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CONCRETO-mesclado

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Prévia do material em texto

E-BOOK
CONCRETO
Concreto
APRESENTAÇÃO
Esta unidade de ensino irá trabalhar o concreto. O estudo do material mais utilizado pelo homem 
tende a ser extremamente complexo e amplo, porém, o conhecimento básico sobre este 
interessante material permite nortear os campos em que o tecnologista do concreto deve gastar 
mais tempo aprofundando-se. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar o que é concreto.•
Identificar os principais constituintes do concreto.•
Reconhecer as propriedades do concreto.•
DESAFIO
Um dos pontos mais fracos do concreto é a zona de transição, geralmente é nesse ponto sensível 
que acontece a ruptura do material. Existe uma explicação bem simples sobre porque isso 
acontece e também existem algumas formas de diminuir essa fraqueza e tornar o concreto mais 
forte.
Você irá apresentar uma palestra sobre o concreto. Foi lhe pedido que a sua introdução seja 
sobre o motivo da zona de transição ser geralmente o ponto mais fraco do concreto e para 
conclusão você deverá citar uma solução bem simples para sanar o problema. O que você diria 
nessas etapas? 
INFOGRÁFICO
Atualmente dois materiais estruturais são os mais utilizados: o concreto e o aço. Algumas vezes 
eles se complementam e, outras, competem entre si, de maneira que muitas estruturas de mesmo 
tipo e função podem ser construídas com qualquer um desses materiais. Observe no infográfico 
abaixo:
 
CONTEÚDO DO LIVRO
O concreto, no sentido mais amplo, é qualquer produto ou massa produzido a partir do uso de 
um meio cimentante. Nesse sentido, acompanhe o Capítulo 1 do livro "Tecnologia do 
Concreto".
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
N523t Neville, A. M.
 Tecnologia do concreto [recurso eletrônico] / A. M.
 Neville, J. J. Brooks ; tradução: Ruy Alberto Cremonini. – 2.
 ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 ISBN 978-85-8260-072-6
 1. Engenharia civil. 2. Concreto. I. Brooks, J. J. II. Título. 
CDU 691.32
A.M. Neville é consultor de Engenharia Civil. Ele foi Vice Presidente da Royal Aca-
demy of Engineering, Reitor e Vice-Chanceler da University of Dundee. Tem anos 
de experiência como professor, pesquisador e consultor em Engenharia Civil e Es-
trutural na Europa e América do Norte e no Extremo Oriente. Recebeu inúmeros 
prêmios e medalhas, e é membro Honorário do American Concrete Institute, da 
British Concrete Society e do Instituto Brasileiro de Concreto.
J.J. Brooks é consultor, ex-professor sênior na Engenharia Civil e de Materiais e 
Diretor dos Estudos de Pós-Graduação na Escola de Engenharia Civil da University 
of Leeds. É membro do American Concrete Institute e da International Masonry 
Society.
O leitor deste livro provavelmente é alguém interessado na utilização do concreto em 
estruturas, sejam pontes, edifícios, rodovias ou barragens. Do ponto de vista dos au-
tores, para que seja possível utilizar o concreto de maneira satisfatória, o projetista e 
o executante devem estar familiarizados com a tecnologia do concreto.
Atualmente dois materiais estruturais são os mais utilizados: o concreto e o aço. 
Algumas vezes eles se complementam e, outras, competem entre si, de maneira que 
muitas estruturas de mesmo tipo e função podem ser construídas com qualquer um 
desses materiais. Ainda assim, as universidades e escolas de engenharia ensinam 
muito menos sobre concreto do que sobre o aço. Isso poderia não ser importante se, 
na prática, o engenheiro de campo não precisasse saber mais sobre concreto do que 
aço. Segue uma explicação.
O aço é produzido sob condições rigidamente controladas, sempre em um am-
biente industrial sofisticado. As propriedades de cada tipo de aço são determinadas 
em laboratório e apresentadas no certificado do fabricante. Portanto, o projetista 
de estruturas metálicas precisa somente especificar o aço conforme as normas, e o 
construtor deve somente garantir que o aço correto seja utilizado e que as conexões 
entre os elementos sejam adequadamente executadas.
Em um canteiro de obras de um edifício em concreto, a situação é totalmente 
diferente. A qualidade do cimento é garantida pelo fabricante de maneira similar ao 
aço e, quando um cimento adequado é escolhido, sua qualidade dificilmente será 
causa de falhas em estruturas de concreto. Entretanto, não é o cimento o material de 
construção, e sim o concreto. O cimento está para o concreto assim como a farinha 
está para um bolo, sendo a qualidade do bolo dependente do cozinheiro.
É possível obter concreto de qualidade especificada a partir de uma empresa 
fornecedora de concreto pré-misturado, mas mesmo nesse caso são somente as ma-
térias-primas que são adquiridas. O transporte, o lançamento e, acima de tudo, o 
adensamento influenciam em muito a qualidade final do produto. Além disso, dife-
rentemente do aço, as opções de misturas são quase infinitas e, portanto, a seleção 
não pode ser feita sem um sólido conhecimento das propriedades e do comporta-
mento do concreto. Isso é atribuição do projetista e do responsável pela especifica-
ção, que determinam a qualidades potenciais do concreto, sendo a competência do 
1
Concreto como um
Material Estrutural
2 Tecnologia do Concreto
executante e do fornecedor que controla a qualidade efetiva do concreto na estrutura 
acabada. Ou seja, eles devem estar totalmente familiarizados com as propriedades 
do concreto e com sua produção e lançamento.
O que é o concreto?
Uma visão geral do concreto como um material nesse momento é difícil, pois não se-
rão citados conhecimentos específicos ainda não apresentados. Serão então citadas 
somente algumas características do concreto.
O concreto, no sentido mais amplo, é qualquer produto ou massa produzido a 
partir do uso de um meio cimentante. Geralmente esse meio é o produto da reação 
entre um cimento hidráulico e água, mas atualmente mesmo essa definição pode 
cobrir uma larga gama de produtos. O concreto pode ser produzido com vários tipos 
de cimento e também conter pozolanas, como cinza volante, escória de alto-forno, 
sílica ativa, adições minerais, agregados de concreto reciclado, aditivos, polímeros 
e fibras. Além disso, esses concretos podem ser aquecidos, curados a vapor, auto-
clavados, tratados a vácuo, prensados, vibrados por impactos (shock-vibrated), ex-
trudados e projetados. Este livro considerará somente a mistura de cimento, água, 
agregados (miúdos e graúdos) e aditivos.
Isso gera imediatamente uma pergunta: qual é a relação entre os constituintes 
dessa mistura? Existem três possibilidades. Na primeira, o meio cimentício, ou seja, 
os produtos da hidratação do cimento é considerado o principal material de cons-
trução, com os agregados cumprindo o papel de enchimento barato ou mais barato. 
Na segunda, os agregados graúdos podem ser interpretados como uma espécie de 
pequenos blocos de alvenaria, unidos pela argamassa, isto é, a mistura de cimento 
hidratado e agregados miúdos. A terceira possibilidade é entender que o concreto 
consiste em duas fases: a pasta de cimento hidratada e os agregados e, como resulta-
do, suas propriedades são regidas pelas propriedades das duas fases, bem como pelas 
interfaces entre elas.
A segunda e a terceira visão têm algum mérito e podem ser utilizadas para ex-
plicar o comportamento do concreto. A primeira, que considera a pasta de cimento 
diluída pelos agregados, deve ser rejeitada. Suponha que seja possível comprar ci-
mento mais barato que os agregados: você usaria uma mistura somente de cimento 
e água como material de construção? A resposta é um enfático não, porque as alte-
rações de volume1 da pasta de cimento hidratada são muito grandes: a retração da 
pasta de cimento pura é quase dez vezes maior que a retração2 de um concreto com 
250 kg de cimento por metro cúbico. Praticamente o mesmo ocorre com a fluência3. 
Além disso, o calor gerado pela hidratação4 de uma grandequantidade de cimen-
to, principalmente em climas quentes5, pode levar à fissuração6. Deve ser destaca-
do também que a maioria dos agregados são menos propensos a sofrerem ataques 
1 Capítulo 12
2 Capítulo 13
Capítulo 1 Concreto como um Material Estrutural 3
químicos7 que a pasta de cimento, ainda que esta seja bastante resistente. Portanto, 
independentemente do custo, o uso de agregados no concreto é vantajoso.
O bom concreto
Vantajoso significa que a influência é boa, e pode ser – na verdade, deve ser – ques-
tionado: o que é um bom concreto? É mais fácil anteceder a resposta citando que 
o concreto ruim, infelizmente, é um material de construção muito comum. Por um 
concreto ruim entende-se uma substância com consistência9 similar a uma sopa, que 
endurece com aspecto de uma colmeia10, não homogêneo e fraco. Esse material é 
produzido simplesmente pela mistura de cimento, agregados e água. O surpreen-
dente é que os ingredientes do bom concreto são exatamente os mesmos, e a diferen-
ça é relacionada ao know-how.
Com esse know-how, pode ser produzido um bom concreto, e existem dois cri-
térios pelos quais ele pode ser definido: deve ser satisfatório em seu estado endure-
cido11, e em seu estado fresco12, enquanto é transportado da betoneira até o lança-
mento nas fôrmas. Em geral, as exigências no estado fresco são que a consistência 
da mistura seja tal que o concreto possa ser adensado13 com os meios disponíveis no 
canteiro de obras e que a mistura também seja coesa14 o suficiente para ser trans-
portada15 e lançada sem segregação16 com os meios disponíveis. É óbvio que essas 
exigências não são absolutas, mas dependem de se o transporte é feito por uma ca-
çamba com descarga pela parte inferior ou por um caminhão comum (claro que esta 
última não é considerada uma boa prática).
