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Amor e outros Desastres Story: Amor e outros Desastres Storylink: https://www.fanfiction.net/s/6033200/1/ Category: Twilight Genre: Romance Author: Breese Authorlink: https://www.fanfiction.net/u/2331539/ Last updated: 01/16/2011 Words: 219855 Rating: T Status: Complete Content: Chapter 1 to 42 of 42 chapters Source: FanFiction.net Summary: 'Nosso ódio vai fazer as coisas serem mais fáceis depois' Ele respondeu aumentando a intensidade do seu sorriso torto. 'Depois' . 'Vai ter sido apenas sexo, para nós dois' Ele respondeu. *Chapter 1*: Presidencia Sumário: Calisle, dono de uma das maiores empresas dos EUA, resolve passar o cargo de presidente da sede de Nova York para Isbella Swan, uma de suas empregadas que mais cresce na empresa, e uma pessoa que ele é absolutamente apaixanado e a tem como filha. Bella, por sua vez, além de ser uma das administradoras, também é a pessoa que Carlisle e Esme confiam para vigiar o filho, Edward Cullen, um homem que parece nunca envelhecer nem amadurecer. No entanto, Bella e Edward se odeiam por motivos que já nem lembram mais. Com Bella assumindo o cargo de presidente da empresa que pertence a sua familia, Edward não se conforma, e vai ser capaz de tudo para tirar Isabella de seu caminho. Ele só não esperava que no meio do caminho ele se tornaria sua própria vítima... Observações: * Narrado em primeira pessoa, principalmente pela Bella. * Vou tentar postar sempre que puder, e já tenho quatro capítulos prontos. * Eu ou muito levada pelos outros, ou seja, por favor, comentem para eu saber se continuo ou não. Acreditem em mim, se não me disserem se ta legal ou não, eu vou desistir sem pensar duas vezes... Não é ameaça, é só que fico sem vontade de escrever... =/ Amor e outros Desastres. Capitulo I – Presidência. Bella's POV. Essa definitivamente não era a primeira nem a ultima vez que eu implorava pelo poder de matar alguém com os pensamentos, mesmo que fosse apenas uma pessoa. Aliás, existia apenas um homem nesse mundo que me faria acreditar que alguns anos encarcerada seriam melhores que aturar a presença dele. Existia apenas um homem nesse mundo que me fazia pipocar de raiva, que me fazia querer gritar e pensar nos piores tipos de tortura que minha mente conseguia imaginar. Eu só queria eliminar Edward Cullen da face da Terra. O que me deixava mais indignada era o fato de saber que eu seria perseguida e brutalmente assassinada pela população feminina dos Estados Unidos, no entanto, os homens com certeza me defenderiam e me tratariam como heroína. O fato era que eu nem sequer deveria está tendo aqueles tipos de pensamentos. Não quando Edward Cullen era o objeto torturado dos meus sonhos, pois ele não era nada mais que o filho mimado do meu chefe. Ou seja, daqui há quatros meses com a inauguração da nova filial em Seattle, ele seria meu novo chefe, pois o pai dele comandaria a presidência da filial de lá, e ele seria o novo presidente da corporação de Nova York. Eu, Isabella insignificante Swan, era a administradora financeira das empresas Benstin's, no entanto, a pedido do meu atual chefe, também administrava a parte de produção da empresa, uma vez que o responsável por aquele setor mais se preocupava em fazer poses para revistas e descobrir o novo detalhe que planejam colocar na Ferrari ou qualquer tipo de carro importado. Mas eu sabia que minha competência não seria o suficiente para fazer Carlisle Cullen e seus assessores desistirem de passar a presidência da empresa de Nova York para Edward, uma vez que ele seria o grande herdeiro de todo aquele império e até seria bom que começasse a usufruir de seu futuro fardo. E então só existia uma conclusão para minha vida quando Carlisle deixasse a presidência. Eu iria morrer. Morrer pois Edward Cullen seria meu novo chefe. E eu tinha a absoluta certeza que meu sentimento por ele era mais que recíproco. Me ódio por Edward foi desenvolvido durante a faculdade, após uma séria briga onde eu sai muito machucada. Tudo que eu pensava em fazer, depois que brigamos, era em seguir em frente e ter uma carreira melhor que ele esperava que eu tivesse. Eu tentava superar ele de todos o jeitos possíveis. Eu pensei que ganhei a guerra quando o fiz reprovar por um semestre na faculdade, e fiquei mais confiante quando me chamaram para trabalhar na empresa da família dele. No entanto, os seis meses que eu consegui ficar a frente dele não serviram para nada, no mesmo dia que fui nomeada como administradora financeira da empresa de Carlisle Cullen, Edward foi nomeado administrador produtivo, o que significava que além de trabalharmos no mesmo prédio, nós sempre teríamos que está em contato. E agora ali estava eu, na sala de reuniões do ultimo andar do prédio de administração da empresa dos Cullens, assistindo meu adorável chefe contar a emocionante história da Bestin's até o momento em que a filial em Seattle seria aberta e o império cresceria mais que seu criador imaginara. - E após toda a nossa trajetória, todas as noites em que todos nós aqui presentes ficamos acordados pensando em soluções ou inovações para a nossa querida ''casa'', eu tenho o orgulho de dizer que o nosso nome está cada vez mais presente nas ruas dos EUA. Também tenho o prazer de voz dizer meus amigos, que por necessidade de responder adequadamente ao nosso mercador consumidor, a nossa filial em Seattle é mais que real, e por conta disso nós precisaremos nomear o nosso novo grupo de administração, os que vão comigo e os que assumirão novos postos aqui. E era isso. Eu estava aqui esperando o anunciou da minha sentença de morte. Sim, pois eu tinha certeza de que se me mandassem para Seattle eu morreria de raiva por causa da chuva, e de saudade de Nova York e meus amigos. Mas também sabia que morreria caso Carlisle me deixasse a mercê de Edward. - Bella, ou você se acalma, ou eu teria que pedir licença para tirar você daqui e te dar um calmante – Jasper sussurrou no meu ouvido enquanto apertava minha mão que estava sob a mesa de vidro. - Deixa ela Jasper, ela sabe que logo eu serei o novo chefe, e ela estará correndo perigo aqui pois não vai mais ter o grande protetor. - Cala a boca, Edward – Eu e Jasper sussurramos. Edward apenas revirou os olhos e fez uma careta para mim antes de voltar a atenção para Carlisle. A distribuição de lugares a grande mesa era exatamente igual à de sempre hoje. Edward sentado ao lado direito da cabeceira de seu pai, logo depois estava eu, e bem ao meu lado estava Jasper. Do outro lado de Carlisle, quem sentava era Esme, que sempre estava envolvida em nossas reuniões, a minha frente estava Félix Mersone, um polonês e assessor de Carlisle, ao lado dele, e se misturando nos resto da fila, estavam outras pessoas que eu nem conseguia enxergar os rostos. Ao fundo eu escutava Carlisle parabenizar as pessoas que estava promovendo, e anunciando quem iria com ele administrar o novo complexo em Seattle. Aquilo realmente não poderia ser menos interessante para mim. Aliás, eu assumia um dos cargos mais desejados do mundo, eu tinha alcançado o ponto alto da minha carreira e nem tinha vinte e nove anos ainda, no entanto eu ainda tinha o desejo de ser promovida a vice-presidente ou quem sabe presidente. Sabia que o momento que realmente me interessava só aconteceria no final, daqui há quarenta ou noventa minutos, depois que todos os nomes fossem ditos. O único momento que me permiti prestar um pouco de atenção foi quando o nome de Jasper foi citado. Eu de repente senti medo e meu corpo todo congelou enquanto Carlisle não terminava de falar o que tinha para dizer em relação a ele. Jasper era meu melhor amigo naquela empresa, ele trabalhava no setor jurídico, e eu era a melhor a amiga da esposa dele. Ou seja, se Jasper fosse mandado para Seattle, eu perderia duas pessoas que eram realmente importantes pra mim. Mas meu corpo logo se livrou da tensão, Carlisle apenas disse que ele teriaque se acostumar com as conexões entre Seattle e Nova York enquanto alguém não fosse encontrado para assumir o papel de advogado representante do complexo que se firmaria no estado de Washington. - E bom, agora chegamos a parte em que muitos de nós estávamos esperando – Carlisle anunciou me fazendo voltar ao mundo real. Os olhos verdes dele encontram com os meus por um breve segundo, mas foi tempo o suficiente para que ele me sorrisse de uma maneira estranha. Eu vi Edward se ajeitar na cadeira dele, arrumando seu terno e passando a mão em seus cabelos bagunçados. Por mais que eu odiasse aquele homem com cada fibra do meu corpo, eu tinha que admitir que não era fácil dizer não para ele. Caramba, eu até hoje me perguntava o que eu tinha em mente quando o recusei durante o período na faculdade. Edward era um homem sexy sem nem ao menos se preocupar em ser. Ele já havia nascido com a beleza da família, e ainda havia ido estudar na Inglaterra durante grande parte de sua vida, o que o fizera ter um sotaque absurdamente sedutor. Toda vez que ele falava era impossível não prestar atenção ao movimento engraçado e interessante de seus lábios. - A família Cullen tem a tradicional idéia de que apenas aquele que é filho mais velho, e de preferência homem, tem o direito de comandar os negócios da família. Era assim desde que as lembranças de meu avô o permitiam me contar. Há mais de duas gerações minha família segue essa política, entregando o cargo de presidente para o filho homem. Eu discordo deles, tenho contato com mulheres perfeitas e muito eficientes que se enquadrariam no cargo de presidente da minha empresa. Minha esposa, por exemplo, ela é a pessoa que eu mais confiaria para entregar este cargo, mas como nenhum de nós está de disposto a ficar longe do outro, não vou fazer isso. Minha filha, Rosalie, também se sairia muito bem no papel de presidente dessa empresa, isso