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Questões resolvidas

Os agregados são:
A) Enchimentos baratos para o concreto.
B) Inertes.
C) Apresentam apenas formas arredondadas.
D) Lisos.
E) Majoradores da retração no concreto.

O concreto deve ser:
A) Segregado no estado fresco.
B) Exsudado no estado fresco.
C) Deformáveis no estado endurecido.
D) Resistente no estado fresco.
E) Trabalhável.

Qual dos itens abaixo não pode ser considerado uma propriedade importante do concreto?
A) Massa específica.
B) Resistência.
C) Fluência.
D) Resistência a silicatos.
E) Módulo de elasticidade.

As propriedades do concreto simples não são influenciadas pelo:
A) Gel do cimento.
B) Poros capilares do cimento.
C) Propriedades do aço.
D) Propriedades dos agregados.
E) Propriedade dos grãos anidros.

A mecânica da fratura não estuda:
A) Tensões.
B) Comportamentos exatos para o concreto.
C) Deformações.
D) Materiais frágeis.
E) Materiais homogêneos.

Com relação às características do concreto armado, assinale a alternativa correta:
1. Com relação às características do concreto armado, assinale a alternativa correta:
a) O concreto armado possui elevada resistência à compressão e baixa resistência à tração.
b) As armaduras colocadas na parte inferior de vigas de concreto absorvem os esforços de tração de uma peça sujeita à flexão e controlam o aparecimento de fissuras.
c) As armaduras de peças de concreto armado se limitam a absorver os esforços gerados por solicitações normais de tração.
d) Por serem materiais distintos, deve-se ter cuidado ao utilizar o concreto e o aço em conjunto.
e) O concreto armado surgiu apenas no século XX, que foi quando passou a ser utilizado também no Brasil.

Com relação às vantagens na utilização do concreto armado, assinale a alternativa correta:
2. Com relação às vantagens na utilização do concreto armado, assinale a alternativa correta:
a) O concreto armado, por ser moldável, permite que sejam feitas reformas e demolições com facilidade.
b) Pelo fato de as estruturas de concreto serem monolíticas, elas apresentam facilidade de serem moldadas.
c) Os processos de construção de estruturas de concreto armado são conhecidos, e a sua execução não exige uma mão de obra com elevado nível de qualificação.
d) Apesar de a durabilidade do concreto ser muito boa, o custo de manutenção de estruturas em concreto armado é alto.
e) As peças de concreto armado possuem grande massa e rigidez, por isso são bastante resistentes ao fogo.

Com relação às aplicações do concreto armado, assinale a resposta correta:
3. Com relação às aplicações do concreto armado, assinale a resposta correta:
a) Os edifícios de concreto armado só podem ser realizados em concreto moldado no local.
b) Na construção de reservatórios, não é recomendada a utilização de concreto armado, devido a sua porosidade e permeabilidade.
c) Normalmente, os pavilhões industriais não são construídos em concreto armado, pois sua agressividade química é muito elevada.
d) Os pavimentos rodoviários não possuem armadura e podem ser realizados em concreto, mas nunca armado.
e) Os pisos de postos de gasolina e de estacionamentos são exemplos de pisos realizados em concreto armado.

Com relação às desvantagens da utilização do concreto armado, assinale a alternativa correta:
4. Com relação às desvantagens da utilização do concreto armado, assinale a alternativa correta:
a) Seu elevado peso próprio é uma das principais desvantagens no concreto armado, pois esse fato pode ser penalizante na execução.
b) O fato de o concreto produzido não atingir a resistência prevista em projeto é uma desvantagem que não pode ser evitada.
c) Não existem concretos com bom desempenho térmico e acústico, e essa é uma desvantagem intrínseca do material.
d) A necessidade de um sistema de fôrmas e escoramentos é uma desvantagem das estruturas de concreto armado que pode ser evitada pela utilização de elementos pré-moldados.
e) A fissuração de elementos de concreto armado é uma desvantagem inevitável e não pode ser controlada.

A fissuração dos elementos de concreto armado é uma desvantagem que, se não controlada, pode comprometer a durabilidade da estrutura. Com relação à fissuração dos elementos de concreto armado, assinale a alternativa correta:
5. A fissuração dos elementos de concreto armado é uma desvantagem que, se não controlada, pode comprometer a durabilidade da estrutura. Com relação à fissuração dos elementos de concreto armado, assinale a alternativa correta:
a) As principais causas do aparecimento de fissuras nos elementos de concreto armado são a expansão e as solicitações normais de tração.
b) Quanto maior for a espessura do elemento, maior será a retração e a possibilidade de fissuração.
c) A retração do concreto pode ser evitada ou minimizada com a adoção de algumas medidas de proteção durante a fase de endurecimento do concreto fresco.
d) Para evitar a fissuração do concreto por tensões de tração, seria necessário aplicar tensões elevadas de tração na peça e armaduras.
e) Os principais efeitos prejudiciais das fissuras do concreto armado estão ligados à estética e à sensação.

São características das estruturas de concreto protendido:
a) o elevado custo de produção. b) a baixa resistência a tração. c) a concretagem feita em camadas e adoção de enchimento com concreto celular. d) a integração entre elementos de enchimento e pré-moldados, eliminação das tensões transversais e facilidade de moldagem. e) a ausência de fissuração, resistência a ambientes agressivos e obtenção de grandes vãos.
a) o elevado custo de produção.
b) a baixa resistência a tração.
c) a concretagem feita em camadas e adoção de enchimento com concreto celular.
d) a integração entre elementos de enchimento e pré-moldados, eliminação das tensões transversais e facilidade de moldagem.
e) a ausência de fissuração, resistência a ambientes agressivos e obtenção de grandes vãos.

Com relação às cordoalhas de aço para concreto protendido, conforme o número de fios, estas se classificam em:
a) cordoalha com quatro fios e cordoalha com oito fios. b) cordoalha com cinco fios e cordoalha com dez fios. c) cordoalha com três fios e cordoalha com sete fios. d) cordoalha com seis fios e cordoalha com doze fios. e) cordoalha com quatro fios e cordoalha com nove fios.
a) cordoalha com quatro fios e cordoalha com oito fios.
b) cordoalha com cinco fios e cordoalha com dez fios.
c) cordoalha com três fios e cordoalha com sete fios.
d) cordoalha com seis fios e cordoalha com doze fios.
e) cordoalha com quatro fios e cordoalha com nove fios.

Com relação às cordoalhas de aço para concreto protendido, conforme a resistência à tração, estas se classificam em:
a) CP-190 e CP-210. b) CP-500 e CP-600. c) CP-150 e CP-200. d) CP-170 e CP-250. e) CP-400 e CP-550.
a) CP-190 e CP-210.
b) CP-500 e CP-600.
c) CP-150 e CP-200.
d) CP-170 e CP-250.
e) CP-400 e CP-550.

Em uma estrutura de concreto protendido, o elemento construtivo que envolve e protege a armadura ativa é denominado:
a) ancoragem. b) bainha. c) cordoalha. d) estribo. e) forma.
a) ancoragem.
b) bainha.
c) cordoalha.
d) estribo.
e) forma.

Para a execução de uma passarela sobre uma via urbana, com vão livre de 10 m e gabarito acima de 5 m, com custo de manutenção mínimo e previsto para até 20 anos, deve-se utilizar:
a) qualquer tipo de estrutura. b) concreto armado. c) aço. d) aço ou concreto armado. e) concreto protendido.
a) qualquer tipo de estrutura.
b) concreto armado.
c) aço.
d) aço ou concreto armado.
e) concreto protendido.

Um engenheiro quer fazer uma edificação e deseja utilizar o concreto protendido. Qual proposição ele deve seguir para poder realizar esse tipo de técnica com segurança?
A) a) Pode-se executar qualquer tipo de estrutura utilizando os mesmos vergalhões do concreto armado convencional. B) b) A resistência da armadura utilizada em concreto armado convencional e concreto armado protendido deve ser igual, sendo que a resistência do concreto utilizado deve ser maior. C) c) A posição das armaduras no elemento estrutural depende do diagrama de esforços cortantes. Assim, quanto maior o esforço cortante maior será a tensão. D) d) Os cabos de aço não precisam atravessar toda a estrutura para se utilizar a técnica de protensão. E) e) As cordoalhas devem ter resistência superior à resistência do aço comum utilizado no concreto armado convencional: em torno de 1900 MPa.
A) a) Pode-se executar qualquer tipo de estrutura utilizando os mesmos vergalhões do concreto armado convencional.
B) b) A resistência da armadura utilizada em concreto armado convencional e concreto armado protendido deve ser igual, sendo que a resistência do concreto utilizado deve ser maior.
C) c) A posição das armaduras no elemento estrutural depende do diagrama de esforços cortantes. Assim, quanto maior o esforço cortante maior será a tensão.
D) d) Os cabos de aço não precisam atravessar toda a estrutura para se utilizar a técnica de protensão.
E) e) As cordoalhas devem ter resistência superior à resistência do aço comum utilizado no concreto armado convencional: em torno de 1900 MPa.

Em relação à elaboração de um projeto de uma estrutura protendida, deve-se seguir alguns preceitos para um bom desempenho. Quais são eles?
A) a) O traçado geométrico deve seguir a linha de esforços cortantes. B) b) Em uma viga contínua, tem-se regiões de momentos negativos. Assim, nesses locais, deve-se colocar a cordoalha de protensão, com o intuito de reduzir os efeitos das tensões de tração na região superior. C) c) Em vigas nas quais é executado o concreto protendido com aderência, o número de fissuras é menor, com a vantagem das fissuras serem menores.
A) a) O traçado geométrico deve seguir a linha de esforços cortantes.
B) b) Em uma viga contínua, tem-se regiões de momentos negativos. Assim, nesses locais, deve-se colocar a cordoalha de protensão, com o intuito de reduzir os efeitos das tensões de tração na região superior.
C) c) Em vigas nas quais é executado o concreto protendido com aderência, o número de fissuras é menor, com a vantagem das fissuras serem menores.

Quando se utiliza a técnica da protensão, existem vantagens e desvantagens. Nas questões a seguir, estão listadas algumas vantagens e algumas desvantagens.
Qual questão está correta?
A. a) Uma das desvantagens do concreto protendido é que não se pode reduzir a geometria das seções.
B. b) A grande vantagem é que o aço utilizado é mais barato que o aço utilizado em concreto convencional.
C. c) Consegue-se vencer vãos maiores com a utilização do concreto protendido.
D. d) Não é necessário nenhum equipamento especial.
E. e) Tem como desvantagem a redução na capacidade portante em relação a efeitos oriundos de cargas móveis.

Em relação às possibilidades existentes para o concreto protendido, assinale a resposta correta.
A. a) A protensão com aderência inicial consiste em colocar a protensão antes de colocar a carga no elemento estrutural.
B. b) Em relação à protensão com aderência inicial, as barras são alongadas antes de colocar na forma e soltas logo após a concretagem.
C. c) Na protensão com aderência posterior, devem-se alongar as cordoalhas após a concretagem.
D. d) Na protensão com aderência posterior, devem-se alongar as cordoalhas após o concreto estar endurecido.
E. e) Após o alongamento das armaduras, o processo de protensão está completo.

Em relação à protensão, devem-se ter como parâmetros corretos:
A. a) O concreto utilizado para a técnica da protensão deve ter baixa resistência.
B. b) O traçado geométrico da estrutura de protensão deve ser sempre retilíneo, de forma a manter sempre as cordoalhas bem esticadas, quanto mais esticadas maior capacidade portante.
C. c) A calda de cimento é utilizada para melhorar a capacidade portante do concreto.
D. d) A calda de cimento melhora a capacidade da cordoalha para suportar os efeitos da corrosão.
E. e) O diagrama tensão x deformação do aço designado para o concreto protendido é igual ao diagrama tensão x deformação do aço utilizado no concreto convencional.

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Questões resolvidas

Os agregados são:
A) Enchimentos baratos para o concreto.
B) Inertes.
C) Apresentam apenas formas arredondadas.
D) Lisos.
E) Majoradores da retração no concreto.

O concreto deve ser:
A) Segregado no estado fresco.
B) Exsudado no estado fresco.
C) Deformáveis no estado endurecido.
D) Resistente no estado fresco.
E) Trabalhável.

Qual dos itens abaixo não pode ser considerado uma propriedade importante do concreto?
A) Massa específica.
B) Resistência.
C) Fluência.
D) Resistência a silicatos.
E) Módulo de elasticidade.

As propriedades do concreto simples não são influenciadas pelo:
A) Gel do cimento.
B) Poros capilares do cimento.
C) Propriedades do aço.
D) Propriedades dos agregados.
E) Propriedade dos grãos anidros.

A mecânica da fratura não estuda:
A) Tensões.
B) Comportamentos exatos para o concreto.
C) Deformações.
D) Materiais frágeis.
E) Materiais homogêneos.

Com relação às características do concreto armado, assinale a alternativa correta:
1. Com relação às características do concreto armado, assinale a alternativa correta:
a) O concreto armado possui elevada resistência à compressão e baixa resistência à tração.
b) As armaduras colocadas na parte inferior de vigas de concreto absorvem os esforços de tração de uma peça sujeita à flexão e controlam o aparecimento de fissuras.
c) As armaduras de peças de concreto armado se limitam a absorver os esforços gerados por solicitações normais de tração.
d) Por serem materiais distintos, deve-se ter cuidado ao utilizar o concreto e o aço em conjunto.
e) O concreto armado surgiu apenas no século XX, que foi quando passou a ser utilizado também no Brasil.

Com relação às vantagens na utilização do concreto armado, assinale a alternativa correta:
2. Com relação às vantagens na utilização do concreto armado, assinale a alternativa correta:
a) O concreto armado, por ser moldável, permite que sejam feitas reformas e demolições com facilidade.
b) Pelo fato de as estruturas de concreto serem monolíticas, elas apresentam facilidade de serem moldadas.
c) Os processos de construção de estruturas de concreto armado são conhecidos, e a sua execução não exige uma mão de obra com elevado nível de qualificação.
d) Apesar de a durabilidade do concreto ser muito boa, o custo de manutenção de estruturas em concreto armado é alto.
e) As peças de concreto armado possuem grande massa e rigidez, por isso são bastante resistentes ao fogo.

Com relação às aplicações do concreto armado, assinale a resposta correta:
3. Com relação às aplicações do concreto armado, assinale a resposta correta:
a) Os edifícios de concreto armado só podem ser realizados em concreto moldado no local.
b) Na construção de reservatórios, não é recomendada a utilização de concreto armado, devido a sua porosidade e permeabilidade.
c) Normalmente, os pavilhões industriais não são construídos em concreto armado, pois sua agressividade química é muito elevada.
d) Os pavimentos rodoviários não possuem armadura e podem ser realizados em concreto, mas nunca armado.
e) Os pisos de postos de gasolina e de estacionamentos são exemplos de pisos realizados em concreto armado.

Com relação às desvantagens da utilização do concreto armado, assinale a alternativa correta:
4. Com relação às desvantagens da utilização do concreto armado, assinale a alternativa correta:
a) Seu elevado peso próprio é uma das principais desvantagens no concreto armado, pois esse fato pode ser penalizante na execução.
b) O fato de o concreto produzido não atingir a resistência prevista em projeto é uma desvantagem que não pode ser evitada.
c) Não existem concretos com bom desempenho térmico e acústico, e essa é uma desvantagem intrínseca do material.
d) A necessidade de um sistema de fôrmas e escoramentos é uma desvantagem das estruturas de concreto armado que pode ser evitada pela utilização de elementos pré-moldados.
e) A fissuração de elementos de concreto armado é uma desvantagem inevitável e não pode ser controlada.

A fissuração dos elementos de concreto armado é uma desvantagem que, se não controlada, pode comprometer a durabilidade da estrutura. Com relação à fissuração dos elementos de concreto armado, assinale a alternativa correta:
5. A fissuração dos elementos de concreto armado é uma desvantagem que, se não controlada, pode comprometer a durabilidade da estrutura. Com relação à fissuração dos elementos de concreto armado, assinale a alternativa correta:
a) As principais causas do aparecimento de fissuras nos elementos de concreto armado são a expansão e as solicitações normais de tração.
b) Quanto maior for a espessura do elemento, maior será a retração e a possibilidade de fissuração.
c) A retração do concreto pode ser evitada ou minimizada com a adoção de algumas medidas de proteção durante a fase de endurecimento do concreto fresco.
d) Para evitar a fissuração do concreto por tensões de tração, seria necessário aplicar tensões elevadas de tração na peça e armaduras.
e) Os principais efeitos prejudiciais das fissuras do concreto armado estão ligados à estética e à sensação.

São características das estruturas de concreto protendido:
a) o elevado custo de produção. b) a baixa resistência a tração. c) a concretagem feita em camadas e adoção de enchimento com concreto celular. d) a integração entre elementos de enchimento e pré-moldados, eliminação das tensões transversais e facilidade de moldagem. e) a ausência de fissuração, resistência a ambientes agressivos e obtenção de grandes vãos.
a) o elevado custo de produção.
b) a baixa resistência a tração.
c) a concretagem feita em camadas e adoção de enchimento com concreto celular.
d) a integração entre elementos de enchimento e pré-moldados, eliminação das tensões transversais e facilidade de moldagem.
e) a ausência de fissuração, resistência a ambientes agressivos e obtenção de grandes vãos.

Com relação às cordoalhas de aço para concreto protendido, conforme o número de fios, estas se classificam em:
a) cordoalha com quatro fios e cordoalha com oito fios. b) cordoalha com cinco fios e cordoalha com dez fios. c) cordoalha com três fios e cordoalha com sete fios. d) cordoalha com seis fios e cordoalha com doze fios. e) cordoalha com quatro fios e cordoalha com nove fios.
a) cordoalha com quatro fios e cordoalha com oito fios.
b) cordoalha com cinco fios e cordoalha com dez fios.
c) cordoalha com três fios e cordoalha com sete fios.
d) cordoalha com seis fios e cordoalha com doze fios.
e) cordoalha com quatro fios e cordoalha com nove fios.

Com relação às cordoalhas de aço para concreto protendido, conforme a resistência à tração, estas se classificam em:
a) CP-190 e CP-210. b) CP-500 e CP-600. c) CP-150 e CP-200. d) CP-170 e CP-250. e) CP-400 e CP-550.
a) CP-190 e CP-210.
b) CP-500 e CP-600.
c) CP-150 e CP-200.
d) CP-170 e CP-250.
e) CP-400 e CP-550.

Em uma estrutura de concreto protendido, o elemento construtivo que envolve e protege a armadura ativa é denominado:
a) ancoragem. b) bainha. c) cordoalha. d) estribo. e) forma.
a) ancoragem.
b) bainha.
c) cordoalha.
d) estribo.
e) forma.

Para a execução de uma passarela sobre uma via urbana, com vão livre de 10 m e gabarito acima de 5 m, com custo de manutenção mínimo e previsto para até 20 anos, deve-se utilizar:
a) qualquer tipo de estrutura. b) concreto armado. c) aço. d) aço ou concreto armado. e) concreto protendido.
a) qualquer tipo de estrutura.
b) concreto armado.
c) aço.
d) aço ou concreto armado.
e) concreto protendido.

Um engenheiro quer fazer uma edificação e deseja utilizar o concreto protendido. Qual proposição ele deve seguir para poder realizar esse tipo de técnica com segurança?
A) a) Pode-se executar qualquer tipo de estrutura utilizando os mesmos vergalhões do concreto armado convencional. B) b) A resistência da armadura utilizada em concreto armado convencional e concreto armado protendido deve ser igual, sendo que a resistência do concreto utilizado deve ser maior. C) c) A posição das armaduras no elemento estrutural depende do diagrama de esforços cortantes. Assim, quanto maior o esforço cortante maior será a tensão. D) d) Os cabos de aço não precisam atravessar toda a estrutura para se utilizar a técnica de protensão. E) e) As cordoalhas devem ter resistência superior à resistência do aço comum utilizado no concreto armado convencional: em torno de 1900 MPa.
A) a) Pode-se executar qualquer tipo de estrutura utilizando os mesmos vergalhões do concreto armado convencional.
B) b) A resistência da armadura utilizada em concreto armado convencional e concreto armado protendido deve ser igual, sendo que a resistência do concreto utilizado deve ser maior.
C) c) A posição das armaduras no elemento estrutural depende do diagrama de esforços cortantes. Assim, quanto maior o esforço cortante maior será a tensão.
D) d) Os cabos de aço não precisam atravessar toda a estrutura para se utilizar a técnica de protensão.
E) e) As cordoalhas devem ter resistência superior à resistência do aço comum utilizado no concreto armado convencional: em torno de 1900 MPa.

Em relação à elaboração de um projeto de uma estrutura protendida, deve-se seguir alguns preceitos para um bom desempenho. Quais são eles?
A) a) O traçado geométrico deve seguir a linha de esforços cortantes. B) b) Em uma viga contínua, tem-se regiões de momentos negativos. Assim, nesses locais, deve-se colocar a cordoalha de protensão, com o intuito de reduzir os efeitos das tensões de tração na região superior. C) c) Em vigas nas quais é executado o concreto protendido com aderência, o número de fissuras é menor, com a vantagem das fissuras serem menores.
A) a) O traçado geométrico deve seguir a linha de esforços cortantes.
B) b) Em uma viga contínua, tem-se regiões de momentos negativos. Assim, nesses locais, deve-se colocar a cordoalha de protensão, com o intuito de reduzir os efeitos das tensões de tração na região superior.
C) c) Em vigas nas quais é executado o concreto protendido com aderência, o número de fissuras é menor, com a vantagem das fissuras serem menores.

Quando se utiliza a técnica da protensão, existem vantagens e desvantagens. Nas questões a seguir, estão listadas algumas vantagens e algumas desvantagens.
Qual questão está correta?
A. a) Uma das desvantagens do concreto protendido é que não se pode reduzir a geometria das seções.
B. b) A grande vantagem é que o aço utilizado é mais barato que o aço utilizado em concreto convencional.
C. c) Consegue-se vencer vãos maiores com a utilização do concreto protendido.
D. d) Não é necessário nenhum equipamento especial.
E. e) Tem como desvantagem a redução na capacidade portante em relação a efeitos oriundos de cargas móveis.

Em relação às possibilidades existentes para o concreto protendido, assinale a resposta correta.
A. a) A protensão com aderência inicial consiste em colocar a protensão antes de colocar a carga no elemento estrutural.
B. b) Em relação à protensão com aderência inicial, as barras são alongadas antes de colocar na forma e soltas logo após a concretagem.
C. c) Na protensão com aderência posterior, devem-se alongar as cordoalhas após a concretagem.
D. d) Na protensão com aderência posterior, devem-se alongar as cordoalhas após o concreto estar endurecido.
E. e) Após o alongamento das armaduras, o processo de protensão está completo.

Em relação à protensão, devem-se ter como parâmetros corretos:
A. a) O concreto utilizado para a técnica da protensão deve ter baixa resistência.
B. b) O traçado geométrico da estrutura de protensão deve ser sempre retilíneo, de forma a manter sempre as cordoalhas bem esticadas, quanto mais esticadas maior capacidade portante.
C. c) A calda de cimento é utilizada para melhorar a capacidade portante do concreto.
D. d) A calda de cimento melhora a capacidade da cordoalha para suportar os efeitos da corrosão.
E. e) O diagrama tensão x deformação do aço designado para o concreto protendido é igual ao diagrama tensão x deformação do aço utilizado no concreto convencional.

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E-BOOK
CONCRETO
Concreto
APRESENTAÇÃO
Esta unidade de ensino irá trabalhar o concreto. O estudo do material mais utilizado pelo homem 
tende a ser extremamente complexo e amplo, porém, o conhecimento básico sobre este 
interessante material permite nortear os campos em que o tecnologista do concreto deve gastar 
mais tempo aprofundando-se. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar o que é concreto.•
Identificar os principais constituintes do concreto.•
Reconhecer as propriedades do concreto.•
DESAFIO
Um dos pontos mais fracos do concreto é a zona de transição, geralmente é nesse ponto sensível 
que acontece a ruptura do material. Existe uma explicação bem simples sobre porque isso 
acontece e também existem algumas formas de diminuir essa fraqueza e tornar o concreto mais 
forte.
Você irá apresentar uma palestra sobre o concreto. Foi lhe pedido que a sua introdução seja 
sobre o motivo da zona de transição ser geralmente o ponto mais fraco do concreto e para 
conclusão você deverá citar uma solução bem simples para sanar o problema. O que você diria 
nessas etapas? 
INFOGRÁFICO
Atualmente dois materiais estruturais são os mais utilizados: o concreto e o aço. Algumas vezes 
eles se complementam e, outras, competem entre si, de maneira que muitas estruturas de mesmo 
tipo e função podem ser construídas com qualquer um desses materiais. Observe no infográfico 
abaixo:
 
CONTEÚDO DO LIVRO
O concreto, no sentido mais amplo, é qualquer produto ou massa produzido a partir do uso de 
um meio cimentante. Nesse sentido, acompanhe o Capítulo 1 do livro "Tecnologia do 
Concreto".
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
N523t Neville, A. M.
 Tecnologia do concreto [recurso eletrônico] / A. M.
 Neville, J. J. Brooks ; tradução: Ruy Alberto Cremonini. – 2.
 ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 ISBN 978-85-8260-072-6
 1. Engenharia civil. 2. Concreto. I. Brooks, J. J. II. Título. 
CDU 691.32
A.M. Neville é consultor de Engenharia Civil. Ele foi Vice Presidente da Royal Aca-
demy of Engineering, Reitor e Vice-Chanceler da University of Dundee. Tem anos 
de experiência como professor, pesquisador e consultor em Engenharia Civil e Es-
trutural na Europa e América do Norte e no Extremo Oriente. Recebeu inúmeros 
prêmios e medalhas, e é membro Honorário do American Concrete Institute, da 
British Concrete Society e do Instituto Brasileiro de Concreto.
J.J. Brooks é consultor, ex-professor sênior na Engenharia Civil e de Materiais e 
Diretor dos Estudos de Pós-Graduação na Escola de Engenharia Civil da University 
of Leeds. É membro do American Concrete Institute e da International Masonry 
Society.
O leitor deste livro provavelmente é alguém interessado na utilização do concreto em 
estruturas, sejam pontes, edifícios, rodovias ou barragens. Do ponto de vista dos au-
tores, para que seja possível utilizar o concreto de maneira satisfatória, o projetista e 
o executante devem estar familiarizados com a tecnologia do concreto.
Atualmente dois materiais estruturais são os mais utilizados: o concreto e o aço. 
Algumas vezes eles se complementam e, outras, competem entre si, de maneira que 
muitas estruturas de mesmo tipo e função podem ser construídas com qualquer um 
desses materiais. Ainda assim, as universidades e escolas de engenharia ensinam 
muito menos sobre concreto do que sobre o aço. Isso poderia não ser importante se, 
na prática, o engenheiro de campo não precisasse saber mais sobre concreto do que 
aço. Segue uma explicação.
O aço é produzido sob condições rigidamente controladas, sempre em um am-
biente industrial sofisticado. As propriedades de cada tipo de aço são determinadas 
em laboratório e apresentadas no certificado do fabricante. Portanto, o projetista 
de estruturas metálicas precisa somente especificar o aço conforme as normas, e o 
construtor deve somente garantir que o aço correto seja utilizado e que as conexões 
entre os elementos sejam adequadamente executadas.
Em um canteiro de obras de um edifício em concreto, a situação é totalmente 
diferente. A qualidade do cimento é garantida pelo fabricante de maneira similar ao 
aço e, quando um cimento adequado é escolhido, sua qualidade dificilmente será 
causa de falhas em estruturas de concreto. Entretanto, não é o cimento o material de 
construção, e sim o concreto. O cimento está para o concreto assim como a farinha 
está para um bolo, sendo a qualidade do bolo dependente do cozinheiro.
É possível obter concreto de qualidade especificada a partir de uma empresa 
fornecedora de concreto pré-misturado, mas mesmo nesse caso são somente as ma-
térias-primas que são adquiridas. O transporte, o lançamento e, acima de tudo, o 
adensamento influenciam em muito a qualidade final do produto. Além disso, dife-
rentemente do aço, as opções de misturas são quase infinitas e, portanto, a seleção 
não pode ser feita sem um sólido conhecimento das propriedades e do comporta-
mento do concreto. Isso é atribuição do projetista e do responsável pela especifica-
ção, que determinam a qualidades potenciais do concreto, sendo a competência do 
1
Concreto como um
Material Estrutural
2 Tecnologia do Concreto
executante e do fornecedor que controla a qualidade efetiva do concreto na estrutura 
acabada. Ou seja, eles devem estar totalmente familiarizados com as propriedades 
do concreto e com sua produção e lançamento.
O que é o concreto?
Uma visão geral do concreto como um material nesse momento é difícil, pois não se-
rão citados conhecimentos específicos ainda não apresentados. Serão então citadas 
somente algumas características do concreto.
O concreto, no sentido mais amplo, é qualquer produto ou massa produzido a 
partir do uso de um meio cimentante. Geralmente esse meio é o produto da reação 
entre um cimento hidráulico e água, mas atualmente mesmo essa definição pode 
cobrir uma larga gama de produtos. O concreto pode ser produzido com vários tipos 
de cimento e também conter pozolanas, como cinza volante, escória de alto-forno, 
sílica ativa, adições minerais, agregados de concreto reciclado, aditivos, polímeros 
e fibras. Além disso, esses concretos podem ser aquecidos, curados a vapor, auto-
clavados, tratados a vácuo, prensados, vibrados por impactos (shock-vibrated), ex-
trudados e projetados. Este livro considerará somente a mistura de cimento, água, 
agregados (miúdos e graúdos) e aditivos.
Isso gera imediatamente uma pergunta: qual é a relação entre os constituintes 
dessa mistura? Existem três possibilidades. Na primeira, o meio cimentício, ou seja, 
os produtos da hidratação do cimento é considerado o principal material de cons-
trução, com os agregados cumprindo o papel de enchimento barato ou mais barato. 
Na segunda, os agregados graúdos podem ser interpretados como uma espécie de 
pequenos blocos de alvenaria, unidos pela argamassa, isto é, a mistura de cimento 
hidratado e agregados miúdos. A terceira possibilidade é entender que o concreto 
consiste em duas fases: a pasta de cimento hidratada e os agregados e, como resulta-
do, suas propriedades são regidas pelas propriedades das duas fases, bem como pelas 
interfaces entre elas.
A segunda e a terceira visão têm algum mérito e podem ser utilizadas para ex-
plicar o comportamento do concreto. A primeira, que considera a pasta de cimento 
diluída pelos agregados, deve ser rejeitada. Suponha que seja possível comprar ci-
mento mais barato que os agregados: você usaria uma mistura somente de cimento 
e água como material de construção? A resposta é um enfático não, porque as alte-
rações de volume1 da pasta de cimento hidratada são muito grandes: a retração da 
pasta de cimento pura é quase dez vezes maior que a retração2 de um concreto com 
250 kg de cimento por metro cúbico. Praticamente o mesmo ocorre com a fluência3. 
Além disso, o calor gerado pela hidratação4 de uma grandequantidade de cimen-
to, principalmente em climas quentes5, pode levar à fissuração6. Deve ser destaca-
do também que a maioria dos agregados são menos propensos a sofrerem ataques 
1 Capítulo 12
2 Capítulo 13
Capítulo 1 Concreto como um Material Estrutural 3
químicos7 que a pasta de cimento, ainda que esta seja bastante resistente. Portanto, 
independentemente do custo, o uso de agregados no concreto é vantajoso.
O bom concreto
Vantajoso significa que a influência é boa, e pode ser – na verdade, deve ser – ques-
tionado: o que é um bom concreto? É mais fácil anteceder a resposta citando que 
o concreto ruim, infelizmente, é um material de construção muito comum. Por um 
concreto ruim entende-se uma substância com consistência9 similar a uma sopa, que 
endurece com aspecto de uma colmeia10, não homogêneo e fraco. Esse material é 
produzido simplesmente pela mistura de cimento, agregados e água. O surpreen-
dente é que os ingredientes do bom concreto são exatamente os mesmos, e a diferen-
ça é relacionada ao know-how.
Com esse know-how, pode ser produzido um bom concreto, e existem dois cri-
térios pelos quais ele pode ser definido: deve ser satisfatório em seu estado endure-
cido11, e em seu estado fresco12, enquanto é transportado da betoneira até o lança-
mento nas fôrmas. Em geral, as exigências no estado fresco são que a consistência 
da mistura seja tal que o concreto possa ser adensado13 com os meios disponíveis no 
canteiro de obras e que a mistura também seja coesa14 o suficiente para ser trans-
portada15 e lançada sem segregação16 com os meios disponíveis. É óbvio que essas 
exigências não são absolutas, mas dependem de se o transporte é feito por uma ca-
çamba com descarga pela parte inferior ou por um caminhão comum (claro que esta 
última não é considerada uma boa prática).
Quanto ao concreto no estado endurecido17, é considerada como exigência 
usual uma resistência à compressão satisfatória18. A resistência é invariavelmente 
especificada porque é fácil de ser medida, embora o “número” resultante do ensaio 
certamente não é o valor da resistência intrínseca do concreto na estrutura, mas so-
mente de sua qualidade. Em todo caso, a resistência é uma maneira fácil de verificar 
o atendimento às especificações19 e obrigações contratuais. Entretanto, também exis-
tem outras razões para a preocupação com a resistência à compressão, já que várias 
propriedades do concreto estão relacionadas a ela, como: massa específica20, imper-
meabilidade21, durabilidade22, resistência à abrasão23, resistência ao impacto24, resis-
tência à tração25, resistência a sulfatos26 e várias outras, mas não à retração27 e não 
necessariamente à fluência28. Não está sendo dito que essas propriedades são simples 
e exclusivamente função da resistência à compressão, e uma questão bem conhecida 
é se a durabilidade29 é mais bem-assegurada pela especificação da resistência30, da 
3 Capítulo 12
4 Capítulo 2
5 Capítulo 9
6 Capítulo 13
7 Capítulo 14
8 Capítulo 3
9 Capítulo 5
10 Capítulo 6
11 Capítulo 6
12 Capítulo 5
13 Capítulo 7
14 Capítulo 5
15 Capítulo 7
16 Capítulo 5
17 Capítulo 6
18 Capítulo 6
19 Capítulo 17
20 Capítulo 6
21 Capítulo 14
22 Capítulo 14
23 Capítulo 11
24 Capítulo 11
25 Capítulo 11
4 Tecnologia do Concreto
relação água/cimento31 ou do consumo de cimento32. O ponto é que, de forma muito 
geral, um concreto de resistência mais elevada tem mais propriedades desejáveis. Um 
estudo detalhado de tudo isso é sobre o que trata a tecnologia do concreto.
Materiais compósitos
O concreto tem sido citado como um material bifásico. Agora esse tema será apro-
fundado, com ênfase no módulo de elasticidade33 do material compósito. Em termos 
gerais, um material compósito, constituído por duas fases, pode ter duas formas 
fundamentalmente diferentes. A primeira delas é um material compósito ideal duro, 
que tem uma matriz contínua constituída por uma fase elástica com alto módulo de 
elasticidade e partículas de menor módulo dispersas. O segundo tipo de estrutura é a 
de um material ideal macio, constituído por partículas elásticas com alto módulo de 
elasticidade, dispersas em uma fase matriz contínua com módulo mais baixo.
A diferença entre os dois casos pode ser grande quando se calcula o módulo de 
elasticidade do compósito. No caso de um compósito duro, considera-se que a de-
formação é constante em qualquer seção transversal, enquanto as tensões nas fases 
são proporcionais ao seu módulo respectivo. Esse é o caso da Fig. 1.1. (esquerda). 
Por outro lado, para um material compósito macio, o módulo de elasticidade é 
calculado a partir da consideração de que a tensão é constante em qualquer seção 
transversal, enquanto a deformação nas fases é inversamente proporcional ao mó-
dulo respectivo. Isso está representado na parte direita da Fig. 1.1, e as equações 
correspondentes são:
para um material compósito duro
e para um material compósito macio
onde E = módulo de elasticidade do material compósito
 Em = módulo de elasticidade da matriz
 Ep = módulo de elasticidade da fase particulada
 g = fração volumétrica das partículas
Não se deve ver de forma ingênua a simplicidade dessas equações e concluir que 
tudo o que deve ser conhecido é se o módulo de elasticidade do agregado é maior ou 
menor que o da pasta. O fato é que essas equações representam limites para o módu-
lo de elasticidade do compósito. Como na realidade a distribuição dos agregados no 
concreto é aleatória, sequer os limites podem ser alcançados, tampouco podem ser 
26 Capítulo 14
27 Capítulo 13
28 Capítulo 12
29 Capítulo 14
30 Capítulo 6
31 Capítulo 6
32 Capítulo 19
33 Capítulo 12
Capítulo 1 Concreto como um Material Estrutural 5
atendidos os requisitos de equilíbrio e compatibilidade. Para fins práticos, uma apro-
ximação razoável é dada pela expressão para os materiais macios para misturas com 
agregados normais34. Para misturas com agregados leves, a expressão para materiais 
compósitos duros é mais apropriada.
Do ponto de vista científico, existe algo mais a ser dito sobre o enfoque bifásico 
e que pode ser aplicado para a fase cimentícia sozinha como uma espécie de segun-
do passo. A pasta de cimento36 pode ser vista como constituída de grãos duros de 
cimento anidro em uma matriz macia de produtos de hidratação37. Os produtos de 
hidratação, por sua vez, consistem em poros capilares38 “macios” em uma matriz 
dura de gel de cimento39. Equações apropriadas podem ser facilmente apresentadas, 
mas, para o objetivo atual, é suficiente saber que rígido e macio são termos relativos 
e não absolutos.
Papel das interfaces
As propriedades do concreto são influenciadas não somente pelas propriedades de 
suas fases constituintes, mas também pela existência de suas interfaces. Para analisar 
esse aspecto, deve-se destacar que o volume ocupado por um concreto fresco ade-
quadamente adensado é um pouco maior do que seria o volume compactado dos 
agregados contidos nesse concreto. Essa diferença significa que não há um contato 
direto entre as partículas de agregados, mas sim que elas estão separadas umas das 
Tensão �1 �2
�1 = �2
Fase
matriz
(a) (b)
Fase
matriz
Fase
partí-
culas
Fase
partículas
1 – g
1 – g
g
g
Figura 1.1 Modelos para: (a) material compósito duro e (b) material compósito macio.
34 Capítulo 3
35 Capítulo 18
36 Capítulo 2
37 Capítulo 2
38 Capítulo 2
39 Capítulo 2
6 Tecnologia do Concreto
outras por uma fina camada de pasta de cimento, ou seja, estão cobertas pela pasta. 
Essa diferença de volume é tipicamente 3%, às vezes mais.
Um corolário dessa observação é que as propriedades mecânicas do concreto, 
como a rigidez, não podem ser atribuídas às propriedades mecânicas da aglomeração 
de agregados, mas sim às propriedades individuais das partículas dos agregados e da 
matriz.
Outro corolário é que a interface influencia no módulo de elasticidade do con-
creto. A importância das interfaces é apresentada no Capítulo 6 e uma figura nesse 
capítulo (Fig. 6.11) mostra as relações entre tensão-deformação40para os agregados, 
a pasta de cimento pura e o concreto. Aqui surge um primeiro paradoxo: o agre-
gado sozinho apresenta uma relação tensão-deformação linear, da mesma forma 
que a pasta de cimento pura; entretanto, o material compósito constituído pelos 
dois, ou seja, o concreto, tem uma relação curva. A explicação se deve à influência 
das interfaces, conhecidas como zona de transição (Capítulo 6), no desenvolvimento 
de microfissuração41 nessas interfaces quando submetidas a carregamentos. Essas 
microfissuras se desenvolvem progressivamente nas interfaces, em ângulos variáveis 
com as tensões aplicadas; portanto, ocorre um aumento progressivo na intensidade 
da tensão localizada e na magnitude da deformação. Assim, a deformação aumenta 
em uma velocidade maior que a tensão aplicada e a curva tensão-deformação conti-
nua a se curvar com um comportamento aparente pseudoplástico.
Forma de abordagem do estudo do concreto
A apresentação feita introduziu vários termos e conceitos que podem não ser bem 
claros ao leitor. O melhor procedimento é estudar os capítulos seguintes e então 
retornar a este.
A ordem de apresentação é a seguinte. Inicialmente, os ingredientes do concreto: 
cimento42, agregados normais43 e água de amassamento44. Em seguida, o concreto 
no estado fresco45. O capítulo seguinte discute a resistência do concreto, sendo esta, 
uma das propriedades mais importantes do concreto e sendo sempre destacada na 
especificação.
Tendo sido instituído como produzir concreto e o que é fundamentalmente 
exigido, abordam-se algumas técnicas: mistura e manuseio47, uso de aditivos para 
modificar propriedades nesse estágio48 e métodos de tratar os problemas com 
temperatura49.
Nos capítulos seguintes, são tratados o desenvolvimento da resistência50, outras 
propriedades resistentes além da resistência à compressão e à tração51 e o compor-
tamento sob tensão52. Em seguida, aborda-se o comportamento em ambientes nor-
mais53, durabilidade54 e, em um capítulo separado, a resistência ao gelo e degelo55.
40 Capítulo 12
41 Capítulo 6
42 Capítulo 2
43 Capítulo 3
44 Capítulo 4
45 Capítulo 5
46 Capítulo 6
47 Capítulo 7
48 Capítulo 8
49 Capítulo 9
Capítulo 1 Concreto como um Material Estrutural 7
Após o estudo das diversas propriedades do concreto, são abordados os ensaios 
e a verificação da conformidade às especificações57 e finalmente a dosagem58, pois 
afinal de contas é isso que um engenheiro deve ser capaz de fazer de maneira a es-
colher a mistura adequada para um determinado uso. Dois capítulos ampliam o 
conhecimento sobre materiais menos comuns: o concreto leve59 e os concretos es-
peciais60. Como fechamento, são revisadas as vantagens e desvantagens do concreto 
como material estrutural.
50 Capítulo 10
51 Capítulo 11
52 Capítulo 12
53 Capítulo 13
54 Capítulo 14
55 Capítulo 15
56 Capítulo 16
57 Capítulo 17
58 Capítulo 19
59 Capítulo 18
60 Capítulo 20
61 Capítulo 21
DICA DO PROFESSOR
Use a dica do professor para aprender mais:
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EXERCÍCIOS
1) Os agregados são: 
A) Enchimentos baratos para o concreto.
B) Inertes.
C) Apresentam apenas formas arredondadas.
D) Lisos.
E) Majoradores da retração no concreto.
2) O concreto deve ser:
A) Segregado no estado fresco.
B) Exsudado no estado fresco.
C) Deformáveis no estado endurecido.
D) Resistente no estado fresco.
E) Trabalhável.
3) Qual dos itens abaixo não pode ser considerado uma propriedade importante do 
concreto?
A) Massa específica.
B) Resistência.
C) Fluência.
D) Resistência a silicatos.
E) Módulo de elasticidade.
4) As propriedades do concreto simples não são influenciadas pelo:
A) Gel do cimento.
B) Poros capilares do cimento.
C) Propriedades do aço.
D) Propriedades dos agregados.
E) Propriedade dos grãos anidros.
5) A mecânica da fratura não estuda:
A) Tensões.
B) Comportamentos exatos para o concreto.
C) Deformações.
D) Materiais frágeis.
E) Materiais homogêneos.
NA PRÁTICA
Utiliza-se várias aproximações para prever o comportamento do concreto. Material formado por 
vários constituintes e muito influenciado por processos como: fabricação, aplicação, 
tratamentos, etc. Apresenta difícil previsão confiável de suas propriedades sem estudos práticos 
e ensaios de conformidades, portanto toda sua utilização deve ser acompanhada de um rigoroso 
controle de qualidade
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Documentário sobre o concreto
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Sistema Construtivo Parede de Concreto
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Portal do Concreto
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AULA 06 – CURA DO CONCRETO # Materiais de Construção
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
AULA 05 – O QUE É O TRAÇO DO CONCRETO # Materiais de Construção
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Vantagens e Desvantagens do Concreto 
Armado
APRESENTAÇÃO
O concreto armado é um material composto, constituído por concreto simples e barras e fios de 
aço. Seus componentes são dispostos de maneira a utilizar racionalmente e economicamente as 
resistências próprias de cada um deles, garantindo sua aderência para que funcionem em 
conjunto. O emprego de materiais com propriedades adesivas e coesivas é muito antigo, os 
antigos egípcios utilizavam gesso impuro calcinado e os gregos e romanos utilizavam uma 
mistura de cal, água, pedras e areia. Com o passar dos anos, testes e estudos foram sendo 
desenvolvidos, tanto para a mistura dos componentes que formam o concreto quanto para a 
adição do aço no intuito de suprir a deficiência do concreto diante dos esforços de tração. O 
concreto armado passou a ser amplamente utilizado na construção civil. A resistência à 
compressão e a moldabilidade do concreto unidos à resistência à tração do aço permitem que 
sejam executadas as mais diversas formas arquitetônicas sem perdas na eficiência da estrutura. 
Porém, o concreto armado também possui algumas desvantagens. Seu elevado peso próprio, por 
exemplo, faz com que o dimensionamento seja mais penalizante, visto que o peso próprio da 
estrutura também compõe um carregamento sobre ela.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os aspectos gerais e o histórico do concreto 
armado e suas vantagens, suas aplicações e suas desvantagens.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer os aspectos gerais e o histórico do concreto armado.•
Determinar as principais vantagens da utilização do concreto armado e suas aplicações.•
Avaliar as desvantagens do concreto armado.•
DESAFIO
Você trabalha em uma grande construtora e foi o engenheiro responsável pelo projeto estrutural 
da ponte em ambiente marítimo.
 
