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Ciência dos Materiais Prof Vinícius Dantas – vinicius.dantas@ufrpe.br Aula 04 – Cristalografia Introdução Introdução DINNEBIER, R. E.; BILLINGE, S. J. L. (EDS.). Powder diffraction: theory and practice. Cambridge: Royal Society of Chemistry, 2008. Introdução ÁTOMO LIGAÇÃO QUÍMICA H2O ESTRUTURA CRISTALINA Arranjo atômico. Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Ligações atômicas • Ligações primárias (~100 kcal/mol): metálica: nuvens de elétrons iônica: doação/recepção de elétrons covalente: compartilhamento de elétrons • Ligações secundárias (<10 kcal/mol): Van der Waals: dipolo–dipolo Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Ligações atômicas metálica iônica covalente van der Waals Estrutura e propriedades Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Conceitos fundamentais Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Conceitos fundamentais Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Materiais cristalinos e amorfos • Materiais cristalinos: sólidos que apresentam ordem de longo alcance (periodicidade maior que comprimento de ligações) Monocristalinos Policristalinos (contornos de grãos) • Materiais amorfos, vítreos, não-cristalinos: sólidos que não apresentam ordem de longo alcance Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Esquema monocristalino Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Esquema Policristalino Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Esquema amorfo Silício amorfo Exemplo - Si monocristalino policristalino amorfo Estrutura sólidos cristalinos Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Estrutura sólidos cristalinos Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Estruturas cristalinas Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Célula unitária Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Célula unitária Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN pontos Estrutura cristalina • A rede espacial representa o arranjo regular de pontos no espaço, também chamados pontos de rede • O requerimento básico para cada rede espacial é que cada ponto da rede tenha vizinhança idêntica • A célula unitária na rede espacial é caracterizada por 6 parâmetros SURYANARAYANA, C. Experimental techniques in materials and mechanics. Boca Raton: CRC Press, 2011. Estrutura cristalina Estes 6 parâmetros são chamados parâmetros de rede Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Estrutura cristalina • Na verdade, em uma estrutura cristalina há diversas possibilidades de conectar os pontos adjacentes na rede espacial, definindo uma grande variedade de células unitárias • Na cristalografia, o critério para escolher a célula unitária será aquela que apresentar maior simetria ao sistema JENKINS, R.; SNYDER, R. L. Introduction to X-ray powder diffractometry. New York: Wiley, 1996. Possíveis células unitárias para KCl: P primitiva, C face centrada, I corpo centrada, F todas as face centradas Estruturas cristalinas Cúbico Romboédrico (trigonal) Hexagonal Tetragonal Ortorrômbico Monoclínico Triclínico Sistema cristalino Sistema cristalino a=b=c a=b=c a=b≠c a=b≠c a≠b≠c a≠b≠c a≠b≠c Relação axial Relação axial α=β=γ=90° α=β=γ≠90° α=β=90°, γ=120° α=β=γ=90° α=β=γ=90° α=γ=90°, β≠90° α≠β≠γ≠90° Relação angular Relação angular SURYANARAYANA, C. Experimental techniques in materials and mechanics. Boca Raton: CRC Press, 2011. The crystal systems have been arranged in increasing order of asymmetry. The cubic system is the most symmetric and the triclinic system is the most asymmetric. Só existem 7 tipos de células unitárias que preenchem totalmente o espaço tridimensional Estruturas cristalinas • Os sistemas cristalinos são apenas entidades geométricas. Quando posicionamos átomos, íons ou moléculas dentro destes sistemas formamos redes (ou estruturas) cristalinas • O requerimento de que cada ponto da rede tenha vizinhança idêntica pode ser satisfeito em um sistema cristalino adicionando pontos extras na célula unitária SURYANARAYANA, C. Experimental techniques in materials and mechanics. Boca Raton: CRC Press, 2011. Redes de Bravais • A princípio, em qualquer sistema cristalino podemos adicionar pontos no espaço de forma a satisfazer o critério de vizinhanças idênticas • Este pontos podem ser no centro (b), nas faces (c) ou nas bases centrais (d) da rede espacial SURYANARAYANA, C. Experimental techniques in materials and mechanics. Boca Raton: CRC Press, 2011. Redes de Bravais • Dos 7 sistemas cristalinos podemos identificar 14 tipos diferentes de células unitárias, conhecidas com redes de Bravais • Cada uma destas células unitárias tem certas características que ajudam a diferenciá-las das outras células unitárias. Além do mais, estas características também auxiliam na definição das propriedades de um material particular. Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN 14 redes de Bravais Polimorfismo e alotropia • Alguns metais e não-metais podem ter mais de uma estrutura cristalina dependendo da temperatura e pressão. Esse fenômeno é conhecido como polimorfismo ou alotropia. • Geralmente as transformações polimórficas são acompanhadas de mudanças na densidade e mudanças de outras propriedades físicas Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Cristalografia • Existem algumas regras básicas para descrever a geometria ao redor de uma célula unitária • Essas regras e as notações associadas são usado as uniformemente pelos cristalógrafos, geólogos, cientistas de materiais e outros que precisam lidar com materiais cristalinos • Para poder descrever a estrutura cristalina é necessário escolher uma notação para posições, direções e planos Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Posições • São definidas dentro de um cubo com lado unitário Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Posições • Uma aspecto da natureza da estrutura cristalina é que uma dada posição da rede em uma determinada célula unitária é estruturalmente equivalente à mesma posição em qualquer outra célula unitária da mesma estrutura. Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Direções cristalográficas • Vetores – Essas direções sempre são expressas como conjunto de números inteiros, que são obtidos identificando-se as menores posições inteiras interceptadas pela linha que parte da origem dos eixos cristalográficos Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Direções cristalográficas • Direção Cristalográfica – Um vetor se posiciona de tal modo que ele passe pela origem do sistemas de coordenadas – O comprimento da projeção do vetor em cada um dos 3 eixos é determinado – Estes 3 números são reduzidos ao menor número inteiro – Eles são representados dentro de colchetes, [uvw] Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Direções cristalográficas Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Resumo direções • Uma direção cristalográfica é definida como uma linha direcionada entre dois pontos, ou um vetor. As seguintes etapas são utilizadas na determinação dos três índices de direção: • 1. Um vetor com comprimento conveniente é posicionado tal que ele passe através da origem do sistema de coordenadas. Qualquer vetor pode ser movido por toda a rede cristalina sem sofrer alterações desde que seu paralelismo seja mantido. • 2. São determinados os comprimentos das projeções do vetor sobre cada um dos três eixos; esses comprimentos são medidos em termos das dimensões da célula unitária, a, b e c. • 3. Esses três números são multiplicados ou divididos por um fator comum, para reduzi-los aos menores valores inteiros. • 4. Os três índices, não separados por vírgulas, são colocados entre colchetes, portanto: [uvw]. Os inteiros u, v e w correspondem às projeções reduzidas ao longo dos eixos x, y e z, respectivamente.• Para cada um dos três eixos, haverá coordenadas tanto positivas como negativas. Assim, também é possível a existência de índices negativos, os quais são representados pela colocação de uma barra sobre o índice apropriado. Por exemplo, a direção [11 ̅1] tem um componente na direção –y. Além disso, a mudança dos sinais de todos os índices produz uma direção antiparalela; isto é, a direção [1 1 ̅ 1] é diretamente oposta [1 ̅ 1 1 ̅] à direção . Se mais que uma direção (ou plano) tiver que ser especificada para uma estrutura cristalina específica, torna-se imperativo para a manutenção da consistência que uma convenção positivo-negativo, uma vez estabelecida, não seja mudada. Família de direções Família de direções Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Planos cristalográficos • Planos são expressos como um conjunto de números inteiros, conhecido como índices de Miller. Os números representam o inverso das interceptações axiais Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN • Para a determinação da estrutura cristalina, os métodos de difração medem diretamente a distância entre planos paralelos de pontos do reticulado cristalino. Esta informação é usada para determinar os parâmetros do reticulado de um cristal • Os métodos de difração também medem os ângulos entre os planos do reticulado. Estes são usados para determinar os ângulos interaxiais de um cristal Planos cristalográficos Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Planos cristalográficos 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑐í𝑝𝑟𝑜𝑐𝑜 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 1/3 1/2 3/4 3 2 4/3 9 6 4 X Y Z Plano (964) 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑐í𝑝𝑟𝑜𝑐𝑜 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 1 െ1 ∞ 1 െ1 0 1 െ1 0 X Y Z Plano (11ത0) Planos cristalográficos Família de planos Família de planos Família {110} estrutura cúbica simples Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Família de planos Família {111} estrutura cúbica simples Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Para sistemas hexagonais... Resumo cristalografia Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Densidade Linear e Planar Empacotamentos hexagonal Empacotamento em cerâmicas Determinação da estrutura Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Difração de raios X Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN História Pavel Zinin, Li Chung. HIGP, University of Hawaii, Honolulu, USA História Pavel Zinin, Li Chung. HIGP, University of Hawaii, Honolulu, USA História Pavel Zinin, Li Chung. HIGP, University of Hawaii, Honolulu, USA História Pavel Zinin, Li Chung. HIGP, University of Hawaii, Honolulu, USA Difração de raios X Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Difração de raios X Lei de Bragg Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Interação dos raios X Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN DRX Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Produção de raios X Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Tubo raios catódicos Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Espectro branco ou contínuo Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Transição eletrônica Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Espectro característico Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Monocromador Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Planos cristalinos • Para a determinação da estrutura cristalina • Os métodos de difração medem diretamente a distância entre planos paralelos de pontos do reticulado cristalino. Esta informação é usada para determinar os parâmetros do reticulado de um cristal. • Os métodos de difração também medem os ângulos entre os planos do reticulado. Estes são usados para determinar os ângulos interaxiais de um cristal. Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Planos cristalinos Pavel Zinin, Li Chung. HIGP, University of Hawaii, Honolulu, USA Planos cristalinos Pavel Zinin, Li Chung. HIGP, University of Hawaii, Honolulu, USA Planos cristalinos Pavel Zinin, Li Chung. HIGP, University of Hawaii, Honolulu, USA Planos cristalinos Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN DRX Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Condições para difração Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Lei de Bragg Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Lei de Bragg Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Equipamento Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Difratometro Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Goniômetro Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Detectores Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Difratograma Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Difratograma Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Difratograma Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Ficha cristalina Conseguimos no portal da capes na base de dados ICSD Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN http://www.periodicos.capes.gov.br/ Aplicações em Engenharia de Materiais Cedido Prof Maurício Bomio - UFRN Ficha cristalina Tem que estar logado via proxy da UFRPE http://www.nti.ufrpe.br/sites/www.nti.ufrpe.br/files/guia_para_configuracao_do_proxy_ufrpe.pdf Ficha cristalina Ficha cristalina Ficha cristalina Ficha cristalina
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