Controle qualidade materiais

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CONTROLE DE QUALIDADE- 
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
Prof. Carlos Welligton Pires 
CEIMRE 2014 
Concremat
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1. INTRODUÇÃO 
A qualidade final de uma estrutura de concreto armado depende tanto 
do controle de suas propriedades no estado fresco como no seu 
estado endurecido. 
 
Muitas vezes, o controle tecnológico em estruturas de concreto 
armado se limita aos ensaios de consistência (Slump Test) no 
recebimento do concreto fresco e à determinação de resistência à 
compressão simples (concreto endurecido), como se estes 
parâmetros, isoladamente, pudesse garantir a qualidade do concreto. 
 
Outras características igualmente responsáveis pela qualidade final 
do concreto devem ser verificadas no material antes de seu processo 
de endurecimento, dentre estas a trabalhabilidade, a coesão, a 
segregação, a exsudação e o ar incorporado. 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
2.1 Consistência do concreto fresco(trabalhabilidade) 
A trabalhabilidade é uma propriedade do concreto recém misturado 
que determina a facilidade e a homogeneidade com a qual o material 
pode ser misturado, lançado, adensado e acabado. 
 
A trabalhabilidade depende da seleção e de um proporcionamento 
adequado de materiais e muitas vezes do uso de adições e aditivos. 
Os teores de pasta, de argamassa e de agregados, em função da 
trabalhabilidade desejada, devem ser compatibilizados. 
 
Embora não exista um ensaio que determine diretamente a 
trabalhabilidade do concreto. A utilização do ensaios de abatimento 
tronco-cone(Slump Test) para concretos convencionais e bombeados 
é o que apresenta melhores resultados. 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
Segundo a NBR NM 67/1998- Concreto - 
Determinação da consistência pelo 
abatimento do tronco de cone. 
 
Basicamente consiste no preen- 
chimento de um tronco de cone 
em três camadas de igual altura, 
sendo em cada camada dados 25 
golpes com uma haste padrão. 
O valor do abatimento é a medida 
do adensamento do concreto logo 
após a retirada do molde cônico. 
A operação completa, desde o 
início de preenchimento do molde 
com concreto até sua retirada, 
deve ser realizada sem 
interrupções e completar-se em 
um intervalo de 150 s. Detalhe do Slamp test sendo realizado(foto ABESC) 
2.1 Consistência do concreto fresco(trabalhabilidade) 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
Ref. Neville 1997 
Durante o ensaio , deve-se observar a forma do abatimento do 
concreto, quando da retirada do molde, Tanto o cisalhamento lateral 
quanto a desagregação entre a pasta e agregados pode denotar falta 
de coesão. 
2.1 Consistência do concreto fresco(trabalhabilidade) 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
A escolha da consistência do concreto deve ser realizada em função 
do tipo de elemento estrutural, para adensamento mecânico. 
Ref: Helene, P., Terzian, P., “Manual de Dosagem e Controle do Concreto”, Ed. Pini, 1993. 
2.1 Consistência do concreto fresco(trabalhabilidade) 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
 A consistência necessária ao adensamento pode sofrer alteração 
dependendo da quantidade de energia aplicada( tipo e características 
do vibrador e tempo de vibração) e da densidade de armadura da 
estrutura. 
2.1 Consistência do concreto fresco(trabalhabilidade) 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
Amostragem: 
A amostra de concreto deve ser recolhida direto da calha do 
caminhão-betoneira, em quantidade suficiente para o ensaio 
(depende do número de corpos-de-prova) e colocado num 
carrinho-de-mão. 
Evitar colher a amostra já da primeira carga da betoneira, o 
ideal é esperar 1/3 do concreto já tenha sido descarregado. 
Após amostra colocada no carrinho, deverá ser remisturada, 
com pá, de forma a assegurar sua homegeneidade 
 