Quanto ao concreto no estado endurecido17, é considerada como exigência 
usual uma resistência à compressão satisfatória18. A resistência é invariavelmente 
especificada porque é fácil de ser medida, embora o “número” resultante do ensaio 
certamente não é o valor da resistência intrínseca do concreto na estrutura, mas so-
mente de sua qualidade. Em todo caso, a resistência é uma maneira fácil de verificar 
o atendimento às especificações19 e obrigações contratuais. Entretanto, também exis-
tem outras razões para a preocupação com a resistência à compressão, já que várias 
propriedades do concreto estão relacionadas a ela, como: massa específica20, imper-
meabilidade21, durabilidade22, resistência à abrasão23, resistência ao impacto24, resis-
tência à tração25, resistência a sulfatos26 e várias outras, mas não à retração27 e não 
necessariamente à fluência28. Não está sendo dito que essas propriedades são simples 
e exclusivamente função da resistência à compressão, e uma questão bem conhecida 
é se a durabilidade29 é mais bem-assegurada pela especificação da resistência30, da 
3 Capítulo 12
4 Capítulo 2
5 Capítulo 9
6 Capítulo 13
7 Capítulo 14
8 Capítulo 3
9 Capítulo 5
10 Capítulo 6
11 Capítulo 6
12 Capítulo 5
13 Capítulo 7
14 Capítulo 5
15 Capítulo 7
16 Capítulo 5
17 Capítulo 6
18 Capítulo 6
19 Capítulo 17
20 Capítulo 6
21 Capítulo 14
22 Capítulo 14
23 Capítulo 11
24 Capítulo 11
25 Capítulo 11
4 Tecnologia do Concreto
relação água/cimento31 ou do consumo de cimento32. O ponto é que, de forma muito 
geral, um concreto de resistência mais elevada tem mais propriedades desejáveis. Um 
estudo detalhado de tudo isso é sobre o que trata a tecnologia do concreto.
Materiais compósitos
O concreto tem sido citado como um material bifásico. Agora esse tema será apro-
fundado, com ênfase no módulo de elasticidade33 do material compósito. Em termos 
gerais, um material compósito, constituído por duas fases, pode ter duas formas 
fundamentalmente diferentes. A primeira delas é um material compósito ideal duro, 
que tem uma matriz contínua constituída por uma fase elástica com alto módulo de 
elasticidade e partículas de menor módulo dispersas. O segundo tipo de estrutura é a 
de um material ideal macio, constituído por partículas elásticas com alto módulo de 
elasticidade, dispersas em uma fase matriz contínua com módulo mais baixo.
A diferença entre os dois casos pode ser grande quando se calcula o módulo de 
elasticidade do compósito. No caso de um compósito duro, considera-se que a de-
formação é constante em qualquer seção transversal, enquanto as tensões nas fases 
são proporcionais ao seu módulo respectivo. Esse é o caso da Fig. 1.1. (esquerda). 
Por outro lado, para um material compósito macio, o módulo de elasticidade é 
calculado a partir da consideração de que a tensão é constante em qualquer seção 
transversal, enquanto a deformação nas fases é inversamente proporcional ao mó-
dulo respectivo. Isso está representado na parte direita da Fig. 1.1, e as equações 
correspondentes são:
para um material compósito duro
e para um material compósito macio
onde E = módulo de elasticidade do material compósito
 Em = módulo de elasticidade da matriz
 Ep = módulo de elasticidade da fase particulada
 g = fração volumétrica das partículas
Não se deve ver de forma ingênua a simplicidade dessas equações e concluir que 
tudo o que deve ser conhecido é se o módulo de elasticidade do agregado é maior ou 
menor que o da pasta. O fato é que essas equações representam limites para o módu-
lo de elasticidade do compósito. Como na realidade a distribuição dos agregados no 
concreto é aleatória, sequer os limites podem ser alcançados, tampouco podem ser 
26 Capítulo 14
27 Capítulo 13
28 Capítulo 12
29 Capítulo 14
30 Capítulo 6
31 Capítulo 6
32 Capítulo 19
33 Capítulo 12
Capítulo 1 Concreto como um Material Estrutural 5
atendidos os requisitos de equilíbrio e compatibilidade. Para fins práticos, uma apro-
ximação razoável é dada pela expressão para os materiais macios para misturas com 
agregados normais34. Para misturas com agregados leves, a expressão para materiais 
compósitos duros é mais apropriada.
Do ponto de vista científico, existe algo mais a ser dito sobre o enfoque bifásico 
e que pode ser aplicado para a fase cimentícia sozinha como uma espécie de segun-
do passo. A pasta de cimento36 pode ser vista como constituída de grãos duros de 
cimento anidro em uma matriz macia de produtos de hidratação37. Os produtos de 
hidratação, por sua vez, consistem em poros capilares38 “macios” em uma matriz 
dura de gel de cimento39. Equações apropriadas podem ser facilmente apresentadas, 
mas, para o objetivo atual, é suficiente saber que rígido e macio são termos relativos 
e não absolutos.
Papel das interfaces
As propriedades do concreto são influenciadas não somente pelas propriedades de 
suas fases constituintes, mas também pela existência de suas interfaces. Para analisar 
esse aspecto, deve-se destacar que o volume ocupado por um concreto fresco ade-
quadamente adensado é um pouco maior do que seria o volume compactado dos 
agregados contidos nesse concreto. Essa diferença significa que não há um contato 
direto entre as partículas de agregados, mas sim que elas estão separadas umas das 
Tensão �1 �2
�1 = �2
Fase
matriz
(a) (b)
Fase
matriz
Fase
partí-
culas
Fase
partículas
1 – g
1 – g
g
g
Figura 1.1 Modelos para: (a) material compósito duro e (b) material compósito macio.
34 Capítulo 3
35 Capítulo 18
36 Capítulo 2
37 Capítulo 2
38 Capítulo 2
39 Capítulo 2
6 Tecnologia do Concreto
outras por uma fina camada de pasta de cimento, ou seja, estão cobertas pela pasta. 
Essa diferença de volume é tipicamente 3%, às vezes mais.
Um corolário dessa observação é que as propriedades mecânicas do concreto, 
como a rigidez, não podem ser atribuídas às propriedades mecânicas da aglomeração 
de agregados, mas sim às propriedades individuais das partículas dos agregados e da 
matriz.
Outro corolário é que a interface influencia no módulo de elasticidade do con-
creto. A importância das interfaces é apresentada no Capítulo 6 e uma figura nesse 
capítulo (Fig. 6.11) mostra as relações entre tensão-deformação40para os agregados, 
a pasta de cimento pura e o concreto. Aqui surge um primeiro paradoxo: o agre-
gado sozinho apresenta uma relação tensão-deformação linear, da mesma forma 
que a pasta de cimento pura; entretanto, o material compósito constituído pelos 
dois, ou seja, o concreto, tem uma relação curva. A explicação se deve à influência 
das interfaces, conhecidas como zona de transição (Capítulo 6), no desenvolvimento 
de microfissuração41 nessas interfaces quando submetidas a carregamentos. Essas 
microfissuras se desenvolvem progressivamente nas interfaces, em ângulos variáveis 
com as tensões aplicadas; portanto, ocorre um aumento progressivo na intensidade 
da tensão localizada e na magnitude da deformação. Assim, a deformação aumenta 
em uma velocidade maior que a tensão aplicada e a curva tensão-deformação conti-
nua a se curvar com um comportamento aparente pseudoplástico.
Forma de abordagem do estudo do concreto
A apresentação feita introduziu vários termos e conceitos que podem não ser bem 
claros ao leitor. O melhor procedimento é estudar os capítulos seguintes e então 
retornar a este.
A ordem de apresentação é a seguinte. Inicialmente, os ingredientes do concreto: 
cimento42, agregados normais43 e água de amassamento44. Em seguida, o concreto 
no estado fresco45. O capítulo seguinte discute a resistência do concreto, sendo esta, 
uma das propriedades mais importantes do concreto e sendo sempre destacada na 
especificação.
Tendo sido instituído como produzir concreto e o que é fundamentalmente 
exigido, abordam-se algumas técnicas: mistura e manuseio47, uso de aditivos para 
modificar propriedades nesse estágio48 e métodos de tratar os problemas com 
temperatura49.
Nos capítulos seguintes, são tratados o desenvolvimento da resistência50, outras 
propriedades resistentes além da resistência à compressão e à tração51 e o compor-
tamento sob tensão52. Em seguida, aborda-se o comportamento em ambientes nor-
mais53, durabilidade54 e, em um capítulo separado, a resistência ao gelo e degelo55.
40 Capítulo 12
41 Capítulo 6
42 Capítulo 2
43 Capítulo 3
44 Capítulo 4
45 Capítulo 5
46 Capítulo 6
47 Capítulo 7
48 Capítulo 8
49 Capítulo 9
Capítulo 1 Concreto como um Material Estrutural 7
Após o estudo das diversas propriedades do concreto, são abordados os ensaios 
e a verificação da conformidade às especificações57 e finalmente a dosagem58, pois 
afinal de contas é isso que um engenheiro deve ser capaz de fazer de maneira a es-
colher a mistura adequada para um determinado uso. Dois capítulos ampliam o 
conhecimento sobre materiais menos comuns: o concreto leve59 e os concretos es-
peciais60. Como fechamento, são revisadas as vantagens e desvantagens do concreto 
como material estrutural.
50 Capítulo 10
51 Capítulo 11
52 Capítulo 12
53 Capítulo 13
54 Capítulo 14
55 Capítulo 15
56 Capítulo 16
57 Capítulo 17
58 Capítulo 19
59 Capítulo 18
60 Capítulo 20
61 Capítulo 21
DICA DO PROFESSOR
Use a dica do professor para aprender mais:
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) Os agregados são: 
A) Enchimentos baratos para o concreto.
