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2 Texto Metodologia da problematização_ respostas de lições extraídas da prática - BERBEL 71-73

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61
Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Problematization methodology: answers from lessons obtained 
through practice
Metodologia da problematização: respostas de lições extraídas da 
prática
Neusi Aparecida Navas Berbel1 
Abstract
1 Doutora em Educação. Professora a posentada da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: neusiberbel@gmail.com
DOI: 10.5433/1679-0383.2014v35n2p61
This text consists in a theoretical-practical reflection elaborated from questions that emerge from the 
practicing of Problematization Methodology, in touch with people that practice or wish to practice it when 
get to know its proposal. The first part of the text brings a brief report about the already accomplished 
journey, accompanied by other productions. At the second part are presented some questions registered 
from experiences with teachers interested in the Methodology. The answers to the questions are not 
definitive affirmations, but possible suggestions extracted from the practice of this Methodology in 
different situations, elaborated as possible lessons, after about twenty years of experience, theoretical-
practical elaboration and reelaboration with and about the Problematization Methodology. The greatest 
objective is to make possible a bigger comprehension and assurance for those who either wants to try 
the Methodology with the Maguerez´Arch in their reality of teaching, researching or studies orientation, 
overcome possible difficulties that they face on this way. The bibliography that accompanies the text 
is one more contribution to the reader that wishes to get informed about the foundations and some 
experiences already realized with this methodological orientation. Keeps here the register of the 
reflection continuity needs about the Methodology, for it is meaningful the way already crossed on its 
exploration.
Resumo
Este texto constitui uma reflexão teórico-prática elaborada a partir de questões que surgem da prática da 
Metodologia da Problematização, no contato com pessoas que a praticam ou desejam praticá-la quando 
conhecem a proposta. A primeira parte do texto traz um breve relato do percurso já realizado, acompanhado 
de algumas produções. Na segunda parte são apresentadas perguntas registradas de vivências com professores 
interessados na Metodologia. As respostas às perguntas, antes de serem afirmações definitivas, são sugestões 
possíveis extraídas da prática dessa Metodologia em diferentes situações, elaboradas como possíveis lições, 
após cerca de 20 anos de experiência, elaboração e reelaboração teórico-prática com e sobre a Metodologia 
da Problematização. O objetivo principal é possibilitar maior compreensão e segurança para aqueles que 
querem experimentar a Metodologia com o Arco de Maguerez em sua realidade de ensino, de pesquisa ou de 
orientação de estudos, ou ainda superar possíveis dificuldades que enfrentam nesse caminho. A bibliografia 
que acompanha o texto é mais uma contribuição ao leitor que deseja informar-se sobre os fundamentos e sobre 
algumas experiências já realizadas com essa orientação metodológica. Fica aqui o registro da necessidade de 
continuidade da reflexão sobre a metodologia, pois é significativo o caminho já percorrido em sua exploração.
keywords: Problematization methodology. Frequent questions. Lessons from practice.
Palavras-chaves: Metodologia da problematização. Questões frequentes. Lições da prática.
62
Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Berbel, N. A. N.
Temos buscado divulgar a Metodologia da 
Problematização em todas as oportunidades 
possíveis. Nossa crença em seu potencial pedagógico 
tem-nos estimulado a aceitar convites para palestras 
e mini-cursos e também a desenvolver vivências com 
grupos específicos de modo a torná-la conhecida e 
compreendida. Desafiamos os professores e alunos a 
experimentá-la, pelo menos uma vez, para constatar 
na prática o que leem ou o que ouvem sobre esta 
Metodologia.
Uma das situações que nos dão maior prazer, 
neste trabalho, é aquela em que podemos esclarecer 
alguma dúvida de pessoas realmente interessadas, 
que buscam aplicar a Metodologia em sua realidade 
e se deparam com obstáculos, teóricos ou práticos, 
ou com alguma insegurança que desejam superar. É 
com essa mesma finalidade que ora reapresentamos 
este texto, com alguns ajustes e atualizações.
Sinais do Percurso já Realizado
Os artigos que temos publicados têm trazido 
alguns elementos teóricos interessantes que podem 
dar um certo apoio ao professor ou ao estudante, 
quanto ao pano de fundo teórico-métodológico para 
o uso da Metodologia da Problematização.
Com base em Juan Díaz Bordenave e Adair 
Martins Pereira, com seu livro Estratégias de 
ensino aprendizagem, pudemos compreender 
que a inspiração de Maguerez para o seu Arco, 
que depois teria sido aperfeiçoado por Juan Díaz 
Bordenave, estaria nos princípios de uma Pedagogia 
Problematizadora que, por sua vez, se inspiraria 
numa concepção crítica da Educação, numa 
perspectiva transformadora da sociedade.
Escrevemos, então, o primeiro artigo (BERBEL, 
1995) em que situamos a Metodologia da 
Problematização como uma alternativa adequada ao 
ensino superior. Fizemos uma busca de autores que 
já teriam alguma ideia sobre ela e pessoas e áreas 
que já estariam utilizando o Arco de Maguerez, 
com denominações diversas. Descrevemos a 
Metodologia e o fizemos utilizando, neste artigo, o 
próprio caminho metodológico do Arco.
Já num segundo artigo (BERBEL, 1996), 
buscamos associá-la ao conceito de práxis, com o 
sentido atribuído por Sánchez Vázquez (1977), pois 
percebemos nitidamente, e por isso procuramos 
demonstrar, diversas relações entre o Arco do 
Maguerez e o conceito de práxis.
Na sequência, escrevemos um outro artigo 
mostrando como a Metodologia da Problematização 
tem relação com os ensinamentos de Paulo Freire. 
E demonstramos que existe entre eles uma relação 
mais que perfeita (BERBEL, 1999). Estes três 
artigos têm também orientado alunos e professores, 
que aí encontram algum suporte para justificar 
teoricamente a sua experiência com a Metodologia 
da Problematização.
Além disso, temos procurado estimular nossos 
alunos a escreverem seus trabalhos com esmero 
de modo que possam ser publicados. Isto resultou 
numa série de artigos que foram apresentados na 
revista Semina de 1995 e 1996 e em vários livros 
que depois publicamos (BERBEL, 2001b, por 
exemplo), além de outros artigos publicados em 
periódicos nacionais. Maura M. M. Vasconcellos 
colaborou conosco num destes livros, com 
o artigo sobre Fundamentos Pedagógicos e 
Filosóficos da Metodologia da Problematização 
(VASCONCELLOS, 1999).
