Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA ALINE DE OLIVEIRA LAÍS DE FÁTIMA QUEIROZ LEÃO MARIANE FERREIRA DA SILVA NAIRA FERNANDA DOS SANTOS AMORIM NATHALIA BATISTA ARAUJO YASMIN IDALGO O USO DE CONTRASTE IODADO EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA BAURU 2019 UNIVERSIDADE PAULISTA ALINE DE OLIVEIRA LAÍS DE FÁTIMA QUEIROZ LEÃO MARIANE FERREIRA DA SILVA NAIRA FERNANDA DOS SANTOS AMORIM NATHALIA BATISTA ARAUJO YASMIN IDALGO O USO DE CONTRASTE IODADO EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação de tecnologia em radiologia apresentado a Universidade Paulista – UNIP BAURU 2019 ALINE DE OLIVEIRA LAÍS DE FÁTIMA QUEIROZ LEÃO MARIANE FERREIRA DA SILVA NAIRA FERNANDA DOS SANTOS AMORIM NATHALIA BATISTA ARAUJO YASMIN IDALGO O USO DE CONTRASTE IODADO EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Trabalho apresentado junto ao curso de Tecnologia em Radiologia do Instituto de ciências da saúde, da Universidade Paulista – UNIP, campus bauru, como parte da nota das disciplinas cursadas no semestre Aprovado em: BANCA EXAMINADORA ________________________________________ Prof. Drª. Cássia Vanessa Nova ________________________________________ Prof. Drª. Susy Morais Campos _________________________________________ Prof. Dr. Fernando Toledo de Oliveira RESUMO Os meios de contrastes radiológicos são classificados quanto à capacidade de absorver radiação, composição, solubilidade, natureza química, capacidade de dissociação e via de administração. O uso de agentes contrastantes é empregado para a visualização de órgãos que apresentam densidades semelhantes em toda a sua estrutura anatômica e adjacente, pela substância contrastante ser mais densa que a estrutura do órgão a ser radiografado permite sua visualização. O assunto abordado no presente trabalho relatará sobre a tomografia computadorizada que tem como meio de contraste o iodo ,explicando quais as reações adversas que pode acontecer em cada mecanismo etiológico, mostrando detalhadamente os graus de severidade que pode ocorrer depois da realização do exame. Em especial, foi realizado uma pesquisa sobre como é trabalhar na área que exerce o exame de tomografia Computadorizada, relatando sobre os principais exames solicitado em uma TC, os meios de contraste utilizado e sua dosagem para cada tipo de paciente, e algumas recomendações que é feita para os pacientes antes do exame. Palavras chaves: radioagnóstico por imagem, meios de contraste, tomografia computadorizada, dosagem. ABSTRACT Radiological contrast media are classified by their ability to absorb radiation, composition, solubility, chemical nature, dissociation capacity and route of administration. The use of contrast agents is used for the visualization of organs with similar densities throughout their anatomical and adjacent structures, because the contrasting substance is denser than the structure of the organ to be radiographed allows its visualization. The subject addressed in the present paper will report on the contrast-enhanced computed tomography of iodine, explaining which adverse reactions may occur in each etiological mechanism, showing in detail the degrees of severity that may occur after the examination. In particular, research was conducted on what it is like to work in the area that performs the CT scan, reporting on the main exams requested on a CT scan, the contrast media used and their dosage for each type of patient, and some recommendations that are made. To patients before the exam. Keywords: radiographic imaging, contrast media, computed tomography, dosage. SUMARIO 1. INTRODUÇÃO….……………………………………………………………………… 2. CONTRASTE IODADO………………………………………………………… 2.1. REAÇÕES ADVERSAS……………………………………………………… 2.2. MECANISMO ETIOLÓGICO…………………………………………………. 2.3. GRAUS DE SEVERIDADE……………………………………………………….. 2.4. TEMPO DECORRIDO APÓS A ADMINISTRAÇÃO DO MEIO DE CONTRASTE……………………………………………………………………………….. 3. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA………………………………………………… 4. VISITA TÉCNICA…………………………………………………………………………. 5. CONCLUSÃO……………………………………………………………………………. 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………………………….. 