III. Prestar assessoria técnica aos municípios em 
todo o processo de implantação, planejamento, 
monitoramento e gerenciamento das ações de 
saúde bucal no PSF. 
IV. Viabilizar, em parceria com o Ministério da 
Saúde, a capacitação técnica e a educação 
permanente específica em saúde da família para 
os profissionais de saúde bucal, por intermédio 
dos Pólos de Capacitação, Formação e Educação 
Permanente e ou de outras instituições de ensino, 
em articulação com as Secretarias Municipais de Saúde (SMS). 
V. Viabilizar, em parceria com o Ministério da Saúde, a formação de pessoal auxiliar 
em saúde bucal – THD e ACD – para atuar nas equipes de saúde da família, por 
intermédio das Escolas Técnicas de Saúde do SUS ou Centros Formadores de Recursos 
Humanos e ou de outras instituições formadoras, em articulação com as SMS. 
VI. Contribuir na produção e disponibilidade de material didático para capacitação dos 
profissionais de saúde bucal e dos agentes comunitários de saúde. 
VII. Assessorar os municípios na implantação do Siab. 
VIII. Consolidar e analisar os dados relativos à saúde bucal de interesse estadual e 
alimentar o banco de dados nacional. 
IX. Identificar recursos técnicos e científicos para o processo de controle e avaliação 
dos resultados e do impacto das ações de saúde bucal do PSF no âmbito do estado. 
X. Promover intercâmbio de informações relacionadas às experiências em saúde bucal 
no PSF entre os municípios. 
 
- SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE (SMS) 
I. Definir a estratégia de inclusão das ações de saúde bucal nos territórios de 
abrangência das equipes de saúde da família. 
II. Garantir a infra-estrutura e os equipamentos necessários para a resolubilidade das 
ações de saúde bucal no PSF. 
III. Assegurar o vínculo dos profissionais de saúde bucal nas equipes de saúde da 
família, em regime de 40 horas semanais, por intermédio de contratação específica e ou 
adequação dos profissionais já existentes na rede de serviços de saúde. 
IV. Considerar o diagnóstico epidemiológico de saúde bucal para a definição das 
prioridades de intervenção no âmbito da atenção básica e dos demais níveis de 
complexidade do sistema. 
V. Definir fluxo de referencia e contra-referência para 
serviços de maior complexidade ou de apoio 
diagnóstico, considerando o Plano Diretor de 
Regionalização do SUS. 
VI. Proporcionar, em parceria com a SES, a 
capacitação e a educação permanente dos profissionais 
de saúde bucal das equipes por intermédio dos Pólos de 
Formação, Capacitação e Educação Permanente, das 
Escolas Técnicas de Saúde do SUS ou Centros 
Formadores de Recursos Humanos e ou de outras 
 
 
19 
instituições de ensino. 
VII. Proporcionar, em parceria com a SES, a formação de pessoal auxiliar – THD e 
ACD –, por intermédio das Escolas Técnicas de Saúde do SUS ou Centros Formadores 
de Recursos Humanos e ou de outras instituições formadoras. 
VIII. Tornar disponíveis materiais didáticos para capacitação dos profissionais de saúde 
bucal e dos agentes comunitários de saúde. 
IX. Alimentar a base de dados do Siab, de acordo com as Portarias que o regulamentam. 
X. Utilizar os dados do Siab para o planejamento, o monitoramento e a avaliação das 
ações de saúde bucal no âmbito do PSF. 
 
G) FINANCIAMENTO DA SAÚDE BUCAL NO PSF 
 A transferência de recursos federais aos estados e municípios, que compõem o 
financiamento tripartite das ações de saúde bucal na atenção básica, vem se efetivando 
por meio do Piso de Atenção Básica. A indução do processo de reorganização das ações 
de saúde bucal no âmbito da atenção básica – prestada por intermédio do PSF – estará 
baseada no incentivo financeiro específico criado para tal (Portaria n.º 1444, de 28 de 
dezembro de 2000). 
 
 Os municípios que se qualificarem a essas ações receberão incentivo financeiro anual, 
por equipe implantada, transferido do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo 
Municipal ou Estadual de Saúde, em parcelas mensais, correspondendo a 1/12 (um doze 
avos), de acordo com a modalidade de inclusão. 
 