Nesse percurso, há um aspecto interessante 
a salientar e que tem chamado a atenção de 
nossos interlocutores: se Paulo Freire propôs 
uma Pedagogia Problematizadora, por que vimos 
tratando esse caminho como uma Metodologia 
da Problematização? Por que denominamos esta 
proposta como Metodologia da Problematização? 
Temos respondido que, como professora de 
Dídática, sabemos da importância do caminho 
metodológico para possibilitar, na prática, a 
concretização das ideias, das propostas teóricas. 
Não temos a pretensão de nos colocar à altura das 
reflexões e ensinamentos do grande educador Paulo 
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Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Metodologia da problematização: respostas de lições extraídas da prática
Freire, mas nele nos inspiramos em vários pontos 
para fortalecer a especial alternativa metodológica 
que podemos exercitar na prática. Por isso, desde o 
primeiro artigo de 1995, passamos a denominar esse 
caminho de Metodologia da Problematização, com 
o uso do Arco de Maguerez (apud BORDENAVE; 
PEREIRA, 1982).
Temosutilizado essa Metodologia com diferentes 
focos e, com isso, fomos descobrindo que, por 
identificar o problema na realidade e buscar a solução 
para ele, ela se presta, em primeiro lugar, para 
resolver problemas de trabalho, seja na educação 
seja em outros setores, mediante a indispensável 
associação entre a teoria e a prática. Descobrimos 
também que, para o desenvolvimento de trabalhos 
científicos, ela é uma excelente alternativa. Para 
alunos de iniciação científica na graduação, para 
alunos de especialização e suas monografias, para 
alunos da graduação em seus trabalhos de conclusão 
de curso (TCC) com o caráter de iniciação científica, 
para alunos que realizam os estágios em instituições 
escolares ou outras etc. Sempre buscamos, ao nos 
aproximarmos da realidade, aprender com ela e 
obter elementos para levar algo de volta a esta 
realidade, em forma de reflexões ou sugestões para 
responder ou solucionar os problemas focalizados, 
ou pelo menos amenizá-los.
Algumas dissertações de mestrado têm 
procurado demonstrar a validade da Metodologia 
da Problematização para a realização de estudos 
em unidades de ensino em diferentes áreas como 
exemplos, PRADO JUNIOR, 2001; TACLA, 
2000. Participamos também da orientação de uma 
tese de Doutorado (GIANNASI, 1999), em que a 
Metodologia da Problematização foi utilizada num 
curso de Educação continuada e a distância, através 
da Internet, orientando profissionais a realizarem 
estudos em suas áreas específicas, visando o seu 
desenvolvimento crítico.
Além disso, todos os nossos alunos de Mestrado 
em Educação, a partir de 1994 e por muitos anos, 
experimentaram a Metodologia da Problematização 
em estudos que realizavam sobre sua realidade 
de ensino. Utilizamos também esta Metodologia 
como caminho de pesquisa, como por exemplo, 
num projeto integrado que coordenamos e no 
qual atuamos, sobre avaliação no ensino superior 
(BERBEL et al., 2001), que teve continuidade com 
um outro projeto, sobre outros aspectos do mesmo 
objeto de investigação (BERBEL, 2001a).
Portanto, este caminho tem-se revelado 
fantástico em termos de oportunidades de estudo 
de uma realidade, oportunidades de reflexão, de 
elaboração teórico-prática, de experimentos de 
diversas naturezas relacionados ao ensino e ao 
desenvolvimento do pensamento de nível superior, 
por professores e alunos de graduação e pós-
graduação. Enfim, é uma alternativa metodológica 
que nos tem dado muitos motivos de alegria e 
realização.
O desafio de um aprofundamento teórico nos 
levou, em meados de 2009, a iniciar uma pesquisa 
buscando compreender a epistemologia que estaria 
na base do Arco de Maguerez. Acabamos por 
desvendar três versões de explicação para o Arco, em 
suas instâncias de aplicação – a do próprio Charlez 
Maguerez, depois a de Juán Díaz Bordenave e, por 
último, a de Berbel. Na continuidade, identificamos 
algumas pedagogias que teriam características 
semelhantes às da Metodologia da Problematização, 
quando aplicada ao ensino, e níveis de configuração 
epistemológica, quando utilizada como caminho 
de pesquisa. Tais elaborações estão registradas no 
texto intitulado “A metodologia da problematização 
com o arco de Maguerez. Uma reflexão teórico-
epistemológica” (BERBEL, 2012a) e sintetizadas 
em artigos de Berbel e Sánchez Gamboa (2011) e 
de Berbel (2012b).
O potencial da Metodologia da Problematização 
com o Arco de Maguerez continua sendo explorado, 
especialmente no ensino com pesquisa na área da 
saúde, em diversos momentos de diversos cursos e 
níveis de ensino, estimulados, mais recentemente, 
pelas orientações em documentos formais da área, 
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Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Berbel, N. A. N.
como na Política Nacional de Educação Permanente 
em Saúde (BRASIL, 2009) e por autores como 
Davini (2009), por exemplo.
Questões Mais Frequentes Sobre a Prática 
da Metodologia da Problematização
Durante aproximadamente duas décadas, 
vimos deparando com questões às vezes bastante 
complicadas para serem respondidas. Não temos 
todas as respostas e disso temos certeza, por 
isso nossa busca continua. Durante esse tempo, 
recebemos sempre algumas perguntas de ordem 
prática. Dessas, resolvemos registrar algumas 
e, pelo fato de já contarmos com uma pequena 
história de (re)construção teórico-prática sobre a 
Metodologia da Problematização, ensaiar possíveis 
respostas, contando para isso com a memória de 
nossa experiência. Acreditamos que, com um texto 
desta natureza, podemos contribuir para esclarecer 
interessados na Metodologia da Problematização, 
sobre questões de ordem prática, que nem sempre 
aparecem ou ficam suficientemente explícitas em 
textos com preocupações mais teóricas.
As questões que aqui trazemos são dificuldades 
que os professores desejam superar, registradas a 
partir de diferentes situações que vivenciamos com 
professores e alunos de graduação ou pós graduação, 
ao longo dos últimos 10 anos, das quais passamos a 
mencionar algumas, como uma espécie de reflexão 
teórico-prática compartilhada com nossos possíveis 
leitores. Vamos então às questões.
1 - Como estimular os alunos para estudar com a 
Metodologia da Problematização?
Uma preocupação que os professores nos têm 
apresentado é: Como preparar os alunos para 
trabalhar com esta Metodologia? Como motivar 
os alunos para esta alternativa? Em geral, nossos 
interlocutores justificam sua pergunta com base 
no fato de que o estudo com a Metodologia da 
Problematização demanda dos participantes mais 
trabalho que outras metodologias convencionais. 
