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O LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO 
APRENDIZAGEM 
Ameri Loreni Envall Cruz 
Dyulle Duarte Ribeiro 
envall.ameri@gmail.com 
dyulle_mbi@hotmail.com 
 
Resumo: 
Esta pesquisa é resultado de estudos decorrentes no processo de graduação e de diversas 
observações realizadas sobre a educação cujos questionamentos foram levantados e um 
deles foi: por que as crianças apresentam dificuldades em diversas áreas de 
conhecimento, especificamente em ler, escrever e interpretar. O objetivo desta 
monografia visa observar alguns tópicos que nortearam esta análise bibliográfica; por que 
as crianças brincam e de que forma? Qual a relação do lúdico no processo de ensino e 
aprendizagem. E como o lúdico, por meio da formação do educador, interfere neste 
processo. Inclui um vasto estudo teórico a respeito das estratégias voltadas para o 
conceito histórico de criança, concepção sobre o cuidar, fundamentos sobre as 
instituições escolares e aborda o tema principal sobre conceitos de ludicidade e 
estudiosos que defendem este novo prazer lúdico como um de diversos instrumentos que 
podem ser contextualizados e que influenciam no desenvolvimento cognitivo e social dos 
educandos, agindo de forma dinâmica na relação de educandos e educadores no processo 
de ensino e aprendizagem. Viram-se atividades nas quais foram observados conteúdos 
que envolvessem as brincadeiras lúdicas e que confirmam que as crianças aprendem com 
mais facilidade brincando. No entanto, a ludicidade ajuda no aprimoramento da 
educação, pode ser crítica e criativa, de acordo com a demanda e realidade da sala de aula 
e, junto ao educador, desenvolve possibilidades que permitam aos educandos a 
experimentar situações que interferem no ensino bem como a importância de um 
educador mediando esta relação de ensino e aprendizagem com a ludicidade. 
Palavras-chave​: criança, escola, prazer, lúdico. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A palavra Lúdica vem do latim Ludus, que significa jogo, divertimento, gracejo, 
escola. Este brincar também se relaciona à conduta daquele que joga que brinca e se 
diverte. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do 
indivíduo: seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo. Na história de 
nosso desenvolvimento, sabemos que o ser humano tem recebido inúmeras designações: 
Homo Sapiens, porque possui como função o raciocínio para aprender e conhecer o 
mundo; Homo Faber, porque fabrica objetos e utensílios; e, Homo Ludens porque é 
 
capaz de dedicar-se às atividades lúdicas, ou seja, ao jogo. Pode-se dizer que o ato de 
jogar é tão antigo quanto à própria humanidade. Jogar é uma atividade natural do ser 
humano. Através do jogo e do brinquedo, o mesmo reproduz e recria o mundo a sua 
volta. 
​A sociedade contemporânea ocidental vem sendo, movida pelo interesse, pela 
instrumentalização do humano, pela negação do ócio e pelo controle mercantil sobre a 
produção e reprodução de bens materiais. Nesse mesmo modelo social, alegria e 
ludicidade presentes na vida comunitária e, particularmente, no brincar, acabam sendo 
vistos como “irrelevantes” e caracteriza-se como um jogo de passatempo. 
Esta pesquisa visa relatar os dados obtidos pelas observações sobre a importância 
do lúdico no primeiro ano do ensino fundamental relacionado com o ensino e 
aprendizagem. Essa ludicidade é um assunto que tem conquistado espaço no panorama 
nacional, principalmente na educação, por ser um brinquedo a essência da infância e seu 
uso permitirem um trabalho pedagógico que possibilite a produção do conhecimento, da 
aprendizagem e do desenvolvimento. 
Cabe aqui, portanto, ao realizar essas reflexões, contribuir para subsidiar ações 
baseadas em elementos lúdicos no processo educativo, em especial, na sala de aula com 
as diversas áreas de conhecimento. 
O lúdico pode trazer à aula um momento de felicidade, seja qual for a etapa de 
nossas vidas, acrescentando leveza à rotina escolar e fazendo com que o aluno registre 
melhor os ensinamentos que lhe chegam, de forma mais significativa​. 
[...] no processo de educação também 
cabe ao mestre um papel ativo: o de 
cortar, talhar e esculpir os elementos do 
meio, combiná-los pelos mais variados 
modos para que eles realizem a tarefa de 
que ele, mestre, necessita. Deste modo, o 
processo educativo já se torna 
trilateralmente ativo: é ativo o aluno, é 
ativo o mestre, é ativo o meio criado 
entre eles. (Baquero, 2000. p.27) 
E por que o professor deve proceder assim? Porque ele compreende que o aluno 
construirá algum conhecimento novo a partir da Problematização de suas ações. O aluno 
 
