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Apostila eletrônica_Apicultura Básica

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Apicultura básica 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA ELETRÔNICA
Ediney de Oliveira Magalhães - Msc
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apicultura Básica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração: 
 
Ediney de Oliveira Magalhães 
Eng. Agrônomo – MSc 
 
Ivana Leite Borges 
Eng. Agrônoma 
 
Joelson Virginio Orrico da Silva 
Eng. Agrônomo – MSc 
 
Danilo Viana Magalhães 
Graduando em Eng. Agronômica - UFRB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
O guia prático APICULTURA BÁSICA possui 
informações para quem quer iniciar na apicultura. Traz 
informações sobre Biologia e comportamento das abelhas, 
Anatomia e fisiologia, família, comunicação das abelhas, 
enxameação, materiais apícolas, equipamentos de 
beneficiamento, localização e instalação do apiário, bem como 
produtos das abelhas. 
As informações contidas neste trabalho são mais uma 
ferramenta que o produtor pode dispor para iniciar a atividade 
apícola. 
 
 
 
 
CONTEÚDO 
 
1 - BIOLOGIA E COMPORTAMENTO DAS ABELHAS ...... 01 
1.1 - Origem das Abelhas ................................................. 01 
1.2 - Histórico da Apicultura ............................................. 01 
1.3 - Introdução da Apis mellifera no Brasil ...................... 02 
1.4. - Classificação Zoológica........................................... 04 
2 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS ABELHAS .................. 05 
2.1. -Morfologia Externa ................................................... 05 
2.2 - Morfologia interna .................................................... 07 
3 - A FAMÍLIA DAS ABELHAS ............................................ 08 
3.1 - Rainha ...................................................................... 09 
3.2 - Operárias ................................................................. 11 
3.2.1 - Período de Desenvolvimento das Operárias ..... 12 
3.2.2 - Atividades das Operárias .................................. 13 
3.3 - Zangão ..................................................................... 14 
4 - COMUNICAÇÃO DAS ABELHAS .................................. 15 
5 - ENXAMEAÇÃO .............................................................. 16 
6 - MATERIAIS APÍCOLAS ................................................. 17 
6.1 - Fumegador ............................................................... 17 
6.2 - Formão de Apicultor ................................................. 19 
6.3 - Vassoura ou espanador apícola ............................... 19 
6.4 - Vestimentas ............................................................. 20 
6.5 - Colméia .................................................................... 23 
7 - EQUIPAMENTOS DE BENEFICIAMENTO .................... 30 
8 - LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DO APIÁRIO ............. 36 
8.1 - Tipos de Apiário ....................................................... 39 
8.1.1 Apiário Fixo ......................................................... 39 
8.1.2. Apiário Migratório ............................................... 41 
9 - PRODUTOS DAS ABELHAS ......................................... 44 
9.1 – Mel .......................................................................... 44 
9.2 – Própolis ................................................................... 45 
9.3 - Geléia Real .............................................................. 45 
9.4 – Pólen ....................................................................... 46 
9.5 - Veneno de Abelhas .................................................. 46 
10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................. 47 
Apicultura básica 
1 
 
1 - BIOLOGIA E COMPORTAMENTO DAS ABELHAS 
 
 
1.1. - Origem das Abelhas 
 
As abelhas são descendentes das vespas que deixaram 
de se alimentar de pequenos insetos e aranhas para 
consumirem o pólen das flores quando essas surgiram, há cerca 
de 135 milhões de anos. Somente 2% das espécies de abelhas 
são sociais e produzem mel. Entre as espécies produtoras de 
mel, as do gênero Apis são as mais conhecidas e difundidas. 
 
1.2. - Histórico da Apicultura 
 
Pesquisas arqueológicas mostram 
que as abelhas sociais já produziam e 
estocavam mel há 20 milhões de anos, 
antes mesmo do surgimento do homem na 
Terra, que só ocorreu poucos milhões de 
anos atrás. A palavra colméia vem do grego, 
pois os gregos colocavam seus enxames em recipientes com 
forma de sino feitos de palha trançada chamada de colmo. Em 
1851, o Reverendo Lorenzo Lorraine Langstroth verificou que as 
abelhas depositavam própolis em qualquer espaço inferior a 4,7 
mm e construíam favos em espaços superiores a 9,5 mm. A 
medida entre esses dois espaços Langstroth chamou de 
"espaço abelha", que é o menor espaço livre existente no 
Apicultura básica 
 
2 
 
interior da colméia e por onde podem passar duas abelhas ao 
mesmo tempo. Essa descoberta simples foi uma das chaves 
para o desenvolvimento da apicultura racional. 
 
