Buscar

A Evolução do Capitalismo e a Divisão Internacional do Trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

G
E
O
G
R
A
FI
A
 I
323PROENEM
Aproxime seu dispositivo móvel 
do código para acessar a teoria
01 A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO E A DIT
A DIVISÃO INTERNACIONAL
DO TRABALHO
A DIT (Divisão Internacional do Trabalho) é o nome 
dado para a divisão produtiva em âmbito internacional. 
A Divisão Internacional do Trabalho direciona uma 
especialização produtiva global, já que cada país fi ca 
designado a produzir um determinado produto ou partes 
do mesmo, dependendo dos incentivos oferecidos 
em cada país. Esse processo se expandiu na mesma 
proporção que o capitalismo. Nesse sentido, um exemplo 
que pode ser usado é a montagem de um automóvel 
realizada na Argentina, porém com componentes oriundos 
de diferentes países, como parte elétrica e eletrônica de 
Taiwan, borrachas da Indonésia e assim por diante. Isso 
ocorre porque cada país oferece certos atrativos. Desta 
forma, o custo do produto fi nal será menor, aumentando 
os lucros das empresas.
Os países emergentes ou em desenvolvimento que 
obtiveram uma industrialização tardia e que possuem 
economias ainda frágeis e passíveis de crises econômicas 
oferecem aos países industrializados um leque de 
benefícios e incentivos para a instalação de indústrias, 
tais como a isenção parcial ou total de impostos, mão de 
obra abundante, entre outros. Por conta disso, a Divisão 
Internacional do Trabalho provoca desigualdades. Os 
países emergentes ou em desenvolvimento, como México, 
Argentina, Brasil e outros, 
adquirem tecnologias a 
preços altos, enquanto que 
a maior parte dos produtos 
exportados pelos países 
citados não atingem preços 
satisfatórios, favorecendo 
os países ricos.
Num primeiro momento, 
entre os séculos XVI e 
XVIII, a DIT tradicional era 
composta por dois grupos 
de países: o das metrópoles 
e o das colônias. Com isso, 
a lógica de comércio era 
bem simples (e desigual): 
as colônias vendiam matéria-prima por um preço baixo 
para as metrópoles, que os transformavam em produtos 
de maior valor agregado e os revendiam, acumulando mais 
capital. Tal panorama durou um longo período, mesmo 
com a independência de muitas colônias. 
Até a década de 50, os bens manufaturados eram 
oriundos restritamente dos países industrializados, 
como Estados Unidos, Canadá, Japão e nações 
europeias. Os países já industrializados tinham suas 
respectivas produções primeiramente destinadas ao 
abastecimento do mercado interno. Depois, o restante 
era direcionado ao fornecimento de mercadorias 
industrializadas aos países subdesenvolvidos que ainda 
não haviam ingressado efetivamente no processo de 
industrialização.
Até aquela época, os países subdesenvolvidos 
tinham a incumbência de gerar matéria-prima com a 
fi nalidade de fornecê-la aos países industrializados. 
Após a Segunda Guerra Mundial, muitas empresas, 
sobretudo norte-americanas, começaram a instalar fi liais 
em diferentes países do mundo. Isso foi intensifi cado 
com o processo da globalização, que transformou 
muitos países subdesenvolvidos, que no passado eram 
meros produtores primários, em exportadores também 
de produtos industrializados, alterando as relações 
comerciais que predominavam até então. Ou seja, surgiu 
uma Nova DIT, mais complexa do que a anterior.
Apesar da modifi cação apresentada na confi guração 
econômica, os países da América Latina, Ásia e África, 
ainda ocupam destaque na produção de produtos 
primários. O que os mantêm como produtores primários é 
principalmente o modo como os países subdesenvolvidos 
foram industrializados. 
Grande parte das 
empresas e indústrias 
existentes em países 
pobres é de nações 
desenvolvidas e ricas. 
Diante desse fato, uma 
das características 
da Nova DIT é a 
remessa de capitais: 
a maioria dos lucros 
adquiridos durante o 
ano não permanecem 
no território no qual a 
empresa se encontra, e 
sim migram para o país 
de origem da mesma. Em outras palavras, as empresas 
transnacionais normalmente buscam os interesses 
próprios sem considerar as causas sociais, econômicas 
e ambientais de onde suas empresas estão instaladas.
