Roteiro de apresentacao Carl Rogers

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*Apresentação dos integrantes
+Falar sobre Rogers 
•Falar sobre o tipo de texto (sobre a nossa ideia de apresentação)
#Falar sobre o que seria um grupo de encontros 
>Falar sobre as perguntas (anotar que responderemos no final)
SIMULAÇÃO de um grupo de encontros
ALINE- TÓPICO 1 – Fase de hesitação, de andar à volta
Quando o líder (facilitador) esclarece logo de início que um grupo de encontros é permeado de uma liberdade incomum e que portanto ele não tomará a responsabilidade de dirigir.
A tendência é que o grupo passe por um período inicial de confusão, talvez de um silêncio embaraçoso ou de comunicação superficial, quem sabe até de frustração e grande descontinuidade.
TOMADA 1
ISAQUE (facilitador): - Bom dia, sejam todos bem vindos. Meu nome é Carl Rogers e esse é um grupo de encontros, esclareço a vocês que... aqui não há uma programação a ser seguida, nem tomarei a iniciativa de dirigir as sessões. Por favor comecem da forma que acharem melhor!
TODOS: em silêncio com os olhos arregalados se olham devagar. (surpresos)
JAQUELINE (com loucura): Iiiii gente... Mas como assim? 
PRISCILA (com curiosidade): Qual é o objetivo disso? Nunca participei de nada assim...
FERNANDA (com insegurança): Quem vai dizer pra gente o que fazer?
JAQUELINE (com loucura): Acho que deveríamos começar com cada um se apresentando? Meu nome é Jaqueline, tenho namorado, estou com 21 anos e moro com minha família.
MARCELE(com raiva): Eu não vou me apresentar coisa nenhuma!
FIM
ALINE - TÓPICO 2 - Resistência à expressão ou exploração pessoais;
Durante o período de hesitação, alguns indivíduos revelarão, provavelmente, atitudes bastante pessoais. O que pode provocar reações ambíguas no grupo. Mais tarde dois deles irão escrever a respeito das suas experiências:
TOMADA 2
A LUZ É APAGADA
RAFA e GABRIELA SE LEVANTAM COM CUIDADO (Lembrem-se de carregarem os CELULARES)
VÃO PARA O QUADRO E FICAM DE COSTAS (UMA EM CADA PONTA DA SALA – RAFA MESA PROF – GABRIELA PORTA).
RAFA ( com tristeza) ACENDE O CELULAR E COMEÇA A LER: 
“O meu eu interior contrasta com a imagem que apresento ao mundo. Ele é muito inseguro. O valor que atribuo ao meu eu interior está sujeito a muitas flutuações e depende muito do modo como os outros reagem à minha pessoa. Por vezes, este meu eu íntimo sente-se inútil.”
ALINE: É o eu exterior que os membros do grupo têm tendência para mostrar e... só gradual, tímida e ambiguamente vão revelando algo do eu íntimo.
GABRIELA ( com tristeza) ACENDE O CELULAR E COMEÇA A LER:
“Não me abro facilmente com as pessoas. Tenho uma fachada quase impenetrável.
Nada consegue me ferir, mas nada sai também. Reprimi tantas emoções que estou à beira da ESTERILIDADE EMOCIONAL. Esta situação não me torna feliz, mas... não sei o que fazer.”
ALINE: Este indivíduo vive, nitidamente, numa cela isolada. Mas só dessa forma disfarçada é que procura auxílio.
RAFA e GABRIELA VOLTAM PARA SUAS CADEIRAS
DEPOIS DE ACOMODADAS 
A LUZ É ACENDIDA
FIM
ALINE – TÓPICO 3 - Descrição de sentimentos passados; 
No grupo é comum a ambivalência de sentimentos entre o risco de se abrir e a confiança no grupo. Um indivíduo que no início pode ter se negado a participar, de repente começa a descrever seus sentimentos como passados quando na realidade esses sentimentos são ainda frequentes nele:
TOMADA 3
MARCELE (com raiva) – Ahhhh... Eu por exemplo sou muito calma, calada sabe, na minha, quase nunca me irrito. Mas... Quando isso acontece, eu quase me transformo. O tipo de pessoa que normalmente me irrita é aquela insensível, que não se importa com as pessoas, do tipo da minha superiora! Ela é tão agressiva, me tira do sério, me faz perder a cabeça...
