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Resenha Consumo

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RESENHA
SAHLINS, Marshall. A primeira sociedade da afluência. Disponível em:< https://ava.ufpel.edu.br/pre/pluginfile.php/302277/mod_resource/content/1/Texto%201%20-%20Marshall%20Sahlins%20-%20A%20primeira%20sociedade%20da%20aflu%C3%83%C2%AAncia.pdf>. Acesso em 08 nov. de 2019.
DUPAS, Gilberto. O mito do progresso. 2007. Disponível em: <https://ava.ufpel.edu.br/pre/pluginfile.php/302289/mod_resource/content/1/Texto%20Complementar%20-%20O%20mito%20do%20Progresso.pdf>. Acesso em 09 nov. de 2019.
SOUZA, S. Altamir. Uma reflexão sobre as influências negativas do marketing e do consumo. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional. Vol. n°1, jan/jun 2003. Disponível em: <https://ava.ufpel.edu.br/pre/pluginfile.php/319574/mod_resource/content/1/Texto-1-Marketing.pdf>. Acesso em 09 nov. de 2019.
Nesta resenha serão abordados três textos, o texto do autor Mashall Sahlins “A primeira sociedade da afluência” que é uma teoria que fala dos caçadores- coletores que foram a primeira sociedade afluente, retratando o modo de vida da caça/coleta e da sociedade. O texto do autor Gilberto Dupas “O mito do progresso”, onde o autor nos traz ideias sobre o progresso e o processo de evolução do desenvolvimento para globalização. E Altamir Souza em “Uma reflexão sobe influencias negativas do marketing e do consumo”, aborda as perspectivas que o marketing do consumismo acaba sendo um estímulo de possuir algo que outra pessoa não tem, gerando a alienação do ser humano.
No texto do autor Marshall Sahlins, ele retrata o estudo da economia baseado na caça e na coleta. Os nômades não guardavam nada, somente as coisas básicas que poderiam transportar que não dificultasse a mudança de um lugar para o outro, para eles a produção adequada significava sobrevivência física, não sobrando tempo para produtos excedentes. Ele fala como o caçador consegue sobreviver, a fome caça o caçador é uma maneira de sobrevivência, no texto aparece duas maneiras de afluências, as necessidades podem ser “facilmente satisfeitas”, produzindo muito e desejando pouco, Galbraith traz hipóteses voltadas ao mercado o homem tem grandes necessidades, mas os recursos são limitados, na concepção de Zen da riqueza, a necessidade humana é finita e pouca, já as variáveis técnicas são adequadas. Os caçadores-coletores trabalhavam menos, tinham tempo para o descanso, o trabalho não era contínuo. A primeira sociedade afluente era a de caça e coleta eles satisfazem as necessidades produzindo muito ou desejando pouco. O empresário é visto como um capital finito, e o trabalhador e consumidor são privados, pois, quando adquirem algo, estão se privando de alguma coisa que desejam muito. O autor fala que a sociedade é como um impulso burguês com ferramenta paleolítica, e a pobreza não significa o material que se possui, mas um status da sociedade. A evolução da economia conheceu dois movimentos contraditórios, o enriquecimento e o empobrecimento. Os caçadores e coletores tem um padrão de vida baixo, mas ao mesmo tempo todos seus objetivos com os seus meios de produção eram todos satisfeitos. Ele ainda fala que o comer dos selvagens tem o mesmo objetivo do beber os europeus, que as estruturas destas sociedades estariam corroídas, pois viviam somente pela sobrevivência.
No texto do autor Gilberto Dupas, ele traz aspectos no desenvolvimento da ciência e tecnologia, a sociedade do futuro é baseada no progresso, o domínio da racionalidade cientifica técnica conduz o homem a liberdade e ao bem-estar. O progresso é atrelado ao conceito de consumo e felicidade por produtos que geram mais consumo. O modo de produção capitalista exige permanentemente renovação, o progresso é atrelado a produtividade, a política fica reduzida a atender as necessidades funcionais do novo sistema. O desenvolvimento visto pela globalização tem uma ideologia liberal o capital cosmopolitica, onde sua pátria é onde ele pode render bem, mas ele fala que a globalização estreita os espaços, acumula problemas transformando-se em sobrecarga. Então a globalização gera mais pobreza e desemprego, a democracia gera liberdade para o avanço cientifico e tecnológico. Para Dupas as relações econômicas precisam se sobre pôr as relações sociais para que ocorra o desenvolvimento, com a desconstrução dos Estados aumenta a liberdade econômica, e aumenta o individualismo da sociedade, ocasionando assim um cenário de desigualdade social, com um aumento continuo de pobreza. 
