PIM I Grupo 3 ITES Primeiros Socorros em Procedimentos Estéticos versão 16 06 19

•

ITES

Laís Guerra Mateus Pascoal

18/11/2019

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INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR
ESTÉTICA E COSMÉTICA

PRIMEIROS SOCORROS EM PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS

Taubaté – SP
ITES
2019
BEATRIZ MONTEIRO RIOS 4035
CAMILLA PADULA MOREIRA 3891
LAÍS HELENA APPARECIDO 3957

PRIMEIROS SOCORROS EM PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS

Taubaté – SP
ITES
2019
BEATRIZ MONTEIRO RIOS 4035
CAMILLA PADULA MOREIRA 3891
LAÍS HELENA APPARECIDO 3957

Projeto de pesquisa apresentado à
disciplina Projeto integrado Multidisciplinar
– PIM I, do cursoSuperior de Tecnologia
em Estética e Cosmética do Instituto
Taubaté de Ensino Superior – ITES.
Orientadora: Prof.ª M.ª Maria Emília C.
Corrêa

PRIMEIROS SOCORROS EM PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

Prof.

Trabalho apresentado no Curso Superior de
Tecnologia em Estética e Cosmética do
ITES, para o Projeto Integrado
Multidisciplinar I.
BEATRIZ MONTEIRO RIOS 4035
CAMILLA PADULA MOREIRA 3891
LAÍS HELENA APPARECIDO 3957

Taubaté, ______ de ________________ de 2019.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8
2 OBJETIVOS .................................................................................................... 9
2.1 Objetivos Gerais ........................................................................................ 9
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 9
2.3 Justificativa ................................................................................................ 9
3 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 10
3.1 Conceito de Primeiros Socorros .............................................................. 10
3.2 Possíveis acidentes dos procedimentos estéticos .................................. 11
3.3 Condutas de primeiros socorros .............................................................. 11
3.4 Riscos de Biossegurança ........................................................................ 12
3.5 Frequência de Acidentes ......................................................................... 13
3.6 Primeiros Socorros mais frequentes........................................................ 16
4 METODOLOGIA ............................................................................................ 19
5 DISCUSSÃO E RESULTADO ....................................................................... 20
6 CONCLUSÃO ................................................................................................ 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 25

FIGURA
Figura 1 - Queimadura ocorrida pela criolipólise .................................................. 15
Figura 2: Queimadura por Peeling químico .......................................................... 15

TABELA
Tabela 1 - Resultados .......................................................................................... 20

Resumo
Assim como a busca por tratamentos estéticos, a expansão da oferta de serviços
estéticos também cresce junto com eventos adversos nas realizações desses
procedimentos. Esses fatores acidentais são ocasionados devido inaptidão dos
profissionais que desconhecem as contraindicações de procedimentos e não têm
o preparo necessário para aplicar condutas de primeiros socorros de acordo com
os acidentes que ocorrem O apontamento das principais condutas de primeiros
socorros podem minimizar chances de agravamento de ocorrências como síncope,
queimaduras, lesões com hemorragias, intoxicação por produtos tóxicos,
patologias desencadeadas por procedimentos ou estimulantes utilizados; e dessa
forma aumentar chances de sobrevivência ou de cicatrizes menores. A presente
revisão de literatura aborda artigos que esclarecem os acidentes e mal-estares que
possivelmente ocorrem nas clinicas estéticas e expõe as condutas de primeiros
socorros necessárias para agir nos casos de intercorrência. É de fundamental
importância que o preparo e conhecimento de profissionais da estética das
condutas de primeiros socorros bem como o reconhecimento de alguma ocorrência.

Palavra-Chave: Primeiros Socorros, Procedimentos Estéticos, Centros Estéticos,
Eventos Adversos.