ISAQUE – Mas então quando isso acontece, o que você faz?
MARCELE: Acho que em situações assim, reajo num tom cortante ou me recuso a responder.
ISAQUE – Você disse que fala num tom áspero, né? Com ela ou com outras pessoas com quem matem contato.
MARCELE: Oh! NÃO! Só com ela!
FIM
ALINE – TÓPICO 4 - Expressão de sentimentos negativos 
Rogers afirma que a primeira expressão de sentimentos de verdadeiro significado “aqui e agora”, curiosamente, tem tendência para surgir em atitudes negativas.
Ele explica que isso normalmente acontece por duas razões:
1a – É que as atitudes negativas são as melhores maneiras de avaliar a liberdade e a confiança do grupo.
2a- É que os sentimentos profundos positivos são muito mais difíceis e perigosos de expressar do que os negativos. 
Ex: Falo que te amo —> fico vulnerável e exposto a uma possível rejeição.
 Falo que te detesto —> fico sujeito a um contra-ataque, mas ainda posso me defender.
Ainda sobre a expressão de sentimentos negativos: 
TOMADA 4
TODOS OLHAM PARA ROGERS
GABRIELA: - Rogers duvido que você vai resistir e não nos comandar, você vai ver, vai ficar aflito!
FERNANDA: - Ah além disso, ele tem que manter a ordem aqui, porque é o mais velho né! 
RAFA: - E se os ânimos se exaltarem, você tem que expulsar os revoltosos.
JAQUELINE: - Se não fizer, criaremos problemas e não conseguirá fazer nada.
FIM
ALINE- Como puderam ver, Rogers nos alerta que o líder é frequentemente atacado por não fornecer a esperada orientação que ocorre em outros tipos de grupo.
ALINE – TÓPICO 5 - Expressão e exploração de material com significado pessoal 
Rogers diz que após experiências negativas, muito provavelmente se siga uma REVELAÇÃO de um indivíduo ao grupo de modo significativo.
Isso pode ocorrer, porque:
• O indivíduo já se sente parte do grupo;
• O indivíduo verifica que os sentimentos negativos foram expressados e aceitos ou pelo menos assimilados sem resultados catastróficos;
• Quando o indivíduo compreende que há liberdade, embora uma liberdade arriscada;
• Quando se desenvolveu um clima de confiança;
Então: VAMOS A REVELAÇÃO...
TOMADA 5
PRISCILA- Tenho problemas demais em casa. Acho que vocês sabem porque estou aqui...
ISAQUE – Você quer nos contar?
PRISCILA – É embaraçoso...
JAQUELINE - Fale, não deve ser tão ruim.
PRISCILA - Eu molestei meu irmão.
 [silêncio]
RAFA– Eita! Que horror!!!!!!
JAQUELINE (com compreensão)– Todos aqui têm diferentes questões...
RAFA– Sim, sei! Mas ainda assim... Que horror! 
PRISCILA – Viu o que eu queria dizer, é muito embaraçoso falar disso.
JAQUELINE (com compreensão) – Sim, imagino que seja mesmo difícil!.
PRISCILA – Dói falar nisso, mas dói ainda mais não falar. Me sinto tão culpada, tenho impressão que será assim pro resto da minha vida.
FIM
ALINE – Ficou evidente que Priscila decidiu correr o risco e desabafar. RAFA estava repelindo psicologicamente e Jaqueline manifestou aceitação profunda.