 Será transferido um incentivo adicional, em parcela única, para aquisição de 
instrumental e equipamentos odontológicos. Para fins de orientação dessa aquisição, é 
apresentada, a seguir, a relação mínima de equipamentos odontológicos e instrumentais. 
No caso daexistência desses equipamentos no local destinado ao atendimento, o 
incentivo adicional poderá ser utilizado para complementá-los ou ainda para a aquisição 
de outros equipamentos e ou instrumentais de uso odontológico que se façam 
necessários na atenção básica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
PLANEJAMENTO EM SAÚDE BUCAL 
 
 
Planejar é o ato de analisar o passado, definir o futuro, tomar decisões e torná-las 
executáveis, através de elaborações de documentos, realizados pelo gestor, o que 
promoverá mudanças da situação atual para a desejada. Para isso, políticas, planos, 
projetos, programas, atividades, ações e tarefas são avaliadas e incrementadas, com o 
intuito de verificar se os objetivos estão sendo concretizados, indicando métodos mais 
eficazes para modificar o funcionamento da saúde. 
 
Para a realização do planejamento de uma área devem-se 
acumular informações que se referem aos aspectos históricos, 
políticos e culturais de cada população, indicadores como os 
econômicos e demográficos, junto com a situação de 
saneamento. Será de suma importância realizar o levantamento 
sobre os serviços existentes, e o acesso que a população tem a 
eles (tanto referente à capacidade econômica, tanto pela localização geográfica), bem o 
que esses serviços representam a localidade. 
 
Planejamento em saúde bucal adota as idéias mais recentes apontam para a necessidade 
do planejamento de ações bucais, não se limitando apenas ao problema da cárie dentária 
ou que sejam planejadas apenas para as crianças. É necessário atividades que 
compreendam todos os fatores voltados a saúde bucal, ou no mínimo problemas da 
doença periodontal, má oclusão, câncer bucal e, principalmente, fluoretação da água de 
abastecimento, voltada para crianças, adultos e idosos. 
 
Tendo necessidade de um bom planejamento assim como uma boa execução dos planos 
previstos. Aplicar os programas preventivos, com uma visão geográfica, epidemiológica 
e econômica, obtendo desta forma as melhores intervenções a serem feitas em uma 
determinada área escolhida. Nessa situação o planejamento deve enfrentar desafios, 
analisar interesses contraditórios, e desta forma construir planos e contratos que 
modifiquem o campo da saúde bucal da sociedade analisada. 
 
 
CONSULTÓRIO ODONTOLOGICO 
A instalação de um consultório odontológico parece uma tarefa fácil, no entanto esbarra 
em normas e regras que devem ser seguidas corretamente para o bom desempenho do 
estabelecimento. Existem órgãos que tratam exclusivamente desta normatização, no 
qual temos: as secretárias estaduais de saúde e a Agencia Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) O cumprimento destas normas é garantia de sucesso profissional, 
principalmente para aqueles que estão iniciando sua vida profissional. 
 
 
 
 
21 
INTRODUÇÃO 
Quantos cirurgiões - dentistas (CDs) recém-formandos nunca tiveram dúvidas sobre 
como instalar seu consultório? Com certeza muitos. Ao decidir instalar seu consultório, 
poucos imaginaram que teriam tanto trabalho envolvendo as normas e regulamentação 
que regem sua instalação. 
Para montar um consultório, uma série de requisitos são necessários, não basta ter 
simplesmente um CRO e um diploma na mão, necessita-se conhecer um pouco do 
caminho das pedras (a burocracia). O recém-formado que desejar montar um 
consultório na modalidade individual deve: 
1) Ir à prefeitura de sua cidade para fazer o registro de autônomo, mediante pagamento 
de taxa, são necessários à apresentação do RG, CPF, IPTU do local onde funcionará o 
consultório. 
2) Fazer a inscrição no INSS, para ter o número que será utilizado para pagamento 
mensal; 
3) Alvará de Funcionamento da Vigilância Sanitária Municipal. 
 
Observações: 
- Ainda que o mesmo local de trabalho seja compartilhado por mais de um cirurgião 
dentista, cada um deverá ter o seu alvará. 
- O Responsável Técnico pelo Consultório odontológico deverá ser Cirurgião-Dentista, 
com inscrição no Conselho Regional de Odontologia do Estado. 
- Em caso de Clínica Odontológica, o Responsável Técnico deverá possuir Certificado 
de Responsabilidade Técnica (CRT) fornecido pelo CRO. 
4) Alvará de Funcionamento emitido pelo Corpo de Bombeiros 
5)- Uso de Solo, na Secretaria de Fiscalização Urbana. 
6)- Secretaria Municipal do Meio Ambiente, para obter autorização para colocar placa 
externa. 
7) Cadastro Nacional de estabelecimento de Saúde – CNES, 
 
 
 