2.2 Resistência à compressão 
Molde: 
 A NBR 5738 define o molde cilíndrico com dimensões 
variadas desde que o diâmetro tenha metade da altura, seja 
feito com material resistente, estanque e que não reaja com 
o concreto. Seu diâmetro deve ter no mínimo 4 vezes a 
dimensão do agregado maior. Atualmente o maios utilizado 
é o 10x20cm. 
Antes da moldagem os moldes devem ser untados com fina 
camada de óleo mineral ou lubrificante. 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
Adensamento: 
A escolha do método de adensamento deve ser feita em função do abatimento, 
determinado de acordo com a NBR NM 67, seguindo a classificação da Tabela 2 
e Tabela 3. 
 
2.2 Resistência à compressão 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
Cura inicial e transporte: 
Os corpos-de-prova devem receber uma etiqueta de 
identificação (número, procedência, data etc.) e colocados 
em local adequado (livre de vibrações e choques) e 
protegidos da ação de intempéries, por 24 horas (moldes 
cilíndricos). 
Transporte: após a cura inicial os cp devem ser levados 
ao laboratório, cuidadosamente, em caixas forradas de 
areia ou serragem 
 
2.2 Resistência à compressão 
Cura final: 
Até o ensaio de compressão, os cp, ja desmoldados, 
deverão permanecer em câmara úmida (mínimo 95% de 
umidade relativa) ou imersos em água saturada de cal, ou 
ainda, enterrados em areia saturada. A tempertura deve 
ficar em 23+-2ºC. permanecendo, 3, 7 ou 28 dias, conforme 
as idades de rompimento de cada cp 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
Preparação dos topos: 
Algumas horas antes do ensaio de compressão (2 a 4 horas), 
os topos de cada cp deve ser preparado de modo que as 
superfícies fiquem perfeitamente planas e paralelas. Podendo 
ser realizado capeamento com enxofre e calcário moído) ouretificação com máquina de desbaste. 
2.2 Resistência à compressão 
Ruptura: 
Os cp devem ser levados à prensa conforme a idade de 
rompimento previstas e ensaiados de acordo com a norma 
específica (NBR 7223). A prensa deve fixar o esforço no 
momento da ruptura. A velocidade de aplicação da carga 
deve ser de 0,3 a 0,8 MPa por segundo. 
A tensão de ruptura à compressão é obtida dividindo a carga 
de ruptura pela área da seção transversal do cp, devendo o 
resultado ser expresso em MPa, com aproximação de 0,1 
MPa 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
Apresentação dos resultados: 
O certificado de resultados de ensaio de corpos-de-prova moldados segundo a NBR 
5738 deve conter as seguintes informações: 
a) número de identificação do corpo-de-prova; 
b) data de moldagem; 
c) idade do corpo-de-prova; 
d) data do ensaio; 
e) resistência à compressão, expressa com aproximação de 0,1 MPa; 
f) tipo de ruptura do corpo-de-prova (ver Figura). 
2.2 Resistência à compressão 
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2. CARACTERÍSTICAS DE CONTROLE DO CONCRETO 
Segundo a NBR 12655, aceitação do concreto em obra é feito em duas etapas: 
• A primeira consiste em verificar as condições do concreto fresco na obra e 
para isso em geral usa-se o slump test e demais propriedades para o 
concreto fresco; 
• A segunda diz respeito as condições de aceite para o concreto endurecido e 
caracteriza a aceitação definitiva do concreto considerando todos as 
propriedades para o concreto endurecido. 
A norma determina a confecção de 2 corpos-de-prova de uma mesma 
amassada (caminhão-betoneira ou betonada) para cada idade de rompimento e 
os lotes em função de controle e solicitação a que estiver submetido a 
estrutura. 
O controle pode ser estatístico por amostragem parcial ou controle total (no 
qual são elaborados cp para cada amassada ou caminhão-betoneira). 
A condição básica para aceitação, considerando o ensaio de resistência à 
compressão é quando a tensão de ruptura for maior que a tensão projetada. 
Recomendação: todo e qualquer evento, seja de aceite condicionado ou de 
rejeição deve ser registrado no diário de obras. 
2.3 Condições de aceitação do concreto 
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3. CONTROLE DE QUALIDADE DO CONCRETO ARMADO 
 A NBR 6118/2003- Procedimentos de Estruturas de Concreto Armado 
define no item 7. os diversos critérios de projeto que visam a 
durabilidade das estruturas de Concreto Armado, dentre estes: 
7.4 Qualidade do concreto de cobrimento 
7.4.1 Atendidas as demais condições estabelecidas nesta seção, a 
durabilidade das estruturas é altamente dependente das características 
do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da 
armadura. 
7.4.2 Ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade da 
estrutura frente ao tipo e nível de agressividade previsto em projeto 
devem estabelecer os parâmetros mínimos a serem atendidos. Na falta 
destes e devido à existência de uma forte correspondência entre a 
relação água/cimento, a resistência à compressão do concreto e sua 
durabilidade, permite-se adotar os requisitos mínimos expressos na 
tabela 7.1. 
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3. CONTROLE DE QUALIDADE DO CONCRETO ARMADO 
 