é, se ela estivesse interessada em administrar algo que não estivesse envolvido com o estranho mundo da moda. E então vem meu filho Edward, o personagem perfeito para meu antecessores nos cargos de nomear o futuro presidente. Mas eu não farei isso, não porque não confio em meu filho, eu só não acredito que ele esteja preparado para assumir essa responsabilidade, e é por conta disso que estou nomeando Edward Anthony Masen Cullen como o vice-presidente do complexo da Bestin's aqui em Nova York. Todos na sala ficaram paralisados. Todos na sala ficaram em silêncio. Todos na sala tinham uma expressão surpresa e apreensiva no rosto. Mas o pior de todos era Edward, que olhava para Carlisle e Esme com uma expressão sem sentimentos, mas eu podia sentir seu corpo queimando por dentro. Ele estava prestes a colocar suas idéias para fora. Eu, por outro lado, e mesmo sem saber quem seria o sortudo a ser o novo chefe de Edward sem ser o pai dele, estava animada e feliz. Eu estava até sorrindo. Tentando controlar-me para não gargalhar. - E quem vai ficar no cargo da presidência? – Mike Newton, um dos responsáveis pela fiscalização do desenvolvimento produtivo nas fábricas, perguntou parecendo não se reocupar em ser intrometido. - Eu estava chegando a esse ponto – Carlisle respondeu. Meu chefe mais uma vez olhou para mim, mas logo depois voltou sua atenção para Esme. Ela, por sua vez, levantou-se e ficou ao lado de Carlisle. Esme era uma mulher que eu admirava muito mais que eu poderia expressar em palavras. Ela era a mulher que eu queria ser quando ''crescesse''. Quero dizer, mesmo tendo uma família conhecida e cheia de atenção da mídia, ela sabia ser elegante, mãe, esposa e executiva. Eu queria tanto ter uma família e meu trabalho, exatamente como ela. - Como eu pretendia continuar – Carlisle falou – O cargo de presidência é algo cobiçado e cheio de responsabilidades. A pessoa que embarca nesse cargo pensa primeiramente em quão bom isso pode ser, e para ser sincero, sim, nós presidente temos nossos benefícios mais ampliados que os dos outros, no entanto, a responsabilidade e a visão de problemas é bem maior. O presidente, além de ter o fardo de carregar todos os problemas, ainda tem que está preparado para ser duro quando necessário, tem que está preparado para viajar para qualquer que seja o lugar que precise de sua presença, tem que está disposto a ser o presidente. E foi pensando em todas as coisas que eu já passei desde que meu pai me nomeou como seu sucessor, que eu decidi que Edward assumiria esse cargo quando eu encontrasse nele o que meu pai encontrou em mim, ou pelo contrário eu teria acabado com o império da minha família. Mas felizmente, eu encontrei uma pessoa mais que perfeita para me suceder aqui em Nova York, e eu tenho certeza que essa pessoa sofrerá um impacto grande, mas não tanto quanto o que uma outra pessoa assumiria. - Meu marido me deu o prazer de anunciar que – Esme parou um segundo sua fala para respirar fundo – Isabella Marie Swan será a nossa nova presidente do complexo Bestin's em Nova York. Eu estava esperando que a equipe de produção de qualquer que fosse o programa de pegadinhas saísse de trás de qualquer que fosse o lugar de onde eles estavam, olhei para as portas atrás de alguém gritando '' Te pegamos'', e até procurei encontrar alguma coisa divertida no semblante de Edward. Mas foi então que eu percebi que as palavras de Esme não poderiam ser mais sérias e verdadeiras como o brilho nos olhos dela e de Carlisle. Não existia emoção reinando em meu corpo naquele momento. Era simplesmente uma mistura de tudo o que uma pessoa pode sentir em um momento como aquele. Felicidade correndo cada fibra do meu corpo. Satisfação borbulhando no meu sangue. Orgulho fazendo meus olhos se encherem de lágrima. Tensão e medo eram quase imperceptíveis em relação a tudo o que eu sentia. - Oh meu Deus – Foi a primeira coisa que consegui pronunciar – Sr. e Sra. Cullen, eu realmente não tenho palavras para dizer nesse momento. É uma grande surpresa para mim. - Primeiro, minha querida, você não deveria ficar surpresa, com toda a sua competência cuidando da administração produtiva e financeira de nossa empresa, não é mais que previsível que você seria a nossa a escolha. E você sabe que essa é a ultima vez que me chamou de senhora Cullen, não? Meus olhos ficaram embaçados por um momento muito rápido, e então me levantei de onde estava e contornei o espaço que a cadeira de Edward ocupava, com a intenção de abraçar Carlisle e Esme, ao mesmo tempo se fosse possível. - Obrigada – Murmurei baixinho quando Esme me apertou forte. - Eu e Carlisle que agradecemos – Esme falou alto demais. Carlisle me deu tapinhas na costa ao invés de abraçar. E Edward, que de repente estava de pé, murmurou algo que eu jamais iria conseguir entender, e depois saiu da sala sem olhar para trás. . . . Edward's POV. Eu realmente queria morrer naquele exato minuto. Melhor, queria que Isabella Swan morresse naquele minuto, assim ela nem sequer teria a chance de experimentar o conforto da cadeira da sala da presidência, ela nem sequer teria a chance de me dar uma ordem sendo a minha chefa. O que diabos meu pai tinha em mente quando a nomeou como sua sucessora ainda era um mistério para mim, assim como a minha atitude para reverter aquela decisão. Eu jamais aceitaria que aquela mulher tivesse o prazer de mandar em mim, e para isso eu teria que fazer algo, ou então acabaria decidindo por eliminar ela da face da Terra, ou isso aconteceria comigo. Isabella Swan me odiava com cada fibra do seu corpo sexy e que muitas vezes me deixava louco. Era realmente uma pena que aquela mulher tivesse um ego tão mais brilhante que sua beleza. - O que você vai fazer? – Emmet perguntou assim que o bartender saiu para buscar minha quinta dose de tequila. - Se assassinato não fosse um crime, Bella já estaria morta há muito tempo. - Para de falar besteira Edward. Bella é uma ótima pessoa, e tanto você como eu sabemos que ela é apessoa perfeita para assumir a presidência. Aliás, ela cuidava do departamento dela e do seu, além de ficar sendo sua babá. - Qual é Emmet? Vai ficar defendendo ela também? – Perguntei irritado quando minha bebida chegou. - Só estou falando a verdade, Edward. Pare e pense um pouco, você acha mesmo que está preparado para ser presidente dos negócios da sua família? Eu sou seu amigo e é por isso que estou falando isso, cara. Você não faria nada bom assumindo o cargo que Bella está assumindo, aliás, você nem sequer fazia sua parte no trabalho, ela era quem arrumava todas as besteiras que você fazia, e acima de tudo, é ela que está sempre ti livrando de qualquer que seja a encrenca, mesmo que seja no meio da madrugada... Eu resolvi bloquear minha mente por um momento. Emmet falava como se sua voz fosse a energia que o mundo precisava para existir. Eu sabia que boa parte do que falava era verdade. Por mais que eu odiasse Isabella, e por mais que ela me odiasse mais ainda, eu sabia que ela era minha heroína para qualquer tipo de 'eventualidade'' que acontecesse. Eu também sabia que ela era mais competente que eu, não por eu não ser um bom administrador, mas sim por eu ser uma pessoa que não dava atenção ao trabalho. Aliás, eu tinha ela para fazer as coisas pra mim, não? Eu era um idiota. Sim, um idiota sem futuro e que de agora em diante teria que ser o profissional perfeito para fazer meus pais acreditarem que eu seria um bom presidente, e então eu teria o meu cargo. Mas eu sabia que não bastaria ser o melhor, eu teria que arrumar um jeito de tirar Isabella da presidência, não existiria maneiras de eu a fazer parecer incompetente. Eu tinha que fazer ela desistir. - O que a faria desistir? – Perguntei em voz alta na esperança de ganhar alguma ajuda de Emmet. - James – Emmet falou. Olhei para ele tentando encontrar algum sentindo na resposta que ele me deu, e foi só então que percebi que Emmet estava olhando para alguém atrás de mim. - O que? Eu tenho tanto direito de está aqui quanto você, Emmet – James respondeu me fazendo virar para encontrar a figura dele. - E onde esta o pequeno Batman? – Emmet perguntou. - Com a minha mãe, até segunda de manhã – James respondeu fazendo um sinal para que o trouxessem uma bebida – Ou seja, um fim de semana inteiro para fazer o que eu bem entender. James era um dos meus melhores amigos, mas era tão raro sair com ele quanto ver uma estrela cadente no céu de Nova York. Com o emprego que ele acabava de voltar, e cuidando de Davis, o filho de dois anos de idade dele, meu amigo não tinha tempo nem para trabalhar, uma vez que a mãe de Davis morreu duas horas depois do parto. - E então, me fale como está sendo voltar ao trabalho depois de um ano parado? – Emmet perguntou parecendo não muito interessado. E então começou todo um discurso sobre o lado positivo e negativo de ser pai solteiro. James definitivamente não era mais o cara que eu conheci durante a faculdade. Eu nunca imaginei que ele fosse acabar se tornando um pai tão coruja quanto ele era. Para ser sincero eu me vi até com um pouco de inveja enquanto ele relatava as coisas boas de ter uma criança na vida, por exemplo, todo lugar que ele tinha mulheres olhando para ele por causa de Davis. Se fosse assim eu também queria ser pai solteiro. - E você Edward? Já me contaram que seus pais passaram a presidência para a Swan – James provocou. - Cala a boca James – Respondi irritado – E ver se não se anima muito com as minhas desgraças. A Swan não vai ficar muito tempo naquela sala. - Ele está pensando em matar ela, ou fazer algo do tipo – Emmet brincou bebendo um pouco de sua cerveja. - Você quer saber a verdade Edward? – James falou sarcasticamente. – A Swan é mulher, e toda mulher sonha em construir uma família e ter filhos. Olhe por exemplo Maria, quando nos casamos ela diminui a carga horário