Vamos refletir um pouco, recuperando alguns 
elementos para justificar uma resposta possível.
Apesar de todas as publicações existentes sobre 
tendências educacionais, enfoques metodológicos, 
alternativas de procedimentos de ensino existentes, 
a situação pedagógica e metodológica no ensino 
superior ainda hoje deixa muito a desejar, em 
termos tanto de inovações quanto da própria 
adequação aos objetivos que os professores 
costumam explicitar. Nós encontramos muitos 
cursos que ainda se mantêm numa perspectiva 
de ensino tradicional, utilizando-se de aulas 
predominantemente expositivas, e fazendo com 
que os alunos permaneçam na posição de ouvintes 
que anotam e repetem em provas ou exames. Não 
somos a única a observar isso. Quando abrimos 
livros que falam sobre ensino em diversas áreas, 
encontramos esta constatação, seja na Arquitetura, 
seja nas Licenciaturas, no Direito etc.
Por outro lado, responsáveis por alguns cursos, 
ao se mobilizarem para inovar seus currículos, e 
consequentemente sua metodologia, encontram 
resistência por parte de muitos professores que 
se perguntam: formados como fomos no ensino 
tradicional, chegamos até onde chegamos, a 
sermos os profissionais que somos, professores 
pertencentes a uma carreira etc. Isso significa 
que o método pelo qual fomos ensinados foi 
positivo. Por que mudar então? Já ouvimos isso 
em reuniões, em que pessoas se levantam para 
fazer esse tipo de argumentação. Disso decorre a 
dificuldade de mudança, que não é da área, mas de 
profissionais de determinadas áreas que procuram 
sustentar ou repetir aquele método com que foram 
ensinados duas ou três décadas atrás.
Podemos redarguir a essa manifestação, 
simplesmente perguntando: - Será que foi a 
metodologia de ensino ou o ensino nos moldes 
tradicionais os únicos fatores responsáveis pela 
chegada desse profissional à posição que hoje 
ocupa? Sabemos que não.
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Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Metodologia da problematização: respostas de lições extraídas da prática
Consequentemente,muitos alunos estão 
habituados a trabalhar no sistema tradicional, com 
uma forma pedagógica mais conservadora e até 
mesmo reprodutora dos conhecimentos elaborados 
por outros. As inovações, com a tecnologia, acabam 
acontecendo através de slides, de transparências 
coloridas e mais recentemente com o uso do 
data-show, mas continuam sendo mantidas as 
aulas expositivas, ilustradas com tais recursos. 
Os alunos, como se poderia esperar, habituados a 
receber informações e a decorá-las para reproduzir 
posteriormente, reagem a propostas metodológicas 
que tragam novidades, que solicitem deles uma 
nova forma de atuar ou um esforço maior. Temos 
percebido isso em diferentes áreas e diferentes 
locais. Muitos alunos pensam, ainda, que, se o 
professor não estiver o tempo todo "dando aula", 
"dando conteúdos" e explicando oralmente, não 
está atuando em seu papel. E eles cobram dos 
professores, que querem inovar, que retornem 
às aulas expositivas, que "dêem o máximo de 
conteúdo" porquanto eles vão precisar para exercer 
sua profissão. Esta é uma posição equivocada dos 
alunos, mas é consequência dos anos em que foram 
expostos a uma única forma de ensinar e aprender.
Uma metodologia que solicite deles um 
desempenho ou atuação diferente diante do 
conteúdo, diante da realidade, em que o papel do 
professor seja estimular, provocar, apoiar, nem 
sempre é bem percebida pelos alunos.
Às vezes, leva-se um semestre ou um ano 
inteiro para que os alunos se conscientizem de que 
foi possível aprender mais e fixar de forma mais 
efetiva as noções pelo caminho pelo qual foram 
conduzidos, do que se estivessem naquela mesma 
situação de repetição de conteúdos para as provas. 
No entanto, até chegar a esse ponto, o professor 
passa por alguns aborrecimentos, pois alguns 
alunos até se indispõem contra ele.
Então, como preparar o aluno para estudar com 
a Metodologia da Problematização, de forma a não 
encontrar esses obstáculos todos ou a superá-los? 
Podemos dizer que absolutamente não há uma 
receita, mas vamos levantar algumas hipóteses que 
talvez possam ser testadas.
Por exemplo, o professor deve ter clareza da 
proposta que quer experimentar com seus alunos. 
Precisa conhecê-la e ter argumentos sobre sua 
validade. Hoje já temos várias experiências que 
podem servir como exemplos. Então, o primeiro 
ponto é o professor ter clareza sobre o que 
significa esta proposta. Trata-se, sem dúvida, de 
nova proposta, mesmo que não o seja em termos 
de existência, mas é nova para o professor que 
vai experimentá-la pela primeira vez e para os 
alunos que também não a conhecem. Essa é uma 
condição imprescindível, mas como o professor 
se prepara para encará-la? A resposta pode ser: 
lendo, fazendo cursos, planejando, discutindo com 
colegas, buscando orientação de pessoas que já 
tenham uma experiência maior, enfim, preparando-
se de diversas formas para então propor o trabalho 
aos seus alunos.
Um segundo ponto que consideramos 
importantíssimo é o seguinte: consciente das 
características da Metodologia, o professor deverá 
destacar, no momento de apresentar a proposta, os 
ganhos, aprendizagens e desenvolvimento que os 
alunos estarão experienciando. Como argumentos, 
podemos lembrar: a relação entre teoria e prática 
está presente, a busca da informação em diversas 
fontes, para confrontá-las, está presente; isto para 
resolver um problema extraído da realidade, e é 
isso que dá muito mais objetividade ao estudante, 
em qualquer atividade que vá realizar, que numa 
situação apenas teórica, abstrata, hipotética. Não 
dizemos que também não seja válida esta situação. 
É válida, mas a Metodologia da Problematização 
tem a característica de partir da realidade concreta 
onde a temática e o estudo possam ter elementos 
vivos para fornecer ao estudante. Se o professor, 
ao conhecer as características da Metodologia, 
destacar que tipos de desempenhos intelectuais, 
sociais, éticos etc., os alunos estarão exercitando 
por esse caminho, ele poderá mostrá-los e 
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Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Berbel, N. A. N.
conquistar uma maior adesão dos alunos, que 
necessitam compreender a importância disso para 
a vida profissional hoje, para a vida de cidadãos 
hoje.