1. INTRODUÇÃO Meios de contraste são substâncias usadas em radiologia com o objetivo de facilitar a visualização distinção de determinadas partes anatômicas que possuem densidades semelhantes. Essas são substâncias químicas capazes de realçar tecidos que normalmente, não apareceriam com nitidez em uma imagem radiológica. Contudo, é inegável a importância dos exames contrastados para um radioagnóstico de qualidade usando métodos por imagem. ¹ Os contrastes utilizados nos exames são basicamente fabricados com três substâncias diferentes: iodo, bário e gadolínio, aplicadas por tipos de vias específica para cada meio. São exemplos desse procedimentos radiológicos a radiografia, exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada Os contrastes a base de bário são utilizados por via oral em exames que se deseja demonstrar melhor o tubo digestivo; o contraste a base do iodo pode ser utilizado por via oral ou endovenosa. Quando utilizado por via oral serve para demonstrar melhor o tubo digestivo, e a endovenosa que servem para demonstrar melhor os órgãos internos do corpo, bem como as veias, artérias e alguns tipos de lesões; os contrastes a base de gadolínio são utilizados somente por via endovenosa em exames de ressonância magnética Em geral, o contraste altera a capacidade de absorção da radiação ionizante dos tecidos durante o procedimento diagnóstico, além de poder ocorrer algumas reações adversas ao meio de contraste não são muito frequentes, mas podem acontecer em diferentes graus de severidade. Este trabalho visa abordar o assunto sobre o uso de iodo como o meio de contraste no exame de tomografia computadorizada, que também denominada de tomografia axial computadorizada (TAC) e tomografia computadorizada (TC) espiral ou helicoidal que mostra um corte ou secção transversal do corpo fornecendo imagens mais detalhadas das estruturas do corpo, incluindo órgãos internos e ossos do que em uma radiografia simples. 2. CONTRASTE IODADO Meios de contraste são utilizados em exames por imagem, para facilitar a distinção de estruturas anatômicas em seu estado normal ou patológico. A técnica de obtenção de imagens pode ser realizadas por diferentes substâncias, uma dela é o contraste iodado. O meio de contraste iodado (MCI) é utilizado com a finalidade de dar melhor definição aos órgãos e tecidos nas imagens radiográficas, normalmente administrado via oral antecedendo ao procedimento e/ou por via endovenosa no exame. O contraste iodado pode ser classificado em iônico ou não iônico. O contraste iônico iodado, é o que se dissocia em duas partículas, um com carga positiva e outra com carga negativa, já os não iônicos não liberam partículas com cargas elétricas. O valor de partículas em relação ao volume de solução é o que determina a osmolaridade do contraste, ou seja, contraste iônico tem maior osmolaridade do que o não iônico. Há outras propriedades que correspondem à sua viscosidade e densidade. O quanto maior a densidade e a viscosidade, maior será o fluxo do contraste em sua resistência, o que proporciona menor velocidade de injeção e dificulta sua dissolução na corrente sanguínea. Todas essas propriedades estão ligadas à eficácia e a segurança dos meios de contraste iodado. [1] 2.1 Reações adversas O agente de contraste, tem por sua principal finalidade,o melhoramento da definição das imagens radiográficas, mas ele não é inofensivo e pode causar alguns danos e estes danos são chamados de reações adversas. Em relação aos meios de contraste (MC) após seu procedimento, as reações podem ocorrer com uma única ou múltiplas administrações. As reações adversas são classificadas quanto ao seu mecanismo etiológico, grau de severidade e tempo decorrido após a sua administração de contraste. [1,2] 2.2 Mecanismo etiológico Em relação ao mecanismo etiológico, as reações adversas são divididas em anafilactoides ou reações quimiotóxicas. As reações anafilactoides são similares às reações alérgicas ou de hipersensibilidades causadas pelos fármacos, porém não tem relação com a concentração de iodo, ou do fluxo, ou volume ministrado, ou até mesmo da propriedade química. Em seu efeito acontece um estímulo direto nas células, à degranulação de basófilos e mastócitos, sem sensibilização e medição IgE, não produz memória imunológica, sendo assim uma nova exposição não necessariamente causará nova reação. Seus sintomas incluem náusea, vômito, coriza nasal, urticária, prurido, tosse, angioedema, broncoespasmos, edema