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Ciência política Aula 5 e 6 Estácio

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Ciência política –
unidade 5 e 6
PROFESSOR | HECTOR LUIZ – MESTRE EM DIREITO
Povo: Traços Característicos e 
Distintivos 
• O termo “povo” tem uso amplo e indiscriminado e acaba se
confundindo com outros conceitos que lhe são
completamente apartados, tais como população e nação.
Fique atento!!
Para uns o povo é o elemento essencial do Estado, enquanto 
para outros é a população que se configura como elemento 
essencial de formação do Estado. 
O conceito de povo em seu sentido 
jurídico-político
• O conceito jurídico-político de povo está relacionado ao 
vínculo da nacionalidade entre a pessoa e o Estado .
Nacionalidade é a condição de um cidadão que pertence a 
uma determinada nação com a qual se identifica. Ex. brasileira, 
portuguesa, americana.
Art. 12, CF. São brasileiros: I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que 
de pais estrangeiros,
b) b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, 
c) ) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que sejam registrados em repartição 
brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil.
Em síntese: 
• Vejam que o “povo” será sempre o elemento humano do
Estado e, na verdade, a razão de ser deste. Assim, é ele o
elemento essencial que possibilita que o Estado seja um ente
dotado de vontade, o que é fundamental no aperfeiçoamento
de algumas relações jurídico-políticas que desta não
prescindem.
“povo”- o conjunto de indivíduos que em um 
dado momento se unem para constituir o 
Estado, estabelecendo, assim, UM VÍNCULO 
JURÍDICO DE CARÁTER PERMANENTE!
Povo x população x nação
Povo, é o elemento humano do Estado, sendo, portanto, um 
conceito mais restrito que o de população. 
População é mera expressão numérica, demográfica ou econômica, 
que abrange o conjunto das pessoas que vivam no território de um 
Estado ou mesmo que se encontrem nele temporariamente. 
Nacionalidade é a condição básica para o exercício da cidadania, vale 
dizer todo cidadão é nacional, mas nem todo nacional é cidadão. EX. 
Aos estrangeiros, componentes da população, não é dada a 
faculdade de participar da vida política do país.
Nação a partir do conceito de 
povo.
• O termo “Nação” refere-se a uma coletividade real que se
sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos,
culturais ou espirituais, por interesses, ideais e aspirações
comuns.
• Exemplos:
- Comer pão francês e café com leite;
- Gostar de samba, ter samba no pé.
- Cultuar o carnaval;
- Falar português;
- Profetizar várias crenças religiosas.
A título de exemplo, podemos citar Espanha (bascos, catalães), China 
(tibetanos), Rússia (chechenos) e Bélgica (flamengos). Esses Estados 
possuem um povo que é formado por cidadãos de várias “nações”.
Soberania: o império estatal e sua 
base de sustentação
• TERMO QUE DESIGNA O PODER POLÍTICO NO ESTADO
MODERNO.
Refere-se a plenitude da capacidade de direito 
em relação aos demais poderes dentro do Estado. Por 
outro lado, a soberania também pode significar, sob uma 
perspectiva externa, o atributo que possui o Estado 
Nacional de não ser submetido às vontades estatais 
estrangeiras, já que situado em posição de igualdade 
para com elas. 
A competência das competências.
As regras jurídicas estabelecidas no âmbito estatal são derivadas da 
emanação deste poder soberano do Estado. 
Evolução histórica do conceito 
de soberania.
• PERÍODO MEDIEVAL: já se conhecia a expressão “soberano”, 
para se referir à figura do rei, mas não se conhecia o termo 
“soberania” e menos ainda o conceito que visava expressar.
• IDADE MÉDIA: soberania buscava representar uma posição
de superioridade em um sistema social profundamente
hierarquizado.
Poderes seculares
• Altas instâncias do que denominamos por poder secular;
• Autoridades intermediárias que realmente conduziam a vida
em sociedade, dentro de uma coexistência de múltiplas
ordens jurídicas - Rivalidade entre direito e igreja nascia.