Estamos atravessando um momento histórico 
de dificuldades mundiais com relação ao emprego, 
ao trabalho, ao destaque de profissionais. Dos 
profissionais estão sendo solicitadas, hoje, 
habilidades de pensamento, de decisão, de atuação 
diferenciada. Uma pessoa que tem um desempenho 
simples e inicial não consegue um trabalho que 
requeira um nível maior de habilidades, e que, 
consequentemente, pode proporcionar-lhe um 
salário melhor. O professor pode mobilizar o 
aluno para mostrar que vantagens ele teria como 
Ser em formação, como estudante, como futuro 
profissional e como pessoa que tem um potencial 
incrível que pode estar adormecido enquanto ele 
fica exercitando apenas a sua memória. Em síntese, 
o professor pode e deve mostrar aos alunos o que é 
que eles vão exercitar, como vantagens para a sua 
aprendizagem e para o seu desenvolvimento, em 
diferentes sentidos.
Outro ponto importante: o professor precisa 
estabelecer uma relação de companheirismo nesse 
trabalho: ele não vai dar respostas, ele vai provocar 
os alunos a buscá-las. Ele vai estimular, incentivar, 
vai também apoiá-los. É preciso que o professor se 
prepare para estar constantemente acompanhando 
o desenvolvimento dos alunos. E esta promessa 
feita logo no primeiro dia, quando ele apresenta 
sua proposta de trabalho, é fundamental: o 
aluno precisa saber que vai poder contar com o 
professor em diferentes momentos. Essa é mais 
uma possibilidade de conquistar, de envolver, de 
estimular o aluno.
Como quarta pista, podemos afirmar que as 
orientações dadas aos alunos para a realização 
de cada etapa devem ser suficientemente claras, 
exemplificadas, ilustradas. O professor precisa 
tornar a atividade viável, factível. Ele precisa 
convencer o aluno de que é capaz, levando-o 
a construir o conhecimento gradativamente, 
conforme as etapas o vão solicitando. O aluno 
deve sentir-se mais uma vez orientado, apoiado e 
acompanhado.
Um outro aspecto a considerar é que esta é uma 
Metodologia que, para além do desenvolvimento 
do participante/estudante, visa uma transformação 
da realidade em algum grau. Não vamos resolver 
os problemas do mundo ou da realidade na 
qual estamos inseridos, mas vamos exercitar 
intervenções, mesmo que pequenas, em alguma 
parcela da realidade. Uma proposta dessa natureza, 
que envolva uma ação reflexiva, analítica, dialética, 
exige do professor uma postura nesta direção. O 
professor não pode atuar de modo tradicional ou 
com valores, crenças, posturas tradicionais e ser 
bem-sucedido na realização de uma atividade 
pedagógica transformadora. Deverá questionar-se: 
Eu quero realmente experimentar este caminho? Eu 
acredito que eu posso fazer isso? Eu acredito que 
esta Metodologia prepara o meu aluno para uma 
postura transformadora? Se estiver convencido 
que sim, está pronto para experimentá-la.
No entanto é preciso contar com o apoio 
institucional, pois o professor deverá tirar o 
aluno da sala de aula tradicional (quatro paredes, 
carteira, mesa, quadro de giz etc.) para a realização 
do estudo, e o apoio institucional é importante. O 
professor deve obtê-lo com antecedência, antes de 
apresentar a proposta aos alunos.
Exemplos de trabalhos já realizados podem 
ser mostrados; depoimentos de pessoas que já 
experimentaram podem ser trazidos aos alunos 
ou ao grupo que vai estudar um problema com a 
Metodologia da Problematização. Se quisermos 
ainda ampliar estas pistas, istoé, de como 
envolver os alunos, podemos programar com eles 
um esquema de publicação ou de apresentação 
de trabalhos em eventos de iniciação científica 
ou outros encontros. Se o aluno sabe que seu 
trabalho será valorizado pelo professor e que o 
professor vai acompanhá-lo até chegar ao ponto 
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Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Metodologia da problematização: respostas de lições extraídas da prática
de ser apresentado como trabalho científico em 
algum evento relacionado à sua área, ele terá aí 
mais um motivo para dedicar-se com firmeza, com 
empenho, e obter bons resultados.
Acreditamos ter reunido algumas pistas para o 
professor, como um bom começo de caminho. São 
pistas possíveis, extraídas da prática vivenciada. 
Outras podem ser construídas.
2- Todos os temas podem ser estudados através da 
Metodologia da Problematização?
Em outras palavras, podemos usar a 
Metodologia da Problematização para estudar 
todos os temas em todas as áreas temáticas? 
Essa é uma questão muito interessante. Pelas 
características da Metodologia de levar os 
participantes a extraírem o problema de uma 
parcela da realidade e estudá-lo ao ponto de 
preparar-se, através de todos os conhecimentos 
adquiridos e elaborados, principalmente durante 
a teorização, para atuar sobre ela, podemos dizer 
que alguns conteúdos se prestam mais para isso 
do que outros.
Temos sugerido aos professores que elejam 
dentre todos os temas que têm destacado para 
trabalhar com seus alunos, aqueles que são mais 
polêmicos, que dão margem à maior elaboração 
pelos alunos. Ou aqueles que podem ser analisados 
de diferentes ângulos, por exemplo, do ponto de 
vista histórico, legal, ético, técnico, econômico, 
político, ideológico. Não que todos os temas 
tenham que ser tratados sob todas essas dimensões, 
mas há temas que são passíveis de serem 
trabalhados de diferentes ângulos, em diferentes 
dimensões. E também há aqueles conteúdos que 
nós podemos/devemos estudar através de outras 
formas metodológicas. Costumamos brincar 
ou perguntar às pessoas se ensinaríamos o uso 
da crase, que é um acento gramatical, com a 
Metodologia da Problematização. E, em geral, 
chegamos à conclusão que não. Para fixar uma 
regra gramatical, devemos compreender em que 
situações a utilizamos, devemos exercitar seu 
uso para melhor compreendê-la e melhor fixar 
esta utilização, mas o que é que crase tem de 
econômico, político, social, ético etc.? Teríamos 
que nos esforçar um pouco (?) para chegarmos a 
tais respostas.
A sugestão é elegermos aqueles temas que 
são de/permitem maior elaboração pelos alunos. 