 
22 
Para abrir um consultório na modalidade de empresa são necessários: 
 
1) Fazer uma busca do nome escolhido nos cartórios de notas da cidade, para que não se 
tenha problemas de empresas homônimas. 
2) Elaboração do contrato social, dando entrada em qualquer cartório de notas da 
cidade, munido de fotocópias dos RGs e CPFs de cada um dos sócios. 
3) Obtenção do CNPJ, através da inscrição na receita federal. 
4) Obtenção da Inscrição Estadual. 
5) Cadastrar-se na Secretaria Municipal de Finanças, tirar o ISS, (cadastro de empresa). 
6) Alvará de Funcionamento da Vigilância Sanitária Municipal. 
7) Alvará de Funcionamento emitido pelo Corpo de Bombeiros, 
8) Uso de Solo, na Secretaria de Fiscalização Urbana. 
9) Secretaria Municipal do Meio Ambiente, para obter autorização para colocar placa 
externa. 
10) Cadastro Nacional de estabelecimento de Saúde - CNES 
Depois de seguidos os requisitos burocráticos para a 
instalação do consultório, o recém formado deve 
ficar atento a normatização do estabelecimento, 
segundo a Lei Federal 8.080, de 1990, que tratam 
das condições para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde, como direito fundamental do 
ser humano; considerando que nos termos da Lei 
Complementar 791, de 9-3-95, compete à direção 
estadual do Sistema Único de Saúde estabelecer 
normas para o controle das ações e serviços de saúde, foi criada uma normatização para 
os estabelecimentos odontológicos no qual: 
I) Consultório odontológico tipo I: é o estabelecimento de assistência odontológica 
caracterizado por possuir somente um conjunto de equipamento odontológico, podendo 
fazer uso ou não de equipamento de Raios X odontológico. 
II) Consultório odontológico tipo II: é o estabelecimento de assistência odontológica 
caracterizado por possuir somente um conjunto de equipamento odontológico, e que 
mantém anexo, laboratório de prótese odontológica, podendo fazer uso ou não de equipa 
mento de Raios X odontológico. 
III) Clínica odontológica tipo I: é o estabelecimento de assistência odontológica 
caracterizado por possuir um conjunto de no máximo 03 consultórios odontológicos, 
independentes entre si, com uma área de espera em comum, podendo fazer uso ou não 
de equipamento de Raios X odontológico. 
IV) Clínica odontológica tipo II: é o estabelecimento de assistência odontológica 
caracterizado por possuir um conjunto de no máximo 03 consultórios odontológicos, 
independentes entre si, com uma área de espera em comum, e que mantém anexo, 
laboratório de prótese odontológica, podendo fazer uso ou não de equipamento de Raios 
X odontológico. 
 
 
23 
V) Clínica modular é o estabelecimento de assistência odontológica caracterizado pelo 
atendimento em um único espaço com área mínima condicionada ao número e 
disposição dos equipamentos odontológicos, podendo fazer uso ou não de equipamento 
de Raios X odontológico conforme disposto nesta NT. 
VI) Instituto de Radiologia Odontológica: é o estabelecimento de assistência 
odontológica caracterizado por realizar apenas tomadas radiográficas intra ou extra 
orais, independente do tipo e quantidade de aparelhos de radiação ionizante.VII) Instituto de Documentação Odontológica: é o estabelecimento de assistência 
odontológica caracterizado por realizar tomadas radiográficas intra ou extra orais, 
independente do tipo e quantidade de aparelhos de radiação ionizante, além de realizar 
moldagens da cavidade bucal, fotografias intra e extra bucais, e outros exames 
complementares; 
VIII) Policlínica odontológica: é o estabelecimento de assistência odontológica 
caracterizado por um conjunto de mais de 03 consultórios odontológicos, independentes 
entre si, podendo inclusive manter no seu interior, clínicas modulares, laboratórios d e 
prótese odontológica, instituto de radiologia ou documentação odontológica. 
XIX) Policlínica de ensino odontológico: é a policlínica caracterizada por desenvolver 
atividades voltadas ao ensino odontológico ou pesquisa. 
Os procedimentos odontológicos também são normatizados, segundo as seguintes 
modalidades: 
I) Intra estabelecimento: são aqueles realizados dentro da área física do estabelecimento 
II) Extra estabelecimento: são aqueles realizados fora da área física do estabelecimento 
com o uso das seguintes unidades: 
a) Unidade transportável: instalada em locais previamente estruturados e com 
permanência provisória, devendo, para tanto, 
apresentar equipamento adaptado e adequado 
ao atendimento odontológico; 
b) Unidade móvel: caracterizada por ser 
instalada sobre um veículo automotor, ou por 
ele tracionado; 
c) Unidade de atendimento portátil: 
caracterizada pelo atendimento de pacientes 
com equipamentos portáteis voltadas 
principalmente nos casos de impossibilidade 
de locomoção do paciente, inclusive nos casos de pacientes hospitalizados. No caso da 
realização de procedimentos odontológicos nas modalidades extra estabelecimento é 
necessário comunicar ao órgão sanitário competente sobre o tipo de procedimentos 
realizados, endereço, e nome dos pacientes. 
 