de trabalho dela, e quando descobrimos que estava grávida ela simplesmente largou o trabalho. Ou seja, você só precisa esperar que a Swan case ou tenha filhos, e então ela vai desistir da presidência e vai entregar tudo em suas mãos. Isabella Swan casar. Essa era a nossa brincadeira particular. Tanto eu quanto James acreditávamos que ela acabaria sozinha, morreria na casa dela e seria encontrada anos depois. Ela jamais casaria. E Bella era responsável demais para se envolver com um cara e acabar engravidando. - James, cala a... – Eu iria mandar ele e Emmet para o inferno naquele exato momento, mas foi então que eu percebi o quão ricas eram as palavras dele. Era isso. Isabella Swan não sairia da presidência por ser incompetente, pois isso era praticamente impossível. Mas Isabella Swan sairia da presidência, nem que eu tivesse que pagar milhões para alguém a fazer engravidar. Ela com certeza desistiria de tudo para cuidar de um bebê, aliás, ela adorava crianças. Eu só tinha que arrumar alguém que ela não conseguisse resistir. Ou teria que levar ela até Las Vegas e a fazer ficar tão bêbada que nem perceberia que estava casando ou transando com alguém desconhecido. - O que significa esse sorriso maléfico no seu rosto meu caro Edward? – Emmet perguntou. - Você acabou de me dar uma idéia fantástica James. - E que idéia seria essa? – Emmet e James perguntaram em uníssono. - Isabella Swan será mamãe – Respondi já criando a imagem dela com um bebê nos braços. *Chapter 2*: Noite de Natal Amor e outros Desastres. Capitulo II – Noite de Natal. Bella's POV Quatro semanas depois... Existiam momentos que me perguntava o que eu estava fazendo da minha vida. Em uma cidade escondida no oeste do estado de Washington, á quatro horas de carros de Seattle, eu cresci não tendo contato com o luxo das coisas do mundo a fora. Meu pai não passava de um chefe de policia da cidade mais pacata do mundo, e minha mãe era a professora do jardim de infância. Eu havia sido criada da maneira mais simples possível, em uma casa de dois andares e com apenas um banheiro no andar de cima para dividir com meus pais. Também havia trabalhado em dois empregos para guardar dinheiro e poder entrar na faculdade que eu queria, e ainda me privei de várias coisas que pareciam simples apenas para continuar cursando a faculdade sem ter problemas financeiros. Foi por isso que eu abracei com toda a minha força e determinação as chances que Carlisle me dava. Eu havia começado a estagiar na empresa dele assim que o sexto período começou, e quando eu me formei um ano e meio depois de o conhecer, eu já tinha um emprego garantido na Bestin's, com promessas de crescimento na minha carreira. Eu nunca acreditei que eu fosse ser capaz de pelo menos passar do cargo de assistente. E agora ali estava eu, com meu nome sendo anunciado como presidente da Bestin's, a empresa que mais vinha crescendo no ramo de eletrônicos nos últimos anos. Eu estava no topo, no lugar que eu jamais pensei chegar. Meu salário apenas como administradora financeira já era alto suficiente para que eu tivesse uma grande quantia de dinheiro no banco, e ainda podia usufruir da luxuria de morar em uma Brownstone* de frente ao Central Park. Eu não poderia está mais realizada. Poderia morrer agora e eu estaria feliz. Meus pais estavam orgulhosos e até planejavam fazer uma grande festa quando eu os visitasse. Minha mãe dissera que convenceria meu pai a vir até Nova York para me visitar. E meu pai perguntou por que eu não assumia a presidência do complexo que se instalava em Seattle, onde eu ficaria a quatro horas de casa. Foi difícil convencê-lo de que a empresa que ficaria em Seattle era uma inovação para a Bestin's. A fábrica que ficaria por lá, começaríamos a produzir eletrodomésticos, e Carlisle gostaria de gerir aquilo ao poder dele, uma vez que aquela idéia pertencia a Esme. Também precisei de muito tempo para explicar que não iria passar natal com eles em Forks, o que não era nenhuma novidade, pois o natal desse ano eu passaria de novo na luxuosamansão de inverno dos Cullen, com direito a companhia de todos os meus amigos ao som de uma banda que tocaria boas músicas. A casa não tinha descrição. Não seria exagero compará-la a um castelo. Tinha três andares, vinte e seis quartos só no segundo andar, um salão de festa que foi palco dos casamentos de Alice com Jasper e Rosalie com Emmet, uma cozinha que eu simplesmente era apaixonada, uma biblioteca cheia de livros a espera de minha leitura, e uma escadaria em espiral que eu era completamente apaixonada. Aquele era o tipo de casa que eu gostaria de ter daqui há dez ou vinte anos, com todos os quartos ocupados por meus filhos biológicos e os que eu pretendia adotar, fora meus pais que eu traria para morar comigo. Eu costumava dividir o quarto com Rosalie, quando vínhamos para cá na época do natal, mas esse ano ela estava casada com Emmet, e eu não estava a fim de assistir os dois fazendo seja lá o que fazem no quarto deles. Então este ano estava ficando no único quarto vazio do terceiro andar, bem em frente ao quarto do meu querido e encantador melhor amigo, Edward. Edward. Só pensar naquele nome meu corpo tinha uma reação diferente a qualquer outra coisa no mundo. Eu estava confusa sobre ele, naquele momento. Confusa porque eu sentia que algo estava acontecendo, uma vez que em quatro semanas ele não havia aprontado nada pra me irritar, o que era um grande milagre. A festa de natal na casa dos Cullen sempre começava às oito horas da noite. A neve que caia do lado de fora, escondendo os jardins mais bonitos que eu já vira na vida. A casa tinha uma decoração quente e gostosa, que ao mesmo tempo de dar a idéia de luxo, transparecia a simplicidade e o conforto. Eu havia começado a me arrumar no mesmo minuto que Alice dissera que sairia para tomar banho. Havia esquecido completamente que Alice e eu tínhamos noções de tempo bem diferentes, e por conta disso antes que o relógio marcasse sete e meia eu já estava completamente arrumada. Naquela noite eu usava um vestido longo azul anil. Ele era justo até abaixo dos meus seios, e logo se soltava até os pés. Tinha um decote tímido e não tinha alças. Eu gostei da aparência alta que me dava, e ainda me livrava de saltos que eu odiava usar. Usava uma pulseira de cristais, uma gargantilha e brincos do mesmo conjunto, e os cabelos soltos, tendo apenas algumas mexas presas atrás. Eu estava me sentindo confortável. Não sentia que iria roubar os olhares como Rosalie costumava fazer, e muito menos iria conseguir me sentir do mesmo nível que as pessoas de alta classe que estariam na festa, mas eu estava feliz com o meu resultado final. Fiquei até sete e quarenta no meu quarto, olhando pela janela o show que a neve fazia ao cair. Mas já não agüentava mais esperar, precisava descer e me sentir um pouco menos sufocada. Por conta disso abri a porta do meu quarto e fui em direção ao grande salão. Para a minha sorte, ou azar, eu não era a única a ter me arrumado mais cedo. O salão já estava mais ou menos cheio de pessoas vestidas em elegantes trajes coloridos e elegantes. A festa de natal que Esme costumava dar todos os finais de ano era muito conhecida. Vinham parentes distantes, sócios da empresa, amigos e vizinhos próximos. Eu já conhecia uma grande parte das pessoas que estariam presentes, mas tinha a absoluta certeza que passaria a noite segurando vela dos meus dois casais de amigos, na tentativa inútil de fugir das tentativas de Felix em ir parar na minha cama. - Eu não acredito que você já está aqui – Falei quando vi Alice se sentando em uma mesa vazia. - Aquele quarto estava me sufocando – Ela respondeu sorrindo. - E onde está Jasper? – Perguntei sentando ao lado dela. - Ele terminou de se arrumar mais cedo e saiu com Emmet. Eu não sei não, os dois estavam falando algo sobre Edward e James hoje mais cedo. Sinto o cheiro de armação no ar. - Ah, você também escutou? – A voz de Rosalie ecoou atrás de mim, e um minuto depois eu estava entre ela e Rosalie. - Você sabe o que os meninos estão aprontando? – Alice perguntou se curvando na mesa para não falar alto. - Não tenho idéia. Só sei dizer que Emmet está muito chateado com Edward, e pediu que eu ficasse de olhos grudados em você e Bella – Rosalie respondeu olhando ao nosso redor. - Eles devem está preparando uma surpresa, só isso – Respondi – Mas de qualquer jeito, hoje eu não desgrudo de vocês duas por nada nesse mundo. Encontrei um bilhete de Felix na porta do meu quarto, e ele dizia que meu presente de natal só seria dado depois que fossemos pro quarto – Tremi imaginando a cena que ele colocou em minha mente com as palavras daquele bilhete. - Belinha arrancando corações, não? – Alice brincou – É sério Bells, você deveria dar uma chance pra ele. O cara é todo bonito e gostosão, e ainda por cima tem uma propriedade na Grécia, e ele é louco por você. - Ah não, se a Bella for dar uma chance para alguém, esse alguém tem que ser Riley, ele é fofo e até mandou flores no aniversario dela. E para ser bem sincera, antes de eu e Emmet começarmos a namorar, eu e ele dividimos uma experiência muito... ''inovadora'' durante uma viagem para Malibu. - Ah, fala sério Rosalie. Eu não vou dormir com alguém que você já teve relações. Que nojo – Respondi fazendo uma careta – E além de tudo, dentro de três meses eu vou assumir o cargo de presidente, não vou ter tempo para ficar pensando em namorados e essas coisas. - Mas você vai precisar. Já pensou chegar em casa de um dia estressante e encontrar um cara super gostoso na cama te oferecendo todos tipos de relaxamento que você quiser? - Eu vou está tão cansada que provavelmente desmaiarei na escada. - Ta vendo, você vai ter alguém para ti carregar – Respondeu Alice. Eu desisti. Aquelas duas estavam dispostas a encontrar um namorado, ou futuro noivo pra mim. Eu já até