precisa agir cognitivamente, assimilar o que lhe for interessante, significativo; para que 
o aluno. . 
A prática de atividades lúdicas em sala de aula é uma forma gostosa de ser 
desenvolvida, em que a criança sente prazer e se diverte com as atividades e agregue 
cada vez mais conhecimentos. Com esse intuito o trabalho trás a seguinte indagação: 
Como está o desenvolvimento do lúdico no processo de ensino- aprendizagem? Qual a 
percepção dos alunos sobre as atividades lúdicas? Como os professores analisam o 
desenvolvimento das atividades lúdicas em sala de aula? 
Tendo a compreensão sobre a importância da prática lúdica, mostrou-se com a 
realização deste trabalho como incentivo para professores e diretores que atuam no 
ensino fundamental a adotarem ou investirem cada dia mais nessa prática que é tão 
importante para o ensino-aprendizado dos alunos. Além de informar atuantes na área de 
ensino sobre as atividades lúdicas, e leigos ou mal informados sobre o assunto, de como 
são desenvolvidas as atividades lúdicas em sala de aula e da sua relevância para a 
agregação de conhecimentos para as crianças e da sua prática nas escolas. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
Para a prática do lúdico, em sala de aula, nas séries iniciais do Ensino 
Fundamental é necessário o educador conhecer as fases do desenvolvimento infantil, 
segundo Piaget, para que possa desenvolver brincadeiras de acordo com o estágio de 
desenvolvimento cognitivo da criança. Desta forma, terá êxito em suas atividades e as 
crianças estarão desenvolvendo todas as suas potencialidades. 
Entendendo que a ludicidade e a criança caminham juntas desde o momento em 
que se fixa a imagem da mesma como um ser que brinca. Portadora de uma 
especificidade que se expressa pelo ato lúdico, à infância carrega consigo as 
brincadeiras que se perpetuam e se renovam a cada geração. 
O homem, muitas vezes, nasce de uma brincadeira. Começa um jogo de 
sedução e logo a gravidez aparece. Quando nasce, o bebê faz um jogo de lágrimas e 
sorrisos para demonstrar seu desconforto ou felicidade, induzindo a mãe a satisfazer 
seus instintos primários, como fome e sede. Durante todas as fases a vida, a brincadeira 
está presente. O indivíduo está sujeito às influências do meio no qual ele vive e na 
 