 
 
1.3. - Introdução da Apis mellifera no Brasil 
As abelhas da espécie Apis mellifera foram introduzidas 
no Brasil em 1840, oriundas da Espanha e Portugal, trazidas pelo 
Padre Antônio Carneiro. Em 1845, imigrantes alemães 
introduziram no Sul do País a abelha Apis mellifera mellifera. 
Entre os anos de 1870 a 1880, as abelhas italianas, Apis 
mellifera ligustica foram introduzidas no Sul e na Bahia. 
Em meados de 1950, a apicultura sofreu um grande baque 
em razão de problemas com a sanidade em função do 
surgimento de doenças e pragas, o que dizimou 80% das 
colméias do País e diminuiu a produção apícola drasticamente. 
Diante desse quadro, ficou evidente que era preciso aumentar a 
resistência das abelhas no País. 
Assim, em 1956, o professor Warwick Estevan Kerr 
(Figura 1) dirigiu-se à África, com apoio do Ministério da 
Agricultura, com a incumbência de selecionar rainhas de 
Lorenzo Lorraine Langstroth 
Apicultura básica 
 
3 
 
colméias africanas produtivas e resistentes a doenças. A 
intenção era realizar pesquisas comparando a produtividade, 
rusticidade e agressividade entre as abelhas européias, africanas 
e seus híbridos e, após os resultados conclusivos, recomendar a 
abelha mais apropriada às nossas condições. 
 
 
Figura 1. Ediney O Magalhães/ Prof. Warwick Estevan Kerr (direita) 
 
Dessa forma, em 1957, 49 rainhas foram levadas ao apiário 
experimental de Rio Claro para serem testadas e comparadas 
com as abelhas italianas e pretas. Entretanto, nada se concluiu 
desse experimento, pois, em virtude de um acidente, 26 das 
colméias africanas enxamearam 45 dias após a introdução. 
Apicultura básica 
 
4 
 
A liberação dessas abelhas muito produtivas, porém muito 
agressivas, criou um grande problema para o Brasil. Nesse 
período, nenhum animal foi mais comentado em livros, 
entrevistas, reportagens e filmes do que as "abelhas assassinas" 
ou "abelhas brasileiras", como eram chamadas. As "abelhas 
assassinas" eram consideradas pragas da apicultura e 
começaram a surgir campanhas para a sua erradicação, não só 
dos apiários, mas também das matas, com a aplicação de 
inseticidas em todo o País. Essa atitude, além de ser uma 
operação de alto custo, provocaria um desastre ecológico de 
tamanho incalculável. 
 
 
1.4. - Classificação Zoológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reino: Animal 
Filo: Arthropoda 
Classe: Insecta 
Ordem: Hymenoptera 
Subordem: Apocrita 
Superfamília: Apoidea 
Gênero: Apis 
Espécie: Mellifera 
Apicultura básica5 
 
2 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS ABELHAS 
2.1. - Morfologia Externa 
 
O corpo da abelha divide-se em cabeça (Figura 2), tórax 
e abdômen. 
Cabeça - encontram-se os órgãos sensoriais: um par de olhos 
compostos, três pequenos ocelos (olhos simples), um par de 
antenas e apêndices bucais (um par de mandíbulas, um par de 
maxilas, lábio e labro). Existem também algumas glândulas. 
 
 
 
 
 
1-olho composto 
2 e 4- artículos basais das maxilas 
3 e 5- artículos basais do lábio 
6- galea 
7- palpo maxilaris 
10- língua 
11- paraglossa 
12- palpi labeales 
13- maxilas 
15- labrum 
16- mandíbulas 
17- antena 
18- ocelos 
 
Figura 2. Parte da cabeça da abelha 
 
Apicultura básica 
 
6 
 
Olhos Compostos - São constituídos por milhares de pequenas 
unidades ou lentes chamadas omatídeos. Cada unidade capta 
uma pequena parte da visão do inseto, que o cérebro retém e 
converte numa imagem tipo mosaico. 
A abelha consegue distinguir cores que vão do ultravioleta ao 
laranja, mas não consegue distinguir o vermelho dos tons de 
cinzento. 
Ocelos - São três pequenos olhos distribuídos de forma 
triangular na parte frontal da cabeça, que servem para ver de 
perto. 
Antenas - São importantes órgãos sensoriais localizados na 
região frontal, ao centro, da cabeça. Nelas existem pequenos 
pêlos (órgãos sensitivos) que respondem a estímulos de tacto e 
olfato. Servem também para a comunicação entre indivíduos. 
Mandíbulas - As abelhas possuem um par, localizadas uma de 
cada lado da cabeça. São utilizadas para segurar e cortar, como 
no caso da cera, e transportar pólen para dentro da colméia ou 
detritos para fora dela. 
Tórax - é a região do meio do corpo e é composto por três 
segmentos. Em cada segmento existe um par de patas. 
Também as asas se encontram ligadas ao tórax. 
Abdômen - é composto por segmentos e é aqui que se 
encontram o sistema digestivo e reprodutor. Nesta região 
Apicultura básica 
 
7 
 
existem as glândulas produtoras de cera, cheiro (feromônio) e 
veneno (ejetado pelo ferrão). 
Ferrão - Encontra-se no interior da extremidade do abdômen 
quando não em uso. É uma estrutura de pôr ovos, modificada 
para produzir veneno, a qual se encontra só nas fêmeas. 
 