imaginava o que se passava na cabeça de Alice, ela com certeza já tinha todos os preparativos do meu casamento prontos em sua mente, só faltava encontrar o noivo. Rosalie também estaria louca pelo meu casamento, assim ela teria um novo amigo para Emmet, e eu, Alice e ela poderíamos sair em casais e coisas do tipo. Só poderia existir alguma coisa no nome da família Cullen. Esme e Rosalie sempre foram sonhadoras e apaixonadas pelo matrimonio. Alice, antes de casar com Jasper, era como eu, viciada em trabalho e nem pensava em casamento, mas foi só conhecer Jasper e se imaginar sendo a nova prima de Rosalie que tudo mudou. Eu agora estava sozinha em minha luta contra o casamento antes dos trinta. A festa, em um piscar de olhos, já estava cheia. Crianças correndo para todos os lados. Pessoas indo e vindo bebendo o que quer que o garçons serviam. Alice e Rosalie já imaginando como seria o próximo natal, que na mente delas eu já estaria com meu noivo e elas com os filhos nos braços. E Emmet e Jasper, que já haviam se juntado a nós alguns minutos atrás. - Ta Ok, Bella, não sai dessa mesa – Emmet respondeu quando cansou da insistente Rosalie que o chamava para dançar. - É Bells, não sai dessa mesa, ao não ser que seja para ir ficar com meus tios. Ok? – Jasper perguntou cedendo a insistente Alice que queria o mesmo que Rosalie. - Eu acho que tenho o direito de escolher o que faço – Respondi recebendo um olhar reprovador tanto de Alice e Rosalie como de Jasper e Emmet – Ta, vou ficar aqui. E eu realmente fiquei. Olhando os casais dançarem as músicas que a banda tocava. Eu os olhava com inveja. Eu odiava dançar, mas as músicas de Frank Sinatra me deixavam com uma vontade de abraçar alguém e sair dançando no ritmo que a música mandava. A cena me lembrava meus pais, eles costumavam dançar secretamente durante a noite após arrumarem a louça do jantar. Mas eu tinha que agradecer. Aparentemente a mesa que escolhemos ficar era escondida suficiente para que Felix não me achasse, assim como Edward, que eu tinha certeza que não perderia a oportunidade de me atazanar. - As pessoassolteiras me dão pena – Escutei a voz de Edward atrás de mim no mesmo segundo que pensei nele. Qual é? - Me deixa em paz, Edward – Respondi virando-me para encontrar a figura dele. Naquela noite ele estava mais bonito que o normal. - Eu vim fazer uma boa ação e você me trata assim? – Ele respondeu parecendo chateado enquanto se sentava no antigo lugar de Rosalie. - Boa ação? Não consigo imaginar isso vindo de você. - Vim ti chamar pra dançar. Sei que você gosta de Frank Sinatra. E você sabe, hoje é véspera natal e as pessoas ficam boazinhas. Eu o olhei com desconfiança. Como ele sabia do que eu gostava ou não? Qual era o interesse dele em ser bonzinho comigo? Alguma coisa estava errada naquela história. - Existem no mínimo, dez mulheres solteiras e sem companhia nessa festa. Por que ser bonzinho comigo? – Perguntei tentando encontrar a resposta no olhar dele. - Você quer a verdade? - Não Edward. Minta para mim, por favor – Respondi com impaciência fazendo ele rir. - Você, infelizmente, vai ser minha chefa. Nós passaremos a trabalhar muito mais juntos do que antes, e eu realmente estou disposto a fazer meus deveres ao invés de deixá-los para você. Então pensei que estava na hora de deixarmos de lado nossa briga e começarmos de novo. O que você acha? Apoiei minha costa no encosto da cadeira e tentei encontrar alguma razão para dizer não. Mas ele estava certo, precisávamos nos dar bem e fazer nossas vidas serem mais fáceis. Fora isso, no mesmo momento começou a tocar Fly me to the moon, e eu não consegui evitar. - Apenas uma dança – Respondi me levantando. - Não, enquanto tocarem as músicas do Frank – Edward respondeu pegando minha mão. - Ele tem muitas músicas, e ainda nem tocaram metade. E você sabe que sua mãe mandou a banda tocar no mínimo umas vinte e músicas dele. - Então dançaremos muito hoje – Edward respondeu quando chegamos a pista de dança. Os braços de Edward logo estavam em minha cintura, e eu estava grudada ao corpo dele. Edward me guiou, sorriu, e até sussurrou a letra da música. E repetiu isso durante todas as músicas que tocaram. E eu até tinha perdido a conta de quantas músicas já havíamos dançando, pois eu estava me divertindo enquanto dançava com Edward. Era estranho. E errado também. - Você dança melhor que eu esperava – Ele sussurrou no meu ouvido em um determinado momento. - Você também está me surpreendendo – Respondi. Eu não ganhei resposta. Ele apenas me empurrou para longe, mas segurou minha mão, fazendo eu entender o passo que estava fazendo. De repente ele me puxou com força, e então eu me vi grudada em seu corpo, sentindo o hálito com perfume de vinho tinto. Seus lábios tinham um sorriso que eu conhecia muito bem, e seus olhos brilhavam. Eu estava tonta. - Eu tenho um presente de natal para você – Edward sussurrou de repente, não permitindo que meus olhos desviassem dos seus. - E o que seria? – Perguntei. - Um amigo. Ele está muito interessado em você, mas ele é tímido demais. Prometi que ti levaria para dançar, depois nós dois iríamos beber algo e eu falaria dele para você, e então, se você gostasse dele, eu daria um sinal e ele viria. O que acha? - Acho que isso tem algo de errado. Você não perderia sua noite para ajudar um amigo a ter algo comigo. - Hoje é natal – Ele deu de ombros. Dançar com Edward era mais fácil que eu imaginava. Ele sabia guiar e fazer eu não cair ou pisar em seus pés. E era até gostoso sentir o corpo dele me envolvendo tão perfeitamente. Eu sentia que aquilo me deixaria louca por muito tempo, e por conta disso decidi que nosso tempo dançando acabaria no exato minuto que aquela música acabasse. E foi o que fiz. . . . Cinco e quinze da manhã. Eu estava sozinha sentada em uma mesa assistindo os garçons passarem limpando as sujeiras das outras mesas. Uma grande parte das pessoas já haviam se retirado, e apenas alguns casais idosos estavam se aproveitando da banda que parecia nunca querer parar de tocar músicas que eu nem conhecia. Eu estava morrendo de sono. Cansada e com os olhos mais fechados que abertos. Fora isso, meu nível de álcool estava consideravelmente mais elevado, e eu tinha certeza que não conseguiria voltar a meu quarto sem cair nas escadas. Por que não ficar no meu quarto e dormir? Uma boa pergunta. Mas uns idiotas resolveram usar meu aposento como quarto de motel, e agora a cama que deveria ser minha estava sendo usada para uma maldita orgia. Eu achei nojenta a cena, tanto que nem consegui ficar no mesmo andar. A idéia que passava em minha mente era usar o quarto de um daqueles que estava no meu, mas para isso eu teria que sair de porta em porta. Ou eu poderia ir atrás de Esme e pedir para ela me encontrar outro quarto, mas essa opção estava descartada, eu não iria bater na porta do quarto dela a aquela hora. Eu definitivamente deveria ter aceito a proposta do amigo de Edward, pelo menos eu teria um pouco de sexo e uma cama para dormir. Mas meu orgulho falou mais alto, e tudo o que eu fiz foi ameaçar Edward se caso algum amiguinho dele viesse pra cima de mim, ele iria se arrepender pelo resto da vida. - O que você está fazendo aqui? O que estava acontecendo. Era só pensar na pessoa e ela se materializava atrás de mim como se fosse a coisa mais natural do mundo nós nos falarmos? - Estão fazendo uma orgia no meu quarto, e nem sequer me convidaram. Eu estava esperando a banda terminar de tocar para poder dormir em paz aqui – Respondi com o pouco de humor que ainda me restava. - Você está acabada. - E você descobriu o mundo. - Hoje é um dia que eu tiro para ser bonzinho. Vem comigo, sua chata. - Qual é Edward, me deixa em paz – Pedi. Mas já era tarde. Ele me pegou no colo, e eu não consegui pensar em palavras para argumentar. Meus olhos se fecharam quase instantaneamente. Bastou meu corpo se sentir um pouco confortável para que minha consciência que me mantinha acordada desaparecesse. Mas eu não podia dormir, não enquanto eu soubesse para onde Edward me levando. Com o sentimento existente entre nós dois, eu não me surpreenderia se ele me levasse para dormir na piscina, onde tudo estava coberto de neve. - Você não se alimenta nada há quanto tempo? – Ele perguntou. Meus olhos focavam apenas em seu rosto embaçado, e eu não conseguia ter uma pista de onde estávamos indo. - Eu me alimento muito bem – Respondi em um gemido. O sorriso de Edward cresceu por um momento, e eu consegui vislumbrar uma chama passar em seus olhos. - Você pesa muito menos que muitas das modelos que eu já carreguei, e olha que são muitas. - Eu sei que são muitas, por acaso sou eu que cuido delas quando aparecem no escritório querendo falar com você. - Claro, claro – Ele respondeu parecendo entediado. Eu parei de olhar para ele. Meu corpo cansado não me permitia mais falar nem pensar direito. Eu só queria dormir. Mas eu não podia, até que soubesse onde estávamos indo. - Para onde está me levando? - Para o meu quarto – Ele respondeu deixando mais um sorriso estranho aparecer em seu rosto. - Seu amiguinho não estará lá, não é? – Perguntei imaginando uma maneira de fugir daquela situação. - Meu amiguinho foi embora ontem de noite quando você o recusou. - Mas estava caindo uma tempestade – Argumentei. - E daí? – Edward respondeu. *Chapter 3*: Na cama com o inimigo Amor e outros Desastres. Capitulo III – Na cama com o inimigo. Eu estava quase cem por cento sóbria quando me vi deitada na cama de Edward vendo-o sem camisa e calça. Céus, ele estava usando apenas uma daquelas cuecas da Calvin Klein que eu costumava ver nas revistas. Para falar a verdade eu via mais os corpos sarados dos modelos, mas a cueca acabava chamando a atenção no final das contas. O que ele estava fazendo era um mistério para mim. Edward não havia apenas me levado para o quarto. Ele