relação de causas e efeitos desenvolve, nãoapenas aquilo que possui no interior do seu 
ser, mas também absorve o que está fora. A criança vive num mundo de experiências e 
mutações constantes, entre aquilo que ainda é e o que poderá vir a ser. A escola, a aula, 
o professor possuem caráter de imensa importância na formação deste novo mundo e, 
ainda, na recuperação de universos perdidos entre drogas e violências. O lúdico em sala 
de aula é ingrediente importante para socialização, observação de comportamentos e 
valores. 
O lúdico pode trazer à aula um momento de felicidade, seja qual for a etapa de 
nossas vidas, acrescentando leveza à rotina escolar e fazendo com que o aluno registre 
melhor os ensinamentos que lhe chegam, de forma mais significativa. 
No processo de educação também cabe ao mestre um papel ativo: o de cortar, 
talhar e esculpir os elementos do meio, combiná-los pelos mais variados 
modos para que eles realizem a tarefa de que ele, mestre, necessita. Deste 
modo, o processo educativo já se torna trilateralmente ativo: é ativo o aluno, 
é ativo o mestre, é ativo o meio criado entre eles (BAQUERO, 2000. p.27). 
E, por que o professor deve proceder assim? Porque ele compreende que o aluno 
construirá algum conhecimento novo a partir da Problematização de suas ações. O aluno 
precisa agir cognitivamente, assimilar o que lhe for interessante, significativo; para que 
o aluno responda as questões provocadas pela acomodação deste material e, por fim, se 
realize a reflexão, a partir de perguntas levantadas pelos alunos e pelo professor. 
Pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso 
para a aprendizagem das crianças, em todo o 
lugar onde se consegue transformá-lo em 
iniciativa de leitura ou ortografia, observa-se que 
as crianças se apaixonam por essas ocupações 
antes tidas como maçantes (WADSWORTH, 
1977. p. 14-31). 
As aulas lúdicas devem ser bem elaboradas, com orientações definidas e 
objetivos específicos. Se o professor apenas “brincar” com estes alunos, não transmitirá 
conteúdo e possivelmente perderá o rumo da aula. A atividade intelectual não pode ser 
separada do funcionamento total do organismo. O corpo e o aprendizado intelectual 
 
fazem parte de um todo, através do qual o aluno irá compreender o meio, trocar 
informações e adquirir experiências. 
As brincadeiras em sala de aula devem servir como orientação para posturas 
comportamentais, por exemplo. Brinca-se ensinando valores e, após, usa-se este 
momento mais tranquilo para explicar o conteúdo que estudaremos nesta aula e a 
relação disto com a brincadeira anterior. O aluno vai relacionando, montando esquemas, 
formando seus próprios arquivos, que à medida que se desenvolvem, tornam-se mais 
generalizados e mais maduros. 
A ludicidade pode ser usada para deixar este aluno adolescente “em estado de 
alerta”, pronto para receber informações, e o professor deve dispor da convicção de que 
isso é possível. Um professor que não acredite na ludicidade como método de trabalho 
pode se perder no discurso, dificultando o acesso ao conhecimento ao invés de facilitá- 
lo. Ao mestre não cabe apenas despertar o aprendente através de brincadeiras, mas 
ajudá-lo a construir efetivamente seus conhecimentos. O professor deve usar 
aludicidade como importante fator de mediação e integração do aluno com a realidade; 
o aluno não aprende somente na escola. Se o conteúdo não for assimilado, pelo menos 
em parte, e não for ligada a nenhuma estrutura cognitiva, cairá no esquecimento, não 
terá nenhuma relevância. Segundo Cardoso (1977, p. 27), 
O professor deve provocar o aluno a pensar, criar situações para interação, 
solicitar que ele acompanhe a construção do conhecimento com uma aula lúdica, porém 
o mais próxima possível da sua realidade, porque assim ficará mais fácil para este 
estudante identificar, investigar e resolver o problema. Pode parecer contraditório, mas é 
através do lúdico (brincar) e da realidade (razão) que o professor pode construir 
situações de Problematização que serão desencadeadoras de conhecimentos. Ele não 
pode elaborar respostas para o aluno, mas deve colaborar para que isto aconteça dentro 
do sujeito aprendente, criando um ambiente interativo, de respeito mútuo e confiança, 
onde toda dúvida é importante e nenhuma pergunta é idiota. 
Devido a grande relevância das atividades lúdicas para o ensino- 
aprendizagem das crianças, vem a cada dia mais sendo inseridas no ambiente escolar. 
Com a expansão da Educação Infantil, o lúdico tem cada dia mais um papel 
 