 
Figura 3. Ferroada da abelha 
 
2.2 - Morfologia interna 
Formada por: Sistema Nervoso, Sistema reprodutor, 
Sistema digestivo, Sistema circulatório, Sistema respiratório e 
Sistema excretor. 
Apicultura básica 
 
8 
 
3 - A FAMÍLIA DAS ABELHAS 
 
 
Conhecer as castas e suas diversas etapas de 
desenvolvimento e comportamento é fundamental para a criação 
de abelhas para qualquer tipo de exploração apícola. Em uma 
família de abelhas do gênero Apis, são conhecidos três tipos de 
indivíduos ou casta (Figura 4): A rainha, a operária e o zangão. 
O número de indivíduos em uma família de abelhas é 
variável de acordo com a época do ano e com a região. 
 
Figura 4. Operária, Zangão e rainha 
Apicultura básica 
 
9 
 
3.1 – Rainha 
 
 
 
 É a mãe de todos os indivíduos da colônia, portanto é 
responsável em transmitir aos seus descendentes as suas 
características. 
 Em situação normal em cada colméia só existe uma rainha 
que para ser fecundada realiza um ou mais vôos nupciais, 
podendo ser fecundada por vários zangões (10 a 20) em um 
único vôo, que se realiza com maior freqüência entre as 13 e 
17 horas, a uma altura de 08 a 20 metros do solo. 
 É fecundada sempre fora da colméia pelos zangões que ao 
sentirem o odor (feromônio) da princesa passam a persegui-la 
e ao alcançá-la realizam o acasalamento. 
 O vôo nupcial ocorre entre 9 e 12 dias de idade adulta da 
rainha. 
 Cinco a seis dias após a fecundação inicia-se a postura, 
podendo pôr de 1.500 a 2.000 ovos por dia, em condições de 
grande florada. 
 Os ovaríolos da rainha podem produzir um grande número de 
ovos, podendo chegar a um milhão ou mais durante a sua 
vida. 
 A rainha pode durar até 5 anos, no entanto, nas condições 
tropicais brasileira sua vida útil é de aproximadamente 1 ano. 
Apicultura básica 
 
10 
 
Período de Desenvolvimento da Rainha (dias) 
 Ovo - 3 Dias Larva - 5 dias 
 
 
Pupa - 7 dias 
 
 
A abelha rainha nasce com 15 dias 
 
 
Apicultura básica 
 
11 
 
3.2 - Operárias 
 
As abelhas operárias (Figura 5) são responsáveis por 
todas as tarefas dentro e fora da colméia, suas atividades vão 
obedecer a uma escala de trabalho que normalmente está 
associada com a idade do individuo e ao desenvolvimento das 
suas glândulas. 
 
Figura 5. Abelhas operárias. 
São indivíduos que não apresentam os órgãos 
reprodutivos completamente desenvolvidos, por terem nascidos 
em berços pequenos e não terem sido alimentados com geléia 
real. 
Apicultura básica 
 
12 
 
3.2.1 - Período de Desenvolvimento das Operárias 
 
 
 
Ovo Larva Pupa 
3 dias 5 dias 12 dias 
 
 
As operárias nascem com 20 dias 
 
 
Apicultura básica 
 
13 
 
3.2.2 - Atividades das Operárias 
 
Do 1
o
 ao 3
o
 dias de vida 
São abelhas faxineiras destinadas à limpeza da colméia, suas 
ruas, depósitos de mel e células para o nascimento de novas 
abelhas operárias, rainhas e zangões. 
Do 4
o
 ao 14
o
 dias de vida 
Desempenham a sua mais importante tarefa: preparar e cuidar 
da alimentação da rainha e das larvas, motivo pelo qual são 
batizadas de abelhas nutrizes. 
Do 14
o
 ao 21
o 
dias de vida 
São batizadas de abelhas engenheiras (Figura 6), por ser o 
período em que se dedicam à produção de cera e à construção 
dos favos. 
 
Figura 6. Abelhas engenheiras. 
Apicultura básica 
 
14 
 
Do 21
o
 ao 38
o
/42
o
 dias de vida 
Dão inicio a atividade de coleta de alimento no campo. 
 
 
 
3.3 - Zangão 
 
Estes correspondem aos indivíduos machos da 
comunidade (Figura 7). Não apresentam estrutura específica 
para o trabalho e sua função na colméia é fecundar a rainha. 
Atingem a maturidade sexual aos 12 dias de idade adulta e após 
fecundar a rainha morrem, por perderem partes dos seus órgãos 
sexuais, os quais ficam presos na genitália da rainha. 
 