1 INTRODUÇÃO

Os primeiros socorros são as primeiras condutas que devem ser tomadas de
forma imediata à uma vítima de algum acidente ou mal-estar tendo por objetivo
minimizar o risco de vida ou agravamento do estado de saúde do mesmo até que o
socorro especializado chegue (NOGUEIRA et al., 2019; LOPES et al, 2019; CRUZ et
al., 2018).
Com a expansão da estética no mercado da beleza, a busca por procedimentos
também aumentou. Devido grande busca, profissionais da beleza iniciaram uma
jornada por realizar serviços estéticos conforme a demanda de clientes. Dessa forma,
acidentes e mal-estar por procedimentos inadequados ou contraindicados começam
a ocorrer, e para minimizar os efeitos é preciso que os profissionais prestadores de
serviços estéticos tenham conhecimento dos primeiros socorros para que sejam
aplicados nos casos de intercorrências (GARCIA; MOSER; BOTTEGA, 2006).
Qualquer lugar é propício a acidentes e situações que seja necessário adotar
medidas de pronto atendimento até que o socorro especializado esteja disponível. O
conhecimento da técnica de Primeiros Socorros é crucial para atuação rápida e eficaz
em meio a situação de perigo e deve ser assimilada pelo maior número de pessoas,
essas ações no primeiro instante pode salvar vidas (ALBANO et al, 2019).
Apesar de poucos estudos relacionados ao assunto, e mesmo que ainda não
haja uma estimativa de quantos acidentes vem ocorrendo dentro dos centros
estéticos, pudemos observar que a principal causa de imprudências e acidentes são
ocorridos devido falta de informação e de capacitação dos profissionais da área da
beleza e saúde (NOGUEIRA et al, 2019).
Nos centros estéticos podem ocorrer inúmeros acidentes, e os riscos de lesões
que o cliente pode sofrer são vários, podendo citar queimaduras por equipamentos,
hemorragia por perfurocortantes, até mesmo uma intoxicação por produtos químicos
utilizado nos processos (CRUZ et al., 2018).
Com o destaque dos possíveis acidentes que ocorrem nos procedimentos
estéticos, esta pesquisa informa como deve ser conduzida a situação, bem como as
condutas de primeiros socorros que devem ser aplicadas conforme os eventos
adversos.

2 OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais

Verificar quais as condutas de primeiros socorros devem ser aplicadas em
procedimentos estéticos.

2.2 Objetivos Específicos

 Definir o que é os primeiros socorros;
 Quais os acidentes mais comuns nos procedimentos estéticos;
 Quais as condutas de primeiros socorros mais realizada em
procedimentos estéticos;
 Os riscos que clientes e profissional correm nos procedimentos

2.3 Justificativa

O assunto tratado na presente pesquisa apresenta grande importância no âmbito
da estética pelo fato de que os procedimentos realizados está ligado por completo
com a autoestima e com a saúde do cliente, e por oferecer riscos à integridade física
do cliente,
faz com que o conhecimento de primeiros socorros se faça necessário para
todos os profissionais da estética, o que nos leva a demonstrar as condutas
necessárias para os acidentes mais comuns.

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Conceito de Primeiros Socorros

O SAMU (2013) informa que os primeiros socorros é todo procedimento de
intervenção que é executado, imediato ou provisório, que ocorre ainda no local do fato
em vítimas de enfermidades agudas, mal súbito e acidente com a finalidade de
preparar o ambiente para a chegada de resgate para a remoção e atendimento da
vítima de forma segura e com riscos minimizados.
Os primeiros socorros são fundamentados nos primeiros cuidados que se deve
ter de imediato e de forma rápida a uma pessoa vítima de acidente ou mal-estar e que
pode levar ao risco de vida da mesma. As ações de primeiros socorros têm como
objetivo manter as funções vitais, evitando qualquer agravamento que venha ocorrer,
porém são procedimentos apenas de primeiro momento, quaisquer manobras
utilizadas além do alcance não podem ser realizadas, deixando apenas para
profissionais especializados (SILVA; BASSO; BRUNSTEIN, 2015).
Segundo Albano et al. (2019, p.124), “as ações de primeiros socorros vão além
da preservação da vida e danos físicos, mas inclui também o apoio emocional e
psicológico aos envolvidos quando são provenientes de eventos traumáticos”.
Qualquer ambiente é propício a ocorrer acidentes e circunstâncias que sejam
necessários recorrer às medidas de primeiros socorros até que especialistas possam
chegar e disponibilizar o atendimento adequado para cada tipo de ocorrência, e o
conhecimentos desses procedimentos são cruciais, devido atuação “rápida e eficaz
em meio a situação de perigo e deve ser assimilada pelo maior número de pessoas,
essas ações no primeiro instante pode salvar vidas”.
Para Martins e Rodrigues (2009), primeiros socorros são todas as condutas
imediatas que deve ser realizada a um ou mais indivíduos para aumentar a sobrevida
e minimizar os impactos físicos ou psicológicos do mesmo, devido alguma situação
de risco ocasionada por algum acidente, até a chegada de especialistas pronto
socorristas.