laríngeo e hipotensão com taquicardia, podendo evoluir para choque e insuficiência respiratória severa, grande parte das reações adversas são as reações anafilactoides. [1,3] E em relação às reações quimiotóxicas, podendo ser consideradas também como não anafilactoides, causadas pela propriedade físico-química do meio de contraste na homeostase, seu efeito tóxico tem relação direta em determinados órgãos ou sistemas, é uma dose dependente. Seu mecanismo de ação tem relação com quantidade de cátions liberada pelo contraste, expansão aguda do volume plasmático, vasodilatação generalizada por efeito na musculatura lisa e lesão do endotélio vascular. Seus sintomas clínicos incluem sensação de calor, gosto metálico na boca, sudorese, palidez cutânea, náusea, vômito e hipotensão com bradicardia, tontura, convulsões, reações cardiovasculares como arritmias e depressão miocárdica, hipovolemia, insuficiência renal, dor e desconforto no local da injeção que podem evoluir para flebite. Reações complexas devida combinação de anafilactoides e quimiotóxicas também podem acontecer. Sintomas parecidos em quimiotóxicas com anafilactoides, podem dificultar a identificação da etiologia destes sintomas. [1,4,6] 2.3 Graus de severidade As reações adversas ao contraste iodado podem ser classificadas em leves, moderadas, graves à fatais. [2,4] As reações adversas leves são mais comuns, autolimitadas, pouca duração, seus sintomas são pruridos, urticária leve, náuseas, vômitos, tontura, exantema. Os sintomas cedem espontaneamente, não precisando de intervenção medicamentosa, apenas observação, por precaução de evolução da reação. [1,7] As de intensidade moderada ou intermediária, necessitam de intervenção medicamentosa e observação cuidadosa. Manifestam-se vômitos persistentes, Urticária difusa, cefaleia, edema facial e de laringe, broncoespasmos, taquicardia, hipo ou hipertensão transitória. Geralmente a resposta aos medicamentos é satisfatória e o paciente pode ser liberado quando recuperado e estabilizado. [1,8] As graves ou severas podem ser evolução do quadro leve ou moderado, são raras, necessitam de hospitalização de urgência e ameaçam a vida, seus sintomas incluem arritmias, hipotensão, broncoespasmos severo, convulsão, edema pulmonar, síncope, fibrilação atrial ou ventricular e parada cardiorrespiratória. Seu atendimento imediato é de extrema importância. As fatais podem levar o paciente a óbito por colapso cardiorrespiratório, edema pulmonar, coma, broncoespasmos e obstrução das vias aéreas ocasionado pelo edema de glote. [1,5,9] 2.4 Tempo decorrido após a administração do meio de contraste As reações adversas de acordo com o tempo decorrido após a administração do meio de contraste iodado, podem ser classificadas como imediatas (agudas) ou tardia. As imediatas agudas são aquelas que ocorrem em até 60 minutos após a administração do meio de contraste iodado. Normalmente o paciente ainda se encontra em observação no serviço de radiologia. As reações tardias são os sinais e sintomas que ocorrem entre 1 hora há 7 dias após a administração do meio de contraste iodado, quando o paciente já não se encontra mais no serviço de radiologia. Não há casos descritos de óbito por meio de contraste como efeito de reação tardia. [4,7] Os profissionais da equipe multidisciplinar devem estar aptos para garantir a segurança do paciente, tanto antes, durante e após a realização do exame. [1] Todos os pacientes devem ser considerados pacientes de risco, mesmo já tendo feito uso do meio de contraste, devendo estar descritos nos protocolos, também procedimento de emergência em caso de reação. Os contrastes são nefrotóxicos, então é aconselhável o menor volume possível, precavendo e diminuindo possíveis reações adversas anafiláticas. É de suma importância que o paciente fique no setor, pois caso aja qualquer tipo de reação haverá um médico. [10] Figura 1 – meio de contraste iodado endovenoso Fonte: https://endoscopiaterapeutica.com.br/ 3. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Os exames de imagens contêm uma importância enorme para o ramo, pois são capazes de diagnosticar doenças e condições de saúde de uma forma que nenhuma outra modalidade de exame é capaz de fazer.