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1 Seção 2.2 / Micaelem Mascarenhas Governança corporativa e Responsabilidade social empresarial As regras, os processos, os costumes e as políticas utilizadas para a administração de uma empresa são conhecidas como governança corporativa. Essa governança, contudo, não exclui as relações entre os sujeitos envolvidos em seu processo e os seus objetivos, para os quais a corporação é “governada”. Hoje, as organizações contemporâneas contemplam na sua formação externa, além dos sujeitos interessados – os acionistas, por exemplo –, também os credores, o mercado comercial, os fornecedores, os clientes e as comunidades afetadas com as suas atividades corporativas, e são conhecidos como stakeholders. E contemplam internamente o Conselho de Administração, executivos e os seus respectivos empregados. Os stakeholders são os responsáveis pelo planejamento ou plano com visão mais ampla de todos os envolvidos em um processo ou projeto empresarial para saber de que forma podem contribuir para a otimização dos processos empresariais. Eles podem ser considerados de importância singular ao planejamento estratégico da empresa e organização e se formam pelos empregados da empresa, seus gestores, seus gerentes, seus proprietários, seus fornecedores, seus concorrentes, seus clientes, seus credores, o Sindicato, o Estado, ONGs e todas as demais pessoas que estejam relacionadas com uma determinada ação ou projeto empresarial. Planejamento estratégico empresarial e organizacional: Este é um processo gerencial no qual se formulam objetivos e se selecionam programas de ação para execução, tomando as condições internas e externas da empresa e a evolução esperada. O planejamento estratégico funciona para prever o futuro da empresa ou organização, por isso é de longo prazo, pois, na generalidade, divide-se em três níveis o planejamento, qual seja: estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional (curto prazo). A Governança Corporativa é, portanto, uma ferramenta importante da empresa moderna que preza pela transparência para com os seus acionistas, bem como a fidelização da clientela, além do acesso às informações dos interessados. A Governança Corporativa tem como objetivo recuperar e garantir a confiabilidade da empresa para os seus acionistas, criando mecanismos de incentivo e monitoramento para assegurar o comportamento dos executivos para que estes estejam alinhados aos interesses dos acionistas. Os acionistas são os investidores do negócio (de empresa) e os executivos são os contratados para a gestão do negócio (da empresa). A Governança Corporativa será sempre uma ferramenta importante da empresa moderna porque traz transparência em suas ações para os acionistas, promove a fidelização da clientela e dá acesso aos interessados de suas informações. Isso promove a boa gestão com o repúdio às fraudes e aos abusos de poder econômico como respeito à sociedade e aos consumidores, além de ser uma ferramenta importante para a imagem empresarial. Governança Corporativa cria um modelo balanceado de distribuição do poder. Em outras palavras, isso quer dizer que a empresa descentraliza o poder sem desmerecer a responsabilidade de cada e ainda contribui: “Implantar a governança corporativa não é somente acatar regras, pois, governança corporativa tem tudo a ver com qualidade da 2 Seção 2.2 / Micaelem Mascarenhas atitude e escala de valores, no mais puro sentido humano.” O stakeholders são de importância vital, portanto, a governança corporativa alinha os seus objetivos com os objetivos da empresa É essencial compreender que o objetivo principal da Governança Corporativa está na recuperação e na garantia de confiança da empresa para os acionistas, por essa razão o monitoramento do comportamento dos executivos como ferramenta para garantir a missão, a visão e os valores da empresa. A Governança Corporativa eficiente preza pela: transparência, participação, estado de direito, responsabilidade, orientação por consenso, igualdade e inclusão, efetividade e eficiência, accountability (prestação de contas). Destaca-se que as principais ferramentas utilizadas na Governança Corporativa para assegurar o controle da propriedade sobre a gestão são: o Conselho de Administração, a Auditoria Independente e o Conselho Fiscal. Os benefícios proporcionados por ela são muitos, principalmente, promove o desenvolvimento econômico sustentável e previne possíveis insucessos, tais como: • Erros estratégicos: resultado em que o poder está centrado no principal executivo. • Abuso de poder: resultado de poder excessivamente centrado no executivo principal. • Fraudes: resultado da utilização de informações privilegiadas para se beneficiar direta ou indiretamente, atuando em conflito de interesses. A Responsabilidade Social Empresarial é viabilizada e muito pela Governança Corporativa porque, nas relações estabelecidas no mercado, a transparência e as idoneidades refletem a imagem empresarial, a responsabilidade social chancela esse processo.
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