B) Inertes.
C) Apresentam apenas formas arredondadas.
D) Lisos.
E) Majoradores da retração no concreto.
2) O concreto deve ser:
A) Segregado no estado fresco.
B) Exsudado no estado fresco.
C) Deformáveis no estado endurecido.
D) Resistente no estado fresco.
E) Trabalhável.
3) Qual dos itens abaixo não pode ser considerado uma propriedade importante do 
concreto?
A) Massa específica.
B) Resistência.
C) Fluência.
D) Resistência a silicatos.
E) Módulo de elasticidade.
4) As propriedades do concreto simples não são influenciadas pelo:
A) Gel do cimento.
B) Poros capilares do cimento.
C) Propriedades do aço.
D) Propriedades dos agregados.
E) Propriedade dos grãos anidros.
5) A mecânica da fratura não estuda:
A) Tensões.
B) Comportamentos exatos para o concreto.
C) Deformações.
D) Materiais frágeis.
E) Materiais homogêneos.
NA PRÁTICA
Utiliza-se várias aproximações para prever o comportamento do concreto. Material formado por 
vários constituintes e muito influenciado por processos como: fabricação, aplicação, 
tratamentos, etc. Apresenta difícil previsão confiável de suas propriedades sem estudos práticos 
e ensaios de conformidades, portanto toda sua utilização deve ser acompanhada de um rigoroso 
controle de qualidade
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Documentário sobre o concreto
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Sistema Construtivo Parede de Concreto
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Portal do Concreto
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AULA 06 – CURA DO CONCRETO # Materiais de Construção
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
AULA 05 – O QUE É O TRAÇO DO CONCRETO # Materiais de Construção
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Vantagens e Desvantagens do Concreto 
Armado
APRESENTAÇÃO
O concreto armado é um material composto, constituído por concreto simples e barras e fios de 
aço. Seus componentes são dispostos de maneira a utilizar racionalmente e economicamente as 
resistências próprias de cada um deles, garantindo sua aderência para que funcionem em 
conjunto. O emprego de materiais com propriedades adesivas e coesivas é muito antigo, os 
antigos egípcios utilizavam gesso impuro calcinado e os gregos e romanos utilizavam uma 
mistura de cal, água, pedras e areia. Com o passar dos anos, testes e estudos foram sendo 
desenvolvidos, tanto para a mistura dos componentes que formam o concreto quanto para a 
adição do aço no intuito de suprir a deficiência do concreto diante dos esforços de tração. O 
concreto armado passou a ser amplamente utilizado na construção civil. A resistência à 
compressão e a moldabilidade do concreto unidos à resistência à tração do aço permitem que 
sejam executadas as mais diversas formas arquitetônicas sem perdas na eficiência da estrutura. 
Porém, o concreto armado também possui algumas desvantagens. Seu elevado peso próprio, por 
exemplo, faz com que o dimensionamento seja mais penalizante, visto que o peso próprio da 
estrutura também compõe um carregamento sobre ela.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os aspectos gerais e o histórico do concreto 
armado e suas vantagens, suas aplicações e suas desvantagens.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer os aspectos gerais e o histórico do concreto armado.•
Determinar as principais vantagens da utilização do concreto armado e suas aplicações.•
Avaliar as desvantagens do concreto armado.•
DESAFIO
Você trabalha em uma grande construtora e foi o engenheiro responsável pelo projeto estrutural 
da ponte em ambiente marítimo.
 
Durante a entrevista, você foi questionado quanto às vantagens da utilização do concreto armado 
naquela obra. Quais as principais vantagens que você citaria durante a entrevista? Elabore um 
texto-resposta para esse questionamento com no mínimo 4 vantagens.
INFOGRÁFICO
Apesar de amplamente utilizado na construção civil, o concreto armado possui algumas 
desvantagens com relação a alguns desempenhos, custo e comportamento. Veja no infográfico 
as vantagens e desvantagens da utilização do concreto armado.
CONTEÚDO DO LIVRO
Embora não seja a única opção, o concreto armado é a técnica mais utilizada em todo o mundo 
para a construção de estruturas. Esta solução surgiu da necessidade de mesclar a resistência à 
compressão e a durabilidade da pedra com as características do aço. O resultado é um material 
que tem como vantagens poder assumir qualquer forma com rapidez e facilidade, além de 
proporcionar ao metal proteção contra a corrosão. Porém, o concreto armado também traz 
algumas desvantagens na sua utilização devido às suas características intrínsecas e às suas 
propriedades.Acompanhe o capítulo Vantagens e desvantagens do concreto armado, base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
Concreto
Armado
Liana 
Parizotto
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
P231c Parizotto, Liana.
 Concreto armado / Liana Parizotto. – Porto Alegre : 
 SAGAH, 2017.
 220 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-090-0
 1. Concreto armado – Engenharia civil. I. Título. 
CDU 624.012.45
Revisão técnica:
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS)
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG)
Iniciais_Concreto armado.indd 2 09/06/2017 17:36:38
Vantagens e desvantagens 
do concreto armado
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer os aspectos gerais e o histórico do concreto armado.
  Determinar as principais vantagens da utilização do concreto armado 
e suas aplicações.
  Avaliar as desvantagens do concreto armado.
Introdução
O concreto armado é um material composto, constituído por concreto 
simples e barras e fios de aço. Seus componentes são dispostos a fim de 
utilizar, de forma racional e econômica, as resistências próprias de cada 
um deles, garantindo sua aderência para que funcionem em conjunto.
O emprego de materiais com propriedades adesivas e coesivas é de 
longa data: os antigos egípcios usavam gesso impuro calcinado, enquanto 
os gregos e romanos empregavam uma mistura de cal, água, pedras e 
areia. Com o passar dos anos, testes e estudos foram sendo desenvolvidos, 
tanto para a mistura dos componentes que formam o concreto quanto 
para a adição do aço, no intuito de suprir a deficiência do concreto frente 
aos esforços de tração.
O concreto armado passou a ser muito utilizado na construção civil. 
A resistência à compressão e a moldabilidade do concreto, unidas à 
resistência à tração do aço, permitem que sejam executadas as mais 
diversas formas arquitetônicas sem perdas na eficiência da estrutura. 
No entanto, o concreto armado também possui algumas desvantagens. 
Seu elevado peso próprio, por exemplo, torna o dimensionamento mais 
penalizante, visto que o peso próprio da estrutura também compõe um 
carregamento sobre ela. 
Neste capítulo você vai conhecer os aspectos gerais e o histórico do 
concreto armado, suas vantagens e desvantagens, e aplicações.
U4_C14_ Concreto armado.indd 207 09/06/2017 17:21:03
Aspectos gerais e históricos do concreto armado
Denominamos concreto o material de construção composto pela mistura de 
cimento, agregado graúdo (brita ou cascalho), agregado miúdo (areia) e água. 
Pelo fato de sua consistência ser plástica quando fresco, é possível moldá-lo 
em fôrmas de acordo com as dimensões desejadas (PFEIL, 1988).
O concreto armado, como o próprio nome indica, é o material formado 
pela associação do concreto com armaduras (elementos de aço) inseridas em 
seu interior, sendo utilizado para construir estruturas sujeitas a diferentes 
tipos de esforços. O concreto é um material que possui elevada resistência 
à compressão, embora ofereça baixa resistência à tração. Por sua vez, o aço 
absorve os esforços de tração e serve também para resistir às tensões de 
compressão (PFEIL, 1988).
Uma grande vantagem do concreto armado é que ele alia muito bem as 
qualidades do concreto (como durabilidade, baixo custo e resistência à com-
pressão, ao fogo e à agua) com as qualidades do aço (como ductilidade e 
resistência à tração e à compressão). Além disso, o aço da armadura inserida 
no interior do concreto fica protegido da corrosão e das altas temperaturas 
em caso de incêndio (BASTOS, 2006).
Os materiais de construção precisam apresentar, dentre outras caracterís-
ticas, resistência e durabilidade, o que explica o porquê de o concreto ser o 
material mais usado na engenharia. No entanto, uma viga feita em concreto 
simples sujeita à flexão tem resistência limitada à tração, rompendo brusca-
mente após o aparecimento de fissuração. Com a colocação de armaduras na 
face inferior de vigas, a capacidade resistente é aumentada. Veja na Figura 1a 
uma viga de concreto simples, a qual sofre ruptura na parte inferior da seção 
devido à baixa resistência à tração do concreto e, na Figura 1b, uma viga 
de concreto armado em que as armaduras absorvem os esforços de tração e 
controlam a abertura de fissuras.
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Figura 1. Vigas de concreto simples (a) e armado (b).
Fonte: Adaptada de Bastos (2006, p. 8).
As armaduras são empregadas não só para absorver os esforços de tração, 
mas também para suportar as tensões de cisalhamento causadas ou por esforços 
cortantes ou por momentos fletores. As armaduras auxiliam o concreto a 
suportar os esforços de compressão, pois o aço possui um bom comportamento 
não só à tração (PFEIL, 1988).
O concreto e o aço têm em comum duas importantes propriedades físicas 
que os permitem trabalhar em conjunto de modo solidário (PFEIL, 1988):
  aderência mútua, a qual impede que haja o escorregamento entre os 
materiais e permite a transmissão de esforços de um material para o 
outro; e
  coeficientes de dilatação praticamente iguais, o que impede que, em 
caso de variação de temperatura, ocorram deslocamentos relativos entre 
os materiais, não comprometendo a aderência.
Histórico do concreto armado
As estruturas em concreto armado são muito utilizadas no mundo todo. Por 
quê? Porque, em comparação com outros materiais estruturais, além de ser 
muito fácil obter os materiais que compõem o concreto (cimento, agregados e 
água), ainda é possível contar com a grande disponibilidade de aço. Entre as 
aplicações do concreto armado estão os mais variados tipos de construções, 
209Vantagens e desvantagens do concreto armado
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por exemplo, edifícios, pontes, viadutos, barragens, pavimentos rodoviários, 
etc. (BASTOS, 2006).