Figura 7. Zangão 
 
Apicultura básica 
 
15 
 
4 - COMUNICAÇÃO DAS ABELHAS 
 
As operárias coletoras são capazes de informar os outros 
membros da colônia sobre a localização de um suprimento 
atrativo de coleta. 
Quando a coleta está localizada a até 25 metros da 
colônia, na sua volta ao ninho a coletora bem sucedida realiza 
uma “dança em círculo” na qual descreve uma série de círculo 
na superfície do favo, alternando entre sentido horário e anti-
horário a cada um ou dois círculos. A dança pode consistir em 
uma ou duas inversões, ou prosseguir até um máximo de 20. 
Quando algumas das abelhas que se encontram 
próximas são estimuladas pela dançarina, tocam-se com suas 
antenas e tentam acompanhá-la. A dançarina, a intervalo, 
interrompe sua dança para oferecer a estas recrutas potenciais 
uma gota do néctar que coletou. As coletoras recrutadas 
geralmente deixam o ninho dentro de 1 minuto ou pouco mais e 
procuram, em suas proximidades, coletas com odor correto. O 
recrutamento aumenta com a vivacidade e o vigor da dança e 
com a sua duração. 
Quando a coleta está localizada a 100 metros ou mais do 
ninho, a coleta bem sucedida realiza a “dança do requebrado”. 
A direção do alimento é dada pelo ângulo que a linha reta 
faz com a vertical; é igual ao ângulo entre a direção do alimento 
ea direção do sol, medidos a partir do ninho. 
Apicultura básica 
 
16 
 
5 - ENXAMEAÇÃO 
 
A enxameação (Figura 8) é fenômeno muito natural e 
espontâneo baseado no instinto de conservação da espécie e 
na expansão da mesma pelo mundo. 
Consiste na saída da colméia de todo o enxame ou parte 
do mesmo, no caso de criação de nova rainha. Nesse caso, a 
rainha velha parte com boa parte das operárias em diversas 
idades e zangões. 
 
Figura 8. Enxameação no campo. 
Dos fatores naturais o que mais comumente causa 
enxameação é a falta de espaço interno para a postura e 
depósito de alimento. 
Rainhas velhas, com pequenas produções de substância 
real (agregadora da colônia), também é fator estimulante à 
divisão de famílias. 
Apicultura básica 
 
17 
 
6 - MATERIAIS APÍCOLAS 
 
 
6.1 - Fumegador 
 
Equipamento constituído de tampa, fole, fornalha, grelha 
e bico de pato (Figura 9, 10 e 11). Tem a função de produzir 
fumaça, sendo essencial para um manejo seguro. O 
desenvolvimento desse fumegador, juntamente com outras 
técnicas de manejo foram fundamentais para a continuidade da 
apicultura no Brasil, pois viabilizou o manejo das abelhas 
africanizadas. 
 
Figura 9 - Partes que compõem um fumigador: 
Apicultura básica 
 
18 
 
 
Figura 10 - Fumegador montado. 
 
Figura 11 - Fumegador sendo abastecido com maravalha 
 
Apicultura básica 
 
19 
 
6.2 - Formão de Apicultor 
 
Utensílio de metal, com formato de espátula 
(aproximadamente com 20,0 cm de comprimento e 3,0 cm de 
largura) e uma das extremidades com leve curvatura (Figura 
12). É utilizado pelo apicultor para auxiliá-lo na abertura da caixa 
(desgrudando a tampa), remoção dos quadros, limpeza da 
colméia, raspagem da própolis de peças da colméia (tampa, 
fundo, etc.), remoção de traças, etc. 
 
Figura 12. Formão de Apicultor. 
 
6.3 - Vassoura ou espanador apícola 
O espanador é uma pequena vassoura de mão utilizada 
para remover as abelhas dos favos ou de outros locais sem 
machucá-las (Figura 13). Devem ser fabricadas de cerdas 
Apicultura básica 
 
20 
 
sintéticas (cores claras de preferência), pois as cerdas naturais 
têm odor muito forte, irritando as abelhas. 
 
Figura 13. Vassoura apícola. 
 
6.4 - Vestimentas 
O uso da vestimenta apícola pelo apicultor é condição 
essencial para uma prática segura. Composta de macacão, 
máscara, luva e bota, apresenta algumas características 
específicas: 
Macacão: Deve ser de cor clara (cores escuras podem irritar as 
abelhas), confeccionado com brim (grosso) ou materiais 
sintéticos (nylon, poliéster, etc.). Pode ser inteiriço ou composto 
de duas peças (calça e jaleco), com elásticos nas extremidades 
(pernas e braços), tendo a máscara já acoplada ou não. Os 
modelos que têm a máscara separada necessitam de chapéu 
(de palha); outros mais modernos dispensam o seu uso. 
Recomenda-se que o macacão esteja bem folgado, evitando o 
Apicultura básica 
 
21 
 
contato do tecido com a pele do apicultor. Atualmente, existem 
no mercado vários modelos que agregam inúmeras soluções 
que facilitam o manejo (áreas maiores de ventilação, local que 
permita a ingestão de líquidos, materiais mais resistentes, etc.). 
 
