PSICOLOGIA DA GESTALT para mandar

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Psicologia da gestalt
Psicologia da gestalt
Psicologia da Gestalt surge no sec. 20- principais expoentes Wertheimer, Köhler e Kofka.
Postulado: Percebemos totalidades que são diferentes da soma das partes.
Psicologia da época: modelo positivista: filósofo Augusto Comte.
Filósofo Franz Brentano – psicologia do ato: noção de intencionalidade – Influenciou Husserl.
Psicologia da gestalt
Edgar Rubin: fenomenólogo dinamarquês, ex-aluno de Husserl: primeiro a afirmar que a percepção visual se organiza entre figura e fundo.
Psicologia da gestalt
Christian Von Ehrenfels – filósofo austríaco – afirma a qualidade perceptiva da forma que pertence a configuração e não a cada um de seus elementos ou mesmo a soma deles.
Uma gestalt ou configuração não se resume à simples soma das partes, nem mesmo a justaposição delas. Se qualquer parte for alterada, teremos uma configuração diferente.
Figura e fundo
A Psicologia da Gestalt afirma que nossa percepção se organiza pelo princípio de figura/fundo: percebemos totalidades e dependendo das circunstâncias, algo se destaca, torna-se mais proeminente, fica em primeiro plano – a figura, enquanto que o restante permanece em segundo plano – fundo.
Figura e fundo integram o que chamamos de Gestalt.
Figura e fundo não são fixas ou estáticas: elas se modificam, podem se alternar de acordo com as circunstâncias.
Figura e fundo
No trabalho clínico em Gestalt-Terapia nem terapeuta e nem cliente se dão conta de tudo que integra o fundo. Podem perceber parte do fundo, mas não sua totalidade.
História de vida da pessoa, suas experiências, seus conflitos, suas dificuldades, suas potencialidades podem ser consideradas como parte do fundo, embora não estejamos contato com isto o tempo todo.
Figura e fundo
É preciso considerar que o sentido da figura emerge da relação figura/fundo.
Não é a figura e nem o fundo em si mesmos que determinam o significado e sim a relação entre eles. É a relação figura/fundo que dá sentido à figura.
A psicologia da gestalt
Na época em que psicólogos da Gestalt estudavam fenômenos da percepção, Kurt Goldstein desenvolvia sua teoria organísmica – postulado da autorregulação organísmica.
Entre os fundadores da Gestalt-Terapia quem efetivamente estudou a Psicologia da Gestalt foi Laura Perls, esposa de Fritz Perls.
A psicologia da gestalt e fritz perls
Fritz Perls utiliza as idéias da Gestalt para compreender o fenômeno psíquico, afirmando que este, em sua totalidade, não pode ser entendido pelo estudo de suas partes – rompe com tradição causalista.
Importante destacar que para os gestaltistas não é que o todo é mais importante do que as partes, e sim que o todo é diferente da soma das partes.
A psicologia da gestalt e fritz perls
Em sua autobiografia Perls sublinha 4 aspectos considerados por ele os mais importantes da psicologia da Gestalt:
Idéia de situação inacabada.
O fato de que uma Gestalt é um fenômeno irredutível.
Figura e fundo.
Gestalt forte tem uma necessidade de se fechar.
Idéias da Gestalt Terapia estão mais próximas de Kurt Goldstein, Kurt Lewin, Bluma Zeigarnick do que as idéias originais de Wertheimer, Köhler e Kofka.
A psicologia humanista e a abordagem gestáltica
O humanismo na psicologia
Humanismo: movimento conhecido como terceira força.
Dimensão não consciente e comportamento observável do homem seriam apenas uma parte da realidade e não a totalidade.
Consideração pela dimensão consciente do homem.
Idéia de liberdade.
Influências no existencialismo e fenomenologia
Psicologia humanista e Gestalt
Por suas característica holística e pela influencia fenomenológico-existencial, a gestalt se enquadra nas teorias humanistas.
Gestalt-terapia chega ao Brasil na dec. De 60
Visão fenomenológico-existencial: atenção ao mundo vivido; ser humano como detentor de liberdade de escolha.
Volta a experiência imediata na Gestalt – base na fenomenologia: volta às coisas mesmas.
Psicologia humanista e Gestalt
Visão holística do humanismo: maior aproximação com a gestalt.
Crença na autonomia do homem para encontrar por si mesmo a melhor alternativa para suas dificuldades; crença na auto-regulação.
Sai do individualismo auto-centrado. Importância da apreensão do não-dito.
Gestalt-terapia
A escuta do terapeuta visa a awareness para abrir ao cliente suas próprias possibilidades dialógicas.
Importância do Outro. A preocupação do sujeito lhe pertence e tem sua razão de ser na totalidade mais ampla de suas motivações existenciais presentes, estando vinculadas e não alheias ao ser seu.
Gestalt-terapia
Na clínica a ética humanista ou consideração pela dignidade humana se norteia por:
1- Reverência fenomenológica do terapeuta pela experiência do cliente
O que está sendo ou tem que ser se atualiza no encontro terapêutico.
2- Preocupação com a comunidade próxima ao cliente – promover um olhar para o outro; dimensão exitencial do ser-com – empatia.
Gestalt-terapia
Quanto ao projeto terapêutico, deve ser guiado por:
Permissão pelo cliente de deixar aquilo que está sendo – permitir que surjam gestalts interrompidas.
O acesso do cliente à capacidade de estabelecer relações de intimidade .
Importância do entre dialógico.
Gestalt-terapia
Esforço é para que o cliente alcance o máximo de suas possibilidades humanas que são inseparáveis da consciência e sua interdependência socioambiental.
Gestalt – trata de um humanismo que pretende libertar o ser humano de tendências antropocentradas e individualista, pois nasce da expansão da consciência empática que nos impulsiona à aceitação dos homens e outras espécies.
REFERÊNCIAS
FRAZÃO, L. M. “Psicologia da Gestalt” In: FRAZÃO, L. M. & FUKUMITSU, K. O. (orgs.) Gestalt-terapia: fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. (Coleção Gestalt-terapia: fundamentos e práticas) São Paulo: Summus, 2013.
MENDONÇA, M. “A psicologia humanista e a abordagem gestáltica” In: FRAZÃO, L. M. & FUKUMITSU, K. O. (orgs.) Gestalt-terapia: fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. (Coleção Gestalt-terapia: fundamentos e práticas) São Paulo: Summus, 2013.