Na antiguidade, madeira, rocha e ferro eram utilizados, e até hoje são 
encontradas construções com esses tipos de materiais. Os romanos faziam 
uso de pedras com uma argamassa com propriedades cimentícias contendo 
cal e pozolana de origem vulcânica, e confeccionaram estruturas de concreto 
que existem até hoje (PFEIL, 1988).
O cimento Portland teve sua produção industrial iniciada somente após 
1850, mas foi patenteado um pouco antes, após muitos experimentos em 
laboratório. O uso do concreto simples foi gradativamente substituindo as 
construções feitas em alvenaria de pedra (PFEIL, 1988). 
O chamado cimento armado surgiu na França, em 1849, quando Joseph 
Lambot construiu um barco de concreto com argamassa de cimento e com 
telas de fios de aço. Essa foi a primeira peça executada em concreto armado 
registrada na história. Joseph Monier, um pouco depois, passou a confeccionar 
vasos de jardim e outras peças com argamassa de cimento Portland e armadura 
e, posteriormente, reservatórios, escadas e até uma ponte.
Em vários países foram feitos ensaios, que contribuíram para que se com-
preendesse a real função das armaduras em conjunto com o concreto. Apenas 
no início do século XX surgiram as primeiras teorias realistas que abordavam 
o dimensionamento de elementos de concreto armado. A partir de então, ele 
começou a ser tratado como ciência (BASTOS, 2006).
No Brasil, o concreto armado começou a ser utilizado também no início 
do século XX, no Rio de Janeiro. Após alguns anos, praticamente todos os 
cálculos estruturais passaram a ser feitos no Brasil e muitas obras de grande 
porte foram construídas.
Vantagens e aplicações do concreto armado
Como material de construção, o concreto apresenta uma série de vantagens em 
comparação a outros materiais. As estruturas também podem ser feitas, por 
exemplo, em madeira, aço ou alvenaria estrutural, dependendo da fi nalidade 
da obra e da disponibilidade dos materiais. Porém, conforme mencionado 
anteriormente, o concreto é o material estrutural mais utilizado no mundo.Vantagens do concreto armado
Veja a seguir as principais vantagens do uso de concreto armado:
 Concreto armado 210
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  custo: os materiais constituintes do concreto, além de possuírem ampla 
disponibilidade, apresentam baixo custo, como é o caso da água e dos 
agregados; o aço está disponível mundialmente a preços competitivos;
  moldabilidade: apresenta enorme facilidade de moldagem e variabi-
lidade de formas, favorecendo o projeto arquitetônico;
  estrutura monolítica: as estruturas são construídas sem a necessidade 
de ligações, assim, as peças trabalham em conjunto quando solicitadas;
  resistência mecânica: o concreto armado apresenta excelente desem-
penho à compressão e à tração;
  resistência ao fogo: o concreto armado é capaz de resistir a elevadas 
temperaturas e se manter intacto durante um bom tempo(com relação 
a outros materiais), podendo suportar o período necessário à evacuação 
segura de pessoas dos ambientes;
  resistência à fadiga: principalmente em comparação ao aço, o concreto 
se comporta melhor quando submetido a carregamentos cíclicos, já 
que o aço é mais suscetível ao estado de tensões que variam no tempo;
  resistência a choques e vibrações: por possuírem grande massa e 
rigidez, as estruturas de concreto minimizam os efeitos de vibrações e 
oscilações causadas pelo vento ou por ações decorrentes de utilização;
  durabilidade: as estruturas de concreto, desde que bem projetadas e 
executadas, possuem boa resistência à ação de intempéries; seu custo 
de manutenção é baixo, quando avaliado apropriadamente em fase de 
projeto; as armaduras colocadas no interior do concreto são protegidas 
pelo meio alcalino promovido por ele, evitando a corrosão do aço quando 
as barras são posicionadas de maneira correta, obedecendo aos valores 
mínimos de cobrimento;
  execução: os processos construtivos de estruturas em concreto armado 
são muito conhecidos e difundidos, além de apresentarem facilidade 
e rapidez de execução;
  mão de obra: não são necessários profissionais com elevados níveis 
de qualificação, nem equipamentos avançados.
Aplicações do concreto armado
Veja agora as principais aplicações do concreto armado:
  edifícios: podem ser totalmente construídos em concreto armado, ou 
apenas alguns de seus elementos, com o concreto sendo moldado no 
local ou com estruturas pré-moldadas;
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  galpões: são construídos com estruturas pré-moldadas de concreto 
armado, prontas para serem montadas no local da obra;
  pisos industriais: são placas de concreto armado com telas soldadas 
para ambientes como estacionamentos, depósitos, armazéns, quadras 
esportivas, postos de gasolina, entre outros locais sujeitos a carrega-
mentos intensos e que precisam apresentar alta resistência;
  obras rodoviárias: é possível usar o concreto armado na construção 
de pavimentos, pontes, viadutos, passarelas, túneis, galerias, estruturas 
de contenção, etc.;
  obras hidráulicas e de saneamento: o concreto armado é uma opção 
viável na construção de reservatórios, estações de tratamento, tubos, 
barragens, canais, etc.;
  estruturas variadas: torres, chaminés, postes, elementos de cobertura, 
silos, dormentes, piscinas, etc., são outras estruturas que contam com 
a utilização do concreto armado na sua construção. 
Veja alguns exemplos de estruturas em concreto armado nas figuras a 
seguir. Na Figura 2 há um edifício de concreto armado em construção; na 
Figura 3, uma ponte construída em concreto armado; e, na Figura 4, uma 
edificação com o uso de estruturas pré-moldadas de concreto armado.
Figura 2. Exemplo de um edifício sendo construído em concreto armado.
Fonte: Marykit / Shutterstock,com.
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Figura 3. Exemplo de uma ponte construída em concreto armado.
Fonte: Fotoluminate LLC / Shutterstock.com.
Figura 4. Exemplo de uma edificação sendo construída com estruturas pré-moldadas de 
concreto armado.
Fonte: Budimir Jevtic / Shutterstock.com.
Desvantagens do concreto armado
Você já teve a oportunidade de conhecer as inúmeras vantagens do concreto 
armado no item anterior. No entanto, você vai ver agora algumas das prin-
cipais desvantagens do uso de concreto armado e que são importantes para 
213Vantagens e desvantagens do concreto armado
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que você tome uma decisão acertada sobre usá-lo ou não no projeto em que 
você está trabalhando:
  massa específica: provavelmente a maior desvantagem do concreto 
armado é o seu valor de massa específica bastante elevado (2500 kg/m³); 
é possível afirmar que o concreto armado apresenta baixa resistência 
por unidade de volume em comparação com o aço, pois são necessários 
grandes volumes de estruturas de concreto (e, consequentemente, pesos 
elevados) para suportar os carregamentos;
  reformas e demolições: de fato, é um tanto difícil realizar reformas, 
reforços e remodelagem de peças de concreto armado;
  desempenho térmico e acústico: o concreto armado não possui um 
desempenho tão bom quando se trata de transmissão de calor e de som;
  fôrmas e escoramentos: como o concreto armado é moldado no local 
e na hora da construção (a não ser no caso de estruturas pré-moldadas), 
é necessário o uso de fôrmas e de escoramentos, o que representamais 
custos;
  produção: por ser muitas vezes produzido in loco, a resistência final 
do concreto pode ser afetada devido a erros durante os processos de 
mistura e cura, ou mesmo durante o lançamento e adensamento;
  fissuração: a retração (isto é, a redução de volume do concreto por 
perda de umidade) e a fluência (ou seja, a deformação lenta de estruturas 
sujeitas a cargas de longa duração) são os dois fenômenos responsáveis 
pelo aparecimento de fissuras no concreto e serão detalhados a seguir.
Fissuração no concreto armado
A existência da fi ssuração em estruturas de concreto armado se deve ao fato 
de o concreto apresentar baixa resistência a esforços de tração. Esse fenômeno, 
apesar de indesejável, é absolutamente natural, mas devem ser respeitados 
os limites estabelecidos por norma. As causas principais do aparecimento de 
fi ssuras no concreto armado são (PFEIL, 1988):
  a retração do concreto, que nada mais é do que a redução do volume 
quando há rápida evaporação da água na mistura fresca; e
  as solicitações atuantes que geram esforços normais de tração.
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É possível evitar ou minimizar a retração do concreto com a adoção de 
algumas medidas de proteção durante a fase de endurecimento do concreto 
fresco. A cura do concreto− cuja finalidade é evitar que a água da mistura 
evapore − deve ser realizada para que se mantenha úmida a superfície de 
concreto nas suas primeiras idades. Você também pode usar uma armadura 
suplementar, chamada armadura de pele, que vai contribuir para a diminuição 
das fissuras por retração, absorvendo os esforços (BASTOS, 2006).
Como a evaporação acontece na superfície do concreto, a retração será 
maior nessa região do que no interior da estrutura, originando tensões de 
retração capazes de provocar fissuras. O encurtamento da peça provocado 
pela retração vai depender de alguns fatores, como (BASTOS, 2006):
  a espessura dos elementos: quanto menor for a espessura, maior será a 
superfície de contato da peça com o ambiente em relação ao seu volume, 
e maior será a retração;
  a composição química do cimento: cimentos com maior resistência e 
com endurecimento acelerado provocam maior retração;
  a quantidade de cimento: quanto maior for a quantidade, maior será 
a retração;
  a relação água/cimento: quanto maior for essa relação, maior será a 
retração;
  a umidade ambiente: se a umidade estiver alta, a evaporação ficará 
dificultada e a retraçãoserá menor;
  a temperatura ambiente: quanto maior for a temperatura, maior será 
a retração.