Mascara: Deve ser de cor clara, com visor preto para dar maior 
visibilidade e chapéu de palhas com aba dura tipo safári. 
 
Cartilha n°1 
Apicultura básica 
 
22 
 
Luva: Podendo ser confeccionada com diversos materiais 
(couro, napa ou mesmo borracha), deve, entretanto, ser capaz 
de evitar a inserção do ferrão na pele, principalmente porque as 
mãos do apicultor são áreas muito visadas pelas abelhas. 
 
 
Bota: Deve ser de cor clara, de preferência cano alto, 
confeccionada em borracha ou couro. 
 
 
Apicultura básica 
 
23 
 
6.5 – Colméia 
As colméias são as peças fundamentais na prática de 
uma apicultura racional. O desenvolvimento de peças móveis 
(tampas, fundos, quadros, etc.) permitiu a exploração dos 
produtos apícolas de forma contínua e racional, sem dano para 
as abelhas. Existem vários modelos de colméias, entretanto, o 
apicultor deve padronizar seu apiário, evitando a utilização de 
diferentes modelos. Uma colméia racional é subdividida em: 
tampa, sobrecaixa (melgueira ou sobreninho), ninho e fundo e 
os quadros (caixilhos). A manutenção das medidas padrões 
para cada modelo também é essencial. 
Para a construção das colméias, recomenda-se uso de 
madeiras de boa qualidade (evite usar madeiras não liberadas 
pelo IBAMA), que garantam uma maior vida-útil para a caixa. A 
madeira deve estar bem seca, evitando posterior deformação. A 
espessura da tábua pode variar, desde que sejam respeitadas 
as medidas internas das colméias e externas dos quadros. 
O produtor poderá optar por usar na parte superior da 
colméia a melgueira ou o sobreninho. As caixas podem ser 
compradas ou feitas pelo apicultor e devem ser pintadas 
externamente com tinta de cor clara e de boa qualidade (látex), 
o que ajuda na conservação do material. Internamente, as 
colméias não devem ser pintadas. O modelo indicado pela 
Apicultura básica 
 
24 
 
Confederação Brasileira de Apicultura como padrão de colméia 
é o modelo Langstroth (Figura 14 e 15). Esta colméia idealizada 
por Lorenzo Lorraine Langstroth, em 1852, baseada nas 
pesquisas que identificaram o "espaço abelha". 
 
Figura 14 - Colméia Langstroth vista de frente. 
O espaço abelha é considerado uma das grandes 
descobertas da apicultura moderna e trata-se do espaço livre 
que deve haver entre as diversas partes da colméia, ou seja, 
entre as laterais e os quadros, quadros e fundo, quadros e 
tampa e entre os quadros. Esse espaço deve ser de, no mínimo, 
4,8 mm e, no máximo, 9,5 mm. Se menor, impede o livre transito 
das abelhas; se maior, será obstruído com própolis ou 
construção de favos. Na construção das colméias (Figura 16), o 
espaço abelha deve ser rigorosamente respeitado. 
Apicultura básica 
 
25 
 
 
 
Figura 15. Partes da colméia Langstroth: tampa (A), melgueira 
(B), ninho (C), fundo (D), Quadros de Ninho e Quadros de 
melgueiras (E) 
 
 
Figura 16 - Colméia em construção - As medidas das colméias 
devem ser respeitadas, evitando desta forma transtornos 
futuros. 
A 
B 
C 
D 
E 
Apicultura básica 
Apicultura básica 
 
26 
 
 
 
A prática apícola requer, ainda, outros utensílios e assessórios 
para as colméias usadas durante o transporte e manejo 
produtivo e de entressafra. 
 
Apicultura básica 
 
27 
 
Tela Excluidora: armação com borda de madeira e área interna 
de malha de metal ou plástico. Colocada entre o ninho e a 
sobrecaixa tem a finalidade de evitar o acesso da rainha nas 
sobrecaixas destinadas à produção de mel (Figura 17). 
 
Figura 17. Tela excluidora de madeira e malha de metal. 
 
Tela Excluidora de Alvado: com a mesma estrutura da tela 
excluidora de ninho, apresenta dimensões adequadas para ser 
encaixada no alvado com a finalidade de evitar a saída da 
rainha (enxameação). 
Apicultura básica 
 
28 
 
Tela de Transporte: utilizada para o transporte da colméia, 
podendo ser de dois tipos: a tela de encaixe no alvado e a tela 
para substituição da tampa. Esses assessórios (Figura 18) 
permitem a ventilação das colméias, sem que haja fuga das 
abelhas por meio da tela de "nylon" ou de arame com malha de 
dimensões inferiores ao tamanho das abelhas. 
 