fundamental em salas de aula, com a função primordial de facilitar o processo de 
ensino-aprendizado dos alunos. 
A teoria de Vygotsky apresenta a importância de o indivíduo relacionar-se com o 
meio em que vive através de brincadeiras, pois desta forma estará vivenciando situações 
sociais que o ajudarão a tornar-se um indivíduo mais seguro. O professor das séries 
iniciais precisa conhecer esta teoria para que possa orientar as crianças durante as 
atividades lúdicas, considerando o seu contexto sócio-cultural. 
Esses estágios são: sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto e o 
operatório formal. É fundamental que se conheça esses estágios do desenvolvimento 
infantil descritos por Piaget para que os educadores possam desenvolver atividades 
lúdicas coerentes com o nível de desenvolvimento intelectual da criança. Serão 
apresentados todos os estágios, embora os primeiros não correspondam à idade escolar 
da criança em estudo. Mas acredito que para melhor compreensão dos estágios a qual 
necessito para o foco de análise é importante ter claro esse desenvolvimento desde o 
princípio. 
Apesar da maioria dos cursos de formação não contribuírem muito no sentido de 
preparar o professor para a prática lúdica, este deverá estar sempre aberto a buscar 
caminhos para a incorporação dessa prática em sala de aula, reconhecendo-se como 
peça chave na concretude do lúdico no contexto educacional. 
As atividades lúdicas são fundamentais para o ensino-aprendizagem dos alunos. 
Entretanto, o que poucas pessoas sabem é que as crianças aprendem e se nos 
desenvolvem mais amplos sentidos por meio das brincadeiras e atividades lúdicas 
(PINHO; SPADA 2007, p. 1-2). 
METODOLOGIA 
Esta pesquisa é de caráter exploratório, adotando como procedimento técnico 
a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, uma vez que foram realizadas 
entrevistas com os educadores assim como procurou compreender suas habilidades 
quanto à utilização do lúdico como ferramenta para o ensino- aprendizagem. 
Os motivos pelo qual escolheu a pesquisa exploratória é que nesta pesquisa 
buscou descobrir como são realizadas as atividades lúdicas nas escolas municipais 
 
do ensino fundamental, além de saber a percepção dos professores e alunos ao 
desenvolverem as atividades lúdicas em sala de aula. 
Sobre a pesquisa exploratória Gil (2002, p. 41) ressalta que, pode-se dizer queestas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a 
descoberta de intuições. Foram adotados dois procedimentos técnicos, a pesquisa 
bibliográfica que foi utilizada para explanar sobre o tema, dar embasamento teórico, 
e ainda confiabilidade ao assunto abordado e as afirmações feitas ao decorrer do 
trabalho. E a pesquisa de campo, pois foi necessário comparecer nas escolas 
municipais para realizar a entrevista com os professores e diretores. 
3.1 Participantes 
O presente trabalho foi desenvolvido em uma Escola de Rede Pública Municipal, 
onde direcionamos nossa pesquisa para alunos de 2ª ano das séries iniciais do Ensino 
Fundamental. 
Os sujeitos participantes foram alunos e professores do 2° ano da rede municipal 
de ensino. Este trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfico, bem 
como observação em sala de aula, observando o desempenho do professor regente. 
3.2 Instrumentos de construção de dados 
A coleta de dados foi realizada a partir da elaboração e posteriormente aplicação de 
um questionário composto por dez questões, sendo todas subjetivas. 
A pesquisa caracterizou-se em buscar informações juntamente com todos os 
professores, do segundo ano, sobre as suas compreensões relacionadas à utilização das 
atividades lúdicas, sendo assim a entrevista se caracterizou por quantitativa. 
Os questionários foram entregue em uma escola municipal totalizando quatro 
professores que atuam​ ​ na escola do ensino fundamental do município de Mambai-Go 
3.3 Procedimentos de construção de dados 
​Foram aplicados questionários com quatro professores que atuam na escola 
municipal de ensino fundamental. 
 