 
 
 
 
24 
O funcionamento do consultório odontológico, também foi normatizado, de forma 
que: 
 
1) Os estabelecimentos de assistência odontológica, somente poderão funcionar depois 
de licenciados pelo órgão sanitário competente, na presença física de um Responsável 
Técnico, com Termo de Responsabilidade assinado perante o órgão sanitário 
competente. 
 
2) A Licença de Funcionamento deverá ser 
solicitada ao órgão sanitário competente, uma vez 
cumpridas as demais exigências estabelecidas. 
 
3) O Responsável Técnico pelo estabelecimento de 
assistência odontológica deverá ser Cirurgião 
Dentista, com inscrição no Conselho Regional de 
Odontologia. 
 
4) O Responsável Técnico deverá possuir Termo de 
Responsabilidade assinado perante o órgão sanitário 
competente; 
 
5) O Responsável Técnico deverá estar presente 
durante todo o período de atendimento realizado no 
estabelecimento; 
 
6) O Responsável Técnico deverá indicar 
Responsável Técnico Substituto, caso não esteja 
presente durante todo o período de atendimento no estabelecimento; 
 
7) Poderão ser indicados tantos responsáveis substitutos quanto o necessário para 
atender os horários e dias de atendimento dos estabelecimentos 
 
8) O Responsável Técnico Substituto deverá ter um Termo de Responsabilidade 
assinado perante o órgão sanitário competente. 
 
A norma que regulamenta o planejamento físico de todos os Estabelecimentos 
Assistenciais de Saúde (EAS), inclusive consultórios odontológicos, é a Resolução - 
RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária), no qual define que: 
 
- AMBIENTE - Os consultórios odontológicos devem ter um dimensionamento mínimo 
de 9,0 m², sendo que no caso de consultórios coletivos a distância mínima entre cadeiras 
deve ser de 1,0m. 
 
- BLINDAGEM DAS PAREDES – Obrigatória em estabelecimentos que utilizam 
equipamento do tipo extra oral. No caso dos equipamentos intra-orais, se a sala possuir 
paredes de alvenaria e for grande, a blindagem pode ser dispensada. Tudo isto deve ser 
avaliado por um físico ou pelo próprio fabricante do equipamento. Esta questão está 
 
 
25 
regulamentada pela Portaria nº. 453, de 01 de junho de 1998 do Ministério da Saúde 
―Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e 
Odontológico‖. 
 
- LAVATÓRIO – todo consultório deve possuir no mínimo 2 pias, uma para lavagem 
de mão e outra para a lavagem de material contaminado. 
 
- INSTALAÇÃO - hidráulicas e elétricas embutidas ou protegidas por calhas ou 
canaletas externas, para que não haja depósitos de sujidades em sua extensão. 
 
O cirurgião dentista recém formado deve aprender essas normas, procurar nos órgãos 
competentes a regulamentação para a instalação de um consultório, pois, a correto 
funcionamento do estabelecimento odontológico proporcionara um melhor atendimento 
ao paciente (cliente) e menores transtornos com os órgãos de vigilância sanitária, o que 
resultará em melhores lucros e garantia de um trabalho de qualidade e respeito ao 
paciente. 
 
 
EQUIPAMENTOS PARA CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO 
Segue abaixo os principais equipamentos, utilizados bem como a função dos mesmos, 
para o profissional auxiliar em Saúde Bocal, saber e reconhecer os mesmos é 
imprescindível. 
CADEIRA 
Cadeira onde o paciente deita, ela e ajustável de acordo com a 
necessidade. 
AUTOCLAVE 
Equipamento utilizado para a esterilização dos instrumentais 
odontológicos, entre outros. 
 
EQUIPO 
Trata-se de um conjunto de componentes, que envolve cadeira, 
equipo refleto consept, unidade de água e mocho. Todos em 
um único equipamento 
MOCHO 
Propriamente trata-se da cadeira utilizada pelo dentista, para 
realizar sua função. 
 