Questões cujas respostas estejam certas ou 
erradas são questões de informação, na maioria 
das vezes, e as respostas podem ser obtidas 
facilmente nos livros. No entanto, questões que 
dão margem a pensamentos divergentes, por 
conta de posturas diferentes, de histórias de vida 
diferentes, estas sim são mais adequadas para 
serem trabalhadas com o uso da Metodologia da 
Problematização. Se vamos trabalhar duas ou três 
temáticas ou apenas uma durante o semestre com 
essa Metodologia, devemos eleger aquela(s) que 
mais se presta(m) para levar o aluno a exercitar 
o processo, etapa por etapa, de modo que chegue 
a elaborar o conhecimento por meio da reflexão 
sobre os dados da investigação.
Há temáticas mais condizentes que outras. 
E nós temos uma imensa gama de alternativas 
metodológicas à nossa disposição. Algumas 
aprendizagens requerem a repetição até que se 
chegue ao domínio do movimento, da habilidade, 
do comportamento em si. Estas nem sempre 
são questionadas do ponto de vista econômico, 
social, ético, etc., e devem ser aprendidas pelo 
exercício. Como, por exemplo, na enfermagem, 
a preparação de uma bandeja para a assepsia, 
aplicar uma injeção, a medida da pressão 
etc.. Ou seja, certas habilidades precisam ser 
treinadas para serem bem realizadas. Em síntese, 
o professor deverá eleger, para ensinar com 
a Metodologia da Problematização, um tema 
baseado, essencialmente, na crença de que os 
alunos o possam desenvolver e de que ele pode 
ser analisado de diferentes ângulos.
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Berbel, N. A. N.
Quem são os participantes quando se trabalha 
ou estuda utilizando-se a Metodologia da 
Problematização? Todo tipo de aluno ou pessoa 
pode aprender com esta metodologia? Esta é uma 
questão que vem sendo colocada constantemente 
por professores: Eu posso aplicar com alunos de 
qualquer nível de escolaridade?
Vamos tomar algumas características da 
Metodologia e ver o que ela solicita dos participantes. 
Em primeiro lugar, deverão olhar para a realidade, 
com um olhar crítico, analítico, para verificar aquilo 
que precisa ser modificado, transformado. Diante 
das várias possibilidades de observação, deverão 
eleger um problema considerado prioritário. Para 
isso os participantes precisam tomar uma decisão a 
partir do critério prioridade - esse pode ser um dos 
critérios. Ou o que é mais urgente estudar para atuar 
sobre a realidade, ou ainda sobre que situação nós 
temos mais condições de atuar. Estas são tomadas de 
decisão, que necessitam uma elaboração intelectual, 
cujo portador de um nível de pensamento concreto 
ainda não está preparado para realizar.
Temos sugerido para as pessoas que se utilizem 
da Metodologia da Problematização com o Arco 
de Maguerez a partir do 5º ou 6º ano do Ensino 
Fundamental. A partir daí teremos maiores chances 
de sucesso. É preciso perceber quando o aluno já 
é capaz de realizar abstrações, de elaborar o seu 
pensamento de forma crítica e de tomar decisões. 
Caso tenha essa capacidade, ele está em condição de 
trabalhar com a Metodologia.
Retomando as características da Metodologia, 
depois de termos elegido o problema e de o termos 
elaborado de forma a orientar todo o restante do 
processo, sobre ele vamos refletir: Por que será 
que esse problema existe? Por que será que este 
fenômeno se constitui um problema nessa parcela 
da realidade observada? Ou seja, que fatores podem 
estar influindo para a existência desse problema? 
E, ainda, uma segunda questão: Que determinantes 
maiores ou contextuais poderiam estar atuando para 
a existência desta situação? Vejam que mais uma vez 
nós precisamos de um pensamento analítico, crítico, 
sobre a realidade, e alunos da Educação Infantil e dos 
Anos Iniciais, em geral, ainda não estão preparados 
para realizar este tipo de operação mental.
Definir o que precisa ser estudado é mais um 
momento de tomada de decisão que exige a busca 
daquilo que é básico, que é essencial sobre o 
problema. Outra vez precisamos de critérios para 
a tomada de decisão. Além disso, a teorização vai 
indicar uma investigação propriamente dita, através 
de entrevistas, de questionário, de observação etc.. 
As informações coletadas deverão ser tratadas e 
analisadas para se chegar a algumas conclusões. 
Novamente as habilidades de análise e síntese são 
requeridas dos participantes. E assim vamos até o 
final, sempre mobilizando níveis de pensamento 
mais complexos.
Pensando assim, podemos utilizar a Metodologia 
da Problematização a partir da pré-adolescência 
em diante. Não se pode especificar exatamente 
uma idade cronológica, mas as séries escolares, 
a partir 5º ou 6º, já são susceptíveis de um bom 
trabalho. Pelo menos já temos experiência nesse 
sentido. Um trabalho que acompanhamos que atesta 
nossa afirmação é a Dissertação de Mestrado de 
Matheus Fabrício Verona, defendida em 2009, em 
que trabalhou com educação ambiental com alunos 
de 5º e 6º ano (VERONA, 2009). Não vamos ter a 
expectativade que o trabalho de alunos de 5º ou 6º 
série tenha o mesmo nível de elaboração que teria 
o de adultos ou de pessoas que cursam o 3º grau ou 
ainda a pós-graduação.
O nível de expectativa em relação aos 
participantes deverá corresponder à sua condição de 
elaboração, ao nível de pensamento que já é capaz 
de manifestar. Estimulados, responderão, mas não 
podemos pretender que respondam adequadamente 
se eles ainda não possuem minimamente um 
desenvolvimento intelectual considerado apropriado 
para aquele momento e para aquele trabalho.
3- Com que tipos de participantes é mais adequado 
usar a Metodologia da Problematização?
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Metodologia da problematização: respostas de lições extraídas da prática
Se levamos em conta o nível de pensamento 
requerido, acreditamos que qualquer tipo de 
participantes pode usufruir das vantagens da 
Metodologia da Problematização, sejam estudantes, 
professores, outros profissionais ou pessoas da 
comunidade, desde que entendam que o caminho 
proposto pelo Arco pode atender a seus objetivos.
4- Como fica a questão do tempo em relação à 
Metodologia da Problematização?
Essa é uma outra pergunta muito frequente. 
Refere-se ao tempo requerido para o estudo com 
a Metodologia da Problematização e isto é muito 
interessante porque o professor que se entusiasme 
e se decida a trabalhar com seus alunos utilizando 
a Metodologia da Problematização deverá saber, 
de antemão, que necessitará de mais tempo do que 
se optasse por trabalhar o tema através de uma 
aula expositiva, um estudo dirigido ou uma leitura 
seguida de resumo ou exercícios pelos alunos. 