01 A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO E A DIT
324
O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO 
DO CAPITALISMO
Na história da humanidade é possível observar 
distintos modelos de organização dos meios sociais, 
econômicos e políticos, que exerceram grande influência 
no modo de viver das sociedades e na organização 
do espaço geográfico. Dentre esses sistemas, aquele 
que mais realizou transformações no espaço e nas 
sociedades foi o capitalismo, a partir de um paulatino 
processo de desenvolvimento, sendo na atualidade o 
sistema hegemônico mundial, apesar de ter sofrido 
algumas transformações ao longo do tempo. De 
qualquer forma, o capitalismo possui um conjunto de 
características que o definem de modo geral. A mais 
importante delas está correlacionada ao maior objetivo 
do sistema, que é o lucro, ou seja, a reprodução do capital, 
que vai justificar todas as outras características. Outra 
marca importante é a estrutura de propriedade baseada 
na propriedade privada, na qual os meios de produção 
(terras, equipamentos, matérias-primas etc.) pertencem 
aos agentes econômicos, podendo ser privados ou 
estatais. Além disso, existe um predomínio do trabalho 
assalariado e de uma sociedade dividida em classes, 
de acordo com a concentração de renda. Considerando 
seu processo de desenvolvimento, costuma-se dividir 
o capitalismo em quatro fases: Comercial, Industrial, 
Financeiro-Monopolista e Informacional.
Fim do século XV até a primeira 
metade do século XVIII: Capitalismo 
Comercial (1ª fase)
Substituindo o Feudalismo, a primeira etapa do 
capitalismo foi marcada pela expansão marítima das 
potências da Europa Ocidental da época (Grandes 
Navegações), em busca de novas rotas de comércio, 
sobretudo para as Índias. O objetivo dessas nações era 
acabar com o monopólio das cidades italianas (como 
Veneza e Gênova) no comércio com o Oriente pelo 
Mediterrâneo. Esse processo resultou no descobrimento 
de novas terras e na apropriação de vastos territórios 
(colonialismo), além da escravização e genocídio de 
milhões de nativos da América e da África. O principal 
eixo econômico migra do Mar Mediterrâneo para o 
Oceano Atlântico. Forma-se um comércio triangular entre 
América, África e Europa. Expandiram-se os mercados 
consumidores e abastecedores, além da descoberta 
de novas jazidas minerais. São criadas companhias de 
comércio, como a Companhia Holandesa das Índias 
Orientais (VOC).
A produção de mercadorias era essencialmente 
artesanal, em oficinas (o mestre artesão e os artesãos 
auxiliares eram produtores e donos dos meios de 
produção). O que realmente interessava era o comércio 
de especiarias, açúcar, tabaco, escravos, tapetes, sedas, 
perfumes, entre outros, com altíssimas margens de lucro. 
Naquele tempo já havia manufaturas rudimentares, onde 
o empresário era o proprietário dos meios de produção 
(fábrica e instrumentos) e pagava um salário em troca da 
força de trabalho do empregado. Porém, a força motriz 
era humana e manual.
A acumulação primitiva de capitais pela burguesia 
(que se capitalizou) era resultado da troca de mercadorias, 
ou seja, do comércio - e por isso o termo capitalismo 
comercial para designar o período. Esse acúmulo de 
capitais era fundamentado na política colonial conhecida 
como mercantilismo (caracterizado por três pilares: 
metalismo, balança comercial favorável e protecionismo).
A sociedade da época estava dividida em uma 
classe de proprietários de terras (clero e nobreza), uma 
classe de trabalhadores (servos, camponeses livres, 
assalariados, enfim, a massa popular) e uma classe 
burguesa (mercantil e manufatureira). Essa burguesia 
queria espaço social, político e ideológico, o que se tornou 
possível principalmente a partir do século XVIII.
Quadro-resumo:Capitalismo Comercial ou Pré-
capitalismo
Segunda metade do século XVIII até 
a segunda metade do século XIX: 
Capitalismo Industrial (2ª fase)
A Inglaterra foi pioneira no processo de Revolução 
Industrial. Cinco fatores podem explicar esse fato. Em 
primeiro lugar está a mão de obra abundante e barata 
proveniente da zona rural, devido aos cercamentos 
das terras que expulsaram milhares de camponeses 
das terras comunais. Formou-se, como diria Marx, um 
exército industrial de reserva: sempre existiam multidões 
às portas das fábricas, dispostas a trabalhar, não se 
importando com as condições. O segundo fator é a 
acumulação primitiva de capital proveniente das colônias 
inglesas e do comércio com o Oriente. O terceiro fator 
relaciona-se com a Revolução Gloriosa, que sepultou o 
absolutismo ao estabelecer a supremacia do Parlamento 
e inaugurou o Estado liberal inglês, pré-requisito para a 
plenitude capitalista burguesa. O quarto fator está ligado 
à existência de amplos mercados consumidores nas 
colônias, inglesas ou não, da América, África e Ásia. Por 
fim, o quinto fator refere-se à abundância de matérias-
primas, especialmente de ferro, carvão e algodão.
Foi uma era de invenções, primeiramente relacionadas 
com a indústria têxtil: máquina de fiar, tear hidráulico e 
tear mecânico. Todos esses inventos ganharam maior 
capacidade quando passaram a ser acoplados à máquina 
a vapor. Após o setor têxtil, a mecanização alcançou o 
setor metalúrgico. A descoberta do vapor como força 
motriz, além de impulsionar a produção industrial, atingiu 
também os transportes: foram criados o barco a vapor e 
GEOGRAFIA I
325PROENEM
a locomotiva a vapor. As redes de transporte terrestre e 
marítimo cresceram exponencialmente.