3.2 Possíveis acidentes dos procedimentos estéticos

Necessário destacar os inúmeros procedimentos que podem acarretar
situações de acidente ou de sinais fisiológicos na clínica de estética que seja
necessário a utilização de primeiros socorros, principalmente pela vasta utilização de
aparelhos tecnológicos para realização dos procedimentos (LOPES et al., 2019).
Com os testes e aplicação de procedimentos, surge os acidentes oriundos
desses procedimentos, o que faz com que os profissionais estéticos tenham ciência
de como agir em cada emergência que for surgir (GARCIA; MOSE; BOTTEGA, 2006)
Os potenciais acidentes que podem ocorrer nos procedimentos estéticos são,
principalmente devido falta de conhecimento, partindo disso, ocorre queimaduras de
I, II e III grau resultante de ceras depilatórias, aparelhos de lazer, bronzeamento, entre
outros; hemorragias e hematomas, com procedimentos errados com perfurocortantes
ou pessoas com distúrbios hemorrágicos; choques elétricos por aparelhos em má
condições ou procedimento de corrente russa; intoxicação ou reações alérgicas
devido aplicação de produtos químicos; síncopes por pressão baixa; convulsões entre
outros (ALBANO et al., 2019; LOPES et al., 2019; NOGUEIRA et al., 2019)

3.3 Condutas de primeiros socorros

Os primeiros socorros, são os primeiros procedimentos que devem ser
realizados quando ocorre algum evento inesperados e que pode afetar a integridade
física de um indivíduo. Partindo desse princípio, aplicando na estética, os primeiros
socorros têm um papel muito importante devido fato de estar inteiramente relacionado
à autoestima do indivíduo e pode afetar o físico e o psicológico (GARCIA; MOSE;
BOTTEGA, 2006).
Martins, Luíza e Rodrigues (2009), explicam que:

“As vertentes históricas básicas sobre os problemas da estética evoluíram
desde a Grécia antiga até meados do século XX. Enquanto na antiguidade os
filósofos discutiam a natureza da beleza, os pensadores do século XVIII
começaram a interessar-se por conceitos adicionais: o sublime, o pitoresco,
assim, a estética evoluiu como um modo de complementar a beleza com
conceitos adicionais (MARTINS; RODRIGUES, 2009).”

Ou seja, os interesses pela estética vêm caminhando pela história e que
sempre houve problemas nesse âmbito devido o desconhecimento de efeitos
colaterais dos procedimentos realizados na época. Porém, hoje em dia não tem sido
diferente, devido falta de conhecimentos tanto sobre procedimentos, manipulação de
máquinas e equipamentos quanto do histórico médico de clientes, podendo acarretar
uma série de acidentes físicos que sejam necessários a aplicação dos primeiros
socorros (EID, 2009).
Para Albano et al. (2019) todo lugar contém riscos de ocorrer algum acidente,
não sendo diferente em clínicas de estética, onde vem sido mais comum os acidentes
por causa da grande demanda por procedimentos de embelezamento. E ainda
partindo das explicações das autoras, ainda não há estudos científicos que se
aprofundem sobre o assunto, porém é um assunto de saúde pública que os
recorrentes acontecimentos noticiados sobre procedimentos estéticos, e nos casos de
emergência, é necessário que o profissional tenha conhecimentos de condutas
efetivas ao prestar os primeiros socorros para prevenir piora no quadro e que auxilie
de primeiro momento.
É preciso sempre manter a calma, acionar a emergência, verificar os sinais
vitais (como respiração e pulsação), verificar as vias aéreas, manusear somente
quando não houver riscos de fratura, e dessa forma iniciar os procedimentos de
primeiros socorros até a chegada de socorristas especializados.