retirou minhas jóias, soltou o meu pouco cabelo amarrado, tirou meus sapatos,e até me ajudou a me livrar do meu vestido, é claro, depois de esperar dez minutos enquanto eu lavava meu rosto e tentava recuperar um pouco da minha consciência. Aquela noite tudo estava muito estranho, pois eu realmente não me importei com a intimidade que estávamos dividindo. Ele havia, praticamente, me despido, e eu nem reclamei. Deveria está mesmo cansada. Eu assisti como ele desligou as luzes, deixando apenas um abajur ligado, e fez o caminho até o ouro lado da cama, e confesso que fiquei surpresa quando ele deitou por baixo dos cobertores que eu usava, e simplesmente se acomodou. Como no mundo eu dormiria com um homem como ele ao meu lado? Nem a maior exaustão do mundo seria capaz de me fazer ficar desligada sobre o que estava acontecendo. Meus olhos simplesmente se pregaram nas costas dele, e eu me encontrei conferindo os poucos sinais que tinham ali. - O que você tanto olha? – Edward perguntou virando-se para ficar de frente para mim. - Estava pensando – Respondi. - Em como sou lindo e o quanto você deseja me odiar um pouco menos para poder se satisfazer? – Ele perguntou com aquele sorriso que eu odiava – Sinto muito Bella, mas esse corpinho aqui não é para você. - Como se eu quisesse. Mas você ta certo, esse seu corpinho é muito pouco pra mim. Já dormi com homens melhores que você, e só porque estou há um tempo sem me dar ao luxo de ter um relacionamento, não significa que eu vou me rebaixar tanto ao ponto de desejar você. - Ah meu bem – Ele falou parecendo um pouco mexido com minhas palavras – Eu sou muito melhor que todos os homens que você já dormiu em toda a sua vida. - Só olhando eu consigo deduzir que você jamais seria tão bem dotado como os homens que eu já dormi. - Se eu não fosse tão bem dotado, as amiguinhas da minha irmã não a deixariam louca como costumam fazer – Ele respondeu se apoiando em seu braço esquerdo a fim de parecer mais alto que eu. - As amiguinhas da sua irmã são todas modelos. E você sabe, modelos são pequenas, elas também têm que se contentar com pouco, então você serve para elas – Respondi, sabendo que minhas palavras deveriam ser tão mentirosas quanto ao fato de eu não desejar descobrir o que tanto as mulheres viam nele. Eu juro que vi uma chama de raiva passar pelos olhos verdes de Edward. A boca dele se abriu e fechou rapidamente quando finalmente minhas palavras ganharam maior impacto. O corpo dele tremeu por um momento, e eu tive que morder meu lábio inferior com muita força para evitar um sorriso. E então, muito rapidamente, a mão de Edward pegou a minha e ele me olhou esquisitamente. - Você vai ver o quão está enganada. Eu não demorei nem dois segundos para descobrir o significado daquelas palavras. Talvez eu não fosse a única a está com um pouco de álcool no sangue. Edward era mais louco que eu poderia imaginar. Com apenas palavras misteriosas ele me avisara que estava me provando que o melhor amigo dele era muito mais interessante que eu fazia parecer. Ele simplesmente havia colocado minha mão em cima do ''amigão'' dele. - O que você está fazendo? – Perguntei sem lutar contra a pressão que a mão de Edward fazia sobre a minha que ainda estava naquela parte dele. - O que você diria agora? – Ele perguntou sorrindo. Eu realmente estava sem palavras. Nem pensando eu estava. Tudo que existia no mundo era algo chamado tensão. Uma tensão louca que esquentava meu corpo e minha mente e tudo o que me pertencia. Caramba, não bastava o fato de eu está há um ano sem ninguém, Edward tinha que aumentar a minha necessidade de estar com um homem. Ele tinha que lembrar o quão excitante poderia ser um bom sexo. - Sem palavras, não é meu bem? – Ele sussurrou sorrindo torto. - Edward... Por favor – Eu gemi sem realmente querer simplesmente me virar e dormir. - Por favor o que? Você gostou, não foi Bella? - Você é um idiota – Falei descobrindo que minha voz não era mais que um sussurro. - E você é uma mulher que está desesperada. - Eu te odeio – Sussurrei quando finalmente consegui recuperar o controle do meu corpo e tirei minha mão de onde Edward a colocara. - Eu também, meu bem – Ele respondeu com um olhar muito estranho enquanto se debruçava sobre mim – E sabe de uma coisa? - O que? – Murmurei ainda mais baixo. Edward fechou os olhos e se aproximou de mim. - Nosso ódio vai fazer as coisas serem mais fáceis depois – Ele respondeu aumentando a intensidade do seu sorriso torto. - Depois? - Vai ter sido apenas sexo, para nós dois – Ele respondeu. Eu realmente não tive chance de responder. Não que eu fosse responder negativamente, é claro. No segundo seguinte em que as palavras deles saíram de sua boca, eu senti a respiração de Edward esquentar a região do meu pescoço, ao mesmo tempo que ele me puxava para que nossos corpos ficassem grudados. Uma parte de mim dizia que era muita loucura, hipocrisia, idiotice e que eu me arrependeria pelo resto da minha vida, mas essa parte de mim parecia apenas a parte insana do meu cérebro. Eu nunca havia experimentado um sexo quando bêbada, e acho que aquela era minha chance. É Bella se for para fazer idiotice, pelo menos faz direito. Deixando que meu corpo fizesse todo o trabalho, eu coloquei minha mão direita na costa de Edward, enquanto a esquerda se perdia no cabelo bagunçado e sedoso dele. Os toques de Edward me deixavam quente, e eu sentia que estava cada vez mais provocada por ele. A minha calcinha realmente estava quase encharcada quando uma das mãos dele passou por baixo do cós. Ele me colocou em cima dele e eu tive a chance de provocar também. Minha boca estava pressionada em seu pescoço, e ele me guiava para que eu encontrasse seus lábios. E foi o que fiz dois segundos depois. As mãos de Edward continuavam me apertando, ele estava cada vez mais próximo de onde eu queria, e a minha calcinha não estava mais no lugar. - Você está louquinha por mim, Swan – Ele sussurrou ainda com nossos lábios grudados. A mão dele estava em contanto com a parte que ansiava pelo amiguinho dele – Você está toda molhada. - Apenas cala a boca Edward – Eu mandei – E faz o que você quer fazer enquanto tem chance. A resposta que eu recebi me assustou. Ele me colocou deitada ao lado dele, e retirou o lençol que ainda nos cobria. Seu olhar vagou por todo o meu corpo quase desnudo, e depois sua atenção se prendeu em meus seios, a única parte de mim um pouco coberta. No segundo seguinte eu já estava completamente nua. E logo em seguida Edward estava com uma mão segurando meu seio esquerdo, enquanto sua boca estava em me outro seio. Ele estava me deixando louca. Eu não tive escolha ao não ser não permitir que ele continuasse aquilo. Era tão bom que eu escutava gemidos escaparem pela minha garganta. Meu quadril também se movia, ele queria um pouco de atenção também. A boca de Edward logo passou para meu outro seio, e sua mão voltou a provocar minha parte molhada que ansiava por ele. - Você me quer, não é? – Ele provou enquanto sua boca fazia um caminho até meus lábios. - Muito – Foi tudo o que consegui responder antes que ele me calasse com um beijo de tirar o pouco ar que eu tinha. Ele ainda estava de cueca, e sua mão me provocava muito, assim como o fato de seu amiguinho está dando sinais de querer entrar na brincadeira. Minha mão passou por baixo do cós da Calvin Klein dele, e eu senti o corpo de Edward tremer quando eu toquei no amigo dele. - Você está provocando – Ele falou. - Vale à pena. Eu mesma tirei a única peça de roupa que ele usava, e ainda recebi um pouco de sua ajuda. Sabia que agora viria o que eu mais esperava, e veio. Edward era realmente bem dotado. Ele se encaixou dentro de mim tão perfeitamente que eu não conseguia nem falar. Minhas pernas abraçaram as coxas dele, e eu senti a respiração de Edward em minha nuca, provocando choques em todo o meu corpo. Ele se movia de uma maneira que eu nunca havia experimentado antes. Era diferentee me deixava com mais vontade de aquilo continuar eternamente. - Grita por mim, Bella – Ele pediu mordendo o lóbulo da minha orelha. - Edward – Murmurei. - Você quer que eu vá mais longe, meu bem? - Se isso fosse possível, mas pelo tempo que estou sem transar, o seu amiguinho já ta dando para matar um pouco da vontade – Provoquei enquanto meu rosto se escondia no pescoço dele. Edward me apertou de uma maneira que eu jamais esqueceria. As mãos dele me seguravam firme e pareciam soltar chamas de fogo por todo o meu corpo. Ele estava sendo cada vez mais satisfatório, e eu sentia que estava muito perto de ter um orgasmo. Fim do Capitulo. Ai está o terceiro capitulo, que é apenas o começo da relação maluca que esses dois vão ter. Bom, até domingo, ou segunda... DeniseBelle26: O Edward ta querendo apenas tirar a Bella do caminho dele, só que ele vai acabar fazendo exatamente o contrário... Comentem please. *Chapter 4*: Probleminha Amor e outros Desastres. Capitulo IV – Probleminha. Bella's POV. Eu estava perfeitamente confortável no calor do corpo de quem estava ao meu lado. Meus olhos fechados e com muita preguiça de se abrirem, estavam me privando de qualquer que fosse o cenário ao meu redor. Minha respiração nunca estivera tão regular, e o perfume que eu sentia constatava a noite excitante que eu tivera. Meu corpo estava quente, e descoberto por qualquer coisa que não fosse o corpo masculino que me abraçava. E minha mente. Minha mente estava se recusando a lembrar quem era a pessoa que eu havia transado durante todo o resto da manhã de natal. Eu também sentia uma tremenda dor de cabeça, mas sabia que ela pioraria quando eu acordasse. - Edward? – Alguém perguntou ao longe, e logo em seguida houve três batidas. Não houve resposta. No entanto eu acordei. Um pouco tonta e com uma pontada na cabeça, percebi que o homem que estava me aquecendo não era ninguém mais que Edward. - Edward? Se