[13] Um dos exames mais comuns é a tomografia computadorizada, também denominada de tomografia axial computadorizada (TAC) e tomografia computadorizada (TC) espiral ou helicoidal que é um exame que mostra um corte ou secção transversal do corpo fornecendo imagens mais detalhadas das estruturas do corpo, incluindo órgãos internos e ossos do que em uma radiografia simples. Uma vez que a imagem é gerada no computador, pode ser ampliada para ser analisada com mais detalhes, facilitando sua interpretação. A tomografia é um exame não invasivo, que mostra a forma, tamanho e localização do tumor, além dos vasos sanguíneos que o alimentam.[11] É sabido que a tomografia computadorizada pode salvar vidas, já que se trata de um exame de imagem preciso e eficiente, mas certos tecidos, vasos sanguíneos e órgãos do corpo não apresentam a opacidade que se espera. Quando isso acontece, o contraste para tomografia não se faz apenas recomendável, mas sim obrigatório, já que se ele não for administrado, não será possível tirar conclusões acertadas a respeito do exame. Nem sempre é possível saber se o paciente precisará ou não da administração de contraste, já que isso pode variar de pessoa para pessoa, de acordo com suas condições de saúde. Por isso, pode ser que o paciente passe por mais de um exame.[13] Muitas vezes a tomografia computadorizada é utilizada para guiar o posicionamento da agulha durante uma biópsia. Onde anestesistas de plantão acompanham todos os procedimentos. Esse procedimento é chamado de biópsia guiada por tomografia. Também pode ser usada para guiar a agulha para o interior do tumor em alguns tipos de tratamento do câncer, como a ablação por radiofrequência. Quando comparadas as tomografias iniciais, de um paciente, com as realizadas durante ou após o tratamento, o médico acompanha a resposta do tumor às terapias ou determina se o tumor recidivou e após o término do tratamento. O prazo de entrega de resultado para este exame é de 04 (quatro) dias úteis. [11,14] Deitado na maca do equipamento, o paciente recebe orientaçõesde como se posicionar durante o exame. Uma máquina ao redor do paciente realiza as radiografias em poucos minutos, enquanto a maca avança lentamente pelo local em que as imagens são captadas. O preparo varia muito de acordo com o tipo de tomografia que será realizada. É comum ser solicitado jejum ao paciente, especialmente se ele tiver que tomar contraste. O exame é contraindicado em mulheres grávidas e em pacientes que tenham alergia ao iodo. O uso de qualquer medicamento deve ser informado no agendamento da tomografia.[12] O médico pode solicitar uma tomografia computadorizada convencional, mas se as imagens obtidas não tiverem sido suficientes para a emissão de um laudo conclusivo, seja ele comum ou um laudo a distância, então o exame pode ser repetido com a aplicação de contraste. Em clínicas em que já possuem equipamentos de telerradiografia, esse diagnóstico se torna ainda mais rápido e preciso. Na maioria das vezes, a realização tradicional do exame já possibilita ao radiologista diagnosticar o que ele precisa, porém, existem casos em que os vasos sanguíneos, órgãos e demais tecidos não ficam tão claros quanto se esperava. Nesses casos, é necessário utilizar o contraste para tomografia, que é eficiente para aumentar a perfeita visualização dos exames e garantir laudos radiológicos mais precisos e assertivos. O contraste está disponível em várias composições, que sempre precisam de um elemento radiopaco, ou seja, que se mantém opaco quando recebe as ondas de raio-X. Nos contrastes iodados, o elemento radiopaco é o próprio iodo.[13] Existem diversas variáveis para a aplicação desse composto, mas quando se trata do contraste para tomografia, o mais comum é que seja utilizado o contraste iodado, administrado via endovenosa. Os contrastes iônicos são mais concentrados, o que aumenta a possibilidade de reação no corpo humano.