O comércio não era mais a essência do sistema. Nessa 
nova fase, o lucro provinha basicamente da produção 
industrial de mercadorias. O proprietário dos meios de 
produção não é o produtor direto. A relação de trabalho 
que agora vigora é o regime assalariado, uma vez que o 
trabalhador assalariado apresenta maior produtividade 
que o escravo e tem renda disponível para o consumo. 
O uso de máquinas aumentou a produção e a 
produtividade enormemente. Acelerou-se o processo de 
urbanização: os operários viviam em cortiços imundos, 
sem saneamento, onde bactérias, ratazanas e surtos 
epidêmicos ceifavam muitas vidas. Aprofundaram-
se as desigualdades entre ricos e pobres. As jornadas 
de trabalho chegavam a 16 horas, as fábricas eram 
insalubres, disciplina e hierarquia eram extremamente 
rígidas, os salários eram baixíssimos, era explorado o 
trabalho infantil e feminino, a expectativa de vida dos 
trabalhadores das fábricas e das minas muito difi cilmente 
ultrapassava os cinquenta anos, os acidentes de trabalho 
multiplicavam-se e a assistência médica e hospitalar aos 
trabalhadores praticamente inexistia. A miséria trazia em 
seu bojo uma série de males: o alcoolismo, o infanticídio, 
a prostituição, o suicídio, a loucura, a criminalidade e até 
o fanatismo religioso.
Ao contrário do período mercantilista, o Estado não 
mais intervinha na economia, que passou a funcionar 
segundo a lógica do mercado, guiado pela livre 
concorrência. Por pressão dos burgueses, consolidava-
se, assim, uma nova doutrina econômica: o liberalismo, 
defendido pelos economistas britânicos Adam Smith e 
David Ricardo.
Quadro-resumo: Capitalismo Industrial
Fim do século XIX até o fi nal da década 
de 1960: Capitalismo Financeiro 
Monopolista (3ª fase)
Se na primeira fase da Revolução Industrial prevalecia 
o tripé carvão-ferro-vapor, a segunda revolução industrial 
(surgida por volta de 1860) incorpora a eletricidade, 
o aço e o petróleo. O desenvolvimento do motor à 
combustão interna permitiu o surgimento do automóvel 
e do avião, expandindo e dinamizando os transportes. 
A indústria química também experimentou expressivo 
desenvolvimento de novos elementos e materiais. 
Evoluem os meios de comunicação, com a invenção do 
telégrafo e do telefone. A industrialização não mais se 
restringiria ao Reino Unido, mas se expandiria para outros 
países como a Bélgica, a França, e posteriormente a Itália, 
a Alemanha, a Rússia, os Estados Unidos e o Japão.
A especialização da produção aprofundou-se com 
o conceito de linha de montagem: esteiras rolantes 
levam peças e componentes padronizados. A fabricação 
do produto passou a ser dividida em etapas, onde as 
responsabilidades dos operários são bem específi cas. 
Henry Ford foi pioneiro nesse modelo de produção, 
aplicando-o em sua fábrica de automóveis. O fordismo 
também defendia que a empresa deveria dedicar-se 
a apenas um produto, além de dominar as fontes de 
matérias-primas.
Também foi marcante o processo de concentração 
e centralização de capitais. Empresas foram criadas e 
cresceram rapidamente: indústrias, bancos, corretoras de 
seguros, casas comerciais etc. A acirrada concorrência 
favoreceu as grandes empresas, levando a fusões e 
incorporações que resultaram na formação de monopólios 
ou oligopólios em muitos setores da economia. Diversas 
associações capitalistas foram feitas e, com isso, 
surgiram Holdings, Trustes, Conglomerados e Cartéis. 
Grandes corporações da atualidade foram fundadas 
nessa época: British Petroleum (1909), Coca-Cola (1886), 
Exxon (1882), Fiat (1899), General Eletric (1892), General 
Motors (1916), IBM (1911), Mitsubishi Bank (1880), Nestlé 
(1866), Siemens (1847).
Se na primeira revolução industrial os avanços 
tecnológicos eram resultantes de pesquisas espontâneas 
e autônomas, agora a ciência era apropriada pelo 
capital, isto é, estava a serviço da produção. As grandes 
corporações transnacionais (que atuam em vários 
países) formaram os primeiros laboratórios de pesquisa, 
que visavam desenvolver novas técnicas de produção.