Durante a entrevista, você foi questionado quanto às vantagens da utilização do concreto armado 
naquela obra. Quais as principais vantagens que você citaria durante a entrevista? Elabore um 
texto-resposta para esse questionamento com no mínimo 4 vantagens.
INFOGRÁFICO
Apesar de amplamente utilizado na construção civil, o concreto armado possui algumas 
desvantagens com relação a alguns desempenhos, custo e comportamento. Veja no infográfico 
as vantagens e desvantagens da utilização do concreto armado.
CONTEÚDO DO LIVRO
Embora não seja a única opção, o concreto armado é a técnica mais utilizada em todo o mundo 
para a construção de estruturas. Esta solução surgiu da necessidade de mesclar a resistência à 
compressão e a durabilidade da pedra com as características do aço. O resultado é um material 
que tem como vantagens poder assumir qualquer forma com rapidez e facilidade, além de 
proporcionar ao metal proteção contra a corrosão. Porém, o concreto armado também traz 
algumas desvantagens na sua utilização devido às suas características intrínsecas e às suas 
propriedades.Acompanhe o capítulo Vantagens e desvantagens do concreto armado, base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
Concreto
Armado
Liana 
Parizotto
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
P231c Parizotto, Liana.
 Concreto armado / Liana Parizotto. – Porto Alegre : 
 SAGAH, 2017.
 220 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-090-0
 1. Concreto armado – Engenharia civil. I. Título. 
CDU 624.012.45
Revisão técnica:
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS)
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG)
Iniciais_Concreto armado.indd 2 09/06/2017 17:36:38
Vantagens e desvantagens 
do concreto armado
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer os aspectos gerais e o histórico do concreto armado.
  Determinar as principais vantagens da utilização do concreto armado 
e suas aplicações.
  Avaliar as desvantagens do concreto armado.
Introdução
O concreto armado é um material composto, constituído por concreto 
simples e barras e fios de aço. Seus componentes são dispostos a fim de 
utilizar, de forma racional e econômica, as resistências próprias de cada 
um deles, garantindo sua aderência para que funcionem em conjunto.
O emprego de materiais com propriedades adesivas e coesivas é de 
longa data: os antigos egípcios usavam gesso impuro calcinado, enquanto 
os gregos e romanos empregavam uma mistura de cal, água, pedras e 
areia. Com o passar dos anos, testes e estudos foram sendo desenvolvidos, 
tanto para a mistura dos componentes que formam o concreto quanto 
para a adição do aço, no intuito de suprir a deficiência do concreto frente 
aos esforços de tração.
O concreto armado passou a ser muito utilizado na construção civil. 
A resistência à compressão e a moldabilidade do concreto, unidas à 
resistência à tração do aço, permitem que sejam executadas as mais 
diversas formas arquitetônicas sem perdas na eficiência da estrutura. 
No entanto, o concreto armado também possui algumas desvantagens. 
Seu elevado peso próprio, por exemplo, torna o dimensionamento mais 
penalizante, visto que o peso próprio da estrutura também compõe um 
carregamento sobre ela. 
Neste capítulo você vai conhecer os aspectos gerais e o histórico do 
concreto armado, suas vantagens e desvantagens, e aplicações.
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Aspectos gerais e históricos do concreto armado
Denominamos concreto o material de construção composto pela mistura de 
cimento, agregado graúdo (brita ou cascalho), agregado miúdo (areia) e água. 
Pelo fato de sua consistência ser plástica quando fresco, é possível moldá-lo 
em fôrmas de acordo com as dimensões desejadas (PFEIL, 1988).
O concreto armado, como o próprio nome indica, é o material formado 
pela associação do concreto com armaduras (elementos de aço) inseridas em 
seu interior, sendo utilizado para construir estruturas sujeitas a diferentes 
tipos de esforços. O concreto é um material que possui elevada resistência 
à compressão, embora ofereça baixa resistência à tração. Por sua vez, o aço 
absorve os esforços de tração e serve também para resistir às tensões de 
compressão (PFEIL, 1988).
Uma grande vantagem do concreto armado é que ele alia muito bem as 
qualidades do concreto (como durabilidade, baixo custo e resistência à com-
pressão, ao fogo e à agua) com as qualidades do aço (como ductilidade e 
resistência à tração e à compressão). Além disso, o aço da armadura inserida 
no interior do concreto fica protegido da corrosão e das altas temperaturas 
em caso de incêndio (BASTOS, 2006).
Os materiais de construção precisam apresentar, dentre outras caracterís-
ticas, resistência e durabilidade, o que explica o porquê de o concreto ser o 
material mais usado na engenharia. No entanto, uma viga feita em concreto 
simples sujeita à flexão tem resistência limitada à tração, rompendo brusca-
mente após o aparecimento de fissuração. Com a colocação de armaduras na 
face inferior de vigas, a capacidade resistente é aumentada. Veja na Figura 1a 
uma viga de concreto simples, a qual sofre ruptura na parte inferior da seção 
devido à baixa resistência à tração do concreto e, na Figura 1b, uma viga 
de concreto armado em que as armaduras absorvem os esforços de tração e 
controlam a abertura de fissuras.
 Concreto armado 208
U4_C14_ Concreto armado.indd 208 09/06/2017 17:21:04
Figura 1. Vigas de concreto simples (a) e armado (b).
Fonte: Adaptada de Bastos (2006, p. 8).
As armaduras são empregadas não só para absorver os esforços de tração, 
mas também para suportar as tensões de cisalhamento causadas ou por esforços 
cortantes ou por momentos fletores. As armaduras auxiliam o concreto a 
suportar os esforços de compressão, pois o aço possui um bom comportamento 
não só à tração (PFEIL, 1988).
O concreto e o aço têm em comum duas importantes propriedades físicas 
que os permitem trabalhar em conjunto de modo solidário (PFEIL, 1988):
  aderência mútua, a qual impede que haja o escorregamento entre os 
materiais e permite a transmissão de esforços de um material para o 
outro; e
  coeficientes de dilatação praticamente iguais, o que impede que, em 
caso de variação de temperatura, ocorram deslocamentos relativos entre 
os materiais, não comprometendo a aderência.
Histórico do concreto armado
As estruturas em concreto armado são muito utilizadas no mundo todo. Por 
quê? Porque, em comparação com outros materiais estruturais, além de ser 
muito fácil obter os materiais que compõem o concreto (cimento, agregados e 
água), ainda é possível contar com a grande disponibilidade de aço. Entre as 
aplicações do concreto armado estão os mais variados tipos de construções, 
209Vantagens e desvantagens do concreto armado
U4_C14_ Concreto armado.indd 209 09/06/2017 17:21:04
por exemplo, edifícios, pontes, viadutos, barragens, pavimentos rodoviários, 
etc. (BASTOS, 2006).
Na antiguidade, madeira, rocha e ferro eram utilizados, e até hoje são 
encontradas construções com esses tipos de materiais. Os romanos faziam 
uso de pedras com uma argamassa com propriedades cimentícias contendo 
cal e pozolana de origem vulcânica, e confeccionaram estruturas de concreto 
que existem até hoje (PFEIL, 1988).
O cimento Portland teve sua produção industrial iniciada somente após 
1850, mas foi patenteado um pouco antes, após muitos experimentos em 
laboratório. O uso do concreto simples foi gradativamente substituindo as 
construções feitas em alvenaria de pedra (PFEIL, 1988). 
O chamado cimento armado surgiu na França, em 1849, quando Joseph 
Lambot construiu um barco de concreto com argamassa de cimento e com 
telas de fios de aço. Essa foi a primeira peça executada em concreto armado 
registrada na história. Joseph Monier, um pouco depois, passou a confeccionar 
vasos de jardim e outras peças com argamassa de cimento Portland e armadura 
e, posteriormente, reservatórios, escadas e até uma ponte.
Em vários países foram feitos ensaios, que contribuíram para que se com-
preendesse a real função das armaduras em conjunto com o concreto. Apenas 
no início do século XX surgiram as primeiras teorias realistas que abordavam 
o dimensionamento de elementos de concreto armado. A partir de então, ele 
começou a ser tratado como ciência (BASTOS, 2006).
No Brasil, o concreto armado começou a ser utilizado também no início 
do século XX, no Rio de Janeiro. Após alguns anos, praticamente todos os 
cálculos estruturais passaram a ser feitos no Brasil e muitas obras de grande 
porte foram construídas.
Vantagens e aplicações do concreto armado
Como material de construção, o concreto apresenta uma série de vantagens em 
comparação a outros materiais. As estruturas também podem ser feitas, por 
exemplo, em madeira, aço ou alvenaria estrutural, dependendo da fi nalidade 
da obra e da disponibilidade dos materiais. Porém, conforme mencionado 
anteriormente, o concreto é o material estrutural mais utilizado no mundo.Vantagens do concreto armado
Veja a seguir as principais vantagens do uso de concreto armado:
 Concreto armado 210
U4_C14_ Concreto armado.indd 210 09/06/2017 17:21:05
  custo: os materiais constituintes do concreto, além de possuírem ampla 
disponibilidade, apresentam baixo custo, como é o caso da água e dos 
agregados; o aço está disponível mundialmente a preços competitivos;
  moldabilidade: apresenta enorme facilidade de moldagem e variabi-
lidade de formas, favorecendo o projeto arquitetônico;
  estrutura monolítica: as estruturas são construídas sem a necessidade 
de ligações, assim, as peças trabalham em conjunto quando solicitadas;
  resistência mecânica: o concreto armado apresenta excelente desem-
penho à compressão e à tração;
  resistência ao fogo: o concreto armado é capaz de resistir a elevadas 
temperaturas e se manter intacto durante um bom tempo(com relação 
a outros materiais), podendo suportar o período necessário à evacuação 
segura de pessoas dos ambientes;
  resistência à fadiga: principalmente em comparação ao aço, o concreto 
se comporta melhor quando submetido a carregamentos cíclicos, já 
que o aço é mais suscetível ao estado de tensões que variam no tempo;
  resistência a choques e vibrações: por possuírem grande massa e 
rigidez, as estruturas de concreto minimizam os efeitos de vibrações e 
oscilações causadas pelo vento ou por ações decorrentes de utilização;
  durabilidade: as estruturas de concreto, desde que bem projetadas e 
executadas, possuem boa resistência à ação de intempéries; seu custo 
de manutenção é baixo, quando avaliado apropriadamente em fase de 
projeto; as armaduras colocadas no interior do concreto são protegidas 
pelo meio alcalino promovido por ele, evitando a corrosão do aço quando 
as barras são posicionadas de maneira correta, obedecendo aos valores 
mínimos de cobrimento;
  execução: os processos construtivos de estruturas em concreto armado 
são muito conhecidos e difundidos, além de apresentarem facilidade 
e rapidez de execução;
  mão de obra: não são necessários profissionais com elevados níveis 
de qualificação, nem equipamentos avançados.
Aplicações do concreto armado
Veja agora as principais aplicações do concreto armado:
  edifícios: podem ser totalmente construídos em concreto armado, ou 
apenas alguns de seus elementos, com o concreto sendo moldado no 
local ou com estruturas pré-moldadas;
211Vantagens e desvantagens do concreto armado
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  galpões: são construídos com estruturas pré-moldadas de concreto 
armado, prontas para serem montadas no local da obra;
  pisos industriais: são placas de concreto armado com telas soldadas 
para ambientes como estacionamentos, depósitos, armazéns, quadras 
esportivas, postos de gasolina, entre outros locais sujeitos a carrega-
mentos intensos e que precisam apresentar alta resistência;
  obras rodoviárias: é possível usar o concreto armado na construção 
de pavimentos, pontes, viadutos, passarelas, túneis, galerias, estruturas 
de contenção, etc.;
  obras hidráulicas e de saneamento: o concreto armado é uma opção 
viável na construção de reservatórios, estações de tratamento, tubos, 
barragens, canais, etc.;
  estruturas variadas: torres, chaminés, postes, elementos de cobertura, 
silos, dormentes, piscinas, etc., são outras estruturas que contam com 
a utilização do concreto armado na sua construção. 
Veja alguns exemplos de estruturas em concreto armado nas figuras a 
seguir. Na Figura 2 há um edifício de concreto armado em construção; na 
Figura 3, uma ponte construída em concreto armado; e, na Figura 4, uma 
edificação com o uso de estruturas pré-moldadas de concreto armado.
Figura 2. Exemplo de um edifício sendo construído em concreto armado.
Fonte: Marykit / Shutterstock,com.
 Concreto armado 212
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Figura 3. Exemplo de uma ponte construída em concreto armado.
Fonte: Fotoluminate LLC / Shutterstock.com.
Figura 4. Exemplo de uma edificação sendo construída com estruturas pré-moldadas de 
concreto armado.
Fonte: Budimir Jevtic / Shutterstock.com.
Desvantagens do concreto armado
Você já teve a oportunidade de conhecer as inúmeras vantagens do concreto 
armado no item anterior. No entanto, você vai ver agora algumas das prin-
cipais desvantagens do uso de concreto armado e que são importantes para 
213Vantagens e desvantagens do concreto armado
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que você tome uma decisão acertada sobre usá-lo ou não no projeto em que 
você está trabalhando:
  massa específica: provavelmente a maior desvantagem do concreto 
armado é o seu valor de massa específica bastante elevado (2500 kg/m³); 
é possível afirmar que o concreto armado apresenta baixa resistência 
por unidade de volume em comparação com o aço, pois são necessários 
grandes volumes de estruturas de concreto (e, consequentemente, pesos 
elevados) para suportar os carregamentos;
  reformas e demolições: de fato, é um tanto difícil realizar reformas, 
reforços e remodelagem de peças de concreto armado;
  desempenho térmico e acústico: o concreto armado não possui um 
desempenho tão bom quando se trata de transmissão de calor e de som;
  fôrmas e escoramentos: como o concreto armado é moldado no local 
e na hora da construção (a não ser no caso de estruturas pré-moldadas), 
é necessário o uso de fôrmas e de escoramentos, o que representamais 
custos;
  produção: por ser muitas vezes produzido in loco, a resistência final 
do concreto pode ser afetada devido a erros durante os processos de 
mistura e cura, ou mesmo durante o lançamento e adensamento;
  fissuração: a retração (isto é, a redução de volume do concreto por 
perda de umidade) e a fluência (ou seja, a deformação lenta de estruturas 
sujeitas a cargas de longa duração) são os dois fenômenos responsáveis 
pelo aparecimento de fissuras no concreto e serão detalhados a seguir.
Fissuração no concreto armado
A existência da fi ssuração em estruturas de concreto armado se deve ao fato 
de o concreto apresentar baixa resistência a esforços de tração. Esse fenômeno, 
apesar de indesejável, é absolutamente natural, mas devem ser respeitados 
os limites estabelecidos por norma. As causas principais do aparecimento de 
fi ssuras no concreto armado são (PFEIL, 1988):
  a retração do concreto, que nada mais é do que a redução do volume 
quando há rápida evaporação da água na mistura fresca; e
  as solicitações atuantes que geram esforços normais de tração.
 Concreto armado 214
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É possível evitar ou minimizar a retração do concreto com a adoção de 
algumas medidas de proteção durante a fase de endurecimento do concreto 
fresco. A cura do concreto− cuja finalidade é evitar que a água da mistura 
evapore − deve ser realizada para que se mantenha úmida a superfície de 
concreto nas suas primeiras idades. Você também pode usar uma armadura 
suplementar, chamada armadura de pele, que vai contribuir para a diminuição 
das fissuras por retração, absorvendo os esforços (BASTOS, 2006).
Como a evaporação acontece na superfície do concreto, a retração será 
maior nessa região do que no interior da estrutura, originando tensões de 
retração capazes de provocar fissuras. O encurtamento da peça provocado 
pela retração vai depender de alguns fatores, como (BASTOS, 2006):
  a espessura dos elementos: quanto menor for a espessura, maior será a 
superfície de contato da peça com o ambiente em relação ao seu volume, 
e maior será a retração;
  a composição química do cimento: cimentos com maior resistência e 
com endurecimento acelerado provocam maior retração;
  a quantidade de cimento: quanto maior for a quantidade, maior será 
a retração;
  a relação água/cimento: quanto maior for essa relação, maior será a 
retração;
  a umidade ambiente: se a umidade estiver alta, a evaporação ficará 
dificultada e a retraçãoserá menor;
  a temperatura ambiente: quanto maior for a temperatura, maior será 
a retração.
É um pouco mais complicado impedir as fissuras causadas por tensões de 
tração porque as deformações do concreto e do aço são incompatíveis (o aço é 
muito mais tolerante aos alongamentos de tração). Para evitar a fissuração do 
concreto, seria necessário aplicar tensões baixas de tração na peça e armaduras, 
o que seria antieconômico. Assim, já que não podemos eliminar as fissuras, 
pelo menos buscamos diminuir seu aparecimento. 
Você já deve ter visto que as fissuras do concreto armado causam alguns 
efeitos prejudiciais ligados à estética, à insegurança aos usuários e, principal-
mente, à redução da proteção das armaduras (pela oxidação delas em contato 
com a água e o ar) (PFEIL, 1988). Para evitar isso, são estipulados valores 
aceitáveis de fissuras, de acordo com os estados limites de serviço (ELS) 
apresentados em norma, em função do ambiente em que a estrutura vai se 
encontrar (BASTOS, 2006).
215Vantagens e desvantagens do concreto armado
U4_C14_ Concreto armado.indd 215 09/06/2017 17:21:07
Para saber mais sobre os estados limites de serviço relativos à formação de fissuras 
(ELS-F) e à abertura de fissuras (ELS-W), consulte o item 17.3 da norma ABNT NBR 
6118:2014 “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento”.
Veja a relação das fissuras com os componentes 
do cimento no vídeo “Por que o concreto fissura?” 
(ANDRADE, 2016), disponível no link ou código a 
seguir:
https://goo.gl/0EVCU2
 Concreto armado 216
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1. Com relação às características 
do concreto armado, assinale 
a alternativa correta:
a) O concreto armado possui 
elevada resistência à compressão 
e baixa resistência à tração.
b) As armaduras colocadas na 
parte inferior de vigas de 
concreto absorvem os esforços 
de tração de uma peça 
sujeita à flexão e controlam 
o aparecimento de fissuras.
c) As armaduras de peças de 
concreto armado se limitam a 
absorver os esforços gerados por 
solicitações normais de tração.
d) Por serem materiais distintos, 
deve-se ter cuidado ao utilizar o 
concreto e o aço em conjunto.
e) O concreto armado surgiu 
apenas no século XX, que 
foi quando passou a ser 
utilizado também no Brasil.
2. Com relação às vantagens na 
utilização do concreto armado, 
assinale a alternativa correta: 
a) O concreto armado, por 
ser moldável, permite que 
sejam feitas reformas e 
demolições com facilidade.
b) Pelo fato de as estruturas de 
concreto serem monolíticas, 
elas apresentam facilidade 
de serem moldadas.
c) Os processos de construção de 
estruturas de concreto armado 
são conhecidos, e a sua execução 
não exige uma mão de obra com 
elevado nível de qualificação.
d) Apesar de a durabilidade do 
concreto ser muito boa, o custo 
de manutenção de estruturas 
em concreto armado é alto.
e) As peças de concreto armado 
possuem grande massa e 
rigidez, por isso são bastante 
resistentes ao fogo.
3. Com relação às aplicações 
do concreto armado, assinale 
a resposta correta:
a) Os edifícios de concreto armado 
só podem ser realizados em 
concreto moldado no local.
b) Na construção de reservatórios, 
não é recomendada a 
utilização de concreto armado, 
devido a sua porosidade 
e permeabilidade.
c) Normalmente, os pavilhões 
industriais não são construídos 
em concreto armado, pois 
sua agressividade química 
é muito elevada.
d) Os pavimentos rodoviários 
não possuem armadura e 
podem ser realizados em 
concreto, mas nunca armado.
e) Os pisos de postos de gasolina 
e de estacionamentos são 
exemplos de pisos realizados 
em concreto armado.
4. Com relação às desvantagens da 
utilização do concreto armado, 
assinale a alternativa correta: 
a) Seu elevado peso próprio 
é uma das principais 
desvantagens no concreto 
armado, pois esse fato pode 
ser penalizante na execução.
217Vantagens e desvantagens do concreto armado
U4_C14_ Concreto armado.indd 217 09/06/2017 17:21:08
b) O fato de o concreto produzido 
não atingir a resistência prevista 
em projeto é uma desvantagem 
que não pode ser evitada.
c) Não existem concretos com bom 
desempenho térmico e acústico, 
e essa é uma desvantagem 
intrínseca do material.
d) A necessidade de um sistema de 
fôrmas e escoramentos é uma 
desvantagem das estruturas 
de concreto armado que pode 
ser evitada pela utilização de 
elementos pré-moldados.
e) A fissuração de elementos 
de concreto armado é uma 
desvantagem inevitável e 
não pode ser controlada.
5. A fissuração dos elementos 
de concreto armado é uma 
desvantagem que, se não 
controlada, pode comprometer 
a durabilidade da estrutura. 
Com relação à fissuração dos 
elementos de concreto armado, 
assinale a alternativa correta:
a) As principais causas do 
aparecimento de fissuras 
nos elementos de concreto 
armado são a expansão e as 
solicitações normais de tração.
b) Quanto maior for a espessura do 
elemento, maior será a retração 
e a possibilidade de fissuração.
c) A retração do concreto pode 
ser evitada ou minimizada 
com a adoção de algumas 
medidas de proteção durante 
a fase de endurecimento 
do concreto fresco.
d) Para evitar a fissuração do 
concreto por tensões de 
tração, seria necessário aplicar 
tensões elevadas de tração 
na peça e armaduras.
e) Os principais efeitos prejudiciais 
das fissuras do concreto 
armado estão ligados à 
estética e à sensação de 
insegurança aos usuários.
 Concreto armado 218
U4_C14_ Concreto armado.indd 218 09/06/2017 17:21:08
ANDRADE, S. Por que o concreto fissura? [S.l.]: Canal do Youtube Por dentro da Engenha-
ria Civil, 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8yohIzMKCRE>. 
Acesso em: 30 abr. 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6118:2014. Projeto de 
estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
BASTOS, P. S. S. Fundamentos do concreto armado. Bauru: UNESP, 2006. Notas de aula. 
Disponível em: <http:// http://coral.ufsm.br/decc/ECC1006/Downloads/FUNDAMEN-
TOS.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2017.
PFEIL, W. Concreto armado 1: introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
Leitura recomendada
PINHEIRO, L. B.; MUZARDO, C. D.; SANTOS, S. P. Estrutura de concreto. Campinas: Uni-
camp, 2014. cap. 2. Disponível em: <http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec702/
EESC/Concreto.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2017.
219Vantagens e desvantagens do concreto armado
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O vídeo apresenta algumas considerações quanto às desvantagens do concreto armado. Assista!
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Com relação às características do concreto armado, assinale a alternativa correta:
A) a) O concreto armado possui elevada resistência à compressão e baixa resistência à tração.
B) b) As armaduras colocadas na parte inferior de vigas de concreto absorvem os esforços de 
tração de uma peça sujeita à flexão e controlam o aparecimento de fissuras.
C) c) As armaduras de peças de concreto armado se limitam a absorver os esforços gerados 
por solicitações normais de tração.
D) d) Por serem materiais distintos, deve-se ter cuidado ao utilizar o concreto e o aço em 
conjunto.
E) e) O concreto armado surgiu apenas no século XX, que foi quando passou a ser utilizado 
também no Brasil.
2) Com relação às vantagens na utilização do concreto armado, assinale a alternativa 
correta.
A) a) O concreto armado, por ser moldável, permite que sejam feitas reformas e demolições 
com facilidade.
B) b) Pelo fato de as estruturas de concreto serem monolíticas, elas apresentam facilidade em 
serem moldadas.
C) c) Os processos de construção de estruturas de concreto armado são conhecidos e a sua 
execução não exige uma mão de obra com elevado nível de qualificação.
D)d) Apesar de a durabilidade do concreto ser muito boa, o custo de manutenção de 
estruturas em concreto armado é alto.
E) e) Peças de concreto armado possuem grande massa e rigidez, por isso são bastante 
resistentes ao fogo.
3) Com relação às aplicações do concreto armado, assinale a resposta correta.
A) a) Edifícios de concreto armado só podem ser realizados em concreto moldado no local.
B) b) Na construção de reservatórios não é recomendada a utilização de concreto armado, 
devido a sua porosidade e sua permeabilidade.
C) c) Normalmente, pavilhões industriais não são construídos em concreto armado, pois sua 
agressividade química é muito elevada.
D) d) Pavimentos rodoviários não possuem armadura, podem ser realizados em concreto, mas 
nunca armado.
E) e) Pisos de postos de gasolina e estacionamentos são exemplos de pisos realizados em 
concreto armado.
4) Com relação às desvantagens da utilização do concreto armado, assinale a alternativa 
correta.
A) a) Seu elevado peso próprio é uma das principais desvantagens no concreto armado, pois 
esse fato pode ser penalizante na execução.
B) b) O fato de o concreto produzido não atingir a resistência prevista em projeto é uma 
desvantagem que não pode ser evitada.
C) c) Não existem concretos com bom desempenho térmico e acústico, essa é uma 
desvantagem intrínseca do material.
D) d) A necessidade da utilização de um sistema de fôrmas e escoramentos é uma 
desvantagem das estruturas de concreto armado que pode ser evitada pela utilização de 
elementos pré-moldados.
E) e) A fissuração de elementos de concreto armado é uma desvantagem inevitável e não 
pode ser controlada.
5) A fissuração dos elementos de concreto armado é uma desvantagem que, se não 
controlada, pode comprometer a durabilidade da estrutura. Com relação à fissuração 
dos elementos de concreto armado, assinale a alternativa correta.
A) a) As principais causas do aparecimento de fissuras nos elementos de concreto armado são 
a expansão e as solicitações normais de tração.
B) b) Quanto maior a espessura do elemento, maior será a retração e a possibilidade de 
fissuração.
C) c) A retração do concreto pode ser evitada ou minimizada com a adoção de algumas 
medidas de proteção durante a fase de endurecimento do concreto fresco.
D) d) Para se evitar a fissuração do concreto por tensões de tração, seria necessário que 
fossem aplicadas tensões elevadas de tração na peça e armaduras.
E) e) Os principais efeitos prejudiciais das fissuras do concreto armado estão ligados à 
estética e à sensação de insegurança aos usuários.
NA PRÁTICA
O concreto armado pode ser utilizado como material estrutural em toda a construção civil, como 
edificações, obras de saneamento, estações de tratamento de água, sistemas de esgotos, 
barragens, usinas hidrelétricas, prédios, pontes, viadutos, etc. Com alterações na composição do 
concreto também podem ser fabricados concretos com propriedades diferentes das 
convencionais, que podem ser necessárias em algumas obras específicas.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Alvenaria estrutural e estrutura aporticada de concreto armado: estudo econômico 
comparativo de edificações esbeltas
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Avaliação dos aspectos técnicos e econômicos entre estruturas pré-fabricadas e moldadas 
in loco
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Como tratar as fissuras no concreto
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Protensão: Materiais e disposições 
construtivas
APRESENTAÇÃO
O sistema de protensão consiste basicamente em colocar e tracionar cordoalhas (cabos de aço) 
dentro da estrutura, aumentando-se a capacidade portante do elemento. Essas cordoalhas 
tracionadas geram esforços contrários aos esforços criados pelo peso próprio e/ou pelas cargas 
empregadas, influenciando, assim, no desempenho final, por sobreposição dos efeitos. Para 
realizar o processo de protensão, acondicionam-se bainhas metálicas à estrutura, por onde 
passam os cabos a serem protendidos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá a protensão com aderência inicial, protensão com 
aderência posterior e protensão sem aderência ou não aderente.
Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Expressar o funcionamento dos sistemas de protensão.•
Identificar os materiais utilizados em estruturas protendidas.•
Construir a disposição (o traçado geométrico) da estrutura em protensão.•
DESAFIO
O uso de armaduras protendidas em estruturas vem sendo feito com maior ascendência nas 
últimas décadas, principalmente, para a construção de silos, tanques, pontes e viadutos. Como a 
própria palavra já menciona, “protensão” ou “pré-tensão” é o processo pelo qual se aplicam 
tensões de compressão prévia na peça concretada.
Você, na qualidade de Engenheiro Civil, é contratado pela empresa Sinuz, que produz concreto 
protendido, e esta deseja que você realize o traçado geométrico. Como engenheiro, você salienta 
a importância real desse traçado, que ela deve ser realizada para uma determinada estrutura, 
independentemente do elemento a ser avaliado.
Acompanhe na imagem a seguir a planta baixa.
INFOGRÁFICO
Em relação ao sistema construtivo, quando se utiliza o concreto protendido, existem vantagens e 
desvantagens, o engenheiro projetista deve conhecer essas particularidades para conseguir 
aproveitar ao máximo esse sistema e mesmo saber quando utilizar estruturas em concreto 
armado convencional e estruturas em concreto protendido.
Veja, no Infográfico a seguir, as vantagens e desvantagens do uso do concreto prontedido.
CONTEÚDO DO LIVRO
Usualmente, a resistência do concreto empregado em peças protendidas é superior quando 
comparado com a resistência de peças de concreto armado, os materiais empregados, como a 
bainha, são empregadas nos casos de protensão sem aderência e com aderência posterior; a 
injeção de calda de cimento protege a armadura contra corrosão, entre outras características; 
com isso, é importante o detalhamento dos materiais construtivos do concreto protendido.
Este capítulo apresentará as características do concreto e do aço empregados em estruturas 
protendidas. Também, os materiais empregados em bainhas, injeção de calda de cimento e 
ancoragens nos sistemas de protensão e nas operações de protensão.
Leia mais no capítulo Protensão: matreriais e disposições construtivas, que faz parte do livro 
Estrutura em concreto armado e é base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ESTRUTURAS
EM CONCRETO 
ARMADO
Priscila Correa
Revisão técnica:
André Luís Abitante 
Engenheiro Civil
Mestre em Engenharia e Ciência dos Materiais, 
ênfase em Controle de Processos 
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção
Professora do curso de Engenharia Civil
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
C825e Correa, Priscila Marques.
Estruturas em concreto armado / Priscila Marques Correa ; 
[revisão técnica : André Luís Abitante, Shanna Trichês 
Lucchesi]. – Porto Alegre : SAGAH, 2018.
160 p. : il. ; 22,5 cm 
ISBN 978-85-9502-301-7
1. Engenharia civil. 2. Concreto armado. I. Título. 
CDU 624.012.45
NOTA
As Normas ABNT são protegidas pelos direitos autorais por força da legislação 
nacional e dos acordos, convenções e tratados em vigor, não podendo ser 
reproduzidas no todo ou em parte sem a autorização prévia da ABNT – 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. As Normas ABNT citadas nesta 
obra foram reproduzidas mediante autorização especial da ABNT.
Protensão: materiais e 
disposições construtivas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Determinar como funciona o sistema de protensão.
  Identi� car quais materiais são utilizados em estruturas protendidas.
  Detalhar o traçadogeométrico da estrutura em protensão.
Introdução
Neste texto, você vai ver como funciona o sistema de protensão e os 
materiais utilizados em estruturas protendidas. Além disso, você vai es-
tudar detalhadamente o traçado geométrico da estrutura de protensão.
Sistema de protensão
O sistema de protensão (ou protendido) tem sido uma solução para engenhei-
ros e arquitetos, quando se trata das limitações de projetos de construção e 
execução de estruturas de concreto leves, sem sacrifi car a sua resistência.
O uso de armaduras protendidas em estruturas vem crescendo nas últimas 
décadas, principalmente para a construção de silos, tanques, pontes e viadutos. 
Como a própria palavra já menciona, protensão ou pré-tensão é o processo 
pelo qual se aplicam tensões de compressão prévia na peça concretada.
Para um melhor entendimento, imagine uma pessoa carregando vários 
cadernos sobrepostos. Para que eles sejam erguidos até o alcance da estante 
sem que caiam, ela precisará aplicar uma força horizontal, que gera uma força 
de atrito entre as fileiras; essas forças são capazes de superar o peso próprio 
U N I D A D E 3 
do conjunto. A aplicação dessa força é entendida como força de protenção, ou 
seja, cria pré-tensões contrárias àquelas forças de operação.
Na Figura 1, observa-se um exemplo de estrutura protendida (laje). Em 
função de esse tipo de estrutura apresentar aços de rigidez elevada, por exemplo, 
CP190, esses elementos apresentam maior durabilidade e resistência.
Figura 1. Laje de concreto protendido.
Fonte: Lopes ([2017]).
Protensão aplicada ao concreto
O concreto é um dos materiais mais usados na construção civil, e sua produção 
tem um custo relativamente baixo. A principal característica desse material 
é apresentar resistência a compressão axial; porém, a sua resistência a tração 
é baixa, podendo chegar a 10% da resistência a compressão. Dependendo do 
traço utilizado, o concreto pode sofrer tração, ocasionando fi ssuras e reduzindo 
a quase zero a resistência a tração. 
Como o concreto trabalha de maneira distinta a compressão e tração, 
dependendo da solicitação, é necessária uma compressão prévia — ou seja, 
protensão — nas regiões em que as solicitações produzem tensões de tração.
A protensão no concreto é uma forma de introduzir nas vigas esforços 
prévios que reduzam as tensões de tração no material, quando solicitado em 
Protensão: materiais e disposições construtivas2
serviço. Utilizam-se cabos de aço de elevada resistência, os quais devem estar 
tracionados e ancorados no concreto. 
Na Figura 2, observa-se uma viga de concreto armado, sujeita a esforço de 
flexão. É possível verificar que, na parte superior da viga, ocorre a compressão 
e, na inferior, um esforço de tração. Percebe-se que ocorre a fissuração, mas 
não a ruptura total, devido à resistência da armadura de aço.
Figura 2. Viga de concreto armado convencional.
Fonte: Martins ([200-?]).
Na Figura 3, observa-se uma aplicação de tensão prévia na viga de concreto, 
mediante o uso de cabos de aço tracionados e ancorados nas extremidades 
do elemento. O esforço ocasionado pela ancoragem do cabo denomina-se 
protensão.
Figura 3. Aplicação de uma protensão.
Fonte: Martins ([200-?]).
Sistemas com armaduras pré-tracionadas
Os sistemas com armaduras pré-tracionadas são mais adequados para insta-
lações fi xas (fábricas). Nesse sistema, ocorre um pré-alongamento da arma-
dura, no qual se utilizam apoios independentes do elemento estrutural. Esse 
pré-tracionamento da armadura ocorre antes do lançamento do concreto. 
3Protensão: materiais e disposições construtivas
Após a cura do concreto, a ligação da armadura com os apoios é desfeita e a 
ancoragem ocorre por aderência.
Na Figura 4, tem-se a representação de três vigas simultaneamente pré-
-tracionadas. O processo é dividido em seis etapas:
1. As armaduras são colocadas.
2. É realizada a fixação das armaduras.
3. A fixação é feita por meio de um dispositivo mecânico.
4. A placa de ancoragem da esquerda é fixa e a da direita é móvel. Ao 
longo do curso, estica-se a armadura, empurrando a placa móvel, a qual 
é fixada posteriormente por calços.
5. Mantêm-se as armaduras esticadas.
6. É feita a compactação do concreto nas formas, envolvendo as armaduras 
protendidas, as quais se aderem. Após a cura, a tensão é lentamente 
retirada das armaduras. 
Figura 4. Protensão de três vigas simultaneamente.
Fonte: Martins ([200-?]).
Sistemas com armaduras pós-tracionadas
Os sistemas com armaduras pós-tracionadas são muito utilizados quando a 
protensão é realizada em obra. Nesse sistema, ocorre um pré-alongamento 
da armadura após a cura do concreto, em que os apoios são partes do próprio 
elemento. A seguir, a aderência é atingida permanentemente, por meio de 
bainhas. Esse sistema é classifi cado conforme os tipos de cabos, os seus 
percursos na viga, os tipos e os posicionamentos das ancoragens, entre outros. 
Protensão: materiais e disposições construtivas4
Protensão com aderência inicial
Esse tipo de protenção é aplicado para a fabricação de pré-moldados de con-
creto protendido. A armadura ativa é posicionada, ancorada em blocos nas 
cabeceiras e tracionada. Posteriormente, coloca-se a armadura passiva, para 
então ocorrer o lançamento do concreto e seu adensamento. Depois da cura 
do concreto, retiram-se as formas e o equipamento que mantinha os cabos 
tracionados. Com isso, os fi os são cortados, transferindo a força de protensão 
para o concreto por meio da aderência, que deve estar desenvolvida.
Protensão com aderência posterior
A protensão é aplicada sobre uma peça com concreto no estado endurecido, 
e a aderência ocorre por meio da injeção de uma pasta de cimento no interior 
das bainhas, com auxílio da bomba injetora. Geralmente os cabos são pós-
-tracionados; quando a força de protensão é atingida, ocorre o ancoramento 
dos cabos (por cunhas metálicas ou argamassa de elevada resistência). 
Protensão sem aderência
A protensão é aplicada sobre o concreto já endurecido, não ocorrendo aderência 
entre os cabos e o concreto. A falta de aderência ocorre apenas para a armadura 
ativa, visto que a passiva sempre estará aderente ao concreto (Figura 5).
Figura 5. Protensão sem aderência.
Fonte: Veríssimo e Cesar Junior (1998).
5Protensão: materiais e disposições construtivas
Características referentes à aderência 
No Brasil, não é comum o uso de protensão sem aderência e, ao contrário dos 
Estados Unidos, a norma não versa sobre esse assunto. Não há uma padro-
nização entre os países sobre a questão da aderência, pois tanto o concreto 
protendido aderido como o não aderido têm suas particularidade. No protendido 
não aderido, as perdas por atrito são menores e há maior rapidez e facilidade 
em posicionar os cabos, com uma maior excentricidade. No caso do protendido 
com aderência, ocorre um aumento da capacidade das seções no estado limite 
último, a falha de um cabo tem consequências restritas e ocorre uma melhoria 
do comportamento da peça entre os estágios de fi ssuração e de ruptura.
Como observado na Figura 6, a aderência da armadura influencia no 
comportamento de fissuração do concreto, pois, quando não há aderência dos 
cabos, forma-se um maior número de fissuras de grande abertura. Quando a 
viga apresenta uma menor abertura, a armadura está mais protegida contra 
a corrosão.
Figura 6. Viga de concreto: A) com aderência; B) sem aderência.
Fonte: Veríssimo e Cesar Junior (1998).
Protensão: materiais e disposições construtivas6
A protensão nas vigas de concreto melhora a resistência quanto às solicitações de 
flexão e de cisalhamento.
Materiais utilizados em concreto protendido
O concreto protendido é composto pelos seguintes materiais: concreto simples, 
aço não protendido, aço protendido, ancoragem e bainhas metálicas.
Concreto
O emprego da protensão requer técnicas mais elaboradas do que as utilizadas 
para o concreto armado não protendido. Nesse sentido, o controle de qualidade 
é necessário do início ao fi m doprocesso.
A principal propriedade mecânica do concreto é a resistência a compressão 
axial ( fck). Essa resistência é determinada em ensaios de ruptura de corpos de 
prova normatizados. Por exemplo, o concreto não protendido apresenta uma 
resistência na faixa de 20 a 30 MPa, quando, nos concretos com protensão, a 
resistência é em torno de 30 a 40 MPa.
Geralmente é utilizado o cimento Portland CPIV, mas, em casos de con-
cretos especiais, como o concreto de alta resistência (CAR), é necessário o 
uso de cimentos especiais, como o cimento de alta resistência inicial (CPV). 
Armaduras não protendidas
Para as armaduras não protendidas, é comum utilizar vergalhões, que são usa-
dos em concreto armado. No caso de estruturas protendidas, essas armaduras 
recebem as qualifi cações de convencionais ou suplementares.
Os aços utilizados como armadura convencional são designados pela sigla 
CA (concreto armado), seguida pelo valor do limite de escoamento em kgf/mm².
Armaduras protendidas
Os aços utilizados para a produção de armaduras de protensão são classifi -
cados como:
7Protensão: materiais e disposições construtivas
  Fios trefilados de aço carbono, com diâmetros variando entre 3 mm a 
8 mm (Figura 7).
Figura 7. Fios trefilados.
Fonte: Alibaba (2017).
  Cordoalhas, constituídas por fios trefilados, enrolados em forma de 
hélice, podendo ser com dois, três ou sete fios. A classificação quanto à 
resistência a tração dos aços utilizados para a produção das cordoalhas 
é CP-190 e CP-210 (Figura 8).
Figura 8. Cordoalha.
Fonte: MFRural (2016).
Protensão: materiais e disposições construtivas8
  Barras de aço-liga, laminadas a quente, com diâmetro superior a 12 
mm (Figura 9).
Figura 9. Barra de aço-liga.
Fonte: Belians (2017). 
As principais propriedades mecânicas dos aços de protensão são:
  Limite de elasticidade de 0,01%.
  Limite de escoamento de 0,2%, após descarga.
Os aços de protensão devem ser tracionados com a maior tensão possível, 
para que não ocorra uma redução da tensão aplicada, após determinado tempo. 
Em geral, a perda não pode ultrapassar 20%. 
Bainhas para armaduras pós-tracionadas
Bainhas são tubos nos quais as armaduras de protensão são posicionadas, 
podendo ser com aderência posterior ou também sem aderência (Figura 10). 
São fabricadas em aço laminado, com diferentes espessuras, variando entre 0,1 
a 0,35 mm, e costurados em hélice. Para criar aderência, as bainhas são pre-
enchidas com argamassas. Elas devem atender aos seguintes quesitos: 
a) Ter uma boa barreira, para evitar a entrada da pasta para seu interior. 
b) Ter tamanho suficiente para comportar os cabos e a passagem da pasta 
de injeção.
9Protensão: materiais e disposições construtivas
Figura 10. Bainha metálica.
Fonte: Bastos (2015).
Ancoragem
Uma forma simples e econômica de fi xação dos fi os e das cordoalhas é por 
meio de cunhas e portas-cunha. As cunhas se apresentam de duas formas: bi 
ou tripartidas (Figura 11).
Figura 11. Elemento de ancoragem.
Fonte: Bastos (2015).
Protensão: materiais e disposições construtivas10
Traçado geométrico da estrutura em protensão
Estrutura protendida com armaduras pré-tracionadas
Em estruturas protendidas com armaduras pré-tracionadas, o traçado geomé-
trico é simples, em decorrência do processo construtivo. As armaduras podem 
ser retilíneas ou poligonais (Figura 12).
Figura 12. Estrutura protendida com armadura pré-tracionada.
Fonte: Hanal (2005).
Estrutura protendida com armaduras pós-tracionadas
Nas estruturas protendidas com armaduras pós-tracionadas, colocadas no 
interior de bainhas fl exíveis, os cabos podem assumir uma forma qualquer. 
Entretanto, deve-se evitar um elevado número de curvas, para reduzir as 
perdas por atrito.
Figura 13. Estrutura protendida com armadura pós-tracionada.
Fonte: Hanal (2005).
11Protensão: materiais e disposições construtivas
Acesse o link para conhecer mais sobre os fundamentos 
do concreto protendido Hanal (2005).
https://goo.gl/QYmTwN 
1. São características das estruturas 
de concreto protendido: 
a) o elevado custo de produção.
b) a baixa resistência a tração. 
c) a concretagem feita em camadas 
e adoção de enchimento 
com concreto celular.
d) a integração entre elementos 
de enchimento e pré-
moldados, eliminação das 
tensões transversais e 
facilidade de moldagem.
e) a ausência de fissuração, 
resistência a ambientes agressivos 
e obtenção de grandes vãos.
2. Com relação às cordoalhas de 
aço para concreto protendido, 
conforme o número de fios, 
estas se classificam em:
a) cordoalha com quatro fios e 
cordoalha com oito fios.
b) cordoalha com cinco fios e 
cordoalha com dez fios.
c) cordoalha com três fios e 
cordoalha com sete fios.
d) cordoalha com seis fios e 
cordoalha com doze fios.
e) cordoalha com quatro fios e 
cordoalha com nove fios.
3. Com relação às cordoalhas de 
aço para concreto protendido, 
conforme a resistência à tração, 
estas se classificam em:
a) CP-190 e CP-210.
b) CP-500 e CP-600.
c) CP-150 e CP-200.
d) CP-170 e CP-250.
e) CP-400 e CP-550.
4. Em uma estrutura de concreto 
protendido, o elemento construtivo 
que envolve e protege a 
armadura ativa é denominado:
a) ancoragem.
b) bainha.
c) cordoalha.
d) estribo.
e) forma.
5. Para a execução de uma passarela 
sobre uma via urbana, com vão 
livre de 10 m e gabarito acima de 
5 m, com custo de manutenção 
mínimo e previsto para até 
20 anos, deve-se utilizar:
a) qualquer tipo de estrutura. 
b) concreto armado. 
c) aço. 
d) aço ou concreto armado. 
e) concreto protendido.
Protensão: materiais e disposições construtivas12
ALIBABA. Fios atrelados. 2017. Disponível em: <https://portuguese.alibaba.com/pro-
duct-detail/hot-sale-2-3mm-carbon-steel-spring-wires-cold-drawn-high-carbon-
-spring-steel-wire-1914014032.html>. Acesso em: 21 dez. 2017.
BASTOS, P. S. dos S. Concreto protendido. 2015. Disponível em: <http://wwwp.feb.
unesp.br/pbastos/Protendido/Ap.%20Protendido.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2017.
BELIANS. Barra dywidag COFRESA (Pack). 2017. Disponível em: <https://belians.com/es/
chapas-de-muro/196-barra-dywidag-cofresa>. Acesso em: 21 dez. 2017.
HANAL, J. B. de. Fundamentos do concreto protendido. São Carlos: [s.n.], 2005. Disponível 
em: <http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/protendido/arquivos/cp_ebook_2005.
pdf>. Acesso em: 21 dez. 2017.
LOPES, M. Concreto protendido reduz custos, materiais e tempo de obra. [2017]. Dis-
ponível em: <http://www.temsustentavel.com.br/concreto-protendido-e-custos-
-materiais/#comments>. Acesso em: 21 dez. 2017.
MARTINS, F. Conceito de concreto protendido. [200-?]. Disponível em: <https://goo.gl/
dCwen3>. Acesso em: 21 dez. 2017.
MFRURAL. Cordoalhas para currais. 2016. Disponível em: <http://www.mfrural.com.
br/detalhe/cordoalhas-para-currais-166489.aspx>. Acesso em: 21 dez. 2017.
VERISSIMO, G. de S.; CESAR JUNIOR, K. M. L. Concreto protendido: fundamentos básicos. 
2017. Disponível em: <http://wwwp.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/CP-
-vol1.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2017.
Leitura recomendada
QCONCURSOS.COM. Questões de concursos. [200-?]. Disponível em: <https://goo.gl/
jiaV82>. Acesso em: 21 dez. 2017.
13Protensão: materiais e disposições construtivas
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O uso de armaduras protendidas em estruturas vem sendo usada com maior ascendência nas 
últimas décadas, principalmente para a construção de silos, tanques, pontes e viadutos. Como a 
própria palavra já menciona, “protensão” ou “pré-tensão” é o processo pelo qual se aplicam 
tensões de compressão prévia na peça concretada.
Acompanhe, na Dica do Professor, as vantagens e desvantagens na utilização do concreto 
protendido CP, que devem ser levadas em consideração na execução de um projeto, assim como 
as características do aço utilizado.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1)Um engenheiro quer fazer uma edificação e deseja utilizar o concreto protendido. 
Qual proposição ele deve seguir para poder realizar esse tipo de técnica com 
segurança?
A) a) Pode-se executar qualquer tipo de estrutura utilizando os mesmos vergalhões do 
concreto armado convencional.
B) b) A resistência da armadura utilizada em concreto armado convencional e concreto 
armado protendido deve ser igual, sendo que a resistência do concreto utilizado deve ser 
maior.
C) c) A posição das armaduras no elemento estrutural depende do diagrama de esforços 
cortantes. Assim, quanto maior o esforço cortante maior será a tensão.
D) d) Os cabos de aço não precisam atravessar toda a estrutura para se utilizar a técnica de 
protensão.
E) e) As cordoalhas devem ter resistência superior à resistência do aço comum utilizado no 
concreto armado convencional: em torno de 1900 MPa.
2) Em relação à elaboração de um projeto de uma estrutura protendida, deve-se seguir 
alguns preceitos para um bom desempenho. Quais são eles?
A) a) O traçado geométrico deve seguir a linha de esforços cortantes.
B) b) Em uma viga contínua, tem-se regiões de momentos negativos. Assim, nesses locais, 
deve-se colocar a cordoalha de protensão, com o intuito de reduzir os efeitos das tensões 
de tração na região superior.
C) c) Em vigas nas quais é executado o concreto protendido com aderência, o número de 
fissuras é menor, com a vantagem das fissuras serem menores.
D) d) Em vigas em que é executado o concreto protendido sem aderência, o número de 
fissuras é maior; contudo, as fissuras são maiores também.
E) e) As bainhas de protensão são elementos fabricados em concreto, por onde as armaduras 
são posicionadas.
3) Quando se utiliza a técnica da protensão, existem vantagens e desvantagens. Nas 
questões a seguir, estão listadas algumas vantagens e algumas desvantagens. Qual 
questão está correta?
A) a) Uma das desvantagens do concreto protendido é que não se pode reduzir a geometria 
das seções.
B) b) A grande vantagem é que o aço utilizado é mais barato que o aço utilizado em concreto 
convencional.
C) c) Consegue-se vencer vãos maiores com a utilização do concreto protendido.
D) d) Não é necessário nenhum equipamento especial.
E) e) Tem como desvantagem a redução na capacidade portante em relação a efeitos oriundos 
de cargas móveis.
4) Em relação às possibilidades existentes para o concreto protendido, assinale a 
resposta correta.
A) a) A protensão com aderência inicial consiste em colocar a protensão antes de colocar a 
carga no elemento estrutural.
B) b) Em relação à protensão com aderência inicial, as barras são alongadas antes de colocar 
na forma e soltas logo após a concretagem.
C) c) Na protensão com aderência posterior, devem-se alongar as cordoalhas após a 
concretagem.
D) d) Na protensão com aderência posterior, devem-se alongar as cordoalhas após o concreto 
estar endurecido.
E) e) Após o alongamento das armaduras, o processo de protensão está completo.
5) Em relação à protensão, devem-se ter como parâmetros corretos:
A) a) O concreto utilizado para a técnica da protensão deve ter baixa resistência.
b) O traçado geométrico da estrutura de protensão deve ser sempre retilíneo, de forma a 
manter sempre as cordoalhas bem esticadas, quanto mais esticadas maior capacidade 
B) 
portante.
C) c) A calda de cimento é utilizada para melhorar a capacidade portante do concreto.
D) d) A calda de cimento melhora a capacidade da cordoalha para suportar os efeitos da 
corrosão.
E) e) O diagrama tensão x deformação do aço designado para o concreto protendido é igual 
ao diagrama tensão x deformação do aço utilizado no concreto convencional.
NA PRÁTICA
Para se produzir o efeito de protensão, devem-se tensionar as cordoalhas de aço com ajuda de 
equipamentos apropriados para isso. Para se realizar esse processo, deve-se esperar para que o 
concreto atinja uma resistência mínima. Dessa forma, existem diversos tipos de macacos 
hidráulicos que podem fazer essa protenção. É importante entender quais materiais devem ser 
utilizados nessa técnica de alongar cordoalhas e fios de aço.
José é um estudante de engenharia e foi a campo para conhecer melhor os materiais utilizados 
nesse processo.
Acompanhe, na imagem a seguir, os materiais que José conheceu e sua importância
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
O que é concreto protendido 
Neste vídeo, você verá uma explicação sobre como é a aplicação do concreto protendido e 
em que obras você pode utilizar.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Materiais utilizados no concreto protendido 
Neste vídeo, você verá que os Equipamentos de Protensão WCH são superiores em 
tecnologia e segurança, com baixo custo operacional.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Controle tecnológico do concreto
APRESENTAÇÃO
Você sabia que, dos materiais empregados em construções, o concreto é mundialmente um dos 
mais utilizados, sendo empregado desde construções de estradas até usinas nucleares? Estima-se 
que seu consumo por habitante gire em torno de 1,9 toneladas por ano, 11 bilhões de toneladas 
de concreto consumidas anualmente. Isso se explica pela excelente resistência à água, tornando-
se ideal para construção de estruturas para o seu controle, armazenamento e transporte; pela 
facilidade na obtenção dos seus elementos constituintes; e pelo baixo custo aliado a uma rápida 
disponibilidade do material para a obra. 
Um concreto mal elaborado ou trabalhado pode acarretar em severos problemas em edificações, 
gerando estruturas em que precocemente são diagnosticadas patologias. Por isso a importância 
do estudo do controle tecnológico do concreto, a partir de normas que estabelecem métodos de 
ensaios que levarão a uma adequada durabilidade, resistência mecânica, trabalhabilidade e vida 
útil. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar o controle tecnológico do concreto, 
reconhecendo a importância de sua aplicação. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a importância do controle tecnológico do concreto.•
Selecionar as formas de armazenamento dos itens que compõem o concreto.•
Reconhecer os ensaios aplicados ao concreto.•
DESAFIO
Você foi contratado para gerenciar uma construção na Alameda dos Anjos, e definiu que o 
consumo de cimento deveria ser de quinze sacos por semana.
Na segunda-feira, chegou na obra o primeiro lote com trinta sacos de cimentos, e na quarta-feira 
chegou o segundo lote com mais sessenta sacos.
Veja como o mestre-de-obras guardou os sacos:
 