[13,15] O uso do contraste iodado na tomografia apresenta algumas observações sobre as doses, como no abdome e pelve, a concentração de Iodo comercialmente mais utilizado é de 300 mg/ml, maiores concentrações determinam maior densidade / contrastação por ml do produto (350 mg/m, 370 mg/ml), podendo ser utilizado em estudos angiográficos e mesmos em áreas de menor volume administrado ao paciente. No uso oral do contraste: com a chegada de equipamentos de muitas fileiras de detectores, diminui-se a necessidade do uso de contraste oral positivo. Pode-se distender o intestino com água para melhor avaliação. O contraste positivo pode ser utilizável em caos de pesquisa de fístula com o trato digestivo ou em pacientes mais magros ou crianças. Em pacientes com trauma, a avaliação dos segmentos pode ser feita através de uma série sem contraste e venosa. Na avaliação do segmento abdominal pode- se incluir as fases arterial e tardia, dependendo da suspeita clínica, principalmente em casos de acometimento urinário. Há protocolos quanto a redução da dose de radiação, existem múltiplas opções para se reduzir a dose de radiação provincial da tomografia. Cada fabricante técnico diferente ou até semelhante, mas com nomenclaturas distintas. Podemos destacar as novas técnicas de reconstrução iterativa e sistema de automático de modulação de dose. Não se aplica a finalidade desta proposta a descrição das diferentes ferramentas, devendo-se procurar as melhores opções disponíveis para o seu equipamento.[19] O risco será menor quando o volume de contraste for menor, o profissional determina o volume a ser injetado de acordo com o tipo de estudo que se pretende e as condições do paciente. Exames com foco no fígado, pâncreas e angiotomografias exigem injeção de grandes volumes de contraste, de maneira contínua e uniforme, com alto fluxo (3 a 5 ml/seg.). A necessidade de grandes doses justifica o uso de agente não iônico. O conhecimento do peso exato do paciente é uma medida que contribui para determinar a quantidade adequada de contraste. [18] Realmente, existem alguns efeitos colaterais que podem ser sentidos depois de sua administração. Asma ou alergias, comunicação prejudicada, ansiedade e debilidade geral. Essas são algumas das reações que podem ocorrer em quem faz diagnósticos por imagem. Logo, não existe um exame específico para se constatar a alergia ao iodo, mas pessoas que são mais propensas a alergias em geral têm maiores chances de apresentá-la.[13,16] “Todo exame médico é muito bem recomendado. Antes de encaminhar um paciente para uma tomografia o médico sempre presa a relação risco beneficio”. Os diagnósticos com uso de contraste podem ajudar a descobrir se o paciente tem alguma doença grave, como um câncer.[15] É obrigação do radiologista perguntar para o paciente se ele já teve algum tipo de alergia, o que por sua vez pode caracterizar uma chance maior de reação alérgica ao contraste. Caso ele não julgue saudável, então outra opção será buscada para o exame.[13] A aplicação de contraste a base de iodo em crianças pede-se para que as crianças cheguem ao setor com antecedência, para avaliar o motivo do exame e se haverá a necessidade da administração de contraste. Durante a injeção do contraste é comum uma sensação de calor pelo corpo. O tempo do exame dentro da sala da tomografia é muito rápido, geralmente alguns minutos. Na maioria das vezes, será solicitada a permanência de apenas um acompanhante na sala de exames. Mulheres que possam estar grávidas não devem permanecer na sala durante a realização do exame. É permitida a entrada de apenas um acompanhante na sala (devido à radiação) e será fornecido um equipamento de proteção (colete de chumbo).[17] Orientações protocolares, pertinentes à tomografia contrastada, é importante serem informadas ao paciente/cliente sobre as possíveis reações adversas. Na aparição de riscos com a realização do exame, devendo haver um consentimento do paciente e/ou responsável para submeter-se a esta modalidade diagnóstica. [18] 4. VISITA TÉCNICA No dia 28 de outubro de 2019 realizou-se uma pesquisa de campo no Hospital Estadual de Bauru (Figura 1) sobre o uso de meios de contraste utilizados em exames de TC (Tomografia Computadorizada). O profissional que foi escolhido Para ser entrevistado é o técnico em radiologia Edvaldo Fernandes Leão, que Trabalha na área há mais de 15 anos. Figura 2 – Hospital Estadual de Bauru Fonte: próprio autor As principais perguntas feitas ao profissional que atualmente realiza exames de radiografia convencional e tomografia computadorizada foram as seguintes: Como é trabalhar com TC? É muito interessante e desafiador, pois o exame detalha muito bem o corpo humano e estimula