3.4 Riscos de Biossegurança

A preocupação com possíveis riscos que possam interferir negativamente à
integridade física do cliente, juntamente com a falta de assistência que pode ocorrer
no momento do acidente (MARTINS; RODRIGUES, 2009).
A biossegurança vem padronizar as condutas nos procedimentos para
minimizar riscos que afetem cliente e esteticista, agregando no dia a dia um conjunto
de ações que previnem e até eliminam riscos em clínicas estéticas, não
comprometendo mais a saúde dos indivíduos envolvidos, proporcionando saúde e
qualidade de vida aos esteticistas (INÁCIO et al., 2010).
Portanto, é necessário manter sempre as condutas corretas para realizar
procedimentos, como a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que

visa proteger o indivíduo de riscos capazes de ameaçar a saúde e integridade física
de clientes e esteticistas (RAMOS, 2009).

Os EPIs necessários descritos por Inácio et al. (2010), são as luvas, máscara
facial, touca, jaleco, sapato fechado e dependendo do procedimento, é preciso de
óculos de proteção. O autor descreve as luvas como barreiras protetoras para mãos
e pele de cliente e profissional, a máscara e óculos são a proteção de respingos em
mucosa oral, nasal e ocular, a touca serve para prevenir contaminação cruzada por
meio dos fios de cabelo, o jaleco e o sapato fechado protegem o profissional de
materiais orgânicos e líquidos evitando exposição a sangue e fluídos.
Segundo Inácio et al (2010), as luvas devem ser descartadas a cada
atendimento, a máscara e os óculos de proteção podem ser descartados todos os
dias, o jaleco, calças cumpridas e os sapatos fechados devem ser lavados com sabão
antissépticos e até mesmo autoclavados para a remoção total de microrganismos.
A disposição e modelo dos móveis e equipamentos é muito importante como
medida segura de Biossegurança, devendo ter espaço para locomoção, iluminação e
ventilação boa, pisos antiderrapante, paredes laváveis, sanitários de colaboradores e
clientes devem ser separados, bem como local para refeição e para guardar pertences
(ANVISA, 2002).
Vieira e Andrade (2010) explicam a importância do descarte correto de
perfurocortantes, EPIs descartáveis, e esterilização de equipamentos utilizados para
a não propagação de agentes infecciosos, além de prevenir o cliente e os coletores
de ferir-se com agulhas, tesouras, pinças e demais itens que venha causar algum
dano. Os autores citam o discarpak como o descarte ideal para perfurocortantes, pois
é feito de papelão resistente à perfuração, já o descarte de toucas, máscaras e luvas
é em lixos biológicos separados dos demais, óculos de proteção podem ser
desinfetados com álcool 70%.

3.5 Frequência de Acidentes

Na área da estética não é tão comum a esteticista prestar atendimento de
primeiros socorros, mas em algumas emergências devemos ter noções básicas de

como proceder. Existem várias causas que podem ocorrer um acidente dentro da
clínica de estética, isto ocorre principalmente devido à falta de conhecimento de como
operar aparelhos voltados à estética (GONÇALVES, 2006).
Os mais frequentes são os síncope, queimaduras, hemorragias e lesões:
Síncope é a ausência temporária da consciência, com durabilidade de poucos
minutos. Ela vem devido a diminuição do fluxo sanguíneo que faz com que o cérebro
seja irrigado, originado de uma reação nervosa, após grande inatividade física,
perturbação emocional, quebra de tensão ou fraqueza alimentar. Os sintomas são
náusea, muita sede, pele fria e húmida, palidez, fraqueza e inquietação e, por fim, a
inconsciência temporária (GONÇALVES, 2006).
Hemorragias pode ser externa, interna, epsitaxe e na pele, onde a externa é
sangramento evidente e classificada arterial com sangue vivo (por ser rico em
oxigênio); interna é o choque hipovolêmico, ou seja, o sangramento interno, não
visível; epsitaxe é o sangramento nasal que se dá por lesões, pressão atmosférica
baixa, alta temperatura e acidentes físicos, e na pele é lesão no tecido subcutâneo
classificada por petéquias (menores que 2mm), purpúricas (de 2mm a 1cm) e
equimoses (maiores que 1cm). As hemorragias em geral podem ser oriundas de
contusões, procedimentos aplicados de forma errada ou em pessoas com distúrbios
hemorrágicos ou que fazem tratamento com anticoagulantes (NOGUEIRA et al.,
2019).
Queimaduras é a lesão da pele proveniente de traumas térmicos (frio o calor),
elétricos, químicos e radioativos. Pode acarretar em pequenos ou grandes danos (1º,
2º e 3º grau) no tecido epitelial podendo atingir músculos e ossos. Os agentes
causadores podem ser líquidos, eletricidade, agentes químicos ou fogo, que podem
ocorrer em procedimentos como radiofrequência, criolipólise (como na Figura 1),
peeling químico (demonstrado na Figura 2), luz intensa pulsada, alta frequência, ceras
depilatórias, entre outros Os agentes químicos que causam queimaduras são ácidos
com pH baixos causam lesões de queimaduras maiores, como kójico, hialurônico,
gicólico, retinóico, entre outros (LOPES et al., 2019).