 
Com base na norma NBR, aponte os acertos e erros do mestre-de-obras ao acondicionar os lotes 
de cimento. Em seguida, indique as correções a serem feitas para adequar o recebimento à 
norma.
INFOGRÁFICO
A ASCC (American Society for Concrete Construction) estima que seja gasto de 10 a 15% do 
custo total da estrutura para corrigir e efetuar retrabalhos sobre o concreto, a fim de obter-se um 
nível aceitável de qualidade. Neste infográfico, você verá os principais itens que influenciam na 
qualidade do concreto, divididos em influências externas e influência dos Materiais 
Constituintes do Concreto (MCCs).
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Controle Tecnológico do Concreto e veja os fatores envolvidos no uso do 
concreto, tais como os cuidados no armanezamento dos materiais que o compõe, o controle no 
recebimento e o ensaio de compressão. 
Boa leitura!
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO
André Luis Abitante
Ederval de Souza Lisboa
Gustavo Alves G. de Melo
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
L769m Lisboa, Ederval de Souza.
Materiais de construção : concreto e argamassa 
[recurso eletrônico] / Ederval de Souza Lisboa, Edir dos 
Santos Alves, Gustavo Henrique Alves Gomes de Melo. 
– 2. ed. – Porto Alegre :SAGAH, 2017.
Editado como livro impresso em 2017.
ISBN 978-85-9502-013-9
1. Materiais de construção. 2. Concreto. 3. 
Argamassa. Engenharia. I. Alves, Edir dos Santos. II. Melo, 
Gustavo Henrique Alves Gomes de. III. Título. 
CDU 691.3:62
Controle tecnológico 
do concreto
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deverá apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar a importância do controle tecnológico do concreto.
 � Selecionar as formas de armazenamento dos itens que compõem 
o concreto.
 � Reconhecer os ensaios aplicados ao concreto.
Introdução
Dos materiais empregados em construções, o concreto é mundial-
mente um dos mais utilizados, sendo empregado desde construções 
de estradas até usinas nucleares. Estima-se que seu consumo por 
habitante gire em torno de 1,9 tonelada por ano, 11 bilhões de tone-
ladas de concreto consumidas anualmente (perdendo em consumo 
apenas para a água), dentre os motivos que levam a esses números 
se destacam: a excelente resistência à água, tornando-se ideal para 
construção de estruturas para controle, armazenamento e transporte 
da água; a facilidade na obtenção dos seus elementos constituintes; 
e o baixo custo aliado a uma rápida disponibilidade do material para 
a obra.
Um concreto mal elaborado e/ou trabalhado pode acarretar em sé-
rios problemas em edificações, gerando estruturas que precocemen-
te serão diagnosticadas patológicas. Por isso, é muito importante que 
você, como profissional da área, estude o controle tecnológico do 
concreto, a partir de normas que estabelecem métodos de ensaios 
que culminarão numa durabilidade, resistência mecânica, trabalhabi-
lidade e vida útil adequada.
Acesse as publicações da Associação Brasileira de Patologia das Construções (2016) 
para ver mais sobre patologia nas construções.
Fatores que influenciam a qualidade 
do concreto
As edificações, com os seus mais variados itens, tendem a requerer concreto 
com propriedades específicas. Após a determinação das características do 
concreto, a efetiva qualidade se dá com o controle da mistura, transporte, 
lançamento, adensamento, desforma e cura, propiciando condições para a ob-
tenção de um material uniforme, com as propriedades exigidas, ao fim que se 
destina, e da forma mais econômica.
Somente com o controle tecnológico é possível se certificar sobre o de-
sempenho das estruturas, de modo a garantir o padrão de qualidade solicitado 
em projeto e normas técnicas. O controle propicia a detecção de não confor-
midades, viabilizando eventuais intervenções corretivas nas estruturas.
A ASCC (AMERICAN SOCIETY FOR CONCRETE CONSTRUCTION, 
2016) estima que seja gasto de 10 a 15% do custo total da estrutura para cor-
rigir e efetuar retrabalhos sobre o concreto a fim de obter-se um nível acei-
tável de qualidade. Veja na Figura 1 os principais itens que influenciam na 
qualidade do concreto, divididos em influências externas e influência dos 
materiais constituintes do concreto (MCCs).
Materiais de construção: concreto e argamassa180
Figura 1. Fatores que influenciam a qualidade do concreto. 
Fonte: Capuruço (2010, p. 11).
Acesse o Manual do concreto dosado em central (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EM-
PRESAS DE SERVIÇOS DE CONCRETAGEM NO BRASIL, 2007) para ter mais informações 
de concreto dosado em centrais.
Controle tecnológico do concreto 181
Cuidados no armazenamento dos materiais 
componentes do concreto
O controle do concreto não se deve ser realizado somente após a mistura, para 
uma qualidade do produto final é imprescindível que os materiais constituintes 
do concreto também recebam cuidados adequados antes mesmo de sua mistura. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da norma ABNT 
NBR 12655:2015 orienta acerca dos cuidados com esses materiais:
Documentação:
A norma estabelece um período mínimo de cinco anos de armazenamento dos 
documentos comprobatórios da origem e características dos materiais. Eles 
devem ser separados identificados e armazenados em locais adequados, de 
acordo com o tipo, a marca, e a classe do produto.
Cimento:
Devem ser acondicionados em ambientes fechados, livre da ação de chuvas 
ou névoas; empilhados no limite máximo de quinze sacos para períodos de 
utilização de até quinze dias ou limite máximo de dez sacos, para períodos 
maiores; não podem estar em contato direto com o solo, e sim posicionados 
sobre paletes ou estrado de madeira, evitando dessa forma a umidade prove-
niente do solo.
Para os casos de utilização do cimento a granel, este deve ser armazenado 
em silos estanques, com aberturas para carregamento, descarregamento, ins-
peção e respiradouro com filtro. As características do material devem estar 
em local visível e de fácil acesso.
Agregados:
Não é indicado o contato direto dos agregados com o solo, de modo a evitar 
a contaminação com outros sólidos ou líquidos que possam comprometer a 
durabilidade do concreto e causar a corrosão da armadura. Devem ser acondi-
cionados sobre uma base que permita escoar a água livre, a fim de eliminá-la.
Água:
A água deve ser armazenada em recipientes estaques e que possam ser fe-
chados, isso para se evitar eventuais contaminações com outras substâncias que 
comprometam a durabilidade do concreto e causem a corrosão da armadura.
Aditivos:
Os aditivos devem ser armazenados segundo as especificações dos fabricantes.
Materiais de construção: concreto e argamassa182
Sílica ativa, metacaulim e outros materiais pozolânicos:
Assim como os agregados, não é indicado o contato direto com o solo, de modo a 
evitar a contaminação com outros sólidos ou líquidos que possam comprometer a 
durabilidade do concreto e causar a corrosão da armadura. Devem ser acondicio-
nados sobre uma base que permita escoar a água livre, a fim de eliminá-la.
Concreto normal (C): 2000 kg/m³ < massa específica seca < 2800 kg/m³
Concreto leve (CL): massa específica seca < 2000 kg/m³
A ABNT, através da norma ABNT NBR 7211:2015, determina os limites má-
ximos aceitáveis de substâncias nocivas no agregado miúdo conforme Tabelas 1 e 
no agregado graúdo conforme Tabela 2, ambos com relação à massa do material. 
Tabela 1. Limites máximos aceitáveis de substâncias nocivas no agregado 
miúdo com relação à massa do material.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015b, p. 6).
Controle tecnológico do concreto 183
Tabela 2. Limites máximos aceitáveis de substâncias nocivas no agregado 
graúdo com relação à massa do material.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015b, p. 9).
Acesse a Revista Areia e Brita (2007) para ver mais sobre agregados.
Controle no recebimento
No recebimento do concreto, ou elaboração na obra, os testes também são 
muito importantes, dentre os mais conhecidos está o de determinação da con-
sistência pelo abatimento do tronco de cone, mais conhecido como slump test, 
conforme a ABNT NBR NM 67:1998. Com esse ensaio é possível verificar a 
consistência do concreto, pois ela influência, entre outras coisas, na trabalha-
bilidade do concreto.
Neste ensaio, o concreto é inserido dentro de uma forma tronco-cônica 
em três camadas igualmente adensadas, cada uma com 25 golpes. Após o 
material alcançar a extremidade superior do cone (região de menor diâmetro), 
a forma é retirada lentamente, num movimento vertical, em seguida é medida 
a diferença entre a altura da forma e a altura da massa de concreto depois de 
assentada. A Figura 2 a seguir ilustra o ensaio mencionado.
Materiais de construção: concreto e argamassa184
Figura 2. Ilustração do ensaio de abatimento do tronco de cone. 
Fonte: Allen e Iano (2013, p. 525).
Veja na Figura 3 a seguir os tipos de resultados que podem ser encontrados 
no ensaio de abatimento de tronco de cone e na Tabela 3 o tipo de trabalhabi-
lidade em relação ao valor do abatimento.
Figura 3. Abatimento verdadeiro, cisalhamento e colapso.
Fonte: Neville (2016, p. 200). 
Tipo de trabalhabilidade Abatimento (mm)
Abatimento zero 0
Muito baixa 5-10
Baixa 15-30
Média 35-75
Alta 80-155Muito alta 160 ao colapso
Tabela 3. Tipos de trabalhabilidade e variações do abatimento.
Fonte: Adaptada de Neville (2016, p. 200).
Controle tecnológico do concreto 185
Ensaio de compressão
Vários ensaios podem ser utilizados para verificar a qualidade do concreto, 
e dentre os mais difundidos se destaca o de avaliação da resistência à com-
pressão. A norma ABNT NBR 5739:2007 trata do procedimento para mol-
dagem e cura de corpos de prova de concreto e a norma ABNT NBR 5738:2015 
trata dos ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos de concreto. 
Veja na Figura 4 um corpo de prova cilíndrico para análise, e a na Figura 5 um 
corpo de prova sendo submetido ao ensaio de compressão.
Figura 4. Corpo de prova cilíndrico para ensaio 
de compressão.
Materiais de construção: concreto e argamassa186
Figura 5. Corpo de prova sendo submeti-
do ao ensaio de compressão.
Outros tipos de ensaios em concreto
Existem muitos outros importantes ensaios já consolidados que podem ser reali-
zados em concreto, como: ensaio do fator de compactação, ensaio de fluidez da 
ASTM, ensaio de remoldagem, ensaio Vebe, ensaio da mesa de espalhamento, 
ensaio de penetração de bola e ensaio de adensabilidade, ensaio K de Nasser, en-
saio Tattersall, ensaio de dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão, ensaio 
de arrancamento (pull-out test), ensaio de fratura interna, ensaio de arrancamento 
do tipo break-off, ensaio de arrancamento do tipo pull-off, ensaio de velocidade 
de propagação de onda ultrassônica. Há também muitos outros em estágio de 
desenvolvimento, como radiografia de raios gama ou raios X de alta energia (para 
identificar vazios), radiometria (para calcular a massa específica), transmissão ou 
reflexão de nêutrons (para estimar o teor de umidade do concreto) e o radar de 
penetração na superfície (para detectar vazios, fissuras ou descamação).
Controle tecnológico do concreto 187
Acesse o site do Instituto Brasileiro do Concreto (2016) para ter mais informações do 
concreto no Brasil.
1. Sobre a documentação referente aos 
materiais constituintes do concreto, 
assinale a alternativa correta: 
a) A norma estabelece um período 
máximo de cinco anos de ar-
mazenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e 
características dos materiais.
b) A norma estabelece um período 
máximo de dois anos de arma-
zenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e 
características dos materiais.
c) A norma estabelece um período 
mínimo de dois anos de arma-
zenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e 
características dos materiais.
d) A norma estabelece um período 
mínimo de dez anos de arma-
zenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e 
características dos materiais.
e) A norma estabelece um período 
mínimo de cinco anos de arma-
zenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e 
características dos materiais.
2. Sobre os cuidados no armazena-
mento dos agregados, assinale a 
alternativa correta:
a) Podem estar em contato direto 
com o solo, apesar do risco de 
contaminação com outros sólidos 
ou líquidos que possam compro-
meter a durabilidade do concreto 
e causar a corrosão da armadura.
b) Não podem estar em contato 
direto com o solo, apesar de não 
haver risco de contaminação com 
outros sólidos ou líquidos que 
possam comprometer a dura-
bilidade do concreto e causar a 
corrosão da armadura.
c) Podem estar em contato direto 
com o solo, pois nunca há risco 
de contaminação com outros 
sólidos ou líquidos que possam 
comprometer a durabilidade do 
concreto e causar a corrosão da 
armadura.
d) Não podem estar em contato 
direto com o solo, e sim posicio-
nados sobre paletes ou estrado 
de madeira, evitando dessa forma 
a umidade proveniente do solo.
e) Devem ser acondicionados sobre 
uma base que permita escoar a 
água livre, a fim de eliminá-la.
3. Assinale a alternativa correta sobre 
os limites aceitáveis de substâncias 
nocivas no agregado miúdo com 
relação à massa do material. 
a) A quantidade máxima é de 
Materiais de construção: concreto e argamassa188
1% para materiais carbonosos, 
quando do concreto aparente.
b) A quantidade máxima é de 0,5% 
de materiais carbonosos, quando 
do concreto não aparente.
c) A quantidade mínima é de 1% de 
materiais carbonosos, quando do 
concreto não aparente.
d) A quantidade máxima é de 5% 
de torrões de argila e materiais 
friáveis.
e) A quantidade máxima é de 3% 
de torrões de argila e materiais 
friáveis.
4. Sobre o ensaio de determinação da 
consistência pelo abatimento do 
tronco de cone, mais conhecido como 
slump test, assinale a alternativa correta.
a) O concreto é inserido dentro 
de uma forma cilíndrica em três 
camadas igualmente adensadas, 
cada uma com 25 golpes.
b) O concreto é inserido dentro de 
uma forma tronco-cônica em seis 
camadas igualmente adensadas, 
cada uma com 25 golpes.
c) O concreto é inserido dentro de 
uma forma tronco-cônica em três 
camadas igualmente adensadas, 
cada uma com 75 golpes.
d) Após a massa de concreto al-
cançar a extremidade superior do 
cone (região de menor diâmetro), 
a forma deve ser retirada rapida-
mente.
e) Com esse ensaio é possível se ve-
rificar a consistência do concreto, 
sendo que esta influencia entre 
outras coisas, na trabalhabilidade 
do concreto.
5. Assinale a alternativa correta sobre os 
tipos de trabalhabilidade e variações 
do abatimento.
a) Para um abatimento de 4 mm 
a trabalhabilidade é classificada 
como muito baixa.
b) Para um abatimento de 170 mm 
a trabalhabilidade é classificada 
como alta.
c) Para um abatimento de 17 mm 
a trabalhabilidade é classificada 
como média.
d) Para um abatimento de 75 mm 
a trabalhabilidade é classificada 
como alta.
e) Para um abatimento de 29 mm 
a trabalhabilidade é classificada 
como baixa.
Controle tecnológico do concreto 189
ALLEN, E.; IANO, J. Fundamentos da engenharia de edificações: materiais e métodos. 5. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2013. 1008 p.
AMERICAN SOCIETY FOR CONCRETE CONSTRUCTION. Site. St. Louis: ASCC, 2016. Disponível 
em: <https://www.ascconline.org> Acesso em: 31 dez. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE SERVIÇO DE CONCRETAGEM DO BRASIL. 
Manual do concreto dosado em central. São Paulo: ABESC, 2007. Disponível em: < http://
www.abesc.org.br/assets/files/manual-cdc.pdf > Acesso em: 31 dez. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5738:2015 versão corrigi-
da:2016. Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5739:2007. Concreto - Ensaios 
de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7211:2015. Agregados para 
concreto - Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2015b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12655:2015. Concreto de 
cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação — Procedimento. Rio 
de Janeiro: ABNT, 2015a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 67:1998. Concreto - Deter-
minação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES. Site. Porto Alegre: ALCONPAT 
BRASIL, 2016. Disponível em: <http://alconpat.org.br/publicacoes/>. Acesso em: 11 jan. 2017.
CAPURUÇO, F. R. P. Controle tecnológico do concreto: direitos e deveres. In: ENCONTRO 
UNIFICADO DA CADEIA PRODUTIVA DAS INDÚSTRIAS DE CONSTRUÇÃO – MINASCON, 
7., 2010, Belo Horizonte. Apresentação... Belo Horizonte: ABECE, 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO. Site. São Paulo: IBRACON, 2016. Disponível em: 
<http://www.ibracon.org.br>. Acesso em: 25 dez. 2016.
NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016.
REVISTA AREIA & BRITA. São Paulo: ANEPAC, 2007.
Leitura recomendada
NEVILLE, A. M.; BROOKS, J. J. Tecnologia do concreto. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. 
Referências
Materiais de construção: concreto e argamassa190
DICA DO PROFESSORVeja, na Dica do Professor, como é feito o ensaio de determinação da consistência pelo 
abatimento do tronco de cone, mais conhecido como slump test.
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EXERCÍCIOS
1) Sobre a documentação referente aos materiais constituintes do concreto, assinale a 
alternativa correta: 
A) A norma estabelece um período máximo de cinco anos de armazenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e características dos materiais.
B) A norma estabelece um período máximo de dois anos de armazenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e características dos materiais.
C) A norma estabelece um período mínimo de dois anos de armazenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e características dos materiais.
D) A norma estabelece um período mínimo de dez anos de armazenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e características dos materiais.
E) A norma estabelece um período mínimo de cinco anos de armazenamento dos documentos 
comprobatórios da origem e características dos materiais.
2) Sobre os cuidados no armazenamento dos agregados, assinale a alternativa correta: 
Podem estar em contato direto com o solo, apesar do risco de contaminação com outros 
sólidos ou líquidos que possam comprometer a durabilidade do concreto e causar a 
A) 
corrosão da armadura.
B) Não podem estar em contato direto com o solo, apesar de não haver risco de contaminação 
com outros sólidos ou líquidos que possam comprometer a durabilidade do concreto e 
causar a corrosão da armadura.
C) Podem estar em contato direto com o solo, pois nunca haverá riscos de contaminação com 
outros sólidos ou líquidos que possam comprometer a durabilidade do concreto e causar a 
corrosão da armadura.
D) Não podem estar em contato direto com o solo, e sim posicionados sobre paletes ou 
estrado de madeira, evitando, dessa forma, a umidade proveniente do solo.
E) Devem ser acondicionados sobre uma base que permita escoar a água livre, a fim de 
eliminá-la.
3) Assinale a alternativa correta sobre os limites aceitáveis de substâncias nocivas no 
agregado miúdo com relação à massa do material. 
A) A quantidade máxima é de 1% para materiais carbonosos, nos casos de concreto aparente.
B) A quantidade máxima é de 0,5% de materiais carbonosos, nos casos de concreto não 
aparente.
C) A quantidade mínima é de 1% de materiais carbonosos, nos casos de concreto não 
aparente.
D) A quantidade máxima é de 5% de torrões de argila e materiais friáveis.
E) A quantidade máxima é de 3% de torrões de argila e materiais friáveis.
4) Sobre o ensaio de determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone, 
mais conhecido como slump test, assinale a alternativa correta: 
A) O concreto é inserido dentro de uma forma cilindrica em três camadas igualmente 
adensadas, cada uma com 25 golpes.
B) O concreto é inserido dentro de uma forma tronco-cônica em seis camadas igualmente 
adensadas, cada uma com 25 golpes.
C) O concreto é inserido dentro de uma forma tronco-cônica em três camadas igualmente 
adensadas, cada uma com 75 golpes.
D) Após a massa de concreto alcançar a extremidade superior do cone (região de menor 
diâmetro), a forma deve ser retirada rapidamente.
E) Com esse ensaio é possível se verificar a consistência do concreto, sendo que esta 
influencia, entre outras coisas, na trabalhabilidade do concreto.
5) Assinale a alternativa correta sobre os tipos de trabalhabilidade e variações do 
abatimento: 
A) Para um abatimento de 4 mm, a trabalhabilidade é classificada como muito baixa.
B) Para um abatimento de 170 mm, a trabalhabilidade é classificada como alta.
C) Para um abatimento de 17 mm, a trabalhabilidade é classificada como média.
D) Para um abatimento de 75 mm, a trabalhabilidade é classificada como alta.
E) Para um abatimento de 29 mm, a trabalhabilidade é classificada como baixa.
NA PRÁTICA
Tanto o concreto feito no local (obra) como o recebido de empresas de concretagem precisam 
ter as características necessárias para se atingir o nível de aceitação.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Controle Tecnológico do Concreto
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Fundamentos da engenharia de edificações: materiais e métodos.
Allen, Edward; Iano, Joseph
Instituto Brasileiro do Concreto
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Associação Brasileira de Patologia das Construções
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Manual do concreto dosado em central
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Revista Areia e Brita
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O que é o fck do concredo? # MateriaisdeConstrução
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Concretagem: Cura e controle 
tecnológico
APRESENTAÇÃO
O concreto é o material de construção mais consumido do mundo. Sua utilização na construção 
civil é decorrente de uma combinação de fatores tecnológicos e econômicos, destacando-se sua 
natureza inicialmente fluida e seu subsequente processo de endurecimento (conhecido como 
cura) decorrente das reações de hidratação do cimento. Essas características permitem que a 
moldagem de corpos com elevada resistência e geometrias variáveis seja realizada de maneira 
simples e com custos relativamente reduzidos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os cuidados no processo de cura do 
concreto, os métodos utilizados para avaliar a trabalhabilidade do concreto antes da concretagem 
e a metodologia utilizada para o controle tecnológico da resistência do concreto.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Nomear os cuidados no processo de cura do concreto.•
Explicar o método utilizado para avaliar a trabalhabilidade do concreto: o teste de slump.•
Identificar as características dos testes de controle de resistência do concreto.•
DESAFIO
A trabalhabilidade é um conceito que determina a facilidade com a qual um concreto pode ser 
manipulado sem segregação nociva. Para avaliar essa propriedade, aplica-se o teste de slump na 
chegada do concreto à obra. As duas figuras a seguir apresentam os resultados de dois testes de 
slump de concretos com traços diferentes.
 