A elaboração reflexiva e a elaboração coletiva 
requerem mais tempo. Passar por todas as etapas 
da Metodologia exige mais tempo do que se gasta 
com a maioria das outras modalidades de ensino.
Levar o aluno a atuar adequadamente 
naquilo que se lhe solicita em cada etapa exige 
realmente mais tempo. Por isso, nós voltamos 
àquela observação de que nem todas as temáticas 
precisam ser desenvolvidas com a Metodologia 
da Problematização. Se nos dispusermos a 
iniciar o Arco e completá-lo, provavelmente não 
chegaremos à metade do caminho percorrido, 
se comparado com o tempo gasto com o ensino 
convencional.
O que fazer, então? Se o professor ainda está 
atuando na escola com disciplinas, ele tem um 
conteúdo mínimo a ser trabalhado com seus 
alunos. E, em geral, para "dar conta" dos conteúdos 
curriculares, ele utiliza seu tempo com muitas aulas 
expositivas. Essa é uma das grandes preocupações 
dos professores: Como trabalhar todo o conteúdo 
se resolver optar por uma metodologia inovadora 
como a que focalizamos?
Logicamente, se pretendemos "dar todo o 
conteúdo", é melhor esquecer a Metodologia da 
Problematização. Mas, se for possível eleger um 
ou dois temas para trabalhar com a Metodologia 
da Problematização, os outros temas podem ser 
tratados por professores e alunos com outras 
formas de ensino/aprendizagem.
5- Como aplicar a Metodologia da Problematização 
em pequenos e grandes grupos?
Uma questão que muitas pessoas nos têm 
proposto é como aplicar a Metodologia da 
Problematização com grandes grupos. Sobre o 
tamanho dos grupos, quanto menor mais facilidade 
de interação entre as pessoas, de definição rápida 
das etapas e de possibilidade de supervisão 
contínua dos grupos ou das pessoas que estão 
participando. No entanto, se temos um grande 
grupo, por exemplo, uma sala de aula com 60 
alunos, e mesmo assim queremos trabalhar com a 
Metodologia da Problematização para desenvolver 
alguma unidade, podemos nesse caso apresentar 
a sugestão, baseada em experiência que tivemos, 
de dividir a turma em grupos menores e cada 
pequeno grupo responsabilizar-se por observar a 
realidade por um ângulo e desenvolver passo a 
passo o estudo. Mas para isso é preciso contar com 
uma supervisão. Aí é que começa a dificuldade. O 
problema não está no fato de o grupo ser grande; o 
grande grupo pode trabalhar tranquilamente com 
a Metodologia da Problematização. A dificuldade 
maior é a do professor que tem que dar apoio a 
cada um dos pequenos grupos. Caso a classe tenha 
que ser dividida em oito grupos, o professor terá 
de desdobrar-se para atender as necessidades dos 
8 grupos.
Isso não é fácil, principalmente se o professor 
dispuser de poucas horas para a disciplina. O que 
sugerimos é que o professor solicite, previamente, 
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Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Berbel, N. A. N.
apoio institucional para poder contar com mais 
um colega para trabalhar esta disciplina com 
sua turma. Além de mais um colega, o professor 
também poderá solicitar à instituição mais 
algumas horas para o trabalho.
Isso que estamos dizendo também tem base 
na experiência por já termos participado de um 
projeto especial de ensino na área da saúde. Não 
se tratou de uma disciplina propriamente dita, 
mas de um projeto e, para cada pequeno grupo, 
houve um ou mais professores acompanhando. 
A dificuldade, repetimos, não está em trabalhar 
com o grande grupo, mas está na disponibilidade 
do professor para dar apoio aos vários grupos, 
considerando que há momentos em que os 
participantes necessitarão de trocar ideias, obter 
feedback, sentir-se seguros de estar caminhando 
nas etapas adequadamente. A supervisão dos 
trabalhos dos alunos é imprescindível e este é um 
ponto com o qual o professor necessita preocupar-
se com antecedência.
Já atuamos em uma turma com 42 alunos. 
Eram 7 grupos e cada grupo dedicou-se a estudar 
a temática avaliação da aprendizagem, sob um 
aspecto, a partir da observação da realidade, 
focalizando cada grupo uma escola. Além das 
horas que tínhamos com os alunos em sala de 
aula, que foi dividida para o desenvolvimento 
destas atividades e o desenvolvimento das outras 
unidades do programa, tínhamos a atuação junto 
a eles em horários extras, fora da sala de aula. 
Também atuamos com estagiários, num grupo 
com cinquenta e um alunos. Nesse caso, cinco 
professores dedicaram-se a acompanhar alguns 
grupos de dois ou três alunos cada. Então, realmente 
trabalhar com grande grupo requer condições 
diferentes das que temos normalmente para 
conduzir as disciplinas com outras metodologias.
Como já mencionamos antes, se estamos com 
um pequeno grupo, 10 ou 12 pessoas, tanto podemos 
ter um único problema eleito como prioritário pelo 
grupo e trabalhá-lo coletivamente o tempo todo, 
quanto trabalhá-lo com os 12 divididos em grupos 
pequenos. Então temos 2 ou 3 grupos analisando 
o mesmo problema, de forma independente um 
do outro, com o apoio do professor. Logicamente 
haverá pontos em comum, como uma literatura 
comum e alguns aspectos serão necessariamente 
estudados pelos grupos. Uma riqueza de aspectos 
poderá ser observada no momento da apresentação 
dos estudos, podendo-se perceber como cada 
grupo, composto por pessoas diferentes, pode 
conduzir diferentemente as reflexões e os estudos, 
fazer opções por procedimentos de coleta de 
informações diferentes, dar diferentes tratamentos 
às informações etc.
Então, essa riqueza, apesar de os alunos 
estarem trabalhando com o mesmo problema, vai 
mostrar diferentes ângulos abordados e diferentes 
possibilidades de reflexão e elaboração do mesmo 
problema por grupos diferentes.
Ainda pode acontecer que cada um 
dos participantes esteja buscando atuar 
individualmente, não obstante participe 
de momentos coletivos de reflexão. Com 
grupos pequenos, o professor pode atuar mais 
assiduamente acompanhando os participantes em 
suas reflexões, com o tempo para isso garantido 
institucionalmente.Uma alternativa que podemos sugerir é que 
o tempo da disciplina seja dividido para que, ao 
longo do semestre ou do ano, o professor possa ter 
momentos de contato com os alunos para apoiá-
los na realização deste estudo e outros momentos 
em que os outros temas estarão sendo estudados/
discutidos. Ainda uma outra alternativa é a da 
elaboração de um projeto, cujo tema não seja 
necessariamente da disciplina. Para realizar este 
tipo de trabalho, o professor pode contar com a 
participação de alunos voluntários. Talvez nem 
todos possam participar de um trabalho extra-
classe, extra-disciplina, mas aqueles que tiverem 
a disponibilidade poderão usufruir e muito da 
contribuição desta experiência.