Figura 1 - Queimadura ocorrida pela criolipólise

Fonte: Dermatologia.net
Figura 2: Queimadura por Peeling químico

Fonte: Catraca Livre (2019)

Hipotermia e Hipotensão onde a primeira é a queda de temperatura corporal,
chegando à 35ºC para menos e o corpo não possui recursos para recuperar a
temperatura, interferindo na circulação sanguínea e a hipotensão é um distúrbio grave
onde a pressão arterial estão inferiores ao valor normal e dessa forma não é
repassado o oxigênio e nutrientes necessários. Pode ocorrer em drenagens linfáticas

e massagens clássicas são altamente indutoras à ativação da hipotermia e a
hipotensão (CRUZ et al., 2018).
Intoxicação pode ser por inalação ou alergias, que ocorre devido produtos
químicos altamente tóxicos e que pode prejudicar acarretando em distúrbios
respiratórios e possivelmente evoluir para um edema (ALBANO et al., 2019).

3.6 Primeiros Socorros mais frequentes

De forma geral, é necessário o preenchimento da ficha de anamnese antes da
realização de qualquer procedimento para que obtenha todas as informações e
históricos médicos dos clientes, ciente de alergias e contraindicações e dessa forma,
criar protocolos adequados (NOGUEIRA et al., 2019).
Independente do acidente que vier ocorrer, é necessário que seja mantido a
calma e que os sinais vitais do cliente sejam avaliados, sendo a respiração e a
pulsação. Após essa verificação, aplicar os primeiros socorros referente à cada
situação (MARTINS; RODRIGUES, 2009).
De acordo com os acidentes ocorridos com maior frequência nas clinicas de
estética, os primeiros socorros mais aplicados serão baseados nos mesmos dados,
ou seja, as condutas para hipotermia e hipotensão, queimadura, síncope e hemorragia
(NOGUEIRA et al., 2019).
Em caso de síncope, que é perda de consciência temporária, é necessário que
a cliente seja colocada de maneira que flua o sangue ao cérebro com a ajuda da
gravidade, podendo levantar suas pernas – assim que for recuperando a consciência,
levante-a gradualmente até que possa sentar; se for início de desmaio, posicione a
cabeça entre os joelhos e indique a respiração profunda e lenta para que restabeleça
oxigênio ao cérebro. Afrouxe a vestimenta que são justas na cintura, pescoço e peito
para que o organismo possa obter melhor circulação e ventilação (GONÇALVES,
2006).
No caso de hemorragias, Nogueira et al. (2019) explica que as ações de
primeiros socorros devem ocorrer, na externa, formas de estancamento imediato,
como a compressão da contusão, feita com tecido seco e limpo e realizando a
compressão por no mínimo 10 minutos – em caso de não conter objetos na ferida ou
fraturas. No choque hipovolêmico, as autoras indicam o atendimento especializado,