Ele fala também na crise ambiental, que com o desmatamento e a emissão de gases de efeito estufa estão em um ritmo descontrolado e o aumento no consumo nos dias atuais é muito grande. Se uma pessoa deseja consumir tudo que deseja, de algum lugar vai ter que vim essa matéria-prima, mas com a natureza se esgotando não existe esta possibilidade para todos nós.
 No artigo de Altair Souza, fala que o sistema capitalista valoriza o modo “ter” da existência, a busca para ter é muito mais valorizada do que a do “ser”, o capitalismo faz com que as pessoas satisfaçam suas necessidades de consumo, pois assim a sociedade vê uma pessoa bem-sucedidas e feliz, o marketing acaba sendo uma estratégia para atingir este sucesso. O autor cita Cobra que fala que o marketing não cria hábitos de consumo, mas que estimula a compra de produtos e serviços que satisfaçam alguma necessidade. O marketing então cria expectativa nos consumidores, o capitalismo através do marketing eleva as expectativas de consumo, como para atingir a felicidade e acaba se tornando algo praticamente impossível e o mercado faz com que essa meta seja impossível de acontecer. O consumismo é associado a posse de produtos e serviços, que representam posição social e não pelo que o produto oferece, outra característica do consumismo é a alienação do ser humano, o consumidor deixa de lado a sua liberdade de agir, escolher e pensar. Os grupos sociais onde estamos inseridos, forçam o consumo desenfreado, o ambiente social determina o que é bom ou não.
Os três textos nos levam a mesma direção, o consumismo desenfreado em que a sociedade está vivendo, comprar virou um status e não uma necessidade. No texto de Marshall podemos observar a evolução do homem, que primeiro na época da caça e coleta são considerados como se fossem um processo produtivo, e a terra é o objeto do seu trabalho na sociedade de caçadores e coletores. A necessidade era o que motivava eles a se dedicar no período da caça, todas as suas necessidades materiais eram satisfeitas, eles desejavam pouco e consumiam o se estoque seu estoque de uma única vez. No texto de Dupas nos deparamos com a ideia de progresso desta civilização, que na verdade é um mito pois ele fala no texto que essa construção pelo desenvolvimento só busca o interesse econômico e políticos. Pois este “progresso” é relativo as elites que cada vez mais acumulam riqueza, mas ninguém fala das dificuldades sociais que isso traz para a sociedade o desemprego, fome, pobreza, falta de saúde o meio ambiente sendo cada vez mais destruído.
Esse progresso voltado para o desenvolvimento é uma farsa, onde que a felicidade e o progresso são palavras que não combinam.
O consumidor é facilmente manipulado, Santos fala que o consumidor pensa que tem a capacidade de escolher, mas que na verdade não tem essa opção, ele passa a ser escravo de bens e serviços existentes. O vício da geração atual é o consumismo, comparando com a sociedade passada mudou muito a maneira de consumo, antes se produzia para atender as necessidades básicas, hoje está descontrolado pois trabalhamos muito e consumimos de forma exagerada, sempre queremos mais coisas, que a maioria das vezes não são necessárias. Mas adquirimos por moda, para se inserir em algum grupo, por um compulso descontrolado e assim estamos vivendo a sociedade do consumo.
Adquirimos produtos tecnológicos como os celulares, acontece um lançamento e queremos trocar o smartphone por um mais moderno, mesmo que o anterior esteja em perfeitas condições de uso. Somos incentivados a querer, pelas mídias e propagandas, afinal o mercado quer vender.
Fora que essa onda do consumismo, dependendo do produto ou serviço faz com que as pessoas façam contas que muitas vezes não conseguem nem pagar.

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