Figura 18. Tela de transporte 
Redutor de Alvado: peça de madeira encaixada no alvado, de 
forma a reduzir o espaço livre.Pode ser utilizado em épocas de 
temperaturas mais baixas (facilita o trabalho das abelhas na 
termoregulação do ninho), períodos de entressafra (minimizando 
a possibilidade de saque por outras abelhas) e em enxames 
fracos (quantidade menor de abelhas), que têm mais dificuldade 
de defender a família; 
Apicultura básica 
 
29 
 
Alimentadores: equipamentos utilizados para a alimentação 
artificial de abelhas, possuindo vários modelos (Figuras 19 e 
20). 
 
 
Figuras 19 - Alimentador Bordman 
 
 
Figuras 20 - Alimentador de Topo 
Apicultura básica 
 
30 
 
7 - EQUIPAMENTOS DE BENEFICIAMENTO 
 
Centrífugas: são aparelhos destinados a fazer a coleta do mel, 
sem prejuízos dos favos, que depois de esvaziados, poderão ser 
devolvidos às colméias, para receberem nova carga. Os favos 
nos quadros são colocados na centrífuga (Figura 21) e através 
da força centrífuga (do centro para as extremidades) o mel é 
jogado contra as paredes internas do cilindro da centrífuga. 
 
 
 
Figura 21. Centrífuga utilizada para coleta do mel nos favos. 
Apicultura básica 
 
31 
 
Decantador: 
 
Figura 22. Decantador inox 
 
 
Figura 23 - Centrífuga inox 
Apicultura básica 
 
32 
 
Peneiras: A limpeza de pequenas sujidades como pequenas 
partículas de cera e pequenas impurezas, devem ser eliminados 
integralmente, por peneiras confeccionados em inox. 
 
 
Arame: utilizado para formação de uma base de sustentação e 
fixação da placa de cera alveolada. Deve ter espessura tal que 
permita leve tensionamento sem o seu rompimento, mas que 
não seja grosso demais, o que iria dificultar a fixação da cera. 
Normalmente se usa o arame nº 22 ou nº 24. Recomenda-se a 
utilização do arame de aço inox, mais resistente e de maior 
durabilidade que o arame comum de metal. 
 
Apicultura básica 
 
33 
 
Cera Alveolada: indispensável na criação de abelhas. Tem 
duas funções importantes: a) direcionar a construção dos favos, 
pelas abelhas, dentro dos quadros móveis e b) Economizar mel, 
já que as abelhas necessitam de 6 a 8 quilos de mel para 
elaborarem1 kg de cera, fazendo com que não percam tempo na 
construção dessa etapa, o qual a cera alveolada substitui. 
 
 
Esticador de Arame: trata-se de um suporte de metal (Figura 
24), onde o quadro é encaixado, com a finalidade de esticar o 
arame. Ferramentas como alicates (corte ou de bico) também 
podem auxiliar nesse procedimento ou mesmo realizá-lo 
plenamente, embora sem a mesma eficiência e praticidade do 
esticador. 
 
Figura 24 - Esticador de arame (A) e o quadro de melgueira (B). 
A 
B 
Apicultura básica 
 
34 
 
Carretilha de Apicultor: equipamento utilizado para fixação da 
cera no arame. É constituída de uma peça com empunhadura 
de madeira e parte de metal, com uma roda dentada na 
extremidade (Figura 25). 
 
Figura 25. Carretilha do apicultor. 
 
 
Figura 26. Aramador de madeira com carretilha manual 
Apicultura básica 
 
35 
 
Incrustador elétrico de cera: aparelho utilizado também para a 
fixação da cera no quadro, por meio do leve aquecimento do 
arame. É constituído de um suporte onde é fixada uma 
resistência (chuveiro) e fios para a condução da corrente 
elétrica, os quais possuem na extremidade dois terminais de 
fixação no arame (Figura 27). 
 
Figura 27 - Incrustador elétrico de cera. 
 