porém a conduta de início é evitar as pernas abaixadas, isto é, eleva-las de 20 a 30
centímetros para manter o corpo aquecido com a circulação que aumentará.
Quando ocorre o sangramento nasal, ou na epsitaxe, a recomendação é não
posicionar a cabeça para trás, evitando o extravasamento do sangue, deve ser
colocado a cliente sentada com o corpo inclinado para frente evitando a aspiração
desse sangue e com a gaze faça limpeza desse local. A hemorragia da pele
ocasionada por cortes acidentais ou devido procedimentos que utilize materiais
perfurocortantes, sendo necessário a limpeza e desinfecção do local lesionado
(NOGUEIRA et al, 2019).
As queimaduras, conforme Lopes et al. (2019), ocorrem com maior frequência
devido alto uso de equipamentos de alta temperatura, e deve-se ter o cuidado de
acordo com a gravidade da lesão – levando em conta a contraindicação da aplicação
de pomadas em quaisquer que seja o grau da queimadura, evitando qualquer risco de
contaminação, alergia ou piora na inflamação da região queimada.
Em casos da queimadura do 1º grau, é recomendado que o local afetado seja
delicadamente arrefecer o local com água na temperatura fria; a queimadura de 2º
grau, por ser mais grave, é necessário o resfriamento do local por 5 minutos e cobrir
com pano limpo ou gaze, cuidadosamente, pois o processo inflamatório fará com que
forme bolhas e se perfuradas, as mesmas podem ser contaminadas por
microrganismos; quando há 3º grau devido complicações no quadro, o socorro deve
ser acionado de forma imediata, e as condutas de primeiros
socorros devem ser
aplicadas como na queimadura de 2º grau – não podendo mexer em demais partes
do cliente, até a chegada do resgate. Em caso de dores, administrar doses de anti-
inflamatório e analgésicos – conforme indicação de médicos (LOPES et al., 2019).

“Os primeiros socorros, tanto na radiofrequência quanto com luz
intensa pulsada, é necessário resfriar a região e cobri-la com gaze
limpa, podendo surgir bolhas no locar, caso seja de segundo grau
(LOPES et al., 2019, p. 193). ”

A hipotermia e hipotensão, desencadeadas após procedimentos estéticos é
necessário que os socorristas especializados sejam acionados, posicionar o cliente
com hipotermia em decúbito dorsal, ou seja, deitado, retirando a vítima de qualquer
exposição ao frio, mantendo-a aquecida com cobertores, manta térmica e qualquer
tecido que aqueça, sempre atento aos sinais vitais, sendo a respiração e a pulsação.

Na hipotensão, quando o cliente está inconsciente, é preciso que ele seja posicionado
em decúbito dorsal, e que suas vias sejam desobstruídas até que venha recuperar os
sentidos e fique consciente, e em casos de consciência do paciente, é preciso apenas
que suas pernas sejam elevadas em 30 centímetros, aguardando o resgate (CRUZ et
al., 2018).
Nos casos de intoxicação, conforme cita Albano et al. (2019), nas clinicas de
estéticas, vem principalmente pela inalação de agentes químicos como Hidroquinona
e Formol. É recomendado ligar para a emergência, primeiramente, e após iniciar a
verificação das vias respiratórias, erguer a mandíbula com o dedo delicadamente afim
de averiguar se no interior da boca se há fluídos, examinar se o tórax está em
movimento, abrir janelas para melhorar a ventilação do ambiente - avaliar sempre os
sinais vitais do cliente.

4 METODOLOGIA

A primeira etapa do presente trabalho consiste na busca de revisões de literatura
narrativa, artigos científicos relacionados aos primeiros socorros no âmbito da estética,
delimitando no período de sete anos, ou seja, a partir de 2012, publicados em bases de
dados como Scielo, Pubmed, Medline e revistas com foco nos procedimentos estéticos
e no idioma de português, com palavras-chaves como Primeiro Socorros, Estética e
Acidentes.
A segunda etapa dessa pesquisa, tem por objetivo a avaliação dos artigos
coletados para identificar qual deles se encaixam no assunto abordado: “Primeiros
Socorros em Procedimentos Estéticos” para o desenvolvimento do trabalho, como num
processo de inclusão e exclusão de artigos para que melhor seja desenvolvido o trabalho
No critério de inclusão foram considerados todos que relacionavam os acidentes
em clinicas de estética e que precisasse das condutas de primeiros socorros, cuidados
em clinicas de estética e os erros nos procedimentos.
No critério de exclusão foram considerados os que relacionavam os primeiros
socorros com escolas e em outros âmbitos, benefícios dos procedimentos estéticos,
além de procedimentos estéticos cirúrgicos e realizados por outros profissionais, como
biomédicos, odontologistas e até médicos cirurgiões plásticos, mantendo apenas os
procedimentos realizados por esteticistas.