 
26 
CUSPIDEIRA 
Recipiente onde o paciente cuspe, durante o processo 
odontológico. 
REFLETOR 
É utilizado para iluminar a boca do paciente durante o 
procedimento, facilitando o trabalho do profissional dentista. 
 
APARELHO RAIO X 
Aparelho que coleta imagens da estrutura dentária, que irá guiar 
o procedimento odontológico a ser seguido. 
 
APARELHO FOTOPOLIMERIZADOR 
É uma luz onde irá atingir moléculas da resina composta, ou seja, 
em contanto com as paredes da cavidade do dente, onde ira 
polimerizá-la, ou seja, endurecer a mesma. 
 
AMALGAMADOR PARA CAPSULAS 
Aparelho de uso odontológico misturador de produtos para 
homogeneização de amálgama. A amalgama é utilizada nas obturações 
dentárias. 
CAMARA ESCURA 
Utilizada para fazer a leitura das imagens retiradas pelo aparelho de raio 
X com base nestas informações e da leitura da mesma que se dará o 
procedimento odontológico, este não é um procedimento padrão, apenas 
usado em algumas situações. 
JATO DE BICARBONATO E ULTRASOM 
Utilizado em jateamento de superfícies e também na remoção do tártaro, 
o Jato Bicarbonato e Ultrassom possui um sistema eletrônico acoplado a 
um transdutor piezoelétrico que transmite a peça de mão movimentos 
oscilatórios conjugados, atingindo freqüências na faixa de 29KHz a 
32KHz proporcionando vibrações perfeitas no plano longitudinal, sem 
 
 
27 
traumas, sem agressão ao esmalte e sem gerar calor. 
COMPRESSOR 
Fornece ar a todos os equipamentos que utilizam de ar comprimido para seu 
funcionamento 
 
BOMBA A VACUO 
Responde a toda função hidráulica para os equipamentos 
que necessitam de água para seu funcionamento. 
 
MICROMOTOR 
Produto que acoplado ao Contra Ângulo Intra ou Peça Reta Intra de 
qualquer marca, possibilita o tratamento clínico odontológico em 
diversas especialidades. Utilizado em limpezas, procedimentos gerais, 
perfurações e muito mais. 
 
CONTRA-ÂNGULOFoi desenvolvido para acoplar em qualquer marca de micro motor, o 
equipamento é ideal para vários procedimentos odontológicos, 
restaurações, implantes entre outros. 
 
 
NEGATOSCÓPIO 
Utilizado para melhor visualização das imagens do raio x, onde o 
profissional pode visualizar a imagem durante o processo de trabalho. 
 
BISTURI ELETRÔNICO 
Aplicável em cirurgia, periodontia, endodontia, dentística, 
semiologia e ortodontia. 
 
 
28 
CÂMERA INTRA EXTRAORAL 
Utilizada geralmente para demonstrar uma situação ao paciente ou 
outro, ideal para momentos de orçamento de tratamento dentário. 
 
DESTILADOR DE AGUA 
Proporciona ao profissional produzir sua própria água destilada que será 
utilizada durante os procedimentos odontológicos. 
 
CLAREADOR DENTAL 
Utilizado no procedimento de clareamento dentário, 
 
IRRIGADOR ORAL, 
Propõem a mesma função de um fio dental no entanto faz este 
processo apenas com um jato de água. 
 
 
LAVADORA ULTRASONICA 
Foi desenvolvido para atender a importante função da limpeza 
dos instrumentos e artigos. Possibilita limpeza eficiente em áreas 
de difícil acesso dos instrumentos clínicos, Reduzindo o 
consumo de água e o tempo gasto em limpeza. Além disso, 
Minimiza o contato do operador com instrumentos 
contaminados. 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
INSTRUMENTAIS ODONTOLÓGICOS 
 
 
 
INSTRUMENTAIS PARA EXAME CLÍNICO 
Os instrumentais para bandeja de exame clínico são : 
Bandeja, onde foram depositados os instrumentais para esterilização. 
 
 
 
 
 
 
Espelho clínico, permite a visualização das estruturas bucais, constituído de cabo e 
espelho. 
 
 
 
 
 
Sonda exploradora, tem como função detectar falhas na estrutura dental. 
 
 
 
Pinça de algodão, tem função de pegar matérias como algodão, brocas, dentre outros. 
 
 
 
 
Escavador de dentina (colher de dentina), auxilia na remoção da dentina cariada. 
 
 
Espátula nº 1 (espátula de inserção), utilizada na colocação de material na cavidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os instrumentais em odontologia tem como função possibilitar ao odontólogo 
Realizar os procedimentos de atendimento ao paciente. 
O auxiliar do cirurgião dentista tem como dever conhecer os instrumentais e suas 
Funções, para organizá-los e prover o odontólogo dos mesmos. 
 