Limpador de Canaleta: utensílio de metal com extremidade 
curvada, usado para raspar a cera velha da canaleta do quadro, 
para incrustação de nova placa de cera. Outros equipamentos 
podem ser utilizados para a mesma finalidade, como facas, 
canivetes, etc., que podem ser úteis ao apicultor em outras 
situações (corte de placa de cera, de favo para captura de 
enxames, etc.). 
Apicultura básica 
 
36 
 
8 - LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DO APIÁRIO 
 
 
Antes da instalação de um apiário, uma série de estudos 
preliminares deve ser feitos para se poder analisar a viabilidade 
da implantação sem prejuízos posteriores. Dentre os aspectos a 
serem analisados citaremos os de maior importância 
Flora apícola: Daí parte a matéria prima do apicultor, portanto, 
é de fundamental importância a avaliação do potencial apícola 
da região e sua saturação, ou seja, da existência de apiários 
num raio menor que três quilômetros, pois como a abelha atua 
principalmente numa faixa de 1500 m. da colméia, essa é a 
distância mínima a ser respeitada para a instalação de novos 
apiários. 
Da vegetação local as abelhas vão retirar além de pólen 
e néctar resina para a produção de própolis. 
Apicultura básica 
 
37 
 
Número de colméias: No caso de iniciante é aconselhável que 
se comece com número reduzido de colméias (de cinco a dez 
colméias, no máximo) para se adaptar às abelhas e, depois, aos 
poucos, ir aumentado. 
 
 
Local para o apiário: Na instalação das colméias é necessário 
levar em conta: 
1 - As fontes de néctar - O néctar é a matéria prima, da qual 
depende diretamente a produção do mel e da cera. Portanto 
observe a floração da sua região. 
2 - Fonte de água - É essencial para o bom desenvolvimento 
das colônias. Locais com água parada devem ser evitadas, pois 
podem ser focos de doença. 
3 - Topografia - É necessário levarmos em conta que as 
abelhas voltam para as colméias carregadas, o que torna 
necessário a instalação do apiário abaixo ou no mesmo plano da 
fonte de alimento. 
Apicultura básica 
 
38 
 
 
4 - Altura média da caixa em relação ao solo - 50 cm do solo, 
o que previne contra os inimigos naturais (sapo, tatus etc.,). O 
ideal é a utilização de cavaletes individuais, distantes de dois 
metros um do outro, pelo menos. 
 
5- Acesso ao apiário - É fundamental o acesso a veículo para 
transporte de materiais e colméias. 
Apicultura básica 
 
39 
 
6- Luzes e vias públicas - As luzes atraem as abelhas durante 
a noite causando perdas ao apiário. 
7- Movimento - Além de prejudicar o desenvolvimento das 
abelhas pode despertar a sua agressividade. 
8.1 - Tipos de Apiário 
O apiário é um conjunto racional de colméias, 
devidamente instalado em local preferivelmente seco, batido 
pelo sol, de fácil acesso, suficientemente distante de pessoas e 
animais, provocando o confinamento das abelhas. Ele sofrerá a 
interferência de fatores do meio ambiente no qual está instalado, 
tais como: temperatura, umidade, chuvas, florações, ventos, 
pássaros predadores, insetos inimigos e concorrentes. 
O progresso do apiário dependerá, em grande parte, do 
meio ambiente no qual está instalado, onde vivem e trabalham 
as abelhas. Por isso, caberá ao apicultor, o correto manejo das 
abelhas, para obter resultados positivos no desenvolvimento do 
apiário. 
8.1.1 Apiário Fixo 
Um apiário fixo é caracterizado pela permanência das 
colméias durante todo o ano em um local previamente 
escolhido, onde as abelhas irão explorar as fontes florais 
disponíveis em seu raio de ação (aproximadamente 5 km, em 
média 1,5 km). 
Apicultura básica 
 
40 
 
Algumas diretrizes devem ser seguidas para que se 
possa garantir a segurança em relação a pessoas e animais, em 
função da presença de abelhas. É recomendável que o apiário 
seja cercado, podendo-se utilizar mourões de madeira e arame 
farpado, ou materiais que estejam disponíveis no local, como 
bambus, madeiras, etc. Esses materiais alternativos podem 
reduzir o custo de instalação da cerca, apesar de não terem a 
mesma durabilidade de uma cerca com arame (figura 28). 
 
Figura 28. Apiário fixo. 
Como as abelhas não são deslocadas, permanecendono 
apiário durante todo o ano, a escolha do local assume 
importância fundamental na manutenção das colméias e 
produtividade do apiário. 
Apicultura básica 
 
41 
 
8.1.2. Apiário Migratório 
 
É fundamentada na mudança de conjuntos de colméias 
(apiários) de uma região para outra acompanhando as floradas 
com vistas à produção de mel e para a prestação de serviços de 
polinização. 
Esse tipo de apiário deve atender à maioria das 
características de um apiário fixo, entretanto, é usado na prática 
da apicultura migratória, em que as abelhas são deslocadas 
(Figura 29) ao longo do ano para locais com recursos florais 
abundantes. Como a necessidade de deslocamento é freqüente, 
a maioria dos apicultores prefere não cercar esses apiários, o 
que acarretaria um aumento dos custos (já consideráveis em 
uma apicultura migratória) e de mão-de-obra para a instalação 
das cercas. 
 