5 DISCUSSÃO E RESULTADO

Foram encontrados 15 artigos relacionados com os primeiros socorros em
centros estéticos e seus procedimentos. Destes, 27% relatam sobre os primeiros
socorros em centros estéticos – sendo os mesmos citados na Tabela 1 abaixo, 13%
são publicações governamentais, 13% estudos sobre biossegurança no âmbito
estético e da beleza, e os 47% são artigos aleatórios que registram os acidentes e
quais os procedimentos de primeiros socorros devem ser aplicados.

Tabela 1 – Resultados encontrados nas Revisões de Literatura
AUTOR/ANO TIPO DE ESTUDOS RESULTADOS
Albano et al., 2019

Revisão da literatura
Intoxicação por meio de inalação de hidroquinona e
formoldeído, e os problemas de respiração e alergia
que ocorre;
Cruz et al., 2018

Revisão da literatura
Procedimentos estéticos que ocasionam a
hipotensão e os devidos procedimentos estéticos
que podem ser aplicados;
Gonçalves, 2006 Manual
Realização de procedimentos estéticos com
conhecimento e segurança na execução dos
mesmos e os primeiros socorros em casos de
acidentes;
Lopes et al., 2019

Revisão da literatura
Tipos mais comuns de queimaduras que ocorrem
em procedimentos estéticos e os primeiros socorros
para cada tipo de ocorrência;
Nogueira et al., 2019

Revisão da literatura
Os tipos de hemorragias que podem ocorrer devido
procedimentos estéticos e os primeiros socorros
nessas ocorrências;
Ozolins e Mendes, 2018

Revisão da literatura
Causas de hipotermia e hipotensão em
procedimentos estéticos e quais os primeiros
socorros para ocorrências.

Segundo estudos de Gonçalves (2006) a síncope é manifestada devido a
minimização do fluxo sanguíneo no cérebro e consequentemente ocasiona pouca
atividade cerebral e pode levar à inconsciência total, onde a vítima perde total sentido
temporariamente. Esse mal-estar está relacionado principalmente com a rotina do
cliente, que pode não ter realizado uma boa refeição, ou estar tendo alguma reação
nervosa, quebra de tensão ou até mesmo dor ocasionada por diversos motivos.
O autor ainda descreve os primeiros sintomas que podem ser identificados a
ocorrência da síncope (palidez, sede, náusea, etc), e quais as condutas de primeiros
socorros que o profissional deve obter numa ocorrência como essa – aconselhando

até mesmo ter no estabelecimento um esfigmomanômetro para aferir a pressão
arterial do cliente (GONÇALVES, 2006).
Nos casos de hemorragias, os autores Nogueira et al. (2019) analisaram outros
autores que explanaram sobre as hemorragias (interna, externa e epistaxe) e
condutas necessárias para poder minimizar os impactos dessa ocorrência, que podem
iniciar por diversos motivos, como: procedimentos realizados de forma incorreta
(criolipólise, vacuoterapia, eletroliólise, drenagem linfática, entre outros) que atingindo
vasos sanguíneos, desencadeando os sangramentos – tendo que o profissional da
estética verificar as condições clínicas de cada cliente antes de realizar qualquer
procedimento, além de ter conhecimento de como aplicar as técnicas; temperatura
inadequada do ambiente; cuidado com acidentes com perfurocortantes; etc.
Ocorrendo as hemorragias interna, externa e por epistaxe, são necessários os
primeiros socorros de imediato adequado para cada um deles. Entretanto, tanto
interna quanto externa, se em excesso, é necessário que seja acionado a emergência
para que a vítima seja atendida por profissionais especializados, conforme relata
Nogueira et al., (2019).
Quando se fala em queimadura em centros estéticos, muitos trabalhos
científicos podem ser citados, devido grande crescimento de aparelhos tecnológicos
que atualmente são rotinas nesse ambiente e a necessidade do amplo conhecimento
para utiliza-los. Segundo estudos de Lopes et al. (2019), as queimaduras são
ocasionadas por procedimentos estéticos como “peeling químico, luz intensa pulsada,
criolipólise, radiofrequência, alta frequência, entre outros”.
Os autores explicam a importância dos primeiros socorros para a recuperação
do cliente, pois pode evitar profundidade no dano causado – adotando as medidas
necessárias para cada caso. A criolipólise é o procedimento que tem mais chances
de ocasionar um acidente por queimaduras, devido aplicação errada na membrana
pode expor a pele numa temperatura abaixo de -10ºC, ocasionando uma queimadura
por frio (LOPES et al., 2019).
Equipamentos de alta frequência também tem sido
grande vilão nos centros
estéticos, que promovem aumento de temperatura devido as correntes de alta
frequência, não podendo serem utilizados por tempo prolongado e em alta intensidade
podendo ocasionar queimaduras devido a concentração do efeito térmico no mesmo
ponto, conforme afirmação de Lopes et al., (2019). Os autores informam que na maior