É um pouco mais complicado impedir as fissuras causadas por tensões de 
tração porque as deformações do concreto e do aço são incompatíveis (o aço é 
muito mais tolerante aos alongamentos de tração). Para evitar a fissuração do 
concreto, seria necessário aplicar tensões baixas de tração na peça e armaduras, 
o que seria antieconômico. Assim, já que não podemos eliminar as fissuras, 
pelo menos buscamos diminuir seu aparecimento. 
Você já deve ter visto que as fissuras do concreto armado causam alguns 
efeitos prejudiciais ligados à estética, à insegurança aos usuários e, principal-
mente, à redução da proteção das armaduras (pela oxidação delas em contato 
com a água e o ar) (PFEIL, 1988). Para evitar isso, são estipulados valores 
aceitáveis de fissuras, de acordo com os estados limites de serviço (ELS) 
apresentados em norma, em função do ambiente em que a estrutura vai se 
encontrar (BASTOS, 2006).
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Para saber mais sobre os estados limites de serviço relativos à formação de fissuras 
(ELS-F) e à abertura de fissuras (ELS-W), consulte o item 17.3 da norma ABNT NBR 
6118:2014 “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento”.
Veja a relação das fissuras com os componentes 
do cimento no vídeo “Por que o concreto fissura?” 
(ANDRADE, 2016), disponível no link ou código a 
seguir:
https://goo.gl/0EVCU2
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1. Com relação às características 
do concreto armado, assinale 
a alternativa correta:
a) O concreto armado possui 
elevada resistência à compressão 
e baixa resistência à tração.
b) As armaduras colocadas na 
parte inferior de vigas de 
concreto absorvem os esforços 
de tração de uma peça 
sujeita à flexão e controlam 
o aparecimento de fissuras.
c) As armaduras de peças de 
concreto armado se limitam a 
absorver os esforços gerados por 
solicitações normais de tração.
d) Por serem materiais distintos, 
deve-se ter cuidado ao utilizar o 
concreto e o aço em conjunto.
e) O concreto armado surgiu 
apenas no século XX, que 
foi quando passou a ser 
utilizado também no Brasil.
2. Com relação às vantagens na 
utilização do concreto armado, 
assinale a alternativa correta: 
a) O concreto armado, por 
ser moldável, permite que 
sejam feitas reformas e 
demolições com facilidade.
b) Pelo fato de as estruturas de 
concreto serem monolíticas, 
elas apresentam facilidade 
de serem moldadas.
c) Os processos de construção de 
estruturas de concreto armado 
são conhecidos, e a sua execução 
não exige uma mão de obra com 
elevado nível de qualificação.
d) Apesar de a durabilidade do 
concreto ser muito boa, o custo 
de manutenção de estruturas 
em concreto armado é alto.
e) As peças de concreto armado 
possuem grande massa e 
rigidez, por isso são bastante 
resistentes ao fogo.
3. Com relação às aplicações 
do concreto armado, assinale 
a resposta correta:
a) Os edifícios de concreto armado 
só podem ser realizados em 
concreto moldado no local.
b) Na construção de reservatórios, 
não é recomendada a 
utilização de concreto armado, 
devido a sua porosidade 
e permeabilidade.
c) Normalmente, os pavilhões 
industriais não são construídos 
em concreto armado, pois 
sua agressividade química 
é muito elevada.
d) Os pavimentos rodoviários 
não possuem armadura e 
podem ser realizados em 
concreto, mas nunca armado.
e) Os pisos de postos de gasolina 
e de estacionamentos são 
exemplos de pisos realizados 
em concreto armado.
4. Com relação às desvantagens da 
utilização do concreto armado, 
assinale a alternativa correta: 
a) Seu elevado peso próprio 
é uma das principais 
desvantagens no concreto 
armado, pois esse fato pode 
ser penalizante na execução.
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b) O fato de o concreto produzido 
não atingir a resistência prevista 
em projeto é uma desvantagem 
que não pode ser evitada.
c) Não existem concretos com bom 
desempenho térmico e acústico, 
e essa é uma desvantagem 
intrínseca do material.
d) A necessidade de um sistema de 
fôrmas e escoramentos é uma 
desvantagem das estruturas 
de concreto armado que pode 
ser evitada pela utilização de 
elementos pré-moldados.
e) A fissuração de elementos 
de concreto armado é uma 
desvantagem inevitável e 
não pode ser controlada.
5. A fissuração dos elementos 
de concreto armado é uma 
desvantagem que, se não 
controlada, pode comprometer 
a durabilidade da estrutura. 
Com relação à fissuração dos 
elementos de concreto armado, 
assinale a alternativa correta:
a) As principais causas do 
aparecimento de fissuras 
nos elementos de concreto 
armado são a expansão e as 
solicitações normais de tração.
b) Quanto maior for a espessura do 
elemento, maior será a retração 
e a possibilidade de fissuração.
c) A retração do concreto pode 
ser evitada ou minimizada 
com a adoção de algumas 
medidas de proteção durante 
a fase de endurecimento 
do concreto fresco.
d) Para evitar a fissuração do 
concreto por tensões de 
tração, seria necessário aplicar 
tensões elevadas de tração 
na peça e armaduras.
e) Os principais efeitos prejudiciais 
das fissuras do concreto 
armado estão ligados à 
estética e à sensação de 
insegurança aos usuários.
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ANDRADE, S. Por que o concreto fissura? [S.l.]: Canal do Youtube Por dentro da Engenha-
ria Civil, 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8yohIzMKCRE>. 
Acesso em: 30 abr. 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6118:2014. Projeto de 
estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
BASTOS, P. S. S. Fundamentos do concreto armado. Bauru: UNESP, 2006. Notas de aula. 
Disponível em: <http:// http://coral.ufsm.br/decc/ECC1006/Downloads/FUNDAMEN-
TOS.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2017.
PFEIL, W. Concreto armado 1: introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
Leitura recomendada
PINHEIRO, L. B.; MUZARDO, C. D.; SANTOS, S. P. Estrutura de concreto. Campinas: Uni-
camp, 2014. cap. 2. Disponível em: <http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec702/
EESC/Concreto.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2017.
219Vantagens e desvantagens do concreto armado
U4_C14_ Concreto armado.indd 219 09/06/2017 17:21:09
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O vídeo apresenta algumas considerações quanto às desvantagens do concreto armado. Assista!
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Com relação às características do concreto armado, assinale a alternativa correta:
A) a) O concreto armado possui elevada resistência à compressão e baixa resistência à tração.
B) b) As armaduras colocadas na parte inferior de vigas de concreto absorvem os esforços de 
tração de uma peça sujeita à flexão e controlam o aparecimento de fissuras.
C) c) As armaduras de peças de concreto armado se limitam a absorver os esforços gerados 
por solicitações normais de tração.
D) d) Por serem materiais distintos, deve-se ter cuidado ao utilizar o concreto e o aço em 
conjunto.
E) e) O concreto armado surgiu apenas no século XX, que foi quando passou a ser utilizado 
também no Brasil.
2) Com relação às vantagens na utilização do concreto armado, assinale a alternativa 
correta.
A) a) O concreto armado, por ser moldável, permite que sejam feitas reformas e demolições 
com facilidade.
B) b) Pelo fato de as estruturas de concreto serem monolíticas, elas apresentam facilidade em 
serem moldadas.
C) c) Os processos de construção de estruturas de concreto armado são conhecidos e a sua 
execução não exige uma mão de obra com elevado nível de qualificação.
D)d) Apesar de a durabilidade do concreto ser muito boa, o custo de manutenção de 
estruturas em concreto armado é alto.
E) e) Peças de concreto armado possuem grande massa e rigidez, por isso são bastante 
resistentes ao fogo.
3) Com relação às aplicações do concreto armado, assinale a resposta correta.
A) a) Edifícios de concreto armado só podem ser realizados em concreto moldado no local.
B) b) Na construção de reservatórios não é recomendada a utilização de concreto armado, 
devido a sua porosidade e sua permeabilidade.
C) c) Normalmente, pavilhões industriais não são construídos em concreto armado, pois sua 
agressividade química é muito elevada.
D) d) Pavimentos rodoviários não possuem armadura, podem ser realizados em concreto, mas 
nunca armado.
E) e) Pisos de postos de gasolina e estacionamentos são exemplos de pisos realizados em 
concreto armado.
4) Com relação às desvantagens da utilização do concreto armado, assinale a alternativa 
correta.
A) a) Seu elevado peso próprio é uma das principais desvantagens no concreto armado, pois 
esse fato pode ser penalizante na execução.
B) b) O fato de o concreto produzido não atingir a resistência prevista em projeto é uma 
desvantagem que não pode ser evitada.
C) c) Não existem concretos com bom desempenho térmico e acústico, essa é uma 
desvantagem intrínseca do material.
D) d) A necessidade da utilização de um sistema de fôrmas e escoramentos é uma 
desvantagem das estruturas de concreto armado que pode ser evitada pela utilização de 
elementos pré-moldados.
E) e) A fissuração de elementos de concreto armado é uma desvantagem inevitável e não 
pode ser controlada.
5) A fissuração dos elementos de concreto armado é uma desvantagem que, se não 
controlada, pode comprometer a durabilidade da estrutura. Com relação à fissuração 
dos elementos de concreto armado, assinale a alternativa correta.
A) a) As principais causas do aparecimento de fissuras nos elementos de concreto armado são 
a expansão e as solicitações normais de tração.
B) b) Quanto maior a espessura do elemento, maior será a retração e a possibilidade de 
fissuração.
C) c) A retração do concreto pode ser evitada ou minimizada com a adoção de algumas 
medidas de proteção durante a fase de endurecimento do concreto fresco.