O questionário foi composto por questões subjetivas, para que os entrevistados 
pudessem expressar da melhor maneira como o lúdico é trabalhado em salas de aula e 
suas abrangências sobre como influenciam no ensino- aprendizagem dos alunos. 
3.4 Procedimentos de análise de dados 
​Foi realizada a coleta de dados através da aplicação de questionário 
semiestruturado seguido da observação da atuação dos professores em sala de aula, foi 
notado que os educadores têm favorecido a aplicação de atividades alternativas, pois a 
maioria dos professores acredita que o lúdico favorece a aprendizagem porque o aluno 
aprende brincando e assim fixa mais rápido o conteúdo que foi transmitido em sala de 
aula. Somente uma educadora que relata que não faz atividades lúdicas, que prefere o 
método tradicional. Percebe-se que a mesma não se preocupa em inovar. 
 
4. RESULTADOS e DISCUSSÃO 
Tendo em vista que neste questionamento o entrevistado poderia expressar sua 
resposta em mais de uma opção, de um universo de sete respostas, relacionado quanto 
às dinâmicas mais utilizadas em sala de aula, a opção trabalho em grupo apresentou os 
aproximados 40% das escolhas. Dinâmicas mais utilizadas nas escolas segundo a 
pesquisa aplicada. Trabalhar em grupo com os alunos do ensino fundamental é 
importante, pois este tipo de atividade contribui para que o aluno aprenda a interagir 
com os demais colegas. Desta forma, este tipo de interação almeja a realização de 
trabalhos acadêmicos com maior qualidade assim como possibilita a melhora no senso 
de interpretação, sendo este quesito de caráter preocupante atualmente. Rago (2009, 
p.123) ressalta que este tipo de dinâmica favorece para os avanços cognitivos e 
psicomotores que as crianças obtêm, sendo trabalhado em um contexto grupal, 
ampliando o seu aprendizado para as questões afetivas e as relações sociais. 
Já para a opção música, pode-se constatar que aproximadamente 25% das 
alternativas foram destinadas para esta opção. Este tipo de dinâmica também faz parte 
no desenvolvimento da aprendizagem, sendo este um instrumento de grande 
importância para a interatividade acadêmica como brincadeiras, facilitando a 
 
compreensão assim como contribuindo para que o aluno possa levar este aprendizado 
para sua vida. 
Quanto ao uso da gincana, os aproximados 12% das opções das escolhas 
fizeram uso desta dinâmica, pois através dela os acadêmicos podem exercer vários tipos 
de atividades, marcando pontos para motivar e incentivá-los nas brincadeiras. 
Na opção de desenho, aproximadamente 20 % das opções de escolha foram 
atribuídas pelos entrevistados a essa alternativa. Esta alternativa é interessante por 
deixar o educando a vontade no sentido de se expressar, e desta forma pode-se 
interpretar através de sua expressividade no desenho a forma ao qual ele vê os membros 
de sua família assim como ele interpreta as coisas ao seu redor. 
Para a opção de seminários, aproximadamente 5% do total das alternativas 
optaram por este método. Sendo esta uma metodologia em que é conferida ao aluno 
uma maior responsabilidade assim como promove o incentivo de seu amadurecimento 
como cidadão. Quando questionados quanto à reação dos alunos ao desenvolverem 
atividades lúdicas, a opção os alunos participam entusiasmados foi a que mais se sobre 
saiu, representando aproximadamente 96 % dos docentes entrevistados. 
Reação dos alunos ao desenvolverem atividades lúdicas. Segundo os mesmos, os 
alunos participam entusiasmados das atividades lúdicas, pois as crianças desenvolvem 
estas atividades com muito prazer, e os jogos ​25 e as brincadeiras faz parte do aprender. 
A utilização de brincadeiras e jogos no processo pedagógico faz despertar o gosto pela 
vida e leva as crianças a enfrentarem os desafios que lhe surgirem. Para Matos (2013, p. 
134) é através do lúdico que o educador pode desenvolver atividades que sejam 
divertidas e que, sobretudo ensine os alunos a discernir valores éticos e morais, 
formando cidadãos conscientes dos seus deveres e de suas responsabilidades [...]. A 
criança quando participa de jogos e brincadeira, ela entra sabendo que será uma disputa, 
e que com certeza ela vai entrar, para ganhar, ou perder, o nome já diz “jogo” e que a 
regra do jogo faz parte da vida. 
Já na opção parte da turma participa, participam desanimados e não participam 
ninguém opinou, pois os professores relataram que todos interagem, não havendo 
 