INFOGRÁFICO
Para conferir se o concreto utilizado na construção possui a resistência solicitada em projeto, 
devem ser realizados ensaios de compressão com corpos de prova confeccionados com o mesmo 
concreto utilizado na obra. Os corpos são moldados na própria obra e os ensaios devem ser 
realizados em laboratórios com os equipamentos adequados e credenciados pelo Inmetro. O 
Infográfico a seguir apresenta as etapas de moldagem e rompimento dos corpos de prova.
No estado endurecido, a resistência à compressão é a propriedade mais importante para a 
constatação da uniformidade e da conformidade do concreto durante a construção, estando 
presente em muitas normas como requisito mínimo de qualidade ou critério de aceitação.
Assim, no ensaio de resistência à compressão, a propriedade analisada é a capacidade do corpo 
de prova de resistir às cargas submetidas antes da sua ruptura.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
No capítulo a seguir, pertencente ao livro "Construção Civil", você é apresentado a algumas 
características do processo de cura do concreto, à importância do teste de slump (que avalia a 
trabalhabilidade do concreto) e à metodologia para o controle tecnológico da resistência do 
concreto.
Inicie sua leitura no item Cuidados no processo de cura do concreto e finalize-a em Controle por 
amostragem total.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
Alessandra Martins Cunha
André Luís Abitante
Caroline Schneider Lucio
Lélis Espartel
Ronei Tiago Stein
Vinicius Simionato
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
C756 Construçãocivil / Alessandra Martins Cunha ... [et al.]. – Porto 
 Alegre : SAGAH, 2017.
 352 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-048-1
 1. Construção civil. 2. Indústria da construção. I. Cunha, 
 Alessandra Martins. 
CDU 69
Concretagem: cura e 
controle tecnológico
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Nomear cuidados necessários no processo de cura do concreto.
 Explicar o método utilizado para avaliar a trabalhabilidade do concreto:
teste de slump.
 Identi� car as características dos testes de controle de resistência do
concreto.
Introdução
O concreto é o material de construção mais consumido no mundo. 
Sua utilização na construção civil é decorrente de uma combinação 
de fatores tecnológicos e econômicos. Nesse sentido, se destaca sua 
natureza inicialmente fluida e o subsequente processo de endurecimento 
(conhecido como cura) decorre das reações de hidratação do cimento. 
Essas características permitem que a moldagem de corpos com elevada 
resistência e geometrias variáveis seja realizada de maneira simples e com 
custos relativamente reduzidos (ISAIA, 2011). 
Neste texto, você vai conhecer os cuidados necessários no processo de 
cura do concreto. Também vai aprender sobre os métodos utilizados para 
avaliar a trabalhabilidade do concreto antes da concretagem. Além disso, 
se familiarizará com a metodologia utilizada para o controle tecnológico 
da resistência do concreto.
Cuidados no processo de cura do concreto
A cura do concreto é uma operação que pretende evitar a perda rápida de água 
e garantir a continuidade das reações de hidratação do cimento nas primeiras 
idades do concreto, quando sua resistência ainda é pequena. A perda de água 
ocorre por vários motivos, tais como exposição ao sol, vento, exsudação, etc. 
Esses fatores provocam um processo cumulativo de fi ssuração.
A cura inadequada causará redução da resistência e da durabilidade do con-
creto, provocando fi ssura e deixando a camada superfi cial fraca, porosa e 
permeável, vulnerável à entrada de substâncias agressivas provenientes do 
meio ambiente. O fator mais importante na cura do concreto é promover uma 
ação que garanta água sufi ciente para que todo o processo de reação química 
do cimento se complete. O endurecimento do concreto ocorre por um processo 
químico de hidratação. 
A hidratação é a reação entre cimento e água que dá origem às características de pega 
e endurecimento. O processo de hidratação que ocorre no interior do concreto lhe 
garante resistência e estabilidade dimensional.
De um modo geral, você pode considerar que a contenção das retrações hidráu-
lica e térmica pode minimizar o efeito da primeira. A térmica é controlada pela 
diminuição da temperatura, e a hidráulica pela reposição da água evaporada 
do concreto. O cuidado com proteções nos primeiros dias permite um aumento 
na capacidade resistente do concreto nesse período e, consequentemente, uma 
diminuição na retração do material.
Algumas técnicas são empregadas no processo de cura do concreto. As 
mais comuns são:
  Água: molhagem direta (mangueiras, aspersores, regadores, etc.), que 
consiste em molhar a superfície exposta diversas vezes nos primeiros 
dias após a concretagem; ou indireta (mantas de feltro, sacos de aniagem 
ou geotêxtis), que consiste na proteção com tecidos umedecidos.
  Produtos químicos: formadores de película (película de cura) que 
impermeabilizam a superfície do concreto, evitando a saída de água.
  Cobertura das peças concretadas (lonas impermeáveis): protege 
o concreto da ação do vento, já que ele, em alguns casos, é o maior 
responsável pela evaporação água).
 Construção civil 118
  Cura a vapor: como uma elevação na temperatura de cura do concreto 
aumenta sua velocidade de crescimento de resistência, o ganho de 
resistência pode ser acelerado pela cura a vapor. O vapor, à pressão 
atmosférica, ou seja, quando a temperatura é menor que 100°C, é úmido. 
Assim, o processo pode ser considerado como um caso especial de cura 
úmida, sendo conhecido como cura a vapor.
  Cura ativa: interferência na velocidade de hidratação do cimento 
por meio do processo de cura (gelo). Em concretagens que envolvam 
grandes volumes de concreto, como barragens e blocos de fundação, 
a substituição de parte da água de amassamento por gelo, associada 
ao rebaixamento da temperatura dos agregados, minimiza os efeitos 
da retração térmica.
Você deve tomar cuidados específicos em elementos com algumas particularidades. 
Destacam-se as seguintes recomendações:
  a cura do concreto deve ser feita logo após o endurecimento superficial da peça;
  no caso de superfícies horizontais (vigas, lajes, chão, etc.), o processo de cura deve 
ser feito de duas a quatro horas depois de aplicado o concreto;
  no caso das superfícies verticais (pilares, colunas, muros, etc.), é necessário saturar 
as formas com água antes do lançamento do concreto. Após a concretagem é 
importante manter as formas umedecidas por pelo menos sete dias.
Molhar as formas antes do lançamento do concreto não serve para facilitar a desmon-
tagem das mesmas, como muitos pedreiros costumam falar, mas sim para ajudar no 
processo de cura do concreto.
A norma ABNT NBR 14931:2004 estabelece que, enquanto não atingir endu-
recimento satisfatório, o concreto deve ser curado e protegido contra agentes 
119Concretagem: cura e controle tecnológico
prejudiciais. Isso serve para evitar a perda de água pela superfície exposta. 
Também é útil para assegurar uma superfície com resistência adequada e a 
formação de uma capa superfi cial durável. Não são citados prazos mínimos de 
cura. É feita uma recomendação em função da resistência, sendo estabelecido 
que elementos estruturais de superfície devem ser curados até que atinjam 
resistência característica à compressão (fck), de acordo com a ABNT NBR 
12655:2015, igual ou maior que 15 MPa. Salvo em casos específi cos, esse 
processo deve levar de sete a 14 dias, dependendo de condições climáticas 
(temperatura, umidade do ar, vento), dimensões dos elementos concretados, 
resistência do concreto, composição do concreto e agressividade do meio 
ambiente durante o uso (esgoto, contato com água do mar, etc.). Na Tabela 1, 
você pode ver o período mínimo de proteção requerido por diferentes cimentos 
e condições de cura:
 Construção civil 120
 Fonte: Neville e Brooks (2013, p. 179). 
Período mínimo de cura de 
proteção para temperatura 
média da superfície 
do concreto (dias)
Condições 
de cura Tipo de cimento
Entre 5 
a 10°C
Qualquer 
temperatura, 
t* entre 10 
a 25°C
Boa: úmida 
e protegida 
(umidade relativa 
> 80%, protegida 
do sol e vento)
Todos tipos Nenhuma exigência especial
Média: entre 
boa e ruim
Portland de 
classe 42,5 ou 
52,5 e Portland 
resistente a sulfatos 
de classe 42,5
4 60/(t + 10)
Todos os tipos, 
exceto os acima
6 80/(t + 10)
Ruim: seca ou 
não protegido 
(umidade relativa 
< 50%, não 
protegida do 
vento e sol)
Portland, classes 42,5 
e 52,5 e Portland 
resistente a sulfatos 
de casse 42,5
6 80/(t + 10)
Todos os tipos, 
exceto os acima
10 140/(t + 10)
* t = temperatura (°C) na fórmula para calcular o período mínimo de proteção, 
em dias 
 Tabela 1. Recomendações de período mínimo de cura. 
121Concretagem: cura e controle tecnológico
Concreto fresco: controle da trabalhabilidade 
(teste de slump)
Na chegada do caminhão em obra ou na fase de transporte do local de produção 
para o lançamento do concreto, se deve controlar a trabalhabilidade deste. Isso 
é feito por meio do ensaio de abatimento pelo tronco de cone (conhecido como 
teste de slump). Ele é realizado conforme a ABNT NBR NM 67:1998 e serve 
também como um indicador de homogeneidade do concreto.
Para saber mais sobre a metodologia utilizada na execução do teste, leia o texto da 
norma ABNT NBR NM 67:1998: Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento 
do tronco de cone.
Para produção em obra, se deve realizar o testede slump sempre que houver 
alteração na umidade dos agregados, no início de cada jornada de trabalho e 
em trocas de turno da equipe de produção. Ele também deve ser feito quando 
houver interrupção da concretagem por um período igual ou superior a duas 
horas e sempre que forem moldados corpos de prova para controle da resistência 
à compressão (ISAIA, 2011).
 Construção civil 122
Figura 1. Ferramentas utilizadas para o teste de slump.
Fonte: suriya wongwai / Shutterstock.com
Figura 2. Resultado da aplicação do teste de slump. 
Fonte: SUMITH NUNKHAM / Shutterstock.com
123Concretagem: cura e controle tecnológico
Controle da resistência do concreto: 
testes de compressão
Você deve executar o controle da resistência do concreto segundo orientações 
da ABNT NBR 12655:2015. O concreto a ser utilizado na obra deverá ser 
dividido em lotes (porções defi nidas identifi cadas pelas peças estruturais a 
serem concretadas). Todo concreto que compõe um lote deve ser produzido 
nas mesmas condições (mesmos materiais, traço, equipe, trabalhabilidade) a 
fi m de tornar o lote homogêneo.
Para os testes que avaliam a resistência do concreto, os corpos de prova 
que irão para o ensaio devem obedecer às recomendações da ABNT NBR 
5738:2015 e o rompimento de acordo com a ABNT NBR 5739:2007. O plano 
de amostragem é definido de acordo com o volume do concreto a ser utilizado 
e o tipo da peça estrutural, de acordo com a ABNT NBR 12655:2015.
É preciso moldar os corpos de prova na sombra e imediatamente cobri-los 
com material impermeável para minimizar efeitos da evaporação. Após 24 
horas da moldagem, se pode retirá-los das formas e transportá-los de maneira 
adequada para os laboratórios de ensaio. Caso fiquem no canteiro de obras, 
devem ficar em cura submersa, protegidos do sol e de outras fontes de calor 
e contaminações externas. 
Para cada idade de ensaio, se devem executar dois corpos de prova idênticos. O valor 
da resistência a ser considerado na caracterização de uma unidade de produção, em 
uma determinada idade, será sempre o mais alto obtido do ensaio de um par de 
corpos de prova.
 Construção civil 124
Sempre haverá diferença na resistência individual medida nos corpos de prova que 
compõem o exemplar. Essa diferença é devida a pequenas alterações no procedimento 
de moldagem, no adensamento das camadas, no transporte, etc. Assim, é considerada 
a maior resistência encontrada entre os dois corpos de prova, pois se entende que a 
menor resistência do outro é devida a essas pequenas falhas na produção do corpo 
de prova.
A ABNT NBR 12655:2015 admite como limite para constituição dos lotes 
50 m³ para peças comprimidas e 100 m³ para peças flexionadas. Um lote 
deve ser utilizado em um único pavimento do edifício, podendo, dependendo 
do volume, se estabelecer mais de um lote por andar. Definidos os lotes, se 
deve estabelecer o plano de amostragem, que é a definição da quantidade de 
exemplares a serem ensaiados em uma determinada idade e do modo como 
os resultados serão analisados. 
Os dois planos principais utilizados são o de amostragem parcial, em que o 
concreto que compõe o lote terá apenas uma parcela das unidades de produto 
amostradas, e o de amostragem total, no qual se deve avaliar a totalidade das 
unidades do produto. A escolha recai então sobre o aspecto econômico, uma vez 
que, quanto maior o volume de concreto, mais onerosa será a amostragem total. 
Outro critério que você deve levar em conta é a utilização da peça estrutural a 
ser concretada: para elementos importantes como pilares, mesmo demandando 
pequenos volumes de concreto, sugere-se o uso de amostragem total.
Controle por amostragem parcial
São previstas duas situações quando a escolha é por amostragem parcial: 
quando o número de exemplares está entre 6 e 20, o valor estimado da resis-
tência característica (fckest) é defi nido por:
fckest = 2 ×
f
1
 + f
2
 + ··· + fm – 1
m – 1
– fm
125Concretagem: cura e controle tecnológico
Onde:
fi = resistência do exemplar na idade considerada
m = n/2, adotando-se a parte inteira
f1, f2,... fn = valores das resistências dos exemplares em ordem crescente
Para saber mais sobre as metodologias de amostragem, leia a norma ABNT NBR 
12655:2015: Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação 
– Procedimento.
Você não deve tomar para fckest valores inferiores a ψ6·f1, em que f1 é a menor 
resistência de todos os exemplares e ψ6 é um valor obtido da Tabela 2, em 
que A, B e C são classifi cações da norma para as condições de produção do 
concreto.
 Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Condição 
de preparo
Número de exemplars (n)
2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 ≥ 16
A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02
B ou C 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02
NOTA: Os valores de n entre 2 e 5 são empregados para os casos excepcionais.
 Tabela 2. Valores tabelados para o coeficiente ψ6. 
Quando n ≥ 20, adota-se:
fckest = fcm-1,65 · Sd, em que:
fcm = resistência média dos n exemplares que compõem a amostra
Sd = desvio padrão amostral para n-1 resultados
 Construção civil 126
Controle por amostragem total
São moldados corpos de prova de todas as betoneiras, e o cálculo do valor 
estimado da resistência característica é dado por: 
a) Para n < 20: fckest = f1, em que:
n = número de exemplares
f1 = menor valor da resistência à compressão da série de exemplares do 
mesmo lote
fckest = valor estimado da resistência característica à compressão 
b) Para n ≥ 20: fckest = fi, em que:
i = 0,05 · n, adotando-se o número inteiro imediatamente superior quando 
i for fracionário. 
127Concretagem: cura e controle tecnológico
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5739:2007. Concreto – 
Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5738:2015. Concreto – 
Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12655:2015. Concreto de 
cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação – Procedimento. Rio 
de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14931:2004. Execução de 
estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 67:1998. Concreto – 
Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro: 
ABNT, 1998. 
ISAIA, G. C. Concreto: ciência e tecnologia. São Paulo: Martins Fontes, 2011. v. 1.
NEVILLE, A. M.; BROOKS, J. J. Tecnologia do concreto. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12654:2000. Controle 
tecnológico de materiais componentes do concreto. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.
NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
129Concretagem: cura e controle tecnológico
 
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
O vídeo a seguir aborda os passos para a execução do teste de slump. Trata-se de um ensaio 
bastante simples, porém muito difundido pela sua funcionalidade para avaliar a trabalhabilidade 
do concreto e evitar falhas na concretagem.
 
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EXERCÍCIOS
1) Em relação à cura do concreto, assinale a alternativa correta:
A) a) É o processo de adicionar água no caminhão betoneira, antes da concretagem, para 
atingir a trabalhabilidade desejada.
B) b) Durante o processo de cura úmida, deve-se manter a superfície do concreto seca.
C) c) O objetivo da cura é promover uma ação que garanta água suficiente para que todo o 
processo de reação química do cimento se complete.
D) d) A cura térmica consiste em aspergir um produto que forme uma película na superfície 
do concretoe que impeça a evaporação da água do concreto.
E) e) Quanto maiores as dimensões do elemento concretado, menos se deve preocupar com a 
cura.
Dentre os diversos testes realizados para a avaliação de propriedades do concreto, o 
teste que avalia se o concreto possui as condições de trabalhabilidade de acordo com 
2) 
a necessidade da obra é:
A) a) O teste de compressão.
B) b) O teste de granulometria.
C) c) A avaliação de traço.
D) d) O abatimento ou teste de slump.
E) e) O teste de dosagem.
3) Após a concretagem, deve ser efetuado o processo de cura do concreto. Esse processo 
tem por finalidade:
A) a) Manter a trabalhabilidade do concreto.
B) b) Evitar o endurecimento precoce do concreto.
C) c) Evitar a evaporação da água que deverá hidratar o cimento.
D) d) Aumentar a resistência superficial.
E) e) Aumentar a resistência à tração do concreto.
4) Sobre a cura do concreto é correto afirmar:
A) a) Para se obter um bom concreto, a cura não é necessária nas primeiras idades.
B) b) A função principal da cura é promover a limpeza do concreto.
C) c) O objetivo da cura é manter o concreto saturado.
D) d) Caso a umidade do ar seja elevada, de no mínimo 30%, não é necessário realizar o 
procedimento de cura.
E) e) A cura apenas não é necessária em condições de clima pouco úmido e temperatura 
variável.
5) As especificações a respeito do controle tecnológico do concreto possuem suas 
diretrizes na ABNT NBR 12655: 1996 - Concreto: preparo, controle e recebimento. 
Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta:
A) a) A resistência do concreto não é influenciada pela relação água/cimento nele contida.
B) b) A idade do concreto não influencia sua resistência, ainda que ocorra a hidratação do 
cimento.
C) c) O teste de slump é o principal teste para avaliar a resistência do concreto, de acordo com 
a norma vigente.
D) d) Deve-se sempre executar dois corpos de prova idênticos, para serem rompidos na 
mesma idade.
E) e) Elementos como pilares não necessitam de controle tecnológico em seu concreto.
NA PRÁTICA
Ferramenta bastante simples, porém vital para o rastreamento dos lotes de concreto utilizados é 
o croqui conhecido como mapeamento de concretagem. Por meio desse simples croqui, o 
profissional que acompanha a concretagem desenha sobre a planta a área correspondente ao 
concreto oriundo de cada caminhão/betonada.
 
Desse modo, caso os ensaios de resistência (que serão executados dias após a concretagem) 
apontem anomalias no concreto, a equipe de obra poderá facilmente localizar a região em que 
esse concreto foi utilizado. É função do engenheiro de obras coordenar a equipe que irá executar 
a concretagem e organizar a documentação dessa, garantindo, assim, a correta execução dessa 
etapa.
Uma documentação que comprove as boas práticas utilizadas no processo de concretagem serve 
como garantia ao engenheiro de obras e também pode ser utilizada para mitigar possíveis 
problemas encontrados nos resultados obtidos nos ensaios à compressão do concreto, uma vez 
que os resultados desses procedimentos só serão conhecidos dias depois da execução da 
estrutura.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Precisa mesmo molhar a laje? A cura do concreto!
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Olha o que acontece se não molhar a laje feita com concreto usinado
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O processo executivo de cura do concreto e a sua importância como qualificador do 
material
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Cura do concreto
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Análise da influência do tipo de cura na resistência à compressão de corpos-de-prova de 
concreto
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Influência do processo de cura em concreto convencional em seis idades
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A importância do controle tecnológico na fase estrutural em obras de edificações
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Tecnologia do Concreto ISBN
Resistência do concreto
APRESENTAÇÃO
A resistência do concreto pode ser considerada como a sua propriedade mais importante, apesar 
de que outras características, como durabilidade, impermeabilidade e estabilidade de volume 
tenham também um papel de destaque no comportamento mecânico deste material. A 
resistência, por estar diretamente ligada à estrutura da pasta de cimento, a qual normalmente dá 
uma ideia geral da qualidade do concreto. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer algumas características gerais do 
comportamento do concreto quando submetido a tensões. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar o comportamento do concreto submetido a tensões de tração e compressão.•
Determinar as características gerais do comportamento do concreto submetido a tensões.•
Identificar os principais fatores que afetam a resistência do concreto.•
DESAFIO
O concreto é um material com resistência à compressão muito superior à sua resistência à 
tração, sendo utilizado principalmente de maneira a explorar esta qualidade com relação a 
determinada solicitação axial. Entretanto, em um elemento em estado duplo ou triplo de tensões 
ou em compressão uniaxial, a tensão ao longo da borda de uma falha interna é de tração em 
alguns pontos, de modo que a ruptura pode ocorrer.
A figura a seguir apresenta alguns exemplos de fissurção observados em elementos cúbicos de 
concreto submetidos a diferentes estados de tensões: compressão uniaxial, compressão biaxial e 
tração uniaxial.
 