D) d) Para se evitar a fissuração do concreto por tensões de tração, seria necessário que 
fossem aplicadas tensões elevadas de tração na peça e armaduras.
E) e) Os principais efeitos prejudiciais das fissuras do concreto armado estão ligados à 
estética e à sensação de insegurança aos usuários.
NA PRÁTICA
O concreto armado pode ser utilizado como material estrutural em toda a construção civil, como 
edificações, obras de saneamento, estações de tratamento de água, sistemas de esgotos, 
barragens, usinas hidrelétricas, prédios, pontes, viadutos, etc. Com alterações na composição do 
concreto também podem ser fabricados concretos com propriedades diferentes das 
convencionais, que podem ser necessárias em algumas obras específicas.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Alvenaria estrutural e estrutura aporticada de concreto armado: estudo econômico 
comparativo de edificações esbeltas
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Avaliação dos aspectos técnicos e econômicos entre estruturas pré-fabricadas e moldadas 
in loco
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Como tratar as fissuras no concreto
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Protensão: Materiais e disposições 
construtivas
APRESENTAÇÃO
O sistema de protensão consiste basicamente em colocar e tracionar cordoalhas (cabos de aço) 
dentro da estrutura, aumentando-se a capacidade portante do elemento. Essas cordoalhas 
tracionadas geram esforços contrários aos esforços criados pelo peso próprio e/ou pelas cargas 
empregadas, influenciando, assim, no desempenho final, por sobreposição dos efeitos. Para 
realizar o processo de protensão, acondicionam-se bainhas metálicas à estrutura, por onde 
passam os cabos a serem protendidos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá a protensão com aderência inicial, protensão com 
aderência posterior e protensão sem aderência ou não aderente.
Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Expressar o funcionamento dos sistemas de protensão.•
Identificar os materiais utilizados em estruturas protendidas.•
Construir a disposição (o traçado geométrico) da estrutura em protensão.•
DESAFIO
O uso de armaduras protendidas em estruturas vem sendo feito com maior ascendência nas 
últimas décadas, principalmente, para a construção de silos, tanques, pontes e viadutos. Como a 
própria palavra já menciona, “protensão” ou “pré-tensão” é o processo pelo qual se aplicam 
tensões de compressão prévia na peça concretada.
Você, na qualidade de Engenheiro Civil, é contratado pela empresa Sinuz, que produz concreto 
protendido, e esta deseja que você realize o traçado geométrico. Como engenheiro, você salienta 
a importância real desse traçado, que ela deve ser realizada para uma determinada estrutura, 
independentemente do elemento a ser avaliado.
Acompanhe na imagem a seguir a planta baixa.
INFOGRÁFICO
Em relação ao sistema construtivo, quando se utiliza o concreto protendido, existem vantagens e 
desvantagens, o engenheiro projetista deve conhecer essas particularidades para conseguir 
aproveitar ao máximo esse sistema e mesmo saber quando utilizar estruturas em concreto 
armado convencional e estruturas em concreto protendido.
Veja, no Infográfico a seguir, as vantagens e desvantagens do uso do concreto prontedido.
CONTEÚDO DO LIVRO
Usualmente, a resistência do concreto empregado em peças protendidas é superior quando 
comparado com a resistência de peças de concreto armado, os materiais empregados, como a 
bainha, são empregadas nos casos de protensão sem aderência e com aderência posterior; a 
injeção de calda de cimento protege a armadura contra corrosão, entre outras características; 
com isso, é importante o detalhamento dos materiais construtivos do concreto protendido.
Este capítulo apresentará as características do concreto e do aço empregados em estruturas 
protendidas. Também, os materiais empregados em bainhas, injeção de calda de cimento e 
ancoragens nos sistemas de protensão e nas operações de protensão.
Leia mais no capítulo Protensão: matreriais e disposições construtivas, que faz parte do livro 
Estrutura em concreto armado e é base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ESTRUTURAS
EM CONCRETO 
ARMADO
Priscila Correa
Revisão técnica:
André Luís Abitante 
Engenheiro Civil
Mestre em Engenharia e Ciência dos Materiais, 
ênfase em Controle de Processos 
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção
Professora do curso de Engenharia Civil
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
C825e Correa, Priscila Marques.
Estruturas em concreto armado / Priscila Marques Correa ; 
[revisão técnica : André Luís Abitante, Shanna Trichês 
Lucchesi]. – Porto Alegre : SAGAH, 2018.
160 p. : il. ; 22,5 cm 
ISBN 978-85-9502-301-7
1. Engenharia civil. 2. Concreto armado. I. Título. 
CDU 624.012.45
NOTA
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nacional e dos acordos, convenções e tratados em vigor, não podendo ser 
reproduzidas no todo ou em parte sem a autorização prévia da ABNT – 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. As Normas ABNT citadas nesta 
obra foram reproduzidas mediante autorização especial da ABNT.
Protensão: materiais e 
disposições construtivas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Determinar como funciona o sistema de protensão.
  Identi� car quais materiais são utilizados em estruturas protendidas.
  Detalhar o traçadogeométrico da estrutura em protensão.
Introdução
Neste texto, você vai ver como funciona o sistema de protensão e os 
materiais utilizados em estruturas protendidas. Além disso, você vai es-
tudar detalhadamente o traçado geométrico da estrutura de protensão.
Sistema de protensão
O sistema de protensão (ou protendido) tem sido uma solução para engenhei-
ros e arquitetos, quando se trata das limitações de projetos de construção e 
execução de estruturas de concreto leves, sem sacrifi car a sua resistência.
O uso de armaduras protendidas em estruturas vem crescendo nas últimas 
décadas, principalmente para a construção de silos, tanques, pontes e viadutos. 
Como a própria palavra já menciona, protensão ou pré-tensão é o processo 
pelo qual se aplicam tensões de compressão prévia na peça concretada.
Para um melhor entendimento, imagine uma pessoa carregando vários 
cadernos sobrepostos. Para que eles sejam erguidos até o alcance da estante 
sem que caiam, ela precisará aplicar uma força horizontal, que gera uma força 
de atrito entre as fileiras; essas forças são capazes de superar o peso próprio 
U N I D A D E 3 
do conjunto. A aplicação dessa força é entendida como força de protenção, ou 
seja, cria pré-tensões contrárias àquelas forças de operação.
Na Figura 1, observa-se um exemplo de estrutura protendida (laje). Em 
função de esse tipo de estrutura apresentar aços de rigidez elevada, por exemplo, 
CP190, esses elementos apresentam maior durabilidade e resistência.
Figura 1. Laje de concreto protendido.
Fonte: Lopes ([2017]).
Protensão aplicada ao concreto
O concreto é um dos materiais mais usados na construção civil, e sua produção 
tem um custo relativamente baixo. A principal característica desse material 
é apresentar resistência a compressão axial; porém, a sua resistência a tração 
é baixa, podendo chegar a 10% da resistência a compressão. Dependendo do 
traço utilizado, o concreto pode sofrer tração, ocasionando fi ssuras e reduzindo 
a quase zero a resistência a tração. 
Como o concreto trabalha de maneira distinta a compressão e tração, 
dependendo da solicitação, é necessária uma compressão prévia — ou seja, 
protensão — nas regiões em que as solicitações produzem tensões de tração.
A protensão no concreto é uma forma de introduzir nas vigas esforços 
prévios que reduzam as tensões de tração no material, quando solicitado em 
Protensão: materiais e disposições construtivas2
serviço. Utilizam-se cabos de aço de elevada resistência, os quais devem estar 
tracionados e ancorados no concreto. 
Na Figura 2, observa-se uma viga de concreto armado, sujeita a esforço de 
flexão. É possível verificar que, na parte superior da viga, ocorre a compressão 
e, na inferior, um esforço de tração. Percebe-se que ocorre a fissuração, mas 
não a ruptura total, devido à resistência da armadura de aço.
Figura 2. Viga de concreto armado convencional.
Fonte: Martins ([200-?]).
Na Figura 3, observa-se uma aplicação de tensão prévia na viga de concreto, 
mediante o uso de cabos de aço tracionados e ancorados nas extremidades 
do elemento. O esforço ocasionado pela ancoragem do cabo denomina-se 
protensão.
Figura 3. Aplicação de uma protensão.
Fonte: Martins ([200-?]).
Sistemas com armaduras pré-tracionadas
Os sistemas com armaduras pré-tracionadas são mais adequados para insta-
lações fi xas (fábricas). Nesse sistema, ocorre um pré-alongamento da arma-
dura, no qual se utilizam apoios independentes do elemento estrutural. Esse 
pré-tracionamento da armadura ocorre antes do lançamento do concreto. 
3Protensão: materiais e disposições construtivas
Após a cura do concreto, a ligação da armadura com os apoios é desfeita e a 
ancoragem ocorre por aderência.
Na Figura 4, tem-se a representação de três vigas simultaneamente pré-
-tracionadas. O processo é dividido em seis etapas:
1. As armaduras são colocadas.
2. É realizada a fixação das armaduras.
3. A fixação é feita por meio de um dispositivo mecânico.
4. A placa de ancoragem da esquerda é fixa e a da direita é móvel. Ao 
longo do curso, estica-se a armadura, empurrando a placa móvel, a qual 
é fixada posteriormente por calços.
5. Mantêm-se as armaduras esticadas.
6. É feita a compactação do concreto nas formas, envolvendo as armaduras 
protendidas, as quais se aderem. Após a cura, a tensão é lentamente 
retirada das armaduras. 
Figura 4. Protensão de três vigas simultaneamente.
Fonte: Martins ([200-?]).
Sistemas com armaduras pós-tracionadas
Os sistemas com armaduras pós-tracionadas são muito utilizados quando a 
protensão é realizada em obra. Nesse sistema, ocorre um pré-alongamento 
da armadura após a cura do concreto, em que os apoios são partes do próprio 
elemento. A seguir, a aderência é atingida permanentemente, por meio de 
bainhas. Esse sistema é classifi cado conforme os tipos de cabos, os seus 
percursos na viga, os tipos e os posicionamentos das ancoragens, entre outros. 