 
30 
 
 
INSTRUMENTAIS PARA PROCEDIMENTOS ,instrumentais usados em diversas 
especialidades odontológicas. 
 
 
 
 
Seringa Carpule, utilizada para anestesia dentária e na irrigação de canais radiculares. 
 
 
 
 
 
 
 
Espátula 24, usada na manipulação de diversos materiais. 
 
 
 
Placa de vidro, base para, com o uso da espátula, manipulação de materiais. 
 
 
 
 
 
 
Arco para isolamento absoluto, onde será colocado o lençol de borracha e perfurado com 
ao alicate de Ainsworth . Na foto o arco de Yong e o alicate de Ainsworth.. 
 
 
 
 
 
 
 
Pinça porta grampo de isolamento e grampo de isolamento, este varia conforme o dente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espátula nº7 , usada em diversas aplicações, sendo a mais comum a manipulação de 
resina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
Pote Dapen, recipientes pequenos para colocação de materiais com flúor, resina acrílica, e 
outros. Podem ser de vidro, plástico ou silicone. 
 
 
 
 
 
 
 
 Cuba metálica, recipientes maiores para colocação de soro, álcool iodado , etc. Variam de 
forma e tamanho conforme a aplicação. 
 
 
 
 
 
 
Cuba de borracha e espátula, usados para manipular alginato e gesso.Ao lado faca para 
cortar gesso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Moldeiras, usadas para se inserir o material de moldagem para ser levado à boca. Na foto 
total lisa superior, perfurada inferior e parcial perfurada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
Bandejas metálicas, base onde são depositados os instrumentais, variam de tamanho 
conforme a aplicação. 
 
 
 
 
 
 
 
Colgadura para película radiográfica, usada na revelação da mesma 
 
 
 
 
 
Prendedor de guardanapo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTAIS PARA CIRUGIA ORAL BÁSICA 
Cabo de bisturi e bisturi, usado para fazer a incisão do tecido ( cabo e cabo com bisturi 
descartável 
 
 
 
 
 
 
 
 
Destaca periósteo, usado para separar tecidos moles do osso, vários modelos na figura 
abaixo o de Molt. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
Pinça hemostática, para apreensão de vaso e tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pinça porta agulha, para apreensão do fio de sutura. Na foto em ordem Matheu, Maio e 
CastroViejo. 
 
 
 
 
 
 
Tesoura, servem para cortar o tecido humano, bem como fio de sutura e outros, variam de 
forma e tamanho dependendo da aplicação. Na foto uma curva e uma para metal. 
 
 
 
 
 
 
 
Pinça de dente de rato, para apreender tecidos. 
 
 
 
 
 
Pinça de Adson sem dente, para apreender tecidos 
 
 
 
 
 
Pinça goiva, usada para remoção de osso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
Sindesmótomo, usado para separar a gengiva do dente e do osso. 
 
 
 
 
Sugador de sangue, acoplado a bomba, retira líquidos. 
 
 
 
 
 
Cinzel, utilizado para remoção de osso. 
 
 
 
Martelo cirúrgico, utilizado em conjunto com o cinzel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lima para osso, utilizada para remodelar o osso. 
 
 
 
Cureta para alvéolo, usada para limpar o alvéolo pós extração, na foto a de Lucas. 
 
 
 
Afastador, usado para afastar o tecido do campo operatório. Na foto de Farabeuf e de 
Mead. 
 
 
 
 
 . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
Pinça de instrumental, para transferência de material. 
 
 
 
 
 
 
Alavancas, usadas nas extrações dentárias. Na foto Apicais e de Seldin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fórceps, utilizados nas extrações dentárias. Seguem numeração, nos superiores, incisivos 
nº 1, caninos e pré-molares nº 150, molares nº 18R (lado direito) e nº 18L (lado esquerdo). 
Nos dentes inferiores, incisivos, caninos e pré-molares nº 151; molares nº 16 ,17,23. 
Há ainda fórceps especiais como o de nº69 e 65 e infantis. Na foto nº 150 e 151. 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTAIS PARA PERIODONTIA 
 
Sonda milimetradas, utilizadas para medição do sulco gengival. 
 
 
 
 
Curetas periodontais, utilizadas para retirada de cálculo dentário, a numeração varia de 
acordo com a região da arcada. Na foto a de Gracey. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
Raspadores periodontais, utilizados para retirada de cálculo dentário, a numeração varia 
de acordo com a região da arcada.. Na foto Mc Call 1-10 e 11-12. 
 