INFOGRÁFICO
O infográfico a seguir apresenta algumas relações dos principais fatores influentes na resistência 
do concreto. Confira!
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CONTEÚDO DO LIVRO
O material disponibilizado para estudo destaca algumas propriedades da resistência do concreto. 
Leia os tópicos do livro "Tecnologia do concreto", iniciando seus estudos no tópico Relação 
entre a resistência à compressão e a resistência à tração e siga até Aderência à armadura.
Boa leitura!
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DICA DO PROFESSOR
O vídeo a seguir apresenta algumas características gerais do comportamento do concreto, 
quando submetido a tensões. Assista!
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EXERCÍCIOS
1) De acordo com a NBR 6118/2014 – Projeto de Estruturas de Concreto – 
Procedimento, os valores das tensões resistentes de cálculo são estabelecidos, em cada 
caso particular, a partir das teorias de resistência dos elementos estruturais 
considerados. 
 
Com base nesta norma, determine o valor da resistência de cálculo (fcd ) a ser 
adotado para um concreto de fck = 40 MPa, sob condições normais de carregamento, 
considerando o fator de segurança adequado para este caso.
A) fcd = 28,6 MPa.
B) fcd = 33,3 MPa.
C) fcd = 34,8 MPa.
D) fcd = 40 MPa.
E) fcd = 56 MPa
Em uma edificação, foi executada a concretagem de um pavimento há exatamente 
duas semanas. Deseja-se determinar a resistência atingida pelo concreto até o 
momento, de maneira a verificar a possibilidade de retirada do escoramento para 
2) 
utilização em outro ponto da mesma obra. Para a elaboração deste concreto, foi 
utilizado um cimento CP II e, como critério de projeto, foi considerado um valor de 
resistência do concreto aos 28 dias igual a fck = 35 MPa. 
 
Com base na NBR 6118/2014 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento, 
determine o valor da resistência de cálculo (fcd) atingida até o momento.
A) fcd = 17,5 MPa.
B) fcd = 22,5 MPa.
C) fcd = 25 MPa.
D) fcd = 26,3 MPa.
E) fcd = 35 MPa.
3) Utilizando como base os critérios para avaliação da resistência à tração do concreto, 
expostos no item 8.2.5 da NBR 6118/2014 – Projeto de Estruturas de Concreto– 
Procedimento, na falta de ensaios específicos, determine qual seria a resistência 
característica à tração superior e inferior de um concreto com fck = 30 MPa.
A) fctk,inf = 1,8 MPa; fctk,sup = 3,3 MPa.
B) fctk,inf= 2 Mpa; fctk,sup = 3,8 MPa.
C) fctk,inf = 2,3 MPa; fctk,sup= 4,2 MPa.
D) fctk,inf= 2,5 MPa; fctk,sup = 4,6 MPa.
E) fctk,inf= 2,7 MPa; fctk,sup = 4,9 MPa.
4) Quando não forem feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre o 
concreto usado na idade de 28 dias, pode-se estimar o valor do seu módulo de 
elasticidade utilizando como base os critérios expostos no item 8.2.8 da NBR 
6118/2014 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. 
 
Determine qual seria o módulo de elasticidade estimado para um concreto com fck = 
60 MPa, considerando o uso do basalto como agregado graúdo.
A) Eci = 47,4 GPa.
B) Eci = 49,5 GPa.
C) Eci = 49,9 GPa.
D) Eci = 52,1 GPa.
E) Eci = 60 GPa.
5) Quando não forem feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre o 
concreto em uma idade menor que 28 dias, pode-se estimar o valor do seu módulo de 
elasticidade utilizando como base os critérios expostos no item 8.2.8 da NBR 
6118/2014 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. 
 
Determine qual seria o módulo de elasticidade estimado para um concreto produzido 
com cimento CP V-ARI, com fck = 70 MPa, em uma idade de 21 dias (três semanas), 
considerando o uso de granito como agregado graúdo.
A) Eci (21) = 40 GPa.
B) Eci (21) = 41 GPa.
C) Eci (21) = 42 GPa.
D) Eci (21) = 43 GPa.
E) Eci (21) = 44 GPa.
NA PRÁTICA
Você sabia que para suprir a deficiência do concreto inserimos o aço? Sendo a sua função básica 
absorver estes esforços excedentes de tração.
Por exemplo, no caso de vigas simplesmente apoiadas, sob a ação de cargas verticais dirigidas 
de cima para baixo, a armadura deve ser colocada na face inferior da laje, conforme apresenta a 
figura a seguir.
Para que o concreto e o aço trabalhem de forma solidária, deve ser garantida uma boa aderência 
entre estes dois materiais, sendo criada pela rugosidade das barras de aço e também pela 
introdução de saliências na superfície das barras.
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118/2014: Projeto de 
estruturas de concreto — Procedimento.
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Segurança e Estados Limites Ações nas 
Estruturas de Concreto Armado
APRESENTAÇÃO
Para garantir a segurança das estruturas de concreto armado é necessário que cada um de seus 
elementos seja dimensionado no estado limite último, garantindo a sua resistência ao colapso, e 
verificado no estado limite de serviço, que impõe limites quanto a sua utilização, como 
deformações e fissurações excessivas, por exemplo. Em ambos os casos, o valor da resistência 
do elemento deve ser superior ao valor da dos esforços pela qual ela está sendo solicitada, 
levando em consideração os coeficientes que ponderam as resistências e os coeficientes que 
majoram as solicitações. As solicitações nos elementos são geradas pelas ações que podem 
ocorrer sobre a estrutura durante a sua vida útil. Essas ações podem ser de naturezas diferentes, 
por isso devem ser consideradas conforme seus valores, sua duração e sua probabilidade de 
ocorrência e combinadas com seus respectivos coeficientes conforme o estado limite analisado, 
obtendo-se assim o valor a ser comparado com a resistência do concreto armado.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os tipos de ações e de carregamentos, suas 
combinações e os coeficientes que devem ser considerados como critérios de segurança para o 
dimensionamento de elementos em concreto armado. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir as ações e os critérios para o dimensionamento de elementos em concreto armado.•
Identificar os tipos de carregamento e suas combinações últimas e de serviço.•
Avaliar os coeficientes utilizados nas combinações das ações e na ponderação das 
resistências.
•
DESAFIO
Você trabalha em uma empresa de cálculo estrutural e é o engenheiro responsável pelo 
dimensionamento e pela verificação de um empreendimento residencial composto por 3 torres, 
sendo que a mais alta atinge 20 pavimentos. Você desenvolveu um modelo de cálculo:
 
Utilizando a simbologia para cada carregamento e considerando que o vento pode atuar em 
todas as faces da edificação (W0°,W90°, W180° e W270°) e que cada atuação do vento é 
sempre considerada separadamente, quais as combinações normais últimas que devem ser 
analisadas, com os seus respectivos valores de coeficientes, para o dimensionamento dos 
elementos estruturais no estado limite último?
Para iniciar, classifique os carregamentos conforme o tipo de ação que eles representam: 
permanentes, variáveis ou excepcionais.
Lembre-se: os carregamentos são considerados como desfavoráveis à estrutura, as ações devem 
ser consideradas separadamente e deve ser considerado o fato de elas poderem ou não ocorrer de 
maneira simultânea sobre a estrutura.
INFOGRÁFICO
As ações sobre a estrutura podem ser de naturezas diferentes e sua classificação decorre em 
função da variação de seus valores ao longo do tempo, com relação à média, da sua duração e da 
sua probabilidade de ocorrência. No infográfico, clique nas ações e veja exemplos conforme a 
sua classificação.
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CONTEÚDO DO LIVRO
A avaliação das ações que podem ocorrer sobre uma estrutura durante sua vida útil é de extrema 
importância na concepção de qualquer tipo de edificação em engenharia civil. Negligenciar 
ações ou suas combinações pode acarretar em problemas na sua utilização e até mesmo levar a 
estrutura ao colapso. Tendo em vista que é a partir das ações que são geradas as solicitações em 
cada elemento que faz parte da estrutura, é imprescindível que todo engenheiro calculista tenha 
conhecimento das recomendações a serem seguidas na sua consideração para poder dimensionar 
os elementos a partir dos critérios estabelecidos para as solicitações, bem como para resistência 
do concreto armado, garantindo assim a segurança da edificação.
Acompanhe o capítulo Segurança e estados limites: ações nas estruturas de concreto armado, 
base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
Concreto
Armado
Liana 
Parizotto
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
P231c Parizotto, Liana.
 Concreto armado / Liana Parizotto. – Porto Alegre : 
 SAGAH, 2017.
 220 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-090-0
 1. Concreto armado – Engenharia civil. I. Título. 
CDU 624.012.45
Revisão técnica:
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS)
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG)
Iniciais_Concreto armado.indd 2 09/06/2017 17:36:38
Segurança e estados 
limites: ações em estruturas 
de concreto armado
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 De� nir as ações e os critérios para o dimensionamento de elementos 
em concreto armado.
 Identi� car os tipos de carregamento e suas combinações últimas e
de serviço.
 Avaliar os coe� cientes utilizados nas combinações das ações e na
ponderação das resistências.
Introdução
Para garantir a segurança das estruturas de concreto armado, é necessário 
que cada um de seus elementos seja dimensionado no estado limite 
último (garantindo, assim, a sua resistência ao colapso) e verificado no 
estado limite de serviço (o que impõe limites quanto a sua utilização, 
como deformações e fissurações excessivas). Em ambos os casos, o valor 
da resistência do elemento deve ser superior ao valor dos esforços aos 
quais ele será solicitado, empregando os coeficientes que ponderam as 
resistências e os coeficientes que majoram as solicitações.As solicitações 
nos elementos são geradas pelas ações que podem ocorrer sobre a 
estrutura durante a sua vida útil. Como essas ações são de naturezas 
diferentes, é necessário considerá-las conforme seus valores, sua duração 
e sua probabilidade de ocorrência, e combiná-las com seus respectivos 
coeficientes conforme o estado limite analisado. Como resultado, obtemos 
o valor a ser comparado com a resistência do concreto armado. Neste
U3_C09_ Concreto armado.indd 131 09/06/2017 17:12:50
capítulo você vai conhecer os tipos de ações e de carregamentos, suas 
combinações e os coeficientes que devem ser utilizados como critérios de 
segurança para o dimensionamento de elementos em concreto armado.
Ações em estruturas e critérios de 
dimensionamento de elementos em concreto 
armado
O dimensionamento de uma estrutura, no geral, segue a sequência de etapas 
apresentada a seguir (PFEIL, 1988):
  avaliação das cargas atuantes: são utilizadas as cargas mais desfavorá-
veis que possam atuar na estrutura, e os seus valores são determinados 
pela norma ABNT NBR 6120:1980;
  determinação geométrica da estrutura: é feita por comparação com 
estruturas semelhantes ou por meio de cálculos de pré-dimensionamento;
  cálculo das solicitações nas seções: as solicitações geradas pelas car-
gas atuantes são determinadas para cada seção da estrutura, na sua 
combinação mais desfavorável; dependendo da situação, as solicitações 
podem ser multiplicadas por coeficientes de segurança;
  cálculo das resistências internas: as resistências são determinadas, 
igualmente, para cada seção da estrutura, levando em conta as resistên-
cias características dos materiais utilizados no projeto (concreto e aço);
  verificação do comportamento: as condições a serem atendidas nas 
verificações são determinadas pela norma ABNT NBR 8681:2003; os 
parâmetros verificados podem ser ruptura ou abertura de fissuras nas 
estruturas, por exemplo;
  correções geométricas: caso existam deficiências nas verificações, cor-
reções geométricas (geralmente na dimensão das seções) são realizadas; 
as verificações são repetidas até que não existam mais deficiências;
  detalhamento: apenas algumas seções da estrutura são verificadas, 
mas, para ter certeza de que a segurança se dará em todos os tramos, 
é necessário que as armações tenham continuidade; para que isso seja 
representado, há certas regras de detalhamento a serem obedecidas.
As estruturas são dimensionadas de modo a atender a duas situações: coe-
ficientes apropriados de segurança relacionados ao colapso e comportamento 
satisfatório sob a ação de cargas de serviço. Tais situações estão relacionadas 
Concreto armado132
U3_C09_ Concreto armado.indd 132 09/06/2017 17:12:50
aos estados limites últimos (ELU) e aos estados limites de serviço (ELS), 
respectivamente. Os estados limites são utilizados para verificar o comporta-
mento e a conformidade da estrutura para o seu uso. Ao atingir esses estados 
limites, a estrutura se torna inadequada. Os estados limites podem ser (PFEIL, 
1988): 
  estados limites últimos (ELU): estão relacionados ao máximo da 
capacidade portante da estrutura e determinam a paralisação do uso da 
edificação; o ELU é caracterizado pela perda de equilíbrio da estrutura 
(risco de tombamento, escorregamento) e por deformações excessivas 
dos materiais (causando instabilidade ou ruptura);
  estados limites de serviço (ELS): estão relacionados com as condições 
de utilização normal da estrutura e com a sua durabilidade; o ELS 
é caracterizado pela abertura de fissuras, deformações e vibrações 
excessivas.
Ações em estruturas
Por defi nição, as causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas 
são chamadas ações, e o cálculo delas irá diferir do ELU para o ELS. As ações 
são classifi cadas em 3 categorias, conforme a ABNT NBR 8681:2003, em 
função da sua variabilidade no tempo: 
  permanentes: ocorrem com valores constantes ou pouco variáveis 
durante aproximadamente a vida toda da estrutura; são divididas em 
diretas, como o peso próprio da estrutura e dos elementos construti-
vos fixos (pisos e forros), e em indiretas, como protensão de cabos e 
retração dos materiais;
  variáveis: ocorrem com valores que variam significativamente durante a 
vida da construção; são cargas acidentais em função do uso da estrutura 
(pessoas, mobília, veículos, etc.) e também dos efeitos do vento, de 
forças de impacto, de frenagem, etc.;
  excepcionais: têm baixa probabilidade de acontecerem durante a vida 
da construção e possuem duração extremamente curta; são decorrentes 
de explosões, incêndios, enchentes, colisões de veículos, etc. e aparecem 
apenas em alguns projetos.
133Segurança e estados limites: ações em estruturas de concreto armado
U3_C09_ Concreto armado.indd 133 09/06/2017 17:12:51
Condições de segurança
Além dos requisitos construtivos de segurança exigidos, como detalhamento 
constante das seções da estrutura e controle de materiais utilizados na cons-
trução e na execução da obra, existem requisitos analíticos. Os requisitos 
analíticos de segurança surgem na análise estrutural e diferem do ELU 
para o ELS. As condições apresentadas a seguir serão retomadas e melhor 
esclarecidas nos próximos itens (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2003).
Para o ELU, deve ser obedecida a seguinte condição:
Rd ≥ Sd
em que:
Rd= esforço resistente de cálculo;
Sd= esforço solicitante de cálculo.
Para o ELS, deve ser obedecida a seguinte condição:
Sd ≤ Slim
em que:
Sd = esforço solicitante de cálculo;
Slim = esforço solicitante limite adotado para o efeito estrutural de interesse.
Tipos de carregamentos e suas combinações 
de ações
No item anterior, você viu a classifi cação das ações. No entanto, há ainda outra 
classifi cação relativa ao tipo de carregamento que a estrutura poderá sofrer 
ao longo de sua vida. Diferentemente das ações, que se distinguem uma da 
outra pela variabilidade no tempo (permanentes, varáveis e excepcionais), os 
carregamentos são classifi cados de acordo com a frequência com que ocorrem. 
Segundo a ABNT NBR 8681:2003, um carregamento é um conjunto de 
ações que têm probabilidade de ocorrerem em uma estrutura, concomitan-
temente, devendo ser combinadas de diferentes maneiras para cada tipo de 
carregamento. Você vai ver a seguir os 4 tipos de carregamento:
Concreto armado134
U3_C09_ Concreto armado.indd 134 09/06/2017 17:12:51
 normal: sua duração se dá por todo o período de vida da construção;
provém do uso esperado da estrutura, devendo sempre ser considerado 
em todas as verificações de segurança, tanto para o ELU quanto para
o ELS;
 especial: sua duração é pequena em relação ao período de vida da
construção; provém de ações variáveis, com intensidade e natureza
especiais, e superam em intensidade os efeitos causados pelo carre-
gamento normal; deve ser considerado apenas nas verificações de
segurança para o ELU, exceto em casos particulares, em que também
é verificado para o ELS;
 excepcional: sua duração é extremamente curta em relação ao período 
de vida da construção; provém de ações excepcionais, podendo causar
efeitos catastróficos, sendo analisado apenas em determinadas estru-
turas; deve ser considerado somente nas verificações de segurança
para o ELU;
 de construção: é transitório, com sua duração sendo definida de acordo
com cada caso; provém de ações durante a fase de construção da edifica-
ção e é analisado somente nos casos em que exista risco de ocorrência de 
algum estado limite; deve ser observado nas verificações de segurança 
de todos os estados limites que são suspeitos de acontecerem durante
a fase de construção.
Ao fazer a verificação da segurança da estrutura relativa aos estados 
limites, para cada tipo de carregamento você deve utilizar as combinações que 
gerarem os efeitos mais desfavoráveis nas seções críticas da estrutura. As 
ações permanentes são sempre tomadas integralmente, enquanto as variáveis 
têm apenas as suas parcelas desfavoráveisconsideradas (ABNT, 2003). Você 
vai ver a seguir as combinações de ações para o estado limite último (ELU) 
e para o estado limite de serviço (ELS).
As ações permanentes são sempre tomadas integralmente, enquanto as variáveis 
têm apenas as suas parcelas desfavoráveis consideradas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2003).
135Segurança e estados limites: ações em estruturas de concreto armado
U3_C09_ Concreto armado.indd 135 09/06/2017 17:12:52
Combinações últimas das ações
Obtemos o valor de cálculo das ações para a combinação última (Fd) por meio 
de 3 tipos de combinações últimas das ações, calculadas pelas expressões 
apresentadas para cada caso (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2003):
  combinações últimas normais: reúnem os valores característicos das 
ações permanentes (FGi,k) e as combinações das diversas ações variá-
veis envolvidas, sendo uma das ações considerada a principal (FQ1,k), 
enquanto as demais ações (consideradas secundárias) atuam com seus 
valores reduzidos (ψ0jFQj,k):
em que:
FGi,k = valor característico das ações permanentes;
FQ1,k = valor característico da ação variável considerada como principal;
FQj,k = valor característico das demais ações variáveis;
ψ0j = fator de combinação para ações variáveis;
γgi = coeficiente de ponderação para ações permanentes;
γq = coeficiente de ponderação para ações variáveis diretas;
m = número de ações permanentes;
n = número de ações variáveis.
  combinações últimas especiais ou de construção: integram os valores 
característicos das ações permanentes (FGi,k) e as combinações das 
diversas ações variáveis especiais envolvidas, sendo uma das ações 
considerada a principal (FQ1,k), enquanto as demais ações (consideradas 
secundárias) atuam com seus valores reduzidos(ψ0j,efFQj,k):
Concreto armado136
U3_C09_ Concreto armado.indd 136 09/06/2017 17:12:53
em que:
FGi,k = valor característico das ações permanentes;
FQ1,k = valor característico da ação variável considerada como principal;
FQj,k = valor característico das demais ações variáveis;
ψ0j,ef = fator de combinação efetivo de cada uma das ações variáveis;
γgi = coeficiente de ponderação para ações permanentes;
γq = coeficiente de ponderação para ações variáveis diretas;
m = número de ações permanentes;
n = número de ações variáveis.
 combinações últimas excepcionais: envolvem os valores característicos
das ações permanentes (FGi,k), o valor representativo da ação transitó-
ria excepcional(FQ,exc), e as demais ações variáveis com seus valores
reduzidos(ψ0j,efFQj,k):
em que:
FGi,k = valor característico das ações permanentes;
FQ,exc = valor da ação transitória excepcional;
FQj,k = valor característico das ações variáveis;
ψ0j,ef = fator de combinação efetivo de cada uma das ações variáveis;
γgi = coeficiente de ponderação para ações permanentes;
γq = coeficiente de ponderação para ações variáveis diretas;
m = número de ações permanentes;
n = número de ações variáveis.
Combinações de serviço das ações
Obtemos o valor de cálculo das ações para a combinação de serviço (Fd,ser) 
por meio de 3 tipos de combinações de serviço das ações, calculadas pelas 
expressões apresentadas para cada caso (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2003): 
 quase permanentes de serviço: incluem os valores característicos das
ações permanentes (FGi,k), sem coeficiente de ponderação das ações, e as
ações variáveis envolvidas com seus valores quase permanentes (ψ2j FQj,k):
137Segurança e estados limites: ações em estruturas de concreto armado
U3_C09_ Concreto armado.indd 137 09/06/2017 17:12:53
em que:
FGi,k = valor característico das ações permanentes;
FQj,k = valor característico das ações variáveis;
ψ2j = fator de redução (valor quase permanente) para ações variáveis;
m = número de ações permanentes;
n = número de ações variáveis. 
  frequentes de serviço: englobam os valores característicos das ações 
permanentes (FGi,k), sem coeficiente de ponderação das ações; a ação 
variável principal é tomada com seu valor frequente (ψ1FQ1,k), e as demais 
ações variáveis envolvidas estão com seus valores quase permanentes 
(ψ2j FQj,k):
em que:
FGi,k = valor característico das ações permanentes;
FQ1,k = valor característico da ação variável considerada como principal;
FQj,k = valor característico das demais ações variáveis;
ψ1 = fator de redução (valor frequente) para ações variáveis;
ψ2j = fator de redução (valor quase permanente) para ações variáveis;
m = número de ações permanentes;
n = número de ações variáveis. 
  raras de serviço: reúnem os valores característicos das ações perma-
nentes (FGi,k), sem coeficiente de ponderação das ações; a ação variável 
principal é tomada com seu valor característico (FQ1,k), e as demais 
ações variáveis envolvidas estão com seus valores frequentes (ψ1j FQj,k):
Concreto armado138
U3_C09_ Concreto armado.indd 138 09/06/2017 17:12:53
em que:
FGi,k = valor característico das ações permanentes;
FQ1,k = valor característico da ação variável considerada como principal;
FQj,k = valor característico das demais ações variáveis;
ψ1j = fator de redução (valor frequente) para ações variáveis;
m = número de ações permanentes;
n = número de ações variáveis.
Coeficientes de combinação de ações e de 
ponderação de resistências
Você vai ver agora os valores dos coefi cientes das expressões apresentadas 
anteriormente em tabelas retiradas das normas. As ações devem ser majoradas 
por meio dos:
  coeficientes de ponderação das ações (γf);
  fatores de combinação (ψ0);
  fatores de redução (ψ1 e ψ2);
Já as resistências devem ser minoradas por meio dos coeficientes de pon-
deração das resistências (γm).
Coeficientes de ponderação das ações (γf)
Os coefi cientes de ponderação das ações (γf) podem ter seus índices alterados 
(a letra subscrita “f” muda) para identifi car a ação considerada. Os coefi cientes 
usados nas combinações últimas (ELU) servem para as ações permanentes 
(γg) e as ações variáveis (γq). O valor básico para as ações excepcionais é 
(γf = 1), salvo indicação contrária. Os coefi cientes usados nas combinações de 
serviço (ELS) têm como valor básico (γf = 1) (salvo exigência em contrário), 
portanto, nem aparecem nas expressões (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2003).
Veja na Tabela 1, da ABNT NBR 6118:2014, os valores dos coeficientes de 
ponderação, para cada tipo de combinação no ELU, para ações permanentes e 
variáveis diretas, e também para ações indiretas de protensão e de deformações 
impostas. Essa tabela é simplificada e considera as ações de forma agrupada.
139Segurança e estados limites: ações em estruturas de concreto armado
U3_C09_ Concreto armado.indd 139 09/06/2017 17:12:54
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2014, p. 65). 
Combinações 
de ações
Ações
Permanentes 
(g)
Variáveis 
(q)
Protensão 
(p)
Recalques 
de apoio e 
retração
D F G T D F D F
Normais 1,4a 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0
Especiais 
ou de 
construção
1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0
Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0 1,2 0,9 0 0
onde
D é desfavorável, F é favorável, G representa as cargas variáveis em geral e T é a 
temperatura.
a Para as cargas permanentes de pequena variabilidade, como o peso próprio das 
estruturas, especialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido 
para 1,3.
 Tabela 1. Coeficientes de ponderação das ações para o ELU. 
Você encontra os valores para os casos especiais não contemplados na 
Tabela 1 na ABNT NBR 8681:2003. As Tabelas 2 e 3 apresentam, separa-
damente, os valores das ações permanentes (γg) diretas e das ações variáveis 
(γq), respectivamente.
Concreto armado140
U3_C09_ Concreto armado.indd 140 09/06/2017 17:12:54
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003, p. 11). 
Co
m
bi
na
çã
o
Tipo de ação
Efeito
D
es
fa
vo
rá
ve
l
Fa
vo
rá
ve
l
N
or
m
al
Peso próprio de estruturas metálicas
Peso próprio de estruturas pré-moldadas
Peso próprio de estruturas moldadas no 
local
Elementos construtivos industrializados1)Elementos construtivos industrializados 
com adições in loco
Elementos construtivos em geral e 
equipamentos2)
1,25
1,30
1,35
1,35
1,40
1,50
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
Es
pe
ci
al
 o
u 
de
 
co
ns
tr
uç
ão
Peso próprio de estruturas metálicas
Peso próprio de estruturas pré-moldadas
Peso próprio de estruturas moldadas 
no local
Elementos construtivos industrializados1)
Elementos construtivos industrializados 
com adições in loco
Elementos construtivos em geral e 
equipamentos2)
1,15
1,20
1,25
1,25
1,30
1,40
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
Ex
ce
pc
io
na
l
Peso próprio de estruturas metálicas
Peso próprio de estruturas pré-moldadas
Peso próprio de estruturas moldadas 
no local
Elementos construtivos industrializados1)
Elementos construtivos industrializados 
com adições in loco
Elementos construtivos em geral e 
equipamentos2)
1,10
1,15
1,15
1,15
1,20
1,30
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1) Por exemplo: paredes e fachadas pré-moldadas, gesso acartonado.
2) Por exemplo: paredes de alvenaria e seus revestimentos, contrapisos.
 Tabela 2. Coeficientes de ponderação das ações permanentes diretas consideradas se-
paradamente. 
141Segurança e estados limites: ações em estruturas de concreto armado
U3_C09_ Concreto armado.indd 141 09/06/2017 17:12:55
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003, p. 12). 
Combinação Tipo de ação
Coeficiente de 
ponderação
Normal Ações truncadas1
Efeito de temperatura
Ação do vento
Ações variáveis em geral
1,2
1,2
1,4
1,5
Especial ou de 
construção
Ações truncadas1
Efeitos de temperatura
Ação do vento
Ações variáveis em geral
1,1
1,0
1,2
1,3
Excepcional Ações variáveis em geral 1,0
1 Ações truncadas são consideradas ações variáveis cuja distribuição de máximos 
é truncada por um dispositivo físico de modo que o valor dessa ação não pode 
superar o limite correspondente. O coeficiente de ponderação mostrado na 
Tabela 4 se aplica a esse valor limite
 Tabela 3. Coeficientes de ponderação das ações variáveis consideradas separadamente. 
Fatores de combinação (ψ0) e de redução (ψ1 e ψ2) 
das ações
Os valores característicos das ações (Fk) podem ser reduzidos, em função da 
combinação de ações, tanto para o ELU quanto para o ELS. No ELU, o valor 
reduzido ψ0Fk considera muito baixa a probabilidade de ocorrência simultânea 
dos valores característicos de duas ou mais ações variáveis de natureza dis-
tinta. No ELS, os valores reduzidos ψ1Fk e ψ2Fk estimam valores frequentes e 
quase permanentes de uma ação variável que acompanha uma ação principal 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2014).
Veja na Tabela 4, da ABNT NBR 6118:2014, os fatores de combinação, 
para o ELU, e de redução, para o ELS, para as ações variáveis. Os valores para 
casos especiais não contemplados nessa tabela estão disponíveis na ABNT 
NBR 8681:2003.
Concreto armado142
U3_C09_ Concreto armado.indd 142 09/06/2017 17:12:55
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2014, p. 65). 
Ações
γf2
ψ0 ψ1
a ψ2
Cargas 
acidentais de 
edifícios
Locais em que não há 
predominância de pesos 
de equipamentos que 
permanecem fixos por 
longos períodos de 
tempo, nem de elevadas 
concentrações de pessoasb
0,5 0,4 0,3
Locais em que há 
predominância de pesos 
de equipamentos que 
permanecem fixos por 
longos períodos de 
tempo, ou de elevada 
concentração de pessoasc
0,7 0,6 0,4
Biblioteca, arquivos, 
oficinas e garagens
0,8 0,7 0,6
Vento Pressão dinâmica do vento 
nas estruturas em geral
0,6 0,3 0
Temperatura Variações uniformes de 
temperatura em relação 
à média anual local
0,6 0,5 0,3
a Para os valores de ψ1 relativos às pontes e principalmente para os problemas de 
fadiga, ver Seção 23.
b Edifícios residenciais.
c Edifícios comerciais, de escritórios, estações e edifícios públicos.
 Tabela 4. Fatores de combinação e de redução das ações variáveis. 
143Segurança e estados limites: ações em estruturas de concreto armado
U3_C09_ Concreto armado.indd 143 09/06/2017 17:12:55
Coeficientes de ponderação das resistências (γm)
Encontramos os valores das resistências de cálculo ( fd) dos materiais (aço e 
concreto) utilizando a seguinte expressão (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas, 2003):
f
d
 = 
f
k
γ
m
em que:
fk = resistência característica ( fck para o concreto e fyk para o aço);
γm = coeficiente de ponderação das resistências (γc para o concreto e γs 
para o aço).
Veja os valores dos coeficientes de ponderação das resistências para o 
concreto e para o aço no ELU na Tabela 5, retirada da ABNT NBR 6118:2014, 
de acordo com o tipo de combinação última. Para o ELS, admite-se que 
γm = 1, pois as resistências não necessitam de minoração nesse caso.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2014, p. 71). 
Combinações
Concreto
γc
Aço
γs
Normais 1,4 1,15
Especiais ou de construção 1,2 1,15
Excepcionais 1,2 1,0
 Tabela 5. Coeficientes de ponderação das resistências no ELU. 
A condição de segurança que deve ser respeitada para os estados limites 
últimos (ELU) é dada por:
Rd ≥ Sd
Obtemos os valores de cálculo dos esforços resistentes (Rd) utilizando os 
valores de cálculo das resistências dos materiais ( fd) definidos em projeto. 
Encontramos os valores de cálculo dos esforços solicitantes (Sd) por meio dos 
valores de cálculo das ações (Fd), abordados no item anterior.
Concreto armado144
U3_C09_ Concreto armado.indd 144 09/06/2017 17:12:56
A condição de segurança que deve ser respeitada para os estados limites 
de serviço (ELS) é dada por:
Sd ≤ Slim
A abordagem é diferente do ELU, pois os estados limites de serviço (ELS) 
são atingidos com solicitações menores do que a estrutura pode suportar até 
a falha. Definimos, então, um valor limite para os esforços atuantes (Slim), 
o qual deve ser menor do que o valor de cálculo dos efeitos estruturais de
interesse (Sd). Lembre-se de que o coeficiente de ponderação das ações para
o ELS vale γf = 1.
145Segurança e estados limites: ações em estruturas de concreto armado
U3_C09_ Concreto armado.indd 145 09/06/2017 17:12:57
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6118:2014. Projeto de 
estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6120:1980. Cargas para o 
cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 1980.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8681:2003. Ações e se-
gurança nas estruturas – procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
PFEIL, W. Concreto armado 1: introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
O vídeo apresenta as principais características das combinações de ações no estado limite último 
e no estado limite de serviço. Assista!
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EXERCÍCIOS
1) As causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas são chamadas de 
ações. Conforme os exemplos de ação e sua classificação, assinale a alternativa 
correta. 
A) O peso próprio dos elementos estruturais é considerado uma ação permanente direta e o 
peso próprio dos revestimentos, uma ação permanente indireta.
B) A mobília e a circulação de pessoas em um edifício residencial podem ser consideradas 
uma ação permanente, pois sempre vão ocorrer sobre a estrutura.
C) Variações de temperatura podem ser consideradas ações variáveis sobre a estrutura.
D) A ação do vento em edifícios altos pode ser considerada uma ação excepcional, já que seu 
carregamento atinge valores mais importantes.
E) A ação de enchentes é considerada uma ação variável, já que ocorrem, normalmente, 
somente em determinadas épocas do ano.
2) Com relação aos estados limites e aos critérios de segurança das edificações, assinale 
a resposta correta. 
As combinações do estado limite de serviço são utilizadas para o dimensionamento das A) 
estruturas ao colapso.
B) As deformaçõessão analisadas somente nos estados limites de serviço.
C) Para combinações no estado limite último, o valor característico da resistência do concreto 
armado deve ser superior ao valor de cálculo das solicitações.
D) Para verificações de estados limites de serviço, o valor de cálculo da combinação das 
ações deve ser inferior ao valor limite adotado para seu efeito.
E) Os valores de combinações no estado limite de serviço serão sempre superiores às 
combinações no estado limite último.
3) Com relação aos tipos de carregamentos, assinale a afirmação correta. 
A) Os carregamentos especiais possuem duração pequena em relação ao período de vida da 
construção e provêm de ações variáveis com intensidade e natureza especiais.
B) Os carregamentos normais são transitórios, devendo sua duração ser definida de acordo 
com cada caso.
C) Os carregamentos excepcionais possuem longa duração em relação ao período de vida da 
construção e provêm de ações excepcionais.
D) Quando provêm de ações durante a fase construção da edificação, considerados somente 
nos casos em que exista risco de ocorrência de algum estado limite, são classificados como 
carregamentos especiais.
E) Os carregamentos excepcionais são considerados apenas nos estados limites de serviço.
4) 
Com relação às combinações de ações no estado limite último e no estado limite de 
serviço e seus coeficientes de ponderação e redução, assinale a alternativa correta. 
A) As combinações últimas normais e as combinações últimas de construção ou especiais se 
diferem apenas pelo coeficiente ψ, que é ψ0 para as combinações normais últimas e pode 
ser ψ0 ou ψ1 para as combinações últimas de construção ou especiais.
B) Nas combinações últimas excepcionais, a ação excepcional é a ação variável principal e é 
majorado pelo coeficiente γq.
C) Nas combinações quase permanentes de serviço, as ações permanentes são tomadas nos 
seus valores característicos, nessas combinações não há ação variável principal, todas as 
ações variáveis são reduzidas por um fator de redução.
D) Nas combinações frequentes de serviço, existe uma ação variável principal considerada no 
seu valor característico e as demais consideradas em seus quase permanentes.
E) Nas combinações raras de serviço, a variável principal se encontra em seu valor 
característico, enquanto as demais ações variáveis são consideradas em seus valores 
frequentes, pela multiplicação por ψ2.
5) Uma viga de um edifício residencial está submetida a um carregamento linear de 20 
kN/m. Estima-se que 60% desta carga seja de natureza permanente e 40% acidental. 
A seção transversal da viga é retangular com bw = 20 cm e h = 40 cm e para o seu 
peso próprio é considerado um peso específico do concreto armado de 25 kN/m3. 
Assinale a alternativa correta quanto ao valor de carregamento solicitante a ser 
considerado nessa viga, conforme a combinação. As ações devem ser consideradas 
separadamente e com efeito desfavorável. 
A) Para combinação normal última o valor de carregamento solicitante é de 30,8 kN/m.
Para a combinação quase permanente de serviço o valor do carregamento solicitante é de B) 
18 kN/m.
C) Para a combinação frequente de serviço o valor do carregamento solicitante é de 18,8 
kN/m.
D) Para a combinação rara de serviço o valor do carregamento solicitante é de 22 kN/m.
E) Para a combinação última excepcional o valor do carregamento solicitante é de 27,2 kN/m.
NA PRÁTICA
Os esforços de vento são definidos em função das dimensões da estrutura, da sua localização, 
das condições do terreno, da sua utilização e dos efeitos de vizinhança. Para edifícios altos, os 
cuidados na consideração dos efeitos do vento devem ser redobrados. Veja considerações 
importantes quanto às ações e à segurança de edifícios altos:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Programa computacional para verificação dos estados limites de serviço em vigas de 
concreto armado
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Concretagem: Dimensionamento e efeitos
APRESENTAÇÃO
Você sabia que para todos os tipos de estruturas se fazem necessários o dimensionamento/a 
dosagem do concreto? Do concreto para uma simples calçada até o concreto de um prédio, uma 
ponte ou outras estruturas mais robustas/complexas, a dosagem é fundamental, pois interfere 
diretamente na vida útil da estrutura.
Uma dosagem deficitária causa inúmeros problemas, como fissuras, infiltrações, deslocamentos, 
corrosão das armaduras/ferragens e, em casos mais graves, potenciais desmontes ou demolições 
prematuras.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre a dosagem de concreto e os efeitos de 
uma dosagem incorreta.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os tipos de dosagem de concreto: empírico e experimental.•
Relacionar a normatização específica para a dosagem de concreto.•
Reconhecer possíveis causas de uma dosagem de concreto incorreta.•
DESAFIO
Após fazer todas as escavações para a execução de uma fundação para a ampliação de uma 
residência, você verificou que irá precisar de 4m3 de concreto. Para solicitar esse volume de 
concreto, você precisa passar algumas informações/características, como as apresentadas a 
seguir:
Cimento: 
• Tipo: CPII – 32 
• Peso específico do cimento utilizado: γ = 3150 kg/m3
 