Era cada vez maior a necessidade de garantir novos 
mercados consumidores, novas fontes de matérias-
primas e novas áreas para investimentos lucrativos. Foi 
nesse contexto do capitalismo, de acirrada concorrência 
entre as novas potências industriais, que ocorreu a 
expansão imperialista europeia na África. Na Conferência 
de Berlim (1884-1885) as potências da Europa retalharam 
o continente africano, partilhando-o entre eles. Porém 
as divergências entre os países não cessaram, levando 
a uma corrida armamentista que culminou na Primeira 
Guerra Mundial. Se consolidou a divisão internacional 
do trabalho, pela qual as colônias se especializavam 
em fornecer matérias-primas baratas para os países 
que então se industrializavam. Em contrapartida, 
esses países desenvolvidos vendiam sua crescente 
produção industrial. Essa divisão, inicialmente delineada 
no capitalismo comercial, consolidou-se na fase do 
capitalismo industrial. Diferentemente do colonialismo 
do século XVI, as empresas burguesas, e não o Estado, 
eram as principais agentes e benefi ciárias. No fi nal do 
século XIX também surgia uma potência industrial fora 
da Europa: os Estados Unidos da América, que exerceu 
seu imperialismo na América Latina baseado no controle 
político e militar.
Torna-se cada vez mais difícil distinguir o capital 
industrial (também o agrícola, comercial e de serviços) 
do capital bancário. Uma melhor denominação passa a 
ser, então, capital fi nanceiro. Os bancos assumem um 
papel mais importante como fi nanciadores da produção. 
01 A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO E A DIT
326
Afinal, bancos incorporam indústrias que, por sua vez, 
incorporam ou criam bancos para lhes dar suporte 
financeiro. Ao mesmo tempo vai se consolidando, 
particularmente nos Estados Unidos, um vigoroso 
mercado de capitais. As empresas vão deixando de ser 
familiares e se transformam em sociedades anônimas 
de capital aberto, ou seja, empresas que negociam suas 
ações em bolsas de valores. Isso permitiu a formação 
das corporações da atualidade,cujas ações estão 
distribuídas entre milhares de acionistas. Em geral, essas 
grandes empresas têm um acionista majoritário, que 
pode ser uma pessoa, uma família, uma fundação, um 
banco ou uma holding, ao passo que o restante (muitas 
vezes milhões de ações) está nas mãos de pequenos 
investidores.
O liberalismo permanece apenas como ideologia 
capitalista, pois o mercado passa a ser dominado por 
grandes corporações em substituição à livre concorrência 
e ao livre mercado, característicos da fase industrial, na 
qual predominavam empresas menores. O Estado, por 
sua vez, intervém na economia (principalmente a partir 
da crise de 1929) como agente planejador, coordenador, 
produtor ou empresário.
Nesse momento do capitalismo, em cada setor 
da economia – petrolífero, elétrico, siderúrgico, têxtil, 
naval, ferroviário etc. – passaram a predominar alguns 
grandes grupos. São os trustes verticais, que controlam 
as etapas da produção, desde a retirada da matéria-
prima da natureza e a transformação em produtos até 
a distribuição das mercadorias. Quando os trustes, 
ou empresas de menor porte, fazem acordos entre si 
estabelecendo um preço comum, dividindo os mercados 
potenciais e, portanto, inviabilizando a livre concorrência 
num determinado setor da economia, criam um cartel. 
Diferentemente do que acontece no truste, no cartel não 
há a perda de autonomia das empresas envolvidas. O 
truste é resultado de processos tipicamente capitalistas 
(concentração e centralização de capitais), que levam 
a fusões e incorporações de empresas de uma mesma 
cadeia produtiva em determinado setor de atividade. 
Já o Cartel é consequência de acordos entre grandes 
empresas com o intuito de compartilhar determinados 
mercados ou setores da economia.
Muitos trustes, constituídos no final do século XIX e 
início do século XX, transformaram-se em conglomerados. 
Resultantes de um amplo processo de concentração e 
centralização de capitais, de uma crescente ampliação e 
diversificação dos negócios, com o intuito de dominar a 
oferta de determinados produtos ou serviços no mercado, 
os conglomerados, também chamados grupos ou 
corporações, são o exemplo mais claro de empresas do 
capitalismo monopolista. Controlados por uma holding 
(conjunto de empresas dominadas por uma empresa 
central que detém a maioria ou parte significativa das 
ações de suas subsidiárias), eles atuam em diferentes 
setores da economia. O objetivo básico é a manutenção 
da estabilidade dos conglomerados, garantindo uma 
lucratividade média, já que há rentabilidades diferentes 
em cada setor.
Os maiores conglomerados são norte-americanos 
e japoneses. Por exemplo, a General Eletric, uma das 
maiores e mais internacionalizadas empresas do mundo, 
atua em diversos setores e fabrica uma grande variedade 
de produtos: lâmpadas, fogões, geladeiras, equipamentos 
médicos, motores de avião, turbinas para hidrelétricas 
etc. Há outros exemplos de conglomerados que atuam 
em diversos setores e têm interesses globais: General 
Motors (EUA), Sony (Japão), Fiat (Itália), Nestlé (Suíça), 
Unilever (Reino Unido/Países Baixos), Hyundai Motor 
(Coreia do Sul) etc. No Brasil também há conglomerados 
importantes como a Petrobras, a Companhia Vale do Rio 
Doce (Vale), a Votorantim, a AmBev, a Gerdau, a Brasil 
Foods, a JBS Friboi etc. Embora muitos grupos nacionais, 
como os citados, já tenham iniciado um processo de 
internacionalização, sobretudo na América Latina, ainda 
não se encontram no estágio de mundialização das 
corporações estrangeiras mencionadas.
