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Henry Wallon Foi uma vida marcada por intensa produção intelectual e ativa participação nos acontecimentos que marcaram sua época. Sua biografia nos apresenta o perfil de um homem que buscou integrar a atividade cientifica a ação social, numa atitude de coerência e engajamento. Formou-se na Escola Normal Superior em 1902 ano em que iniciou na docência, como professor de Filosofia. Entre 1903 e 1908 estudo Medicina em Paris, e, ao final do curso, defende sua primeira tese sobre delírio de perseguição. Ao longo de sua formação e atuação profissional, suas áreas de interesse foram Filosofia, Medicina, Psiquiatria e Psicologia. Como professor, discordava dos autoritários métodos empregados para controlar e disciplinar, bem como do patrulhamento clerical exercido sobre o ensino, o qual levava segundo suas palavras, ao obscurantismo e desconfiança. Durante esse período de guerra, como médico do exercito francês, teve a oportunidade de cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátrico e, ao lidar constantemente com ex-combatentes portadores de lesões cerebrais, pode rever seus estudos sobre lesões neurológicas em crianças deficientes. Com isso pode observar relações entre lesões orgânicas (neurológicas) e seus efeitos sobre os processos psíquicos. As crises sociais e as instabilidades políticas foram fundamentais para Wallon construir sua compreensão sobre funcionamento psicológico humano, pois serviram de estímulo para que ele organizasse suas ideias. Isso explica, em parte, a visão marxista de sua obra e porque que aderiu, no período anterior. Primeira Guerra, aos movimentos da esquerda e ao Partido Socialista. A proximidade da escola não foi somente uma adaptação a limitações circunstanciais, mas um recurso para ter acesso a criança contextualizada, isto é, inserida no seu meio. Essa proximidade possibilitou ainda, ao psicólogo, contato com as questões de educação. Em 1925, Wallon publicou sua tese de doutorado, A Criança Turbulenta. Inicia-se um período de intensa produção cientifica com livro voltados para a Psicologia da Criança. VIDA E OBRA DE HENRI WALLON 1879- Nasceu em Paris, Franca. 1902 formou-se em Filosofia aos 23 anos pela Escola Normal Superior. 1903-1908-Estudou Medicina em Paris. 1914 realizou pesquisas sobre psicopatologia, sendo estes estudos a base para posteriores investigações sobre funcionamento psicológico humano. 1914-1918 - Atuou como médico do exército Francês na Primeira Guerra Mundial, onde permaneceu vários meses na frente do combate, ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos, o que permiti observar a relação entre as lesões neurológicas e seus reflexos nos processos psíquicos. 1925 - Fundou o Laboratório de Psicobiologia da Criança, destinado a pesquisa e atendimento de crianças deficientes. Publicou sua tese de doutorado A Criança Turbulenta. 1929 ministrou conferencias sobre Psicologia da Criança como professor na Universidade de Sorbonne e em outras instituições de ensino superior. atuou como médico em 1931 Atuou como médico em instituições psiquiátricas e, nesse período, consolidou seu interesse pela Psicologia da Criança. Viaja para Mosco e é convidado para integrar o Círculo da Rússia Nova. 1935-Viajou para o Brasil 1937 a 1949 - leciona Psicologia e Educação no Colégio de Franca (berço da Psicologia francesa). Integrou a Sociedade Francesa de Pedagogia (1937 a 1962) 1939-1945 -Participou, na Segunda Guerra Mundial, do movimento de Resistência Francesa contra os alemães; foi perseguida pela Gestapo (policia nazista), vive clandestinamente e escreveu o livro Origem do Pensamento na Criança. 1944 a 1946 integra a Comissão do Ministério da Educação Nacional para reformulação do sistema de ensino francês. Torna-se vice-presidente do Grupo Frances de Educação Nova (1946-1962), instituição que ajudou revolucionar o sistema de ensino daquele país e da qual foi presidente de 1946 até sua morte. 1947-Participa do Projeto Langevin-Wallon projeto de reformulação do sistema de ensino Francês, que nunca foi implementado. 1948 lançou a Revista Ênfase, periódico que ainda hoje e utilizado como fonte de pesquisa por estudiosos na área da Psicologia do Desenvolvimento. 1962- Morre em Paris, Franca, aos 83 anos. Os conjuntos funcionais ou aspecto do desenvolvimento humano Conjunto Cognitivo: Racionalidade. Capacidades da Inteligência. Conjunto Físico-Motor: Envolve a movimentação, postura, a locomoção. Henri Wallon: O orgânico e o social e suas leis de desenvolvimento A relação entre organismo e meio constitui um para indissociavelmente complementar, colocando a disposições genéticas como potencial; somente irão se desenvolver se encontrarem possibilidades do meio que habita. Alternância Funcional (para si ou para o mundo) Alternância da Predominância (motor, afetivo e cognitivo se alternando mutuamente) Integração Funcional (todos funcionando integrado e ligados ao 4º Conjunto, a pessoa) Aprendizado para Wallon Wallon entende que aprender é diferenciar. Passamos do sincretismo para a diferenciação. Conjunto funcional afetivo ou afetividade Wallon entende afetividade como a disposição a capacidade de ser afetado pelo mundo interno e externo por sensações agradáveis ou desagradáveis, prazerosas o desprazerosas. A afetividade se manifesta em: Emoções: orgânica, primitiva, arrebatadora e ligada a todos sistemas posturais. Sentimentos: é uma emoção depois de ter a racionalizado misturada. Uma emoção cognitivizada. Paixão: trata-se do autocontrole cognitivo sobre emoções, tendo o poder de retardar a manifestá-la.
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