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ACAO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

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EXCELENTISIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CIVEL DA COMARCA DE CAMPOS DO JORDÃO - SP
CONDOMINIO SOLAR, inscrito no CNPJ de nº xx.xxx.xxx/xxxx-xx, situado na Rua Morani, nº 300 – Campos do Jordão - São Paulo - SP, CEP: xx.xxx-xxx, endereço eletônico, representado por seu síndico NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG de nº xx.xxx.xxx-x, expedido pelo XXXXX/UF e no CPF de nº xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado na Rua (nome da rua), nº xx – Bairro - Município - Estado-UF, CEP: xx.xxx-xxx, vem por seu advogado, inscrito na OAB sob o nº xxx.xxx, com endereço profissional na Rua (nome da rua), nº xx – Bairro - Município - Estado-UF, CEP: xx.xxx-xxx, que indica para os fins o artigo 77, inciso V do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes, propor:
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
Pelo rito comum em face de, JUVENAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG de nº xx.xxx.xxx-x, expedido pelo XXXXX/UF e no CPF de nº xxx.xxx.xxx-xx, endereço eletônico, residente e domiciliado na Rua Morani, nº 300, Apto 501 – Campos do Jordão - São Paulo - SP, CEP: xx.xxx-xxx, pelos fatos e direitos que passa a expor: 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Que, o requerente encontra-se desempregado, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (Doc. X), cópia da Carteira de Trabalho do requerente (Doc. X) e certidão de nascimento dos filhos (Doc. X). Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes. 
DOS FATOS
Ocorre que houve uma reunião condominial na Ré na qual ficou aprovado por meio de Assembléia Geral Extraordinária a realização de obras de recuperação e manutenção do edifício, no
decorrer da obra foi constatado o rompimento de tubulação de esgoto da coluna do edifício, no apartamento logo abaixo da unidade 501, de propriedade do réu. 
Diante disso, o condomínio fez inúmeros contatos com o réu, por meio de notificações e também de comunicação pessoal, contudo o condômino insiste em negar acesso ao apartamento, dificultando o trabalho de manutenção.
Fato é que a conduta prejudica os demais moradores e especialmente um idoso, e um deficiente que residem na unidade 401, colocando em risco a saúde e a segurança da coletividade. 
Devido à isto, esgotadas todas as tentativas e possibilidades extrajudiciais, o autor não vê outra saída a não ser recorrer à este respeitável juízo para ser resolvida a sua demanda. 
DOS FUNDAMENTOS
A legislação é clara em casos de demandas em condomínios, está previsto no Código Civil os direitos e deveres dos condôminos bem como as competências do síndico, logo, há embasamento legal para que seja feita uma avaliação no apartamento do réu bem como se forem necessárias as obras para conserto sejam realizadas.
Art. 1.336. São deveres do condômino:
IV - Dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes.
Art. 1.348. Compete ao síndico:
I - Convocar a assembléia dos condôminos; 
IV - Cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembléia;
V - Diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores; 
Diante disso, não restam dúvidas de que o direito ao bem-estar do coletivo deve ser preservado, uma vez que a obra a ser realizada é de suma importância e necessidade para todos os moradores e inclusive para o próprio réu.
DO CABIMENTO DA TUTELA PROVISÓRIA
A tutela de urgência deve ser concedida, pois estão presentes os elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano, previstos no art. 300 CPC . Existe, portanto, o periculum in mora e o fumus boni iuris. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº0054925-82.2016.8.19.0000 VIGÉSIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL -TJRJ RELATOR: DESEMBARGADOR ROGÉRIO DE OLIVEIRA A C Ó R D Ã O AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA DE URGENCIA. VAZAMENTO EM UNIDADE CONDOMINIAL. ACESSO AO IMÓVEL PARA A REALIZAÇÃO DE OBRAS. PRESENÇA DOS REQUISITOS. DEFERIMENTO DA MEDIDA. Perigo da demora e a probabilidade de ocorrência de danos irreparáveis ou de difícil reparação que autorizam o deferimento da tutela de urgência, uma vez que há risco de vazamento de esgoto proveniente de barbará e do consequente comprometimento da saúde dos condôminos e do próprio réu. Risco de prejuízo desnecessário ao condomínio, consubstanciado em multa prevista em clausula no contrato de empreitada. Injustificável recusa de franquear acesso ao condomínio ao imóvel, para fins de reparação. Conhecimento e provimento do recurso.
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer a V. Exa.: 
1. O deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do CPC/2015;
2. A concessão da TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, para determinar o Réu em caráter de urgência, autorizar o acesso ao seu apartamento pelos funcionários da empresa contratada pelo condomínio, com objetivo de serem realizados todos os procedimentos necessários para recuperação da tubulação de esgoto, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (Cem reais) . 
3. A citação do réu para contestar a demanda no prazo de 05 (cinco) dias.
4. seja julgado procedente o pedido do autor para obrigar o réu a autorizar o acesso ao seu apartamento pelos funcionários da empresa contratada pelo condomínio, com objetivo de serem realizados todos os procedimentos necessários para recuperação da tubulação de esgoto, sob pena de multa diária de R$100,00 (Cem reais), tornando definitiva a tutela provisória concedida. 
5. condenação do réu nas custas judiciais e honorários advocatícios, na base de 20%. 
DAS PROVAS
Protesta por todos os meios de provas em direito admitidas, inclusive pericial, testemunhal, documental, depoimentos pessoais. 
Dá-se a causa o valor de R$1.000,00 (hum mil reais) para efeito de distribuição.
Nestes termos, pede deferimento.
SÃO PAULO, 26 DE FEVEREIRO DE 2018. 
ADVOGADO 
OAB xxx.xxx-RJ

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