Quadro-resumo: 
Capitalismo Financeiro-Monopolista
Anos 1970 até a atualidade: 
Capitalismo Informacional (4ª Fase)
Com o advento da Terceira Revolução Industrial, 
também conhecida como Revolução Técnico-Científica 
ou Revolução Informacional, o capitalismo atinge sua 
fase informacional-global. Isso ocorre no pós-Segunda 
Guerra, sobretudo a partir dos anos 1970 quando, 
gradativamente, disseminam-se empresas, instituições 
e diversas tecnologias responsáveis pelo crescente 
aumento da produtividade econômica e pela aceleração 
dos fluxos de capitais, de mercadorias, de informações 
– robôs, computadores, satélites, aviões a jato, cabos 
de fibras ópticas, telefones digitais, internet etc. – e de 
pessoas.
Nessa etapa de seu desenvolvimento, o capitalismo 
continua industrial e financeiro: industrial porque novas 
tecnologias empregadas no processo produtivo, a 
exemplo da robótica, permitiram grande aumento de 
produtividade e diversificação dos produtos; e financeiro 
por causa da desmaterialização do dinheiro que, em vez 
de circular fisicamente, cada vez mais se transforma 
em bits de computador, circulando rapidamente pelo 
sistema financeiro globalizado. Por isso mesmo, diversas 
questões de vestibular continuam a chamar a fase atual do 
capitalismo de financeiro-monopolista. Porém, é inegável 
que a característica fundamental da etapa atual do 
desenvolvimento capitalista é a crescente importância do 
conhecimento, do capital humano, isto é, o conhecimento 
e as habilidades que as pessoas acumulam por meio 
de educação, treinamento e experiência profissional. 
Por isso mesmo, diversos autores, textos e questões 
GEOGRAFIA I
327PROENEM
se referem ao momento presente como capitalismo 
informacional. Se as revoluções industriais anteriores 
foram movidas a energia (a primeira a carvão e a 
segunda, a petróleo e eletricidade), a revolução em curso 
é movida pelo conhecimento. Não por acaso as primeiras 
indústrias desenvolveram-se em torno das bacias 
carboníferas e atualmente as instituições típicas da 
revolução informacional, as chamadas indústrias limpas, 
estão próximas a universidades e centros de pesquisa, 
onde se desenvolvem tecnopolos. Nesses centros 
industriais, típicos da Terceira Revolução Industrial, há 
grande concentração de indústrias de alta tecnologia: 
informática, telecomunicações, robótica e biotecnologia, 
entre outras. O tecnopolo do Vale do Silício, nos Estados 
Unidos, em torno da Universidade de Stanford, foi o 
primeiro a se formar; com o tempo outros foram criados: 
em Cambridge, perto da universidade de mesmo nome, 
no Reino Unido; na região metropolitana de Campinas, 
estado de São Paulo, próximo da Universidade de 
Campinas (Unicamp); no Japão (tecnopolo Tsukuba); em 
Munique, na Alemanha; em Paris (tecnopolo Axe-Sud), na 
França; entre muitos outros.
Pode-se afi rmar que a globalização (o atual momento 
da expansão capitalista) está para o capitalismo 
informacional assim como o colonialismo esteve para 
sua etapa comercial ou o imperialismo esteve para o fi nal 
da fase industrial e início da fi nanceira. Trata-se de uma 
expansão que visa aumentar os mercados e (o lucro), 
que de fato move os capitais (tanto produtivos quanto 
especulativo) no mercado mundial. A incipiente opinião 
pública mundial, manifestada através de movimentos 
antiglobalização, movimentos pacifi stas e ONGs, também 
é resultado da revolução informacional e da globalização.
Na era da globalização a expansão capitalista é 
silenciosa, sutil e efi caz. Trata-se de uma “invasão” de 
mercadorias, capitais, serviços, informações e pessoas. 
As novas “armas” são a agilidade e a efi ciência das 
comunicações, dos transportes e do processamento de 
informações, graças aos satélites de comunicação, à 
internet, à informática, aos telefones fi xos e celulares, aos 
enormes e rápidos aviões, aos supernavios petroleiros 
e graneleiros e aos trens de alta velocidade. A “guerra” 
acontece nas bolsas de valores, de mercadorias e de 
futuros em todos os mercados do mundo e em todos os 
setores imagináveis. As estratégias e táticas são traçadas 
nas sedes das grandes corporações transnacionais, dos 
grandes bancos, das corretoras de valores e de outras 
instituições e influenciam quase todos os países.