o operador a buscar sempre mais conhecimentos sobre a área. Quais são os meios de contraste mais utilizados em TC no Hospital Estadual de Bauru? O único meio de contraste utilizado em TC é iodado não iônico (Figura 3), que quando em solução, não dissocia-se em partículas de carga positiva e negativas. Figura 3 – Meio de contraste iodado não iônico Iopromida Fonte: www.buladeremedio.com.br Quais são os principais exames solicitados em TC? Os principais exames solicitados diariamente são os de crânio, tórax e abdômen total. No exame de tórax, representado na figura 4, normalmente é avaliado a região do pulmão, do mediastino (espaço existente entre os dois pulmões) e toda caixa torácica quando necessário. É indicado nos casos de trauma, hemorragia, infecção, doenças vasculares, tumores, etc. Figura 4 – Tomografia Computadorizada de tórax Fonte: www.researchgate.net No exame de crânio é possível observar, conforme a figura5, estruturas anatômicas como o cérebro, pescoço, seios da face, órbitas, orelhas e mastoide. É indicado nos casos de exame de rotina, trauma, hemorragia, tumores, infarto, infecção, hidrocefalia e estudo vascular. Figura 5-Tomografia Computadorizada de crânio Fonte:www.clinicamedicom.com.brJ Já nos exames de abdômen, são avaliadas, principalmente, a região intraperitonial e extraperitoneal. E a TC do abdômen é solicitada em casos de trauma, hemorragia, infecção, doenças vasculares, tumores, abdômen agudo (apendicite, colecistite, perfuração de vias ocas, etc.), visualização dos rins e vias urinárias, fígado (lesões focais e cirrose) e do trato gastrointestinal. Na figura 6 é possível observar um exame total de abdômen. Figura 6 – Tomografia Computadorizada de abdômen Fonte: www.dicasradiologia.blogspot.com O senhor já presenciou alguma reação adversa causada no paciente após a administração do meio de contraste? Sim. Geralmente enjoo, vômitos e sensação de calor no corpo. Como é feita a administração do meio de contraste no paciente? Qual profissional é autorizado e habilitado a realizar tal procedimento? O contraste iodado é injetado no paciente através de uma bomba injetora de contraste, como representado na figura 7. O técnico em enfermagem punciona o acesso venoso no paciente e o técnico em radiologia só realiza o cálculo da quantidade de meio de contraste que vai ser administrado. Figura 7 – Bomba injetora de contraste Fonte: www.biodatabrasil.com.br Quem determina qual meio de contraste vai ser utilizado em cada tipo de exame? Somente o médico radiologista. Quem calcula a dosagem de meio de contraste a ser administrada nos pacientes? O técnico em radiologia que calcula a quantidade de meio de contraste que vai ser administrado no paciente. Normalmente a conta feita é 1,2 vezes o peso. Os técnicos/tecnólogos costumam alertar os pacientes das principais reações adversas que o meio de contraste pode ocasionar no organismo antes de realizar os exames de radiodiagnóstico? Sim, o paciente recebe um questionário para responder antes de realizar o exame e neste questionário contém uma explicação sobre o contraste que vai ser usado e suas reações adversas. Quais são as principais vias de administração de meio de contraste iodado utilizadas em cada tipo de exame que são solicitados em TC? Na maioria dos exames solicitados, a principal via de administração utilizada é intravenosa e em alguns casos, para fazer exames de abdômen total, por exemplo, a via oral é adotada, pois neste caso é necessário preencher o estômago e intestino paciente com o meio de contraste para melhor visualizar estas regiões. Quais são as principais recomendações feitas ao paciente antes de realizar um exame de TC? O paciente é informado no momento do agendamento como ele deverá se preparar para a realização do exame. Por existir diversas particularidades individuais e tipos de diagnósticos a serem solicitados, de maneira genérica, é informado ao paciente que no dia do procedimento ele faça um jejum completo de aproximadamente 4 horas. Em casos de pacientes que façam o uso de metformina, solicita-se que o mesmo interrompa o uso da medicação 24 horas antes da realização do exame e 48 horas após, para não haver reações químicas com o meio de contraste iodado e consequentemente ocasionar nefro patologias. 