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Metodologia da problematização: respostas de lições extraídas da prática
6 - É possível limitar o trabalho com a Metodologia 
da Problematização para certas áreas temáticas?
Esta é uma outra questão que nos propõem 
muitos professores. A resposta, de certo modo, já foi 
delineada, quando mencionamos a possibilidade de 
eleger uma unidade ou um tema da disciplina para 
trabalhar com a Metodologia da Problematização, 
enquanto outros temas são trabalhados de outras 
formas. Sem dúvida, é adequado fazer isso. 
Principalmente quando o professor a estiver pondo 
em prática pela primeira vez. Ele pode eleger um 
tema que considere o mais rico para ser explorado 
com esta Metodologia e que, dessa forma, poderá 
trazer maiores contribuições para a aprendizagem 
e para o desenvolvimento dos alunos. Então, é 
possível limitar o trabalho desenvolvido em áreas 
temáticas ou conteúdos com certeza. Isso pode 
ficar a cargo do professor ou ele pode decidir 
com os alunos. Quando estiver discutindo seu 
plano de trabalho, poderá tomar esta decisão 
com os alunos e, em conjunto, priorizar um dos 
temas para desenvolvê-lo com a Metodologia da 
Problematização.
7- Como formular um problema?
Esta é uma questão muito interessante. Por 
que é muito interessante? Porque a observação da 
realidade e a elaboração de um problema relevante 
de estudo é a mais difícil de todas as etapas. A 
formulação do problema tem sido, ao longo destes 
anos todos, o ponto mais delicado do trabalho 
com a Metodologia da Problematização. E por que 
isso? É possível levantar algumas hipóteses, antes 
de se chegar a uma resposta.
Uma delas seria porque não fomos 
acostumados, através de escolaridade apropriada, 
a problematizar, a formular problemas. Desde o 
início da nossa escolaridade, quando começamos 
a aprender a Matemática, as Ciências Biológicas, 
as Ciências Naturais etc., nos acostumamos a 
responder aos problemas formulados e trazidos 
pelos professores. Então, formular problemas não 
faz parte da nossa tradição de estudantes. É possível 
que saibamos reclamar muito das situações; 
enxergamos com facilidade os defeitos, aquilo que 
nos incomoda e até reclamamos, verbalizamos. 
Mas formular um problema de estudo se constitui 
um nível de elaboração que requer uma atenção 
especial, e então nos perguntamos: O que é um 
problema e o que é um problema de estudo? Temos 
várias possibilidades para chegar a uma resposta. 
No entanto, uma certeza já temos: quando 
formulamos um problema - ou formulamos uma 
questão que pensamos constituir-se um problema 
- e vamos buscar nos livros que tratam daquela 
temática que nos possibilitou levantar a questão 
e encontramos resposta, na verdade a questão 
formulada não constitui um problema. Então, 
um problema é uma questão para a qual não se 
encontra resposta pronta. Se temos uma resposta 
pronta para o problema, temos um caso de 
informação, uma informação que já está dada e 
disponível na literatura, nos livros, nas revistas, 
nos artigos que descrevem pesquisas etc.. O 
problema, em geral, surge de algo que necessita 
ser superado, de uma dificuldade tal que para 
responder a ela será preciso reunir uma série de 
elementos, principalmente porque, através da 
Metodologia da Problematização, o problema 
não é algo abstrato, o problema é algo extraído 
da realidade observada. Então, dificilmente vamos 
encontrar uma resposta pronta para um problema 
que estamos encontrando neste momento, nesta 
realidade.
Problematizar a realidade é muito diferente 
de formular um problema no sentido abstrato. 
Problematizar a realidade vai demandar estudos 
de diferentes aspectos que, conjugados, permitirão 
elaborar as hipóteses de solução. Isso porque a 
realidade é complexa, multidimensional.
Formular um problema tem-se constituído 
uma das maiores dificuldades das pessoas que 
trabalham com a Metodologia da Problematização. 
Em geral, temos presenciado a formulação de 
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Berbel, N. A. N.
títulos de conteúdos como se fosse a formulação 
de problemas: falta disso, dificuldade daquilo, 
a evasão escolar, a indisciplina etc. As pessoas 
focalizam 'a indisciplina' e pensam que o problema 
já está posto. Mas que tipo de indisciplina? De 
onde partiu a observação da indisciplina? Que 
realidade é essa que nos mostra essa temática? E 
qual é a necessidade que está colocada para ser 
superada sobre esse tema?
A problematização requer que o participante 
do estudo localize e descreva suficientemente 
a situação de modo que a formulação conduza 
realmente à busca de solução. É possível até 
que não encontremos a solução completa, mas 
encontraremos, sem dúvida nenhuma, elementos 
para abrir um caminho para a solução.
Demerval Saviani (1996, p. 14) nos dá uma 
explicação de problema muito interessante:
[...] uma questão em si, não caracteriza o problema 
[...]; mas uma questão cuja resposta se desconhece e 
se necessita conhecer, eis aí um problema. Algo que 
eu não sei não é um problema; mas quando eu ignoro 
uma coisa que eu preciso saber, eis-me então diante 
de um problema. Da mesma forma, um obstáculo 
que é necessário transpor, uma dificuldade que 
necessita ser superada, uma dúvida que não pode 
deixar de ser dissipada são situações que se nos 
configuram como verdadeiramente problemáticas.
Além disso poderíamos afirmar que 
problematizar a realidade implica uma situação 
de envolvimento com a realidade desde o início 
e isso vai dar um caráter de concretude especial à 
situação observada, para a qual se deseja contribuir. 
Em geral, os problemas extraídos da realidade são 
tão ricos e desafiadores que vão levar a estudos 
de diferentes naturezas que possibilitem elaborar 
algumas hipóteses de solução.
Nossas afirmações estão centradas na 
convicção de que, na realidade social, cultural, 
educacional, nós não temos problemas que tenham 
uma única razão, uma única causa ou uma única 
manifestação. Na maioria das vezes, os problemas 
relacionados à saúde, à educação, à cultura são 
problemas complexos. O problema extraído da 
realidade é um problema que vai gerar um estudo 
sob diferentes ângulos, que influenciarão na 
definição dos pontos-chave, os quais constituem 
uma outra etapa que também pode ser melhor 
esclarecida.