No capitalismo informacionaldestaca-se também a 
questão do desemprego, como decorrência da Terceira 
Revolução Industrial e do uso de altas tecnologias 
produtivas (robótica, informatização), ou como resultado 
da reformulação e otimização produtiva empresarial, 
incluindo-se o remanejamento e demissão de 
funcionários e o enxugamento estatal.
Quad ro-Resumo: Capitalismo Informacional
RESUMO
A DIT corresponde a uma especialização das atividades 
econômicas em caráter de produção, comercialização, 
exportação e importação entre distintos países do 
mundo. A DIT tende a aprofundar as diferenças entre os 
países pobres que vendem produtos baratos e os países 
ricos desenvolvidos, que ganham dinheiro exportando 
produtos industriais de alto valor agregado e tecnologia. 
O surgimento da DIT veio no período do Capitalismo 
Comercial, marcado pelo Colonialismo e o Mercantilismo. 
Com o passar do tempo e com o surgimento da indústria, 
a produção de mercadorias e a exploração da mais-valia 
se tornaram as principais estratégias para acumulação 
de lucro, fazendo com que o capitalismo se tornasse 
industrial e o Estado passasse a ser liberal. Mais a 
frente, com o surgimento de grandes corporações e 
transnacionais, a economia passou a ser dominada por 
trustes, conglomerados e cartéis, prejudicando a livre 
concorrência e promovendo a formação de monopólios 
e oligopólios. Nos anos 1970, com o desenvolvimento 
da robótica e da informática, o aumento da circulação 
de informações deu ao capitalismo uma nova face, 
em que o conhecimento se tornou fundamental para 
o sucesso de empresas e a obtenção do lucro. Nesse 
cenário, as empresas ganharam mais autonomia e 
passaram a pressionar o Estado para obter benefícios 
como incentivos fi scais. Sendo assim, o cenário atual é 
marcado pelo capitalismo informacional e por Estados 
neoliberais, que muitas vezes atuam de acordo com os 
interesses das empresas privadas e reduzem gastos 
públicos e serviços estatais.
01 A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO E A DIT
328
QUESTÃO 01
(UESC) Nas últimas décadas, muitos países que tinham 
uma economia voltada basicamente para o setor primário 
têm recebido em seus territórios fi liais ou subsidiárias de 
multinacionais, fato que vem modifi cando profundamente 
seus perfi s econômicos e suas funções dentro da atual 
divisão internacional do trabalho (DIT).
Com base nas informações do texto e nos conhecimentos 
sobre a DIT e suas implicações, é correto afi rmar:
a) A implantação das multinacionais, nos países 
periféricos, gerou grandes lucros, porque o lucro era 
reinvestido no seu território, diversifi cando o processo 
produtivo.
b) A nova DIT não alterou as desigualdades no processo 
produtivo, mas possibilitou o dinamismo da economia 
de todos os países do Terceiro Mundo, devido à 
interferência estatal.
c) Os países de industrialização clássica, como o Brasil, 
o México e a Argentina, saíram mais fortalecidos que 
os demais países periféricos, porque os investimentos 
externos produtivos priorizam esses mercados.
d) Essa nova Distribuição Internacional do Trabalho 
caracteriza-se pela mudança do perfi l econômico das 
nações periféricas e pela diminuição da dependência 
econômica dessas nações.
e) Os países centrais, na nova Distribuição Internacional 
do Trabalho, fornecem produtos e serviços com alto 
conteúdo tecnológico e os países periféricos, produtos 
de primeira e segunda geração industrial
QUESTÃO 02
(UFSCAR) “ O que chamo de a mais nova divisão 
internacional do trabalho está disposta em quatro posições 
diferentes na economia informacional/global: produtores de 
alto valor com base no trabalho informacional; produtores 
de grande volume baseado no trabalho de mais baixo 
custo; produtores de matérias-primas que se baseiam em 
recursos naturais; e os produtores redundantes, reduzidos 
ao trabalho desvalorizado (...). A questão crucial é que estas 
posições diferentes não coincidem com os países. São 
organizadas em redes e fluxos, utilizando a infraestrutura 
tecnológica da economia informacional (...)” 
Manuel Castells, “A sociedade em rede”. 
Considerando as informações contidas no trecho e as 
alterações no espaço geográfi co a partir da Revolução 
Informacional, é correto afi rmar que:
a) a nova divisão internacional do trabalho é uma 
reprodução da clássica divisão, pois há espaços 
geográfi cos de alto valor informacional (países centrais) 
e outros de trabalho desvalorizado (países da periferia).
b) o desenvolvimento tecnológico na área de informação, 
ao reorganizar os fluxos de capital e de pessoas, criou 
uma rede hierarquizada e cristalizada de novos países 
informatizados.
c) as “cidades globais” Nova Iorque, Otawa e Rio de 
Janeiro são espaços geográfi cos exclusivos dos 
produtores de alto valor do trabalho informacional, 
representando, portanto, os ícones da nova divisão 
internacional do trabalho.
d) as quatro posições descritas podem ocorrer 
simultaneamente num mesmo país, visto que a nova 
divisão internacional do trabalho não ocorre entre 
países, mas entre agentes econômicos organizados 
em sistemas de redes e fluxos.
e) estão excluídos da nova divisão internacional do 
trabalho os países de economia dependente, porque 
não são capazes de produzir tecnologia de ponta, o que 
os impede de participar do sistema de redes e fluxos.