 
 
 
Gengivótomos, usados para o corte da gengiva. Na foto o de Orbam e o de Kirkland. 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTAIS PARA DENTISTICA 
 
Aplicador de hidróxido de cálcio pasta. 
 
 
 
 
Porta amálgama, usado para colocar o amálgama na cavidade desejada. Na foto o 
plástico. 
 
 
 
 
Porta matriz, usado com a matriz metálica. 
 
 
 
 
 
 
 
Condensadores, são utilizados para calcar materiais restauradores na cavidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Esculpidores, tem função de dar forma as restaurações antes do endurecimento do 
material. Na foto o de Holemback. 
 
 
 
 
 
 
Brunidor de amálgama, utilizado para brunir o amálgama. 
 
 
Brocas, podem ser diamantadas ou de aço, usadas para cortar estruturas duras, devendo 
ser acopladas no contra-ângulo, alta rotação ou peça reta. São organizadas em catálogos, 
sendo as mais usadas as de ponta esférica. Na foto broca para contra-ângulo esférica,broca para alta rotação esférica, broca para peça de mão e broca diamantada esférica. 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTAIS PARA ENDODONTIA 
 
Limas endodonticas, variam de corte, comprimento (21,25e31 milímetros) e espessura. As 
mais finas são a de nº 06,08,10, a partir delas começa as seriadas 1ºsérie( 15-40), 2ºsérie 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
Materiais de Consumo - Consultório Odontológico 
Segue abaixo alguns dos principais materiais de consumo odontológico, lembramos que 
há outros materiais que variam de acordo com a especialidade odontológica: 
IRM (Cimento Provisório); É indicado para restaurações provisórias de 
longa espera (até 2 anos), forramento de cavidades sob restauração de 
amálgama, material restaurador de dentes decíduos e também usado para 
odontogeriatria. Na odontologia geriátrica é um produto ideal devido à 
rapidez, à facilidade de manipulação e às propriedades sedativas. 
Composição reforçada à base de óxido de zinco e eugenol. 
Ionômero de vidro; As principais características do cimento de 
ionômero de vidro são: Adesividade à estrutura dental (maior em 
esmalte) pela reação de quelação ao cálcio, liberação de íons 
flúor (maior no período de geleificação) contribuindo para o 
controle da cárie dentária e remineralização do esmalte, 
capacidade de se recarregar através de outras fontes de flúor, coeficiente de expansão 
térmico semelhante ao dente e biocompatibilidade. 
Ao misturar-se o líquido ao pó ocorre a reação de presa do tipo ácido-base formando um 
sal de hidrogel, que atua como matriz de ligação. Ocorre um efeito de quelação com o 
cálcio e a superfície exposta da estrutura dental tendo assim a adesão. 
Resinas (A1, A2, A3, A3, 5, A4, B1, T, 0A2, OA3); 
Utilizada para efetuar restaurações, possui ampla variação de modelos 
e cores, de acordo com a necessidade no processo odontológico de 
restauração. 
 
Pasta de polimento resinas;É um conjunto de pastas indicadas para 
o acabamento inicial e polimento preliminar de resinas e outros 
materiais restauradores. 
Tiras de poliéster; 
Utilizadas em isolamento de restaurações interproximais com resina 
composta. 
Matriz metálica; 
Indicado para restaurações classe II com resina composta 
fotopolimerizável. Dispositivo mecânico com a finalidade de conferir ao 
material restaurador a anatomia natural do dente, além de proteger dos 
dentes adjacentes durante os procedimentos de preparo, condicionamento 
 
 
39 
ácido e aplicação do adesivo. 
Cunhas de madeira; 
As cunhas de madeira TDV, são indicadas para uso geral, em 
procedimentos restauradores com a função mecânica de adaptar a 
matriz e/ou afastar dentes adjacentes. As cunhas de madeira TDV não 
necessitam de recortes ou ajustes e garantem a fixação das matrizes, 
proporcionando restaurações livres de excesso subgengival e com 
perfeito contorno. 
 