crianças que durante as atividades lúdicas fiquem sem realizá-las. Enquanto que 
aproximadamente 3 % não souberam ou não opinou, isso mostra o quanto os 
professores, em sua minoria, podem não saber da utilização das brincadeiras para o 
ensino aprendizagem. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Essa pesquisa buscou identificar como as atividades lúdicas contribuem para o 
processo de ensino-aprendizagem em uma escola municipal do ensino fundamental do 
município de Mambai- GO. A partir da metodologia utilizada foi possível identificar 
como os professores do ensino fundamental veem a prática de atividades lúdicas no 
processo de ensino- aprendizagem, além de observar como os alunos se desenvolvem 
com essas atividades em sala de aula e como praticam. 
Através do questionário e das respostas obtidas, segundo os entrevistados adinâmica mais utilizada nas escolas foi o trabalho em grupo, que os alunos participam 
entusiasmados quando são propostas atividades lúdicas para eles desenvolverem. A 
prática de atividades lúdicas ocorre na maioria das vezes semanalmente, e a participação 
dos alunos na realização de atividades lúdicas tem sido assídua. Os alunos participam 
com melhor desempenho das atividades envolvendo jogos. 
Os professores acreditam que com a prática de atividades lúdicas em sala de aula 
é possível se obter desenvolvimento dos alunos, e ainda afirmam que as atividades 
lúdicas são indispensáveis na aprendizagem dos alunos. Segundo os professores alguns 
alunos gostam, parcialmente, de algum tipo de brincadeira solitária e uma reação 
diferente que os alunos podem apresentar quando desenvolvem brincadeiras imaginárias 
é a agressividade. 
Os professores afirmaram que é a partir das atividades lúdicas a criança grava 
em seu imaginário e levam consigo para a vida inteira o que aprendeu, e que praticando 
brincadeiras com os alunos eles se desenvolvem e aprendem com mais facilidade. A 
prática de atividades lúdicas normalmente ocorre nas salas de aula e no pátio da própria 
escola. 
 
Nas escolas entrevistadas os profissionais sabem trabalhar o lúdico em sala de 
aula. E que os alunos são organizados ao iniciarem e encerrarem as brincadeiras 
propostas, e, além disso, a escola recebe incentivo para desenvolver as atividades 
lúdicas. Contudo os professores reconhecem a importância das atividades lúdicas no 
processo de ensino-aprendizagem, que essas atividades são desenvolvidas nas escolas, 
sendo nas próprias salas de aula ou no pátio, que as crianças ao desenvolverem esse 
tipo de atividade participam entusiasmados, e que os professores estão preparados para 
trabalhar o lúdico em sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
Referencias: 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34. 
ed. Coleção Leitura. São Paulo: Paz e Terra, 1994. 
SANTOS, S. M. P. dos (organizadora). O Lúdico na Formação do Educador. 
Petrópolis: Editoras Vozes, 1997. 
TERESA. Utilização do lúdico em sala de aula. Pós-graduando. Disponível em: 
http://www.posgraduando.com/guia/utilizacao-do-ludico-em-sala-de-aula.

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