Protensão: materiais e disposições construtivas4
Protensão com aderência inicial
Esse tipo de protenção é aplicado para a fabricação de pré-moldados de con-
creto protendido. A armadura ativa é posicionada, ancorada em blocos nas 
cabeceiras e tracionada. Posteriormente, coloca-se a armadura passiva, para 
então ocorrer o lançamento do concreto e seu adensamento. Depois da cura 
do concreto, retiram-se as formas e o equipamento que mantinha os cabos 
tracionados. Com isso, os fi os são cortados, transferindo a força de protensão 
para o concreto por meio da aderência, que deve estar desenvolvida.
Protensão com aderência posterior
A protensão é aplicada sobre uma peça com concreto no estado endurecido, 
e a aderência ocorre por meio da injeção de uma pasta de cimento no interior 
das bainhas, com auxílio da bomba injetora. Geralmente os cabos são pós-
-tracionados; quando a força de protensão é atingida, ocorre o ancoramento 
dos cabos (por cunhas metálicas ou argamassa de elevada resistência). 
Protensão sem aderência
A protensão é aplicada sobre o concreto já endurecido, não ocorrendo aderência 
entre os cabos e o concreto. A falta de aderência ocorre apenas para a armadura 
ativa, visto que a passiva sempre estará aderente ao concreto (Figura 5).
Figura 5. Protensão sem aderência.
Fonte: Veríssimo e Cesar Junior (1998).
5Protensão: materiais e disposições construtivas
Características referentes à aderência 
No Brasil, não é comum o uso de protensão sem aderência e, ao contrário dos 
Estados Unidos, a norma não versa sobre esse assunto. Não há uma padro-
nização entre os países sobre a questão da aderência, pois tanto o concreto 
protendido aderido como o não aderido têm suas particularidade. No protendido 
não aderido, as perdas por atrito são menores e há maior rapidez e facilidade 
em posicionar os cabos, com uma maior excentricidade. No caso do protendido 
com aderência, ocorre um aumento da capacidade das seções no estado limite 
último, a falha de um cabo tem consequências restritas e ocorre uma melhoria 
do comportamento da peça entre os estágios de fi ssuração e de ruptura.
Como observado na Figura 6, a aderência da armadura influencia no 
comportamento de fissuração do concreto, pois, quando não há aderência dos 
cabos, forma-se um maior número de fissuras de grande abertura. Quando a 
viga apresenta uma menor abertura, a armadura está mais protegida contra 
a corrosão.
Figura 6. Viga de concreto: A) com aderência; B) sem aderência.
Fonte: Veríssimo e Cesar Junior (1998).
Protensão: materiais e disposições construtivas6
A protensão nas vigas de concreto melhora a resistência quanto às solicitações de 
flexão e de cisalhamento.
Materiais utilizados em concreto protendido
O concreto protendido é composto pelos seguintes materiais: concreto simples, 
aço não protendido, aço protendido, ancoragem e bainhas metálicas.
Concreto
O emprego da protensão requer técnicas mais elaboradas do que as utilizadas 
para o concreto armado não protendido. Nesse sentido, o controle de qualidade 
é necessário do início ao fi m doprocesso.
A principal propriedade mecânica do concreto é a resistência a compressão 
axial ( fck). Essa resistência é determinada em ensaios de ruptura de corpos de 
prova normatizados. Por exemplo, o concreto não protendido apresenta uma 
resistência na faixa de 20 a 30 MPa, quando, nos concretos com protensão, a 
resistência é em torno de 30 a 40 MPa.
Geralmente é utilizado o cimento Portland CPIV, mas, em casos de con-
cretos especiais, como o concreto de alta resistência (CAR), é necessário o 
uso de cimentos especiais, como o cimento de alta resistência inicial (CPV). 
Armaduras não protendidas
Para as armaduras não protendidas, é comum utilizar vergalhões, que são usa-
dos em concreto armado. No caso de estruturas protendidas, essas armaduras 
recebem as qualifi cações de convencionais ou suplementares.
Os aços utilizados como armadura convencional são designados pela sigla 
CA (concreto armado), seguida pelo valor do limite de escoamento em kgf/mm².
Armaduras protendidas
Os aços utilizados para a produção de armaduras de protensão são classifi -
cados como:
7Protensão: materiais e disposições construtivas
  Fios trefilados de aço carbono, com diâmetros variando entre 3 mm a 
8 mm (Figura 7).
Figura 7. Fios trefilados.
Fonte: Alibaba (2017).
  Cordoalhas, constituídas por fios trefilados, enrolados em forma de 
hélice, podendo ser com dois, três ou sete fios. A classificação quanto à 
resistência a tração dos aços utilizados para a produção das cordoalhas 
é CP-190 e CP-210 (Figura 8).
Figura 8. Cordoalha.
Fonte: MFRural (2016).
Protensão: materiais e disposições construtivas8
  Barras de aço-liga, laminadas a quente, com diâmetro superior a 12 
mm (Figura 9).
Figura 9. Barra de aço-liga.
Fonte: Belians (2017). 
As principais propriedades mecânicas dos aços de protensão são:
  Limite de elasticidade de 0,01%.
  Limite de escoamento de 0,2%, após descarga.
Os aços de protensão devem ser tracionados com a maior tensão possível, 
para que não ocorra uma redução da tensão aplicada, após determinado tempo. 
Em geral, a perda não pode ultrapassar 20%. 
Bainhas para armaduras pós-tracionadas
Bainhas são tubos nos quais as armaduras de protensão são posicionadas, 
podendo ser com aderência posterior ou também sem aderência (Figura 10). 
São fabricadas em aço laminado, com diferentes espessuras, variando entre 0,1 
a 0,35 mm, e costurados em hélice. Para criar aderência, as bainhas são pre-
enchidas com argamassas. Elas devem atender aos seguintes quesitos: 
a) Ter uma boa barreira, para evitar a entrada da pasta para seu interior. 
b) Ter tamanho suficiente para comportar os cabos e a passagem da pasta 
de injeção.
9Protensão: materiais e disposições construtivas
Figura 10. Bainha metálica.
Fonte: Bastos (2015).
Ancoragem
Uma forma simples e econômica de fi xação dos fi os e das cordoalhas é por 
meio de cunhas e portas-cunha. As cunhas se apresentam de duas formas: bi 
ou tripartidas (Figura 11).
Figura 11. Elemento de ancoragem.
Fonte: Bastos (2015).
Protensão: materiais e disposições construtivas10
Traçado geométrico da estrutura em protensão
Estrutura protendida com armaduras pré-tracionadas
Em estruturas protendidas com armaduras pré-tracionadas, o traçado geomé-
trico é simples, em decorrência do processo construtivo. As armaduras podem 
ser retilíneas ou poligonais (Figura 12).
Figura 12. Estrutura protendida com armadura pré-tracionada.
Fonte: Hanal (2005).
Estrutura protendida com armaduras pós-tracionadas
Nas estruturas protendidas com armaduras pós-tracionadas, colocadas no 
interior de bainhas fl exíveis, os cabos podem assumir uma forma qualquer. 
Entretanto, deve-se evitar um elevado número de curvas, para reduzir as 
perdas por atrito.
Figura 13. Estrutura protendida com armadura pós-tracionada.
Fonte: Hanal (2005).
11Protensão: materiais e disposições construtivas
Acesse o link para conhecer mais sobre os fundamentos 
do concreto protendido Hanal (2005).
https://goo.gl/QYmTwN 
1. São características das estruturas 
de concreto protendido: 
a) o elevado custo de produção.
b) a baixa resistência a tração. 
c) a concretagem feita em camadas 
e adoção de enchimento 
com concreto celular.
d) a integração entre elementos 
de enchimento e pré-
moldados, eliminação das 
tensões transversais e 
facilidade de moldagem.
e) a ausência de fissuração, 
resistência a ambientes agressivos 
e obtenção de grandes vãos.
2. Com relação às cordoalhas de 
aço para concreto protendido, 
conforme o número de fios, 
estas se classificam em:
a) cordoalha com quatro fios e 
cordoalha com oito fios.
b) cordoalha com cinco fios e 
cordoalha com dez fios.
c) cordoalha com três fios e 
cordoalha com sete fios.
d) cordoalha com seis fios e 
cordoalha com doze fios.
e) cordoalha com quatro fios e 
cordoalha com nove fios.
3. Com relação às cordoalhas de 
aço para concreto protendido, 
conforme a resistência à tração, 
estas se classificam em:
a) CP-190 e CP-210.
b) CP-500 e CP-600.
c) CP-150 e CP-200.
d) CP-170 e CP-250.
e) CP-400 e CP-550.
4. Em uma estrutura de concreto 
protendido, o elemento construtivo 
que envolve e protege a 
armadura ativa é denominado:
a) ancoragem.
b) bainha.
c) cordoalha.
d) estribo.
e) forma.
5. Para a execução de uma passarela 
sobre uma via urbana, com vão 
livre de 10 m e gabarito acima de 
5 m, com custo de manutenção 
mínimo e previsto para até 
20 anos, deve-se utilizar:
a) qualquer tipo de estrutura. 
b) concreto armado. 
c) aço. 
d) aço ou concreto armado. 
e) concreto protendido.
Protensão: materiais e disposições construtivas12
ALIBABA. Fios atrelados. 2017. Disponível em: <https://portuguese.alibaba.com/pro-
duct-detail/hot-sale-2-3mm-carbon-steel-spring-wires-cold-drawn-high-carbon-
-spring-steel-wire-1914014032.html>. Acesso em: 21 dez. 2017.