Agregado miúdo: areia 
• Tipo: areia média bem graduada 
• Peso específico: γ = 1620 kg/m3 
• Massa específica: γ = 2640 kg/m3 
• Módulo de finura: 2,6
 
Agregado graúdo: brita 
• Tipo: brita 1 (Dmáx = 19 mm) 
• Peso específico: γ = 1500 kg/m3 
• Massa específica: γ = 2880 kg/m3
 
Concreto: • Idade: 28 dias 
• Resistência à compressão: 26 MPa 
• Consistência do concreto fresco: bem mole 
• Abatimento: +/- 80 mm.
Utilizando o método ABCP para dosagem, determine, com base nos dados acima:
a) Fator água/cimento. 
b) Consumo de água. 
c) Consumo de cimento. 
d) Consumo de agregados: areia e brita. 
e) Traço definitivo. 
f) Quantitativo do consumo para 4 m3 de concreto em kg e em volume.
INFOGRÁFICO
Veja no fluxograma os passos da dosagem de concreto até a determinação da resistência 
característica.
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CONTEÚDO DO LIVRO
Para se fazer a dosagem de concreto é necessário primeiramente definir suas características de 
trabalhabilidade, a consistência do concreto fresco e as propriedades do concreto curado. São 
vários os métodos de dosagem (que podem ser empíricos ou experimentais), nos quais o 
objetivo é determinar da melhor maneira a quantidade de cada material sem perder as 
características solicitadas no projeto.
No capítulo a seguir, você conhecerá os métodos de dosagem empírica e experimental, bem 
como as normas regulamentadoras. Inicie a leitura no tópico Dosagem de concreto e vá até 
Efeitos.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
Alessandra Martins Cunha
André Luís Abitante
Caroline Schneider Lucio
Lélis Espartel
Ronei Tiago Stein
Vinicius Simionato
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
C756 Construção civil / Alessandra Martins Cunha ... [et al.]. – Porto 
 Alegre : SAGAH, 2017.
 352 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-048-1
 1. Construção civil. 2. Indústria da construção. I. Cunha, 
 Alessandra Martins. 
CDU 69
Concretagem: 
dimensionamento e efeitos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Identi� car os tipos de dosagem de concreto: empírico e experimental.
 Relacionar a normatização especí� ca para dosagem de concreto.
 Reconhecer possíveis causas de uma dosagem de concreto incorreta.
Introdução
Você sabia que para todos os tipos de estruturas se faz necessário o 
dimensionamento/dosagem do concreto? Esse processo é utilizado tanto 
para o concreto usado em uma simples calçada quanto para o concretoutilizado em um prédio, uma ponte ou outras estruturas mais robustas/
complexas. A dosagem interfere diretamente na vida útil da estrutura. 
Uma dosagem deficitária causa inúmeros problemas, como fissuras, 
infiltração, deslocamentos, corrosão das armaduras/ferragens. Em casos 
mais graves, pode gerar potenciais desmontes ou demolição prematura. 
Neste texto, você aprenderá sobre a dosagem de concreto e os efeitos 
de uma dosagem incorreta.
Dosagem de concreto
O concreto é um composto monolítico resultante de uma mistura (cimento, água, 
pedra, areia e aditivos). Essa mistura forma uma massa com plasticidade sufi -
ciente para que possa ser manuseada, transportada e lançada, a fi m de garantir 
a resistência necessária ao elemento a ser concretado.
A dosagem do concreto estabelece a quantidade, de modo racional, de cada 
componente. Esse processo obedece aos requisitos de resistência necessária 
e de moldabilidade do concreto fresco. 
Existem vários tipos de dosagem de concreto: a empírica e as experimen-
tais. A dosagem empírica, realizada sem procedimentos experimentais, é a 
chamada “receita de bolo”. Ela não leva em consideração as características 
dos ingredientes da massa, apenas a prática do construtor. Ainda é utilizada 
em obras pequenas e sua utilização, em geral, proporciona um gasto maior 
de materiais e não garante boa qualidade.
Já as dosagens experimentais ou racionais, como o próprio nome já diz, 
são realizadas em laboratórios (ou nas centrais de concreto). Nesses locais, se 
calcula racionalmente (e, por que não dizer, economicamente) cada elemento 
a ser utilizado no concreto.
Figura 1. Preparo de concreto dosado em laboratório.
Fonte: IvanRiver/Shutterstock.com
93Concretagem: dimensionamento e efeitos
Dosagem ou traço do concreto
O traço de concreto nada mais é do que a expressão da proporção dos ma-
teriais a ser utilizada para um determinado concreto com uma determinada 
resistência. Pode-se obter traço de concreto em volume de todos os materiais, 
só em volume dos agregados e em peso de todos os materiais.
De acordo com a ABNT NBR 12655:2015, 
[...] a composição de cada concreto de classe C15 ou superior, a ser utilizado 
na obra, deve ser definida, em dosagem racional e experimental, com 
a devida antecedência em relação ao início da concretagem da obra. O 
estudo de dosagem deverá ser realizado com os mesmos materiais e 
condições semelhantes àquelas da obra, tendo em vista as prescrições 
de projeto e as condições de execução. A dosagem do concreto deverá 
ser refeita sempre que houver mudança de marca, tipo ou classe de 
cimento, na procedência dos agregados e demais materiais.
Ao fazer um traço de concreto, você deve levar em consideração as condi-
ções de preparo do concreto, definidas pela ABNT NBR 12655:2015. Observe 
a classificação:
  Condição A: 
 ■ Aplicável às classes C10 a C80. O cimento e os agregados são medidos 
em massa; a água é medida em massa ou volume com dispositivo 
dosador e corrigida em função da umidade dos agregados.
  Condição B: 
 ■ Aplicável às classes C10 até C25. O cimento e os agregados são medi-
dos em massa; a água é medida em massa ou volume com dispositivo 
dosado e os agregados medidos em massa combinada com volume.
 ■ Aplicável às classes C10 até C20; O cimento e os agregados são 
medidos em massa; a água é medida em massa ou volume com 
dispositivo dosador e os agregados medidos em volume. A umidade 
do agregado miúdo é corrigida por meio da curva de inchamento 
estabelecida para o material utilizado.
  Condição C: 
 ■ Aplicável às classes C10 e C15. O cimento é medido em massa; os 
agregados e a água são medidos em volume. A quantidade de água 
é corrigida em função da estimativa de umidade dos agregados e da 
determinação da consistência do concreto. 
Construção civil94
Para a condição C, você deve adotar consumo mínimo de 350 kg de cimento.
Conceitos
Você já deve ter ouvido alguém falar uma frase como esta: “O concreto 25 
MPa será utilizado na laje”.
Mas você sabe o que ela quer dizer? E sabe o que são MPa, Fck, Mpa, resistência, 
corpo de prova, slump test e desvio padrão? 
Antes de prosseguir com os estudos, você irá conhecer e entender o que 
esses conceitos significam.
  Resistência: propriedade mecânica que o concreto tem de resistir à 
força, podendo ser à tração ou à compressão, atendendo ainda ao módulo 
de elasticidade.
  Fck: resistência característica do concreto à força de compressão/tração 
quando atinge a idade média de 28 dias.
  N (Newton): unidade de medida de força de pressão, distribuída uni-
formemente sobre uma área plana 1 m2.
  Pa (Pascal): 1 N = força aplicada a um corpo de massa igual a 1 kg a 
uma aceleração de 1 m/s² no mesmo sentido. 1 Pa = 1 kg f/m 
  MPa: (Mega Pascal) = 1.000.000 Pa = unidade utilizada para medir a 
resistência do concreto. 
  Corpo de prova: no Brasil, é uma peça moldada em formato cilíndrico, 
de 30 cm de altura por 10 cm de diâmetro, no momento da concretagem. 
É nessa peça que será aplicada a força necessária para que se tenha a 
ruptura, e, portanto, a comprovação da resistência do concreto.
  Slump test: teste de abatimento de tronco de cone = é um teste realizado 
para verificar a consistência, a fluidez do concreto e a uniformidade 
da trabalhabilidade. Geralmente é realizado poucos instantes antes do 
início da concretagem.
  25 Mpa: (usando o exemplo) esse valor (25) é o “tamanho” da força 
média a ser aplicada sobre o corpo de prova. Pode variar de acordo com 
95Concretagem: dimensionamento e efeitos
o SD (desvio padrão) utilizado para a amostragem. Em função desse 
desvio padrão, pode-se aceitar uma amostra com uma porcentagem 
maior ou menor (em torno de 5% do Fck esperado). Amostras fora dessa 
porcentagem devem ser descartadas.
  SD (desvio padrão): utilizado para indicar o grau de variação do Fck nas 
amostras de concreto (corpo de prova). O desvio padrão, nas dosagens 
experimentais, tem uma tabela com valores aceitáveis.
O desvio padrão é um tipo de controle de qualidade do concreto. É calculado em 
laboratório após a cura das amostras de concreto.
Dosagem
Para obter concreto resistente, você deve levar em consideração não só a 
qualidade dos materiais que irão compor a massa, mas também a dosagem. Ela 
é de suma importância, pois interfere diretamente no resultado do processo. 
Existem basicamente dois tipos de dosagem: empírica e experimental.
De acordo com a ABNT NBR 6118:2014, ao se fazer uma dosagem, se deve 
atender aos seguintes requisitos: 
  Classe de agressividade
  Fator água/cimento
  Desvio padrão
Classe de agressividade ambiental
É a quantidade de água da pasta em relação à massa de cimento. Essa quan-
tidade infl uencia diretamente as propriedades do concreto (trabalhabilidade, 
permeabilidade, porosidade, durabilidade e resistência à compressão). Quanto 
menor a relação água/cimento, maior a durabilidade da estrutura.
Construção civil96
 Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2014). 
Classe de 
agressividade 
ambiental Agressividade
Classificação 
geral do tipo 
de ambiente 
para efeito 
de projeto
Risco de 
deterioração 
da estrutura
I Fraca Rural Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana a,b Pequeno
III Forte Marinha a Grande
Industrial a,b
IV Muito forte Industrial a,c Elevado
Respingos 
de maré
Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda 
(um nível acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, 
cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais 
ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).
Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda 
(um nível acima) em obras em regiões de clima seco, com umidade relativa do ar 
menor ou igual a 65%, partes das estruturas protegidas de chuvas em ambientes 
predominantemente secos ou regiões onde chove raramente.
Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, 
branqueamentoem indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes e 
indústrias químicas.
 Tabela 1. Classe de agressividade ambiental. 
Fator água/cimento
É a quantidade de água da pasta em relação à massa de cimento. Essa quan-
tidade infl uencia diretamente as propriedades do concreto (trabalhabilidade, 
permeabilidade, porosidade, durabilidade e resistência à compressão). Quanto 
menor a relação água/cimento, maior a durabilidade da estrutura. Esse fato 
é dado pela expressão:
FAC: a/c
97Concretagem: dimensionamento e efeitos
Em que:
  FAC = Fator Água Cimento (resultado em porcentagem)
  A = Água (em volume)
  C = Cimento (em kg)
Desvio padrão
De acordo com a ABNT NBR 12655:2015, o desvio padrão é utilizado para 
indicar o grau de variação do Fck nas amostras de concreto (corpo de prova).
Desvio padrão desconhecido: utilizado quando não se tem referências 
estatísticas. Adota-se a condição C como condição de preparo do concreto, com 
consumo mínimo de 350 kg de cimento por m³, para concreto Classe = C15.
 Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015). 
Condição SD – Desvio padrão em MPa
A 4
B 5,5
C 7,0
 Tabela 2. Desvio padrão a ser adotado em função da condição de preparo de concreto, 
de acordo com a ABNT NBR 12655:2015. 
Desvio padrão conhecido: Quando o concreto for elaborado com os mes-
mos materiais, mediante equipamentos similares e sob condições equivalen-
tes, o valor do desvio padrão deve ser fixado com no mínimo 20 resultados 
consecutivos obtidos no intervalo de até 30 dias. Em nenhum caso o SD 
pode ser menor que 2 MPa (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2015).
Dosagem empírica 
Esse método utiliza o volume dos componentes como unidade de medida. 
Assim, a unidade pode ser baseada no volume de latas, carrinhos de mão ou 
padiolas e tem um traço fi xo que é passado de construtor para construtor. 
Esse tipo de dosagem ainda é utilizado em pequenas obras.
Construção civil98
Dosagem experimental
Existem diversos tipos de dosagens experimentais. Elas levam esse nome 
pois foram desenvolvidas em laboratório e se baseiam em estudos realizados 
por profi ssionais da área. O traço é desenvolvido por meio da avaliação da 
resistência e da trabalhabilidade. Assim, se gera um menor desvio padrão nas 
amostras e um menor custo fi nal do concreto. 
As dosagens experimentais de concreto mais conhecidas no Brasil são a 
ABCP e a IPT.
Dosagem ABCP: A dosagem ABCP foi desenvolvida na década de 1980 
pela Associação Brasileira de Cimento Portland. Devido a evoluções dos ma-
teriais desde aquela época, já não é um método utilizado para a determinação 
de um traço de concreto. 
A dosagem ABCP leva em consideração: tipo, massa específica e nível de resistência 
aos 28 dias do cimento (ex.: CP II 32 – 32 MPa aos 28 dias); análise granulométrica e 
massa específica dos agregados; dimensão máxima característica do agregado graúdo; 
consistência desejada do concreto fresco; e resistência de dosagem do concreto (fcj).
Exemplo da aplicação da dosagem ABCP:
99Concretagem: dimensionamento e efeitos
Solução:
1. Determinação da relação do fator água/cimento:
Para Fc28 = 25 Mpa → a relação do fator água/cimento se consegue por meio 
da curva de Abrams, que está em função da idade e da resistência mecânica 
desejada, assim como você pode ver na Figura 2:
Material Tipo
Peso específico 
= γ (kg/m3)
Massa 
específica = 
γ (kg/m3)
Cimento CPII – 32 3.150,00
Areia Areia média 
bem graduada
1.620 2.640
Brita Brita 1 (Dmáx 
= 19 mm)
1500 2.280
Concreto Idade Resistência à 
compressão (Mpa)
Consistência do 
concreto fresco
28 dias 25 Mole
Tabela 3. Definição das características do concreto a ser dosado.
Construção civil100
Portanto, o fator água/cimento é igual a 0,58.
2. Determinação do consumo de água:
Adotando um abatimento do tronco de cone de 90 mm e Dmáx de 19 mm, 
você pode obter o consumo aproximado de água a partir da tabela abaixo:
Figura 2. Gráfico de Abrams: relação do fator água/cimento em função da resistência à 
compressão.
Consumo de água aproximado, em l/m3
Abatimento 
(mm)
Dmáx de agregado graúdo
9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
40 a 60 220 195 190 185 180
60 a 80 225 200 195 190 185
80 a 100 230 205 200 195 190
 Tabela 4. Consumo de água. 
101Concretagem: dimensionamento e efeitos
3. Determinação do consumo de cimento:
Você pode obter a determinação do consumo de cimento por meio da 
fórmula:
Cc = 
Ca
a / c 
Assim:
Cc = 
200
0,58 Cc = 344,83 kg/m3→
Em que:
Cc= consumo de cimento (kg/m³)
Ca= consumo de água (tabelado) (l/m³)
a/c = fator água/cimento
4. Determinação do consumo dos agregados:
Depende do teor ótimo, da dimensão máxima do agregado graúdo e do 
módulo de finura da areia.
Você pode obter o consumo dos agregados por meio da tabela abaixo:
Construção civil102
Módulo 
de Finura
Dimensão máxima (mm)
9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
1,8 0,645 0,770 0,795 0,820 0,845
2,0 0,625 0,750 0,775 0,800 0,825
2,2 0,605 0,730 0,755 0,780 0,805
2,4 0,585 0,710 0,735 0,760 0,785
2,6 0,565 0,690 0,715 0,740 0,765
2,8 0,545 0,670 0,695 0,720 0,745
3,0 0,525 0,650 0,675 0,700 0,725
3,2 0,505 0,630 0,655 0,680 0,705
3,4 0,485 0,610 0,635 0,660 0,685
3,6 0,465 0,590 0,615 0,640 0,665
 Tabela 5. Consumo de agregado miúdo. 
Adotando o agregado miúdo, com módulo de finura = 2,6 e diâmetro 
máximo para o agregado graúdo = 19 mm, você obtém, na tabela acima, um 
volume de 0,690 m³. 
Assim, você pode calcular o consumo do agregado graúdo:
Cb = Vb × Mb
Cb = 0,690 × 1500 → Cb = 1035 kg/m3
Em que: 
Cb = consumo de brita, em kg/m³
Vb = volume de brita (tabelado) (l/m³)
Mb = peso específico da brita (kg/m³)
A obtenção do consumo do agregado miúdo se dá por:
Cálculo do volume a ser utilizado
103Concretagem: dimensionamento e efeitos
Vareia = 1 – +
Cc
γc
Cb
γb
Ca
γa
+
Vareia = 1 – +
344,83
3150
1035
2280
+
200
1000
Vareia = 1 – 0,760 → Vareia = 0,24 m3
Cálculo do consumo da areia:
Careia = Vareia × Mareia
Careia = 0,240 × 2660 Careia = 638,40 kg/m3→
Em que:
Vareia
Cc = consumo de cimento
Cb = consumo de brita
Ca = consumo de água
γa = massa específica da água
γb = massa específica da brita
γc = peso específico do cimento
5º – Apresentação do traço:
Cim : Areia : Brita : A/C
:
Careia
Cc
Ca/c
Cc
Cb
Cc
: 1 : 
638,40
344,83
: 
1035
344,83
: 
200
344,83
→
1 : 
O traço definitivo é:
1 : (1,85) : (3,00) : (0,58)
Dosagem IPT
É um método simples, efi ciente e muito divulgado no Brasil. Ele aceita a 
utilização do agregado disponível em obra, dispensando o estabelecimento de 
composição granulométrica geralmente estipulada por modelos teóricos. Além 
disso, leva em consideração a resistência característica do concreto aos 28 dias 
(fck), do diâmetro máximo dos agregados e da consistência do concreto. A 
Construção civil104
partir desses valores, obtém as proporções de areia e pedra britada para cada 
unidade de cimento, além da obtenção do fator água/cimento.
Exemplo de aplicação da dosagem IPT:
Material Tipo
Peso 
específico 
= γ (kg/m3)
Massa 
específica 
= γ (kg/m3) Observação
Cimento CPII – 32 3.150,00
Areia Areia 
média bem 
graduada
1.620 2.640 Módulo 
de finura: 
Mf = 2,6
Brita Brita 1 (Dmáx 
= 19 mm)
1.500 2.280
Concreto Idade Resistência à 
compressão 
(Mpa)
28 dias 25
 Tabela 6. Definição das características do concreto a ser dosado. 
Solução:
Por meio das tabelas a seguir, você pode obter o teor de argamassa e o 
fator água/cimento.
105Concretagem: dimensionamento e efeitos
Dmáx do 
agregado 
graúdo
Módulo de finura do agregado miúdo
Menor do 
que 2,4
Entre
2,4 e 2,6
Maior do 
que 2,8
9,5 55 57 59
19 50 52 54
25 46 48 50
38 43 44,5 46
50 37 39 41
76 333 34,5 36
102 30 31 32
152 27 28 29
 Tabela 7. Valores estimados para o teor de argamassa seca (α). 
Fcj (MPa)
Cimentos do tipo 
CP I, II, III e IV
CP V ARIClasse 25 Classe 32 Classe 40
10 0,79 0,89 0,96 0,96
15 0,64 0,74 0,81 0,81
20 0,53 0,63 0,71 0,71
25 0,45 0,55 0,62 0,62
30 0,38 0,48 0,56 0,56
350,32 0,42 0,50 0,50
 Tabela 8. Valores estimados para o fator água/cimento – x (l/kg). 
Construção civil106
Teor de argamassa → α = 53% (valor aproximado)
Fator água/cimento → x = 0,55
1º – Determinação do traço inicial (1:5)
Determinação da consistência →A consistência é definida pela relação 
água/ materiais secos (H), que pode ser relacionada com os termos do traço 
da seguinte maneira:
783 × (148 – Dmáx) + (163 – Dmáx) × S
4410 × γb
H = × 100
Em que:
S = abatimento do tronco do cone. Para o exemplo, se adotou S= 80 mm.
783 × (148 – 19) + (163 – 19) × 80
4410 × 2.280
H = × 100
H = 9%
Determinação do traço inicial
1 = : x
α × x 
H
– 1 :
x 
H
× (100 – α)
1 = : x
53 × 0,55 
9,0
– 1 :
0,55 
9,0
× (100 – 53)
1 : 2,2 : 2,8 : 0,55 → Traço inicial 
2º – Traço pobre (1: 3,5) → 1 : 1,6 : 1,9 : 0,55
3º – Traço rico (1: 6,5) → 1 : 2,4 : 2,9 : 0,55
Para saber mais sobre o processo, leia o capítulo 19 “Dosagem” do livro Tecnologia do 
Concreto (NEVILLE, 2013, p. 375-391).
107Concretagem: dimensionamento e efeitos
Efeitos
As falhas na fase de concretagem comprometem o desempenho da estrutura. 
Armadura exposta e vazios são os problemas mais comuns. Eles interferem 
diretamente na resistência e na durabilidade das estruturas. Porém, essas falhas 
só são detectadas quando ocorre a desforma da estrutura. 
Falhas severas comprometem a estrutura e podem causar o seu desmoronamento 
antes mesmo do término da obra. No entanto, quando não ocorre o comprometimento 
da estrutura, ela pode ser recuperada por meio de ações reparadoras.
Bicheiras ou nichos: são espaços vazios detectados após a desforma de 
uma estrutura de concreto armado. São ocasionados por várias causas. As mais 
comuns são falta de vibração ou falta de espaço suficiente para passagem dos 
agregados entre armaduras e formas.
Figura 3. Bicheira no concreto com exposição das ferragens. 
Fonte: Ajay PTP/Shutterstock.com
A não observância de alguns fatores contribui para a existência de falhas na 
execução da concretagem. A seguir, você pode ver os exemplos mais comuns:
Construção civil108
  Erro na definição do traço do concreto e/ou não atenção ao traço de-
finido em projeto.
  Erro de projeto no detalhamento da armadura.
  Perda da nata do concreto, causada por não se conferir a vedação da 
forma.
  Adensamento do concreto em excesso, que segrega os componentes do 
concreto. O tipo e a frequência de vibração são estipulados de acordo 
com o tipo de agregado e a armadura utilizada. 
  Excesso de água na dosagem antes da aplicação do concreto fresco e no 
acabamento (cura). No primeiro, causa a perda da resistência na qual 
foi dosado. Já no segundo causa a segregação dos materiais.
  Retirada das escoras e formas prematuramente.
  Cura inadequada.
  Erro na execução das ferragens, não utilizando a bitola adequada, o 
espaçamento e o cobrimento especificados em projetos.
Pode-se utilizar grautes e argamassas a fim de restaurar os espaços vazios e, em alguns 
casos, até mesmo fazer o cobrimento das armaduras que ficaram expostas.
A adoção de procedimentos específicos e boas práticas definem o sucesso ou não 
de uma concretagem. É preciso, por exemplo: definir qual o tipo de concreto a ser 
utilizado, a data da concretagem, a peça e o volume a ser executado; contratar alguns 
serviços necessários para uma boa concretagem (bomba lançadora de concreto, 
vibrador, concreto bombeável); ou, em alguns casos, evitar a realização da concretagem 
com concreto virado inlocco (como era feito antigamente e ainda hoje ocorre em 
pequenas construções).
109Concretagem: dimensionamento e efeitos
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6118:2014. Projetos de 
estruturas de concreto – Procedimentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2014. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR12655:2015. Concreto de 
cimento Portland –- Preparo, controle, recebimento e aceitação –- Procedimento. 
Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
LIMA, C. I. P. Tabela concreto. [S.l.]: Carlos Irapuama de P. Lima, [2010?]. Disponível em: 
<http://irapuama.dominiotemporario.com/doc/ TABELAS_CONCRETOS_E_ARGA-
MASSAS.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2017. 
NEVILLE, A. M. Dosagem. In: NEVILLE, A. M. Tecnologia do concreto. 2. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2013. cap. 19, p. 375-394.
Leituras recomendadas
ALLEN, E. Construções em concreto. In: ALLEN, E. Fundamentos da engenharia de 
edificações: materiais e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. cap. 13, p. 524-527.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Concreto: relação água/cimento. 
[S.l.]: ABCP, [2010?]. Disponível em: <http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/ 
upload/ativos/75/anexo/2relac.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CASTRO, M. Dosagem de concreto. [S.l.]: Castro, [2010?]. Disponível em: <http://mo-
emacastro.weebly.com/ uploads/5/7/9/8/57985191/cap_5_dosagem.pdf>. Acesso 
em: 13 fev. 2017.
CIMENTO.ORG. Efeito da qualidade da água no concreto. Brasília: Cimento.org, 2010. 
Disponível em: <http://cimento.org/efeito-da-qualidade-da-agua-no-concreto/>. 
Acesso em: 10 fev. 2017.
CONSTRUFACIL RJ. Concreto: dosagem, critérios e teste de resistência. Rio de Janeiro: 
ConstruFacil RJ, 2013. Disponível em: <https://construfacilrj.com.br/ dosagem-do-
-concreto-criterio-e-teste-de-resistencia/>. Acesso em: 10 fev. 2017.
CUNHA, A. M. Automatização do processo de dosagem do concreto: uma ferramenta 
de ensino. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) 
–Universidade Camilo Castelo Branco, Fernandópolis, 2008. 
CUSTÓDIO, M. Dosagem de concreto: definições fundamentais. [S.l.]: Mayara Custódio, 
[2010?]. Disponível em: <https://goo.gl/ pujCg9>. Acesso em: 14 fev. 2017.
FERREIRA, R. O traço. Goiás: PUC Goiás, [2010?]. Disponível em: <http://professor.pu-
cgoias.edu.br/SiteDocente/admin/ arquivosUpload/15030/material/puc_maco2_07_
traco.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2017.
110Concretagem: dimensionamento e efeitos
GLOBAL WOOD. Patologias do concreto: bicheiras. Curitiba: Global Wood, [2010?]. 
Disponível em: <http://globalwood.com.br/ patologias-do-concreto-bicheiras/>. 
Acesso em: 10 fev. 2017.
KATIUSCIA, I. Reparos em estruturas de concreto. [S.l.]: Dr. Faz Tudo, 2016. Disponível em: 
<http://drfaztudo.com.br/blog/2016/03/28/ reparos-em-estruturas-de-concreto/>. 
Acesso em: 13 fev. 2017.
MEDEIROS, M. H. F. Dosagem dos concretos de cimento Portland. Curitiba: UFPR, [2010?]. 
Disponível em: <http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/ images/2/2c/Dosagem_do_Con-
creto_-_Marcelo_Medeiros.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2017.
Construção civil111
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da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
O concreto de alto desempenho normalmente leva em sua composição adições mineirais (sendo 
os mais comuns a sílica ativa e o metacaulim) e aditivos superplastificantes. Esse concreto 
confere maior durabilidade, maior vida útil e melhor desempenho quando exposto aos meios 
altamente agressivos, além de atingir resistência entre 60 e 120 Mpa - inclusive há obras 
executadas em que a resistência superou 120 Mpa aos 28 dias.
É empregado em obras civis especiais (que exijam elevada resistência mecânica e/ou contenham 
elementos estruturais com seções esbeltas), obras hidráulicas e recuperação. São exemplos de 
aplicações: edifícios muito altos, pontes ou viadutos com extensão acentuada, monotrilhos, 
obras hidráulicas e estruturas off-shores (plataformas petrolíferas).
Acompanhe a Dica do professor!
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) A dosagem é a determinação racional da quantidade de água, cimento, brita e areia, 
obedecendo aos requisitos de resistência e moldabilidade do concreto fresco. Há 
basicamente dois tipos de dosagem: a empírica e a experimental. A dosagem empírica 
é realizada com base na experiência do construtor. A dosagem experimental é 
realizada com base em estudos em laboratório com ointuito de determinar os 
materiais do composto sem perder as características mecânicas de resistência e 
consistência. Com base nisso, explique a dosagem ABCP. 
A) A dosagem ABCP leva em consideração: o tipo, a massa específica e o nível de resistência 
aos 28 dias do cimento (ex.: CP II 32 - 32 MPa aos 28 dias); a análise granulométrica e a 
massa específica dos agregados; a dimensão máxima característica do agregado graúdo; a 
consistência desejada do concreto fresco; e a resistência de dosagem do concreto (Fcj).
Método que aceita a utilização do agregado disponível em obra, dispensando o B) 
estabelecimento de composição granulométrica geralmente estipulada por modelos 
teóricos.
C) Elaborado para concreto autoadensável, o método de dosagem Sedran (1996), a dosagem 
de finos é ajustada para acomodar materiais de origem local e a resistência do concreto. O 
conteúdo de superplastificante é feito para a obtenção de uma viscosidade aceitável usando 
o reômetro (instrumento de medida de escoamento dos fluidos) e o teste de slump.
D) Tem com principal consideração o preenchimento do vazio do esqueleto dos agregados 
graúdos pouco compactados com argamassa.
E) É uma dosagem para concreto com resistência entre 60 e 120 MPa.
Está finalizando a etapa de alvenaria, você precisa se programar quanto à próxima, 
que é a execução da concretagem dos pilares, vigas e laje. Porém irá dividir em duas 
sub-etapas: uma só para os pilares e outra só para as vigas e laje. 
 
Na etapa PILARES, serão: 
20 Pilares P1, nas dimensões 0,20m x 0,30m com altura de 4m e, 
10 Pilares P2, nas dimensões 0,25m x 0,40m com altura de 4m. 
Utilizando o Método ABCP para dosar seu concreto, obtém as seguintes 
características: 
 
Cimento: 
• Tipo : CPII – 32 
• Peso específico do cimento utilizado: γ = 3.111kg/m3 
 
Agregado Miúdo: Areia 
• Tipo : Areia média bem graduada 
• Peso específico: γ = 1620kg/m3 
• Massa específica: γ = 2640 kg/m3 
• Módulo de Finura: 2,4 
 
Agregado Graúdo:Brita 
2) 
• Tipo : Brita 1 (Dmáx = 19mm) 
• Peso específico: γ = 1500 kg/m3 
• Massa específica: γ= 2880 kg/m3 
 
Concreto: 
• Idade : 28 dias 
• Resistência a Compressão: 30 MPa 
• Consistência do concreto fresco: Mole 
• Abatimento = +/- 100mm 
 
Com base nestas características defina o traço Final.
A) 1 : 2,81 : 2,08 : 0,54.
B) 1 : 2,81 : 2,08 : 0,65.
C) 1 : 2,18 : 2,08 : 0,54.
D) 1 : 0,36 : 0,48 : 0,54.
E) 1 : 0,36 : 0,48 : 0,31.
Temos uma Tabela de Concreto, contendo traços de concreto mais utilizado e suas 
aplicações:
3) 
 
Massa específica dos materiais
MATERIAL
Massa específica 
(seca) (kg/l)
Massa específica 
aparente (kg/l)
Cimento 3,15 1,42
Seca 1,5 1,50
Úmida (5%) - 1,20Areia
Úmida (10%) - 1,15
Brita 2,65 1,3
 
 
Dadas as tabelas acima, planeja-se executar um piso, com espessura de 15cm, para um 
estacionamento de 120m2. Com base na TABELA CONCRETO, usando o traço 1 : 2,5 : 
3,5, calcule o consumo de materiais.
Cimento = 106,85 sacos; 
areia = 25 m3; 
brita 1 = 7,54 m3; 
brita 2 = 7,54 
A) 
m3; 
água = 3636,36 litros = 3,63m3.
B) Cimento = 105,5 sacos; 
areia = 11,91 m3; 
brita 1 = 7,94 m3; 
brita 2 = 7,94 m3; 
água = 5000 litros = 5m3.
C) Cimento = 105,5 sacos; 
areia = 11,91 m3; 
brita 1 = 3 m3; 
brita 2 = 4 m3; 
água = 3734,6 litros = 3,73m3.
D) Cimento = 105,5 sacos; 
areia = 11,91 m3; 
brita 1 = 7,94 m3; 
brita 2 = 7,94 m3; 
água = 3734,6 litros = 3,73m3; aditivo = 2 litros.
E) Cimento = 105,5 sacos; 
areia = 11,91 m3; 
brita 1 = 7,94 m3; 
brita 2 = 7,94 m3; 
água = 3734,6 litros = 3,73m3.
4) O que são bicheiras? 
A) São os vazios de concretagem que se manifestam em defeitos em pilares, vigas, lajes ou 
paredes, caracterizados por espaços não preenchidos no concreto. São detectados ao 
desformar uma estrutura de concreto armado.
B) São a pasta de cimento, areia e água suficientes para produzir uma consistência fluida, sem 
agregação de seus constituintes.
C) Referem-se à quantidade de água da pasta em relação à massa de cimento. Essa quantidade 
influencia diretamente nas propriedades do concreto.
D) Constituem o valor aceitável para a resistência em amostras de cimento.
E) Referem-se à graduação do agregado graúdo na composição do concreto.
5) O que é corpo de prova? 
A) É o material depositado em forma metálica cônica, em três camadas, adensadas 
igualmente. Tem a finalidade de determinar a consistência do concreto.
B) É o nicho formado após a retirada de fôrmas, por falha na execução da concretagem.
C) É a prova de carga realizada para saber a resistência do concreto.
D) É uma amostra moldada em formato cilíndrico, de 30 cm de altura por 10 cm de diâmetro, 
no momento da concretagem.
E) É utilizado para medir os materiais que compõem a mistura de concreto.
NA PRÁTICA
Concreto leve
Atualmente, existem muitos tipos de concreto, feitos com diversos tipos de materiais e para as 
mais diversas aplicações. E, para atender a essas necessidades, foram desenvolvidos vários tipos 
de dosagens. Com o intuito de diminuir o peso das estruturas e diminuir o custo, estudiosos 
desenvolveram um concreto mais leve que leva em sua composição a argila expandida, a qual 
contribui com características como o isolamento termo-acústico, que proporciona leveza com 
resistência, inércia química, estabilidade bidimensional e incombustibilidade.
 