Figura 29. Transporte das colméias. 
Apicultura básica 
 
42 
 
Outra característica que o difere do apiário fixo está 
baseada nos tipos de cavaletes utilizados (Figura 30). Pela 
necessidade de praticidade no transporte das colméias e do 
restante do material, os cavaletes utilizados devem ser 
desmontáveis ou dobráveis, diminuindo, dessa forma, o volume 
de carga a ser transportada e o tempo gasto na sua montagem 
e desmontagem. 
 
Figura 30. Colméias com cavaletes dobráveis em apiário móvel. 
 
Alguns apicultores ainda preferem a simples utilização de 
tijolos e caibros de madeira, para a construção de um suporte 
para as colméias. Apesar de esses cavaletes serem de fácil 
instalação, existem algumas desvantagens com relação ao 
manejo no caso das colméias serem dispostas em um mesmo 
Apicultura básica 
 
43 
 
suporte e pela falta de proteção contra formigas e cupins. A 
situação menos recomendável é aquela em que as colméias são 
dispostas em contato direto com o solo, sem a utilização de 
qualquer suporte, acarretando prejuízos tanto para o enxame 
como para a vida útil das caixas. 
Para o desenvolvimento desta modalidade de exploração 
altamente especializada, se torna necessária uma tecnologia 
adequada, complementada também por equipamentos 
apropriados para facilitar a manipulação das colméias, permitir 
fácil transporte e proporcionar a necessária resistência para os 
constantes deslocamentos das colméias. 
O surgimento de extensa área de culturas mecanizadas 
com derrubadas da vegetação nativa, para dar lugar a imensos 
reflorestamentos com essências florestais melíferas ou não, e 
ainda o perigo dos inseticidas para as abelhas pode ameaçar a 
sobrevivência futura da apicultura. A sobrevivência dependerá 
da migração para procurar novas fontes de alimento, como 
também, fugir com as colméias, quando da aplicação de 
inseticidas nas culturas próximas ao apiário. 
Apicultura básica 
 
44 
 
9 - PRODUTOS DAS ABELHAS 
 
9.1 - Mel 
 
O mel é um alimento energético, fortalece o organismo, 
facilita o trânsito intestinal e exerce efeitos positivos no combate 
à arteriosclerose a aos cálculos biliares. A elaboração do mel 
resulta de duas modificações sofridas pelo néctar: uma física, 
pela desidratação e eliminação da água; outra química pela 
inversão do açúcar composto em açúcar simples. Passando o 
néctar de papo em papo, o mesmo vai se tornando cada vez 
mais denso, porque o organismo das abelhas já absorve grande 
parte da água nele existente. 
Em sua composição encontramos: carbonatos, sulfatos a 
fosfatos associados ao ferro a ao cálcio: as variáveis porções de 
algumas vitaminas, a saber: B1 (tiamina), B2 (riboflavina), C 
(ácido ascórbico), B6 (piridoxina), ácido pantatênico a ácido 
nicotínico. 
 
Apicultura básica 
 
45 
 
9.2 - Própolis 
 
A própolis é uma substância resinosa preparada pelas 
abelhas para assepsia interna da colméia. A própolis tem ação 
bacteriostática, bactericida, antivirótica, antimicótica, 
antiinflamatória, cicatrizante, regeneradora tissular e 
bio-estimulante. 
 
9.3 - Geléia Real 
 
É um produto das abelhas conhecido há séculos, 
somente há pouco tempo o homem vem utilizando este 
poderoso alimento em favor do seu bem 
estar. Para as abelhas é a dieta das larvas 
jovens até o 3°dia de vida larvária e o 
alimento da rainha durante todo o seu ciclo 
vital. Corresponde à substância alimentar 
secretada pelas abelhas jovens de 04 a 14 
dias de idade, conhecidas por abelhas 
nutrizes. 
Apicultura básica 
 
46 
 
9.4 - Pólen 
 
O pólen é o elemento masculino de reprodução das 
plantas e se encontra nas anteras das flores. Originalmente é 
um pozinho de cor amarelada, facilmente levado pelo vento. 
Cada grãozinho microscópico é uma entidade biológica que 
contém tudo o que é necessário para a vida: proteínas, glicídios, 
sais minerais, vitaminas, hormônios, enzimas, etc. 
 
9.5 - Veneno de Abelhas 
O veneno de abelhas é um líquido transparente, com um 
odor de mel acentuado e de sabor amargo. De acordo com as 
pesquisas, pode-se dizer que as picadas de abelhas (quando 
não em grande número) determinam no organismo humano não 
somente uma imunidade ao veneno de abelhas, como também 
de certas doenças infecciosas. 
 
 
47 
 
10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Portaria nº367 .Regulamento técnico de identidade e qualidade 
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Portaria SIPA nº 006, de 25 de julho de 1985. Normas Higiênico 
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	2 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS ABELHAS

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