parte dos casos (queimadura de 1º e 2º grau) é preciso resfriamento do local
imediatamente e cobertura da região com gaze limpa para evitar queloides e cicatrizes
hipertróficas, observado em 15% dos casos. Porém, muitos dos aparelhos que
causam as queimaduras podem também tratá-las, para providenciar aos portadores
destas cicatrizes alívio e aspecto estéticos melhores.
A hipotermia e hipotensão, quando ocorre nos centros estéticos, deve ser
iniciado os primeiros socorros imediatamente, uma vez que quando é desencadeado
os sinais vitais são comprometidos, sendo necessário prestação de socorro rápido.
Ozolins e Mendes (2018) afirmam que alguns procedimentos estéticos acarretam
hipotermia e hipotensão com óleos essenciais que possuem os ativos, como
amêndoa, cafeína, entre outros.
Cruz et al. (2018) afirma que a drenagem linfática é a mais citada, por promover
alteração de pressão arterial, aumento da circulação sanguínea que são gatilhos para
o desencadeamento da hipotermia e hipotensão. A aromaterapia e drenagem linfática
podem ocasionar a hipotensão devido a vasodilatação, levando a alteração da
pressão arterial do indivíduo já com alguma disfunção e a queda de temperatura com
a diminuição do fluxo sanguíneo.
As intoxicações são mais comuns nos centros estéticos – bem como salões de
beleza, pois a utilização de hidroquinona e formol tem habitualmente sido utilizado.
Albano et al. (2019) relatam, conforme estudos analisados, que a inalação ou o
contato dermal pelo uso inadequado de algumas substâncias podem acarretar em
grandes distúrbios respiratórios, apresentando sintomas como falta de ar, queimação
na garganta, ardências nos olhos, vermelhidão na pele, entre outros.
De imediato é necessário parar com o procedimento para não agravar, e se
preciso realizar condutas de primeiros socorros, deve-se retirar o cliente do ambiente
infestado pelo cheiro e liberar as vias respiratórias do mesmo até a emergência chegar
(ALBANO et al, 2019).
Devido recente pauta nos principais artigos, os acidentes em clinicas de
estética, como: inaptidão dos profissionais na aplicação de procedimentos e utilização
de aparelhos estéticos, não há material de consulta, estudos analisados com pessoas
e nem estatísticas que apresentam registros sobre esses fatos dentro de centros
estéticos e qual a frequência da necessidade de primeiros socorros nos incidentes –
por esse motivo foi necessário analisar as revisões de literatura que abordassem a

importância das manobras de primeiros socorros por profissionais da área da estética
para que em casos de emergência ou urgência o mesmo esteja preparado para
auxiliar a vítima.

6 CONCLUSÃO

Devido grande número de acidentes em centros estéticos que vem sendo
exposto perante a mídia, esta pesquisa complementará aos profissionais da área a
ciência dos riscos que os procedimentos estéticos podem acarretar aos mesmos e
clientes, e com eles a necessidade da prestação dos primeiros socorros.
A partir dos eventos adversos que mais ocorrem nos procedimentos estéticos,
é preciso ter noção dos processos de primeiros socorros para poder agir no momento
do acidente.
Conclui-se que para a realização dos procedimentos estéticos se faz
necessário obter conhecimentos sobre os procedimentos estéticos, bem como seus
efeitos fisiopatológicos, e saber cada conduta de primeiros socorros conforme os
acidentes e ocorrências que acontecem nos procedimentos estéticos, dessa forma os
riscos de agravamento de algum sintoma é minimizado.

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