Por mais simples que seja um problema, desde 
que extraído da realidade, e haja a intenção de 
que o estudante/participante se debruce sobre essa 
mesma realidade para estudá-la e sobre ela atuar, 
com algum grau de intervenção ou contribuição 
para a solução do problema, isso já sugere que 
a pergunta formulada constitui-se um problema. 
Retomando: se podemos encontrar uma resposta 
para esta questão na literatura existente, a questão 
formulada não se constitui problema, é questão 
de informação. No entanto, se para responder 
ao problema, temos que conjugar os dados da 
literatura - onde se encontram métodos, técnicas, 
teorias, alternativas, elaborações de experiências 
já existentes - comnovos elementos extraídos 
desta mesma parcela da realidade - das pessoas 
ali envolvidas, dos fatos que estão acontecendo 
relacionados à questão central - então podemos 
quase garantir que estamos diante de um problema, 
cuja realidade soubemos problematizar.
Podemos formular o problema de diferentes 
formas: através de uma pergunta - se ela encerra 
o cerne da questão; através de afirmações (eu 
afirmo a existência de uma situação que eu 
considero problemática, que deve ser superada e 
que constitui uma dificuldade do desenvolvimento 
da vida naquela situação social); através de uma 
negação (não dispomos de condições suficientes 
para realizar um bom ensino no terceiro ano do 
ensino médio da escola tal - este pode ser um 
problema). Mais importante que o modo como 
se formula a questão é que o conteúdo esteja 
explícito nela. A dificuldade a ser superada deve 
estar explícita o suficiente na questão, porque o 
problema levantado por ela vai conduzir/orientar 
todas as outras etapas do estudo.
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Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Metodologia da problematização: respostas de lições extraídas da prática
8 - Como selecionar os pontos-chave do problema?
Para esta questão também podemos ensaiar 
algumas pistas. A primeira que podemos mencionar 
é a seguinte: se localizamos um problema da 
realidade e o descrevemos, a sua formulação já 
traz consigo alguns elementos delimitadores e nós 
vamos buscar, nas próprias palavras da questão, 
os pontos-chave. Se estou, por exemplo, com 
dificuldade de utilizar uma metodologia construtiva 
com um grupo de 60 ou 70 pessoas, eu já tenho 
alguns elementos importantes para destacar: o 1o 
é a questão da metodologia construtiva; o 2°, a 
questão do tamanho da turma, e por aí afora. Na 
própria formulação do problema podemos extrair os 
elementos que o estão constituindo.
Para tanto devemos analisar como está 
formulado o problema, extraindo daí as palavras 
que contenham significados cujo alcance podemos 
ampliar com o estudo. Dizendo de outro modo, a 
questão ou assertiva formulada traz palavras que 
poderão indicar os principais pontos a estudar. Às 
vezes não é tão simples, mas é do problema que 
vamos extrair os pontos-chave do estudo.
Uma outra possibilidade é fazer perguntas a 
respeito dessa formulação e buscar para os aspectos 
dela extraídos respostas em diferentes fontes. Por 
exemplo: um ponto-chave pode ser a localização do 
tema na literatura, outro pode indicar a localização 
daquele aspecto junto às pessoas que estão 
vivenciando o problema; um outro ponto ainda 
poderá registrar a própria percepção/experiência 
do participante a respeito daquele aspecto, entre 
outras possibilidades. Podemos destacar os pontos 
a estudar de diferentes ângulos, focalizando 
diferentes fontes possíveis de informações.
Ainda podemos formular os pontos-chave sobre 
dimensões diferentes daquele aspecto básico do 
problema. Por exemplo, se a questão disser respeito 
à avaliação, podemos procurar analisar a avaliação 
dos pontos de vista técnico, teórico, histórico, legal, 
empírico etc. Há, portanto, uma ampla possibilidade 
para cumprir essa etapa. O que precisamos é ter 
sensibilidade de perceber que aspectos são os mais 
importantes sobre o problema, de modo que, ao 
realizar tais estudos, possamos ter mais elementos 
para compreendê-lo e melhores condições para 
elaborar as soluções para ele, certos de que não 
vamos fazer estudos para continuar no plano abstrato 
a respeito da situação, já que quando o estudo se 
completar, o participante terá o compromisso de 
retornar à realidade com algum grau de intervenção.
Ainda podemos selecionar os ponto-chave 
pensando em diferentes pessoas que poderão 
informar sobre o problema. Se temos um problema de 
relação professor-aluno para ser resolvido, podemos 
ouvir do professor, o que ele tem a dizer a respeito da 
situação, podemos ouvir os alunos; podemos ouvir 
a coordenação da escola, a orientação pedagógica; 
podemos ouvir os pais a respeito da situação que 
está acontecendo. Reunindo informações destas 
fontes todas, compreendendo melhor o que está 
acontecendo, teremos mais segurança para elaborar 
as possíveis soluções. Existem várias possibilidades 
e todas elas são válidas, desde que haja a coerência 
entre os pontos-chave e o problema. E que os 
participantes tenham a clareza de que, ao estudar 
estes aspectos, estarão buscando melhores condições 
de lidar com o problema, de resolvê-lo ou então 
desencadear um processo de encaminhamento para 
a solução.
Finalizamos o Texto Com a Certeza da 
Incompletude da Reflexão
Quando iniciamos a experiência prática com a 
Metodologia da Problematização sabíamos de sua 
importância, mas nem de perto suspeitávamos de quão 
inesgotável era o seu potencial. A exploração feita 
tem revelado cada vez mais alternativas de aplicação 
e exigido maior aprofundamento teórico para que 
possamos melhor compreendê-la para estimular 
novas práticas. Das práticas, surgem as pistas para os 
estudos teóricos e de ambos, as convicções sobre o 
seu significado político-pedagógico.
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Berbel, N. A. N.
Este processo de reflexão teórico-prático aqui 
delineado não se esgota com as questões tratadas. 
Pelo contrário, estamos certos de que várias delas 
ficaram em suspenso, merecendo a continuidade 
do exercício de pensar por escrito e disponibilizar 
para as pessoas, pois são muitos e cada vez mais os 
interessados na Metodologia da Problematização.
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75
Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
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Londrina, 2009.
Recebido em: 08 abr. 2014.
Aceito em: 16 out. 2014.
76
Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 35, n. 2, p. 61-76, jul./dez. 2014
Berbel, N. A. N.

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