5. CONCLUSÃO Pela observação dos aspectos analisados, considera-se que os meios de contraste que são utilizados para facilitar a distinção entre algumas estruturas em seu estado normal ou patológico, com uma finalidade de melhorar a definição dos tecidos e órgãos nas imagens radiográficas. Apesar de ajudar nessa definição, pode ocorrer algumas reações adversas, pois,ele não é inofensivo podendo causar alguns danos que se classifica ao mecanismo etiológico, grau de severidade e tempo decorrido após a sua administração. A técnica de obtenção de imagens pode ser realizadas por diferentes substâncias, uma delas é o contraste iodado que é utilizado na tomografia computadorizada, em suma, que foi analisado no presente trabalho. É um exame que mostra um corte ou secção transversal do corpo fornecendo imagens mais detalhadas das estruturas do corpo, incluindo órgãos internos e ossos do que em uma radiografia simples. Sua administração ocorre pela via endovenosa, ocorrendo algumas observações a cada tipo de paciente, pois, pode ocorrer de acontecer possíveis complicações ou efeitos colaterais, por conta disso, o profissional de radiologia tem que executar algumas perguntas para o paciente, e depois disso se ele não o considerar saudável então outra opção será buscada para o exame. Assim sendo, a um protocolo a ser executado para a realização do exame, informações que devem ser informadas ao paciente sobre as possíveis reações adversas e a aparição de riscos com a realização do exame. Deve haver um consentimento do paciente ou responsável para submeter-se a esta modalidade diagnóstica. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Juchem, Beatriz Cavalcante tomografia computadorizada: prevenção de reações adversas. Revista brasileira de enfermagem. Brasília, (jan/Fevereiro 2004) 2. Oliveira, L.A. Ed. Assistência à vida em radiologia: guia teórico e prático. 2009. 3. Justo da Costa e Silva, Eduardo. Aspectos técnicos de tomografias computadorizadas com contraste na avaliação de neoplasias abdominais da infância. 2006. 4. Silva E.A. Meios de contraste iodado. No: Oliveira Lan, coordenador. Assistência à vida em radiologia: guia teórico e prático. São Paulo: Colégio brasileiro de radiologia; 2000. 188p.p.11-119. 5. Juchem, Beatriz Cavalcante. Riscos de reação adversa ao contraste iodado: validação de conteúdo diagnóstico, resultados e intervenções de enfermagem. 2014. 6. Santos, Alexandra Pintassilgo et al. produtos de contraste iodados. Acta médica portuguesa, eu.261-274, 2009. 7. Dias, Washington Luiz Vieira; Barros, Thomás Pitangueira; Dos Santos Grillo, Francisco Paulo. Pré-medicação como prática em pacientes alérgicos ao contraste iodado: O olhar da enfermagem. Revista enfermagem contemporânea, v.2 n.2, 2013. 8. Acauã, Laura Vargas. O idoso no centro de diagnóstico por imagem: segurança na realização da tomografia computadorizada cardíaca. 2013. 9. Vieira, Michele Patrícia Müller Mansur. Procedimentos radiológicos exames contrastados, 2013. 10. Manzella, Adônis. Os dez mandamentos do uso do meio de contraste, 43 Jornada Paulista de radiologia, editora segmento Farma, v.22, p.6-7, 2013. 11. http:www.oncoguia.org.br/mobile/conteudo/tomografia-computadorizada/ 6794/842/ relacionadoEquipe Oncoguia - Data de cadastro: 12/11/2014 - Data de atualização: 12/11/2014 12. https://www.hcor.com.br/exames-e-consultas/exames-diagnosticos/tomografia- computadorizada/ 13. https:// www.google.com/amp/s/diagrad.com.br/noticias/contraste-para- tomografia-para-que-serve/amp/ 14. https://www.clinicavillasboas.com.br/exames/biopsia/biopsia-guiada-por- tomografia-computadorizada/Clínica Villas Boas 45 Anos. 2019 - Clínica Villas Boas 15. https:// www.google.com/amp/s/www.gazetadopovo.com.br/saude/aplicacao- de-contraste-traz-risco-de-reacao-alergica-44wucqj17ilbxpqajmdwyt5ji/amp/Rodolfo Stancki, especial para a Gazeta do Povo [15/05/2011] [21:11] 16. Ana Cristina Santos de Paula Pessoa- Médica e Consultora MANUAL_DE_PREPARO_DOS_PACIENTES_TOMOGRAFIA. -2014 17. https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/centro-de-diagnosticos/tomografia/ Autor: Equipe Sabará Atualizado Em: 11/10/201918. http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n1/a12v57n1.pdf 19. https://cbr.org.br/wp-content/uploads/2017/10/Protocolos-de-TC_Completo.pdf
Compartilhar