Discos soflex; 
Os discos estão disponíveis em duas séries: azul e laranja; Os discos 
da série azul são indicados para superfícies labial/bucal/lingual, 
superfícies oclusais selecionadas e bordas incisais;Os discos da série 
laranja são indicados para áreas interproximais, superfícies 
bucal/mesial/distal;Disponíveis em 4 granulações: grossa,média, 
fina e superfina;Discos de granulação grossa ou média para 
contorno e fina para acabamento;Granulação superfina para obtenção de um excelente 
polimento;Indicados para superfícies livres dos dentes (vestibular e lingual).Os discos 
são descartáveis. 1/2 pol. = 13 mm 3/8 pol. = 9 mm 
Pasta profilática; 
Indicada para utilização em procedimentos de limpeza, remoção de 
detritos, manchas, p lacas bacterianas e polimento, como parte do 
tratamento profissional de profilaxia de cáries e doenças 
periodontais. 
Flúor tópico; 
Remineralização dos dentes após branqueamento. 
 
Flúor verniz; 
Para a prevenção de cáries em crianças e adultos, como boa parte 
de um programa abrangente de controle; Prevenção de cáries 
recorrentes (ou marginais); Prevenção do desenvolvimento de 
cáries; Prevenção da descalcificação ao redor dos braquetes nos 
aparelhos ortodônticos; Prevenção de cáries de fóssulas e fissuras 
(oclusal); Prevenção de outras desmineralizações no esmalte; 
Tratamento de lesões incipientes da cárie. 
Selante; 
Tratamento de hipersensibilidade de raízes expostas;Selante de 
fóssulas e fissuras;Estimula a remineralização de mancha 
 
 
40 
branca;Proteção contra cárie ao redor de braquetes ortodônticos. 
 
Paramono; 
Material para Desinfecção de Canal Radicular, Como 
medicação curativa intracanal, a sua utilização na 
concentração apresentada, demonstrou baixas 
reações texturais e não mostrou efeitos significativos 
sobre a síntese de proteínas, apresentando efeito 
antibacteriano de curta duração. 
Quantidades mínimas deste produto são bastante 
eficazes para a medicação de todo o canal radicular. 
A presença da nitrofurazona na fórmula de PARAMONOCLOROFENOL COM 
FURACIN, acentua a propriedade antiinfecciosa local. 
Tricresol: 
O TRICRESOL é usado como curativo de demora na câmara pulpar de dentes 
permanentes com necrose pulpar e preparo químico-mecânico incompleto do 
canal. Este medicamento propicia a desinfecção do canal, dando condições 
para reparar as lesões periapicais. 
- Menos tóxico que Formaldeído 
 
Formocresol; 
Utilizado como medicação curativa intracanal e em tratamentos 
endodônticos de dentes decíduos com a finalidade de mumificar o 
tecido pulpar 
 
 
Tartarite; 
Removedor de mancha Tartarite 
 
Bicarbonato de sódio; 
Utilizado para profilaxia bucal e remoção total da placa bacteriana 
 
 
41 
 
Cariostático; 
É uma solução que promove a remineralização do esmalte 
descalcificado e inibe o processo microbiano na placa dental, 
além da formação de complexos protéicos de prata na 
superfície do dente. Agente terapêutico capaz de paralisar o 
desenvolvimento de lesões cariosas. Utilizado também na 
prevenção de cáries secundárias, após restaurações a 
amálgama ou blocos fundidos, em fóssulas e fissuras e como 
dessensibilizador de dentina. Causa manchas escuras em cáries. 
 
 
Cimento cirúrgico; 
É um cimento que apresenta forma de pasta cirúrgica. Oferece 
uma proteção local segura para situações cirúrgicas, mantendo 
limpa a ferida. Excelente para adaptar fios de todos os tamanhos 
e espessuras. Sua superfície tem textura macia e permite a 
aplicação do produto rente aos dentes e a gengiva protegendo o 
local traumatizado. 
 
 
Dycal; 
Indicado para o capeamento pulpar e forramento protetor sob 
materiais restauradores, cimentos e outros materiais de base. 
Biocompátivel, não contém eugenol e não inibe a presa de 
resinas autopolimerizáveis ou fotopolimerizáveis. Tem 
coloração semelhante à dentina. Fácil de misturar. 
 
Anestésicos 
Indicado para procedimentos intermediários, quando se 
necessita de controle prolongado da dor, apresentando pouca 
ação hemostática. É indicado para a maioria dos pacientes. 
 
 
 
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Anestésico tópico; 
Indicado como anestésico na mucosa oral previamente à 
anestesia infiltrativa e ainda em procedimentos clínicos como 
tomada de impressões, radiografias, posicionamento de próteses 
e remoção de tártaro dental. 
Agulha Gengival 
Usadas para anestesia infiltrativa 
 
 
Dessensibilizante; 
É indicado no tratamento de dentes com sensibilidade 
 
 
Cimento endodôntico; 
É indicado para obturação de canais radiculares. 
 
 
Cones guta; 
Desenvolvidas para atuarem como cones acessórios nas

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