Direito da igreja,
Das universidades,
Das corporações de ofício
Dos senhores feudais.
A separação entre estado e 
igreja..
• A separação Igreja-Estado é uma doutrina política e legal que
estabelece que o governo e as instituições religiosas devem
ser mantidos separados e independentes uns dos outros. A
expressão se refere mais frequentemente a combinação de
dois princípios: secularismo do governoe liberdade religiosa.
• Whitman (2009) observa que em muitos países europeus, o
Estado tem ao longo dos séculos, assumido as funções sociais
da igreja levando em geral a uma esfera pública secularizada.
• O conceito da separação entre Igreja e Estado se refere à
distância na relação entre a religião organizada e o Estado-
nação. O termo é um desdobramento da frase, "muro de
separação entre Igreja e Estado”.
Pensamento filosófico de Santo 
Tomás de Aquino
• Sem negar a essência divina, Santo Tomás de Aquino aparta a
fé e a razão; que todo o poder vem de Deus, as teorias do
direito divino;
• Como espécies das chamadas doutrinas teocráticas, acabavam 
por enfatizar a crença em um poder originário supra-humano.
A Teoria do Direito Divino Sobrenatural ensina que Deus não só é a 
causa do poder, mas também sua origem. Como criador de tudo e de 
todos, será a vontade de Deus responsável também pela criação do 
Estado e pela designação daquele que exercerá a titularidade do poder 
temporal, isto é, o Rei.
Origem do poder político
• A origem do poder político vem de Deus, porém o uso do
poder e a maneira de exercê-lo provêm dos homens. Isto
significa dizer que a Teoria do Direito Divino Providencial
ensinava que a intervenção de Deus na escolha dos
governantes seria de maneira indireta, através de
acontecimentos humanos.
Teoria da soberania de Jean 
Bodin
• O primeiro grande teórico da soberania, ao formular sua tese
acerca da soberania absoluta, com o claro propósito de
legitimar o Rei de França perante seus principais rivais
políticos e, com isso, reafirmar sua independência política em
relação ao Império e ao Sacerdócio.
Em Bodin, a soberania é una, 
indivisível, irrevogável, 
perpétua, indelegável, ou 
seja, é um poder supremo 
que não pode ser desafiado 
por qualquer tipo de 
oposição
Oposição a soberania do rei
• Em oposição a soberania do rei começa a ser criado uma
“soberania popular”. – por intermédio dos filósofos
contratualistas.
Assim, aos poucos vai-se configurando o que Rousseau denominou 
“soberania popular”.
Predominância da vontade popular, cuja expressão se dá pela lei (a 
famosa “vontade geral”), ocorre o deslocamento da soberania em 
direção ao povo.
Legitimidade e legalidade 
• Legitimidade e legalidade como fundamentos da soberania 
estatal:
A soberania expressa a capacidade de impor coercitivamente a 
vontade nacional e de fixar as competências no âmbito da organização 
do Estado. 
Verifica-se que o poder soberano deve se preocupar em ser: 
legítimo e legal
Grau de lealdade 
de todos os seus 
cidadãos
Supremacia do 
poder soberano. 
Respeito a ordem 
vigente.
Ordenamento jurídico -
legítimo
• No Estado Democrático de Direito, a fonte básica de
legitimação do poder político é a lei, principalmente a
Constituição, que é a norma-ápice do Estado, bem como o
filtro axiológico sob o qual as leis infraconstitucionais devem
ser interpretadas. As normas jurídicas são impessoais e
destinadas a todo o corpo social.
Max Weber e o poder legítimo
• a) o poder tradicional: típico das monarquias, que independe
da legalidade formal;
• b) o poder carismático, normalmente exercido pelos líderes
autênticos, que interpretam os sentimentos e as aspirações do
povo, muitas vezes contra o direito vigente;
• c) o poder racional,que é exercido pelas autoridades
investidas pela lei, havendo coincidência necessária, apenas
neste caso, entre legitimidade e legalidade.

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