BASTOS, P. S. dos S. Concreto protendido. 2015. Disponível em: <http://wwwp.feb.
unesp.br/pbastos/Protendido/Ap.%20Protendido.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2017.
BELIANS. Barra dywidag COFRESA (Pack). 2017. Disponível em: <https://belians.com/es/
chapas-de-muro/196-barra-dywidag-cofresa>. Acesso em: 21 dez. 2017.
HANAL, J. B. de. Fundamentos do concreto protendido. São Carlos: [s.n.], 2005. Disponível 
em: <http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/protendido/arquivos/cp_ebook_2005.
pdf>. Acesso em: 21 dez. 2017.
LOPES, M. Concreto protendido reduz custos, materiais e tempo de obra. [2017]. Dis-
ponível em: <http://www.temsustentavel.com.br/concreto-protendido-e-custos-
-materiais/#comments>. Acesso em: 21 dez. 2017.
MARTINS, F. Conceito de concreto protendido. [200-?]. Disponível em: <https://goo.gl/
dCwen3>. Acesso em: 21 dez. 2017.
MFRURAL. Cordoalhas para currais. 2016. Disponível em: <http://www.mfrural.com.
br/detalhe/cordoalhas-para-currais-166489.aspx>. Acesso em: 21 dez. 2017.
VERISSIMO, G. de S.; CESAR JUNIOR, K. M. L. Concreto protendido: fundamentos básicos. 
2017. Disponível em: <http://wwwp.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/CP-
-vol1.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2017.
Leitura recomendada
QCONCURSOS.COM. Questões de concursos. [200-?]. Disponível em: <https://goo.gl/
jiaV82>. Acesso em: 21 dez. 2017.
13Protensão: materiais e disposições construtivas
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O uso de armaduras protendidas em estruturas vem sendo usada com maior ascendência nas 
últimas décadas, principalmente para a construção de silos, tanques, pontes e viadutos. Como a 
própria palavra já menciona, “protensão” ou “pré-tensão” é o processo pelo qual se aplicam 
tensões de compressão prévia na peça concretada.
Acompanhe, na Dica do Professor, as vantagens e desvantagens na utilização do concreto 
protendido CP, que devem ser levadas em consideração na execução de um projeto, assim como 
as características do aço utilizado.
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EXERCÍCIOS
1)Um engenheiro quer fazer uma edificação e deseja utilizar o concreto protendido. 
Qual proposição ele deve seguir para poder realizar esse tipo de técnica com 
segurança?
A) a) Pode-se executar qualquer tipo de estrutura utilizando os mesmos vergalhões do 
concreto armado convencional.
B) b) A resistência da armadura utilizada em concreto armado convencional e concreto 
armado protendido deve ser igual, sendo que a resistência do concreto utilizado deve ser 
maior.
C) c) A posição das armaduras no elemento estrutural depende do diagrama de esforços 
cortantes. Assim, quanto maior o esforço cortante maior será a tensão.
D) d) Os cabos de aço não precisam atravessar toda a estrutura para se utilizar a técnica de 
protensão.
E) e) As cordoalhas devem ter resistência superior à resistência do aço comum utilizado no 
concreto armado convencional: em torno de 1900 MPa.
2) Em relação à elaboração de um projeto de uma estrutura protendida, deve-se seguir 
alguns preceitos para um bom desempenho. Quais são eles?
A) a) O traçado geométrico deve seguir a linha de esforços cortantes.
B) b) Em uma viga contínua, tem-se regiões de momentos negativos. Assim, nesses locais, 
deve-se colocar a cordoalha de protensão, com o intuito de reduzir os efeitos das tensões 
de tração na região superior.
C) c) Em vigas nas quais é executado o concreto protendido com aderência, o número de 
fissuras é menor, com a vantagem das fissuras serem menores.
D) d) Em vigas em que é executado o concreto protendido sem aderência, o número de 
fissuras é maior; contudo, as fissuras são maiores também.
E) e) As bainhas de protensão são elementos fabricados em concreto, por onde as armaduras 
são posicionadas.
3) Quando se utiliza a técnica da protensão, existem vantagens e desvantagens. Nas 
questões a seguir, estão listadas algumas vantagens e algumas desvantagens. Qual 
questão está correta?
A) a) Uma das desvantagens do concreto protendido é que não se pode reduzir a geometria 
das seções.
B) b) A grande vantagem é que o aço utilizado é mais barato que o aço utilizado em concreto 
convencional.
C) c) Consegue-se vencer vãos maiores com a utilização do concreto protendido.
D) d) Não é necessário nenhum equipamento especial.
E) e) Tem como desvantagem a redução na capacidade portante em relação a efeitos oriundos 
de cargas móveis.
4) Em relação às possibilidades existentes para o concreto protendido, assinale a 
resposta correta.
A) a) A protensão com aderência inicial consiste em colocar a protensão antes de colocar a 
carga no elemento estrutural.
B) b) Em relação à protensão com aderência inicial, as barras são alongadas antes de colocar 
na forma e soltas logo após a concretagem.
C) c) Na protensão com aderência posterior, devem-se alongar as cordoalhas após a 
concretagem.
D) d) Na protensão com aderência posterior, devem-se alongar as cordoalhas após o concreto 
estar endurecido.
E) e) Após o alongamento das armaduras, o processo de protensão está completo.
5) Em relação à protensão, devem-se ter como parâmetros corretos:
A) a) O concreto utilizado para a técnica da protensão deve ter baixa resistência.
b) O traçado geométrico da estrutura de protensão deve ser sempre retilíneo, de forma a 
manter sempre as cordoalhas bem esticadas, quanto mais esticadas maior capacidade 
B) 
portante.
C) c) A calda de cimento é utilizada para melhorar a capacidade portante do concreto.
D) d) A calda de cimento melhora a capacidade da cordoalha para suportar os efeitos da 
corrosão.
E) e) O diagrama tensão x deformação do aço designado para o concreto protendido é igual 
ao diagrama tensão x deformação do aço utilizado no concreto convencional.
NA PRÁTICA
Para se produzir o efeito de protensão, devem-se tensionar as cordoalhas de aço com ajuda de 
equipamentos apropriados para isso. Para se realizar esse processo, deve-se esperar para que o 
concreto atinja uma resistência mínima. Dessa forma, existem diversos tipos de macacos 
hidráulicos que podem fazer essa protenção. É importante entender quais materiais devem ser 
utilizados nessa técnica de alongar cordoalhas e fios de aço.
José é um estudante de engenharia e foi a campo para conhecer melhor os materiais utilizados 
nesse processo.
Acompanhe, na imagem a seguir, os materiais que José conheceu e sua importância
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
O que é concreto protendido 
Neste vídeo, você verá uma explicação sobre como é a aplicação do concreto protendido e 
em que obras você pode utilizar.
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Materiais utilizados no concreto protendido 
Neste vídeo, você verá que os Equipamentos de Protensão WCH são superiores em 
tecnologia e segurança, com baixo custo operacional.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Controle tecnológico do concreto
APRESENTAÇÃO
Você sabia que, dos materiais empregados em construções, o concreto é mundialmente um dos 
mais utilizados, sendo empregado desde construções de estradas até usinas nucleares? Estima-se 
que seu consumo por habitante gire em torno de 1,9 toneladas por ano, 11 bilhões de toneladas 
de concreto consumidas anualmente. Isso se explica pela excelente resistência à água, tornando-
se ideal para construção de estruturas para o seu controle, armazenamento e transporte; pela 
facilidade na obtenção dos seus elementos constituintes; e pelo baixo custo aliado a uma rápida 
disponibilidade do material para a obra. 
Um concreto mal elaborado ou trabalhado pode acarretar em severos problemas em edificações, 
gerando estruturas em que precocemente são diagnosticadas patologias. Por isso a importância 
do estudo do controle tecnológico do concreto, a partir de normas que estabelecem métodos de 
ensaios que levarão a uma adequada durabilidade, resistência mecânica, trabalhabilidade e vida 
útil. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar o controle tecnológico do concreto, 
reconhecendo a importância de sua aplicação. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a importância do controle tecnológico do concreto.•
Selecionar as formas de armazenamento dos itens que compõem o concreto.•
Reconhecer os ensaios aplicados ao concreto.•
DESAFIO
Você foi contratado para gerenciar uma construção na Alameda dos Anjos, e definiu que o 
consumo de cimento deveria ser de quinze sacos por semana.
Na segunda-feira, chegou na obra o primeiro lote com trinta sacos de cimentos, e na quarta-feira 
chegou o segundo lote com mais sessenta sacos.
Veja como o mestre-de-obras guardou os sacos:
 
 
Com base na norma NBR, aponte os acertos e erros do mestre-de-obras ao acondicionar os lotes 
de cimento. Em seguida, indique as correções a serem feitas para adequar o recebimento à 
norma.
INFOGRÁFICO
A ASCC (American Society for Concrete Construction) estima que seja gasto de 10 a 15% do 
custo total da estrutura para corrigir e efetuar retrabalhos sobre o concreto, a fim de obter-se um 
nível aceitável de qualidade. Neste infográfico, você verá os principais itens que influenciam na 
qualidade do concreto, divididos em influências externas e influência dos Materiais 
Constituintes do Concreto (MCCs).
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Controle Tecnológico do Concreto e veja os fatores envolvidos no uso do 
concreto, tais como os cuidados no armanezamento dos materiais que o compõe, o controle no 
recebimento e o ensaio de compressão. 
Boa leitura!
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO
André Luis Abitante
Ederval de Souza Lisboa
Gustavo Alves G. de Melo
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
L769m Lisboa, Ederval de Souza.
Materiais de construção : concreto e argamassa 
[recurso eletrônico] / Ederval de Souza Lisboa, Edir dos 
Santos Alves, Gustavo Henrique Alves Gomes de Melo. 
– 2. ed. – Porto Alegre :

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