você não abrir essa porta eu mesma vou fazer isso – Ameaçou a voz feminina, mas eu não conseguia reconhecer a dona da voz – Vou contar até vinte e cinco, e eu chamarei Emmet para abrir. E então eu constatei que só poderia ser Rose. Primeiro porque ela era a única pessoa que ameaçava contar até vinte e cinco antes de fazer algo, segundo porque ela era a única pessoa que chamaria Emmet em uma situação que envolvia quebrar a porta do quarto de Edward. - Um... – Ela começou e eu finalmente notei o que estava prestes a acontecer. Eu estava na cama de Edward. Eu e ele pelados, com provas mais que suficientes para constatar o sexo que tivemos. E tanto Rosalie como o resto do mundo sabiam o quanto eu o odiava, e o quanto eu já falara mal das mulheres que haviam se dado para ele. Eu sabia que seria no mínimo brutalmente assassinada por Rosalie e Alice caso elas descobrissem o que eu fizera com Edward logo após a festa. Meus olhos vaguearam o quarto rapidamente. Eu encontrei mina lingerie e meu vestido, e os peguei pendurando-os em meu braço. Também peguei minha sandália e minhas jóias, e só então me dei ao trabalho de ir tentar acordar Edward. - Acorda – Falei dando tapas no rosto dele. - Hum – Ele murmurou abrindo um pouco de seus olhos. - Droga Edward, acorda – Eu mandei em um sussurro baixo. - O que? Bella? O que aconteceu? - Quinze – Rosalie falou alto do outro lado da porta – Edward acorda. - Eu fiz a besteira de dormir com você, Rosalie está do lado de fora de seu quarto, ameaçando chamar Emmet para derrubar a porta. Eu realmente não quero que me encontrem aqui, então, por favor, faz ela ir embora para que eu possa voltar para meu quarto. Minha explicação rápida pareceu ser o suficiente para acordar Edward. Ele abriu seus olhos e olhou todo o meu corpo comprovando a veracidade das minhas palavras. Em seguida, ele olhou para si mesmo, e gemeu alto, dando um sorriso estranho. - Você abusou de mim Swan. Rolei meus olhos impaciente, e corri para o banheiro escutando Rosalie declarar o número vinte e quarto. - Edward, eu vou chamar Emmet – Ela ameaçou batendo com mais força na porta. - Cala a boca Rosalie. Eu já estou indo – Edward respondeu levantando-se da cama. Eu entrei no banheiro e tranquei a porta, mas foi inevitável não me grudar na porta pra ouvir a conversa entre os irmãos Cullen. Eu pude escutar a porta ser aberta, e até imaginei a expressão de Rosalie quando encontrou o irmão. - Até que enfim – Ela falou nervosa. - O que você quer? – Edward perguntou grosso. - Primeiro, já são sete horas da noite, e você estava sumido, mamãe está preocupada e eu vim constatar minhas suspeitas de que você estaria aqui – Ela respondeu. - Bom, você já sabe que estou aqui, agora me deixa em paz, eu quero dormir – Ele respondeu. - Ta, tanto faz. Segundo, eu vim saber se você tem alguma noticia da Bella. Ela sumiu e ninguém sabe de nada. O carro dela ainda está na garagem, as roupas dela estão no quarto, o celular e tudo mais... - Não faço idéia de onde ela esteja – Edward respondeu cortando a fala de Rose. - Você se importa em sair para nos ajudar a procurá-la? Emmet e Jasper já saíram e papai também... - Rosalie. Eu realmente não me importo com a Swan. E se ela estiver lá fora – Ele parou por um minuto e eu escutei Rose gemer com raiva – Se ela estiver lá fora ela vai morrer congelada, e isso vai ser algo realmente bom para mim. Então não. Não vou sair do calor do meu quarto para ir atrás dela. Muito obrigado por me acordar e se preocupar comigo, e muita má sorte encontrando a Swan. Até mais. A porta foi fechada com força logo em seguida. E Rosálie murmurou algo como um '' Você me paga, Edward''. E acredite, ela deveria está com muita raiva. Fiquei no banheiro meio congelada onde estava. Apenas havia me virado para poder ver meu reflexo no espelho. Eu estava horrível. Meu cabelo estava tão bagunçado que a idéia de raspar ele parecia bem tentadora. Meu pescoço tinha duas marcas vermelhas, assim como o meu colo. Meus lábios estavam avermelhados, e eu tinha marcas de insônia por baixo dos meus olhos, mesmo que eu já não me sentisse mais tão cansada. Gemi alto quando aceitei a idéia de que havia transado mais de duas vezes com Edward. E o pior de tudo, havia sido uma das melhores vezes que eu havia feito sexo em toda a minha vida. - Droga – Murmurei pra mim mesma. - Você já pode sair, Swan – Edward falou batendo na porta. - Ok, já estou indo – Falei baixo, mas sabia que ele escutara. Me ajoelhei em frente ao armário embaixo da pia, e o abri procurando por alguma toalha. Sorri quando encontrei um roupão branco, e não demorei a me cobrir com ele, pois estava com muita preguiça de colocar o vestido. Sai do banheiro encontrando Edward completamente pelado. - O que você está fazendo? – Perguntei ficando de costas para ele. - Ah fala sério, você já fez muito mais que me ver pelado – Ele respondeu. - Idiota – Murmurei baixo enquanto arrumava minhas coisas em meus braços. - Você me empregava outros adjetivos quando estávamos transando – Edward provocou, de repente aparecendo na minha frente com um copo de água e um comprimido. - O que é isso? – Perguntei antes de aceitar. - Aspirina, você não parece muito bem – Ele respondeu dando de ombros, e eu logo aceitei. Tomei o remédio imaginando a dor de cabeça que eu estaria evitando, e logo desejei que me causasse sono suficiente para acordar só no dia seguinte, no exato momento em que deveria arrumar minhas coisas para voltar para Nova York. Colocando o copo em cima de uma mesa alta, eu vasculhei o quarto bagunçado. A cama estava tão desorganizada que eu me perguntava como Edward seria capaz de dormir ali mais tarde. O chão estava cheio de almofadas, e um lençol estava enrolada no meio do chão. - A gente não usou camisinha? – Perguntei perplexa. - Você não me deu tempo para procurar por uma – Edward respondeu parecendo não perceber a gravidade da situação.- Eu transei com você sem usar camisinha? – Perguntei sentindo cada detalhe do meu corpo queimar com raiva de mim mesma e daquele idiota na minha frente. Eu sentia falta de ar. Estava tonta. O chão parecia se dissolver abaixo dos meus pés. Eu havia transado sem usar caminha. Com Edward Cullen. DROGA. - Não é como se você fosse engravidar, não é? Aliás, você toma anticoncepcional, não? – Edward perguntou de repente preocupado. - Não, não tomo, pois minha médica achou melhor suspender durante algum tempo, e eu não tenho o habito de sair transando por ai. Mas isso é o de menos, eu posso tomar uma ''pílula do dia seguinte''. - Então pronto, toma uma pílula e tudo resolvido, - Você é o que? Idiota? Agora eu entendo mais que nunca o motivo de Carlisle ter dado a presidência pra mim. Edward, dormindo com você sem camisinha, um bebê seria um grande presente contando com o que eu posso pegar. Eu posso ter pegado AIDS, sífilis, herpes, hepatite, HPV – Falei já sentindo as lágrimas molharem meu rosto, ao mesmo tempo em que me imagina lidando com uma doença sexualmente transmissível – Não, HPV não, eu sou vacinada... Edward então começou a gargalhar de uma maneira alta demais até para mim prestar atenção nele. Parei de falar instantaneamente, e então fitei a imagem do corpo nu que pouco a pouco me lembrava de como foi a bom as horas que estávamos mais ''juntos'' que nunca. - O que você ta rindo? Eu to falando sério – Falei com a voz chorosa e rouca. - Eu não tenho nada disso, você foi a primeira mulher que eu dormi sem usar camisinha, acredite. E se quiser alguma prova de que sou cem por cento saudável, você pode ter acesso aos meus exames que vão sair na próxima sexta feira depois da virada de ano. Ficar congelada por alguns segundos foi o suficiente para me acalmar. Talvez ele estivesse falando a verdade. Ele deveria ser saudável, eu sabia disso, aliás, eu era babá de Edward, eu sabia que ele fazia exames gerais a cada seis meses, e sempre era informada quando algo vinha de errado. Ou seja, eu sabia que ele não era portador do HIV, e que não tinha sífilis ou qualquer outro tipo de doença. Mas sempre existia o risco, não? Pegando minhas coisas no meu braço, eu decidi que precisava ir para meu quarto e tomar banho. - Eu te odeio, Edward – Falei antes de sair do quarto e me deparar com o corredor vazio. . . . Convencer Alice, Rosalie e Esme que eu estava perfeitamente bem não foi algo que eu chamaria de fácil. Mais difícil foi fazer todos acreditarem que eu havia resolvido me trancar no sótão com um bom livro, e acabei me prendendo de tal maneira na leitura que não percebi o tempo passando. Mas graças a todos aquelas que gostam de me ver bem, todo mundo acreditou na historia que eu estava apenas passando o tempo no sótão, uma vez que ninguém havia se dado ao trabalho de me procurar por lá. Até mesmo Edward ajudou, fazendo uma atuação de surpresa quando me viu na sala de jantar contando a falsa historia. Depois do jantar, eu pedi ajuda a Irina, uma velha amiga de Carlisle que trabalhava em um hospital próximo a sede da empresa. Ela era médica e já estava cansada de me ver andando pelos corredores da emergência com qualquer que fosse o problema. Contei a ele sobre a idiotice de ter dormido com uma pessoa durante o jantar de natal, e expliquei que havia me esquecido de usar camisinha, ela ficou mais que satisfeita de eu ter sido tão sincera com ela, e felizmente tinha uma cartela de comprimidos que eu precisava no exato momento. Dizer que eu não me sentia mais aliviada seria mentira. A idéia de ter um filho cujo o pai era Edward me fazia tremer dos pés a cabeça. Primeiro ele iria negar a paternidade até a morte; segundo, seria uma prova de o quanto eu havia sido hipócrita. Eu fui dormir cedo naquela noite. Tomei remédio para gripe quando o relógio marcava nove horas da noite, e não demorei para sentir meu corpo relaxar a cada segundo que passava. Era tão bom descasar em uma