Buscar

Ciência Política Aula 3 e 4 Estácio

Prévia do material em texto

Ciência política –
unidade 3 e 4
PROFESSOR | HECTOR LUIZ – MESTRE EM DIREITO
Nascimento do estado 
moderno
O nascimento do estado moderno
Nascimento do direito internacional público:
Princípio da Igualdade jurídica dos estados
Paz de Westfália de 1948 – Linha divisória
O nascimento do estado nacional – 3 
elementos: povo, território e soberania
Poder de 
imperium -
estado 
absolutista –
REI -
SOBERANIA
Os elementos essenciais do 
Estado
E quais são os elementos essenciais do 
Estado? Há um grande consenso de que 
sejam o povo, o território e a soberania (una 
e indivisível). 
Faltando qualquer um dos elementos considerados essenciais do 
Estado, este não poderá mais ser assim considerado. 
1. Povo
• É um conjunto de cidadãos (natos e naturalizados) vinculados 
a um regime jurídico do Estado. É uma entidade jurídica.
População: entende-se pela reunião 
de indivíduos num determinado local, 
submetidos a um poder central.
2. Território
• Espaço geográfico onde reside determinada população. É
limite de atuação dos poderes do Estado.
• Vale dizer que não poderá haver dois Estados exercendo seu
poder num único território, e os indivíduos que se encontram
num determinado território estão obrigados a se
submeterem.
3. Soberania 
• É o exercício do poder do Estado, internamente e
externamente. O Estado, dessa forma, deverá ter ampla
liberdade para controlar seus recursos, decidir os rumos
políticos, econômicos e sociais internamente e não depender
de nenhum outro Estado ou órgão internacional.
• A essa autodeterminação do Estado dá-se o nome de
soberania.
Soberania X Autonomia
DIFERENÇAS IMPORTANTES!!!
Unidade 4 –Território
• Território: a Delimitação Espacial do Poder;
• O território e seu caráter multidimensional;
• Do ponto de vista espacial as três dimensões: 
TERRESTRE, MARÍTIMA E AÉREA.
Atenção!
• Em regra o território tem limitação geográfica, contudo pode-
se ter delimitação espacial com múltiplas dimensões.
Admitindo-se a descontinuidade geográfica. O exemplo
clássico é o caso das Ilhas Malvinas. – ( Argentinos X Ingleses)
Nestes casos, importa destacar que não será possível existir mais de 
uma soberania atuando dentro daquele estado. O que não se mostra de 
forma alguma possível é a existência de um mesmo território sob a 
convivência de duas soberanias distintas. Com efeito, como já tivemos a 
oportunidade de examinar, é inadmissível a divisão do exercício da 
soberania diante dos princípios da unidade e da indivisibilidade do 
poder de império do Estado. 
Território e o poder de império 
do estado
• Hans Kelsen entendeu que a delimitação territorial é uma 
necessidade, pois torna possível a vigência simultânea de 
diversas ordens estatais.
• Sem dúvidas o território é patrimônio do povo e não 
propriedade do Estado.!!!
• Cuidado com as exceções: Estado de Defesa e Estado de Sítio.
Questiona-se o território é patrimônio do povo ou é propriedade 
do Estado?
Teorias sobre a nat. jurídica de 
território.
• Teoria do território-patrimônio – Por esta teoria, o território é 
considerado propriedade do Estado
• Teoria do território-objeto – segundo esta teoria, o Estado 
exerce um direito real de caráter público, chamado domínio 
eminente sobre o território.
• Teoria do território-espaço – Esta terceira teoria vislumbra 
que o poder que o Estado exerce sobre o território é um 
poder exercido sobre pessoas, ou seja, um poder de 
imperium, de comandar pessoas. 
• Teoria do território-competência - é no território do Estado 
que se podem aplicar as leis por ele produzidas. 
Conceito atual de território
• O território possui como característica a
multidimensionalidade, ou seja, seus limites jurisdicionais
podem ser terrestre, marítimo e aéreo:
TERRITÓRIO MARÍTIMO 
ESTATAL
a) Mar Territorial (MT); b) Zona 
Contígua (ZC); c) Zona Econômica 
Exclusiva (ZEE); d) Plataforma 
Continental (PC)
“TERRITÓRIO 
TERRESTRE”
a) Mar territorial (MT):
• O primeiro grande componente do território marítimo estatal
é o Mar Territorial (MT), aqui compreendido como a faixa de
mar de 12 (doze) milhas marítimas (uma milha marítima tem
1.852 metros) que se entende a partir da linha de baixa-mar
do litoral continental e insular.
• Ou seja, a partir desta linha, temos um pouco mais de 22 km
de território marítimo onde o Brasil mantém sua soberana
autoridade.
b) Zona Contígua (ZC) 
• O segundo grande componente do território marítimo estatal
é a Zona Contígua, que se estende de 12 a 24 milhas
marítimas.
• Ou seja, a Zona Contígua inicia logo após o Mar Territorial (12
milhas) e vai até o limite máximo de 24 milhas. Na Zona
Contígua, o Estado costeiro não tem soberania plena, mas tão
somente capacidade de controle relativo dessa área de 12
milhas marítimas, após o Mar Territorial.
OBS: na denominada Zona Contígua, o Estado costeiro ainda está 
autorizado a realizar inspeções sanitárias em navios (a fim de 
impedir alguma epidemia no território), inibir a entrada de 
imigrantes ilegais, evitar que seres humanos sejam transportados 
de forma degradante, adotar medidas aduaneiras e fiscais 
c) Zona Econômica Exclusiva (ZEE) 
• O terceiro componente do território marítimo estatal é a
chamada Zona Econômica Exclusiva (ZEE), faixa adjacente ao
mar territorial até o limite de 200 milhas marítimas, na qual o
Estado costeiro exerce direitos específicos para fins
econômicos.
EXEMPLO: a exploração e aproveitamento, conservação e gestão 
dos recursos naturais, vivos ou não vivos, das águas sobrejacentes 
ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, investigação 
científica marinha, e a outras atividades com vistas à exploração e 
ao aproveitamento da zona para fins econômicos. 
d) Plataforma Continental (PC)
• Finalmente, o quarto e último componente do território
marítimo estatal é a Plataforma Continental (Continental
Shelf). Dentro dos limites da Plataforma Continental, a
soberania é limitada ao exercício de direitos para efeitos de
exploração dos recursos naturais.
Nos termos da lei brasileira, a Plataforma Continental do Brasil 
compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se 
estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do 
prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo 
exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas 
milhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a 
largura do mar territorial.
Plataforma continental 
estendida
• A dimensão exata da Plataforma Continental estendida
depende de um levantamento físico feito pelo Estado costeiro.
• Ressalte-se que parte da exploração das reservas de
hidrocarbonetos da camada do "pré-sal" encontra-se na
Plataforma Continental Estendida. Assim, se o Brasil não
tivesse feito o levantamento dessa área, não seria possível
realizar sua exploração econômica.

Continue navegando