ALINE – TÓPICO 6 - Expressão de sentimentos interpessoais imediatos no grupo; 
Faz parte do processo... mais cedo ou mais tarde os sentimentos experienciados por um membro do grupo em relação ao outro serão exteriorizados, independente de serem positivos ou negativos.
TOMADA 6
GABRIELA FALA PARA JAQUELINE- A primeira vista, eu não fui muito com a sua cara.
JAQUELINE FALA PARA GABRIELA - É? E eu as vezes me sentia ameaçada pelo seu silêncio.
PRISCILA FALA PARA MARCELE- Eu fui com a sua cara de primeira, aliás aproveitando a oportunidade você deveria sorrir mais, você tem um sorriso bonito.
MARCELE (dá um sorriso) 
FIM
ALINE - Cada uma destas atitudes pode ser, e normalmente é analisada no crescente clima de confiança.
ALINE - TÓPICO 7 – O desenvolvimento de uma capacidade terapêutica no grupo; 
Para Rogers um dos aspectos mais fascinantes de qualquer experiência intensiva de grupo é a observação de como certos membros mostram uma capacidade natural e espontânea para tratar de um modo útil, simples e terapêutico a dor e o sofrimento dos outros.
TOMADA 7
FERNANDA: - Sou forçada a ser extremamente cuidadosa quando vou a qualquer lugar com meu marido. Se conheço muita gente, fico me policiando para que ele não se sintaposto de lado e a gente acabe novamente numa daquelas discursões horrorosas. Ele é tão ciumento, de verdade, não sei se conseguiremos continuar juntos.
JAQUELINE - Eu estou cada vez mais convencida de que seu marido te OPRIME, e o pior é que você parece não perceber que ele faz de propósito, ele quer que você viva só pra ele e por isso te afasta das pessoas.
ISAQUE – Sempre foi assim FERNANDA?
FERNANDA - No início da nossa relação não era assim, eu agia naturalmente... mas com o tempo eu fui meio que... me modulando a maneira de ser que mais agrada à ele.
GABRIELA – Então, você está querendo dizer que não pode ser quem você realmente é quando está com ele? 
FERNANDA (com tristeza) – É, acho que é mais ou menos isso. 
FIM
ALINE - Cada um destes indivíduos está tentando à sua maneira, ajudar, tratar, construir uma relação de amizade útil com FERNANDA a fim de impulsiona-lá a ter um relacionamento mais construtivo e mais saudável com seu marido.
ALINE - TÓPICO 8 – Aceitação do eu e começo da mudança; Isaque Nascimento 
Nesse tópico Rogers nos ensina que a AUTOACEITAÇÃO é o COMEÇO DA MUDANÇA tanto na psicoterapia como também nas experiências de grupo. 
TOMADA 8
ALINE- Numa primeira sessão de um grupo de encontros, uma mulher impressionou a todos por tamanha frieza. Ela era um pouco azeda, reservada e cínica. Num determinado momento, enquanto falava do marido, foi interrompida por um dos membros do grupo:
RAFA FALA PARA GABRIELA- Você ama o seu marido?
GABRIELA NÃO DIZ NADA... FICA PENSATIVA E TRISTE
 SILÊNCIO TOTAL
ALINE: ELA FICOU CALADA E A QUE PERGUNTAVA FALOU:
RAFA FALA PARA GABRIELA - Entendi. Não precisa mais responder, o seu silêncio já disse.
GABRIELA - NÃO! Espera... Não respondi, porque duvido que alguma vez eu tenha amado alguém! E... (PAUSA - RESPIRANDO FUNDO) agora aqui pensando... acredito mesmo que realmente nunca amei ninguém.
FIM
ALINE – Parecia drasticamente claro, dentro do grupo, que ela tinha acabado de se aceitar como uma pessoa sem amor.
ALINE- TÓPICO 9 – O estalar das fachadas; Jaqueline Barbosa 
Com a continuação das sessões, costumam acontecer tantas coisas juntas que é difícil saber qual descrever primeiro. A IMPACIÊNCIA se torna cada vez mais crescente com a superficialidade de alguns membros em relação as atitudes de fachada. 