cama grande, e limpa. Depois de ter contado o que haviam feito no meu quarto, Esme fez questão que trocassem todo o jogo de cama, e mandou que limpassem o quarto antes de permitir que eu fosse me deitar. E bom, foi uma noite de sono tão tranqüila quanto as que eu tinha quando criança, sem preocupação com nada. . A manhã de um dia vinte e seis de dezembro nunca me pareceu tão agradável. Da minha cama eu podia ver toda a vista da minha janela, e eu até podia sorrir ao perceber que não estava nevando. Meu relógio marcava oito horas a manhã, o que significava que eu havia acordado quinze minutos mais cedo que o despertador, o que me deixava feliz pelo fato de eu odiar ser acordada por aquele barulho irritante. Tomei banho, coloquei uma blusa com gola e uma jaqueta jeans por cima. Por mais que não estivesse nevando, eu sabia que deveria está muito frio lá fora. Depois de ter todas as minhas coisas arrumadas na minha mala da Louis Viton, presente de Alice, eu finalmente me declarei preparada, e sai do meu quarto. Fiquei contente quando percebi que o corredor estava vazio, mas foi em vão, não precisei nem descer o primeiro degrau da escada para escutar a porta do quarto de Edward se abrindo, e logo em seguida veio a voz dele. - Pra onde você ta indo, Swan? Depois de abusar de mim está fugindo? – Ele perguntou enquanto se aproximava. Eu sentia a brincadeira por trás de suas palavras, mas não consegui evitar a raiva que eu sentia só de lembrar do fato de ter dormido com ele. - Pensei que você só acordasse depois das nove da manhã – Respondi resolvendo carregar minha mala pela alça menor. - Eu dormi muito ontem, e não conseguia mais dormi – Ela falou - E você? - Eu vou embora, meu vôo para Seattle sai em seis horas, e eu quero ter a chance de está no aeroporto antes do avião decolar. - Você sabe que essa casa não é tão longe assim, não? – Ele perguntou sorrindo. - Eu sei, mas eu pretendo dirigir com muita calma, e por mais que não esteja nevando, a estrada vai estar lisa, e eu não quero sofrer nenhum acidente – Respondi quase sem ar. Minha mala estava pesada, carregar ela com uma só mão também não ajudava muito, uma vez que eu usava minha outra mão para me manter segura apertando o corrimão. Edward me assistia fazendo todo aquele esforço, e eu sentia cada vez mais vontade de matar ele. Poxa, ele era homem, e com certeza conseguiria carregar aquela mala com mais facilidade que eu, não custava nada me ajudar. - Claro, claro – Ele respondeu olhando para a frente. Nós estávamos indo realmente devagar. Eu descia um degrau a cada trinta segundos, e Edward me acompanhava pacientemente, nem me ajudando, mas também não atrapalhava. - O que você quer? – Perguntei parando quando cheguei no meio da escada. Estava cansada e minha respiração irregular. Ele olhou para mim com um olhar que eu só vira ser dirigido para Esme, quando ele terminou um relacionamento com a famosa Tanya Denalli, filha de um dos melhores amigos dos Cullen, e a mulher que Esme pensava ser sua futura sogra. - Fala logo Edward – Pedi votando a agarrar a alça da minha mala. Meu ato foi impedido, pois Edward deu um tapinha na minha mão antes que eu abrace a alça com meus dedos. Ele deu um sorriso torto, e depois levantou a mala sem fazer muito esforço, e logo depois deu sinal para que continuássemos descendo as escadas. - Eu só queria saber se você resolveu o nosso probleminha – Ele respondeu em um murmúrio. Mordi o lábio inferior enquanto estudava a expressão de culpa no rosto de Edward e tentava me lembrar a qual exato problema ele estava falando. Mas eram tantos os nossos problemas, que eu nem conseguia determinar a qual ele se referia. - A camisinha Bella, nós não usamos caminha e você disse que não tomava anticoncepcional, eu realmente não quero ser pai do seu filho. - E eu muito menos quero ser mãe do seu filho, nem filho eu quero ter no momento – Respondi estremecendo com a idéia de carregarum bebê. Não que eu não desejasse ser mãe, mas esse desejo só seria realizado depois que eu encontrasse a pessoa certa pra mim. - Isso quer dizer que você cuidou disso? – Ele perguntou - Sim Edward, eu cuidei disso, e posso assegurar que não vamos ter um bebê – Respondi sorrindo. Quando o olhei de novo me vi surpresa. Edward tinha as bochechas rosadas e os lábios misturados em um sorriso e uma mascara de desapontamento e vergonha. Ele me lembrava uma criança que havia feito algo de errado. - O que significa essa sua cara? O que você fez, Cullen? – Perguntei quando começamos a descer o segundo lance de escadas. - Eu meio que cuidei disso também. Digo, procurei por uma dessas pílulas para você, pois pensei que você não tivesse. - E eu não tinha, pedi para Irina e ela me ajudou. Para quem você pediu ajuda? - Pra minha mãe – Ele respondeu assumindo um tom mais rosado. Foi inevitável o sorriso. Eu queria gargalhar, e certamente não me importaria de descer as escadas rolando, desde que eu estivesse rindo daquele fato. Imaginar Edward chegando em Esme para pedir pílula do dia seguinte era algo que eu queria ter presenciado. Fim do Capitulo. Ahh, essa fic não pode ser tão ruim ao ponto de não merecer nenhuma review, não? Ps: Feliz dia dos Namorados. *Chapter 5*: Inverno Amor e outros Desastres. Capitulo V – Inverno. BPOV Meu pai estava quase pulando enquanto esperava eu sair da sala de desembarque. Eu conseguia enxergá-lo claramente através da porta de vidro, enquanto esperava pela minha única bagagem passar. Vestindo a farda de chefe de policia da pequena cidade de Forks, ele se destacava entre as outras pessoas que esperavam no saguão do aeroporto de Seattle, e me deixava feliz por poder ver ele depois de quase um ano sem poder estar tão perto do meu pai. - Hey criança – Ele falou quando me aproximei. - Pai – Respondi, resolvendo abandonar a minha mala ao meu lado, e o abracei fortemente matando toda a saudade que tinha – Senti sua falta. - Também filha – Ele sussurrou enquanto nos separávamos, e então pegou a alça da minha mala enquanto passava o braço livre na minha costa – Nem acredito que você realmente veio passar a virada de ano aqui com a gente. - E eu conseguiria viver mais um dia comigo mesma ouvindo mamãe dizer que nem pudera me abraçar para comemorar minha promoção? – Brinquei – Além de tudo, preciso está bem descansada para os próximos meses. - E não existe melhor lugar no mundo do que a casa dos seus pais, não? – Ele respondeu sorrindo. - É claro que não, passar uma semana aqui com vocês vai ser mais que suficiente para me deixar relaxada pelo resto da vida. . . . Três semanas depois... Dizer que minha estadia em Forks foi exatamente como eu esperava seria uma grande mentira. Minha mãe me mimou tanto que eu já estava cansada de tanto ser colocada para descansar. Meu pai estava com tanta vontade de expressar seu orgulho por mim, que fez o favor de organizar uma grande festa no restaurante mais ''badalado'' da cidade, e meu melhor amigo de infância e primeiro namorado, parecia está desejando por uma nova chance. Tenho que admitir que lidar com minha mãe e com meu pai foi muito mais fácil que lidar com Jacob. Eu gostava muito dele, mas tinha vezes que ele exagerava nas coisas e me irritava até mais que aquele ser humano que não pode ser mencionado. Ele era bonito, eu tinha que admitir, gostava de mim, e era alguém realmente importante na minha vida. Mas Jacob e eu éramos um casal que funcionava apenas na mente de adolescentes que tentavam descobrir e encarar o mundo. Ele era inteligente, esperto e até hoje tinha um jeito único de fazer as coisas complicadas parecerem fáceis, uma maneira de fazer o sol brilhar no meio de uma tempestade. Mas Jacob e eu somos seres humanos completamente opostos. Ele gosta de morar na pequena cidade de Forks, eu adoro viver em Nova York; ele nem sequer chegou a cursar algo na faculdade, e eu tinha um desejo de sempre crescer na minha carreira; ele leva tudo muito na brincadeira, e eu gosto de viver na realidade; ele gosta de sempre depender de alguém, e eu odiava me ver responsável por algo que não fosse mais que minha obrigação, com exceção de Edward, é claro. Então, foi quase muito bom entrar no avião de volta para Nova York, deixando minha mãe chorosa, meu pai orgulhoso, e meu melhor amigo de infância para trás. - ... e a sua consulta com a doutora Swaz está marcada para segunda da semana que vem – Ângela falou completando a tarefa de passar a minha agenda. Fazia apenas duas semanas que eu voltara da casa de meus pais e eu já estava morta de cansada. Para a minha surpresa Carlisle havia decido que iria para Seattle dois meses antes do previsto, o que me faria assumir a presidência em duas semanas, e eu estava muito assustada. Eu tinha que organizar tudo para que meu sucessor pudesse se acostumar com o novo cargo sem nos causar problemas. Eu tinha que me acostumar com a idéia de que logo estaria mandando em tudo, tomando decisões minhas, e que de preferência não precisassem da interferência de Carlisle, a não ser que fosse de extrema importância. Eu tinha que entrar em um mundo onde eu seria a grande deusa e que cuidava dos assuntos mais insignificantes para os mais delicados. - Você tem certeza? Carlisle disse que tem uma reunião essa semana com alguns assessores, e pediu que eu estivesse presente. - Essa reunião foi remarcada para semana que vem, por causa do mal tempo, três dos cinco que estarão presentes tiveram que cancelar então só semana que vem, na quinta feira. - Hum, então tudo bem. E amanhã? Você sabe se tenho a chance de receber alguma visita inesperada? – Perguntei fechando uma pasta. - Mike Newton está me implorando por uma hora com você desde que você voltou de Forks. Ele não disse se é algo de importante ou não, e vem sempre em horas inapropriadas. Eu o avisei que amanhã você não tem nenhuma reunião, então não me surpreenderia se ele viesse. - Se