QUESTÃO 03
“Cortando fronteiras com capital e tecnologia, as 
multinacionais otimizam mercados, recursos naturais e 
políticos em escala mundial. Uma nova forma de acumular 
lucros, uma nova divisão internacional do trabalho.”
KUCINSKI, Bernardo. O que são multinacionais
A nova divisão internacional do trabalho apresentada 
no texto tem como causa a seguinte atuação das 
multinacionais:
a) aplicação de capitais em atividades agropastoris nos 
países periféricos;
b) implantação de fi liais em países de mão-de-obra barata;
c) participação em mais de um ramo de atividade;
d) importação de matérias-primas do 3° mundo;
e) exploração de novas fontes de energia.
QUESTÃO 04
Assinale qual dos fenômenos abaixo NÃO representa 
uma consequência das atuais condições da Divisão 
Internacional do Trabalho.
a) Intensifi cação da Globalização e dos meios 
tecnológicos.
b) Descentralização industrial e produtiva.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Acesse os códigos de cada questão para ver o gabarito
GEOGRAFIA I
329PROENEM
c) Expansão das grandes corporações para todo o mundo.
d) Enfraquecimento das leis ambientais em países 
periféricos.
e) Desconcentração das riquezas mundiais.
QUESTÃO 05
“A industrialização ampliou a divisão do trabalho dentro da 
unidade de produção (a fábrica) e no interior da sociedade 
de cada país. Ao mesmo tempo, estabeleceu a Divisão 
Internacional do Trabalho entre os países industriais e as 
regiões fornecedoras de produtos agrícolas e minerais”.
(LUCCI, E. A. et. al. Território e sociedade no mundo globalizado: 
Geografi a Geral e do Brasil. Ensino Médio. Editora Saraiva, 2005. p.56).
Assinale a alternativa que NÃO expressa uma característica 
da Divisão Internacional do Trabalho (DIT).
a) Os países desenvolvidos exportam produtos 
tecnológicos e os países subdesenvolvidos exportam 
matérias-primas.
b) A formação da DIT está relacionada, principalmente, 
com os eventos ligados ao colonialismo.
c) Conferências internacionais são anualmente realizadas 
para se defi nir qual tipo de produto cada país produzirá 
no contexto do comércio internacional.
d) A Divisão Internacional do Trabalho envolve, entre 
outras questões, as relações desiguais entre o norte 
desenvolvido e o sul subdesenvolvido nos campos 
político e econômico.
e) Os países desenvolvidos exportam produtos 
manufaturados e os países subdesenvolvidos 
exportam matérias-primas.
QUESTÃO 06
(IFSP 2016) Observe a fi gura abaixo.
A fi gura ilustra a Divisão Internacional do Trabalho(DIT). 
De acordo com Milton Santos (1996), a DIT corresponde 
às funções produtivas desempenhadas por cada Estado-
nação no sistema internacional. Em relação ao Brasil, em 
que pese a condição ainda subordinada no que se refere à 
sua participação na divisão do trabalho (agora ainda mais 
internacionalizada), analise as assertivas abaixo.
I. Devido ao fortalecimento de seu parque industrial, a 
participação do Brasil no cenário internacional como 
país exportador de matérias-primas (carne bovina, 
cana-de-açúcar, minério de ferro, soja etc.) tem 
declinado no comércio internacional.
II. A participação do Brasil na DIT permanece 
estritamente agroexportadora, tendo o agronegócio 
como principal setor produtivo.
III. O Brasil, apesar das signifi cativas transformações no seu 
parque industrial que ocorreram nas últimas décadas, 
continua sendo um país exportador de matérias-primas, 
como cana-de-açúcar, minério de ferro, soja etc.
IV. Apesar da internacionalização crescente, o Brasil 
não participa da DIT, uma vez que possui tanto um 
parque industrial variado, cuja tecnologia de ponta é 
predominante, como uma forte agricultura.
É correto o que se afi rma em
a) II e IV, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
QUESTÃO 07
(FGV 2014) A questão está relacionada ao gráfi co e ao 
texto apresentados.
Desde 2007, os produtos básicos sinalizam uma 
estabilização no quantum importado, apresentando 
pequena variação entre as quantidades máxima e mínima 
em cada ano. Por sua vez, os produtos semimanufaturados, 
após período de estabilidade, começam a mostrar 
tendência de crescimento.