Os concretos leves caracterizam-se pela redução da massa específica em relação aos concretos 
convencionais, consequência da substituição de parte dos materiais sólidos por ar. Podem ser 
classificados em concreto com agregados leves, concreto celular e concreto sem finos.
Os concretos leves estruturais são obtidos pela substituição total ou parcial dos agregados 
convencionais por agregados leves. De modo geral, são caracterizados por apresentar massa 
específica aparente abaixo de 2000 kg/m3.
Alguns detalhes são levados em consideração quando é determinada a utilização de concreto 
leve, adotando argila expandida como agregado miúdo:
 
■     Granulometria – 6/15 mm (equivalente à brita 0).
■    Densidade aparente = 600 kg/m3.
■    Para obras de fundação, além da redução do peso, pois 
possui massa específica próxima de 1800 kg/m3, seu custo se 
mostra vantajoso em comparação ao custo do concreto convencional 
com massa específica normal (em torno de 30% menor).
■    Melhora o desempenho termo-acústico e a resistência ao 
fogo.
■    Boa trabalhabilidade, facilitando a aplicação com maior 
agilidade.
■    Menor sobrecarga nas estruturas pelo peso próprio.
■    Menor módulo de elasticidade.
■    Excelência na durabilidade.
 
Foram desenvolvidos alguns traços, a depender de cada tipo de finalidade, conforme mostrado a 
seguir:
 
Traços de concreto leve em relação ao tipo de aplicação.
 
 
Aplicações do concreto leve
O concreto leve divide-se em dois tipos: estrutural e de enchimento.
No uso estrutural, é empregado para reduzir o peso próprio da estrutura. É uma solução muito 
vantajosa para a execução de obras com grandes vãos, como pontes, lajes e coberturas, bem 
como em elementos flutuantes, como docas e plataformas petrolíferas (embora no Brasil não se 
costume usar o concreto leve em plataformas flutuantes).
 
Por exemplo, em Dubai, que é um lugar muito quente, utiliza-se um concreto com agregado leve 
como agente interno de cura, facilitando esse processo e aumentando a vida útil da estrutura.
Na Europa, o concreto leve é muito utilizado para reduzir, durante o inverno, o gasto energético 
com sistemas de aquecimento, pois é um isolante térmico e mantém a temperatura ambiente.
Já no uso do concreto leve como enchimento, procura-se atender às exigências específicas da 
obra. Pode ser usado como enchimento de lajes, na fabricação de blocos de concreto, na 
regularização de superfícies e no envelopamento de tubulações.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Fazendotraço 3 por 1 na betoneira de 400 litros - dosagem empírica
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Dosagem do Concreto (Método IPT/EPUSP)
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Dosagem do concreto
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Estudo da dosagem do concreto - método ABCP
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Concretagem e cura do concreto
APRESENTAÇÃO
Esta unidade de ensino irá tratar de uma das etapas mais críticas para todo tecnologista do 
concreto, a concretagem. Todo o processo de dosagem realizado em laboratório pode perder sua 
validade no momento da concretagem. Etapa que exige um número de operários bem 
significativo, ou até equipamentos pesados para sua realização. Alguns cuidados devem ser 
tomados nesse momento, portanto é importante conhecê-los. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar o que é concretagem.•
Classificar as etapas da concretagem.•
Identificar atitudes corretas e incorretas.•
DESAFIO
Atualmente, o concreto virado em obra tem sido substituído pelo dosado em central. A 
qualidade e o maior controle da conformidade permite uma segurança a mais para o 
consumidor. A maior parte das obras tem uma aplicação do concreto intermitente, o que faz com 
que o cronograma seja facilmente cumprido nas entregas das concreteiras. A quantidade de 
empresas realizando esse serviço é relativamente grande para as maiores cidades. Desde já para 
o futuro profissional, vale a pena ficar atento para as opções de sua região e do Brasil. 
Você está em uma entrevista de emprego e seu futuro chefe lhe pergunta se você sabe quais as 
principais concreteiras atuantes no Brasil e se as mesmas atuam em sua região. Quais são elas?
INFOGRÁFICO
Para facilitar seu aprendizado, use o infográfico.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Para que possamos entender sobre a concretagem, devemos dar atenção aos meios práticos de 
produção do concreto fresco e do lançamento nas fôrmas de maneira que possa endurecer, 
tornando-se um material estrutural ou de construção, ou seja, o concreto endurecido.
Para aprofundar ainda mais seu conhecimento, acompanhe o capítulo Concretagem e Cura do 
Concreto do livro Materiais de Construção que norteia as discussões presentes nesta Unidade.
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO
André Luis Abitante
Ederval de Souza Lisboa
Gustavo Alves G. de Melo
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
L769m Lisboa, Ederval de Souza.
Materiais de construção : concreto e argamassa 
[recurso eletrônico] / Ederval de Souza Lisboa, Edir dos 
Santos Alves, Gustavo Henrique Alves Gomes de Melo. 
– 2. ed. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
Editado como livro impresso em 2017.
ISBN 978-85-9502-013-9
1. Materiais de construção. 2. Concreto. 3. 
Argamassa. Engenharia. I. Alves, Edir dos Santos. II. Melo, 
Gustavo Henrique Alves Gomes de. III. Título. 
CDU 691.3:62
Concretagem e cura 
do concreto
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Explicar o que é cura.
 � Identificar os principais fatores que influenciam o processo de
cura.
 � Diferenciar os efeitos da água de amassamento e o ataque ao
concreto endurecido por águas agressivas.
Introdução
Neste texto você vai conhecer uma das etapas mais críticas para todo 
tecnologista do concreto, a concretagem, pois todo o processo de 
dosagem realizado em laboratório pode perder sua validade no mo-
mento da concretagem. Trata-se da etapa que exige um número de 
operários bem significativo, ou até equipamentos pesados para sua 
realização. Alguns cuidados devem ser tomados nesse momento, 
portanto, é importante conhecê-los.
Concretagem
A concretagem é a etapa final de um ciclo de execução da estrutura e, embora 
seja a de menor duração, necessita de um planejamento que considere os di-
versos fatores que interferem na produção, visando ao melhor aproveitamento 
de recursos. Basicamente, as etapas da concretagem podem ser resumidas nos 
itens detalhados a seguir.
Transporte para obra
É o tipo procedimento que ocorre quando o concreto é preparado em usina e 
depois transportado para a obra, pode ser efetuado de duas maneiras:
Caminhão basculante comum: é o tipo de transporte inadequado, 
visto que pode haver perda de material por não serem caminhões per-
feitamente estanques. Pode haver segregação devido à falta de agitação 
do material, além de perdas por exsudação, evaporação durante o trans-
porte, trajetos com pisos irregulares, etc. Outro inconveniente é a descarga 
do material que é feita de forma inconveniente visto que a abertura da 
caçamba não é apropriada.
Caminhões betoneira: são normalmente misturadores e agitadores, 
dependendo da velocidade de rotação da betoneira. Quando as rotações 
são de 6 a 15 rpm são agitadores, quando de 16 a 20 rpm, misturadores. 
Quando os caminhões têm dupla finalidade, a mistura pode ser termina-
da na obra. Quando o material sai da usina com velocidade de agitação 
pode-se fazer uma remistura rápida na obra. Outra maneira é executar a 
adição da água somente na obra, exigindo, entretanto, um controle mais 
rigoroso neste aspecto. O transporte pode ocorrer em tempos de noventa 
minutos ou mais dependendo da experiência do operador.
Recomenda-se que o intervalo transcorrido entre o instante em que a água 
de amassamento entra em contato com o cimento e o final da concretagem 
não ultrapasse 2 horas e 30 minutos, salvo condições específicas, influências 
de condições climáticas ou de composições do concreto.
Problemas decorrentes do transporte 
Alguns dos problemas mais importantes são: 
 � Hidratação do cimento que pode ocorrer devido às condições ambientes e 
à temperatura. 
 � Evaporação da água devido também a fatores ambientais.
 � Absorção por parte do agregado, em especial da argila expandida. Neste 
caso, é conveniente a sua saturação antecipada. 
 � Trituração que ocorre com a agitação do material friável. A areia modifica 
o módulo de finura ao passo que a brita pode-se transformar em areia. Em 
qualquer dos casos há necessidade de se alterar o teor de água para evitar 
a perda de trabalhabilidade.
Materiais de construção: concreto e argamassa136
Transporte dentro da obra
É o transporte após a descarga do concreto pela betoneira. Podem ser distân-
cias pequenas ou grandes dependendo unicamente da obra em questão.
Transporte manual 
Pode ser realizado por meio de caixas ou padiolas com peso compatível a este 
tipo de transporte, com no máximo 70 kg, sendo necessário, neste caso, o tra-
balho de duas pessoas (Fig. 1). São também usados baldes que podem ser içados 
por cordas facilitando o transporte vertical. A produção com esse tipo de trans-
porte é muito baixa, sendo somente admissível em obras de pequeno porte.
Figura 1. Caixas de transporte.
Transporte com carrinhos e giricas 
Existem diversos tipos de carrinhos de mão de uma roda (Fig. 2), ou giricas, 
de duas rodas. Para utilizá-los, você precisa dispor de caminhos apropriados 
sem rampas acentuadas. Deve-se usar carrinhos com pneus, de modo a evitar 
tanto a segregação, como a perda do material. O transporte vertical em casos 
de grande altura deve ser efetuado por elevadores ou guinchos. Existem ca-
çambas elevatórias associadas à elevadores que proporcionam uma maior ra-
pidez nesse transporte.
Concretagem e cura do concreto 137
Figura 2. Carrinho de mão.
Transporte com gruas, caçambas e guindastes 
Existem caçambas especiais para concreto com descarga de fundo e que são 
acionadas hidraulicamente. Essas caçambas são transportadas por gruas ou 
guindastes e o tempo de aplicação depende da carga, transporte e descarga (Fig. 
3). Um dos limitadores é a capacidade da grua tanto na altura quanto na carga.
Figura 3. Caçamba e grua.
Materiais de construção: concreto e argamassa138
Transporte por esteiras 
É feito pelo deslocamento de esteiras sobre roletes, podendo sertransportado 
por diversas distâncias. As esteiras podem ser articuláveis, o que permite o 
transporte para diversos pontos, e inclinadas, desde que não com ângulos 
muito altos. Na descarga deve haver um aparador para evitar a perda de 
material, assim como um funil para permitir uma remistura dos agregados 
(Fig. 4). Alguns cuidados devem ser tomados com relação à velocidade, 
visto que um aumento dela permite um maior contato com o ar, aumentando 
assim a evaporação. A temperatura ambiente pode afetar a qualidade do 
concreto transportado. 
Figura 4. Esteira de transporte.
Bombeamento 
Transporte por meio de tubulações sob efeito de algum tipo de pressão que 
pode ser por ar comprimido, tubos deformáveis ou pistão. As maneiras mais 
eficientes são a primeira e a última. O sistema por ar comprimido tem uma 
perda significativa nas juntas das tubulações, o que pode afetar a produtivi-
dade. O sistema de mangueiras deformáveis é muito demorado. O sistema 
mais utilizado é o de pistões. No sistema de ar comprimido o concreto é lan-
çado dentro da tubulação por um sistema de válvulas e gaxetas e impulsio-
nado pela pressão do ar. No sistema de mangueira deformável o concreto é 
lançado na tubulação e por meio da pressão de roletes nos tubos. O sistema 
por pistões funciona também com um sistema de válvulas e gaxetas. 
Concretagem e cura do concreto 139
O concreto é lançado na tubulação por um sistema de pistões e após essa 
operação uma válvula fecha a entrada e libera outro pistão, que impulsiona o 
concreto para a tubulação. Os ciclos se invertem recomeçando o processo. As 
tubulações são rígidas, ligadas por um sistema de engate rápido, terminando 
em um tubo flexível para a distribuição do concreto (Fig. 5). 
O diâmetro mais utilizado é de 125 mm, mas existem outros. Você deve 
adotar alguns cuidados na execução do concreto. Por exemplo, o diâmetro do 
agregado não deve ser maior que 1/3 do diâmetro do tubo. 
O concreto deve ter slump de 8 a 10 cm com no mínimo 60% de arga-
massa. O concreto desloca-se dentro da tubulação de forma constante, de-
vendo haver uma película lubrificante entre a tubulação e a massa, que é ob-
tida com a introdução na tubulação de uma nata de cimento antes do início 
da concretagem. Qualquer obstrução na tubulação deve ser imediatamente 
eliminada, de modo a não permitir que o concreto endureça. A concretagem 
deve começar do ponto mais distante da tubulação com a retirada dos tubos 
que vão se tornando desnecessários. Em algumas concretagens se faz neces-
sária a introdução de válvulas de retenção para impedir a volta do concreto.
Figura 5. Sistema de bombeamento.
Lançamento 
É o processo de colocação do concreto nas formas (Fig. 6). O principal cui-
dado é evitar que o material se separe. Algumas indicações são:
Materiais de construção: concreto e argamassa140
 � Evitar o arrasto à distâncias muito grandes para não provocar a perda de 
materiais durante o arrasto. 
 � Evitar o lançamento de grandes alturas, também para evitar a segregação. 
As alturas máximas são de até 2 metros. É aconselhado o uso de calhas 
ou mangotes, tomando o cuidado de se fazer aberturas laterais nas formas 
110, em caso de grandes alturas.
Figura 6. Lançamento.
Adensamento 
É a operação que procura a eliminação dos vazios que possam ocorrer du-
rante o lançamento, tornando a mistura mais compacta, menos permeável e, 
portanto, mais eficaz. O adensamento depende fundamentalmente da traba-
lhabilidade do material. Algumas peças exigem adensamento lento e concreto 
fluido, ao passo que outras permitem concreto menos plástico e com adensa-
mento mais enérgico. As formas de adensamento são o adensamento manual 
e o adensamento mecânico. 
Adensamento manual 
Pode ser feito com peças de madeira ou barras de aço que atuam como so-
quete e empurram o concreto para baixo, expulsando o ar incorporado e eli-
minando os vazios. E um processo que exige certos cuidados e experiência. 
Você precisa ter cuidado especial no enchimento de peças de grande altura 
Concretagem e cura do concreto 141
como pilares e cortinas. Nestes casos é preciso acompanhar o enchimento 
com batidas de martelo na forma, de modo a escutar onde possam ter ficado 
espaços vazios. É um processo que só deve ser usado em casos de emergência 
ou em locais de pouca importância, devido à dificuldade de um correto aca-
bamento. 
Adensamento mecânico 
É o processo em que se usa, na maioria dos casos, vibradores de agulha 
imersos na massa de concreto, que o espalham (Fig. 7). A agulha é uma peça 
metálica fixada na extremidade de uma mangueira flexível dentro da qual 
gira em um eixo ligado à uma ponteira de aço dentro da agulha, que sendo ex-
cêntrica bate nas paredes da mangueira provocando a vibração. Os vibradores 
têm um raio de ação, ou seja, só provocam o adensamento com eficiência se 
agirem em camadas subsequentes e adjacentes (Quadro 1). 
Figura 7. Adensamento mecânico.
Diâmetro da agulha 
(mm)
Raio de ação
(cm)
Distância de vibração 
(cm)
25 a 30 10 15
35 a 50 25 38
50 a 75 40 60
Quadro 1. Área de atuação de algumas agulhas.
Materiais de construção: concreto e argamassa142
No adensamento mecânico, você deve estar atento para as seguintes 
questões: 
 � Vibrações longas ocasionam segregação com o abaixamento do material 
mais graúdo e a subida da nata do concreto.
 � Vibração em camadas não superiores ao comprimento da agulha espes-
suras máximas de 40 a 50 cm. 
 � As distâncias máximas de vibração de 6 a 10 vezes o diâmetro da agulha, 
ou 1,5 vez o raio de ação. 
 � Vibração por curtos períodos e espaçamentos pequenos. 
 � Vibração afastada das formas.
 � Ângulo de inclinação da agulha entre 45º e 90º, sendo o último o mais 
eficiente. 
 � Procedimentos lentos e constantes, evitando períodos longos em um 
mesmo ponto que pode ocasionar o afastamento dos agregados graúdos. 
Um bom indicativo da intensidade de vibração é o aparecimento de uma su-
perfície brilhante e isto é um indicativo de que a água está começando a separar-
-se dos agregados, devendo então ser terminado o processo. Outro indicativo é 
o respingo da nata na agulha, que indica também o excesso de vibração.
Cura 
A cura do concreto é uma operação que pretende evitar a retração hidráulica 
e garantir a continuidade das reações de hidratação do cimento nas primeiras 
idades do concreto, quando sua resistência ainda é pequena. Depois do início 
da pega ocorrem quatro tipos de retração:
 � Antógena - que é a redução do volume da pasta. 
 � Hidráulica - que é a perda de água não fixada ao cimento. 
 � Térmica - que ocorre pela reação exotérmica da hidratação do concreto. 
 � Carbonatação - que é a formação de carbonato de cálcio por reação da 
cal livre com o oxido de carbono do ar. É a menos significativa por ser 
muito lenta.
De um modo geral, pode-se dizer que a contenção das retrações hidráu-
lica e térmica podem minimizar o efeito da primeira. A retratação térmica é 
controlada pela diminuição da temperatura e a hidráulica pela perda de água 
do concreto. 
Concretagem e cura do concreto 143
O cuidado com as proteções nos primeiros dias permite um aumento na 
capacidade resistente do concreto neste período, e consequentemente uma di-
minuição na retração do material. 
Alguns procedimentos de proteção podem ser:
 � Molhar a superfície exposta diversas vezes nos primeiros dias após a con-
cretagem (Fig. 8). 
 � Proteger com tecidos umedecidos (Fig. 9).
 � Fazer emulsões que formem películas impermeáveis e impeçam a saída 
d’água (cura química) (Fig. 10).
Figura 8. Molhar a superfície.
Figura 9. Aplicação de tecidos umedecidos.
Materiais de construção: concreto e argamassa144
Figura 10. Aplicação de emulsões.
1. Qual dos tipos de betoneira abaixo 
apresentados NÃO existe.
a) Pivotantes.
b) Basculante.
c) Planetária.
d) Tambor duplo.
e) Contínuas.
2. A etapa de transporte NÃO é reali-
zada com o uso de:
a) Carrinho de mão.
b) Giricas.
c) Caçambas para concreto.
d) Bombas.
e) Enxada.
3. O lançamentoe adensamento do 
concreto:
a) Deve ser realizado longe do 
ponto de aplicação.
b) Não deve utilizar anteparos.
c) Não deve ser realizado em super-
fícies inclinadas.
d) Quando necessário deve utilizar a 
tremonha.
e) Não deve levar em consideração 
a segregação.
4. Durante a concretagem:
a) O arrasamento deve ser manual.
b) O transporte deve ser realizado 
por vibradores.
c) O lançamento deve ser realizado 
em camadas finas e uniformes.
d) Deve-se realizar impactos vigo-
rosos na forma para adensar o 
concreto.
e) Deve-se lançar o concreto incli-
nado para evitar a segregação.
5. O concreto projetado NÃO é utili-
zado em:
a) Cascas.
b) Barragens.
c) Túneis.
d) Reparos em concreto.
e) Estabilização de taludes.
Concretagem e cura do concreto 145
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7212:2012. Execução de con-
creto dosado em central – procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2012. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12655:2015. Concreto de ci-
mento Portland – preparo, controle, recebimento e aceitação – procedimento. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2015. 
ASSOCIAÇÃO BRASEILIERA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15823-2:2010. Concreto 
auto-adensável. Parte 2: Determinação do espalhamento e do tempo de escoamento – Mé-
todo do cone de Abrams. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 47:2002. Concreto – De-
terminação do teor de ar em concreto fresco – Método pressométrico. Rio de Janeiro: ABNT, 
2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR MN 67:1998. Concreto – de-
terminação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro: ABNT, 1998. 
NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016. 
Leituras recomendadas
Materiais de construção: concreto e argamassa146
 