O grupo parece procurar de uma forma intuitiva e inconsciente por encontros cada vez mais pessoais e profundos. Exigindo progressivamente que o indivíduo seja ele próprio, que não esconda seus sentimentos e que retire a máscara do convívio social.
TOMADA 9
JAQUELINE - Fico me perguntando quando é que você vai parar de fazer figura-se boa moça? Em todos os encontros que estive com você, te fazem perguntas e você sempre consegue rodear com palavras bonitas, sempre se esquivando! Será que algum dia você irá se mostrar? Quando você vai falar algo genuinamente verdadeiro pra gente?
RAFA - Não entendi muito bem, o que você quer que eu diga afinal?
JAQUELINE - Sua vida é uma maravilha, a sua família é unida, o seu trabalho é incrível!! Você se sente ótima né, então porque está aqui? Vamos! Tenha coragem! Algo tem que estar errado com você... não é possível! 
ALINE – Nesse momento, todos acharam melhor darem um intervalo... quando retomaram notaram que RAFA estava com a face vermelha, visivelmente magoada com o ataque. O grupo percebendo sua fragilidade passou a tratá-la mais delicadamente e encoraja-la a contar sua história pessoal.
FIM
ALINE – Bom, esse exemplo nos mostra como muitas vezes o grupo pode ser violento ao rasgar uma fachada ou defesa. Por outro lado, também pode ser sensível e delicado.
ALINE-TÓPICO 10 – O indivíduo é objeto de reação (feedback) por parte dos outros; 
Nesse tópico vamos falar de como é comum que o indivíduo adquira uma série de dados sobre o modo como é visto pelos outros.
TOMADA 10
JAQUELINE - Você me lembra uma borboleta. 
PRISCILA- Uma borboleta? Por quê?
JAQUELINE - Porque você pode se aproximar bastante de uma borboleta, como um amigo novo. Mas justamente quando consegue estar junto dela e olhar bem de perto pra ela, o que acontece? Ela voa pra longe.
PRISCILA -(Ri nervosamente)
JAQUELINE - Você é como uma borboleta, não podemos nos aproximar para tocar ou descobrir qualquer coisa a não ser à distância. Algo que deveria ser belo visto de perto, mas que não podemos nos aproximar o necessário. 
FIM
ALINE- TÓPICO 11 – Confrontação;
Então a professora nos pediu pra que esse fosse o nosso último tópico a ser apresentado. Nesse tópico, Rogers descreveu os momentos dentro do grupo que um indivíduo se confronta com outro, diretamente, em pé de igualdade. Algumas vezes esse confronto pode ser positivo, porém muitas vezes é nitidamente negativo.
TOMADA 11
GABRIELA-(com desprezo e superioridade): -Eu não tenho o mínimo de respeito por você! Nenhum... Na minha opinião, quem merece respeito é quem respeita o outro... 
JAQUELINE (com raiva se inclina pra frente) - Você é sempre tão estúpida, insensível, vive tecendo comentários desagradáveis, várias vezes tive vontade de vomitar. Estou tão furiosa que tenho vontade de te mandar pro raio que a parta.
TODOS FICAM CONGELADOS (ESTÁTUA)
ISAQUE LEVANTA VIRA PARA TURMA E FALA:
- Pode ser que surpreenda vocês, mas essas duas mulheres antes do fim da sessão se aceitaram mutuamente, não por completo, porém com um pouco mais de compreensão. Mas... que isso foi uma confrontação, foi sim!
TODOS QUE ESTÃO SENTADOS SE LEVANTAM E SE VIRAM PRA TURMA 
ENCERRAMENTO
ALINE- Pessoal fizemos o nosso melhor, esperamos que tenham gostado. Vocês anotaram alguma pergunta? Agradecemos a atenção de todos.