• Não sendo permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composição 
em estruturas de concreto armado ou protendido. 
• A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado no concreto 
não pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento, nem 30% da 
abertura entre as ferragens. 
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3. CONTROLE DE QUALIDADE DO CONCRETO ARMADO 
 Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser 
classificada de acordo com o apresentado na tabela 6.1.. 
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3. CONTROLE DE QUALIDADE DO CONCRETO ARMADO 
 • Para garantir o cobrimento mínimo (cmin) o projeto e a execução devem considerar 
o cobrimento nominal (cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de 
execução (Δc). Assim, as dimensões das armaduras e os espaçadores devem 
respeitar os cobrimentos nominais, estabelecidos na tabela 7.2,para Δc = 10 mm. 
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3. CONTROLE DE QUALIDADE DO CONCRETO ARMADO 
 7.5 Detalhamento das armaduras 
7.5.1 As barras devem ser dispostas dentro do componente ou elemento 
estrutural, de modo a permitir e facilitar a boa qualidade das operações 
de lançamento e adensamento do concreto. 
7.5.2 Para garantir um bom adensamento é vital prever no detalhamento 
da disposição das armaduras um espaço suficiente para entrada da 
agulha do vibrador. 
7.6 Controle da fissuração 
7.6.1 O risco e a evolução da corrosão do aço na região das fissuras 
de flexão transversais à armadura principal dependem essencialmente 
da qualidade e da espessura do concreto de cobrimento da armadura. 
Aberturas características limites de fissuras na superfície do concreto 
dadas em 13.4.2, em componentes ou elementos de concreto armado, 
são satisfatórias para as exigências de durabilidade. 
7.6.2 Devido à sua maior sensibilidade à corrosão sob tensão, o 
controle de fissuras na superfície do concreto na região das armaduras 
ativas deve obedecer ao disposto em 13.4.2. 
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3. CONTROLE DE QUALIDADE DO CONCRETO ARMADO 
 
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3. CONTROLE DE QUALIDADE DO CONCRETO ARMADO 
 
7.7 Medidas especiais 
Em condições de exposição adversas devem ser tomadas medidas 
especiais de proteção e conservação do tipo: aplicação de 
revestimentos hidrofugantes e pinturas impermeabilizantes sobre as 
superfícies do concreto, revestimentos de argamassas, de cerâmicas 
ou outros sobre a superfície do concreto, galvanização da armadura, 
proteção catódica da armadura e outros. 
 
7.8 Inspeção e manutenção preventiva 
7.8.1 O conjunto de projetos relativos a uma obra deve orientar-se sob 
uma estratégia explícita que facilite os procedimentos de inspeção emanutenção preventiva da construção. 
7.8.2 O manual de utilização, inspeção e manutenção deve ser 
produzido conforme NBR 5674 e NBR 14037. 
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