DICA DO PROFESSOR
Use a dica do professor para conhecer mais sobre concretagem.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) Qual dos tipos de betoneira abaixo apresentados não existe. 
A) Pivotantes
B) Basculante
C) Planetária
D) Tambor duplo
E) Contínuas
2) A etapa de transporte não é realizada com o uso de: 
A) Carrinho de mão
B) Giricas
C) Caçambas para concreto
D) Bombas
E) Enxada
3) O lançamento e adensamento do concreto: 
A) Deve ser realizado longe do ponto de aplicação
B) Não deve utilizar anteparos
C) Não deve ser realizado em superfícies inclinadas
D) Quando necessário deve utilizar a tremonha
E) Não deve levar em consideração a segregação
4) Durante a concretagem: 
A) O arrasamento deve ser manual
B) O transporte deve ser realizado por vibradores
C) O lançamento deve ser realizado em camadas finas e uniformes
D) Deve-se realizar impactos vigorosos na forma para adensar o concreto
E) Deve-se lançar o concreto inclinado para evitar a segregação
5) O concreto projetado não é utilizado em: 
A) Cascas
B) Barragens
C) Túneis
D) Reparos em concreto
E) Estabilização de taludes
NA PRÁTICA
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
NEVILLE, A. M. BROOKS, J. J. Tecnologia do Concreto. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Aula Concretagem
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Materiais: Aços para Armadura
APRESENTAÇÃO
O concreto armado se tornou um material largamente difundido na construção civil devido à 
atuação conjunta do aço e do concreto para resistir às solicitações impostas. A facilidade no 
molde do concreto e a resistência do aço permitem a realização das mais diversas formas 
arquitetônicas e seu funcionamento é garantido pela aderência entre os dois materiais. Ao 
contrário do concreto, que pode possuir elevada resistência à compressão, mas muito baixa 
resistência à tração, o aço possui elevada resistência tanto à tração quanto à compressão, 
podendo absorver esses esforços juntamente com o concreto ou ainda ser utilizado para 
solidarizar elementos distintos de modo que possam funcionar como um todo. Desse modo, 
conhecer o comportamento das armaduras de aço e suas propriedades é de extrema importância 
no dimensionamento dos elementos estruturais para assegurar o funcionamento da estrutura.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer o processo de fabricação do aço, os tipos de 
aço que podem ser utilizados para concreto armado e suas propriedades.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o processo de fabricação do aço.•
Identificar os tipos de aço utilizados para concreto armado.•
Avaliar as propriedades do aço para armadura.•
DESAFIO
Você é o engenheiro calculista de uma empresa de cálculo estrutural e recebeu uma iga 
biapoiada que recebe a reação de uma laje como carregamento contínuo em seu vãov e deve ser 
dimensionada em concreto armado. Sabendo que esse carregamento faz com que suas fibras 
superiores sejam comprimidas e suas fibras inferiores tracionadas, responda:
a) Em que local da viga você disporia as armaduras longitudinais de equilíbrio?
b) Que análise deve ser feita para saber se esse tipo de armadura não é necessário em mais de 
um local da viga?
c) Graças a que propriedade do aço elas poderiam ser utilizadas para auxiliar o concreto na 
absorção dos esforços?
INFOGRÁFICO
Os produtos de aço para concreto armado podem ser divididos em barras, fios, telas de aço 
soldado e arame recozido. Veja no infográfico um esquema do processo de fabricação do aço 
para armaduras de concreto armado.
CONTEÚDO DO LIVRO
Diferentemente do concreto, para o qual deve ser realizado um controle tecnológico desde a sua 
dosagem até a sua execução para garantir que ele atinja a resistência e as propriedades 
almejadas, o aço é produzido em usinas siderúrgicas e pode ser comandado conforme as suas 
classes de resistência, sem necessidade de verificação desta posteriormente, além de ser um 
material reciclável, o que possibilita sua fabricação com adições de sucata metálica. No concreto 
armado, sua função principal é a de resistir aos esforços de tração que não podem ser absorvidos 
pelo concreto. Por possuir coeficientes de dilatação da mesma ordem de grandeza e com a 
aderência entre os dois materiais garantida, o aço é protegido da corrosão pela camada de 
concreto e pode desempenhar sua função de agregar resistência aos elementos, que não 
poderiam ser resistidos somente pelo concreto.
Acompanhe o capítulo Materiais: aços para armadura, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem.
Boa leitura!
Concreto
Armado
Liana 
Parizotto
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
P231c Parizotto, Liana.
 Concreto armado / Liana Parizotto. – Porto Alegre : 
 SAGAH, 2017.
 220 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-090-0
 1. Concreto armado – Engenharia civil. I. Título. 
CDU 624.012.45
Revisão técnica:
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS)
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG)
Iniciais_Concreto armado.indd 2 09/06/2017 17:36:38
Materiais: aço para 
armadura
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer o processo de fabricação do aço.
  Identi� car os tipos de aço utilizados para concreto armado.
  Avaliar as propriedades do aço para armadura.
Introdução
O concreto armado se tornou um material muito difundido na construção 
civil devido à atuação conjunta do aço e do concreto para resistir às solici-
tações impostas. A facilidade no molde do concreto e a resistência do aço 
permitem a realização das mais diversas formas arquitetônicas, com seu 
funcionamento sendo garantido pela aderência entre os dois materiais.
Ao contrário do concreto, que talvez tenha elevada resistência à com-
pressão, mas muito baixa resistência à tração, o aço apresenta elevada 
resistência tanto à tração quanto à compressão, podendo absorver esses 
esforços junto com o concreto, ou ainda ser utilizadopara solidarizar 
elementos distintos de modo que funcionem como um todo. Assim, 
conhecer o comportamento das armaduras de aço e suas propriedades é 
de extrema importância no dimensionamento dos elementos estruturais 
para assegurar o funcionamento da estrutura.
Neste capítulo você vai conhecer o processo de fabricação do aço, 
os tipos de aço que podem ser utilizados para concreto armado e suas 
propriedades.
Processo de fabricação do aço
O aço é um produto siderúrgico resultante da mistura de ferro-gusa (obtido de 
minério de ferro), ligas metálicas, cal e oxigênio. Às vezes a sucata metálica 
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também é utilizada em substituição ao ferro-gusa. O aço usado para armaduras 
de concreto armado em geral é fabricado com sucata metálica, pelo seu menor 
custo, pela sua maior disponibilidade e por sua possibilidade de reciclagem. O 
processo de fabricação de aços para a construção civil é bastante semelhante no 
mundo todo no que diz respeito às matérias-primas, ao processo de fabricação 
e aos equipamentos utilizados (ARCELORMITTAL, 2017).
Matéria-prima
Retalhos de chapas metálicas, latarias de carros, peças removidas durante a 
usinagem, peças de aço e ferro em desuso, etc., compõem a sucata, que é a 
principal matéria-prima utilizada na confecção de barras e fi os de aço. Por 
ser constituída de metais como níquel, cromo e estanho, os aços feitos com 
sucata apresentam características mecânicas superiores àquelas obtidas pelo 
uso de minério de ferro.
Além da sucata, a matéria-prima pode ser ferro-gusa (obtido de minérios 
de ferro), que fornece carbono, ferro e silício ao produto. Também são usadas 
ligas de ferro (para o ajuste da composição), cal (para a retenção das impurezas 
e a proteção do forno de ataques químicos), e oxigênio (como fonte de calor e 
redução do carbono presente no aço) (ARCELORMITTAL, 2017).
Aciaria
Aciaria é o nome do local (usina siderúrgica) em que se encontram os equi-
pamentos que transformam a sucata em aço. Veja na Figura 1 o fl uxo de 
produção de aço em uma aciaria, com a indicação dos principais proces-
sos. O início do processo ocorre com a sucata (1) sendo pesada em cestões 
(2), com a proporção de cada material dependendo do tipo de aço que será 
produzido. O forno então é carregado (3) e aquecido a uma temperatura de 
aproximadamente 1600°C, sendo feitos ajustes de composição química. O 
aço líquido é então descarregado em uma panela (4) que vai ao forno (5) para 
deixar homogênea a temperatura e a composição química do aço e eliminar 
as impurezas. As amostras são enviadas ao laboratório para análise, com sua 
composição química determinada em questão de minutos, e ajustes são feitos, 
caso necessário. O aço líquido pronto vai para o processo fi nal da aciaria, o 
lingotamento contínuo (6). Dependendo da utilização, são produzidos tarugos 
(barras de aço com seção quadrada) com comprimento defi nido de acordo 
com o uso. Nas lingoteiras, o aço inicia o seu processo de solidifi cação, que é 
completado com a borrifação de água diretamente sobre a superfície sólida. 
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O material então é cortado por tesouras (7) ou maçarico, dando origem aos 
tarugos, que vão para o leito de resfriamento (8). É feita a inspeção para verifi car 
as dimensões e, após aprovados, os tarugos são devidamente identifi cados, 
podendo ser armazenados ou laminados a quente, na sequência, aproveitando 
a sua temperatura (ARCELORMITTAL, 2017).
Figura 1. Fluxo de produção em uma aciaria.
Fonte: ArcelorMittal (2017).
Laminação a quente
A laminação é o processo que transforma os tarugos em barras retas ou rolos 
(bobinas) lisos ou nervurados. Os tarugos que saem da aciaria são novamente 
aquecidos de 1000 a 1200°C em fornos, para então serem laminados. O processo 
é divido em 3 etapas (ARCELORMITTAL, 2017):
  desbaste: os tarugos são conformados entre cilindros, tendo sua seção 
reduzida e seu comprimento aumentado;
  preparação (intermediário): os tarugos sofrem novos desbastes e já 
apresentam o formato de barra laminada;
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  acabamento: a pressão de dois cilindros marca nervuras, caso existam, 
e gravações nas barras.
Trefilação e laminação a frio
A trefi lação ou a laminação a frio são os processos que transformam os rolos 
de fi o-máquina, provenientes da laminação a quente, em fi os lisos ou nervura-
dos. O material submetido a esses processos tem sua microestrutura alterada 
por meio do encruamento de grãos, elevando suas propriedades mecânicas 
e reduzindo sua ductilidade. Independentemente do processo, os produtos 
possuem as mesmas propriedades mecânicas (ARCELORMITTAL, 2017).
O material que vem da laminação a quente é liso (rolo de fio-máquina). Ele 
é desenrolado e sofre redução de diâmetro ao passar por fieiras (trefilação) 
ou por roletes (laminação a frio) de diâmetros diferentes até que seja obtido 
o tamanho da bitola desejada. Após todas as reduções, o material passa por 
mais um sistema de roletes entalhadores para aplicar os detalhes superficiais 
nos fios (ARCELORMITTAL, 2017).
Aço para armaduras de concreto armado
O concreto armado é o material formado pela associação do concreto com 
armaduras (elementos de aço) inseridas em seu interior, sendo utilizado para 
construir estruturas sujeitas a diferentes tipos de esforços. Embora o concreto 
seja um material com elevada resistência à compressão, ele oferece baixa 
resistência à tração. O aço, por sua vez, cumpre a função de absorver os 
esforços de tração, servindo também para resistir às tensões de compressão.
As principais normas brasileiras que abordam as armaduras usadas em 
estruturas de concreto armado são a norma ABNT NBR 7480:2007, “Aço 
destinado a armaduras para estruturas de concreto armado – Especificação” 
e a norma ABNT NBR 7481:1990, “Tela de aço soldada – Armadura para 
concreto”. As armaduras para estruturas de concreto armado podem ser, de 
acordo com as normas citadas:
  barras: peças obtidas por laminação a quente, com diâmetro nominal 
igual ou superior a 6,3 milímetros;
  fios: peças obtidas por trefilação ou laminaçãoa frio, com diâmetro 
nominal igual ou inferior a 10 milímetros;
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  malhas ou telas: peças constituídas de fios de aço sobrepostos e sol-
dados em todos os pontos de contato.
Barras e fios de aço – configurações geométricas e 
algumas propriedades
O que difere as barras de fi os é seu processo de fabricação: as barras são obtidas 
exclusivamente por laminação a quente, ao passo que os fi os são obtidos por 
trefi lação ou laminação a frio. Dependendo do valor característico da resistência 
ao escoamento do aço (fyk), as barras são classifi cadas em duas categorias: 
CA-25 e CA-50. Os fi os possuem apenas uma categoria: CA-60. O termo “CA” 
é a abreviatura para “concreto armado”, e o número que o segue indica o valor 
da resistência em kN/cm² ou kgf/mm². O aço CA-50, por exemplo, apresenta 
resistência ao escoamento de 50 kN/cm², o que equivale a 500 MPa.
A superfície das barras e dos fios de aço, dependendo da configuração 
(lisas, nervuradas ou entalhadas), influencia na capacidade de aderência entre 
o concreto e o aço, pois apresentam diferentes rugosidades, mensuradas por 
meio de coeficientes de conformação superficial (η). As barras podem ser 
tanto lisas quanto nervuradas, enquanto os fios podem ser lisos, nervurados e 
ainda entalhados. De acordo com a ABNT NBR 7480:2007, são apresentadas 
as configurações para cada categoria:
CA-25: as barras dessa categoria devem ter superfície obrigatoriamente 
lisa, sem qualquer tipo de nervura ou entalhe; o coeficiente de conformação 
superficial vale 1;
CA-50: as barras dessa categoria precisam ter superfície obrigatoriamente 
nervurada, sendo que as nervuras têm de ser transversais oblíquas; ocoeficiente 
de conformação superficial deve ser, no mínimo, igual a 1,5 para barras com 
10 milímetros ou mais, e igual a 1 para diâmetros menores;
CA-60: os fios podem ser lisos, entalhados ou nervurados; o coeficiente 
de conformação superficial deve ser, no mínimo, igual a 1,5 para fios com 10 
milímetros, e igual a 1 para diâmetros menores.
Veja na Figura 2 os dois tipos de barras de aço, lisa (CA-25) e nervurada 
(CA-50).
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Figura 2. Exemplo de barras de aço (lisa e nervurada).
Fonte: Supachai_Sup/Shutterstock.com.
As barras e os fios de aço têm de ser fornecidos com um comprimento 
de 12 metros, admitida uma tolerância de 1% para mais ou para menos. No 
entanto, é possível solicitar outros tamanhos, mediante acordo entre consumidor 
e fornecedor. A massa específica do aço deve ser de 7850 kg/m³. A massa 
linear nominal das barras e dos fios, em kg/m, é especificada em tabelas da 
ABNT NBR 7480:2007, junto com a tolerância permitida por unidade de 
comprimento na fabricação. As tabelas ainda apresentam os valores nominais 
da área da seção transversal e o perímetro para cada diâmetro. No caso das 
barras, os diâmetros vão de 6,3 a 40 mm, e, para os fios, de 2,4 a 10 mm 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007). É muito 
importante verificar as bitolas (diâmetros) das barras e dos fios, pois valores 
de massa linear inferiores aos previstos por norma podem comprometer a 
resistência mecânica, já que a área da seção fica diminuída.
As barras e os fios de aço apresentam requisitos, além dos relacionados 
com as propriedades mecânicas, referentes à soldabilidade, quando ela for 
requerida. De acordo com a norma ABNT NBR 6118:2014, “Projeto de es-
truturas de concreto – Procedimento”, para que um aço seja considerado 
soldável, sua composição precisa estar de acordo com o proposto na norma 
ABNT NBR 8965:1985.
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Para saber mais sobre as barras de aços soldáveis para armaduras de concreto armado, 
leia a norma ABNT NBR 8965:1985 – Barras de aço CA 42 S com características de 
soldabilidade destinadas a armaduras para concreto armado – Especificação.
Telas de aço
As telas de aço são um tipo de armadura pré-fabricada composta por uma rede 
de malhas retangulares formadas por fi os de aço sobrepostos longitudinal e 
transversalmente, com todos os seus pontos de contato soldados pelo processo 
de caldeamento. O uso de telas de aço se mostra uma solução rápida e prática 
para lajes, pisos, calçamentos, etc., aliando agilidade com qualidade, além de 
vantajosa economicamente, pois há a redução de tempo de execução e de mão 
de obra, assim como a diminuição de perdas por corte.
Específica para telas de aço para armadura de concreto armado, a norma 
ABNT NBR 7481:1990, assim, ela apresenta algumas notações que não são 
mais utilizadas, como a divisão de barras e fios em classe A e B, segundo o 
processo de fabricação.
O aço CA-50 não é mais divido em CA-50A e CA-50B. A classe A indicava que a fabri-
cação era pelo processo de laminação a quente, e a classe B, que a fabricação era por 
laminação a frio ou trefilação. Atualmente, o CA-50 é usado apenas para a fabricação 
de barras, e o CA-60, para a fabricação de fios de telas de aço.
Em se tratando de telas, é possível ter uma armadura principal e uma 
secundária. A armadura principal é aquela que possui maior seção de fios 
por metro, e a armadura secundária é aquela que apresenta a menor, ambas 
consideradas na direção do cálculo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR-
MAS TÉCNICAS, 1990).
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Propriedades mecânicas de barras e fios de aço
As propriedades mecânicas dos aços são a resistência mecânica, a elastici-
dade, a dureza e a ductilidade, e dependem da sua composição química, do 
tratamento químico e do processamento. De acordo com a norma ABNT NBR 
6118:2014, “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento”, na falta de 
ensaios ou valores especifi cados pelo fabricante, é possível admitir o módulo 
de elasticidade do aço de armadura igual a 210 GPa. Para obter propriedades 
mecânicas mais importantes, alguns ensaios mais específi cos são necessários, 
os quais são descritos a seguir.
Ensaio de tração
O ensaio de tração é usado como medida de resistência mecânica do material, 
devendo ser realizado de acordo com a norma ABNT NBR ISO 6892-1:2013, 
“Materiais metálicos – Ensaio de tração”. O ensaio consiste em aplicar uma 
força axial de tração em barras e fi os de aço de modo a aumentar o seu 
comprimento, utilizando equipamentos adequados. Esse ensaio determina 
3 propriedades: 
  a resistência característica ao escoamento, 
  o limite de resistência e 
  o alongamento. 
A propriedade mais importante é a resistência ao escoamento, pois o seu 
valor limite vai indicar qual é a carga que a barra ou o fio deverá suportar sem 
apresentar deformações permanentes. Superado o valor limite de escoamento, 
a armadura ficará danificada e a estrutura estará vulnerável (ARCELOR-
MITTAL, 2017).
Os diagramas tensão-deformação de barras e fios de aço que você vê na 
Figura 3 representam o ensaio de tração do aço. O primeiro diagrama, para 
aços laminados a quente (barras de CA-25 e CA-50), apresenta um patamar 
de escoamento bem definido, sendo facilmente identificada a resistência 
ao escoamento do aço (fy). Note que isso não ocorre no segundo diagrama, 
que representa os aços trefilados a frio (fios de CA-60) e cuja resistência ao 
escoamento é definida como o valor correspondente à deformação residual 
de 2‰ (0,2%), conforme indicado na figura (BASTOS, 2014).
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Figura 3. Exemplo de diagramas tensão-deformação para barras e fios, respectivamente.
Fonte: Bastos (2014, p.).
De acordo com a ABNT NBR 7480:2007, é possível definir a resistência de 
escoamento por um patamar no diagrama tensão-deformação ou ainda calculá-
-la por meio do valor de tensão perante carga equivalente a uma deformação 
permanente de 0,2%. Ainda é possível calcular pelo valor de tensão perante 
carga equivalente a uma deformação permanente de 0,5%, sendo adotado o 
resultado obtido para o primeiro valor de deformação permanente, em caso 
de divergência.
Como os diagramas da Figura 3 são obtidos apenas por meio de ensaios, 
a ABNT NBR 6118:2014 permite o uso de um diagrama simplificado para o 
cálculo nos estados limites de serviço e último (ELS e ELU) para aços com ou 
sem patamar de escoamento. Veja na Figura 4 o diagrama tensão-deformação 
simplificado dos aços, tanto para tração quanto para compressão, sendo fyk 
a resistência característica ao escoamento do aço de armadura passiva, e fyd 
a resistência de cálculo ao escoamento do aço de armadura passiva (ASSO-
CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014).
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Figura 4. Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras passivas.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2014, p. 29).
Veja na Tabela 1, da ABNT NBR 7480:2007, as propriedades mecânicas 
exigíveis de barras e fios de aço destinados a armaduras de estruturas de con-
creto armado. São apresentados os valores obtidos por meio do ensaio de tração 
e também referentes ao ensaio de dobramento, apresentado no item a seguir.
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Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2007, p. 12).
Tabela 1. Propriedades mecânicas exigíveis de barras e fios de aço para armaduras.
Ensaio de dobramento
O ensaio de dobramento é utilizado como medida da ductilidade do material, 
devendo ser realizado de acordo com a norma ABNT NBR ISO 7438:2016, 
“Materiais metálicos – Ensaio de dobramento”. O ensaio consiste em subme-
ter um corpo de prova a um dobramentode 180° em torno de um pino com 
diâmetro padronizado e visa a reproduzir as situações às quais os materiais 
estarão submetidos em obra. As barras e os fi os de aço são aprovados quando 
não apresentam quebra ou fi ssura na região dobrada. Veja na Tabela 1, apre-
sentada anteriormente, a proporção da bitola que o pino deve ter em relação 
ao diâmetro da barra ou fi o ensaiado para cada tipo de aço para a realização 
do ensaio (ARCELORMITTAL, 2017).
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1. Com relação ao processo de 
fabricação do aço e sua matéria-
prima, assinale a resposta correta:
a) O aço é um produto siderúrgico 
gerado da mistura de ferro-gusa 
(obtido de minério de ferro), 
ligas metálicas, cal e oxigênio. 
Nenhum desses componentes 
pode ser substituído por outro, 
pois o aço pode perder suas 
propriedades características.
b) Aciaria é o nome do local 
onde são fornecidos os 
aços para revenda.
c) O material submetido ao 
processor de trefilação ou 
laminação a frio tem sua 
microestrutura alterada por meio 
do encruamento de grãos.
d) Na etapa do desbaste, no 
processo de laminação 
a quente, os tarugos são 
conformados entre cilindros, 
tendo sua seção aumentada e 
seu comprimento reduzido.
e) Na etapa de acabamento, no 
processo de laminação a quente, 
os cilindros garantem a superfície 
lisa, característica das barras.
2. Com relação à superfície do 
aço para armadura de concreto 
armado e suas categorias, assinale 
a resposta correta: 
a) Os fios CA-25 devem ter 
superfície obrigatoriamente 
lisa, sem qualquer tipo de 
nervura ou entalhe.
b) A sigla “CA” significa “concreto 
armado” e o número que 
acompanha esta sigla caracteriza 
o diâmetro da barra ou do 
fio. Por exemplo: aço CA-25 
são armaduras para concreto 
armado de 25 mm de diâmetro.
c) As barras da categoria 
CA-50 devem ter superfície 
obrigatoriamente nervurada, 
sendo que as nervuras devem 
ser transversais e oblíquas.
d) A categoria CA-60 é composta 
somente por fios de superfície 
lisa, devido aos seus pequenos 
diâmetros que podem chegar 
a, no máximo, 10 mm.
e) As barras comportam 
diâmetros superiores aos 
fios. Os fios atingem, no 
máximo, 10 mm de diâmetro, 
que é o diâmetro mínimo 
comportado pelas barras.
3. Conforme o tipo de aço, sua 
disposição e suas características, 
assinale a afirmação correta: 
a) A massa específica do aço pode 
variar de 5000 a 7850 kg/m3.
b) As telas de aço, também 
conhecidas como malhas, são 
constituídas de fios de aço 
sobrepostos e soldados em 
todos os pontos de contato.
c) As barras e os fios de aço 
são fornecidos apenas em 
comprimentos de 12 m, 
admitida uma tolerância de 
1% para mais ou para menos.
d) As telas possuem sempre 
a mesma seção de fios por 
metro nas suas duas direções.
e) Os diâmetros dos fios variam de 
2,4 a 10 mm, e os diâmetros das 
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barras variam de 6,3 a 40 mm. 
Sua verificação não é necessária, 
visto que são padronizados.
4. Com relação às propriedades 
das barras e dos fios de aço e aos 
ensaios realizados para verificá-las, 
assinale a resposta correta:
a) O ensaio de tração do aço 
consiste em aplicar uma força 
axial de tração em barras e fios 
de aço de modo a aumentar 
o seu comprimento.
b) O módulo de elasticidade 
do aço pode ser admitido 
como 500 GPa, tanto para 
fios quanto para barras.
c) A propriedade mais importante 
do aço é a resistência limite, 
obtida pelo ensaio de tração. 
Com o valor dessa resistência são 
dimensionados os elementos 
estruturais em concreto armado.
d) Pelo ensaio de tração, são 
elaborados diagramas de 
tensão-deformação do aço, 
no qual é possível identificar 
apenas a resistência limite 
do aço na ruptura.
e) No ensaio de dobramento, as 
barras e os fios são aprovados 
quando não apresentam 
quebra ou fissura na região 
dobrada, independentemente 
do diâmetro do pino de 
dobramento utilizado.
5. As armaduras para concreto armado 
podem ter diferentes funções 
no elemento. Conforme suas 
funções e os tipos de armadura, 
assinale a alternativa correta:
a) As armaduras longitudinais 
alocadas ao longo do elemento 
estrutural para resistir aos 
esforços de tração são armaduras 
de equilíbrio geral da estrutura.
b) As armaduras longitudinais 
superiores de uma viga são 
consideradas armaduras 
auxiliares, pois servem para 
manter o estribo na posição.
c) As armaduras de suspensão, 
alocadas em cruzamentos 
de vigas quando uma viga 
se apoia sobre a outra, são 
consideradas armaduras de 
equilíbrio geral, visto que 
buscam o equilíbrio da reação 
de uma viga sobre a outra.
d) As armaduras de pele são 
armaduras auxiliares que têm a 
função de impedir a ocorrência 
de fissuração exagerada, 
sendo utilizadas em vigas com 
altura maior que 40 cm.
e) Os estribos presentes em vigas 
têm a função de equilíbrio local, 
enquanto os estribos presentes 
em pilares têm a função de 
equilíbrio geral da estrutura.
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ARCELORMITTAL. Manual do processo de fabricação de CA50S, CA25 e CA60 nervurado. 
Belo Horizonte: ArcelorMittal, 2017. Disponível em: <http://longos.arcelormittal.
com.br/pdf/produtos/construcao-civil/outros/manual-fabricacao-ca-50-ca-60.pdf>. 
Acesso em: 08 abr. 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6118:2014. Projeto de 
estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7480:2007. Aço destinado 
para estruturas de concreto armado – especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7481:1990. Tela de aço 
soldada – armadura para concreto. Rio de Janeiro: ABNT, 1990.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8965:1985. Barras de aço 
CA 42 S com características de soldabilidade destinadas a armaduras para concreto 
armado – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 1985.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 6892-1:2013. Versão 
corrigida:2015. Materiais metálicos — Ensaio de Tração. Parte 1: Método de ensaio à 
temperatura ambiente. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 7438:2016. Materiais 
metálicos — Ensaio de dobramento. Rio de Janeiro: ABNT, 2016.
BASTOS, P. S. S. Estruturas de concreto armado. São Paulo: UNESP, 2014. Disponível em: 
<http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto1.htm>. Acesso em: 10 abr. 2017.
Leituras recomendadas
PFEIL, W. Concreto armado 1: introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
PINHEIRO, L. B.; MUZARDO, C. D.; SANTOS, S. P. Estrutura de concreto: capítulo 2. Cam-
pinas: Unicamp, 2004. Disponível em: <http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec702/
EESC/Concreto.pdf>. Acesso em: 07 abr. 2017.
 Concreto armado 130
U2_C08_ Concreto armado.indd 130 09/06/2017 15:15:35
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da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O vídeo apresenta as diversas funções que as armaduras podem exercer como parte de um 
elemento estrutural de concreto armado. Assista!
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EXERCÍCIOS
1) Com relação ao processo de fabricação do aço e sua matéria-prima, assinale a 
resposta correta.
A) a) O aço é um produto siderúrgico obtido através da mistura de ferro-gusa (obtido de 
minério de ferro), ligas metálicas, cal e oxigênio. Nenhum desses componentes pode ser 
substituído por outro, pois o aço pode perder suas propriedades características.
B) b) Aciaria é o nome do local onde são fornecidos os aços para revenda.
C) c) O material submetido aos processor de trefilação ou laminação a frio tem sua 
microestrutura alterada por meio do encruamento de grãos.
D) d) Na etapa do desbaste, no processo de laminação à quente, tarugos são conformados 
entre cilindros,tendo sua seção aumentada e seu comprimento reduzido.
E) e) Na etapa de acabamento, no processo de laminação a quente, os cilindros garantem a 
superfície lisa, característica das barras.
2) Com relação à superfície do aço para armadura de concreto armado e suas 
categorias, assinale a resposta correta
a) Os fios CA-25 devem ter superfície obrigatoriamente lisa, sem qualquer tipo de nervura A) 
ou entalhe.
B) b) A sigla “CA” significa “concreto armado” e o número que vem em seguida desta sigla 
caracteriza o diâmetro da barra ou do fio. Por exemplo: aço CA-25 são armaduras para 
concreto armado de 25 mm de diâmetro.
C) c) As barras da categoria CA-50 devem ter superfície obrigatoriamente nervurada, sendo 
que as nervuras devem ser transversais e oblíquas.
D) d) A categoria CA-60 é composta somente por fios, de superfície lisa, devido aos seus 
pequenos diâmetros que podem chegar a no máximo 10 mm.
E) e) As barras comportam diâmetros superiores aos fios. Os fios atingem no máximo 10 mm 
de diâmetro, que é o diâmetro mínimo comportado pelas barras.
3) Conforme o tipo de aço, sua disposição e características, assinale a afirmação correta
A) a) A massa específica do aço pode variar de 5000 kg/m3 a 7850 kg/m3.
B) b) As telas de aço, também conhecidas como malhas, são constituídas de fios de aço 
sobrepostos e soldados em todos os pontos de contato.
C) c) As barras e fios de aço são fornecidos apenas em comprimentos de 12 m, admitida uma 
tolerância de 1% para mais ou para menos.
D) d) As telas possuem sempre a mesma seção de fios por metro nas suas duas direções.
E) e) Os diâmetro dos fios variam de 2,4 mm a 10 mm e os diâmetros das barras variam de 
6,3 mm a 40 mm. Sua verificação não é necessária, visto que são padronizados.
4) Com relação às propriedades das barras e fios de aço e aos ensaios realizados para 
verificá-las, assinale a resposta correta.
A) a) O ensaio de tração do aço consiste em aplicar uma força axial de tração em barras e fios 
de aço de modo a aumentar o seu comprimento.
B) b) O módulo de elasticidade do aço é admitido como 500 GPa, tanto para fios como para 
barras.
C) c) A propriedade mais importante do aço é a resistência limite, obtida através do ensaio de 
tração. Com o valor dessa resistência são dimensionados os elementos estruturais em 
concreto armado.
D) d) Através do ensaio de tração, são elaborados diagramas de tensão-deformação do aço, 
nos quais é possível identificar apenas a resistência limite do aço, na ruptura.
E) e) No ensaio de dobramento, as barras e os fios são aprovados quando não apresentam 
quebra ou fissura na região dobrada, independentemente do diâmetro do pino de 
dobramento utilizado.
5) As armaduras para concreto armado podem possuir diferentes funções no elemento. 
Conforme suas funções e os tipos de armadura, assinale a alternativa correta.
A) a) Armaduras longitudinais alocadas ao longo do elemento estrutural para resistir aos 
esforços de tração são armaduras de equilíbrio geral da estrutura.
B) b) As armaduras longitudinais superiores de uma viga são consideradas armaduras 
auxiliares, servem para manter o estribo na posição.
c) As armaduras de suspensão, alocadas em cruzamentos de vigas quando uma viga se 
apoia sobre a outra, são consideradas armaduras de equilíbrio geral, visto que buscam o 
C) 
equilíbrio da reação de uma viga sobre a outra.
D) d) As armaduras de pele são armaduras auxiliares que têm a função de impedir a 
ocorrência de fissuração exagerada. Essas armaduras são utilizadas em vigas com altura 
maior que 40 cm.
E) e) Os estribos presentes em vigas têm a função de equilíbrio local, enquanto que os 
estribos presentes em pilares têm a função de equilíbrio geral da estrutura.
NA PRÁTICA
No Brasil, as telas soldadas começaram a ser utilizadas no final da década de 50. Sua introdução 
foi bastante difícil em razão da falta de informações sobre o material e da resistência em 
promover mudanças no processo construtivo. O uso das telas soldadas traz inúmeras vantagens 
durante o processo de execução, dentre elas:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Discovery Concreto e aço nas construções
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Grupo Açotubo - Processo de produção do aço
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Telas soldadas - Emendas
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Dosagem de concreto
APRESENTAÇÃO
Esta unidade de ensino irá tratar sobre a dosagem do concreto, pois uma das tarefas do 
engenheiro tecnologista do concreto é esta. Uma das etapas mais importantes, geralmente 
acontece preliminarmente em laboratório e reproduzida em escala na obra ou na usina de 
concreto. Saber a quantidade necessária de cada um dos componentes utilizados para a produção 
de concreto é importantíssimo para prever o comportamento do material. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar o que é dosagem do concreto.•
Identificar os fatores que influenciam no processo de dosagem.•
Reconhecer a quantidade necessária de material para a dosagem de um concreto.•
INFOGRÁFICO
Observe no infográfico as propriedades para formação do concreto.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Para aprofundar ainda mais seu conhecimento, acompanhe o capítulo Dosagem do Concreto do 
livro Materiais de Construção que norteia as discussões presentes nesta Unidade.
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO
André Luis Abitante
Ederval de Souza Lisboa
Gustavo Alves G. de Melo
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
L769m Lisboa, Ederval de Souza.
Materiais de construção : concreto e argamassa 
[recurso eletrônico] / Ederval de Souza Lisboa, Edir dos 
Santos Alves, Gustavo Henrique Alves Gomes de Melo. 
– 2. ed. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
Editado como livro impresso em 2017.
ISBN 978-85-9502-013-9
1. Materiais de construção. 2. Concreto. 3. 
Argamassa. Engenharia. I. Alves, Edir dos Santos. II. Melo, 
Gustavo Henrique Alves Gomes de. III. Título. 
CDU 691.3:62
Dosagem de concreto
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Explicar o que é dosagem do concreto.
 � Identificar os fatores que influenciam o processo de dosagem.
 � Reconhecer a quantidade necessária de material para a dosagem
de um concreto.
Introdução
Neste texto, você vai aprender uma das tarefas do engenheiro tecno-
logista, que é a dosagem do concreto. Uma das etapas mais impor-
tantes da dosagem, geralmente inicia em laboratório e é reproduzida 
em escala na obra ou na usina de concreto. Para isso, você vai estudar 
a quantidade necessária de cada um dos componentes utilizados 
para a produção de concreto, pois é de suma importância para prever 
o comportamento do material.
Concreto
O concreto é uma mistura de aglomerantes, agregados e água em determi-
nadas proporções. Na linguagem da construção civil, essa mistura é chamada 
de dosagem ou traço.
Figura 1.
Traço
É a indicação de quantidade dos materiais que constituem o concreto. O traço 
varia de acordo com a finalidade de uso e com as condições de aplicação. A 
seguir, veja os traços mais adequados para os principais usos:
 � Traço em volume de todos os materiais do concreto.
 � Traço em volume só dos agregados, sendo o cimento dado em peso.
 � Traço em peso de todos os materiais que constituem o concreto.
O traço em volume de todos os materiais do concreto é o mais utilizado na prática, no 
entanto, o mais adequado é o traço em peso.
Figura 2.
Os traços são indicados da seguinte maneira: 1:3:3, 1:3:4, 1:3:6, sendo que 
o 1º algarismo indica a quantidade de cimento a ser usado; o 2º algarismo 
indica a quantidade de areia; e o 3º algarismo indica a quantidade de pedra. 
Assim, temos para o traço 1:3:3, um volume de cimento por três volumes da 
areia. 
De acordo com o traço temos diferentes resistênciaspara os concretos, 
como 150 kg/cm2, 250 kg/ cm2, etc. A quantidade de água depende da umi-
Materiais de construção: concreto e argamassa166
dade da areia, e você deve ter em mente que argamassas e concretos com uma 
dosagem excessiva de água diminuem sua resistência. 
Você deve ter muito cuidado para expressar o traço, pois caso ocorra algum engano, 
o concreto produzido vai apresentar propriedades diferentes daquelas previstas na 
dosagem. A dosagem do concreto sempre deve ser feita com os materiais secos e me-
didos em massa, no entanto, para enviar o traço para a obra, ele deve ser convertido 
de maneira adequada.
Conversão do traço
Veja como transformar o traço em massa de materiais secos (1:2, 8:3, 2:0, 45) 
para traço em volume de materiais secos (Tv) e massa combinado com volume 
de materiais secos (Tmv).
Adotando a seguinte fórmula:
Considere os valores para:
 � Massa unitária dos materiais:
 � Massa específica dos materiais:
Dosagem de concreto 167
Assim, para converter o traço em massa para traço em volume (Tv) teremos:
Tm - 1: 2,8 : 3,2 : 0,45
No entanto, é comum apresentar o traço unitário, ou seja, referente à uni-
dade de cimento, desta forma:
Conversão para traço em massa combinado com volume (Tmv)
Para expressar o traço para um saco de cimento, basta multiplicar a pro-
porção por 50 kg (peso de um saco de cimento).
Adotando a fórmula,
Considere: 
50 kg = 1 saco de cimento
92,5 dm3 = areia 
97 dm3 = brita
22,5 dm3 = água
Para o traço em massa combinado com volume Tmv – 1:1,85:1,94:0,45. 
Você deve corrigir o traço de acordo com a umidade (h=3,5%) e inchamento 
médio da areia (Iméd = 1,25 e γa = 1,51 kg/dm
3). 
Materiais de construção: concreto e argamassa168
Considere:
 � Traço referente a 1 saco de cimento:
Utilize as seguintes fórmulas para:
 � Correção quanto ao inchamento:
x
dm
 � Correção quanto a umidade:
 � Quantidade de água presente na areia úmida:
x
x
kg
kg
 � Massa da água na areia úmida:
kg
 � Quantidade de água a ser adicionada:
kg
Dosagem de concreto 169
 � Assim, o traço corrigido será:
Dimensionamento da padiola
Para fazer o dimensionamento da padiola, você deve adotar duas medidas, 
determinando a altura em função do volume dos agregados. Veja a seguir:
Figura 3. Dimensionamento da padiola.
 � Para padiola de areia, considere a fórmula:
x x
x x
Para que a padiola não fique com altura e peso excessivo, divide-se a altura por dois 
e especifica-se duas padiolas, ou seja, duas padiolas com dimensões de 40x45x32,1cm 
por traço.
 
Materiais de construção: concreto e argamassa170
 � Para padiola de brita, considere a fórmula:
x x
Assim, você terá duas padiolas com dimensões de 40x45x27cm.
Produção do traço
Para a produção do traço dado para um saco de cimento, a especificação é:
1 saco de cimento: 2 padiolas de areia: 2 padiolas de brita= 1:2:2
Consumo do traço
1dm3 = 1 litro
Sempre que trabalhar com concreto é necessário saber o consumo de ma-
terial por metro cúbico de concreto. Essa determinação é feita através do cál-
culo do consumo de cimento por metro cúbico, veja a fórmula a seguir: 
Considere: 
 � γc = massa específica do cimento
 � γa = massa específica da areia
 � γb = massa específica da brita
 � 1:a:b:x = traço do concreto expresso em massa
 � C= consumo de cimento por metro cúbico de concreto, 1000 dm3.
Dosagem de concreto 171
Veja como determinar a quantidade de materiais necessária para a moldagem de 12 
corpos de prova cilíndricos de concreto, com dimensões de 15x30 cm, sabendo que o 
traço utilizado será Tm 1 : 2,5 : 3,5 : 0,50. 
Solução:
x x
Cilindro:
C = 1,716 kg de cimento
a = 1,716 × 2,5 a = 4,29 kg de areia
b = 1,716 × 3,5 b = 6,01 kg de brita
x = 1,716 × 0,5 x = 0,858 kg de água
Exemplo
Método de dosagem ACI/ABCP
Conheça as cinco regras fundamentais do método de dosagem ACI/ABCP: 
 � Projeto estrutural
 � Os materiais disponíveis
 � Os equipamentos e mão de obra disponíveis
 � Buscar a melhor qualidade
 � O menor custo possível
Materiais de construção: concreto e argamassa172
Dosagem racional do concreto
Dosar um concreto no laboratório consiste em determinar as quantidades de-
vidamente estudadas dos materiais envolvidos, sendo: cimento, água, agre-
gados e eventualmente aditivos, em proporções convenientemente adequadas, 
para dar as propriedades exigidas, de maneira que os componentes desta mis-
tura atendam satisfatoriamente todos os fatores, tornando o concreto em es-
tado duro com 0% de vazios como uma pedra artificial.
Cálculo do traço 
a. Critérios para fixação da resistência de dosagem ( fcj):
Fixa a condição característica da obra pela resistência do concreto ( fck) 
estipulada no projeto, na idade de “j “dias (efetiva), definida pela expressão:
 � fcj = fck + 1,65 x Sd - (Sd = desvio padrão)
b. Desvio padrão do concreto:
O valor do desvio padrão depende da condição específica da obra. Se não 
for conhecido, poderão ser fixados inicialmente os desvios em função do tipo 
e condições de controle a serem empregados:
 � Condição A
 � Aplicável a concretos da classe C10 a C80 ( fck 10 a 80 MPa)
 � Cimento e agregado medido em massa
 � Água medida em massa ou volume com dispositivo dosador
 � Determinações precisas e frequentes da umidade dos agregados
 � Proposta do Sd = 4,0 MPa
 � Condição B
 � Aplicável a concretos da classe C10 à C25 ( fck 10 a 25 MPa)
 � Cimento em massa
 � Agregado em volume
 � Água em volume com dispositivo dosador
 � Correção da umidade em pelo menos três vezes da mesma turma de 
concretagem
 � Volume do agregado miúdo corrigido pela curva de inchamento
 � Proposta do Sd = 5,5 MPa
Dosagem de concreto 173
 � Condição C
 � Aplicável a concretos da classe C10 à C15 ( fck 10 a 15 MPa)
 � Cimento em massa
 � Água em volume
 � Umidade estimada
 � Exige-se para esta condição o consumo mínimo de cimento = 350 kg/m3
 � Proposta do Sd = 7,0 MPa
Veja a dosagem do concreto por método de dosagem ACI/ABCP na prática
 � Características dos materiais e do cimento utilizado no traço:
 � Características do concreto a ser confeccionado:
Areia Brita 1 Brita 2 Cimento
Mf = 2,60 δ = 2700 kg/m3 δ = 2700 kg/m3 CP II - 32 MPa
Inch = 30% γ comp = 1500 
kg/m3
γ comp = 1500kg/
m3
δ = 3100kg/m3
H = 6% γ solta = 1430 
kg/m3
γ solta = 1400 
kg/m3
δ = 2650 kg/m3 Φmáx = 25 mm
γ = 1460 kg/m3
Proporção das britas Concreto
B1 = 80 % fck = 25 MPa
B2 = 20 % Abatimento = 90 +/- 10
Condição B
Exemplo
Materiais de construção: concreto e argamassa174
Solução:
O primeiro passo é determinar a relação A/C (água/cimento). Você deve considerar os 
seguintes critérios: 
 � Resistência mecânica: escolha do fator A/C em função da curva Abrams do cimento.
 � Durabilidade: relação A/C e tipo de cimento.
 � Determinar a resistência da dosagem do concreto em função do desvio padrão aos 
28 dias.
Fc28 = fck + 1,65 x Sd
Fc28 = 25 + 1,65 x 5,5
Fc28 = 34 MPa 
 � Com esse valor, você retirar o valor do fator A/C no gráfico das curvas Abrams do 
cimento.
Assim, você terá o fator A/C = 0,475
O segundo passo é determinar o consumo de materiais, veja a seguir: 
 � Determinação do consumo de água (Ca):
Consumo de água aproximado (m3)
Abatimento mm
Dmáx agregado graúdo (mm)
9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
40 a 60 220 195 190 185 180
60 a 80 225 200 195 190 185
80 a 100 230 205 200 195 190
Tabela 1. Consumo de água aproximado.
Dosagem de concreto 175
Sendo assim, o consumo de água= Ca = 200 litros
 � Determinação do consumo de cimento (Cc)
 � Determinação do consumo de agregado graúdo (Cb), em função do diâmetro 
máximo 
MF
Dimensão máxima (mm)
9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
1,8 0,645 0,770 0,795 0,820 0,845
2,0 0,625 0,750 0,775 0,800 0,845
2,2 0,605 0,730 0,755 0,780 0,805
2,4 0,585 0,710 0,735 0,760 0,785
2,6 0,565 0,690 0,715 0,740 0,765
2,8 0,545 0,670 0,695 0,720 0,745
3,0 0,525 0,650 0,675 0,700 0,725
3,2 0,505 0,630 0,655 0,680 0,705
3,4 0,485 0,610 0,635 0,660 0,685
3,6 0,465 0,590 0,615 0,640 0,665
Tabela2. Teor de agregado graúdo.
 � Determinação do volume da areia (Va)
 � Determinação do consumo de agregado miúdo
Materiais de construção: concreto e argamassa176
O terceiro passo é a apresentação do traço.
Cimento: areia: brita 1: brita 2: água/cimento
Você deve corrigir o traço para o inchamento e a umidade fornecida no 
início do exercício e, após, dimensionar as padiolas para o traço corrigido.
Dosagem de concreto 177
1. Qual dos itens abaixo NÃO é definido 
durante a dosagem do concreto:
a) Teor de adições no saco de 
cimento.
b) Dimensão máxima do agregado.
c) Trabalhabilidade.
d) A/C
e) Consumo de cimento.
2. O cimento dosado para ser utilizado 
no concreto não é responsável:
a) Desenvolvimento da resistência.
b) Durabilidade.
c) Calor de hidratação.
d) Preço.
e) Agressão às armaduras causadas 
pela despassivação.
3. Qual dos itens abaixo NÃO é levado 
em consideração no momento de 
escolha dos agregados para os con-
cretos mais comuns:
a) Preço.
b) Disponibilidade.
c) Dimensão máxima.
d) Microestrutura química.
e) Granulometria.
4. O consumo de cimento no concreto:
a) Deve ser alto.
b) Não influencia na retração.
c) Praticamente define o custo.
d) Se elevado diminui a fissuração.
e) Não tem relação com o consumo 
de agregados.
5. Qual dos itens abaixo NÃO corres-
ponde a relações práticas comuns 
entre os componentes do concreto:
a) 1% a mais de agregado miúdo 
corresponde a necessidade de 
mais 2 kg/m3 de água.
b) 1% a mais de cimento significa 
aproximadamente 2,5 cm de 
slump.
c) 1% a mais de cimento precisa de 
aproximadamente 2 kg/m3 de 
água.
d) 1% a menos de ar incorporado 
gera a necessidade de aproxima-
damente 3 kg/m3 de água.
e) Para aumentar 2,5 cm de slump 
necessita-se aproximadamente 6 
kg/m3 de água.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico de utilização do cimento 
Portland. 7. rev. São Paulo: ABCP, 2002. (BT-106).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6118: 2014. Projeto de estru-
turas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12655:2015. Concreto de ci-
mento Portland – preparo, controle, recebimento e aceitação – procedimento. Rio de Janei-
ro: ABNT, 2015.
HELENE, P.; TERZIAN, P. Manual de dosagem e controle do concreto. São Paulo: Pini, 1993.
Leituras recomendadas
Materiais de construção: concreto e argamassa178
 
DICA DO PROFESSOR
Aprenda mais com a dica do professor a seguir:
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EXERCÍCIOS
1) Qual dos itens abaixo não é definido durante a dosagem do concreto: 
A) Teor de adições no saco de cimento.
B) Dimensão máxima do agregado.
C) Trabalhabilidade.
D) a/c
E) Consumo de cimento.
2) O cimento dosado para ser utilizado no concreto não é responsável: 
A) Desenvolvimento da resistência.
B) Durabilidade.
C) Calor de hidratação.
D) Preço.
E) Agressão às armaduras causadas pela despassivação.
3) Qual dos itens abaixo não é levado em consideração no momento de escolha dos 
agregados para os concretos mais comuns: 
A) Preço.
B) Disponibilidade.
C) Dimensão máxima.
D) Microestrutura química.
E) Granulometria.
4) O consumo de cimento no concreto: 
A) Deve ser alto.
B) Não influencia na retração.
C) Praticamente define o custo.
D) Se elevado diminui a fissuração.
E) Não tem relação com o consumo de agregados.
5) Qual dos itens abaixo não corresponde a relações praticas comuns entre os 
componentes do concreto: 
A) 1% a mais de agregado miúdo corresponde a necessidade de mais 2 kg/m3 de água.
B) 1% a mais de cimento significa aproximadamente 2,5 cm de slump.
C) 1% a mais de cimento precisa de aproximadamente 2 kg/m3 de água.
D) 1% a menos de ar incorporado gera a necessidade de aproximadamente 3 kg/m3 de água.
E) Para aumentar 2,5 cm de slump necessita-se aproximadamente 6 kg/m3 de água.
NA PRÁTICA
Veja abaixo um exemplo a respeito da dosagem do concreto.
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Catálogo ABNT
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NEVILLE, A. M. BROOKS, J. J. Tecnologia do Concreto. Porto Alegre: Bookman, 2013

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