Enquanto isso, as quantidades importadas de produtos 
manufaturados tiveram crescimento contínuo e foram 
fortemente aceleradas nos dois últimos anos, impulsionadas 
pela demanda doméstica e pela forte valorização do real.
(http://www.aeb.org.br/userfi les/fi le/AEB%20%20Radiografi a%20
Com%C3%A9rcio%20Exterior%20Brasil.pdf. Adaptado)
A leitura das características do comércio internacional do 
Brasil em dois momentos (1995 e 2007) permite concluir que:
a) somente uma maior nacionalização da economia 
permitirá ao Brasil superar o atraso tecnológico, 
que o torna dependente da importação de produtos 
industrializados.
01 A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO E A DIT
330
b) mesmo com os esforços desenvolvimentistas do 
Estado, o Brasil conserva sua vocação agrícola, já que 
a exportação de commodities é sufi ciente para custear 
a importação de produtos industrializados.
c) embora o Brasil se equipare em termos de 
competitividade com outros países industrializados, 
o forte crescimento do mercado interno exige a 
importação de manufaturados.
d) apesar da posição do Brasil na Nova Divisão 
Internacional do Trabalho, o país ainda mantém a 
dependência na importação de produtos de alto valor 
agregado.
e) o fato de as atividades industriais manterem-se 
fortemente concentradas explica a baixa produção e a 
necessidade de importação de bens manufaturados.
QUESTÃO 08
(UERJ 2010)
A fusão da Sadia com a Perdigão, em maio de 2009, 
resultou na criação da Brasil Foods, décima maior empresa 
alimentícia do continente americano e segunda do país.
Esse evento é decorrente de uma estratégia das grandes 
corporações e representa uma tendência mundial da atual 
fase do capitalismo.
A denominação da atual fase do capitalismo e uma 
justifi cativa para a adoção dessa estratégia estão 
indicadas em:
a) liberal - redução dos preços das mercadorias.
b) monopolista - ampliação da participação no mercado.
c) monetarista - diminuição dos custos de comercialização.
d) concorrencial - aumento da escala de compras da 
companhia.s
QUESTÃO 09
(UNAMA) Com o advento da Terceira Revolução Industrial, 
também conhecida como Revolução Técnico-Científi ca 
ou Revolução Informacional, o capitalismo atinge sua 
fase informacional-global. Isso ocorre no pós-Segunda 
Guerra, sobretudo a partir dos anos 70 do século XX, 
com a expansão de empresas multinacionais e diversas 
tecnologias no espaço mundial.
(Adaptado de Moreira, J.C e Sene, E. Geografi a do Ensino Médio, p. 174)
Sobre o assunto, é correto afi rmar que
a) nessa fase do capitalismo, os países tornam-se cada vez 
mais vulneráveis aos interesses das grandes corporações 
internacionais, fato associado à crescente circulação 
de capitais, mercadorias, informações e pessoas, 
características importantes do processo de globalização.
b) a característica mais importante e fundamental dessa 
etapa do desenvolvimento capitalista é a crescente 
importância do conhecimento, fato que tem gerado 
maior interdependência entre os países e diminuído a 
desigualdade econômica e social entre as nações.
c) nessa fase do capitalismo, ocorre uma verdadeira 
“guerra” nas bolsas de valores e mercados futuros 
em diversos países do mundo como também em 
outros setores econômicos. Este período é também 
caracterizado pela igualdade competitiva entre 
empresas de países pobres e ricos.
d) no capitalismo globalizado, a intensifi cação dos fluxos 
comerciais no espaço mundial é intensa e harmônica. 
Os produtos são transportados por enormes navios, 
trens, caminhões e aviões, que circulam por modernas 
e intricadas redes que cobrem grandes extensões da 
superfície terrestre.
QUESTÃO 10
(UERJ) O Conselho Administrativo de Defesa Econômica 
(CADE) do Ministério da Justiça condenou, ontem, as 
empresas Roche, Basf e Aventis. Segundo o Cade, essas 
empresas teriam restringido a oferta e elevado os preços 
no Brasil das vitaminas A, B2, B5, C e E, na segunda metade 
dos anos 90. Elas também teriam impedido a entrada de 
vitaminas chinesas, a preços mais baratos, no Brasil.
As empresas já haviam sido condenadas por práticas 
semelhantes na Europa e EUA.
Juliano Basile. Adaptado de Valor Econômico, 12/04/2007
Desde o fi nal do século XIX, tornou-se um aspecto 
marcante do modo de produção capitalista a formação de 
grandes empresas capazes de controlar a maior parte ou 
mesmo todo o mercado de um ou mais produtos.
A notícia acima expressa a seguinte prática presente nessa 
realidade centenária, associada à seguinte característica 
do atual momento econômico:
a) holding - fusão de companhias do mesmo setor.
b) cartel - controle do mercado em escala planetária.
c) oligopólio - padronização mundial das leis de 
concorrência.
d) dumping - protecionismo para produtos de países 
emergentes.

Mais conteúdos dessa disciplina