ele quer falar sobre trabalho ele deveria ir atrás de Edward, não de mim – Respondi irritada. Desde que Edward e eu começamos a trabalhar juntos, eu era quem cobria a sua parte do trabalho, mas eu já estava cansada. Tinha que fazer muitas além de ficar cuidando dele. - Fazer o trabalho de Edward nunca te incomodou antes – Ângela falou se arrumando na cadeira a minha frente. - Eu nunca fui indicada a presidente dessa empresa antes, também Ângela. Tenho muita coisa para fazer, não posso mais ficar cuidando das obrigações de Edward. - Você tem razão – Ela suspirou alto quando eu encontrei a figura dela a minha frente. Ângela parecia cansada, e seus olhos não estavam me fitando, os olhos dela viam algo a fora a janela que ocupava quase toda a parede atrás de mim. Virando minha cadeira para poder encontrar o objeto que minha secretaria tanto admirava, me surpreende quando notei o céu já escuro e as lâmpadas coloridas que enfeitavam toda a vista da minha sala. - Nossa, já é noite? – Perguntei voltando a olhar para Ângela. - Já são quase oito e meia – Ela respondeu voltando a olhar para mim. - Sério? Pensei que ainda fossem cinco horas... - Seu relógio está três horas atrasado – Ela respondeu, e eu pude sentir a ironia em sua voz. - Por que não me avisou que seu horário já havia passado? Devemos ser as ultimas aqui nesse prédio a essa hora. - Bom, você realmente parece querer acabar logo com esses relatórios e organização que esta fazendo, e como meu namorado está viajando, eu não me importo de ficar até mais tarde adiantando serviço – Ela deu de ombros. - Então você já pode ir. Eu também estou cansada e quero acordar cedo amanhã. - Eu espero você – Ela respondeu. - Está tudo bem Ângela. Eu vou ler alguns e-mails que deixei para agora, e só depois vou embora. Já está tarde e eu sei que seu apartamento não é perto, então pode ir, eu vou ficar bem. - Ok – Ela respondeu sorrindo – Ben chega hojede madrugada, talvez eu consiga fazer um bolo de chocolate do jeito que ele gosta a tempo. - Muito obrigada Ângela, vou ficar desejando bolo de chocolate agora. - Bom, se você quiser posso trazer um pedaço – Ela provocou – Com muita calda, recheio e até quem sabe com uma cereja em cima, ou você prefere bombom recheado? - Bombom recheado, e ver se faz um bolo bem gostoso – Mandei. - Pode deixar – Ela respondeu já dirigindo-se para a porta da minha sala – Até a manhã Bella. - Até amanhã Ângela. E pronto, a porta da minha sala foi fechada e eu estava sozinha. Eu odiava aquela sensação de está completamente sozinha no décimo terceiro andar daquele prédio. Parecia assustador, e só de imaginar a garagem eu ficava assustada. Graças a Deus, hoje, como na maioria dos outros dias, eu havia descido vir andando para o trabalho, uma vez que minha casa não ficava muito longe, apenas precisava dar uma pequena volta pelo Central Park e pronto, eu estava em frente a casinha que eu sempre sonhei em ter. Minha mãe havia me mandando exatamente três e-mails em um único dia, cada um tinha quatro horas de intervalo, e eu sabia que caso não respondesse logo, eu teria um quarto e-mail esperando por mim. E para minha surpresa minha mãe não queria falar de mais nada além de comentar sobre a fabulosa vida das filhas das amigas dela, como se aquilo estivesse no ápice de meu interesse. Ela também falara de como Jacob parecia sentir minha falta, e até implorava para que eu considerasse uma nova chance a ele, uma vez que Jake não teria problemas em vir ficar comigo aqui em Nova York. Meu pai, por outro lado, havia apenas mandando um oi, e perguntava se estava tudo bem. Também havia um e-mail de Riley, que estava avisando que me enviara dois convites para uma festa no fim de semana. Sai do prédio já eram quase nove horas. O tempo frio de janeiro logo fez todo o meu corpo tremer, e no minuto em que comecei a andar pelo calçadão quase vazio com destino a minha casa, eu me arrependi de não ter pego meu carro. Acho que eu era um dos poucos seres humanos no mundo que tinha coragem de andar de noite por Nova York em pleno inverno. Detalhe, esse era um dos piores invernos que eu já havia presenciado desde que viera morar aqui há quase dez anos. - Hey, maluquinha – Escutei alguém me chamando do meu lado esquerdo. - Edward? – Respondi surpresa quando o encontrei dando a volta na frente de seu volvo prata, vindo minha direção. - O que você está fazendo aqui? – Ele perguntou, parando a dois passos de mim. - Estou indo para casa. E você? - Eu esqueci uma coisa na minha sala, vim buscar e vi você aqui no meio a rua. A cada dia que passa você comprova cada vez mais a minha teoria de que você é louca. - Vindo de você isso é um elogio – Respondi – Agora se você não se importa, eu vou indo, pois por mais perto que seja a minha casa, eu estou congelando aqui fora. - Tuuudo bem – Ele respondeu me dando as costas e indo de volta para o calor de seu carro. Eu quase considerei a hipótese de pedir uma carona, mas foi apenas quase. Eu preferia enfrentar o frio que suportar Edward por dez minutos me irritando e prometendo que eu teria que pagar pela carona, eu acho que morreria ou cometeria assassinato. Minha relação com Edward havia ficado completamente normal. A primeira vez que o encontrei nos corredores do prédio que trabalhávamos, tenho que admitir que senti meu corpo se manifestar com algumas lembranças, mas eu havia conseguido me segurar, e ele havia feito o favor de voltar a me irritar. Então, tudo ficou bom e normal, como sempre deveria ser, como se nunca tivéssemos transado loucamente durante uma manhã de natal. Ele havia voltado completamente ao papel de me fazer odiá-lo, tanto que eu nem transparecia ter algum desejo por ele, tanto que ninguém nem desconfiava da besteira que fizemos. Minha caminhada acabara durando vinte e cinco minutos, talvez um pouco mais. Eu já estava quase ofegante e chorando de dor nos pés quando peguei minhas chaves na bolsa e me virei para subir os cinco degraus que me levavam até a porta. Mas é claro, como acontecia quase todos os dias da minha vida, o primeiro degrau estava escorregadio, e caso eu já não estivesse tão acostumada com aquela cena, eu não teria me agarrado a tempo no corrimão frio que estava bem ao meu lado. - E mais uma vez você comprova outra teoria minha, você é melhor na cama que em qualquer outro lugar, Swan – A voz irritante que eu escutara a menos de trinta minutos ecoou atrás de mim – Sabe, estou começando a ficar bom em fazer teorias, deveria trabalhar nisso. - O que você está fazendo aqui? – Perguntei me virando para poder encontrá-lo. - Isso não é maneira de tratar um convidado – Ele respondeu fazendo um biquinho. - Você não é convidado. - O que? O frio que está fazendo e você vai recusar me permitir entrar um pouco? - Seu carro tem aquecedor, e eu vim andando pra cá, não é como se você estivesse com tanto frio como eu. - Eu estou te esperando tem quase dez minutos aqui, e você acha que não estou com frio? – Ele respondeu me fazendo sentir um pouco de sarcasmo em sua você. - Você estava planejando vir aqui? - Bom, eu disse que havia esquecido uma coisa na minha sala não foi? – Perguntou ele, e eu apenas confirmei com a minha cabeça – Eu estava mentindo, eu vim aqui em sua casa e você não estava, e quando cheguei em frente a sede eu vi você saindo... - Você vinha pra cá? – Perguntei e ele confirmou minha pergunta – Você estava vindo para minha casa, quando eu estava vindo pra minha casa e nem ao menos me ofereceu uma carona. Como você pôde me deixar vim andando pra cá quando você tinha o mesmo destino? - Você não pediu carona – Ele deu de ombros e se aproximou de mim. Eu estava de boca aberta. Edward era o ser humano que eu mais odiava na face da terra. Ele pegou as chaves que estavam penduradas em meus dedos e depois passou por mim, subindo as escadas. Eu só acordei do meu repentino ataque de raiva quando escutei o clique da fechadura anunciando que a porta estava destrancada. - O que você esta fazendo? – Perguntei subindo cuidadosamente os degraus, enquanto ele estava dentro da minha casa. - Eu gosto mais de você quando está bêbada, pelo menos não fica falando besteiras, e sua voz fica engraçada – Ele respondeu enquanto eu fechava a porta e me livrava do cachecol. - Vou lembrar de perguntar se o que está me falando agora é verdade para o próximo homem que eu for pra cama por causa de uma bebedeira – Respondi – Ah espere, você é o único que eu transaria quando bêbada. - E você gostou, tanto é que não me deixou em paz enquanto... - Cala a boca Edward – Mandei antes que ele colocasse mais lembranças em minha mente. Por sua vez, Edward revirou os olhos e andou em direção a cozinha da minha casa, como se aquilo fosse a coisa mais natural a se fazer no mundo, como se a minha casa fosse um lugar que ele pudesse se sentir em casa. Decidi que primeiro me livraria do quilo de roupa que eu estava vestida, uma vez que minha casa estava bem aquecida. Me livrei do sobretudo, das luvas e até do sweater que usava, ficando apenas com uma blusa de alças finas por baixo, e minha calça jeans. Tirei minhas botas que apertavam meu pé ao ponto de quase me darem vontade de chorar, e fiquei satisfeita quando me livrei da meia. - Poxa Bella, você nem sequer tem uma garrafa de cerveja nessa sua geladeira – Edward reclamou com a voz mais alta, ainda na cozinha. - Se você veio aqui para beber de graça eu sinto muito, mas aqui é um dos últimos lugares no mundo que encontrará alguma bebida. Fez-se silêncio por uma fração de segundos, e então eu escutei o tilintar de vidro e armário se fechando. Ficar preocupada era o mínimo que eu podia fazer, pois vindo de Edward eu não me surpreenderia caso ele estivesse colocando fogo na casa a fim de me fazer morrer ou ficar sem lar. - Sua mentirosa – Ele declarou quando cheguei
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